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10/11/2018 EPS: Alunos
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 ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 9a aula
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Exercício:CCJ0042_EX_A9_200302029225_V7 10/11/2018 19:41:21(Finalizada)
Aluno(a): FERNANDO CARLOS PANTALEÃO DA SILVA
Disciplina: CCJ0042 - ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 200302029225
 
 
 1a Questão
O advogado condenado por crime considerado infamante, que tem a sua inscrição cancelada, para retornar aos quadros da OAB
precisa, preliminarmente:
Deixar passar 05 anos a partir do trânsito em julgado da sentença condenatória.
Promover a reabilitação judicial.
Fazer exame de ordem em face do novo Estatuto.
Deixar passar 10 anos a partir do trânsito em julgado da sentença condenatória.
Requerer a restauração da inscrição primitiva.
 
 
Explicação:
De acordo com o artigo 41, da Lei n. 8.906/94, é facultado ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar requerer, um ano após
seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas efetivas de bom comportamento.
O Estatuto da OAB prevê que a reabilitação deverá ser apreciada a pedido do interessado, quando apresentar provas de bom
comportamento, após um ano do cumprimento efetivo da sanção, inclusive a pena de exclusão. O pedido é personalíssimo, ou seja,
feito pelo próprio interessado.
O processo seguirá o processamento assemelhado ao processo disciplinar, e as provas de bom comportamento deverão guardar
relação com a infração cometida. É indispensável que, durante um ano, após o cumprimento da pena o advogado comprove que sua
conduta no meio social não tenha motivado nenhum processo, cível ou criminal, ou, ainda, inquérito policial.
Se a sanção disciplinar tiver resultado da prática de crime, apenas após a reabilitação criminal decretada pelo Poder Judiciário poderá
ser pleitear a reabilitação disciplinar na OAB. Nesse caso, não haverá necessidade de outras provas de bom comportamento, porque
todas já foram apreciadas em sede judicial.
Pelo instituto da reabilitação, é restaurada a situação anterior para que possa a pessoa reintegrar-se na posição jurídica de que fora
afastada, readquirindo a plenitude de ação relativamente aos direitos de que se privara.
 
 
 
 2a Questão
Os advogados Ivan e Dimitri foram nomeados, por determinado magistrado, para prestarem assistência jurídica a certo jurisdicionado,
em razão da impossibilidade da Defensoria Pública. As questões jurídicas debatidas no processo relacionavam-se à interpretação dada
a um dispositivo legal. Ivan recusou-se ao patrocínio da causa, alegando que a norma discutida também lhe é aplicável, não sendo,
por isso, possível que ele sustente em juízo a interpretação legal benéfica à parte assistida e prejudicial aos seus próprios interesses.
Dimitri também se recusou ao patrocínio, pois já defendeu interpretação diversa da mesma norma em outro processo. Sobre a
hipótese apresentada, é correto afirmar que:
apenas Ivan cometeu infração disciplinar, pois não se configura legítima a recusa por ele apresentada ao patrocínio da causa,
sendo vedado ao advogado, sem justo motivo, recusar-se a prestar assistência jurídica, quando nomeado.
Nenhuma das alternativas anteriores
nenhum dos advogados cometeu infração disciplinar, pois se afiguram legítimas as recusas apresentadas ao patrocínio da
causa.
Ivan e Dimitri cometeram infração disciplinar, pois é vedado ao advogado recusar-se a prestar assistência jurídica, sem justo
motivo, quando nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria Pública.
 apenas Dimitri cometeu infração disciplinar, pois não se configura legítima a recusa por ele apresentada ao patrocínio da
causa, sendo vedado ao advogado, sem justo motivo, recusar-se a prestar assistência jurídica, quando nomeado em virtude
de impossibilidade da Defensoria Pública.
 
