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Resenha crítica CONSELHO METROPOLITANO DE SUPRIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO DE HYDERABAD

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM ENGENHARIA AMBIENTAL E SANEAMENTO BÁSICO
Resenha Crítica de Caso
Trabalho da disciplina: Hidrologia e drenagem urbana. Tutor: Prof.: GISELE TEIXEIRA SALEIRO 
2020
CONSELHO METROPOLITANO DE SUPRIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO DE HYDERABAD 
REFERÊNCIA: DAVIS, Jennifer. Conselho Metropolitano de Suprimento de Água e Esgoto de Hyderabad. EUA: MIT, 2006. 
O texto se desenvolve mediante a busca de estratégias políticas para melhorar o sistema de suprimento de água e esgoto na cidade de Hyderabad, principalmente formas de tentar disponibilizar e melhorar esse suprimento para populações mais pobres nas favelas. 
 O ministro chefe Naidu focou muito na busca pelo crescimento da cidade, focando massivamente em projetos de tecnologia. Durante a sua campanha a reeleição, o enfoque foi em melhorias dos serviços públicos, incluindo serviços de água e esgoto, sendo então reeleito. Porém, é descrito que os reservatórios existentes nas localidades já não são suficientes para suprir a demanda de água, vários lençóis freáticos se encontram contaminados e com isso uma parcela da população depende de empresas privadas através de caminhões pipas para ter o abastecimento. Naidu tem como opção para o financiamento de infraestruturas basicamente os recursos provenientes de impostos e investimentos estrangeiros, tendo como exemplo o Banco Mundial.
O serviço de água e esgoto de Hyderabad é gerenciado pelo governo, através da HMWSSB, também chamada de “o Conselho”. Uma entidade nova, formada através da incorporação de departamentos já existentes no governo. Sendo assim, o conselho recebeu uma estrutura antiga, falha e ineficiente, inclusive para a população de baixa renda, que muitas vezes faziam conexões clandestinas para obter água, levando à um “desfalque” no sistema.
Como sugestão de melhoria, o Banco Mundial visava a privatização de serviços, incluindo o Conselho, sugerindo ser uma solução eficaz e que poderia ser implantada de maneira efetiva e com rápidas melhorias. Serviços de água é esgoto são essenciais, devido a isso, o Banco Mundial, e organizações pressionavam Naidu buscando uma estratégia de privatização do Conselho, acreditando que isso ocasionaria uma melhora dos serviços prestados e ocasionaria menos custos ao governo, além de oferecer o serviço para as regiões mais carentes.
O conselho passou por diversas reformulações na busca da privatização, ficando como gestor o Gopal, devido a sua experiência em privatizar hotéis. Gopal focou em equilibrar as demandas do conselho de modo que esse ficasse mais atrativo aos olhos dos investidores, sem se esquecer dos mais pobres. A privatização deveria ser interessante e com garantias para os mais desprovidos de riqueza. Diversas ações foram tomadas, como a desburocratização para a concessão de novas conexões, atendimentos por telefone e análise das “taxas de eficiência” na resolução dos problemas. 
Naidu enfrentava também um dilema de pessoas contrárias a privatização, como ONGs, sindicatos, opositores políticos, entre outros. Sendo assim, o governante precisava estudar e estruturar muito bem a proposta. Com isso, algumas opções foram descritas e sugeridas: regulação dos investimentos e preços controlados para que toda a população tivesse acesso aos serviços oferecidos; privatização e controle do Conselho para definir as regiões de investimento e todos (sem exceções) pagariam pelos serviços ou privatização do sistema e o financiamento de regiões mais pobres ficaria por parte do governo. Todas as opções devem ser muito bem analisadas antes da tomada de decisão.
Naidu acreditava que a solução dos problemas seria mesmo a privatização, pois mesmo exercendo melhorias nas performances do Conselho, essas pareciam já ter alcançado o ápice e a falta de orçamento para água e saneamento se mantinha. Gopal também via com bons olhos a privatização, principalmente por ser a chance de alavancar sua carreira. O texto se encerra então, com o apoio de governantes e do banco pela privatização, com a condição de se haver uma proposta “pró-pobres”.

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