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Aula 10 - O Império Romano e o Cristianismo

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01/06/2020 Disciplina Portal
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História Antiga Ocidental
Aula 10 - O Império Romano e o Cristianismo
INTRODUÇÃO
Nesta aula, estudaremos algumas realizações culturais romanas no período imperial.
Veremos, também, a forma com que o Cristianismo está diretamente relacionado à organização do Império.
OBJETIVOS
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Analisar as principais realizações culturais romanas no período imperial.
Perceber que os elementos da literatura, religiosidade e �loso�a romana, embora tenham sofrido forte in�uência de
outros povos, passaram por um processo de assimilação e releitura, denominado contaminatio.
Relacionar a diminuição no ritmo do expansionismo romano à emergência de vários problemas sócio-político-
econômicos.
Perceber que a política de controle das massas através do Pão e Circo �cou muito comprometida a partir da
diminuição do a�uxo de riquezas para Roma.
Relacionar as primeiras incursões dos povos dos limes aos �ancos deixados pelos romanos por conta dos problemas
internos.
Caracterizar o surgimento da tetrarquia como uma tentativa vã de solucionar os problemas administrativos romanos.
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A ARQUITETURA ROMANA
A funcionalidade de empreendimentos romanos tais como: aquedutos, termas, an�teatros, circos e arcos.
A ARTE ROMANA
Escritores, oradores e teatrólogos mais conhecidos da cultura romana introduziram o conceito de contaminatio. Quer
dizer, mostrar obras romanas tardias, que são menores como menos adornos, como podemos ver nas igrejas romanas,
por exemplo, são tardias.
O assunto da aula, além de pontuar os aspectos culturais mais signi�cativos da cultura romana, introduz os problemas
que levarão à sua crescente fragilidade, geradora de um processo de desagregação, cujo ponto culminante é o século
V.
Vejamos:
Tetrarquia
Divisão do Império Romano em quatro áreas administrativas. Existiam dois imperadores
principais e dois secundários. Criada com o objetivo de facilitar o controle sobre toda a
extensão do Império.
Fonte: Belenos / Shutterstock, Viacheslav Lopatin / Shutterstock e Lidiia Kozhevnikova / Shutterstock
Fonte: Danil Khasianov / Shutterstock
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Limes
Regiões fronteiriças do Império Romano, habitadas por povos com características culturais
diferentes dos romanos.
Contaminatio
Técnica utilizada pelos escritores latinos para adaptar textos gregos, introduzindo
elementos característicos de sua própria cultura. O resultado não é uma tradução, nem
tampouco uma cópia, é algo novo, mas híbrido.
Incursões
Entrada dos primeiros povos habitantes dos limes para além das fronteiras do Império de
forma inicialmente “pací�ca”. Muitos acabaram absorvidos pelo exército.
Vamos falar agora um pouco de história factual. Para isso, mais uma vez, vamos nos valer do contestado Mário Curtis
Giordani. Primeiro, para conceituar as instituições políticas:
Fonte da Imagem: Kozlik / Shutterstock
O Imperador: este nome signi�ca que o princeps detinha o imperium em seu triplo aspecto: civil, militar e judiciário. A
palavra imperator empregada já neste sentido como o sobrenome Augusto, e mais tarde após a Diocleciano, César.
Magistratura: as antigas magistraturas republicanas subsistem no Império, marcando um elemento de continuidade.
Algumas novas foram criadas como o Prefeito do pretório, chefe da guarda pretoriana; que era a força armada
imediatamente ao lado do Imperador. O Prefeito da cidade era o encarregado da administração das cidades e
policiamento da organização romana.
O senado Imperial é marcado pela perda gradual de seus privilégios de Estado, con�rmando mais e mais o senado no
domínio da administração urbana. O senado imperial havia perdido suas atribuições relativas ao culto, à guerra, e,
parte, a administração das províncias: teve, entretanto, sua competência ampliada no terreno legislativo, eleitoral.
As províncias foram divididas em províncias que compunham o microcosmo existente no centro do poder romano,
autorizando cidadania e estabelecendo localmente assembleias no modelo romano. Outras cidades tinham prefeituras
militares em que comandantes deveriam manter a ordem, como por exemplo, Israel.
Politicamente chegamos ao Baixo Império Romano, o último imperador da dinastia dos Antoninos foi Cômodo,
retratado no �lme o gladiador.
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Licenças poéticas à parte, Cômodo tentou ampliar a política de Pão e Circo que havia sido reestruturada por seu pai
Marco Aurélio. Assassinado pela guarda pretoriana, Roma afunda em uma guerra civil.
