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Urgência & Emergência

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Carolina Franchini Maldonado 
 
1 
 
URGÊNCIA & EMERGÊNCIA: O resumo 
Podemos dividir em dor no peito à ESQUERDA ou à DIREITA. 
A dor no peito, ou dor torácica, é um sintoma frequentemente 
associada à angina ou ao infarto, doenças cardiovasculares 
graves. No entanto, também pode ser causado por distúrbios 
psiquiátricos ou doenças que atingem o estômago, esôfago, 
pulmão e a caixa torácica (esqueleto e músculos). 
Não se deve ignorar sintomas como aperto ou desconforto no 
peito. 
A intensidade da dor pode variar de incômodos leves à sensação 
de aperto, pressão ou queimadura no peito. Em casos graves, a 
dor se espalha para pescoço, mandíbula, costas e braços. Os 
indivíduos devem ir ao hospital quando a dor se prolongar por mais de 
20minutos ou vier com sintomas, como tonturas, suores frios, dificuldade de 
respirar e dor de cabeça. 
CAUSAS: 
1. Doenças do esôfago, estômago, pulmão, coração e caixa torácica 
(esqueleto e músculos). 
2. Dor muscular e sensibilidade nas articulações → causas mais comuns de 
dor no peito. 
3. Já as doenças com maior teor de preocupação são as cardíacas, que 
atingem o lado esquerdo do peito e podem levar a morte. 
Dor Torácica à Esquerda: 
INFARTO → Dor no peito constante que se espalha para o braço esquerdo, 
pescoço, mandíbula, durante +20min. Pode vir acompanhado por dormência 
nos membros do lado esquerdo, enjoo, sudorese, dificuldade em respirar e 
vômitos. 
COSTOCONDRITE → Inflamação na cartilagem que 
conecta uma costela ao osso esterno. Os sintomas 
incluem inchaço e dor agravada ao deitar, respirar 
profundamente ou tossir. As dores que a constocondrite 
causa no peito são semelhantes as de um ataque cardíaco. 
ANGINA → Dor causada pela redução de sangue no 
coração, alterando o funcionamento do órgão. A dor é 
localizada no centro do peito, descrita como uma 
pressão, aperto, ardor, desconforto ou sensação de 
choque. Pode ser Estável (esforço excessivo) ou Instável 
(estado de repouso ou atividades físicas leves). Com falta 
de ar, palidez, hipotensão e suor excessivo. 
ISQUEMIA CARDÍACA → Diminuição da passagem 
de sangue pelas coronárias. 1° sinal de infarto, 
acompanhado de falta de ar, palpitações, aperto no peito, 
formigamento nos braços e pescoço do lado esquerdo. Pode provocar dores no 
peito a partir da sua forma crônica, quando acumula gordura nas artérias, ou 
transitória, quando atinge o paciente em momentos de estresse. 
ARRITMIA CARDÍACA → É a frequência inadequada do ritmo do coração 
– muito rápida, muito devagar ou irregular → Coração não bombeia sangue 
suficiente para abastecer o corpo, o que pode danificar órgãos essenciais, como 
o cérebro e o coração. Pode vir com dor no peito, cansaço, fraqueza, tontura, 
mal estar, desmaios, falta de ar, palidez e suor frio. 
ARTERIOESCLEROSE → Consiste no espessamento e perda da 
elasticidade da parede das artérias. Cursa com aumento da PA, acúmulo de 
gordura no interior das artérias. Mais frequente em ♂ > 50 anos. 
Dor Torácica à Direita: 
DISTÚRBIOS NA VESÍCULA BILIAR → Cálculos biliares ou colecistite 
(inflamação da vesícula biliar) podem causar a dor no peito e outros sintomas 
Dor Torácica 
OBSERVAÇÕES: 
Um estudo realizado no ano 2000, 
pela Universidade de Michigan – 
EUA, revelou que: 
400 pessoas relatam dor no peito 
frequente. 11% por problemas 
cardíacos, 53% sem causas definida 
para a dor e 36% por problemas nos 
músculos ou esôfago. 
72% dos óbitos no Brasil → causas 
cardíacas 
Carolina Franchini Maldonado 
 
2 
 
em paralelo. Com febre, náuseas, vômitos e falta de apetite. 
A dor costuma ser aguda e repentina, que se espalha para a 
barriga e o ombro, do lado direito. 
INFLAMAÇÃO DOS ÓRGÃOS → Gastrite (inflamação 
do estômago), Hepatite (inflamação do fígado) e Pleurisia 
(inflamação da pleura, membrana que recobre o pulmão). 
PERICARDITE → Inflamação do pericárdio, membrana 
que cobre o coração. Começa com uma dor aguda no peito e 
se espalha para as costas. Os sintomas também manifestados 
com a doença são: tosse seca, dificuldade para respirar, febre, 
fadiga e ansiedade. 
Dor em ambos os lados do peito: 
LESÃO NOS MÚSCULOS → dor no peito ao respirar pode 
ser sintoma de lesões nos músculos, fraturas, infecções, 
infecções ou agressões nas costelas. Tosse intensa também 
pode causar dor na região. 
PNEUMOTÓRAX → Presença de ar entre as pleuras e a parede do pulmão. 
DISÚRBIOS PULMONARES → Certas doenças que afetam diretamente os 
pulmões podem causar dor ao respirar, como nos casos de pneumonia 
(infecção nos pulmões), embolia pulmonar (artérias do pulmão obstruídas 
por coágulos) e hipertensão pulmonar (pressão alta nas artérias dos 
pulmões). 
CÂNCER DE PULMÃO → Dor contínua que pode ser sentida no peito e nas 
costas. Junto pode apresentar os seguintes sintomas: dedos em forma de 
baqueta (pontas dos dedos inchadas), hemoptise (expectoração de sangue 
proveniente dos pulmões, traqueia e brônquios), dispneia, tosse entre outros. 
CAUSAS PSICOLÓGICAS → Ansiedade, ataques de pânico e estresse → 
crises de ansiedade, ataques de pânico e altas doses de estresse podem causar 
dor no peito, mal-estar, tontura, inquietação e dificuldade ao respirar. Esse tipo 
de dor é descrito como um aperto no peito e pode ser confundido com um 
infarto. Pode vir acompanhado de sensação de uma bola na 
garganta que sobe e desce. 
PROBLEMAS GÁSTRICOS → Dor no peito e 
queimação. Pode ser causada após longos períodos sem 
comer, gastrite, esofagite, refluxo gastroesofágico ou 
úlcera gástrica. Podem ocorrer ainda espasmos no esôfago, 
gerado por problemas digestivos que levam o esôfago a se 
expandir e contrair, levando a dor no peito. 
GASES → Excesso de gases pode provocar dores agudas e 
intensas no peito. Essas dores podem ser acompanhadas de 
flatulência e são causadas por doenças que produzem gases 
e/ou ela ingestão de certos alimentos. 
DOR NAS MAMAS/MASTITE → Inflamação nas 
mamas que normalmente ocorre durante o período de 
amamentação. Os sintomas incluem dor no peito associado 
a vermelhidão na pele e sensação de calor nos seios. 
Pode ainda ser causada por → Artrite, artrite reumatoide, 
hipertensão arterial, estenose da valva aórtica, fibromialgia, Herpes 
zoster (Varicella zoster vírus) miocardite, cardiomiopatia, alterações da 
aorta (como calcificação da aorta) e complicação em veias ou artérias. 
Se a dor no peito demorar mais de 20min para aliviar, principalmente se 
associada a outros sintomas, se a dor piorar com mudanças posturais, se a dor 
se espalhar para outros lugares → ATENÇÃO. 
⬧ Caso o paciente seja portador de alguma doença cardiovascular → deve 
tomar os medicamentos prescritos pelo médico cardiologista 
corretamente e ir ao hospital caso a dor não passe em até 30 minutos. 
DOR NO PEITO DE ORIGEM CARDÍACA: 
⬧ Dor em aperto, pressão ou peso sob o peito. 
⬧ Pode irradiar para outras áreas próximas, como costas, pescoço, mandíbula, 
ombros e braços (principalmente braço esquerdo). 
⬧ Se tornar mais intensa com a realização de exercícios físicos. 
GRUPOS DE RISCO: 
⬧ Homens; 
⬧ > 40 anos; 
⬧ Histórico de risco; 
⬧ Hipertensão arterial; 
⬧ Diabetes; 
⬧ Angina; 
⬧ Colesterol alto; 
⬧ Obesidade; 
⬧ Insuficiência renal crônica; 
⬧ Fumantes; 
⬧ Histórico familiar de doença 
isquêmica cardíaca e/ou 
pacientes com casos anteriores da 
doença; 
⬧ Sedentarismo e dieta rica em 
gorduras saturadas; 
⬧ Usuários de cocaína; 
Carolina Franchini Maldonado 
 
3 
 
⬧ Suor frio ou excessivo, tontura ou fraqueza, náusea ou vômito, dor de 
cabeça, falta de ar e taquicardia → sintomas associados a dor no peito de 
origem cardíaca. 
DOR NO PEITO DE ORIGEM NÃO CARDÍACA: 
⬧ Possuem a localização pontual e não se espalham para outras áreas. 
⬧ Pioram somente quando o tórax faz algum movimento, se o paciente 
respirar profundamente ou apertar a área dolorida. 
⬧ Não evoluem com estresseemocional, ao contrário da dor no peito de 
origem cardíaca. 
⬧ Gosto azedo na boca, sensação de náusea, dificuldade em engolir, azia, 
sensação dolorosa ou ardente por trás do esterno → sintomas associados a 
dor torácica de origem não cardíaca. 
DIAGNÓSTICO → Análise da história e antecedentes pessoais e familiares, 
exame físico, eletrocardiograma, teste ergométrico, ecocardiograma, exames 
de sangue e radiografia/tomografia. 
→ Endoscopia: realizado para identificar úlceras gástricas. 
→ Raio-X de Tórax: identificar problemas pulmonares como pneumonia 
e pneumotórax. 
→ Angiograma: exame radiográfico dos vasos sanguíneos. 
TRATAMENTO → No geral, a dor no peito irá regredir se a causa for tratada 
adequadamente. Os tratamentos para dores no peito variam de acordo com o 
diagnóstico do médico (e do agente causal). Pode consistir de medicação, 
procedimentos não-invasivos, cirurgia ou a combinação de um ou mais 
métodos, a depender da gravidade e intensidade da dor. 
DOR DO LADO ESQUERDO DOR DO LADO DIREITO 
Procure um pronto-socorro para 
garantir diagnóstico (ou descartar a 
possibilidade) de infarto. 
Repouse. Caso a dor se mantenha 
após 20 minutos, procure o pronto-
socorro/atendimento médico o mais 
rápido possível. 
⬧ Dor muscular → se a dor for causada por lesões nos músculos → uso de 
analgésicos. 
⬧ Dor ao respirar → aplique compressas quentes no peito, caso a dor dure 
mais de 2h consulte um médico ou vá até o pronto-socorro. 
⬧ Ansiedade/Ataques de pânico/Estresse → caso a origem da dor seja uma 
dessas, serão prescritos métodos específicos para tratar essas doenças, 
como antidepressivo e terapia conjunta com psiquiatra e psicólogos. 
⬧ Dor no peito/Queimação →Se a dor no peito for causada por distúrbios 
gástricos, o gastroenterologista pode indicar o uso de medicamentos como 
o hidróxido de alumínio (antiácido). 
⬧ Excesso de gases → A dor pode ser reduzida com massagem abdominal 
ou após a evacuação. Se necessário, o profissional pode indicar o uso de 
simeticona (luftal) para o alívio dos gases. 
⬧ Procedimentos cirúrgicos → Quando a dor for intensa e a causa grave, o 
tratamento pode consistir de intervenções cirúrgicas como: 
o Angioplastia → indicado para combater a obstrução de artérias que 
irrigam o coração, geralmente obstruídas por acúmulo de gordura 
→ Um cateter com um balão é introduzido na virilha, e guiado até 
o local da obstrução, o balão é então inflado de maneira a expandir 
e abrir o diâmetro da artéria → stent. 
o Ponte de Safena → cirurgia de revascularização do miocárdio, 
principal técnica para o tratamento de doenças arteriais coronárias, 
condições que atingem as artérias do coração → veia safena 
magna, veia mamária. 
⬧ Medicamentos → Variam conforme a causa: 
o Dipirona; 
o Brometo de ipratrópio (inalação); 
o Aspirina (ácido acetilsalicílico) – causas cardíacas. 
COMPLICAÇÕES: 
Se a dor é persistente por mais de 20 minutos ou se some e volta em tempos 
espaçados, o paciente DEVE buscar ajuda médica urgente, ANTES que a dor migre 
para outras áreas do corpo como costas, pescoço, mandíbula, nuca e entre as 
escápulas. 
Quando não se dá devida importância e atenção à dor torácica, a complicação se torna 
o ÓBITO. 
OBSERVAÇÃO → A dor no peito pode estar associada a doenças não fatais e de 
fácil tratamento. Contudo, deve-se estar sempre atento quando a mesma se torna 
persistente ou recorrente → sinais de dor de origem cardíaca. 
Carolina Franchini Maldonado 
 
