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Agravo interno (efeito suspensivo) -ANTONIO PINTO RITTER

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Ana Tereza Basilio
João Augusto Basilio
Bruno Di Marino
Márcio Henrique Notini
Fabio Cotecchia
Thiago Drummond de Paula Lins
Jorge Corrêa do Lago
Marcos de Campos Salgado
Marcelo B. Ludolf Gomes
Fernanda Carvalho de Miéres
Paula de Andrade Boechat
Gabriela de Deus A. Ferreira Dias
Julia Mariana Silva Jácome
Ludmila P. Q. Telles de Menezes
Alvaro José do Amaral F. Rodrigues
Carlos Mario Villela Santos Ribeiro
João Gabriel Maffei
Flávia Ganem
Maria Beatriz de Souza Moreira
Daniela Gross
Luiza Santos Andrade
Evie Nogueira e Malafaia
Denise C. Pinto Ferraz de Campos
Talitah Regina de M.J.Badra
Hugo Pupak Lopes Saraiva
Naiara H. Gomes Jorge
Carla Penna Machado
Patrícia dos Santos Castro
	Marcella Faria de Mendonça Luciana Ferretti de Souza
Viviane Morgado Leite
Maria Clara Coelho do Nascimento
Amanda Chaves Rodrigues
Bianca Duff de Mello Serra
Andréia Barbosa Roriz
Maria Fernanda Matheus Pimentel
Ana Luisa Fernandes Pereira
Yasmin da Silveira Farias
Tânia Aguida de Oliveira
Roberto Mauricio Atalla P.O. Vieira
Aline Domingues Costa de Araujo
Jéssica Wendler
André Paes Faciola
Jéssica Leone Santos
Lawrence Augusto Sales
Raphael Cesena Gutierrez
Fernanda Barrouin Mello
Maria Rafaela Bichara
Caroline Souza Leal Salles
Ana Amélia Resende Cury
Roberta Issa Maffei
Bruna Maria Pinheiro Fernandes
Thais Nóbrega Tavares de Souza
Beatriz do Carmo Leandro Arandas
Felipe de Oliveira Gonçalves
Rayssa França da Fonseca
	Gabriel de Souza Sampaio
Rogerio Marinho M. Alcântara Filho
Juliana Ballero dos Anjos Rodrigues
Renata Zaira Motta Ferreira
Rebecca Imenes Vieira
Cristine Redivo Grei
Yuri Antunes Moreira
Mariana Lewin Haft
Patricia Barreiros Gravina
Paulo Eduardo Sarmento de Toledo
Érica de Lima Siqueira
Marcela Cavalcante Furrier
João Pedro de Oliveira Pinheiro
Stephany Guedes R. Roubadel
Vitor de Albuquerque Nogueira
Amanda Lopes Coelho
Paula do Amaral Ferraz Rodrigues
Pamela Guimarães Teixeira Lima
Verônica de Sousa Carvalho Borda
Wellingthon Boaz Bezerra
Fernando Almeida Alves Paulino
Gabriel Pina Ribeiro
Victor Geovanne Silva Barros
Luiza Polatto Figueiredo
Daniel Dias Carneiro Guerra
Diogo Pistono Vitalino
Maurício Sada Neto
Marcela de Castro Molinari
	Larissa Gabriele da Rocha Patrício
Patrik Nastasity Monducci
Raul Gonçalves Baptista
Michelle Marcondes Caram
Alberto Parreira
Rodrigo Morsch Milan
Roberta Brasil Matte
Fernanda Marques Ferreira
Ilan Roitman
Nicole Contardo Pereira Aló
Mona Carolina S. Rodrigues Branco
Luna Jurberg Salgado
Paula Barros Larica e Borges
Juliana Savvas Galindo Meira
Luis Filipe Rodrigues Ribeiro
Carina Kac Balassiano
Jéssica Figueiredo Tavares
Luiz Claudio Gonçalves Freire
Consultores
Frederico José Leite Gueiros
Carlos Roberto Barbosa Moreira
Luiz Fernando Palhares
2
EXCELENTÍSSIMO SR. DESEMBARGADOR RELATOR DO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº. 0045878-97.2018.8.16.0000– SÉTIMA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
Agravo de Instrumento nº 0045878-97.2018.8.16.0000
	OI S.A., atual denominação de BRASIL TELECOM S.A., sociedade empresária em recuperação judicial, nos autos do agravo de instrumento em referência, no qual é agravante, e agravados NADIR DA SILVA e outro, vem, por seus advogados abaixo assinados, e regularmente constituídos, com fundamento no art. 1.021, caput do Código de Processo Civil, interpor agravo interno contra a r. decisão monocrática proferida através do mov. 5.1, que negou o almejado efeito suspensivo ao agravo de instrumento interposto, mediante as inclusas razões.
