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CASO 3

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA 
COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
Distribuição por dependência nos autos de execução n.________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARILENE, devidamente qualificada nos autos do processo de 
execução na Ação de Título Executivo Extrajudicial que lhe move BRENO, também 
devidamente qualificado nos autos do processo em epigrafe, vem, respeitosamente, através de 
seu advogado signatário, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 914 e seguintes do 
Código de Processo Civil opor o presente 
EMBAROGOS A EXECUÇÃO, 
pelos fatos e fundamentos jurídicos expostos abaixo: 
 
CAPÍTULO I – DOS FATOS 
A embargante foi citada no processo de execução de título executivo 
extra judicial ajuizada pelo embargado, que alega fazer jus a satisfação de crédito no valor de 
R$ 15.000,00 (quinze mil reais), oriundo de instrumento particular de confissão de dívida, que 
fora assinado pela embargante e duas testemunhas e já vencido a mais de um mês. 
Ocorre que, o embargado indicou a penhora de três contas bancárias, 
um carro e o imóvel que a embargante reside com sua família, declara ainda que a embargante 
estaria buscando desfazer-se dos bens, razão pela qual este culto juízo, deferiu de plano a 
indisponibilidade dos ativos financeiros da embargante. 
Entretanto, a verdade dos fatos é que a embargante manteve 
relacionamento com o embargado e durante o tempo que estavam juntos, o embargado insistiu 
que a embargante assinasse alguns papéis, informando se tratar de documentos necessários para 
que ele pudesse receber um benefício previdenciário acumulado, induzindo a mesma a erro e 
agindo com dolo. 
Importante, também informar a Vossa Excelência que a embargante não 
possui muito estudo, e com isso, assinou, acreditando estar apenas declarando que o embargado 
ainda não tinha recebido R$ 15.000,00 (quinze mil reais), aos quais alegava fazer jus frente ao 
INSS. 
Oportuno, ainda, pontuar que, uma das pessoas que assinou como 
testemunha é sua vizinha, que sabe que o embargado induziu, por ora embargante acreditou que 
estava assinando apenas uma declaração para que ele obtivesse o benefício. 
Ressalto ainda, que quando o relacionamento acabou, o embargado tornou-se agressivo e 
afirmou que tomaria dela as economias que sabia ter em uma poupança, mas, na época, a 
embargante achou que era uma ameaça vazia de um homem ressentido. 
Por fim, também importante pontuar a Vossa Excelência que a 
embargante está especialmente preocupada em resguardar sua moradia e os valores que tem em 
uma de suas contas bancárias, que é uma poupança a qual é fundamental para a subsistência da 
família, já que sua mãe está se submetendo a um tratamento médico que pode vir a demandar a 
utilização dessas economias. 
 
CAPÍTULO II – DO DIREITO 
Uma vez a embargante ter assinado, o suposto título executivo 
extrajudicial, acreditando estar declarando que o embargado ainda não tinha recebido R$ 
15.000,00 (quinze mil reais), aos quais alegava fazer jus junto ao INSS, mas que na verdade 
estava assinando uma confissão de dívida, com fulcro no artigo 917, I do CPC, deve ocorrer a 
DESCONSTITUIÇÃO DO TÍTULO EXECUTIVO, pois a embargante foi induzida a erro pelo 
embargado, que cometeu dolo para obter o título executivo da embargante, nos termos do artigo 
145 do CC, em virtude de se basear em NEGÓCIO JURÍDICO VICIADO. 
 
Assim deve ocorrer a extinção do mesmo e a consequente desconstituição do título executivo 
e, com isso, a liberação de todos os bens que foram penhorados da embargante. 
Saliento ainda, perante Vossa Excelência, que nos termos do artigo 833, 
X c/c art. 917, II e VI, ambos do CPC, este douto juízo deve reconhecer a impenhorabilidade 
dos valores depositados na conta poupança da embargante até o limite de 40 (quarenta) salários 
mínimos, bem como, nos termos do art. 1 da Lei 8.009/90, deve ocorrer a 
DESCONSTITUIÇÃO DA PENHORA DO IMÓVEL, uma vez que a embargante reside no 
mesmo com sua família e, portanto, trata-se de bem de família. 
Por fim, ressalto ainda que, nos termos do artigo 919, §1º do CPC, a 
concessão da SUSPENSÃO DO PROCESSO EXECUTIVO, uma vez, restar demonstrados os 
requisitos para a concessão da tutela provisória, decorrentes da necessidade dos valores para o 
tratamento médico da mãe da embargante, bem como a execução já está garantida por penhora. 
 
CAPÍTULO III – DOS PEDIDOS 
Ante ao exposto, requer-se a Vossa Excelência: 
a. O acolhimento de concessão do efeito suspensivo nos embargos, conforme o artigo 919, 
§1º do CPC; 
b. A procedência de todos os pedidos elencados para anular o negócio jurídico, bem como 
a desconstituição do título executivo e, consequentemente a liberação de todos os bens 
penhorados da embargante, conforme os artigos 833, X e 917, I, II e VI, ambos do CPC, 
art. 145 do CC e o art. 1 da Lei 8.009/90; 
c. Caso não seja o entendimento de Vossa Excelência, que reconheça então a 
impenhorabilidade dos valores depositados na conta poupança da embargante até o 
limite de 40 (quarenta) salários mínimos, bem como a liberação da penhora do imóvel, 
por tratar-se de bem de família, conforme dispõe o art. 833, X do CPC e art.1 da Lei 
8.009/90; 
d. A condenação do embargado para o pagamento de custas, despesas processuais e 
honorários advocatícios nos termos da Lei; e 
e. A intimação do embargado, na pessoa de seu advogado, para que, querendo apresente 
impugnação no prazo legal. 
Protesta provar o alegado, por todos os meios de prova admitidos no 
direito, em especial a oitiva de testemunha. 
Dá-se a presente causa, o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais). 
Termos em que, 
Pede deferimento 
Cidade/Estado, (dia) de (mês) de (ano) 
ADVOGADO 
OAB

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