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Comportamento Alimentar Docente: Waleska Paixão Comportamento alimentar O comportamento alimentar é pré-requisito básico para o metabolismo celular. Em nome da sobrevivência da espécie, devemos obter alimento suficiente para quantidade de energia gasta, sendo permitido pequenas variáveis. Estados patológicos acontecem quando o processo de aquisição dos alimentos vai além do aceitável. Algumas teorias acerca da funcionalidade do comportamento alimentar 1- Teoria periferalista: A fome seria devida ás sensações periféricas, especialmente as contrações do intestino. Ideias acerca da funcionalidade. Com o passar do tempo foram surgindo ideias contrárias; 2- Animais vagotomizados (a injeção de insulina provoca a ingestão de alimentos) 3- Teoria centralista ,foi percebido que mesmo com o intestino extirpado, homens e animais podem apresentar consumo regular de alimentos. O Hipotálamo como centro de controle Dois núcleos: Lesões no: lesões no: HVM (Hipotálamo ventromedial) HL(Hipotálamo Lateral) Hiperfagia e Obesidade Afagia e Adipsia (morte por inanição) • Durante o processo de Hiperfagia decorrente da lesão no HVM, distinguem-se duas fases: 1- Dinâmica(3 semanas)- Comedores vorazes e ganham peso rapidamente. 2- Estática (acima de 3 semanas)- Há a estabilização do consumo e do peso. Controle homeostático • Condições internas (estados motivacionais) ativam o comportamento voluntário, induzindo o individuo a ação. • O Hipotálamo desempenha papel central na regulação da homeostase do meio interno mediante ajustes neuroendócrinos, autonômicos e comportamentais. • Set point (comparado ao termostato). • A temperatura corporal pode ser comparada ao comportamento alimentar como modelo hipotético de controle hipotalâmico. Controle homeostático • Aparentemente quanto mais gordura é armazenada nas células adiposas, menor é a conversão de nutrientes em gordura. • Depósitos de gordura podem exercer controle inibitório mediante mecanismos de feedback sobre o consumo de alimentos, objetivando manter o peso ideal para cada individuo. • Se a ingestão de alimentos aumenta, o sistema procurará um novo ponto de equilíbrio, que estará acima daquele considerado adequado. Fatores emocionais • O controle exercido pelo HL no comportamento alimentar Pode ser devido as fibras dopaminérgicas que passam por ele. • Afagia - comprometimento das fibras dopaminérgicas que trafegam pelo HL. • Dopamina- Conhecida como droga do prazer ou da recompensa. Fatores sensoriais • Lesões nos nervos trigêmeos. • Ansiedade (gerada em ambientes novos, experiência em animais sem lesão no HVM) • Indivíduos obesos, fatores externos (Processo e percepção) Processos fisiológicos • Os processos fisiológicos em curso durante o metabolismo celular são divididos em 3 fases: - Cefálica: curto período entre visão, cheiro e sabor, inicio da absorção dos nutrientes. - Absortiva: Todo período de absorção de nutrientes - Pós-absortiva: Fim da fase de absorção e início da próxima refeição. Controle hormonal • É necessário o controle hormonal para manutenção do peso corporal em termos fisiológicos, periféricos e centrais. • O ponto de equilíbrio varia de individuo para individuo e sofre influência de fatores como: - Estresse - Palatabilidade - Exercício Controle hormonal • Outros fatores como: -Época do ano - Disponibilidade de comida no ambiente. - Custo - Presença de predadores. Insulina e Glucagon • Glucagon: Tem efeito oposto ao da insulina, é produzido pelo pâncreas e aumenta o açúcar no sangue. Ele age no fígado quebrando o glicogênio em moléculas de glicose. • Insulina: Ajuda a glicose a entrar nas células. Facilita o armazenamento de nutrientes sob a forma de glicogênio no fígado. Colecistocinina CCK • Responsável pela saciedade. • Liberado durante a passagem do quimo pelo intestino. • Hormônio gastrointestinal. • É secretado na presença de gorduras e aminoácidos no duodeno. Controle hormonal • Dopamina: Exerce modulação sobre neurônios estriatonigrais GABAérgicos, facilitando o comportamento de ingerir alimentos. • Lesão nas vias dopaminérgicas leva um déficit motor que tende a contribuir a uma afagia e adipsia. Controle hormonal • Opióides endógenos aumentam a ingesta de alimentos (analgésicos, morfina, heroína). • GABA, através dos mecanismos GABAérgicos exerce controle inibitório sobre o HVM. • Anfetamina, atinge o HL, inibindo a ingesta de alimentos, por liberarem serotonina na corrente sanguínea Controle externo • Indivíduos obesos prestam pouca atenção aos sinalizadores fisiológicos internos (níveis de glicose por exemplo). O comportamento alimentar é ativado por sinalizadores externos (aspecto, odor e sabor). SEDE A ingestão de água é regulada por: - Osmolaridade plasmática - Volume vascular. - A ingestão de agua é necessária para estabelecer um equilíbrio eletrolítico. - A perda de água ativa circuitos hipotalâmicos que induzem o comportamento de beber e reajustes para reter água. SEDE • A despolarização da célula libera o HAD (Hormônio diurético) para a hipófise, de lá para corrente sanguínea. • O HAD age nos túbulos coletores nos rins, onde aumenta a permeabilidade de suas células a água promovendo a reabsorção de líquidos pela corrente sanguínea. Drogas e controle alimentar • Serotonina é utilizada no tratamento da depressão e regula a ingestão de alimento e água: Ex: Fluoxetina reduz o consumo de alimentos, independente do estado emocional. Distúrbios alimentares • Obesidade • Bulimia • Anorexia nervosa Comportamento sexual e reprodutivo Inquietações de quem “Cuida” do outro. • Psiquiatras que imaginam que a psicofarmacologia é o princípio e o fim de tudo. • Clínico que acredita que tratar hipertensão é prescrever diurético • Psicanalistas não devem esperar a cura de sintomas vegetativos em pacientes deprimidos endógenos sem o uso de medicação adequada. • Adotar uma normalidade estatística ao ser humano. Comportamento Sexual e reprodutivo • A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde sexual como sendo “um estado físico, mental, um bem-estar social em relação à sexualidade, exigindo uma abordagem positiva e respeitosa com a sexualidade, com as relações sexuais, bem como com a possibilidade de se ter prazer e experiências sexuais seguras” . De acordo com a OMS (1998) , a satisfação sexual é um dos aspectos considerados necessários para qualidade de vida. Aparelho Reprodutor Feminino Aparelho Reprodutor Masculino Fases do ciclo menstrual • Mais ou menos 28 dias. • Ciclo inicia no primeiro dia da menstruação. 1- Liberação do hormônio FSH (Estimular o folículo dos ovários, este folículo irá liberar o ovócito durante a ovulação, e migra o folículo para a periferia do ovário para que seja liberado ovócito que está dentro dele) 2- A medida que esse folículo se desenvolve o ovário libera estrogênio (responsável por iniciar o espessamento do endométrio através da proliferação de glândulas e capilares sanguíneos) Fases do ciclo menstrual 3- O estrogênio inibe o FSH (A medida que o folículo se desenvolve, há mais estrogênio e menos FSH) 4- Quando o folículo está muito maduro, há um pico de estrogênio, este, induzirá um pico de LH (Induz a ovulação), e o ovócito é liberado. 5- As células foliculares permanecem no ovário, estas irão formar o corpo lúteo (secreta progesterona e estrogênio induzindo o continuo espessamento do endométrio, secretando glicogênio para fixação do embrião). Ciclo menstrual Atos vegetativos básicos • Reprodução- Manutenção hereditária das espécies. • Metabolismo- Fornece energia necessária para a sobrevivência dos organismos vivos. • Integração Humoral- Coordenação das funções biológicas. Imunidade. Comportamento Sexual • O comportamento sexual é um comportamento motivacional. • O Comportamento sexual não se restringe apenas ao fisiológico, uma vez que é um processo entreduas pessoas que se relacionam e que sentem necessidades e desejos que ultrapassam a simples liberação da tensão sexual. Comportamento Sexual • Cientistas descrevem padrão comportamental para animais vertebrados: -A corte -Ajustes posturais (o ato de montar do macho, subir na fêmea por trás e agarrar no pescoço, e a lordose da fêmea, aumento da curvatura lombar com elevação dos flancos) -Reflexos genitais mútuos Controle Hormonal • O comportamento reprodutivo é regulado primariamente pelo eixo hipotálamo-hipófise-glândulas sexuais. • A atividade neuronal do hipotálamo é influenciada por inúmeros fatores psicológicos e ambientais que afetam indiretamente as secreções das gonadotrofinas na