4 
 
o Nitroglicerina (relaxa as artérias do coração para o sangue fluir 
com mais facilidade) – causas cardíacas. 
PREVENÇÃO → Não há prevenção específica, pois a dor no peito pode ter 
diversas causas. Evitar estresse e situações estressantes e/ou ansiogênicas 
ajudam a evitar a dor torácica de origem psicológica. 
→ É recomendado o uso de chás naturais com propriedades antiestresse, 
relaxantes e calmantes (maracujá e camomila), adotar um estilo de vida mais 
tranquilo com frequente prática de exercícios físicos e alimentação 
balanceada, bem como evitar cigarros e drogas ilícitas. 
A portaria N° 1600 de 07 de Julho de 2011 → Reformula a “Política Nacional 
de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção as Urgências no Sistema 
Único de Saúde (SUS)”: 
CAPÍTULO I – Das diretrizes da rede de atenção às Urgências 
Art. 2° Constituem-se diretrizes da Rede de Atenção às Urgências: 
I. Ampliação do acesso e acolhimento aos casos agudos demandados aos 
serviços de saúde em todos os pontos de atenção, contemplando a 
classificação de risco e intervenção adequada e necessária aos 
diferentes agravos. → Ampliação do acesso em todos os níveis de 
saúde de maneira a classificar o risco e gravidade para garantir 
acesso e tratamento adequado. 
II. Garantia da universalidade, equidade e integridade no atendimento às 
Urgências clínicas, cirúrgicas, gineco-obstétricas, psiquiátricas, 
pediátricas e as relacionadas a causas externas (traumatismos, 
violências e acidentes) → assegurar a universalidade, equidade e 
integridade do atendimento de urgência a todos os casos urgentes 
independente da área. 
III. Regionalização do atendimento às urgências com articulação das 
diversas redes de atenção e acesso regulado aos serviços de saúde. 
IV. Humanização da atenção garantindo efetivação de um modelo 
centrado no usuário e baseado nas suas necessidades de saúde. 
V. Garantia da implantação de modelo de atenção de caráter 
multiprofissional, compartilhado por trabalho em equipe, instituído 
por meio de práticas clínicas cuidadoras e baseado na gestão de linhas 
de cuidado. 
VI. Articulação e integração dos diversos serviços e equipamentos de 
saúde, constituindo redes de saúde com conectividade entre os 
diferentes pontos de atenção → garantir a integração dos serviços e 
dos diversos níveis dentro do SUS. 
VII. Atuação territorial, definição e organização das regiões de saúde e das 
redes de atenção a partir das necessidades de saúde destas populações, 
seus riscos e vulnerabilidades específicas; 
VIII. Atuação profissional e gestora visando o aprimoramento da qualidade 
da atenção por meio do desenvolvimento de ações coordenadas, 
contínuas e que busquem a integralidade e longitudinalidade do 
cuidado em saúde; 
IX. Monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços através de 
indicadores de desempenho que investiguem a efetividade e a 
resolutividade da atenção; 
X. Articulação interfederativa entre os diversos gestores desenvolvendo 
atuação solidária, responsável e compartilhada; 
XI. Participação e controle social dos usuários sobre os serviços; 
XII. Fomento, coordenação e execução de projetos estratégicos de 
atendimento às necessidades coletivas em saúde, de caráter urgente e 
transitório, decorrentes de situações de perigo iminente, de 
calamidades públicas e de acidentes com múltiplas vítimas, a partir da 
construção de mapas de risco regionais e locais e da adoção de 
protocolos de prevenção, atenção e mitigação dos eventos → Adequar 
o serviço de urgência ao local em que este estará atuando com base 
nas necessidades reais da população local através de mapas de risco 
e protocolos de prevenção (região com muitos afogamentos terá uma 
necessidade diferente das de uma região com muitos acidentes com 
múltiplas vítimas). 
XIII. Regulação articulada entre todos os componentes da Rede de Atenção 
às Urgências com garantia da equidade e integralidade do cuidado; e 
Portaria N° 1600 
Carolina Franchini Maldonado 
 
5 
 
XIV. Qualificação da assistência por meio da educação permanente das 
equipes de saúde do SUS na Atenção às Urgências, em acordo com os 
princípios da integralidade e humanização → Assegurar a qualidade e 
integridade da assistência as Urgências ao permanentemente manter 
os profissionais educados e atualizados de acordo com os princípios 
do SUS. 
Art. 3º Fica organizada, no âmbito do SUS, a Rede de Atenção às 
Urgências. 
§1 º A organização da Rede de Atenção às Urgências tem a finalidade de 
articular e integrar todos os equipamentos de saúde, objetivando ampliar e 
qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência 
e emergência nos serviços de saúde, de forma ágil e oportuna. 
§ 2º A Rede de Atenção às Urgências deve ser implementada, gradativamente, 
em todo território nacional, respeitando-se critérios epidemiológicos e de 
densidade populacional. 
§ 3º O acolhimento com classificação do risco, a qualidade e a resolutividade 
na atenção constituem a base do processo e dos fluxos assistenciais de toda 
Rede de Atenção às Urgências e devem ser requisitos de todos os pontos de 
atenção. 
§ 4º A Rede de Atenção às Urgências priorizará as linhas de cuidados 
cardiovascular, cerebrovascular e traumatológica. 
Art. 4º A Rede de Atenção às Urgências é constituída pelos seguintes 
componentes: 
I - Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde; 
II - Atenção Básica em Saúde; 
III - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais 
de Regulação Médica das Urgências; 
IV - Sala de Estabilização; 
V - Força Nacional de Saúde do SUS; 
VI - Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de 
urgência 24 horas; 
VII - Hospitalar; 
VIII - Atenção Domiciliar. 
CAPÍTULO II – Dos componentes da rede de atenção as Urgências e seus 
objetivos: 
Art. 5º O Componente Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde tem por 
objetivo estimular e fomentar o desenvolvimento de ações de saúde e educação 
permanente voltadas para a vigilância e prevenção das violências e acidentes, 
das lesões e mortes no trânsito e das doenças crônicas não transmissíveis, além 
de ações intersetoriais, de participação e mobilização da sociedade visando a 
promoção da saúde, prevenção de agravos e vigilância à saúde. 
Art. 6º O Componente Atenção Básica em Saúde tem por objetivo a ampliação 
do acesso, fortalecimento do vínculo e responsabilização e o primeiro cuidado 
às urgências e emergências, em ambiente adequado, até a 
transferência/encaminhamento a outros pontos de atenção, quando necessário, 
com a implantação de acolhimento com avaliação de riscos e vulnerabilidades. 
Art. 7º O Componente Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 
192) e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências tem como objetivo 
chegar precocemente à vítima após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de 
natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátricas, psiquiátricas, 
entre outras) que possa levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, sendo 
necessário, garantir atendimento e/ou transporte adequado para um serviço de 
saúde devidamente hierarquizado e integrado ao SUS. 
Parágrafo único. O Componente de que trata o caput deste artigo pode se 
referir a atendimento primário quando o pedido de socorro for oriundo de um 
cidadão ou de atendimento secundário quando a solicitação partir de um 
serviço de saúde no qual o paciente já tenha recebido o primeiro atendimento 
necessário à estabilização do quadro de urgência apresentado, mas que 
Carolina Franchini Maldonado 
 
6 
 
necessita ser conduzido a outro serviço de maior complexidade para a 
continuidade do tratamento. 
Art. 8º O Componente Sala de Estabilização deverá ser ambiente para 
estabilização de pacientes críticos e/ou graves, com condições de garantir a 
assistência 24 horas, vinculado a um equipamento de saúde, articulado e 
conectado aos outros níveis de atenção, para posterior encaminhamento à rede 
de atenção à saúde pela central de regulação das urgências. 
Parágrafo único. O Componente de que trata o caput deste artigo não se 
caracteriza como novo serviço de saúde para assistência a toda demanda 
espontânea, mas sim para garantir a disponibilidade de atendimento para 
estabilização dos agravos críticos à saúde. 
Art. 9º O Componente Força Nacional de Saúde do SUS objetiva aglutinar 
esforços para garantir a integralidade na assistência em situações de risco ou 
emergenciais para populações com vulnerabilidades específicas e/ou em 
regiões de difícil acesso, pautando-se pela equidade na atenção, considerando-
se seus riscos. 
Art. 10. O Componente Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o 
conjunto de serviços de urgência 24 horas está assim constituído: 
I -A Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 h) é o estabelecimento de saúde 
de complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde/Saúde da 
Família e a Rede Hospitalar, devendo com estas compor uma rede organizada 
de atenção às urgências; 
II - As Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24 h) e o conjunto de Serviços 
de Urgência 24 Horas não hospitalares devem prestar atendimento resolutivo 
e qualificado aos pacientes acometidos por quadros agudos ou agudizados de 
natureza clínica e prestar primeiro atendimento aos casos de natureza cirúrgica 
ou de trauma, estabilizando os pacientes e realizando a investigação 
diagnóstica inicial, definindo, em todos os casos, a necessidade ou não, de 
encaminhamento a serviços hospitalares de maior complexidade. 
Art. 11. O Componente Hospitalar será constituído pelas Portas Hospitalares 
de Urgência, pelas enfermarias de retaguarda, pelos leitos de cuidados 
intensivos, pelos serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório e pelas 
linhas de cuidados prioritárias. 
Art. 12. O Componente Atenção Domiciliar é compreendido como o conjunto 
de ações integradas e articuladas de promoção à saúde, prevenção e tratamento 
de doenças e reabilitação, que ocorrem no domicílio, constituindo-se nova 
modalidade de atenção à saúde que acontece no território e reorganiza o 
processo de trabalho das equipes, que realizam o cuidado domiciliar na 
atenção primária, ambulatorial e hospitalar. 
CAPÍTULO III – Da Operacionalização da Rede de Atenção as 
Urgências: 
Art. 13. A operacionalização da Rede de Atenção às Urgências dar-se-á pela 
execução de 5 (cinco) fases: 
I. Fase de Adesão e Diagnóstico: 
a. Apresentação da Rede de Atenção às Urgências nos Estados e 
no Distrito Federal; 
b. Realização de diagnóstico e aprovação da região inicial de 
implementação da Rede de Atenção às Urgências na Comissão 
Intergestores Bipartite (CIB) nos Estados e no Colegiado de 
Gestão da Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal 
(CGSES/DF); e 
c. Instituição de Grupo Condutor Estadual da Rede de Atenção às 
Urgências, formado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), 
Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS) e 
apoio institucional do Ministério da Saúde, que terá como 
atribuições: 
1. Mobilizar os dirigentes políticos do SUS em cada fase; 
2. Apoiar a organização dos processos de trabalho 
voltados a implantação/implementação da rede; 
3. Identificar e apoiar a solução de possíveis pontos 
críticos em cada fase; 
4. Monitorar e avaliar o processo de 
implantação/implementação da rede. 
Carolina Franchini Maldonado 
 