 
Explicação:
Art. 34, XII, EOAB é o fundamento da questão. O fato é punível com censura.
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 3a Questão
(XXI Exame da Ordem). Lúcia, advogada, foi processada disciplinarmente e, após a interposição de recurso, o Conselho Seccional do
Estado de Pernambuco confirmou, por unanimidade, a sanção de suspensão pelo prazo de trinta dias, nos termos do Art. 37, § 1º, do
Estatuto da OAB. Lúcia verificou, contudo, existir decisão em sentido contrário, em caso idêntico ao seu, no Conselho Seccional do
Estado de Minas Gerais. De acordo com o Estatuto da OAB, contra a decisão definitiva unânime proferida pelo Conselho Seccional do
Estado de Pernambuco,
cabe recurso ao Conselho Federal, se a decisão contrariar também decisão do Conselho Federal, e não apenas decisão do
Conselho Seccional de Minas Gerais.
 cabe recurso ao Conselho Federal, por contrariar decisão do Conselho Seccional de Minas Gerais.
cabe recurso ao Conselho Federal, em qualquer hipótese, ainda que não existisse decisão em sentido contrário do Conselho
Seccional de Minas Gerais
não cabe recurso ao Conselho Federal, em qualquer hipótese.
cabe recurso ao Conselho Federal, unicamente, se a decisão contrariar decisão anterior do Conselho Seccional do Estado de
Pernambuco.
 
 
Explicação:
Na hipótese, cabe recurso ao Conselho Federal de todas as decisões definitivas proferidas pelo Conselho Seccional, que sendo
unânimes, contrariem decisão de outro Conselho Seccional. Art. 75, EOAB.
 
 
 
 4a Questão
Nos termos do Estatuto da OAB, o advogado que incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional fica sujeito à sanção
de:
suspensão.
censura.
exclusão.
demissão.
advertência.
 
 
Explicação: A suspensão acarreta ao infrator a interdição do exercício profissional, em todo o território nacional, pelo prazo de 30 dias
a 12 meses, mas nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do artigo 34, a suspensão perdura até que satisfaça integralmente a dívida,
inclusive com correção monetária. São as hipóteses de: falta de prestação de contas, retenção abusiva dos autos, não pagamento das
contribuições à OAB e inépcia profissional.
 
 
 
 5a Questão
Um advogado, regularmente inscrito na OAB/RJ, dizendo-se especialista em previdência social, envia "mala direta" a
pessoas aposentadas oferecendo seus serviços profissionais para revisão judicial dos proventos da aposentadoria.
Pergunta-se: Como você classificaria tal atitude de Paulo Bezerra?
Ele cometeu uma infração disciplinar, prevista e punível com a pena de censura pelo Estatuto da Advocacia e da
OAB;
Ele praticou um ato ilícito, previsto em nosso Código Civil vigente;
Ele cometeu uma infração disciplinar, prevista e punível com a pena de suspensão pelo Estatuto da Advocacia e da
OAB.
O advogado não praticou infração ético disciplinar por ausência de previsão de envio de mala direto no CED.
Ele praticou um crime, previsto e punível pelo Código Penal;
 
 
Explicação:
O fundamento da questão está no art. 40, inciso VI do Ced de 2015.
 
 
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 6a Questão
(XVII Exame Unificado/2015/ADAPTADA) - O advogado Márcio, sócio de determinado escritório de advocacia, contratou novos
advogados para a sociedade e substabeleceu, com reserva em favor dos novos contratados, os poderes que lhe haviam sido
outorgados por diversos clientes. O mandato possuía poderes para substabelecer. Um dos clientes do escritório, quando percebeu que
havia novos advogados trabalhando na causa, os quais não eram por ele conhecidos, não apenas resolveu contratar outro escritório
para atuar em sua demanda como ofereceu representação disciplinar contra Márcio, afirmando que o advogado não agira com
lealdade e honestidade. A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
A representação oferecida deve ser enquadrada como infração disciplinar, pois o advogado deve avisar previamente ao
cliente acerca de todas as petições que apresentará nos autos do processo, inclusive sobre as de juntada de
substabelecimentos.
A representaçãooferecida não deve ser enquadrada como infração disciplinar, pois o substabelecimento do mandato, com ou
sem reserva de poderes, é ato pessoal do advogado da causa.
 A representação oferecida não deve ser enquadrada como infração disciplinar, pois apenas o substabelecimento do mandato
sem reserva de poderes deve ser comunicado previamente ao cliente.
A representação oferecida deve ser enquadrada como infração disciplinar, pois o substabelecimento do mandato, com ou sem
reserva de poderes, deve ser comunicado previamente ao cliente.
A representação oferecida deve ser enquadrada como infração ético-disciplinar devendo ser cumulada com a pena de multa e
no caso de reincidência, ser o advogado excluído dos quadros da OAB.
 