hipófise. • O comportamento reprodutivo esta sob controle dos hormônios secretados pela hipófise. • A regulação se dá pelos hormônios lançados na corrente sanguínea. Pela hipófise anterior e glândulas sexuais. Comportamento Sexual • A adenoipófise secreta duas gonadotrofinas que atuam sobre os órgãos reprodutivos. • O hormônio folículo estimulante (FSH) é responsável pelo desenvolvimento e crescimento folicular. • O hormônio Luteinizante (LH) responsável pela ovulação e formação do corpo lúteo das fêmeas. Hormônios sexuais • A produção cíclica e controlada de estrogênio e progesterona é função dos ovários. Esses hormônios desempenham papel essencial na preparação do trato reprodutivo da fêmea para a recepção do óvulo fertilizado. Além disso, é amplamente reconhecido que muitos dos hábitos das fêmeas são influenciados por essas substâncias. • O estrogênio é o principal responsável pela característica feminilizante das fêmeas na puberdade. Hormônios Sexuais • A testosterona desempenha papel fundamental na diferenciação fenotípica dos machos durante o desenvolvimento embrionário. • Após o nascimento a função normal dos andrógenos é facilmente observada nas consideráveis alterações que ocorrem na puberdade. • Antes da puberdade, uma secreção mínima de androgênios a partir dos testículos é suficiente para suprimir a secreção de gonadotrofinas. Hormônios sexuais • Na puberdade a secreção de gonadotrofinas vence o bloqueio e a ação conjunta do FSH e LH dá inicio ao crescimento testicular, a espermatogênese e ao aumento da síntese de testosterona. • Ereções penianas e masturbações são frequentes na maioria dos indivíduos. Curiosidade • Em algumas espécies como gato e coelho, os níveis de testosterona são medidos pelos números de atos de montar nos machos e nas fêmeas a ovulação só ocorre de houver copulação. • Nos homens os níveis plasmáticos de testosterona elevam-se durante a observação de um filme erótico ou diante da perspectiva de sexo, neste caso a elevação de hormônios elevam-se antes do comportamento sexual. • Nas mulheres, o estrogênio e a progesterona parecem exercer papel mais significativo sobre a atração, acentuando a feminilidade, do que propriamente sobre o desejo sexual, nesse sentido a ovariectomia e a menopausa não diminuem a libido. Diferenças entre sexos Quatro fatores críticos que atuam em diferentes estágios do desenvolvimento do individuo para determinar o comportamento sexual que ele manifestará na fase adulta: 1- Meio hormonal perinatal 2- Socialização pré-puberal 3- Hormônios puberais 4- Parceiros sexuais disponíveis É possível mudar o sexo do cérebro? É possível mudar o sexo do cérebro? • Os hormônios contribuem decisivamente na determinação da diferenciação sexual. • É possível alterar a forma como o cérebro controla a hipófise, mediante a interferência com o sistema endócrino nas fases iniciais da vida, ou seja, é possível alterar o sexo do cérebro experimentalmente. • Uma vez que, o ciclo depende da forma como as gônadas são estimuladas pela hipófise. Ciência e experimentos. • Se os testículos são removidos logo nos primeiros dias de vida de um rato, este mostrará sinais característicos das fêmeas, mesmo com genitália masculina. • Se ainda, lhe forem administrados hormônios sexuais femininos quando alcançar a vida adulta, passará a se comportar inteiramente como se fosse uma fêmea. • Se implantado com ovário, passará a funcionar de forma cíclica. Ciência e experimento. • Se injetarmos testosterona em uma rata em seus primeiros dias de vida, ela crescerá apresentando sinais endocrinológicos e comportamentais típicos dos machos, apesar da genitália externa feminina. • Se na fase adulta lhe é novamente administrada a testosterona, ela manifestará predominantemente comportamento sexual masculino. A influência do estresse na diferenciação sexual. • Experimentos com ratas expostas a estímulos estressantes em sua última semana se gestação, identificaram mudanças significativas nos comportamentos sexuais dos seus filhotes ao atingirem a vida adulta. Eles apresentaram redução no comportamento sexual masculino e aparecimento de reflexos sexuais femininos. A influência do estresse na diferenciação sexual. • O estresse bloqueia a elevação dos níveis de testosterona, que normalmente ocorre no final da gestação. • Uso de opióides endógenos (endorfina). • Opióides exógenos (inibem a liberação do LH). • O envolvimento desses mecanismos fisiológicos no aparecimento da homossexualidade no homem NÃO PODE SER DESCARTADO. (Brandão, M.L. Psicofisiologia. 