7 
 
II. Fase do Desenho Regional da Rede: 
a. Realização de análise da situação dos serviços de atendimento 
às urgências, com dados primários, incluindo dados 
demográficos e epidemiológicos, dimensionamento da 
demanda das urgências, dimensionamento da oferta dos 
serviços de urgência existentes e análise da situação da 
regulação, da avaliação, do controle, da vigilância 
epidemiológica, do apoio diagnóstico, do transporte para as 
urgências, da auditoria e do controle externo, pela Comissão 
Intergestores Regional (CIR) e pelo CGSES/DF, com o apoio 
da Secretaria de Saúde; 
b. Elaboração da proposta de Plano de Ação Regional, com 
detalhamento técnico de cada componente da Rede, 
contemplando o desenho da Rede Atenção às Urgências, metas 
a serem cumpridas, cronograma de implantação, mecanismos 
de regulação, monitoramento e avaliação, o estabelecimento de 
responsabilidades e o aporte de recursos pela União, Estado, 
Distrito Federal e Municípios envolvidos; 
c. Aprovação do Planode Ação Regional na CIR, no CGSES/DF 
e na CIB; 
d. Elaboração dos Planos de Ação Municipais dos Municípios 
integrantes da CIR, em consonância com o Plano de Ação 
Regional; 
III. Fase da Contratualização dos Pontos de Atenção: 
a. Contratualização pela União, pelo Estados, pelo Distrito 
Federal ou pelo Município dos pontos de atenção da Rede de 
Urgência e Emergência, observadas as responsabilidades 
definidas para cada Componente da Rede de Atenção às 
Urgências no desenho regional; 
b. Instituição do Grupo Condutor Municipal em cada Município 
que compõe a CIR, com apoio institucional da SES; 
IV. Fase da Qualificação dos Componentes: a qualificação dos 
Componentes da Rede de Atenção às Urgências será definida na 
portaria específica de cada um dos Componentes, onde constarão as 
responsabilidades que deverão ser cumpridas e as ações que serão 
desenvolvidas; 
V. Fase da Certificação: a certificação será concedida pelo Ministério da 
Saúde aos gestores do SUS, após a etapa de qualificação dos 
Componentes da Rede de Atenção às Urgências, com avaliação 
periódica. 
§ 1º O Grupo Condutor da Rede de Atenção às Urgências no Distrito Federal 
será composto pela Secretaria de Saúde e pela CGSES/DF, com apoio 
institucional do Ministério da Saúde, e terá as mesmas atribuições do Grupo 
Condutor Estadual, descritas na alínea "c" do inciso I do art. 13. 
§ 2º O Plano de Ação Regional e o Plano de Ação Municipal serão os 
documentos orientadores para a execução das fases de implementação da Rede 
de Urgência e Emergência, assim como para o monitoramento e a avaliação 
da implementação da Rede pelo Grupo Condutor Estadual e pelo Ministério 
da Saúde. 
§ 3º A contratualização dos Pontos de Atenção é o meio pelo qual o gestor, 
seja ele o Município, o Estado, o Distrito Federal ou a União, estabelece metas 
quantitativas e qualitativas do processo de atenção à saúde, com o(s) ponto(s) 
de atenção à saúde da Rede de Atenção às Urgências sob sua gestão, de acordo 
com o Plano de Ação Regional e os Planos de Ação Municipais 
CAPÍTULO IV – Das disposições finais: 
Art. 14. Os Comitês Gestores de Atenção às Urgências já existentes deverão 
ser mantidos e deverão ser apresentadas propostas de estruturação e 
funcionamento de novos Comitês nos âmbitos Estadual, Regional e Municipal 
nos locais onde ainda não existem. 
§ 1º As Secretarias Municipais de Saúde deverão constituir e coordenar 
Comitês Gestores Municipais da Rede de Atenção às Urgências, garantindo a 
adequada articulação entre os entes gestores e os executores das ações e as 
Secretarias Estaduais de Saúde deverão constituir e coordenar os Comitês 
Gestores Estaduais e os Comitês Gestores Regionais do Sistema de Atenção 
às Urgências. 
Carolina Franchini Maldonado 
 
8 
 
§ 2º Os Comitês Gestores da Rede de Atenção às Urgências representarão o 
espaço formal de discussão e implementação das correções necessárias à 
permanente adequação do sistema de atenção integral às urgências, dentro das 
diretrizes estabelecidas pelos Planos de Atenção às Urgências, em suas 
instâncias de representação institucional que permitirão que os atores 
envolvidos na estruturação da atenção às urgências possam discutir, avaliar e 
pactuar as diretrizes e ações prioritárias, subordinadas às estruturas de 
pactuação do SUS nos seus vários níveis. 
§ 3º Nos Comitês Gestores Estaduais da Rede de Atenção às Urgências, os 
indicadores deverão ser analisados segundo critérios de regionalização, 
buscando-se construir um quadro descritivo completo da atenção estadual às 
urgências, apontando aspectos positivos, dificuldades, limites e necessidades 
a serem enfrentadas no contexto da macro e micro regulação (regional e local). 
§ 4º O relatório da situação da atenção estadual às urgências elaborado nos 
termos do parágrafo anterior será remetido à Coordenação-Geral de Urgência 
e Emergência (CGUE/DAE/SAS/MS), onde comporá a base nacional de 
dados relativa à atenção às urgências. 
§ 5º Fica recomendado que os Comitês Gestores Estaduais da Rede de Atenção 
às Urgências sejam compostos pelo Coordenador Estadual do Sistema de 
Atenção às Urgências, pelo COSEMS, representado por Coordenadores 
Municipais de Atenção às Urgências, pela Defesa Civil Estadual, 
representantes do Corpo de Bombeiros, da Secretaria Estadual de Segurança 
Pública e da Polícia Rodoviária e do Conselho Estadual de Saúde, das 
empresas concessionárias de rodovias, com sugestão de estudar a necessidade 
ou oportunidade de se incorporarem a eles representantes das Forças Armadas 
Brasileiras. 
§ 6º Fica recomendado que os Comitês Gestores das Redes Regionais de 
Atenção às Urgências, sob coordenação estadual e com fluxo operacional 
compatível e de acordo com a realidade regional, tenham a seguinte 
composição: 
I. Coordenador Regional da Rede de Atenção às Urgências ou outro 
representante da SES que assuma tal função; 
II. Coordenadores Municipais da Atenção às Urgências; 
III. Representantes dos serviços de saúde (prestadores da área das 
urgências); 
IV. Representante do Corpo de Bombeiros, Polícias Rodoviária, Civil e 
Militar, onde essas corporações atuem na atenção às urgências; 
V. Representante da Defesa Civil; 
VI. Representante dos gestores municipais e estadual da área de trânsito e 
transportes; e 
VII. Conforme a necessidade justificar, representantes da Aeronáutica, 
Marinha e Exército brasileiros. 
§ 7º Fica recomendado que os Comitês Gestores das Redes Municipais de 
Atenção às Urgências tenham a seguinte composição mínima: 
I. Coordenador Municipal da Rede de Atenção às Urgências; 
II. Representantes dos serviços de saúde (prestadores da área das 
urgências); 
III. Representante do Conselho Municipal de Saúde; 
IV. Representante do Corpo de Bombeiros, Polícias Rodoviária, Civil e 
Militar, Guarda Municipal, onde essas corporações atuem na atenção 
às urgências; 
V. Representante da Defesa Civil Municipal; 
VI. Representante do gestor municipal da área de trânsito; e 
VII. Conforme a necessidade justificar, representantes da Aeronáutica, 
Marinha e Exército brasileiros. 
Art. 15. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. 
A portaria N° 2018 de 05 de Novembro de 2002 → Aprova, na forma do 
Anexo desta Portaria, o “Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de 
Urgência e Emergência”: 
Art. 1º Aprovar, na forma do Anexo desta Portaria, o Regulamento Técnico 
dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência. 
Portaria N° 2048 
Carolina Franchini Maldonado 
 
