Buscar

PRESSUPOSTOS RECURSAIS OBJETIVOS E SUBJETIVOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIGRANRIO – CAXIAS
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
PROFESSORA: KARLA ALBUQUERQUE
ALUNA : PAULO CERGIO RAMOS DA CRUZ
MATRÍCULA: 2211357
TEMA: PRESSUPOSTOS RECURSAIS OBJETIVOS E SUBJETIVOS
 PRESSUPOSTOS SUBJETIVOS
Os pressupostos subjetivos referem-se aos atributos do recorrente, classificados como legitimidade, capacidade e interesse.
1. Legitimidade
A legitimidade recursal é a habilitação legal dada a determinada pessoa, natural ou jurídica, para recorrer de certa decisão judicial, como regra, é conferida às partes que atuaram no processo, ao Ministério Público, enquanto parte ou custos legis, e a terceiros prejudicados pela decisão recorrida. Quanto aos terceiros prejudicados, vale lembrar que eles devem “demonstrar a existência de interdependência entre o seu interesse jurídico, e não o meramente econômico, e a relação jurídica posta ao crivo do juiz” (CAIRO JÚNIOR, 2009, p. 522).
Com relação aos terceiros prejudicados, BEZERRA LEITE arrola as hipóteses em que eles podem interpor recurso na seara trabalhista:
1) o sucessor ou herdeiro (CLT, art. 10 e 448);
2) a empresa condenada solidária ou subsidiariamente (CLT, art. 2º, § 2º; TST, súmula n. 331, IV)
3) o subempreiteiro, o empreiteiro principal ou o dono da obra (CLT, art. 455);
4) os sócios de fato nas sociedades não juridicamente constituídas, além das pessoas físicas e jurídicas, por força de normas de direito civil, que se vinculem à parte que figurou na demanda (CCB, art. 265);
5) os litisconsortes e assistentes (simples ou litisconsorciais);
6) o substituto processual.
Por derradeiro, vale frisar que o perito não tem legitimidade para recorrer contra a parte da decisão que fixa seus honorários. Para expressar seu inconformismo, pode o perito, tão somente, valer-se do mandado de segurança. Isso ocorre porque o perito, enquanto auxiliar do juízo, exerce uma função pública, o que não se identifica com o interesse necessário para a interposição do recurso (CAIRO JÚNIOR, 2009, pp. 522-523).
2 Capacidade
Além de ter legitimidade, o recorrente deve ser plenamente capaz, nos termos dos art. 3º, 4º e 5º do Código Civil, no momento de interposição do recurso.
3 Interesse
O interesse recursal repousa no binômio utilidade/necessidade. A necessidade relaciona-se à imprescindibilidade do recurso para o sucesso da pretensão do recorrente, indeferida pela sentença impugnada. A utilidade refere-se à permanência do gravame imposto ao recorrente pela decisão atacada, ou seja, que o objeto da ação não tenha se perdido, por exemplo, pela satisfação espontânea por parte do recorrido. O interesse recursal, enquanto requisito de admissibilidade, é tratado como sucumbência. Esse é o entendimento, por exemplo, de JOSÉ CAIRO JÚNIOR, que define a sucumbência como prejuízo decorrente da decisão impugnada, o que não permite à parte que obtém total êxito com a prolação da decisão a interposição de recurso (2009, p. 523). 
PRESSUPOSTOS RECURSAIS OBJETIVOS
Os pressupostos objetivos dizem respeito aos aspectos extrínsecos dos recursos, quais sejam a recorribilidade do ato, a adequação, a tempestividade, a representação e o preparo.
1. Recorribilidade do ato
No direito processual laboral são irrecorríveis “as sentenças proferidas nas causas de alçada (Lei n. 5.584/1970, art. 2º, § 4º), os despachos de mero expediente (CPC, art. 504) e as decisões interlocutórias (CLT, art. 893, § 1º, e Súmula n. 214 do TST)” (LEITE, 2012, p. 756). Caso o juízo a quo verifique, portanto, que o ato contra o qual se insurge o recorrente encontra-se entre os elencados, deve inadmiti-lo. Nas mesmas circunstâncias deve o juízo ad quem não conhece- lo.
2 Adequação
Além da recorribilidade do ato impugnando, o recurso interposto deve ser adequado à decisão confrontada, tendo em vista que cada espécie de decisão desafia uma espécie de recurso legalmente previsto. Não obstante, a interposição de espécie recursal inadequada não resulta, de plano, na inadmissibilidade do recurso, tendo em vista que pode ser adotado o princípio da fungibilidade para admitir a espécie interposta equivocadamente, desde que estejam presentes os requisitos necessários à admissão da espécie correta (como prazo e instrução adequados), que o erro não tenha sido grosseiro e que o recorrente não tenha procedido com má-fé ao usar a espécie inadequada.
3 TempestividadeO prazo para recorrer é peremptório, isto significa que a interposição fora do prazo (intempestiva) acarreta a preclusão do direito de recorrer da parte interessada. No processo do trabalho, o prazo para recorrer é de oito dias (art. 6º da Lei n. 5.584/1970), exceto para os embargos de declaração, cujo prazo é de cinco dias (art. 897-A da CLT).
Tanto as pessoas jurídicas de direito público quanto o Ministério Público têm prazo em dobro para recorrer (art. 188 do CPC). O mesmo não pode ser afirmado para as hipóteses de litisconsortes com diferentes procuradores, embora o art. 191 do CPC confira também neste caso prazo recursal em dobro. Tal impossibilidade decorre do entendimento adotado pela OJ n. 310 da SDI-1 do TST.
4 Representação
A representação diz respeito à regularidade dos atos processuais privativos de advogado realizados no processo. Em regra, tendo em vista o ius postulandi das partes no processo laboral, os recursos não devem ser subscritos por advogado. Todavia, se o advogado interpuser recurso como representante da parte, deve ter procuração nos autos. Inclusive, tal procuração não pode ser juntada depois da interposição do recurso, tendo em vista que o ato de interposição não é considerado urgente, nos termos da Súmula n. 383 do TST. Não obstante, a Súmula n. 425 do TST passou a limitar o ius postulandi das partes às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, isto é, passou a exigir a presença de advogado nas ações rescisórias, nas ações cautelares, nos mandados de segurança e nos recursos de competência do Superior Tribunal do Trabalho.
5 Preparo
O preparo corresponde ao recolhimento e à comprovação do respectivo pagamento das custas processuais e do depósito recursal. O depósito recursal, necessário para que o recurso não seja considerado deserto, é peculiar ao processo do trabalho e tem natureza jurídica de garantia do juízo recursal, além de ser exigível apenas do empregador, nas ações em que há condenação pecuniária. Portanto, serve para garantir uma futura execução, no caso de sucumbência do empregador recorrente.
No prazo de interposição do recurso, o depósito recursal deve ser feito na conta do FGTS do empregado ou, pelo menos, em conta bancária, desde que o recorrente comprove o depósito na forma da IN n. 18 do TST, que estabelece como requisitos do depósito recursal “o nome do recorrente e do recorrido; o número do processo; a designação do juízo por onde tramitou o feito e a explicação do valor depositado” autenticada pelo banco recebedor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAIRO Jr., José. Curso de direito processual do trabalho. Ed. 5. Salvador: Editora Jus Podivm, 2012
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. Ed. 10. São Paulo: LTr, 2012.
SARAIVA, Renato. Processo do trabalho – série concursos públicos. Ed. 7. São Paulo: Editora Método, 2010.

Continue navegando