	A agravante requer, desde já, o recebimento e regular processamento deste recurso, bem como a reforma, por V. Exa., da r. decisão agravada, nos termos do art. 1.021, §2º, do Código de Processo Civil.
Nestes termos,
P. deferimento. 
Curitiba, 27 de novembro de 2018.
	Bruno Di Marino
OAB/RJ nº 93.384
	Joaquim Miró
OAB/PR nº 15.181
	Bernardo Guedes Ramina
OAB/PR n° 41.442
Luiza Santos Andrade
OAB/RJ nº 171.402
	Luiz Remy Muchinski
OAB/PR nº 40.624
Luis Filipe Rodrigues Ribeiro
OAB/RJ nº 222.508
	
Razões da agravante,
OI S.A.
Egrégia Câmara,
TEMPESTIVIDADE
1. A decisão agravada, que indeferiu o efeito suspensivo postulado no recurso, foi lida eletronicamente no dia 7.11.2018, quarta-feira e, portanto, considerada publicada nesta mesma data. 
2. Assim, a contagem do prazo de 15 (quinze) dias, previsto no art. 1.003, §5º, do Código de Processo Civil, para a interposição deste recurso, contado apenas em dias úteis (CPC, art. 219), teve início em 8.11.2018, quinta-feira e chega a termo no dia 30.11.2018, sexta-feira, considerando a suspensão de prazos no dia 15 de novembro, em razão do feriado da Proclamação da República, bem como, no dia 16 de novembro, em razão da Suspensão de Expediente, conforme estabelecido no decreto 902/2017.
3. É, pois, manifesta a tempestividade deste recurso, interposto hoje.
ANTECEDENTES DO RECURSO
	
4. A agravada propôs ação de adimplemento contratual em face da agravante, alegando ter celebrado, no passado, contrato de participação financeira em investimento telefônico celebrado com a extinta Telepar Telecomunicações do Paraná S.A., e que a referida empresa de telefonia teria emitido, com atraso, as ações a eles devidas, adotando critérios ilegítimos para a aferição do preço, calculando-o com base no valor patrimonial dos meses subsequentes à integralização do capital.
5. Na fase de conhecimento, o MM. Juízo a quo, desconsiderando as relevantes razões de fato e de direito expendidas pela agravante, julgou procedentes os pedidos, para condenar a agravam-te a indenizar a agravada no valor equivalente às ações que deixaram de ser subscritas, bem como ao pagamento, em dinheiro, de indenização correspondente aos dividendos, bonificações, tudo, corrigido monetariamente e com incidência de juros moratórios.
6. Transitada em julgado a decisão da fase de conhecimento, o MM. Juízo proferiu decisão determinando a liquidação de sentença por simples cálculo, razão pela qual nomeou a parte autora apresentou seus cálculos da condenação referente a agravada. 
 Na sequência a agravante apresentou sua impugnação alegando, principalmente, a necessidade de se observar nos cálculos as regras da Recuperação Judicial da agravante, o critério de conversão das ações em indenização pela cotação da ação na data do trânsito em julgado, e o limite da data da conversão em indenização para a incidência de bonificações e dividendos. 
7. Desta forma, o MM. Juízo de primeira instância, equivocadamente, proferiu decisão onde julgou improcedente a impugnação, acolhendo os cálculos autorais e declarando que não se sujeitam à recuperação judicial os créditos constituídos posteriormente ao pedido. Confira-se:
“Trata-se de impugnação ao cumprimento de sentença em que a impugnante argumenta que o crédito não pode ser cobrado em razão de ter fato gerador anterior a aprovação do Plano de Recuperação Judicial e que existe excesso de execução. O credito discutido nestes autos não está albergado pelo Plano de Recuperação da Oi S/A, na medida em que quando da aprovação do plano não havia quantia liquida e vencida a compor o cronograma de pagamentos.”