3ed.. Atheneu. 2012) Fatores significativos na diferenciação sexual • Após o nascimento as gônadas de ambos os sexos tornam-se relativamente latentes até a puberdade. • Durante a fase pré-puberal, a experiência social e a aprendizagem ou reforçam e fortalecem predisposições comportamentais ou as contrariam. Homossexualidade vista pela Neurociência. • Se existe boa correlação entre: - Sexo anatômico - Predisposições comportamentais determinadas no período perinatal. - Socialização púbere. Emerge uma personalidade Heterossexual estável. Outros fatores a serem observados . • Morfologia genital • Padrão da cromatina sexual. • Presença das gônadas. • Níveis plasmáticos de hormônios sexuais. • Estruturas acessórias do aparelho reprodutor. Outros fatores a serem observados . Atribuição do sexo pela sociedade- Determina o tipo de atividade a serem encorajadas em função do sexo que é consignado por familiares e pelo meio social em que vivem. Fator também determinante nas aspirações profissionais, nos planos futuros e nos comportamentos recompensados e punidos do indivíduo. Sexo psicológico- Identidade sexual ou á imagem que o individuo formula a seu próprio respeito. Essas informações são percebidas por sonhos eróticos, fantasias, escolha de indivíduos pelos quais são sexualmente atraídos. Neurofisiologia e sexualidade • Lent (2010) comparou o sexo a outros impulsos e apetites que constituem a sobrevivência do indivíduo e afirmou em 1999 (p. 34) “que a anatomia e fisiologia da fome e da motivação sexual são análogas em vários aspectos”. • O desejo pode ocorrer anteriormente ao estímulo sensorial através da imaginação Neurofisiologia e sexualidade • Em sua maior parte, o controle neural dos órgãos sexuais utiliza as mesmas vias somatossensoriais e motoras no homem e na mulher. • O desejo sexual do homem e da mulher pode resultar de estímulos eróticos psíquicos e da estimulação sensorial (visual, olfatória, somatossensorial) e da estimulação tátil direta dos órgãos sexuais externos. • O controle neural da resposta sexual também vem do córtex cerebral (pensamentos eróticos e cognições acerca da sexualidade), mas a medula espinhal coordena essa atividade cerebral com a informação sensorial vinda dos genitais e gera eferências que medeiam às respostas sexuais das estruturas genitais. Resuminho! • O hipotálamo é influenciado por fatores psicológicos e pela informação sensorial, como a resposta à luz que atinge a retina. GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) do hipotálamo regula a liberação de gonadotrofinas (LH e FSH) pela hipófise anterior. Os testículossecretam testosterona e os ovários secretam estradiol em resposta às gonadotrofinas. Os hormônios sexuais têm diversos efeitos no organismo e também retroagem sobre a hipófise e o hipotálamo. Hormônios envolvidos no ato sexual • Ocitocina • Adrenalina • Dopamina • Serotonina Parafilias • O diagnóstico, segundo DSM V, requer que os sintomas estejam presentes por pelo menos seis meses e causem sofrimento pessoal clinicamente importante ou prejudiquem o funcionamento social. • Definir o que é comportamento sexual adequado ou desviante é um dos maiores desafios quando se estuda parafilia. As mudanças da sociedade sobre o que é uma conduta sexual aceitável se modificam ao longo do tempo, nas diferentes culturas, e a definição de parafilia tem sido constantemente debatida. Parafilias • Sadismo • Masoquismo • Fetichismo • Voyeurismo Parafilias • Para Psiquiatria, a etiologia das parafilias é desconhecida, sabemos que a excitação sexual depende da ação neuronal, sensorial e cognitiva. Algumas teorias Psicológicas • Para Freud, a perversão sexual em termos intrapsíquicos, utiliza conceitos como imaginação e fantasia conscientes e inconscientes. Para ele, a parada do desenvolvimento ou a regressão a um estágio anterior, sem o mecanismo de repressão, foi chamada de perversão, e quando na presença da repressão, a neurose. • Para Stoller, as perversões sexuais são comportamentos movidos por