9 
 
§ 1º O Regulamento ora aprovado estabelece os princípios e diretrizes dos 
Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência, as normas e critérios de 
funcionamento, classificação e cadastramento de serviços e envolve temas 
como a elaboração dos Planos Estaduais de Atendimento às Urgências e 
Emergências, Regulação Médica das Urgências e Emergências, atendimento 
pré-hospitalar, atendimento pré-hospitalar móvel, atendimento hospitalar, 
transporte inter-hospitalar e ainda a criação de Núcleos de Educação em 
Urgências e proposição de grades curriculares para capacitação de recursos 
humanos da área; 
§ 2º Este Regulamento é de caráter nacional devendo ser utilizado pelas 
Secretarias de Saúde dos estados, do Distrito Federal e dos municípios na 
implantação dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência, na avaliação, 
habilitação e cadastramento de serviços em todas as modalidades assistenciais, 
sendo extensivo ao setor privado que atue na área de urgência e emergência, 
com ou sem vínculo com a prestação de serviços aos usuários do Sistema 
Único de Saúde. 
Art. 2º Determinar às Secretarias de Saúde dos estados, do Distrito Federal e 
dos municípios em Gestão Plena do Sistema Municipal de Saúde, de acordo 
com as respectivas condições de gestão e a divisão de responsabilidades 
definida na Norma Operacional de Assistência à Saúde – NOAS-SUUS 
01/2002, a adoção das providências necessáriasà implantação dos Sistemas 
Estaduais de Urgência e Emergência, à organização das redes assistenciais 
deles integrantes e à organização/habilitação e cadastramento dos serviços, em 
todas as modalidades assistenciais, que integrarão estas redes, tudo em 
conformidade com o estabelecido no Regulamento Técnico aprovado por esta 
Portaria, bem como a designação, em cada estado, do respectivo Coordenador 
do Sistema Estadual de Urgência e Emergência. 
§ 1º As Secretarias de Saúde dos estados e do Distrito Federal devem 
estabelecer um planejamento de distribuição regional dos Serviços, em todas 
as modalidades assistenciais, de maneira a constituir o Plano Estadual de 
Atendimento às Urgências e Emergências conforme estabelecido no Capítulo 
I do Regulamento Técnico desta Portaria e adotar as providências necessárias 
à organização/habilitação e cadastramento dos serviços que integrarão o 
Sistema Estadual de Urgência e Emergência; 
§ 2º A abertura de qualquer Serviço de Atendimento às Urgências e 
Emergências deverá ser precedida de consulta ao Gestor do SUS, de nível local 
ou estadual, sobre as normas vigentes, a necessidade de sua criação e a 
possibilidade de cadastramento do 
mesmo, sem a qual o SUS não se obriga ao cadastramento. 
§ 3º Uma vez concluída a fase de Planejamento/Distribuição de Serviços 
conforme estabelecido no § 1º, confirmada a necessidade do cadastramento e 
conduzido o processo de seleção de prestadores de serviço pelo Gestor do 
SUS, o processo de cadastramento deverá ser formalizado pela Secretaria de 
Saúde do estado, do Distrito Federal ou do município em Gestão Plena do 
Sistema Municipal, de acordo com as respectivas condições de gestão e a 
divisão de responsabilidades estabelecida na Norma Operacional de 
Assistência à Saúde – NOAS-SUS 01/2002. 
§ 4º O Processo de Cadastramento deverá ser instruído com: 
a. Documentação comprobatória do cumprimento das exigências 
estabelecidas no Regulamento Técnico aprovado por esta Portaria. 
b. Relatório de Vistoria – a vistoria deverá ser realizada “in loco” pela 
Secretaria de Saúde responsável pela formalização do Processo de 
Cadastramento que avaliará as condições de funcionamento do Serviço 
para fins de cadastramento: área física, recursos humanos, 
responsabilidade técnica e demais exigências estabelecidas nesta 
Portaria; 
c. Parecer Conclusivo do Gestor – manifestação expressa, firmada pelo 
Secretário da Saúde, em relação ao cadastramento. No caso de 
Processo formalizado por Secretaria Municipal de Saúde de município 
em Gestão Plena do Sistema Municipal de Saúde, deverá constar, além 
do parecer do gestor local, o parecer do gestor estadual do SUS, que 
será responsável pela integração do Centro à rede estadual e a definição 
dos fluxos de referência e contrarreferência dos pacientes. 
§ 5º Uma vez emitido o parecer a respeito do cadastramento pelo(s) Gestor(es) 
do SUS e se o mesmo for favorável, o Processo deverá ser encaminhado da 
seguinte forma: 
Carolina Franchini Maldonado 
 
10 
 
a. Serviços de Atendimento Pré-Hospitalar, Pré-Hospitalar Móvel, e 
Hospitalar de Unidades Gerais de Tipo I ou II – o cadastramento deve 
ser efetivado pelo próprio gestor do SUS; 
b. Unidades de Referência Hospitalar em Atendimento às Urgências e 
Emergências de Tipo I, II ou III – remeter o processo para análise ao 
Ministério da Saúde/SAS, que o avaliará e, uma vez aprovado o 
cadastramento, a Secretaria de Assistência à Saúde tomará as 
providências necessárias à sua publicação. 
Art. 3º Alterar o Artigo 2º da Portaria GM/MS nº 479, de 15 de abril de 1999, 
que estabelece os critérios para a classificação e inclusão dos hospitais nos 
Sistemas Estaduais de Referência Hospitalar em Atendimento de Urgências 
e Emergência, que passa a ter a redação dada pelo contido no Capítulo V do 
Regulamento Técnico constante do Anexo desta Portaria no que diz respeito 
às Unidades Hospitalares de Referência em Atendimento às Urgências e 
Emergências de Tipo I, II e III. 
§ 1º Ficam mantidos todos os demais Artigos e parágrafos da Portaria 
GM/MS nº 479, de 15 de abril de 1999; 
§ 2º Ficam convalidados todos os atos que tenham sido praticados até a 
presente data relacionados com a classificação, cadastramento e inclusão de 
hospitais nos Sistemas Estaduais de Referência Hospitalar em Atendimento 
de Urgências e Emergências, com base no estabelecido na Portaria GM/MS 
nº 479, de 15 de abril de 1999; 
§ 3º A partir da publicação da presente Portaria, a classificação, 
cadastramento e inclusão de novas Unidades Hospitalares de Referência em 
Atendimento às Urgências e Emergências de Tipo I, II ou III deverá se dar 
em cumprimento ao estabelecido no Capítulo V do Regulamento Técnico ora 
aprovado e no Artigo 2º desta Portaria. 
Art. 4° Determinar à Secretaria de Assistência à Saúde, dentro de seus 
respectivos limites de competência, a adoção das providências necessárias à 
plena aplicação das recomendações contidas no texto ora aprovado. 
Art. 5º Estabelecer o prazo de 2 (dois) anos para a adaptação dos serviços de 
atendimento às urgências e emergências já existentes e em funcionamento, em 
todas as modalidades assistenciais, às normas e critérios estabelecidos pelo 
Regulamento Técnico aprovado por esta Portaria. 
§ 1º As Secretarias de Saúde dos estados, do Distrito Federal e dos municípios 
em Gestão Plena do Sistema Municipal, devem, dentro do prazo estabelecido, 
adotar as providências necessárias para dar pleno cumprimento ao disposto 
nesta Portaria e classificar, habilitar e cadastrar os serviços de atendimento às 
urgências e emergências já existentes e em funcionamento; 
§ 2º Para a classificação, habilitação e cadastramento de novos serviços de 
atendimento às urgências e emergências, em qualquer modalidade assistencial, 
esta Portaria tem efeitos a contar de sua publicação. 
Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogando a 
Portaria GM/MS nº 814, de 01 de junho de 2001. 
“Qualquer pessoa, em qualquer lugar, pode iniciar ressuscitação cardíaca 
pulmonar...tudo o que é necessário são duas mãos” Kouwenhoven 1960 
DEFINIÇÃO → cessação súbita da circulação sanguínea efetiva, com 
consequente hipóxia tecidual e morte celular progressiva, culminando, caso 
não revertida, no óbito da vítima acometida. 
Parada Cardiorrespiratória 
PORTARIAS RESUMIDAMENTE: 
Portaria 2048 → Regulamento técnico dos sistemas de urgência e emergência. 
Portaria 1863 → Política nacional de atenção as urgências. 
Portaria 4279 → Rede de atenção à saúde (RAS). 
Portaria 1600 → Rede de atenção as urgências (RAU). 
Portaria 2026 → Aprova as diretrizes para a implantação do Serviço de Atendimento Móvel 
de Urgência (SAMU 192) e sua Central de Regulação Médica das Urgências (CRUE), 
competente a Rede de Atenção as Urgências (RAU). → revogada pela Portaria 1010. 
Portaria 2338 → Estabelece diretrizes e cria mecanismos para a implantação do componente 
Sala de Estabilização (SE) da Rede de Atenção as Urgências (RAU). 
Portaria 1010 →Redefine as diretrizes para a implantação do Serviço de Atendimento Móvel 
de Urgência (SAMU 192) e sua Central Reguladora de Atenção as Urgências (CRUE). 
CRUE → Central de regulação médica das urgências → responsável por decidir ONDE e para 
QUAL hospital o paciente será encaminhado. 
Carolina Franchini Maldonado 
 
11 
 
A maioria das vítimas em PCR 
atendidas dentro dos primeiros 5 
minutos demonstram algum tipo de 
TAQUIARRITMIA. As PCR não-
súbitas apresentam, geralmente, 
mecanismo hipóxico, sendo mais 
comuns em crianças e nas asfixias de 
qualquer natureza. 
CORRENTE DA SOBREVIVÊNCIA 
→ Acesso precoce + RCP precoce 
+Desfibrilação precoce + SAV 
precoce. 
⬧ Acesso e reconhecimento rápidos 
da PCR → ativação imediata de um sistema de atendimento de 
urgência. Pedir desfibrilador. 
⬧ RCP precoce → se feita com zelo é capaz de duplicar ou triplicar a 
sobrevida de PCR porFV (fibrilação ventricular). 
⬧ Desfibrilação precoce → se realizada dentro de 3-5 minutos → 
sobrevida de 49-75%. 
⬧ SAV precoce → garantia de cuidados adequados pós-reanimação. 
A sobrevida de uma PCR presenciada e não assistida diminui 7 a 10% a cada 
minuto → ENTRETANTO → A sobrevida de uma PCR presenciada e 
adequadamente assistida por manobras de suporte básico diminui 3-4% a cada 
minuto. 
TECIDO NOBRE → Dura de 3 a 5 min sem oxigenação, após isso passa 
apresentar morte tecidual (ex. cérebro). 
Quanto mais tempo sem massagem cardíaca maior será o acúmulo de ácido 
lático no musculo cardíaco → ácido lático tem ação depressora do 
miocárdio → portanto quanto mais tempo em PCR sem RCP mais difícil será 
reverter o quadro. 
CADEIA DE SOCORRO → Alerta (H<2min) + RCP (ressuscitação 
cardiopulmonar H>3min) + Desfibrilação (H<5min) + Primeiros cuidados 
médicos (H<8min). 
Parda circulatória e respiratória → hipóxia tecidual → metabolismo aeróbico 
→ acidose metabólica → depressão miocárdica → parada circulatória...... 
5H/6T → AESP & ASSISTOLIA 
5H 6T 
1. Hipovolemia 
2. Hipóxia 
3. “HAcidose” (hidrogênio) 
4. Hipo/Hiperpotassemia 
5. Hipotermia 
1. Toxina 
2. Tamponamento cardíaco 
3. Tensão no tórax (pneumotórax) 
4. Trombose (coronária ou 
pulmonar) 
5. Trauma 
6. Tóxico 
Hipoglicemia não é mais uma causa, visto que leva a depressão metabólica e 
consequente depressão neurológica e isto causará a depressão respiratória. 
FATORES DETERMINANTES: 
 Disfunções Cardiovasculares: 
o Isquemia miocárdica. 
o Insuficiência cardíaca congestiva. 
o Miocardiopatias (hipertróficas). 
o Valvopatias (EAo). 
o Tamponamento cardíaco. 
o Dissecção aórtica aguda. 
o Cardiopatias congênitas (cianogênicas). 
 Disfunções pulmonares: 
o Embolia pulmonar. 
o Pneumonias extensas. 
o Hemo/pneumotórax. 
 Disfunções metabólicas e eletrolíticas: 
o Hiper/hipocalemia. 
o Hiper/hipocalcemia. 
o Acidose metabólica severa. 
 Outras disfunções orgânicas: 
o Insuficiência renal terminal. 
o Hipertensão intracraniana maligna. 
o Neoplasias. 
o Intoxicações exógenas. 
EPIDEMIOLOGIA DO PROBLEMA: 
PCR súbita é a principal causa de morte 
nos Estados Unidos e Canadá. 
Nos EUA: 330.000 óbitos anuais por 
PCR documentada em ambiente pré-
hospitalar e nas salas de emergências 
hospitalares. 
A maioria das crianças acometidas é por 
causa pulmonar. A maioria dos adultos 
acometidos é por causa cardíaca (70-
80%). 
Carolina Franchini Maldonado 
 