 
Explicação:
O caput do art. 34 do Estatuto da OAB enumera os itens que serão considerados infrações disciplinares no exercício da advocacia. Em
qualquer profissão, ou mesmo no convívio social existem regras de conduta, morais, éticas e jurídicas.
De acordo com os ensinamentos de Celso Antonio Bandeira de Mello:"a razão pela qual a lei qualifica certos comportamentos como
infrações administrativas, e prevê sanções para quem nelas incorra, é a de desestimular a prática daquelas condutas censuradas ou
constranger ao cumprimento das obrigatórias. Assim, o objetivo da composição das figuras infracionais e da correlata penalização é
intimidar eventuais infratores, para que não pratiquem os comportamentos proibidos ou para induzir os administrados a atuarem em
conformidade de regra que lhes demanda comportamento positivo".
O substabelecimento do mandato não constitui uma infração disciplinar. Substabelecimento trata-se de um ato onde o mandato,
assim como os poderes que foram outorgados a um procurador ou advogado, são transferidos para outra pessoa. Esse ato pode ser
realizado tanto com reserva , como sem reserva de poderes.
 
 
 
 7a Questão
Advogado representado por violação exclusiva do Código de Ética e Disciplina da OAB sustentou em
sua defesa a tese de que o Código citado não é lei, exclusividade do Estatuto e do Regulamento
Geral. Consequentemente, como não houve infringência desses dispositivos legais, não poderia ser
penalizado. Sua defesa irá prosperar?
Sim, pois a punição somente será possível se houver violação de lei e o Código de Ética não é considerado lei.
Sim, baseado em um princípio de direito penal (nullum crimen, nulla poena sine lege) aplicado
subsidiariamente ao processo disciplinar da OAB.
Sim, pois para haver punição deve o tipo estar previsto tanto no Código de Ética quanto no Estatuto, e não apenas no
primeiro.
Não, pois o CED também é lei em sentido formal.
 Não, pois quem viola os dispositivos do Código de Ética também viola o Estatuto.
 
 
Explicação:
Ao ingressar nos quadros da OAB o advogado presta compromisso na forma do art. 20 do RGOAB para observância de toda a
legislação da instituição. O CED é norma cogente de cumprimento obrigatório cujo descumprimento ocasiona processo ético
disciplinar.
 
 
 
 8a Questão
As sanções disciplinares previstas na Lei 8906/94 são:
censura, suspensão, exclusão e multa
suspensão e exclusão.
aquelas que o Conselho da OAB, em cada caso concreto, entender devam ser criadas e aplicadas.
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censura, suspensão e exclusão.
 
 
Explicação:
As infrações e sanções disciplinares imputáveis aos profissionais da advocacia estão previstas no capitulo IX da
lei nº 8906/94 (Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil).
O artigo 35 da referida lei, enumera as sanções aplicáveis para cada infração, que são censura, suspenção, exclusão e multa.
Quanto à censura, percebe-se que esta é uma das formas mais leves das sanções, que com a presença de circunstancias
atenuantes, pode a censura ser convertida em advertência, e não impede o exercício da profissão. Esta é aplicada nos casos
do art. 36 do Estatuto.
A suspenção é aplicada nos casos descritos no art. 37, nos casos de reincidência, e pode ser por tempo determinado, entre 30
dias e 12 meses, ou indeterminado nos casos de recusa injustificada de prestação de contas, inadimplência junto a OAB e
inépcia profissional.
A exclusão é a pena máxima aplicada, nos casos previstos no art. 38, perdendo o advogado dessa forma seu numero de
ordem, não podendo de forma nenhuma exercer a profissão.
Já a multa, é uma sanção acessória, que poderá ser aplicada cumulativamente com a censura ou a suspenção, se houver
circunstancias agravantes, sendo o valor mínimo de uma anuidade e o máximo de dez anuidades. 
Após cinco anos contados da data da constatação oficial do fato infracional, prescreve a pretensão de punibilidade das
infrações disciplinares. Dessa forma, é aplicada a prescrição a todo processo paralisado por mais de três anos pendentes de
julgamento ou despacho, devendo ser arquivado de oficio.

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