hostilidade, que em forma de fantasia, esconde a perversão, que serviria para converter um trauma infantil em um triunfo do adulto. Masturbação infantil Masturbação infantil • Sexualidade é a condição relacionada ao desenvolvimento e a produção de hormônios sexuais. Portanto apresenta caráter orgânico fisiológico. (8-9anos). • A energia sexual necessita de descargas periódicas, através de vias de escoamento. • Enquanto a criança não encontra esta via de escoamento (região genital e zonas erógenas), esta energia provoca inquietude e agitação. Masturbação infantil • A criança ainda não é capaz de entender o significado, tornando-se comum apresentar instabilidade de humor, surgem também medos, devido as novas sensações desencadeadas pelo estímulo dos hormônios sexuais. Surgem os medos. • Os medos passam quando ela começa a entender que esta modificação tem haver com a energia sexual e que ela pode ser descarregada por meio da masturbação. Masturbação infantil • Masturbação infantil é diferente da masturbação púbere. Nesta idade possui significados. Na infância a masturbação esta relacionada com o uso do papel psicossomático, o qual é utilizado para liberar a tensão (não sexual) de alguma atividade executiva motora que não pode ser descarregada. • Se esta não puder ser descarregada e houver um estímulo inibidor a masturbação será a maneira de descarregar a tensão acumulada. Masturbação infantil • A repressão da masturbação infantil, geralmente não leva a problemas na sexualidade, mas pode provocar conflitos ligados ao prazer e satisfação de desejos ou necessidades internas, a criança, diante de muita repressão, pode se tornar insegura e temerosa de agir no mundo. Atitudes sexuais sobre sexualidade e gênero • Masturbação: Antes largamente considerada perversão e causa de transtornos mentais, a masturbação é hoje reconhecida como atividade sexual normal por toda a vida. Só é considerada anormal quando inibe comportamento orientado para parceiro. • Homossexualidade: a homossexualidade não é considerada um transtorno pela American Psychiatric Association há mais ou menos 4 décadas. Em torno de 4 a 5% da população identifica a si mesma como exclusivamente homossexuais por toda a vida. Assim como a heterossexualidade, a homossexualidade resulta de fatores biológicos e ambientais complexos que levam à capacidade de se excitar sexualmente por pessoas do mesmo sexo. Da mesma forma que a heterossexualidade, a homossexualidade não é uma questão de escolha. Atitudes sexuais sobre sexualidade e gênero • Promiscuidade: Atividade sexual frequente com muitos parceiros, envolvendo encontros anônimos ou de uma única vez, pode indicar diminuição da capacidade de desenvolver relações de intimidade. No entanto, a promiscuidade não é, por si mesma, evidência de transtorno psicossexual. O sexo casual é comum nas culturas ocidentais, apesar do medo da AIDS, infecções por herpes e outras doenças sexualmente transmissíveis terem resultado em diminuição dessa prática. • Sexo extraconjugal: A maioria das culturas desestimula a sexualidade extraconjugal, mas aceita relações sexuais pré-maritais ou não maritais. Nos EUA, muitas pessoas têm relações sexuais antes do casamento ou sem casamento como parte da tendência de maior liberdade sexual nos países desenvolvidos. O sexo extraconjugal é bastante frequente, apesar dos tabus sociais. Esse comportamento é um potencial transmissor de doenças para cônjuges e parceiros sexuais desprevenidos. Influência dos pais na sexualidade • As normas aceitas de comportamentos e atitudes sexuais são significativamente influenciadas pelos pais. • A rejeição da sexualidade física de forma proibitiva e puritana pelos pais, incluindo o toque, coloca culpa na criança e inibe sua capacidade de aproveitar o sexo e desenvolver relacionamentos íntimos saudáveis quando adulta. Relações com os pais podem ser danificadas por: • Distância emocional excessiva • Comportamentos punitivos • Sedução evidente e exploração sexual • Crianças expostas à hostilidade verbal e física, rejeição e a crueldade provavelmente desenvolverão problemas com intimidade sexual e emocional. Waleska Viviane Paixão de Souza Nóbrega Psicóloga Clínica- CRP 02-15953 Especialista em Neuropsicologia Clínica E-mail: Waleskapaixao@Hotmail.com