O senado, um dos principais articuladores da morte de Cômodo, leva um político senatorial ao poder, é o início da
dinastia dos Severos. Sua entrada no poder com Sétimo Severo (193 - 211) é marcada por uma série de disputas contra
grupos que não aceitavam mais o domínio romano como os Partas e Árabes.
Enfrenta uma série de revoltas dentro de áreas tradicionais do Império, inclusive com autores se autodenominando
Imperadores, não Augustus, mas como um líder militar adotando a nomenclatura de César. Foi sucedido pelos seus
�lhos, mas a crise política se manteve constantemente. Os poderes estavam em disputa, as conquistas haviam cedido
e a pressão de povos dominados é cada vez maior.
Os discursos então falam cada vez mais em restauradores, homens que fossem capazes de recuperar a organização
perdida pelo Império.
Fonte:
Temos nesse momento o crescimento do sistema colonato, uma busca de populações sem espaço e sem a garantia
do Império. Vemos Roma negociar com grupos de Federados.
Começam a surgir no espaço romano �guras do colonato, o esvaziamento das cidades, aumento da população
campesina, o escravismo romano está em claro declínio e o preço é cada vez mais alto, se tornando um artigo de luxo.
A economia romana demonstra di�culdades e a fome passa a ser um drama recorrente em escritos romanos.
COLONATO
Grandes propriedades estabelecem contratos com grupos de servos internamente, seu sentido é com a economia em
crise, a organização de monoculturas �ca cada vez mais prejudicada, o sistema escravista se torna caro, passando a
possibilidade de ceder terras cultiváveis em troca de trabalho em áreas comuns uma tendência importante.
FEDERADOS
Fonte: Wikipedia
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São grupos que reconhecem o poder de Roma, pagam tributos, mas têm uma administração própria, independente do
poder romano.
Fonte:
A partir do século IV, grupos diversos que se fazem presentes passam inclusive a fazer parte do exército romano.
Entre os restauradores destaca-se a �gura de Diocleciano que assume o poder em 284. Diocleciano é um o�cial Ilírio
do estado maior e assume o poder empenhado em fazer uma série de reformas no mundo romano, buscando restaurá-
lo.
Reforma religiosa
O imperador procurou dar ao regime uma base religiosa inaugurando um novo culto, o culto
ao Sol Invictus, que se tornou patrono do Império; reforma monetária: procurou controlar a
cunhagem de moedas e valorizá-las a �m de evitar a crescente alta de preços.
Reformas sociais
Obrigou as corporações de ofícios de Roma à prestação gratuita de serviços ao Estado e
promoveu a distribuição de pão e carne aos romanos. Temos aí a proposição de renovar
uma estrutura imperial, de buscar novas formas de a�rmar o que é ser romano. Dentro
desse quadro,ser romano não é ser vitorioso militarmente, não bastam as grandes
construções, nem a �guração da ordem e o surgimento de leis.
Diocleciano ascende ao poder com o discurso de reorganizar e reestrutura o Império. A partir desse momento, o
Império não será mais de um Imperador, têm-se quatro Imperadores, a Tetrarquia. Dois Augustos nos centros e nas
cidades mais importantes e dois Césares, nas fronteiras mais problemáticas, dois líderes militares.
O GOVERNO DE DIOCLECIANO
Peter Brown é sem dúvida um dos maiores antiquistas, em especial da transição entre o mundo antigo e o medievo. O
autor é muito feliz como saliente que os leitores modernos, in�uenciados pela autossatisfação e pela opinião
interessada das elites do primeiro e do segundo séculos depois de Cristo, tendem a identi�car esta forma de governo
caracteristicamente indireta com o apogeu da civilização imperial romana. Mas, de fato, correspondeu apenas a uma
suspensão acidental do comportamento normal dos sistemas imperiais.
Depois de 238, todas as classes do mundo romano se viram obrigadas a enfrentar realidades quotidianas menos
agradáveis no Império. Entre 238 e 270, a bancarrotas, a fragmentação política e as repetidas derrotas de grandes
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exércitos romanos puseram em causa a soberba indiferença em que se baseara o sistema anterior de governo. O que
nos surpreende não é tanto o seu fracasso, mais a rapidez e a determinação com que foi substituído por um novo
sistema, após uma única geração de humilhante incerteza.
O Império Romano que veio a ser conduzido pelo imperador Diocleciano entre 284 e 305 e que garantia um controle
ainda maior de cada uma das regiões através da delegação destas a uma coligação denominada de Tetrarquia. O
Império Romano restaurado constituía uma sociedade bastante abalada, ansiosa pelo retorno da lei e da ordem. As
palavras de ordem na época eram reparatio e renovatio. Não se tratava, porém, de uma sociedade irreparavelmente
empobrecida.
