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Introdução à Ferrovia

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INTRODUÇÃO À FERROVIA 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
No fim do século XVIII e começo do século XIX foram dados os primeiros 
passos para a implantação da estrada de ferro, como meio de transporte 
terrestre. A estrada de ferro nasceu quando se combinou o emprego da via 
dotada de trilhos de ferro com o veículo motorizado. 
 
2 
Histórico do Surgimento da Ferrovia 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
A origem das estradas de ferro está intimamente ligada ao trabalho das minas de 
carvão na Inglaterra. Na usina de Killingswarth, foi experimentado o primeiro veículo 
impulsionado pela força expansiva do vapor d´água. 
 
Entretanto só em 1814, na Inglaterra, é que as primeiras tentativas de construção 
de uma máquina tratora, a vapor, obtiveram êxito. Assim, em julho de 1814 o 
inventor George Stephenson conseguiu finalmente arrastar alguns vagões, com sua 
máquina utilizando o vapor d´água. Essa primeira locomotiva a vapor recebeu o 
nome de The Rocket. 
3 
Histórico do Surgimento da Ferrovia 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
 
 
Em 27 de setembro de 1825 foi feita a primeira viagem, em caráter 
inaugural, entre Stokton e Darlington, no interior da Inglaterra, utilizando o 
invento de Stephenson. Foram percorridos 25 Km com a velocidade de 25 
Km/h. 
 
Desta data em diante , ficou consagrada definitivamente a Estrada de 
Ferro, como meio de transporte terrestre, tendo progredido rapidamente 
em todo o mundo. 
4 
Histórico do Surgimento da Ferrovia 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
 
 
No Brasil, a primeira tentativa para implantação de uma Estrada de 
Ferro, deu-se em 1835, quando o regente Diogo Antônio Feijó promulgou 
uma lei, concedendo favores a quem quisesse construir e explorar uma 
estrada de ferro ligando o Rio de Janeiro às capitais de Minas Gerais, 
Rio Grande do Sul e Bahia. Não houve interesse na ocasião, em tão 
arriscada empreitada. 
 
Em 1836, o estado de São Paulo programou um “Plano de Viação” e 
concedeu o direito de construção e exploração a uma companhia, 
tentativa esta, também frustrada. 
 
5 
Histórico do Surgimento da Ferrovia 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Em 1840, o médico inglês, Tomaz 
Cochrane, obteve concessão para fazer a 
ligação ferroviária Rio de Janeiro-São Paulo, 
com diversos privilégios. 
 
Também esta tentativa falhou, pois os 
capitalistas ingleses, convidados a participar 
do empreendimento, não se animaram a 
investir capital numa empresa de êxito 
duvidoso. 
 
Em 1852, surgiu a figura intrépida de 
IRINEU EVANGELISTA DE SOUZA, mais 
tarde Barão de Mauá, que, quase 
exclusivamente por sua conta, pois 
subscreveu a quase totalidade do capital 
necessário, construiu a ligação entre o 
Porto de Mauá (no interior da Baía de 
Guanabara) e a raiz da Serra (Petropólis). 
 1813 - 1889 
6 
Histórico do Surgimento da Ferrovia 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Em 30 de abril de 1854, foi inaugurada a primeira Estrada de Ferro no 
Brasil, com 14,5 Km de extensão, percorridos em 23 minutos, ou seja, 
com a velocidade média de 38 Km/h. Esse trem foi rebocado pela 
locomotiva “Baronesa”, cujo nome constituiu uma homenagem a esposa 
do então Barão de Mauá. 
 
Em 1855 foi organizada a Estrada de Ferro D. Pedro II, que deu origem a 
Estrada de Ferro Central do Brasil. 
7 
Histórico do Surgimento da Ferrovia 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
As atividades de transporte ferroviário de carga no Brasil podem ser 
divididas historicamente em três principais fases. 
 
A primeira fase foi a da instalação das primeiras ferrovias em território 
nacional, ocorrida em meados do século XIX. 
 