12 
 
Os ritmos podem ser CHOCÁVEIS ou NÃO 
CHOCÁVEIS: 
→ FV → Fibrilação ventricular → 
Chocavel. 
→ TVSP → Taquicardia ventricular sem 
pulso → Chocavel. 
→ AESP → Atividade elétrica sem pulso → 
Não chocavel. 
→ ASSISTOLIA → é a cessação de 
qualquer atividade elétrica e/ou mecânica dos 
ventrículos → Não chocavel. 
Diagnóstico → Irresponsividade a estímulos 
quaisquer + aspecto de morte com respiração 
agônica (GASP) ou apneia + ausência de pulso em grandes artérias. 
Palidez cutânea com pele fria e cianose, ausência de batimentos cardíacos 
auscultáveis no tórax e midríase bilateral arreativa (pupilas dilatadas e 
arreativas mesmo sob estimulo luminoso) → também podem ser notados em 
um paciente com PCR. 
ALGORÍTMO UNIVERSAL: 
1. Avaliação de nível de consciência → Responsividade a estímulos: 
a. Responsivo → Observar e tratar como indicado; 
b. Não responsivo → Item 02. 
2. Ativar equipe de PCR solicitar desfibrilador verificar respiração → Ligar 
para emergência: 
a. Respira → Posição de recuperação (se não houver trauma). 
b. Não respira → Item 03. 
3. Verificar pulso: 
a. Com pulso → Item 01.a). 
b. Sem pulso → Item 04. 
4. Iniciar RCP 
a. Quando possível → DEA (desfibrilador externo automático) → 
Ritmos chocáveis. 
DROGAS USADAS (Antiarrítmicos) para FV/TVSP: 
Droga Dose de ataque Manutenção 
Amidocarona 300mg 1mg/min/6h 
2° dose - 150mg 0,5mg/min/18h 
Lidocaína 1 a 1,5mg/kg 2 a 4mg/min 
Sulfato de magnésio* 1 a 2g 1 a 2g/h 
* em caso de hipomagnesemia. 
OBS → A midríase paralítica/fixa/arreativa → pode ser causada por 
medicamentos, lesões em tronco encefálico, neoplasias, transtorno do III NC, 
glaucoma, choque, hipóxia, AVC, RCP. É importante diferenciar Midríase 
(dilatação pupilar), miose (contração pupilar) e Anisocoria (desigualdade do 
tamanho das pupilas). 
VERIFICAÇÃO DA RESPONSIVIDADE: 
⬧ Estímulos verbais; 
SOCO PRECORDIAL: 
Só deve ser usado nos momentos 
iniciais da PCR presenciada pelo 
socorrista, quando não se pode 
desfibrilar de imediato (classe 
IIb). 
Está em desuso. → O 
Desfibrilador produz 360J, 
enquanto o soco precordial 
produz apenas 50J, ou seja, 
deve-se optar pelo desfibrilador 
SEMPRE. 
Carolina Franchini Maldonado 
 
13 
 
⬧ Estímulos dolorosos: 
o Apreensão mamilar → não recomendada (Assédio). 
o Compressão esternal; 
o Compressão ungueal (entre a unha e a polpa do dedo); 
o Apreensão face interna da coxa → não recomendado 
(Assédio); 
o Face (uma pessoa desacordada/coma não impede que sua mão, 
levantada acima do rosto, acerte em cheio a face quando 
soltada) → não recomendado (agressão). 
Arresponsividade: (Vítima não responde aos estímulos): 
⬧ Se PCR súbita → natureza arrítmica: 
o 1 socorrista → deve sair e pedir ajuda, depois voltar e dar 
continuidade iniciando a RCP. 
o 2+ socorristas → 1 busca ajuda enquanto o outro (n°2+) dá 
continuidade ao algoritmo iniciando a RCP. 
⬧ Se PCR não súbita → natureza hipóxica: 
o 1 socorrista → prover 2min de RCP antes de chamar ajuda; 
o 2+ socorristas → enquanto 1 dá início a RCP o outro busca 
ajuda (ligar para a emergência e solicitar ambulância). 
PESQUISA DE PULSO CARDÍACO: 
Palpa-se a carótida comum no vale entre a traqueia e o musculo 
esternocleidomastóide, do mesmo lado em que se encontra o socorrista. Cerca 
de 5seg de palpação para se confirmar ausência ou presença de pulso. 
RESSUCITAÇÃO CARDIO-PULMONAR: 
⬧ Suporte Básico de Vida: 
o Sequência de eventos → 1 Verificar sinais de PCR | Se parada 
súbita, chamar por ajuda | Colocar a vítima em decúbito dorsal 
(deitada com as costas apoiadas em uma superfície rígida, 
resistente, como o chão, deve-se evitar mesas e superfícies altas 
pois tornarão a realização de RCP mais difícil) | Verificar pulsos 
carotídeos | Iniciar MCE (30 massagens para cada 2 ventilações) 
| Após cada 5 ciclos completos ou 2 min verificar novamente 
pulsos carotídeos e ritmo elétrico | Se não palpáveis manter 
RCP. 
o A-B-C -VNI-MCE 
▪ Airway – Abrir vias aéreas. 
▪ Breathing – Respiração (boca a boca com ou sem 
máscara). 
▪ Circulation/compression – Circulação/compressão. 
▪ Defibrillator – Desfibrilação automática (ou semi). 
▪ Ventilação mecânica Não Invasiva. 
▪ Massagem Cardíaca Externa → colocar a vítima em decúbito 
dorsal, de forma que fique abaixo da cintura do socorrista. O 
tórax do socorrista deve ficar alinhado com o tórax da vítima. 
Os braços do socorrista devem ser mantidos retos, não devendo 
ser curvados durante a compressão esternal → É o peso do 
tórax do socorrista que comprime o esterno e não a força 
exercida pelo braço. | Comprimir a metade inferior do esterno, 
ao nível inferior da linha mamilar. Entrelaçar os dedos na 
compressão, não permitindo que as pontas dos dedos toquem o 
gradil costal. A força de compressão deve ser suficiente para 
deprimir o esterno em 4-5cm (peso de 20-30kg). Jamais retirar 
a mão de cima do esterno durante a descompressão. | 
Intercalar a massagem com a ventilação obedecendo a 
sequência 30:2 → 110 a 120 BPM. 
⬧ Suporte avançado de vida: 
o Intubação orotraqueal. 
o Acesso venoso profundo. 
o Monitorização eletrocardiográfica. 
o Drogas vasoativas e antiarrítmicas. 
ALGORÍTMO NA FV/TVSP 
Manter SBV e MCE até a conecção do desfibrilador → Desfibrilar → RCP 
por 2min → Checar ritmo → Se ainda permanecer em FV/TVSP → 
Adrenalina 1mg q3-5min → Desfibrilar 360J → RCP por 2 min → Checar 
ritmo→ administrar medicações possivelmente benéficas (amiodarona, 
xilocaína...). 
DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO: 
Carolina Franchini Maldonado 
 
14 
 
⬧ Eletrodos de adulto → Adultos e crianças. 
⬧ Eletrodos de crianças → APENAS crianças. 
⬧ Até 1 ano de vida → não existem estudos suficientes de 
risco x eficácia. 
⬧ O DEA acusa os ritmos não chocáveis e os chocáveis. 
Após chocar → massagear por 2 minutos antes da checagem do 
pulso e ritmo pós-desfibrilação. No caso de insucesso, rodos os 
choques posteriores devem ser iguais, disparados em intervalos de 
2 min a cada checagem. 
 ALGORÍTMO NA ASSISTOLIA/AESP 
Manter SBV e MCE + confirmar ritmo com desfibrilador (DEA) 
→ Assistolia/AESP → SBV 30:2 + intubar de imediato + 
considerar causas possíveis → Adrenalina 1 mg q3-5min → após 
2 min de RCP → checar ritmo → Se Assistolia/AESP → Se 
bradicardia intensa = Atropina 1mg q3-5min (Máx de 0,03-
0,04mg/Kg) → considerar suspensão das medidas. 
CUIDADOS PÓS-RESSUCITAÇÃO: 
⬧ Garantir vias aéreas → verificar posicionamento do TOT. 
⬧ Garantir ventilação → fornecer oxigênio adicional, espontânea ou 
artificialmente. 
⬧ Garantir circulação → monitoração eletrocardiográfica da oximetria, 
PA e débito urinário. 
⬧ Proceder o diagnóstico diferencial → causas precipitantes e 
complicações. 
CUIDADOS ESPECIAIS: 
⬧ SNC → manter normotermia, controlar convulsões e elevar cabeceira 
do leito a 30°. 
⬧ PA → evitar hipotensões quaisquer e drogas inotrópicas. 
⬧ FV ou TV recorrentes → manter arrítmicos em infusão contínua. 
QUANDO PARAR COM A RESSUCITAÇÃO? Existem 5 situações em que 
a ressuscitação deve ser interrompida: 
1. Restauração de circulação e ventilação espontâneas e 
efetivas. 
2. O cuidado é transferido para outros profissionais mais 
experientes. 
3. Critérios inequívocos de morte irreversível. 
4. Impossibilidade de continuar manobras → exaustão dos 
socorristas ou exposição a ambientes não seguros. 
5. Ordem válida de não-reanimação. 
QUANDO NÃO DAR INICIO A RESSUSCITAÇÃO? 
Existem 3 situações em que não se deve iniciar a 
ressuscitação: 
1. Ordem válida de não-reanimação. 
2. Sinais inequívocos de morte irreversível → rigor 
mortis, decapitação, decomposição ou livedo reticular 
avançado. 
3. Ausência real de benefício da reanimação em virtude de 
deterioração de funções vitais apesar de terapêutica 
máxima já instituída. 
RITMOS NÃO CHOCÁVEIS: Não há atividade elétrica 
no coração para que o choque reverta → o choque não vai 
dar o “restart” no coração → vai chocar o músculo correndo risco de queimar 
a musculatura externa e a musculatura do miocárdio. 
DEFINIÇÃO → A insuficiência respiratória resulta da falha na troca gasosa 
pelo sistema respiratório → o oxigênio ou o dióxido de carbono arterial, ou 
ambos, não podem mais ser mantidos a níveis de normalidade. 
HIPÓXIA → O2 transportado pelo sangue [] e HIPERCAPNIA → [CO2 ]. 
Podemos dividir a insuficiência respiratória em 2 tipos com base na presença 
ou ausência de hipercapnia: 
IMPORTANTE: 
192 → SAMU. 
193 → Bombeiro. 
190 → Polícia militar. 
199 → Defesa Civil. 
ATROPINA → Abolida da RCP. 
Amidocarona → usada após 2 
choques em ritmos chocáveis → 
pode ser substituída pela 
lidocaína. 
Livedo reticular avançado → após 
a morte o sangue irá coagular na 
área do corpo apoiada → 
caracteriza-se por padrão de 
descoloração cianótica ou 
eritemato-cianótica. 
Insuficiência Respiratória: 
Carolina Franchini Maldonado 
 