8. Ocorre que, d.m.v., tal entendimento está equivocado, pois os valores devidos pela agravante em favor da agravada, em decorrência da condenação imposta neste processo, são créditos concursais, tendo em vista que o seu fato constitutivo é anterior ao pedido de recuperação judicial (20.6.2016). Desta forma, tais créditos estão sujeitos ao processo de recuperação judicial, nos termos do art. 49 da Lei nº 11.101/05.
9. Portanto, a agravante opôs embargos de declaração para sanar a latente omissão da r. decisão acerca da concursalidade dos créditos, da necessidade da atualização dos créditos ocorrer até a decretação da recuperação judicial da agravante e, por fim, da omissão acerca do critério de conversão que deve ser o da data do trânsito em julgado conforme recurso repetitivo - REsp nº 1.301.989/RS
10. O d. magistrado, assim, achou por bem acolher parcialmente os embargos para complementar a decisãoembargada com o seguinte trecho: “Nos termos do art. 9º, II da Lei nº 11.101/05 (Lei de Falências), a atualização do saldo devedor deve incidir até a data da decretação da recuperação judicial da parte ré. Destarte, considerando que no cálculo apresentado pelo impugnado (sequencia 23.2) há a incidência de juros de mora e correção monetária até data posterior ao deferimento do plano de recuperação judicial deve ser retificado”
11. Em que pese a acerto quanto ao reconhecimento da data limite de atualização do crédito até 20.06.2016, o MM. Juízo de primeira instância, ao não observar a concursalidade dos créditos, invadiu indevidamente a competência do juízo universal da recuperação judicial, a quem compete exclusivamente deliberar e decidir sobre os créditos submetidos ao processo de soerguimento, os quais deverão ser satisfeitos na forma do Plano de Recuperação Judicial, pois determina o adimplemento de um crédito sujeito aos efeitos da recuperação judicial, fora do PRJ.
12. Ademais, ao deixar de aplicar o critério de conversão, que deve ser o da data do trânsito em julgado, violou o art. 402, do CC, e divergiu do entendimento do STJ exarado em sede de recurso repetitivo – REsp 1.301.989/RS.
13. É contra essa r. decisão que a agravante interpõe este recurso, o qual, como confia, será provido, para reformar a r. decisão agravada e, caso assim não entenda V. Exa., levará em mesa este agravo interno para julgamento, ocasião em que essa e. Câmara deverá lhe dar provimento, para reformar a r. decisão agravada.
NECESSÁRIO EFEITO SUSPENSIVO
14. Com a devida vênia, a agravante requer a reforma da decisão proferida por V. Exa., que, em perfunctória análise, considerou ausente a relevância na argumentação da agravante, indeferindo, assim, o pedido de atribuição de efeito suspensivo ao recurso, sob o fundamento de que “a decisão agravada não causa nenhuma lesão imediata à agravante’’
15. Ocorre que, o relator indeferiu a liminar baseando-se em análise superficial do recurso e não levou em conta o risco de lesão grave e de difícil reparação para a agravante, afinal, permitirá o início da fase de cumprimento de sentença de forma equivocada, com valores além dos realmente devidos.
16. Com efeito, deve ser concedido efeito suspensivo a este agravo de instrumento, conforme previsto nos art. 1.019, I do CPC. Isso porque estão presentes, no caso, os requisitos legais para a concessão de efeito suspensivo.
17. A plausibilidade do direito da agravante decorre da necessidade de respeito ao que se demonstrou nesse recurso, evitando-se, assim, o enriquecimento sem justa causa dos agravados. Em outras palavras, para (i) a necessária observância às regras de experiência; para que os cálculos assim sejam refeitos observando-se (ii) a correta valoração das ações; (iii) os dividendos e por fim, (iv) a necessária limitação dos rendimentos
18. A urgência ou risco na demora que respalda o recebimento deste recurso na modalidade de instrumento está no simples fato de que o cumprimento da decisão agravada será irreversível para a agravante. Isso porque, no iminente início da fase de cumprimento de sentença com a possibilidade de expedição de certidão de crédito, pelos agravados, será incerta, para não dizer improvável, a possibilidade de sua recuperação, caso futuramente provido o presente recurso. 