Apesar da expansão do Exército e da burocracia imperial, a carga �scal global correspondia apenas a dez por cento do
excedente agrário. O que se mantinha perfeitamente dentro das capacidades da maior parte das comunidades
camponesas. Na Anatólia, por exemplo, a carga �scal da época de Diocleciano foi mantida praticamente sem alteração
até aos últimos dias do Império Otomano. O que se alterou foi a própria presença local do Estado. As elites perderam
os seus privilégios honorí�cos: daí em diante, as cidades só puderam desenvolver-se quando constituíam centros de
governo.
Constantinopla, fundada em 327 pelo Imperador Constantino era na nada menos do que a "Nova Roma" era Roma, a
"cidade reinante", que passava a existir �sicamente na parte oriental do Império.
Em cada província passou a existir uma metrópole, uma cidade mãe que constituía a capital permanente da região e
colocava na sombra todas as outras cidades vizinhas. Em muitas regiões importantes - nas províncias do Danúbio, por
exemplo - começou a tornar-se óbvio que o Governo imperial podia até dispensar as cidades; o poder imperial podia
apoiar-se diretamente nos campos.
Os grandes domínios imperiais da Panônia, em torno do Lago Balaton, rodeados pelas torres e muralhas elevadas que
constituíam o símbolo da autoridade e da segurança nesse mundo que, de momento recuperara a ordem, dominavam
os campos como se fossem autênticas cidades reinantes em miniatura.
Ainda segundo Peter Brown, as sociedades que se encontram sob tensão tendem a sentir-se confortadas quando, pelo
menos, um dos aspectos da sua vida habitual se mantém inalterado.
Os habitantes do Império Romano e dos territórios vizinhos sentiam que podiam continuar a contemplar uma
paisagem religiosa que de há muito lhes era familiar, já que o Império de Diocleciano era uma sociedade
essencialmente politeísta.
O senso comum aceitava como sóbria a existência de muitos deuses, e a necessidade de venerar esses deuses
através de gestos concretos e públicos de reverência e gratidão. Os deuses estavam ali. Constituíam uma presença
invisível e perene junto da espécie humana. O conhecimento dos deuses e daquilo que lhes agradava e desagradava
tendia a depender do local, da memória social e era mantido através de rito e gestos herdados do passado.
Fonte: LALS STOCK / Shutterstock
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A religio, ou seja, a forma adequada de veneração de cada deus, reforçava (idealizava até) a coesão social e servia de
suporte à transmissão das tradições no interior das famílias, das comunidades locais e, através da memória, das
cidades orgulhosas e das nações iluminadas por séculos de história. Nem os deuses eram simples abstrações
etéreas. Tratava-se de seres vibrantes, cujas ordens menores partilhavam o mesmo espaço físico dos
humanos. Tocavam todos os aspectos do mundo natural e dos ambientes humanos.
Redshinestudio / Shutterstock
Alguns eram consideravelmente mais importantes do que outros, a Religio que esses deuses recebiam dependia em
grande medida da imagem que os seus adoradores tinham de si próprios. Os �lósofos místicos procuravam os deuses
mais elevados e, através deles, tentavam unir-se ao Uno, à fonte intoxicante e meta�sicamente necessária de qualquer
ser. Este amor sublime elevava a alma para além do corpo, que domo que silenciava todos os cuidados deste mundo.
O que interessava eram as religiões, no plural - as muitas formas tradicionalmente aceites de honrar uma multidão de
deuses cuja presença invisível dava calor, solenidade e um pouco de intertemporalidade à colmeia de comunidades
sobrepostas em que, como vimos, se encontravam mergulhados os habitantes do Império Romano (e em particular
aqueles que viviam na complexa sociedade característica das suas cidades).
Fonte da Imagem: JopsStock / Shutterstock
Para um homem como Diocleciano, no momento em que para celebrar 20 anos de governo estável erigia um
monumento no foro, em 303, religio signi�cava também aparecer num altar fumegante, rodeado pelos deuses sempre
presente e pelos animais que desde sempre tinham sido considerados conveniente para os sacrifícios importantes.
Essa estrutura da tetrarquia vai ser o momento, enquanto Diocleciano está vivo, em que o sistema consegue uma
sobrevida interessante. No momento da morte de Diocleciano, quem tem mais legitimidade é o que se sai melhor da
"briga".
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Entre idas e vindas, chega ao poder de um César, que vem de uma região mais Oriental, mas, que consegue uma
legitimidade singular, pelas vitórias obtidas.
Ele chega a Roma, com toda uma festa preparada para a aclamação do novo César. Mas, ao invés dele participar da
festa, reúne os bispos cristãos locais, busca o apoio na classe média romana e das mulheres e traz a possibilidade de
uma religião que fuja da estrutura complexa de panteão, mas que oferece uma nova forma de identidade.