15 
 
TIPO I: Hipóxia sem hipercapnia → PO2 e PCO2  (PaO2 < 
60mmHg): 
⬧ SARA/SDRA → Síndrome da Angústia Respiratória Aguda/Síndrome 
do Desconforto Respiratório Agudo. 
⬧ Pneumonias. 
⬧ Atelectasias → colabamento dos alvéolos pulmonares. 
⬧ Edema pulmonar → geralmente causado por insuficiência cardíaca, que 
leva ao P nas veias pulmonares e consequente extravasamento e 
acumulo de líquido nos alvéolos pulmonares. 
⬧ Embolia pulmonar → obstrução das artérias pulmonares por coágulos. 
⬧ (Quase) Afogamento. 
⬧ DPOC sem exacerbação. 
⬧ Asma grave. 
⬧ Pneumotórax. 
TIPO II: Hipóxia com hipercapnia → PO2 e PCO2 (PaCo2 > 
50mmHg e pH < 7,3): 
⬧ Alterações no SNC: 
o Lesões estruturais → neoplasias, infartos, hemorragias, infecções... 
o Drogas depressoras → hipotireoidismo, alcalose metabólica, apneia 
do sono... 
o Disfunções medulares → traumas raquimedulares, neoplasias... 
o Infecções, infarto, mielite transversa, Guillain-Barré, esclerose lateral 
amiotrófica, hemorragia... 
⬧ Alterações neuromusculares periféricas: 
o Neurotoxinas → tétano, botulismo, difteria... 
o Síndromes paraneoplásicas. 
o Miastenia gravis. 
o Distúrbios eletrolíticos → [fosfato], [Mg], [Ca], [K]... 
o Distrofias musculares. 
o Poliomiosites. 
o Hipotireoidismo. 
o Miosite infecciosa. 
⬧ Disfunções da parede torácica e pleura: 
o Cifoescoliose 
o Espondilite anquilosante. 
o Obesidade. 
o Tórax instável. 
o Toracoplastia 
⬧ Obstrução das vias aéreas superiores: 
o Epiglote. 
o Edema de laringe. 
o Aspiração de corpo estranho. 
o Paralisia bilateral das cortas vocais. 
o Estenose de traqueia, traqueomalácia... 
o Tumores nas vias aéreas superiores. 
o Apneia do sono obstrutiva. 
CAUSAS → A insuficiência respiratória tem diversas causas, dentre elas 
podemos destacar: 
⬧ Doenças disfunções que afetem/acometam/dificultem a respiração. 
⬧ Distúrbios que afetem diretamente os pulmões ou os músculos, nervos, 
ossos e tecidos envolvidos na respiração. 
Devido a isto os pulmões não podem se mover facilmente, ou os tecidos 
orgânicos necessários não estão aptos para suprir a demanda normal de 
oxigênio e remover CO2 do sangue; 
⬧ Danos aos tecidos e costelas em torno dos pulmões provenientes de → 
problemas com a coluna, drogas, overdose (inclusive de álcool) e 
doenças/distúrbios agudos e/ou crônicos do pulmão. 
OBSERVAÇÃO: 
 Miastenia Gravis → doença rara e autoimune → anticorpos atacam as junções 
neuromusculares →impede a ação da acetilcolina. Nos portadores de MG, o timo não regride 
de tamanho, permanecendo aumentado. 
Espondilite Anquilosante → disfunção genética, mais frequente em homens, que leva a 
inflamação crônica (artrite crônica) de vertebras (coluna vertebral em geral) e grandes 
articulações (quadril, axial, joelhos e ombros). Não tem cura, o tratamento consiste em anti-
inflamatórios e imunossupressores. Pode levar a fusão de 1 ou + vertebras (coluna em bambu 
– “bamboo spine”). 
Carolina Franchini Maldonado 
 
16 
 
Pode-se, portanto, concluir que a insuficiência respiratória é causada pelo 
desequilíbrio entre a ventilação e a perfusão → o volume de ar inspirado e 
expirado, não condiz com o a demanda e com o fluxo sanguíneo nos pulmões. 
FATORES DETERMINANTES para o surgimento da DISPNÉIA: 
1. Esforço respiratório. 
2. Fadiga dos músculos respiratórios. 
3. Acidose. 
4. Hipóxia. 
5. Hipercapnia. 
6. Aumento da pressão capilar. 
RECURSOS PARA MONITORAR VIAS AÉREAS: 
⬧ Oxímetro de pulso → fornece o resultado em % da saturação de O2 da 
hemoglobina → “5° sinal vital”: 
o Pode apresentar erro nos resultados por conta de → esmalte nas 
unhas, perfusão periférica comprometida (hipotensão, 
vasoconstrição, manguito de PA insuflado e hipotermia), anemia, 
níveis elevados de Hb e CarboxiHb, agitação do paciente e luz 
ambiente intensa. 
FISIOPATOLOGIA: 
A deficiência de oxigênio por 
ocorrer pois: 
1. O O2 ambiente se 
encontra em menor disponibilidade → em grandes altitudes tem se o “ar 
rarefeito”. 
2. Desequilíbrio entre a ventilação-perfusão → partes do pulmão recebem 
oxigênio suficiente e normalmente, mas não recebem a quantidade 
necessária de sangue para poder absorver aquele O2 → embolia pulmonar. 
3. Hipoventilação alveolar → doença neuromuscular aguda. 
4. Problemas de difusão, em que o oxigênio não pode entrar nos capilares 
devido a doença do parênquima → pneumonia. 
5. Shunt arteriovenoso, em queo sangue oxigenado se mistura com 
sangue não-oxigenado. 
Na insuficiência respiratória alveolar, causada por ventilação alveolar 
inadequada e insuficiente, em que o oxigênio e o dióxido de carbono são 
diretamente afetados. As causas subadjacentes incluem: 
1. Aumento da resistência das vias respiratórias → DPOC, asma grave, 
asfixia... 
2. Menor esforço respiratório, por efeito de drogas, lesão extensa em 
tronco cerebral além de obesidade extrema. 
3. Diminuição da área disponível para trocas gasosas (redução da área 
operacional do pulmão) → bronquite crônica. 
4. Problemas neuromusculares → síndrome de Guillain-Barré e 
disfunções nos neurônios motores. 
5. Deformações da coluna → cifoescoliose, espondilite anquilosante e 
tórax instável. 
SINAIS E SINTOMAS: 
→ Os sinais e sintomas gerais, encontrados na maioria dos pacientes 
independente da causa, são: cianose, elevação brusca da [CO2] 
(respiração rápida, ofegante e confusão mental), sonolência, 
diminuição ou perda da consciência e arritmia cardíaca. 
→ Na insuficiência respiratória de origem cardíaca (ex. angina): 
o Dispneia. 
o Mal-estar vago. 
o Confusão mental. 
o Ansiedade. 
→ Na insuficiência respiratória de origem pulmonar (sibilos, dor 
pleurítica e hemoptise): 
o Palidez cutânea. 
o Sudorese fria. 
o Cianose. 
o Taquipneia ou bradipneia. 
o Respirações irregulares. 
o Uso de musculatura acessória na respiração. 
o Tiragem intercostal. 
o Respiração irregular. 
o Agitação psicomotora. 
o Taquicardia ou bradicardia. 
SATURAÇÃO HB PaO2 
100% 90 mmHg 
90% 60 mmHg 
60% 30mmHg 
50% 27mmHg 
Carolina Franchini Maldonado 
 
17 
 
o Sonolência. 
o Confusão mental. 
DIAGNÓSTICO → O diagnóstico pode ser feito com base no 
histórico médico, exames físicos, resultados de exames 
complementares. O medico deve ainda apurar condições que 
possam levar a insuficiência respiratória, e caso encontre sinais de 
IR deve procurar sua causa adjacente. 
CAUSAS: 
1. Obstrução do fluxo de ar → asma, bronquite, enfisema, 
tumor endotraqueal, estenose ou corpo estranho de 
traqueia e/ou laringe... 
2. Rigidez pulmonar (resistência a expansão dos pulmões) → 
fibrose intersticial, edema pulmonar (ICC), linfagite 
carcinomatosa... 
3. Resistencia a expansão da caixa torácica → espessamento 
pleural, cifoescoliose, obesidade, distensão abdominal (ascite ou 
gravidez) ... 
4. Fraqueza dos músculos respiratórios → absoluta, poliomielite, 
doenças neuromusculares (Guillain-Barré, distrofia, hipertireoidismo), 
hiperinflação (asma e enfisema), efusão pleural, pneumotórax, 
aumento do drive respiratório, hipoxemia, acidose metabólica, doença 
renal, cetoacidose, anemia, hemoglobinopatias e queda do débito 
cardíaco. 
5. Estímulo de receptores intrapulmonares → edema pulmonar, 
hipertensão pulmonar, doença pulmonar infiltrativa. 
6. Wasted ventilation → destruição capilar (enfisema, doenças 
pulmonares intersticiais), obstrução de grandes vasos pulmonares 
(TEP e vasculite) 
7. Distúrbios psicológicos → doenças psicossomáticas, ansiedade e 
depressão. 
HIPOXEMIA: 
⬧ Hipoxemia de grau variado → SpO2 < 90% e/ou PO2 < 60mmHg. 
⬧ Taquipneia (FR > 20irpm) ou, em casos graves já com exaustão 
muscular e comprometimento neurológico, bradipneia (FR < 8 irpm). 
⬧ Taquicardia (FC > 100bpm) ou, 
nos casos graves, bradicardia (FC < 
60bpm). 
⬧ Hipocarbia (PCO2 < 35mmHg) 
nos processos iniciais e leves, ou 
hipercarbia (PCO2 > 50mmHg) nos 
processos tardios e graves. 
⬧ Hipertensão arterial inicialmente, 
ou hipotensão nos processos mais graves, 
já apresentando bradicardia e bradipneia. 
⬧ Alteração radiológica conforme a 
patologia de base. 
⬧ Alterações dos segmentos ST 
e/ou da onda T nos processos de isquemia 
miocárdica. 
⬧ Sobrecarga aguda do ventrículo 
direito, com dilatação da artéria 
pulmonar, nos processos mais crônicos. 
São todos encontrados em pacientes que apresentem hipoxemia, seja em seus 
estágios mais leves e iniciais ou nos seus estágios tardios e graves, onde o 
paciente está em risco. 
ASSEGURAR VIA AÉREA: 
Geralmente o diagnóstico etiológico é fundamental para a eficácia do 
tratamento, entretanto, por vezes não é possível se obter o diagnóstico 
imediato. Nesses casos o tratamento deve cobrir todos os diagnósticos 
graves prováveis, e não todos os possíveis. 
Quando há a necessidade de se instituir a ventilação mecânica, é necessário 
seguir parâmetros essenciais regulados para que se possa garantir a melhor 
oxigenação sanguínea e tecidual ao paciente, para isso: 
⬧ Checar se há vazamentos. 
⬧ Fração inspirada de oxigênio → FiO2 = 1 
⬧ Volume corrente → VC = 7-12 ml/Kg 
⬧ FR = 10-15 rpm 
⬧ Relação Inspiração-Expiração → I:E = 1:2 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
 IR → insuficiência respiratória. 
⬧ Gasometria arterial; 
⬧ Oximetria de pulso + capnometria; 
⬧ RCG; 
⬧ Raio-X de tórax; 
⬧ Creatinina; 
⬧ Hemograma → K+, Na+, CKMB, amilase... 
⬧ Toxicológico; 
⬧ Ecocardiograma, espirometria, broncoscopia, TC 
de tórax, centricografia pulmonar, angiografia 
pulmonar... 
TEP → trombo-embolia pulmonar. 
ICC → Insuficiência cardíaca congestiva. 
Carolina Franchini Maldonado 
 