19. O requerimento aqui formulado, em situações semelhantes, tem tranquila acolhida na jurisprudência deste e. Tribunal de Justiça, como se vê das decisões a seguir transcritas:
“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. OFENSA AO ART. 535 DO CPC. NÃO CARACTERIZAÇÃO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. INTERPRETAÇÃO DO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL. EXCESSO DE EXECUÇÃO. CONFIGURAÇÃO. DESDOBROS E GRUPAMENTOS OCORRIDOS NAS AÇÕES. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO À COISA JULGADA. NECESSIDADE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. RECURSO PROVIDO.
(...) 4. O exequente, contudo, no cumprimento de sentença, deixou de observar os desdobros e grupamentos ocorridos nas ações, no período entre a data da propositura da demanda (24 de outubro de 2002) e a da execução (19 de fevereiro de 2008).
5. Não se pode desconsiderar os desdobramentos e grupamentos que o ora recorrente afirma terem ocorrido no período entre o ajuizamento da ação e a execução da sentença condenatória, mormente porque eles representam uma realidade no mercado de ações. Ter como não ocorridos tais fatos, ou como ocorridos, mas irrelevantes para a execução do título judicial, como fez a d. instância a quo, em primeiro lugar, foge à lógica do próprio mercado de valores mobiliários e, em segundo lugar, coloca o exequente em situação privilegiada em relação ao executado e aos demais acionistas que, nas mesmas condições e no mesmo período, adquiriram ações do Banco Itaú S/A. Haveria, sem dúvida, na hipótese, enriquecimento sem causa do exequente para além do assegurado na sentença, o que é vedado pelo ordenamento jurídico (CC/2002, arts. 884 a 886). [...] 7. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido, para julgar procedente a impugnação ao cumprimento de sentença, reconhecendo a inexigibilidade do título, para determinar seja promovida a liquidação da sentença pelo d. Juízo a quo, com a nomeação de perito, a fim de apurar o correto valor devido ao recorrido, de acordo com o título exequendo, levando em conta todas as oscilações havidas no mercado de ações com as ações do Banco Itaú S/A, no período compreendido desde a data de propositura da ação até a da confecção do respectivo laudo pericial, de modo que o recorrido receba os mesmos direitos e ações que teria obtido qualquer outro acionista do Banco Itaú que fosse detentor de 160.000 ações escriturais preferenciais, na data de propositura da ação de conhecimento. [...] Ter como não ocorridos tais fatos, ou como ocorridos, mas irrelevantes para a execução do título judicial, como fez a d. instância a quo, em primeiro lugar, foge à lógica do próprio mercado de valores mobiliários e, em segundo lugar, coloca o exequente em situação privilegiada em relação ao executado e aos demais acionistas que, nas mesmas condições e no mesmo período, adquiriram ações do Banco Itaú S/A. Haveria, sem dúvida, na hipótese, enriquecimento sem causa do exequente para além do assegurado na sentença, o que é vedado pelo ordenamento jurídico (CC/2002, arts. 884 a 886). (...)” 
(STJ – REsp nº 1.243.701, Bahia – Quarta Turma – Reletor: Ministro Raul Araújo, DJE 12.3.2012 – grifou-se).
*		*		*
“Em relação ao pedido de efeito suspensivo, o artigo 527, III do CPC prevê sua concessão pelo relator, quando a decisão puder resultar lesão grave e de difícil reparação, desde que relevante os fundamentos apresentados pelo agravante, no sentido de que demonstre que não ocorrendo a suspensão do feito, o eventual provimento do agravo tornar-se-á inútil. Há que se deferir a liminar requerida, concedendo o almejado efeito suspensivo, uma vez que presente os requisitos imprescindíveis para a concessão deste efeito, vislumbrando, nesse momento processual o fumus boni júris e o periculum in mora. Ademais, em sede de cognição sumária, verifica-se que, num primeiro momento, a decisão é capaz de gerar danos de difícil reparação ao agravante, pois não foi deferida a inversão do ônus da prova e, ao mesmo tempo, determinou-se a juntada de documentos, demonstrando-se assim, em princípio, contraditória.Assim, concedo a liminar, apenas para o fim de suspender a decisão agravada, até ulterior decisão deste Colegiado.” 