Essa fase foi caracterizada por um alto grau de investimento de 
empresas internacionais – com garantias de taxas atraentes de retorno 
por parte do governo brasileiro. Neste mesmo período ocorreu a 
instalação da malha ferroviária paulista, financiada pelos cafeicultores 
desse estado. 
8 
Histórico do Surgimento da Ferrovia 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
A segunda fase histórica pode ser entendida como a fase da 
nacionalização gradual das ferrovias brasileiras, processo este que se 
iniciou no século XX e que teve como marcos a: 
 
 Constituição da Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA) pela lei nº. 
3.115, de 1.957; 
 
 Criação da Ferrovia Paulista S.A. (FEPASA) pela lei estadual nº. 
10.410, de 1.971. 
 
Por fim, a terceira fase é aquela em que se devolve a malha e a 
operação ferroviárias aos investidores privados, mediante o processo de 
arrendamento por 30 anos. 
Histórico do Surgimento da Ferrovia 
9 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
O transporte ferroviário tem algumas características-chave que o 
diferenciam do rodoviário: 
 
Estrada guiada, ou seja, o trilho (o veículo não pode ir onde quer); 
 
Contato metal-metal - normalmente as rodas e a estrada são de aço; 
 
Rodas e eixo formam um conjunto solidário, fundido numa única peça; 
 
Carga concentrada nas pontas do eixo; 
 
Flanges (bordas) na parte interior das rodas, para não escapar do 
trilho; 
 
O trilho é levemente arredondado 
Conceitos básicos sobre ferrovia 
10 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Vias Planas aos Trilhos 
 
Conceitos básicos sobre ferrovia 
11 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Introdução do Perfil alinhado da Roda 
Conceitos básicos sobre ferrovia 
12 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
1896 – A Fórmula de Nadal Relacionando L/V ou Y/Q 
Conceitos básicos sobre ferrovia 
13 
O campo geral de tensão de contato 
é muito complexo 
As tensões compressivas, elásticas e 
cisalhantes estão presentes 
A tensão de interesse especial é a 
tensão cisalhante zx: a tensão 
sobre o plano z na direção x 
Isto causa cisalhamento na superfície 
do trilho (roda) que leva ao 
desgaste e ao RCF (Fadiga de 
contato de rolamento) 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
As rodas têm conicidade, vão afinando de dentro para fora devido à 
geometria do trilho e das rodas, o ponto de contato entre eles é bem 
menor do que se imagina, mesmo que o trilho ceda sob o peso. Veja o 
primeiro desenho da Railway Technical, que mostra a roda cônica e 
o trilho (exageradamente) redondo. 
 
 
Conceitos básicos sobre ferrovia 
14 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Quando o trem enfrenta uma curva, ele tende a sair pela tangente. No 
lado de fora da curva, uma parte mais larga da roda entra em contato 
com o trilho. No lado de dentro, uma parte mais estreita faz o mesmo. 
Assim, mesmo estando as duas rodas presas no mesmo eixo, a roda 
de fora percorre uma distância maior, fazendo o trem andar em curva. 
 
 
Conceitos básicos sobre ferrovia 
15 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Num trem real, não é fácil ver a conicidade das rodas a olho nu, pois é 
muito suave, na proporção de 1:20 a 1:40. As curvas ferroviárias são 
sempre muito abertas, de modo que essa pequena conicidade é 
suficiente. 
 
 
Conceitos básicos sobre ferrovia 
16 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
As flanges (bordas) das rodas não deveriam nunca tocar os trilhos, 
mesmo em curvas. Isso só acontece em casos "extremos", como um 
vagão que balança muito ou trilhos em mau estado de conservação. O 
barulho de "esmeril" que se ouve intermitentemente quando o trem 
passa, são as flanges tendo de trabalhar, não são os freios como muita 
gente acredita. 
 
 
Conceitos básicos sobre ferrovia 
17 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Parece perfeito na teoria, mas na prática sempre há um pouco de 
"escorregamento", ou seja, a roda esfrega um pouco o trilho para 
conseguir fazer a curva. O fato é que trens odeiam curvas. Existirá 
sempre um desgaste natural nas curvas, e as peças envolvidas não 
durarão para sempre. Uma roda dura algo em torno de 1 milhão de km, 
após o que ela tende a ficar "reta" (sem conicidade), e tem de ser 
retificada para voltar a ficar cônica. 
 