18 
 
⬧ Pico de pressão → PIT  40CM H2O 
⬧ Pressão positiva inspiratória final → PEEP = 0-5 cm 
H2O 
Estes parâmetros devem ser reajustados em conformidade 
com a tolerância do paciente, e em conformidade com o 
resultado da gasometria posterior, devendo, uma vez 
contornada a situação inicial, ser tentado o “desmame” da 
ventilação mecânica e extubação. 
TRATAMENTO: 
1. Oxigenoterapia suplementar, provida por máscaras que 
preferencialmente não permitam e reinalação do ar exalado. 
2. Decúbito ortostático → cabeceira a 80 – 90°. 
3. Monitorização → ECG, PA, SPO2. 
4. Intubação endotraqueal e ventilação mecânica quando indicadas. 
A instituição destas medidas segue um padrão, onde as medidas devem ser 
realizadas simultaneamente: 
⬧ Rápida avaliação das vias aéreas e do esforço respiratório. 
⬧ Decisão sobre a necessidade de intubação e ventilação mecânica, 
baseando-se essencialmente no: 
o Comprometimento do estado mental com consequente 
impossibilidade de manutenção da proteção da via aérea. 
o Exaustão muscular, percebida 
na prática pela incapacidade 
de verbalização do paciente 
→ neste momento não 
consegue pronunciar mais do 
que 2 palavras sem ter que 
parar para respirar. 
o Presença de diaforese. 
o Utilização de musculatura 
acessória → principalmente o 
escaleno. 
o Deterioração clinica apesar 
das medidas instituídas. 
Os sinais vitais devem ser obtidos e comparados com os 
valores pré-hospitalares → história breve, dirigida. 
5. Acesso venoso e manutenção da veia. 
6. Rápido exame físico, prestando atenção especial ao 
aparelho respiratório, objetivando-se a identificação e 
correção da causa, seja ela uma obstrução da via aérea, 
pneumotórax, tamponamento cardíaco, broncoespasmo.... 
7. Solicitar exames iniciais, conforme a suspeita 
diagnóstica, e posteriormente já com o diagnóstico provável 
estabelecido procede-se com: 
o História e exame físicos detalhados. 
o Solitação de exames físicos específicos, visando complementar 
o diagnóstico e, também quantificar o distúrbio gerador da 
disfunção ventilatória → ECO, Cintolografia, CT, CKMB.... 
SINAIS IMPORTANTES: 
⬧ Musculatura acessória → com a fadiga do diafragma usa-se a 
musculatura acessória. 
⬧ Intercostais → retração intercostal. 
⬧ Batimento das asas nasais. 
⬧ Respiração paradoxal abdominal. 
⬧ Iminência de parada respiratória. 
⬧ INCONCIÊNCIA → vias aéreas pervias → queda da língua → 
abertura das vias aéreas || vias aéreas inferiores → broncoespasmo → 
sibilos inicialmente expiratórios e posteriormente inspiratórios. 
CONCEITO → Elevação controlada da temperatura corporal em 
resposta a alteração ou regulagem do set-point hipotalâmico. 
FISIOPATOLOGIA → Proteínas estimulam o set-point hipotalâmicoativando os mecanismos geradores de calor (tremores, piloereção, 
vasoconstrição cutânea, sensação de frio, procura por ambientes 
aquecidos, roupas quentes → acarretam em taquicardia, palidez cutânea 
e elevação da pressão arterial) → Após atingir a temperatura desejada, 
IMPORTANTE EXAME 
FÍSICO: 
 História com anamnese compatível 
de problemas respiratórios. 
Exame físico geral → sinais e 
sintomas de insuficiência 
respiratória. 
⬧ Inspeção externa do tórax. 
⬧ Frequência respiratória; 
⬧ Ausculta pulmonar. 
 
Febre: 
EPIDEMIOLOGIA: 
 Sinal presente em inúmeras síndromes: 
1/3 dos pacientes internados apresentam 
febre durante a hospitalização. 
90% dos pacientes com sepse apresentam 
febre. 
HIPERPIREXIA → T 45°C → dificilmente 
é de causa infecciosa → RARO, porém em 
pacientes com MENINGITE ou LESÕES 
NEUROLÓGICAS (especialmente 
próximas ao set-point hipotalâmico) é 
COMUM. 
 
Carolina Franchini Maldonado 
 
19 
 
o set-point aciona os mecanismos de dissipação de calor 
(vasodilatação, sudorese, ação cortical voluntária → afastar-se 
de locais aquecidos, busca por locais frios, burca por roupas 
frescas, bebidas frias e banhos). 
Acima de 41°C → o risco de morte é alto → deve-se evitar a 
todo custo que a temperatura atinja 41°C e/ou que continue 
aumentando. Caso a temperatura não reduza com o uso de 
medicamentos, pode-se recorrer a: banhos frios, compressas de 
água gelada/álcool/éter, uso de cobertores antitérmicos e 
bolsas/sacos de gelo em locais com terminações nervosas. 
A febre pode ser classificada em aguda (até 7 dias, localizada 
ou indeterminada) ou de origem obscura (ou desconhecida). 
SEMIOLOGIA DAS FEBRES → Devem ser analisadas as seguintes 
características semiológicas da febre: 
⬧ Inicio. 
⬧ Intensidade. 
⬧ Duração. 
⬧ Modo de evolução → positiva ou negativa. 
⬧ Término. 
QUADRO CLÍNICO → Variável. Comprometimento do estado geral, 
irritabilidade, prostração, extremidades frias, sudoreses, taquipneia, 
comprometimento do SNC, tremores e delírios. 
DIAGNÓSTICO DE FEBRE EM CRIANÇA: 
→ Criança de até 3 meses → 
é RARO uma criança nessa 
faixa etária apresentar sepse, 
devido a amamentação e a 
proteção imunitária da mãe → 
sepse, meningite, pneumonia..... 
Esta criança pode estar ainda, 
apresentando um quadro febril, 
por superaquecimento → é 
costume a crença de que bebês 
devem sempre estar 
completamente cobertos, então 
uma criança pode superaquecer 
e apresentar um quadro febril → 
assim que as roupas excessivas 
forem removidas, a temperatura 
abaixa e a criança volta ao 
normal. 
→ Criança entre 3 meses e 3 
anos → sistema regulador está se 
desenvolvendo, em febres altas 
pode levar a crises convulsivas. 
→ Criança muito sonolenta 
→ não é algo bom, é sinal de que 
algo está MUITO errado com a aquela criança. 
→ Criança que chora com lagrimas → sinal de que neurologicamente e 
fisiologicamente esta criança aparenta estar saudável. 
→ Criança que chora sem lagrimas → choro lamuriento, gemido → febre 
neurológica. 
 
 
 
ETIOLOGIA DAS FEBRES 
FEBRE AGUDA FEBRE OBSCURA 
Infecciosa Infecções → 40 – 50% 
Não infecciosa Colagenoses → 10 – 15% 
Pós aplicação de vacina Neoplasias → 10% 
Induzida por drogas Outras etiologias → 10% 
Neoplasias Doença não identificada → 20% 
Intoxicações exógenas 
Colagenoses 
Endócrinas 
EPIDEMIOLOGIA: padrão temporal 
 Febre em paciente proveniente do Norte do país, em horários 
como 2h da tarde ou 20h da noite → Altos indicativos para 
MALÁRIA. 
Febre no final da tarde e/ou início da noite, acompanhada de 
extrema tosse e sudorese há + de 1 mês → Altos indicativos para 
TUBERCULOSE. 
 
Carolina Franchini Maldonado 
 
20 
 
EXAME FÍSICO COMPLETO: 
PERGUNTAS SIM/NÃO/OUTROS 
Qual a temperatura? 
Febre a quantos dias? 
Padrão temporal característicos para febre? 
Quais são as outras queixas? 
Viagem recente? 
Nosocomial? Comunitária? 
Uso de medicações? Devices? 
Procedimento cirúrgico? 
 
Suspeita de imunossupressão? 
Há suspeita de hipertermia? 
Exposição ao sol? Exercícios? 
 
Presença de rash? 
SINAIS DE GRAVIDADE: 
⬧ Hipotensão. 
⬧ Insuficiência respiratória. 
⬧ Confusão mental. 
⬧ Choque. 
⬧ Possível neutropenia. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL → Para ter o diagnóstico 
diferencial é importante ter em consideração o padrão da febre, 
os antecedentes patológicos, sintomas associados, contexto 
epidemiológico e um exame objetivo pormenorizado, uma vez 
que os resultados dos exames complementares podem se revelar 
inespecíficos → ex. exames indicam uma infecção, mas infecção 
do que? 
COMPLICAÇÕES 
⬧ Convulsão febril → simples (4%) 
⬧ Desidratação. 
⬧ Sobrecarga metabólica em cardiopata e pneumopata. 
⬧ Lesão direta do SNC → temperatura (41,7°C). 
Carolina Franchini Maldonado 
 
21 
 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
⬧ Hemograma: 
o Leucócitos > 5.000 ou < 15.000 
o Bastões < 5% 
o Gran. Tóxicas 
⬧ VHS acima de 30mm/h; 
⬧ Hemocultura; 
⬧ Análise de urina; 
⬧ Raio-X de tórax; 
⬧ Punção lombar; 
⬧ Cultura localizadas; 
MEDIDAS TERAPÊUTICAS: 
⬧ Princípios gerais: 
o Tratar a causa primária; 
o Em caso de infecção → iniciar antibioticoterapia empírica precoce. 
o Antitérmicos é apenas um sintomático → NÃO TRATA A CAUSA. 
o Uso de antitérmicos mandatório em paciente neurológico e 
cardiopata (após 37°C cada 1°C eleva o consumo de O2 em 13%). 
⬧ Medidas gerais: 
o Ambiente e hidratação. 
1- Causas da Febre: 
Febre no paciente vindo da comunidade; 
Febre no paciente imunocomprometido; 
Febre no paciente internado; 
Febre no paciente que se apresenta com rash; 
Febre em viajantes; 
Febre por drogas; 
2- Causas de Hipertermia: 
Heat stroke; 
Hipertermia maligna; 
Síndrome neuroléptica maligna; 
Síndrome serotoninérgica; 
Endocrinopatia; 
Afecção no SNC; 
3-Causas da febre de Origem Indeterminada 
Infecções; 
Neoplasias; 
Colagenoses; 
SISTEMA 
COMPROMETIDO 
CAUSAS INFECCIOSAS CAUSAS NÃO INFECCIOSAS 
SNC Meningite, encefalite e 
abcesso 
Síndrome da fossa posterior, 
convulsão, infarto cerebral, 
hemorragia e AVC. 
Cardiovascular Endocardite, pericardite, 
abcesso perivalvar e 
osteomielite esternal 
* acesso central, marca-
passo 
IAM, síndrome do balão intra-
aortico e síndrome pós-
pericardectomia. 
Pulmonar/respiratório Pneumonia, 
mediastinite, 
traqueobronquite, 
empiema, sinusite e 
abcessos. 
* drenos/tubos. 
TEP, SARA, Atelectasia, 
BOOP, carcinoma 
broncogênico e pneumonites 
Gastrointestinal Abcesso intra-
abdominal, colangite, 
colecistite, hepatite 
viral, peritonite e 
diarreia. 
* drenos/tubos 
Pancreatite, colecistite 
acalculosa, isquemia intestinal, 
melena, cirrose, colite 
isquêmica, síndrome do 
Intestino irritável e doença 
inflamatória intestinal. 
Trato Urogenital Urosepse, cistite, 
pielonefrite e DIPA 
* drenos/sonda 
Trombose de artéria renal. 
Pele/partes moles Ulcera de pressão e 
celulite 
* acessos/curativos 
Queimaduras, drematomiosite 
e miosite. 
Extremidades e 
membros 
Osteomielite e artrite 
* fixadores/fraturas 
Gota, artrite reumatoide, 
tromboflebites/flebites e TVP. 
OUTROS - Insuficiência adrenal, 
neoplasia, delirium tremens, 
febre por drogas, embolia 
gordurosa, pós-hematofusões 
entre outros... 
Carolina Franchini Maldonado 
 
