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O mito da caverna

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Filosofia 
O mito da caverna - Platão 
 
⤷ Ela é contada no livro “A República”. Nesse diálogo 
Sócrates é o protagonista, e o assunto é sobre o melhor 
governo tendo como o fio do condutor da discussão: o 
que é a justiça! 
⤷ No livro VII Platão conta a história de que algumas 
pessoas que estão amarradas no fundo escuro de uma 
caverna voltadas para a parede dessa caverna. Elas nunca 
saíram de lá, nem viram a luz do sol., tudo o que elas 
conseguem ver são imagens projetadas na parede da 
caverna, uma espécie de imagem cinematográfica que 
mostra as sombras dos animais, pessoas e objetos que 
são projetadas de fora da caverna. 
Os habitantes da caverna ficam fascinados com as 
imagens e acabam por crer que a sombras são a 
realidade. Aí Sócrates diz: Essa é a nossa condição! 
Assumimos na nossa vida a ilusão por realidade! 
⤷ Um prisioneiro consegue se libertar e subir para fora 
da caverna. Quando ele sai da caverna ele vê tudo como 
realmente é, a luz do sol no início dói os olhos, mas depois 
ele consegue contemplar. Essa alegoria revela que aquele 
que sai da caverna e contempla as coisas enquanto tais, 
iluminadas pela luz do sol é o filósofo, o Sol é a imagem 
do Bem. 
A subida ao mundo superior é a ascensão da alma das 
coisas sensíveis para a realidade inteligível, ou seja, antes 
o prisioneiro estava iludido, agora que ele viu o sol, ele 
sabe distinguir o que é real e o que é falso. 
⤷ Platão ao final faz uma suposição: se o prisioneiro 
voltasse para o fundo da caverna ele dissesse aos outros 
o que viu, os prisioneiros não acreditariam e até matariam 
o ex-prisioneiro. 
Uma clara referência a Sócrates que foi condenado a 
morte, mas que só estava querendo dividir seu 
conhecimento e mostrar a todos a luz que havia 
encontrado. 
 
 
As lições da alegoria da caverna: 
 ▷ PRIMEIRA LIÇÃO: 
Coisas materiais são sombras. A caverna simboliza o 
mundo sensível e material (que é uma realidade que as 
pessoas, já do tempo de Platão, ficavam vidradas e 
hipnotizadas). As coisas materiais e os bens corporais 
parecem profundamente reais, mas desaparecem 
rapidamente, eles são instáveis e passageiros. As 
Riquezas, honras e prazeres possuem uma importância 
secundária, e não podem tomar lugar daquilo que é 
realmente essencial. Que são: os valores imateriais e os 
bens da alma, tais como a sabedoria, o bem a 
contemplação do ser. 
 
▷ SEGUNDA LIÇÃO: 
Ficar dentro da caverna é mais fácil. Sair da zona de 
conforto é para nós a libertação das algemas! Assumir a 
responsabilidade pela sua própria vida e deixar de se 
vitimizar é um grande passo libertador. Porém, é mais 
fácil continuar na sombra e não se esforçar para sair da 
própria inércia. A filosofia é aquela que te ajuda a sair da 
caverna. 
 
▷ TERCEIRA LIÇÃO: 
A luz irá criar incômodo “E no caso de o forçarem a 
olhar a luz, não sentiria dor nos olhos...” PLATÃO, A 
República. 515 e. (trad. Carlos Alberto Nunes) Belém: 
EDUFPR, 2000, 320. 
Pelo fato do prisioneiro ter ficado muito tempo no escuro 
ele irá sofrer para enxergar a luz. É difícil querer sair da 
cegueira da ignorância, porque justamente 
acreditávamos estar na luz. Aceitar a própria ignorância, 
erros e autoenganos é um grande passo para o 
conhecimento verdadeiro de si, ou seja, é uma etapa 
libertadora para sair da ilusão e ir na direção da 
contemplação da verdade.

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