Conceitos básicos sobre ferrovia 
18 
y

x
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Material rodante – Dinâmica de via 
 
Conceito: Todo veículo que se locomove ao longo da estrada de ferro. 
Estes veículos podem ser: 
 
. Locomotivas 
. Vagões 
. Autos de Linha 
. Máquinas de grande porte (manutenção)Dinâmica do contato roda/trilho 
Dinâmica Ferroviária 
19 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Contato Roda/trilho 
 
É definido pelo contato do friso e da bandagem da roda com o trilho. 
20 
Dinâmica Ferroviária 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Contato Roda/trilho 
21 
Dinâmica Ferroviária 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
A locomotiva é o veículo ferroviário que fornece a energia necessária 
para a colocação de um comboio ou trem em movimento; as 
locomotivas não têm capacidade de transporte própria, quer de 
passageiros, quer de carga. No entanto, alguns comboios, possuem 
unidades (carruagens) mistas auto-alimentadas que também servem 
principalmente, para o transporte de pessoas; a esses veículos, no 
entanto, não se dá normalmente o nome de locomotiva, mas trem 
unidade. 
ELEMENTOS PRINCIPAIS (Locomotivas, vagão, via permanente) 
22 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Assim como as locomotivas, os vagões ferroviários também evoluíram 
durante os últimos 182 anos da utilização da ferrovia. Se no início do 
século XIX, havia praticamente um só tipo de vagão para todas as 
cargas, atualmente tem-se um tipo específico de vagão para cada um 
dos grupos de mercadorias. 
Entretanto, a especialização que permite o transporte adequado de 
cada tipo de produto apresenta a desvantagem do retorno vazio caso 
não haja o mesmo tipo de mercadoria no fluxo contrário. 
VAGÕES 
23 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
De um modo geral os diversos tipos de vagões têm a mesma 
características técnicas e operacionais nos diversos países do mundo, 
havendo entretanto algumas diferenças específicas para um ou outro 
vagão como é o caso da cobertura telescópica utilizada na Europa para 
o transporte de bobinas de aço para a indústria automotiva, que não 
podem sofrer as intempéries. 
VAGÕES 
24 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Vagões tipo fechado - para granéis sólidos, ensacados, caixarias, 
cargas unitizadas e transporte de produtos em geral que não podem 
ser expostos as intempéries: 
VAGÕES 
25 
FR - Convencional, caixa metálica com 
revestimento 
FS - Convencional, caixa metálica sem 
revestimento 
FM - Convencional, caixa de madeira 
FE - Com escotilhas e portas plug 
FH - Com escotilhas, tremonhas no assoalho e 
portas plug 
FL - Com laterais corrediças (all-door) 
FP - Com escotilhas, portas basculantes, fundo 
em lombo de camelo 
FV - Ventilado 
FQ - Outros tipos 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Vagões tipo hopper - fechados para granéis corrosivos e granéis 
sólidos que não podem ser expostos ao tempo e abertos para os 
granéis que podem ser expostos ao tempo: 
VAGÕES 
26 
HF - Fechado convencional 
HP - Fechado com proteção anti-corrosiva 
HE - Tanque (center-flow) com proteção 
anti-corrosiva 
HT - Tanque (center-flow) convencional 
HA - Aberto 
HQ - outros tipos 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Vagões tipo gôndola - para granéis sólidos e produtos diversos que 
podem ser expostos ao tempo: 
VAGÕES 
27 
GD - Para descarga em giradores de vagão 
GP - Com bordas fixas e portas laterais 
GF - Com bordas fixas e fundo móvel (drop - bottom) 
GM - Com bordas fixas e cobertura móvel 
GT - Com bordas tombantes 
GS - Com semi-bordas tombantes 
GH - Com bordas Basculantes ou semi-tombantes com 
fundo em lombo de camelo 
GC - Com bordas tombantes e cobertura móvel 
GB - Basculante 
GQ - Outros tipos 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Vagões tipo isotérmico - produtos congelados em geral: 
VAGÕES 
28 
IC - Convencional com bancos de gelo 
IF - com unidade frigorífica 
IQ - Outros tipos 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Vagões tipo plataforma - contêineres, produtos siderúrgicos, grandes 
volumes, madeira, peças de grandes dimensões: 
VAGÕES 
29 
PM - Convencional com piso de madeira 
PE - Convencional com piso metálico 
PD - Convencional com dispositivo para contêineres 
PC - Para contêineres 
PR - Com estrado rebaixado 
PG - Para serviço piggyback 
PP - Com cabeceira (bulkhead) 
PB - Para bobinas 
PA - Com dois pavimentos para automóveis 
PH - Com abertura telescópica 
PQ - Outros tipos de vagão plataforma 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Vagões tipo tanque - cimento a granel, derivados de petróleo claros e líquidos 
não corrosivos em geral: 
VAGÕES 
30 
TC - Convencional 
TS - Com serpentinas para aquecimento 
TP - Para produtos pulverulentos 
TF - Para fertilizantes 
TA - para ácidos e líquidos corrosivos 
TG - para gás liquefeito de petróleo 
TQ - Outros tipos 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Vagões especiais - produtos com características de transporte bem distintas 
das anteriores: 
VAGÕES 
31 
ST - Torpedo (produtos siderúrgicos de alta temperatura) 
SB - Basculante 
SP - Plataforma para lingotes, placas de aço, etc. 
SG - Gôndolas para sucata, escórias, etc. 
SQ - Outros tipos 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Como sabemos, a infraestrutura das estradas é constituída pela 
terraplanagem e todas as obras situadas abaixo do greide de 
terraplanagem. 
 