22 
 
⬧ Medidas antitérmicas: 
o Físicas → compressa de água gelada/álcool/éter na testa, cobertor 
antitérmico, bolsa/saco de gelo em regiões com terminações 
nervosas, banhos gelados.... 
o Drogas → medicamentos antitérmicos + medicamentos que tratem 
a causa primária. 
▪ Acetaminofen – Paracetamol → 10 a 15mg/Kg a cada 4 a 6h. 
▪ AAS (aspirina) → 10 a 15mm/Kg. 
▪ Dipirona → 10 a 25mg/Kg a cada 4 a 6h. 
▪ Ibuprofeno → 5 a10mg/Kg. 
DEFINIÇÃO → Anormalidade do sistema circulatório que resulta em 
perfusão orgânica inadequada para suprir as necessidadestissulares de 
oxigênio e nutrientes: 
⬧ Hipoperfusão tecidual → pode estar presente na ausência de hipotensão. 
⬧ Choque seria a associação de hipotensão com anormalidades 
relacionadas a hipoperfusão tecidual → é um sintoma e sua causa base 
deve ser identificada e tratada. 
Os danos teciduais não derivam apenas da hipóxia e baixa oferta de nutrientes, 
podem ser causados por: 
⬧ Reduzida depuração de substâncias tóxicas. 
⬧ Maior afluxo de substâncias lesivas aos tecidos. 
⬧ Ação direta das toxinas. 
⬧ Ativação de mecanismos agressores. 
⬧ Redução dos mecanismos de defesa. 
⬧ Interdependência entre os órgãos. 
⬧ Efeitos danosos da terapêutica. 
Considera-se choque quando: PAS < 90mmHg, PAM < 60mmHg ou 
quando há uma redução da PAS > 40mmHg a partir dos níveis basais. 
Podemos dividir o CHOQUE em 4 categorias: 
1. Hipovolêmico → depleção do volume intravascular efetivo: 
o Hemorragia. 
o Desidratação. 
o Sequestro de líquidos. 
2. Cardiogênico → falha primária da função cardíaca: 
o Falência ventricular esquerda. 
o Infarto do miocárdio. 
o Miocardites. 
o Cardiopatias. 
o Disfunção miocárdica na sepse. 
o Lesões valvares. 
o Bradiarritmias. 
o Taquiarritmias. 
o Shunt arteriovenoso. 
o Distúrbios de condução. 
3. Distributivo → alterações do tônus/permeabilidade vascular: 
o Séptico. 
o Neurogênico. 
o Anafilaxia. 
o Insuficiência adrenal. 
4. Obstrutivo → obstrução mecânica ao enchimento do coração: 
o Tamponamento cardíaco. 
o Embolia pulmonar. 
o Pneumotórax hipertensivo. 
o Coartação da aorta. 
Hemorragia externa: 
PARÂMETROS HEMODINÂMICOS E DE OXIGENAÇÃO 
Débito cardíaco (DC) = Volume sistólico (VS) X Frequência cardíaca (FC) 
Volume sistólico → depende da pré-carga (PVC, PCP), pós-carga (RA, RVS) e 
da força de contração miocárdica. 
Pressão de átrio direito (PAD) → também chamada de PVC, é a pressão de 
enchimento do ventrículo direito e traduz a volemia. 
Pressão capilar pulmonar (PCP) → traduz a pressão atrial esquerda ou PDFVE 
(enchimento do VE). 
Resistência vascular sistêmica (RVS) → resistência oferecida pelos vasos da 
grande circulação. 
DO2 → oferta de oxigênio aos tecidos. 
VO2 → consumo de oxigênio dos tecidos. 
Lactato → marcador de anaerobiose (agressão tecidual por hipóxia ou agentes 
tóxicos). 
 
Carolina Franchini Maldonado 
 
23 
 
PRINCÍPIOS DE TRATAMENTO → O objetivo é aumentar a oferta de 
oxigênio aos tecidos. 
⬧ Tratamento de choque → otimização do conteúdo de O2 → oferta de 
O2 adequada + otimização da Hb. 
⬧ Tratamento de choque →  PA →  dá RVS. 
⬧ Tratamento de choque →  Débito cardíaco → ajuste da pré-carga + 
aumento da contratilidade. 
⬧ Monitorar débito urinário → indicador de perfusão renal. 
AGENTES VASOPRESSORES E INOTRÓPICOS 
Dopamina 
1-5g/Kg/min → ação dopaminérgica → vasodilatação esplâncnica. 
5-10g/Kg/min → ação  →efeito inotrópico. 
 10g/Kg/min → ação  → vasoconstrição periférica. 
Dobutamina 
5-20g/Kg/min → agonista -adrenérgico com efeito inotrópico. 
Noradrenalina 
0,05-2,0g/Kg/min → agonista -adrenérgico com ação inotrópica e 
cronotrópica e potente vasoconstrição periférica e esplâncnica. 
Choque Cardiogênico: 
DEFINIÇÃO → Falência do coração como bomba devido disfunção do 
músculo cardíaco: 
→ A principal causa é o infarto do miocárdio → estima-se que seja 
necessário a perda de 40% da massa ventricular para a instalação do 
choque. 
→ A mortalidade gira em torno de 70-80%. 
→ Outras causas são → miocardites, cardiomiopatias, doença de Chagas, 
doenças valvares, arritmias entre outros... 
→ O tratamento da causa base é primordial e a correção do distúrbio deve 
ser feita tão logo haja condições clínica → Angioplastia é o melhor 
tratamento para IAM. 
QUADRO CLÍNICO E HEMODINÂMICO: 
PAS < 90mmHg  Índice cardíaco baixo < 2,2 I/min/m²  Acentuada 
redução da fração de ejeção do VE  PCP > 18mmHg  RVS elevada. 
SINAIS E SINTOMAS OBSERVADOS: 
Hipotensão Taquicardia 
Palidez cutânea Enchimento capilar lento 
Pulsos finos Sudorese fria 
Taquipneia Insuficiência respiratória 
Sinais de congestão pulmonar: estertores pulmonares. 
Alterações do estado de consciência: agitação, confusão, sonolência ou 
coma 
Turgência jugular 
 
O tratamento inicial deve ser específico para o fator precipitante como IAM, 
angina, lesões valvares, etc... 
TRATAMENTOS 
Noradrenalina → deve ser usada somente em hipotensões graves, não 
responsivas a outras manobras, pois a RVS já está elevada. 
Dopamina → pode ser tentada como droga de efeito dopaminérgico para 
aumentar a perfusão renal ou como inotrópico (dose ) para aumentar a 
força de contração. 
Dobutamina → droga de escolha para aumentar o Inotropismo, porém deve 
ser evitada em hipotensão grave. 
Nitroprussiato → vasodilatador periférico (arterial e venoso) que só deve 
ser usado se houver PAS > 90mmHg. 
Diuréticos → reduzir congestão pulmonar. 
Reposição volêmica → parcimoniosa e com cuidado. 
Suporte circulatório mecânico com balão intra-aórtico 
Cateter de artéria ´pulmonar – Swan-Ganz 
Choque Hipovolêmico: 
DEFINIÇÃO → Ocorre quando o volume intravascular é depletado em razão 
de hemorragia, vômitos, diarreia, desidratação e perdas para o terceiro 
espaço. 
Carolina Franchini Maldonado 
 
24 
 
→ A principal causa é a hemorragia por trauma → as manifestações 
clínicas decorrem da perda  a 40% do volume plasmático. 
→ Todo doente vítima de trauma e hipotenso até prova contrária está 
hipovolêmico. 
→ O tratamento da causa base é primordial e muitas vezes com 
intervenção cirúrgica de urgência. 
→ O objetivo terapêutico é a restauração do volume intravascular e da 
perfusão/oxigenação tecidual. 
Traumas (acidentes traumáticos) → perda de sangue maior de 40% →  
pré-carga → redução do retorno venoso → hipertensão e queda do débito 
cardíaco: 
→ Oligúria. 
→ Adrenalina e cortisol → taquicardia, pele fria e pegajosa e palidez 
cutaneomucosas. 
→  perfusão do coração e cérebro → confusão mental. 
QUADRO CLÍNICO E HEMODINÂMICO: 
PAS < 90mmHg  PCP baixa  índice cardíaco baixo  PVC baixa  RVS 
elevada. 
SINAIS E SINTOMAS OBSERVADOS: 
Hipotensão Taquicardia 
Sudorese fria Taquipneia (IR) 
Oligúria ou Anúria Alterações do estado de consciência 
(agitação, confusão, coma ou 
sonolência) 
História de vômito, diarreia ou trauma 
Palidez cutânea, enchimento capilar lento e pulsos finos. 
 
Perda estimada de volume baseada na condição inicial do doente: 
 CLASSE I CLASSE II CLASSE III CLASSE IV 
Perda de sangue 
(ml) 
Até 750ml 750-1500ml 1500-2000ml >2000ml 
Perda de sangue 
(%) 
Até 15% 15-30% 30-40% >40% 
Pulso <100 >100 >120 >140 
Pressão de pulso Normal ou 
aumentada 
Diminuída Diminuída Diminuída 
PA Normal Normal ou 
pouco  
< 80mmHg < 70mmHg 
FR 14-20 20-30 30-40 >40 
Diurese >30ml/h 20-30ml/h 5-15ml/h Desprezível 
Estado mental Normal ou 
ansioso 
Ansioso Confuso Letárgico 
Reposição 
volêmica 
Cristalóide Cristalóide Cristalóide e 
sangue 
Cristalóide e 
sangue 
 
O tratamento visa sempre a reposição volêmica o mais rápido possível, com 
atenção maior em idosos e cardiopatas. 
TRATAMENTO 
Empiricamente repõe-se 3ml de solução eletrolítica para cada 1ml de perda 
estimada. 
Ringer lactato → é preferível, pois em casos de grandes volumes o SF 0,9% 
pode causar acidose hiperclorêmica. 
É contraindicado o uso de soluções glicosadas. 
A expansão com coloides (albumina e hidroxietilamido) se mostrou tão 
benéfica quanto os cristaloides, porém com maior custo. 
Sempre que possível deve-se usar sangue do mesmo tipo do paciente, 
quando não for possível usa-se sempre sangue tipo O-. 
Inicialmente, estão contraindicadas drogas vasoativas, ficando reservadas 
para os casos sem resposta a reposição de volume. 
Choque Distributivo: 
DEFINIÇÃO → Os quadros distributivos são aqueles em que existe uma 
inadequação entre demanda tecidual e oferta

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