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www.ipate.com.br @aryannaetonassi /aryannaetonassi 1 FÉRIAS Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. As férias, em regra, têm o período de 30 dias e não podem ser parceladas em mais de duas frações (e ainda assim, somente em casos excepcionais), sendo que nenhuma delas pode ser inferior a 10 dias. Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. § 1 o .Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. § 2 o .(Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) § 3 o .É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. Art. 7º da CF/88 - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; PERÍODO AQUISITIVO DE FÉRIAS O período aquisitivo de férias corresponde a um lapso de 12 meses, (considerando como mês a fração temporal superior a 14 dias), sendo que a contagem começa da data inicial do contrato de trabalho (arts. 130 e 146, CLT). Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido. Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. O aviso prévio, mesmo quando indenizado, integra o período aquisitivo de férias. Licenciado para - João Vitor Athayde dos Santos - Protegido por Eduzz.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 www.ipate.com.br @aryannaetonassi /aryannaetonassi 2 A lei vincula a assiduidade do empregado à aquisição das férias, ou seja, conforme o número de faltas que tiver, ser-lhe-á concedido determinado número de dias de férias: IMPORTANTE MEMORIZAR! - Se o empregado tiver até 5 faltas por ano não haverá prejuízo. - Se o empregado tiver de 6 a 14 faltas terá 24 dias de férias. - Se o empregado tiver de 15 a 23 faltas terá 18 dias de férias. - Se o empregado tiver de 24 a 32 faltas terá 12 dias de férias. Portanto: Faltas Injustificadas Dias de Férias Até 5 30 De 6 a 14 24 De 15 a 23 18 De 24 a 32 12 Interpreta-se que se o empregado que faltar mais de 32 dias, deixará de adquirir o direito às férias naquele determinado período aquisitivo. Dica: Até 05 faltas injustificadas não haverá qualquer desconto e o empregado terá 30 dias de férias. A partir da quinta falta, para cada grupo de 9 dias de falta, perde-se 6 dias de férias. Os descontos nas férias acima enumerados tratam de faltas injustificadas. Se as faltas forem justificadas, não podem ser descontadas de forma alguma. O artigo 131 da CLT traz um rol de ausências que não serão consideradas faltas do empregado (Súmula 89, TST): Súmula 89 TST Se as faltas já são justificadas pela lei, consideram-se como ausências legais e não serão descontadas para o cálculo do período de férias. nos casos do artigo 473; durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social; por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, desde que o Licenciado para - João Vitor Athayde dos Santos - Protegido por Eduzz.com www.ipate.com.br @aryannaetonassi /aryannaetonassi 3 afastamento não seja superior a 6 meses. O tempo de afastamento será computado no período aquisitivo de férias. justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário; durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido (caso esse empregado seja impronunciado ou absolvido, seu tempo de afastamento será computado no período aquisitivo de férias); nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do art. 133. Além dos descontos que o empregado pode sofrer em suas férias, em razão de faltas injustificadas, o artigo 133 da CLT traz mais algumas hipóteses de perda do direito a férias pelo empregado. Perde o direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias subsequentes à sua saída; permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 dias; deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 meses, embora descontínuos. Ocorrendo uma dessas hipóteses e restando prejudicado o período aquisitivo de férias, tem início um novo período aquisitivo assim que o empregado retornar ao serviço (art. 133, §2º, CLT). No caso do empregado que estava afastado para prestar serviço militar, se retornar ao trabalho em até 90 dias da data da correspondente baixa, seu tempo de trabalho anterior à apresentação ao serviço militar será computado para fins de cálculo do período aquisitivo de férias (art. 132, CLT). PERÍODO CONCESSIVO DE FÉRIAS Adquirido o direito a férias, inicia-se imediatamente o seu período concessivo. As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito (Art. 134, CLT), desde que haja comunicação por parte do empregador com uma antecedência mínima de 30 dias do inicio de seu efetivo gozo (art. 135, CLT). Licenciado para - João Vitor Athayde dos Santos - Protegido por Eduzz.com www.ipate.com.br @aryannaetonassi /aryannaetonassi 4 Exemplo: 2018 é o ano em que o empregado usufrui das férias adquiridas em 2017, ou seja, 2018 é o período concessivo dessas férias e, ao mesmo tempo, é o período aquisitivo para as férias que o empregado gozará em 2019. Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço (art. 136, § 1º, CLT). O empregado estudante, menor de 18 anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. (art. 136, § 2º, CLT) Todo estudante deve usufruir suas férias em período que coincida com as férias escolares? Não! Somente os estudantes menores de 18 anos. Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmentemantido com aquele (art. 138, CLT). Sempre que as férias forem concedidas fora do período concessivo de 12 meses após o período aquisitivo, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração (art. 137, CLT). Atenção! O empregado não irá usufruir de 60 dias de férias, apenas receberá o dobro! Vencido o período concessivo sem que o empregador tenha concedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por sentença, da época de gozo das mesmas (art. 137, § 1º, CLT). A sentença cominará pena diária de 5% do salário mínimo da região, devida ao empregado até que seja cumprida (art. 137, § 2º, CLT). Cópia da decisão judicial transitada em julgado será remetida ao órgão local do Ministério do Trabalho, para fins de aplicação da multa de caráter administrativo ao empregador (art. 137, § 3º, CLT). Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, com indicação do início e do termo das férias. As gratificações anuais, semestrais ou trimestrais, apesar de possuírem natureza salarial, não incorporam na remuneração das férias. Já o período de férias, sim, é computado no período de referência das gratificações trimestrais, semestrais e anuais. Licenciado para - João Vitor Athayde dos Santos - Protegido por Eduzz.com www.ipate.com.br @aryannaetonassi /aryannaetonassi 5 A remuneração simples das férias é a regra geral: valor do salário referencial do empregado acrescido de 1/3 constitucional. É o que se aplica para as férias usufruídas no período concessivo ou devidas no caso de dispensa do empregado durante o período concessivo. É a figura das férias simples. As férias proporcionais são remuneradas também de forma simples, porém em valor reduzido, em razão da proporcionalidade aos meses do período aquisitivo. A remuneração dobrada será aplicada às férias vencidas, ou seja, após o término do período concessivo. Se apenas parte das férias ficar fora do período concessivo, somente esta parte será remunerada em dobro (Súmula 81, TST). Em caso de remuneração dobrada, em razão das férias vencidas, o terço constitucional também será dobrado (o valor da dobra não possui caráter salarial, mas sim de penalidade imposta ao empregador). CONVERSÃO PECUNIÁRIA DAS FÉRIAS A conversão pecuniária de férias (ou abono de férias, ou abono pecuniário) está prevista no artigo 143 da CLT. É facultado ao empregado converter 1/3 do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. É direito do empregado converter 1/3 de suas férias em prestação pecuniária, desde que requerido no tempo certo. O abono de férias deverá ser requerido pelo empregado até 15 dias antes do término do período aquisitivo. Após esse período, a conversão em pecúnia passa a depender da concordância do empregador (art. 143, §1º, CLT). Nas férias individuais, a conversão pecuniária de parte das férias é direito potestativo do empregado. Nas férias coletivas, se for o caso, resultará de negociação coletiva (art. 143, § 2º, CLT). Art. 144, CLT. O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o concedido em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de vinte dias do salário, não integrarão a remuneração do empregado para os efeitos da legislação do trabalho. EFEITOS DA EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO SOBRE AS FÉRIAS Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido (art. 146, CLT). Não importa se o empregado foi despedido com justa causa, sem justa causa ou mesmo se pediu demissão, se as férias estiverem vencidas, serão direito adquirido seu e deverão, se for o caso, ser remuneradas em dobro. Licenciado para - João Vitor Athayde dos Santos - Protegido por Eduzz.com www.ipate.com.br @aryannaetonassi /aryannaetonassi 6 Na extinção do contrato de trabalho, após 12 meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 por mês de serviço ou fração superior a 14 dias (art. 146, parágrafo único, CLT). No caso de extinção do contrato de trabalho por justa causa do empregado, este não terá direito às férias proporcionais acrescidas de 1/3. Súmula 261, TST. O empregado que se demite antes de complementar 12 meses de serviço tem direito a férias proporcionais. Súmula 171, TST. Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses (art. 147 da CLT). O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho se extinguir em prazo determinado, antes de completar 12 meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior (art. 147, CLT). Férias vencidas: Férias proporcionais: Serão devidas sempre, independente da causa da rescisão do contrato de trabalho. Serão devidas aos empregados dispensados: sem justa causa; que tenham pedido demissão; cujo contrato possuía prazo determinado; A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração é contada do término do período concessivo ou, se for o caso, da cessação do contrato de trabalho (art. 149, CLT). Licenciado para - João Vitor Athayde dos Santos - Protegido por Eduzz.com
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