A superestrutura das estradas de ferro é constituída pela via 
permanente, que está sujeita à ação de desgaste das rodas dos 
veículos e do meio(intempéries) e é construída de modo a ser 
renovada, quando o seu desgaste atingir o limite de tolerância exigido 
pela segurança ou comodidade da circulação e a ser mesmo 
substituída em seus principais componentes, quando assim exigir a 
intensidade do tráfego ou o aumento da carga por eixo do material 
rodante. 
 
Os três elementos principais da via permanente, são: O lastro, os 
dormentes e os trilhos, estes últimos constituindo o apoio e ao mesmo 
tempo a superfície de rolamento para os veículos ferroviários. 
 
Função e Reconstituição da Superestrutura 
32 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Representação da Infra e Super 
33 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Trilho: 
Conceito: É uma peça longa metálica que tem por função guiar e absorver 
as cargas oriundas do material rodante, e são fabricados em aço carbono 
ou ligas, com tamanho padrão de 24(vinte e quatro) m, e são classificados 
como: TR-37 , TR-45, TR 57 e TR-68 kg/m, estes ultimos mais comuns 
nas ferrovias brasileiras. Podem ser soldados em estaleiros, podendo 
atingir 240 m, e são chamados de TLS (Trilho Longo Soldado). 
Componentes da Superestrutura 
34 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Divisão do trilho 
 
BOLETO 
ALMA 
PATIM 
O que é boleto? 
É parte superior do trilho onde se 
apoiam e deslocam-se as rodas 
dos veículos ferroviários. 
O que é alma? 
É a parte estreita e vertical da 
secção transversal do trilho 
compreendida entre o boleto e o 
patim. 
O que é patim? 
 É a parte mais longa do trilho e que 
se apoio e se fixa no dormente. 
35 
Componentes da Superestrutura 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Como identificar o trilho 
 
Os trilhos são identificados para controle do fabricante, e para 
acompanhamento da performance quando assentado na via. 
CORRIDA LINGOTE LETRA 
P.S No exemplo o trilho é de fabricação polonesa, e se chama Huta 
Katowice. 
36 
Componentes da Superestrutura 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Substituição de trilhos 
 
Quais os motivos que levam à substituição dos trilhos? 
 