*		*		*
“Insurge-se a ora Agravante - Brasil Telecom S/A, contra a douta Decisão de fls. 72/75 (TJ), dos autos nº 048.102/2010, de Ação Cautelar de Exibição de Documentos, em trâmite perante a Vara Cível da Comarca de Irati, que deferiu o pedido de exibição de documentos, sob o fundamento de que a exposição do fato e os fundamentos do pedido estão perfeitamente delineados na inicial, autorizando assim, a concessão da medida. (...) No que diz respeito ao efeito suspensivo pleiteado, entendo que neste particular assiste razão ao Agravante, pois, para além da controvérsia acima mencionada,o que, por si só já recomendaria que a decisão "a quo" permaneça suspensa até o pronunciamento definitivo deste E. Tribunal, há que se atentar para o fato de que a agravada esperou 12 anos para intentar a demanda cautelar, o que, ao menos mediante análise sumária, faz cair por terra o periculum in mora.V - Por estas razões, concedo o efeito suspensivo pleiteado.” 
20. Nesse sentido, os equívocos já demonstrados conduzem ao reconhecimento da necessidade de retificação dos cálculos elaborados no feito, razão pela qual a presente manifestação merece ser acolhida quanto à necessária observância das regras de experiência, na forma do art. 375, do Código de Processo Civil, uma vez que, conforme já demonstrado, o montante apurado pela i. perita, se encontra excessivo e não corresponde à realidade dos casos que envolvem contratos de participação financeira.
21. Ora, o resultado da execução apresentado é excessivo e merece ser reformado, uma vez que não representa a real condenação imposta, já que não observa (i) às regras de experiência; para que os cálculos assim sejam refeitos observando-se (ii) a correta valoração das ações; (iii) os dividendos e por fim, (iv) a necessária limitação dos rendimentos.
22. Ademais, resta demonstrado que a decisão agravada oferece risco de lesão grave e de difícil reparação para a agravante. Afinal, permitirá o início da fase de cumprimento de sentença de forma equivocada, com valores além dos realmente devidos. Deve, pois, ser concedido efeito suspensivo a este agravo de instrumento, conforme previsto no art. 1.019, I, do Código de Processo Civil. É flagrante que, no caso, estão presentes os requisitos legais para a concessão de efeito suspensivo.
23. E o periculum in mora, por sua vez, reside no iminente início da fase de cumprimento de sentença, com a possibilidade de futuro levantamento, pelos agravados, de vultosos valores depositados no processo, sendo incerta, para não dizer improvável, a possibilidade de sua recuperação, caso futuramente provido o presente recurso. 
24. Assim, a agravante espera que seja concedido efeito suspensivo ao presente agravo de instrumento, a fim de que a r. decisão recorrida não produza efeitos até o julgamento do recurso.
25. Pelas razões expostas, confia a agravante que V. Exa irá reformar a decisão, consequentemente atribuindo efeito suspensivo ao recurso, tendo em vista a comprovação de fumus boni iuris e periculum in mora da agravante.
CONCLUSÃO
26. Diante do exposto, confia a agravante em que V. Exa. (i) reconsiderará a r. decisão monocrática agravada e, caso assim não entenda, (ii) levará em mesa este agravo interno para julgamento, ocasião em que essa e. Câmara deverá lhe dar provimento, para reformar a r. decisão agravada, com fulcro no artigo 1.021, §2º do Código de Processo Civil.
Nestes termos,
P. deferimento. 
Curitiba, 5 de novembro de 2018.
	Bruno Di Marino
OAB/RJ nº 93.384
	Joaquim Miró
OAB/PR nº 15.181
	Bernardo Guedes Ramina
OAB/PR n° 41.442
Luiza Santos Andrade
OAB/RJ nº 171.402
	Luiz Remy Muchinski
OAB/PR nº 40.624
Michelle Marcondes Caram
OAB/RJ nº 214.278
	
Rio de Janeiro - Centro: Av. Presidente Wilson, 210 – 12° andar, Centro - Cep 20030-021 - Tel.: 55 21 2277 4200 Fax 55 21 2210 6316
Rio de Janeiro - Barra: Av. das Américas, 4200, Bloco 2, sala 206 - Ed. New York - Centro Empresarial Barra Shopping – RJ - Cep 22640-102 – Tel/Fax: 55 21 3325 4200
Brasília: SCN - Quadra 4 Bloco B Pétala D Sala 502, Centro Empresarial Varig - Cep 70714-900 Tel/Fax: 55 61 3045 6144
São Paulo: Rua Leôncio de Carvalho, 234 – 4º andar, Paraíso - Cep 04003-010 Tel/Fax: 55 11 3171 1388 
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