Devemos sinalizar que a história do cristianismo é complexa. Jesus Cristo, em si, não funda uma religião. Polêmica à
parte, tem após a sua morte a constituição de dois grandes grupos missionários, os liderados por Tiago, e suas
missões judaicas e judeu-romano Paulo, que estrutura a chamada missão gentílica.
O cristianismo pregado por Paulo se difunde em meio a espaços helenísticos e será in�uenciado por posições
estoicistas romanas e principalmente pelo neoplatonismo mediterrânico. O cristianismo não surge em uma ordem,
perfeita, os chamados pais da igreja tinham entre suas principais características as multiplicidades.
Os credos não eram lineares, mas sim cada vez mais �losó�cos. Daí seu crescimento nas classes médias romanas,
não era um credo judaico como surgiu, mas um mistode religiões messianistas e uma nova ordem.
Constantino, em 29 de outubro de 312, entrou em Roma depois de derrotar Maxêncio no dia anterior, numa batalha
junto da ponte Múlvia, perto da cidade. No Capitólio, os altares dos deuses estavam já prontos para receber o sacrifício
apropriado à celebração deste triunfo.
Mas, em vez disso, Constantino dirigiu-se diretamente para o palácio imperial. Mais tarde, fez saber que tinha recebido
um sinal especí�co e singular do Deus único dos cristãos. Ao escrever aos cristãos, tornou claro que só devia os seus
êxitos à proteção desse grande Deus. Cerca de uma década mais tarde, escreveu ao jovem "Rei dos Reis", Shapur II
"Invoco Deus único de joelhos e recuo com horror perante o sangue dos sacrifícios”. Em 325, Constantino juntou todos
os bispos cristãos do seu império em Niceia a �m de realizarem um concílio ecumênico.
Ou seja, "mundial" - que até incluía uma representação dos bispos persas.  Ao fazê-lo, permitiu à Igreja Cristã ver-se a si
mesma face a face, pela primeira vez.  Caros, organizar um concílio naquele momento é justamente o esforço em
institucionalização da Igreja, transformá-la em um novo Polo, um espaço para aproximar seus discursos, que estavam
longe de serem comuns ou coerentes, ao mesmo tempo institucionalizá-la ao modelo do Império Romano, o se romano
ganha uma nova tentativa de cola de organização.
Em 312, o Cristianismo já não eram uma religião nova. Existia a cerca de duzentos e cinquenta anos. O mundo de
Jesus de Nazaré e de Paulo estava tão distante dos contemporâneos de Constantino como a época de Luís XIV está de
nós próprios. Os cristãos apresentavam a sua igreja como tendo estado em contínuo con�ito com o império pagão;
mas de fato, o período que se seguiu a 250 representou uma nova situação. Tanto a Igreja como o Império tinham-se
alterado. O Império chegara às localidades, os imperadores tinham-se envolvido mais diretamente em assuntos locais.
Fonte: Blog Sete Pecados Imortais
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O cristianismo transformara-se num problema espalhado por todo o Império. A violência local esporádica e as
condenações por parte dos governadores locais deram origem a éditos imperiais. O primeiro destes éditos foi
publicado em 250. Em 303, Diocleciano promulgou um último conjunto de medidas, conhecido pelegos cristãos sob o
nome de “Grande Perseguição”, que foi aplicado durante 11 anos em partes da Ásia Menor, da Síria e do Egito.
Fonte:
A Grande Perseguição assinalou a chegada à idade adulta tanto no novo Império como da Igreja Cristã.
De fato a Igreja Cristã também tinha se modi�cado. Dispunha agora de uma hierarquia óbvia, como chefes visíveis. Em
303, tal como em 250 e em 257, o governo atacou os bispos, padres e diáconos cristãos. A maior responsabilidade foi
atribuída aos bispos; Cipriano de Cartago, por exemplo, foi executado em 258 como “porta-bandeira” da “facção”
cristão. Se um bispo capitulava, poderia desaparecer a lealdade de toda uma comunidade cristã.
Segundo Brown, a Igreja a que Constantino trouxe a paz em 312 era já um corpo bastante complexo. É impossível
saber quantos cristãos havia no Império desta época: já sugeriu um máximo de 10 por cento da população, com uma
concentração maior na Síria, na Ásia Menor e nas principais cidades do Mediterrâneo romano.
O que se sabe de certeza é que no há qualquer justi�cação para o mito romântico que se desenvolveu mais tarde,
segundo o qual os cristãos eram uma minoria perpetuamente perseguida, literalmente obrigada à clandestinidade pela
severidade da repressão.
No século III, antes de Constantino, muitas outras personalidades haviam se convertido ao cristianismo, como já
sinalizamos o modelo não alienígena ao espaço romano, mas abre a possibilidade de mudanças importantes na
mentalidade religiosa.
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