Os trilhos podem ser substituídos por desgaste natural, por fratura ou 
trinca e por defeitos superficiais. 
 
 Pode-se substituir os trilhos em qualquer temperatura? 
 
Não. A temperatura deve está dentro da faixa conhecida como neutra, ou 
seja, 39 +/- 5 ºC (34 a 44º C). 
 
 Quais são os tipos de defeitos em trilhos mais comuns? 
Head check/Shelling Desgaste no canto bitola Shelling profundo 
37 
Componentes da Superestrutura 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Defeito transversal resultante de 
shelling na bitola 
Inclusão 
Squat 
Trinca no furo Trinca horizontal no boleto Trinca vertical no boleto 
38 
Componentes da Superestrutura 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Tipo de trilhos 
 
 Não Tratado (Carbono) 
Trilho que não sofre nenhum tratamento na sua produção, e é utilizado/aplicado 
sempre nas tangentes (retas) 
 
 Trilho Tratado 
Trilho que agrega na sua fabricação, outrosmateriais que visam aumentar a 
resistência do trilho ao desgaste. Na tabela abaixo podemos ver a composição 
utilizada por vários fabricantes de trilho no mundo. Estes trilhos são aplicados nas 
curvas e são utilizados para fabricação de componentes para AMV (jacarés, agulhas 
e contratrilhos). 
39 
Componentes da Superestrutura 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Propriedades mecânicas dos trilhos 
 
São características que os trilhos possuem, que garantem a trabalhabilidade destes 
quando assentados na via. Cada país fabricante na tentativa de melhorar o 
desempenho dos trilhos, mudam constantemente as composições químicas, na 
intenção de oferecer aos seus clientes produtos com melhor desempenho. Para que 
uma ferrovia adote um novo modelo de trilho, é necessário que o fornecedor realize 
testes do material em laboratório, e posteriormente na via, para que suas 
propriedades sejam avaliadas dentro das normas internacionais, e só assim podem 
ser aprovadas ou não. 
Componentes da Superestrutura 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Lubrificador de trilho 
 
Definição: É um equipamento mecânico munido de graxa geralmente grafitada, 
adequado e instalado no trilho para promover por meio do friso da roda a 
lubrificação da face interna do boleto dos trilhos. Em geral É usado para diminuir o 
desgaste dos trilhos em curvas muito apertadas. 
41 
Componentes da Superestrutura 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Soldagem dos trilhos 
 
Os trilhos podem ser soldados de duas maneiras, ou seja, pela soldagem elétrica 
(flash butt), ou soldagem aluminotérmica (óxido de alumínio). 
 
 A soldagem elétrica é feita no estaleiro de soldas utilizando uma máquina 
chamada Schlatter, onde as extremidades dos trilhos são aquecidas há uma 
temperatura de aprox. 1000º C, e o processo ocorre pela fusão dos materiais. 
42 
Componentes da Superestrutura 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
 A soldagem aluminotérmica é feita no campo (via) utilizando um kit de materiais 
contendo: formas, porção, cadinho, pasta de vedação e acendedor. Assim como na 
solda elétrica, as extremidades dos trilhos são aquecidas há uma temperatura de 
aprox. 1000º C, e o processo ocorre pela reação exotérmica do óxido de ferro com 
o alumínio. 
1. Alinhamento/ Nivelamento dos trilhos 
3. Montagem e ajuste das formas 
2. Pré-aquecimento 4. Reação 
Solda Pronta 
E
T
A
P
A
S
 D
O
 P
R
O
C
E
S
S
O
 D
E
 
F
A
B
R
I
C
A
Ç
Ã
O
 
43 
Componentes da Superestrutura 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Bitola da Via 
Conceito: Denomina-se bitola a distância entre as faces internas das duas 
filas de trilhos, medida a 14mm do topo do boleto. As bitolas são 
chamadas de métricas (1000mm), e largas(1600mm) 
Tipos de bitola existentes: 
Europa e USA – 1435mm (Europa e USA), porém existem outras, como: 
Itália – 1445mm 
França – 1440mm 
Espanha – 1674mm 
Brasil – 1000mm e 1600mm 
44 
Componentes da Superestrutura 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Dormentes 
Conceito: É o elemento da superestrutura ferroviária que tem por função 
receber e transmitir ao lastro os esforços produzidos pelas cargas dos 
veículos, servindo de suporte para os trilhos, permitindo a sua fixação e 
mantendo invariável a distância entre eles(bitola) 
Tipos de Dormentes existentes: 
 
Madeira 
Concreto(Monobloco e bibloco) 
Aço 
Reciclado(Borracha e Plástico) 
 45 
Componentes da Superestrutura 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Lastro 
Conceito: É o elemento da superestrutura da estrada de ferro situado 
entre os dormentes e o sublastro e que tem por funções principais: 
 
a) distribuir convenientemente sobre a plataforma os esforços 
resultantes das cargas dos veículos; 
b) formar um suporte, até certo limite elástico, atenuando as trepidações 
resultantes da passagem dos veículos; 
c) impedir os deslocamentos dos dormentes, quer no sentido 
longitudinal, quer no transversal, e 
d) Facilitar a drenagem da superestrutura 
Materiais usados como lastro: 
-Terra 
-Areia 
-Cascalho 
-Escória de aciaria 
-Brita 
46 
Componentes da Superestrutura 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Aparelho de Mudança de Via - AMV 
Conceito: São mecanismos utilizados nas vias férreas, com o objetivo de 
permitir a passagem dos trens por linhas adjacente ou secundárias. Os 
aparelhos de mudança de via, se dividem em várias partes, que são: 
 
. Agulhas 
. Trilhos de ligação ou intermediários 
. Cruzamento ou jacaré 
. Contra trilhos 
. Aparelho de manobra 
47 
Componentes da Superestrutura 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Classificação dos AMV´s 
 
Os amv´s são classificados por tipo, sendo: 1:20 TR-68, 1:12 TR-68, 
1:12 TR-57, 1:10 TR 57, etc... 
Padrão AREMA Padrão UIC 
Caracteristicas: 
 Fabricado em aço fundido 
 Fabricação Nacional 
 Performance Média: 300 MTBT 
 Ponta fixa 
 Valor: R$ 26.000,00 
Caracteristicas: 
 Fabricado em aço tratado 
 Importado 
 Performance Média: 400 MTBT 
 Ponta móvel 
 Valor: R$ 170.000,00 
Ponta móvel Ponta Fixa 
48 
Componentes da Superestrutura 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Fixação e Acessórios 
Conceito: São os elementos responsáveis pela fixação dos trilhos aos 
dormentes, que são: 
 
. Placa de apoio 
. Tirefond 
. Arruela de pressão 
. Grampo ou clip elástico 
Tirefond 
Placa de apoio 
Grampo ou clip 
49 
Componentes da Superestrutura 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
Componentes da Geometria da Via 
Conceito:São todos os elementos de planta que compõe o traçado da 
ferrovia, que sâo: 
 
. Tangente 
. Curva horizontal e vertical 
. Espiral 
. Raio 
. Superelevação 
50 
Componentes da Superestrutura 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
 Controle da Ferrovia 
- CCO - Centro de Controle Operacional 
 Tecnologia utilizada para o controle de tráfego: 
- Sistema de Sinalização Centralizado baseado em 
comunicações. 
- Sistema de Gestão Ferroviária 
- Telemetria 
- Identificador Automático de Vagões 
- Hot Box/Hot Wheel 
- ATC/CabSignal 
CONTROLE DE 
TRÁFEGO 
51 
Componentes da Superestrutura 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
OPERAÇÃO DE PÁTIOS 
 Operação dos Pátios de Manobras 
 Gestão dos Entrepostos. 
52 
Componentes da Superestrutura 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
53 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
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INTRODUÇÃO À FERROVIA 
55 
INTRODUÇÃO À FERROVIA 
56 
INTRODUÇÃO À FERROVIA Noções Básicas sobre Ferrovia 
57

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