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Resumo Doenças Hematológicas

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HEMOPARASITOSES 
Enfermidades transmitidas pela picada de carrapatos do gênero Riphicephalus sanguineus e pulgas do gênero Ctenocephalides felis. Causadas por bactérias e protozoários.
· Erlichiose Monocítica Canina
- Ocasionada por bactérias do gênero Ehrlichia (Ehrlichia ewingii, Ehrlichia chaffeensis e Ehrlichia canis - E. canis - responsável pela Ehrlichiose Monocítica Canina).
- Infecta monócitos(circulação) e macrófagos(tecido) de cães.
- Bactéria intracelular obrigatória, deficiência sistema imune em combatê-la, antibioticoterapia prolongada.
- Lime: hemoparasitose mais comum nos EUA, muito parecida com a erlichiose, mesmo tratamento, porém é zoonose.
- Carrapato realiza repasto (no mínimo de 4 a 8 horas para transmitir a doença) em animal contaminado→ pica outro animal hospedeiro → Infecção pela E. canis.
- Animais tem um quadro clínico de trombocitopenia, tem dificuldades coagulativas levando a hemorragias espontâneas, epistaxe (sangramento nasal).
- Esplenomegalia: por que o sistema monocítico fagocitário está ativado tentando destruir célula infectada.
Patogenia 
- É uma doença transestadial: tanto a larva quanto a linfa e o carrapato adulto tem capacidade de transmissão da erlichiose. 
- Após picada, bactéria alcança circulação e se direcionam p/ células do sist. mononuclear fagocitário (monócito e macrófago) - baço, fígado, linfonodos e medula óssea – MÓRULA (fase da bactéria que tem replicação).
- Adesão a vasos de órgãos como baço, pulmões, rins, meninges e olhos – VASCULITE: processo inflamatório nos vasos generalizada ou localizada, depende da resposta imunológica, da agressividade da cepa, condição clínica do paciente. Essa vasculite leva a ativação da cascata de coagulação, ↑ o consumo de plaqueta, levando um quadro de trombocitopenia.
SINAIS CLÍNICOS
FASE AGUDA - Consumo de plaquetas, destruição eritrócitos e inflamação sistêmica – FEBRE.
- Resposta imune celular insuficiente - resposta imune humoral – produção de anticorpo não eficaz, não conseguem neutralizar a ponto de matar a bactéria E. canis, ao depender da intensidade dessa resposta imune, o animal não apresenta sintomatologia de fase aguda (febre, perda de apetite, inapetência repentina), a bactéria fica em quiescência - FASE SUBCLÍNICA (silenciosa). 
FASE SUBCLÍNICA / ASSINTOMÁTICA ou de infecção persistente: semanas a anos. Cura espontânea ou fase crônica trombocitopenia (↓ de imunidade, vacina por exemplo).
FASE CRÔNICA – Depósito de complexos antígenos anticorpos em olhos, articulações e rins (uveíte, poliartrites e glomerulonefrites). Infecções crônicas podem causar mielossupressão total ou parcial - pancitopenias (anemia, trombocitopenia, linfopenia), por hipoplasia medular (todas as linhagens) Discrasias sanguíneas - geram petéquias, equimoses e epistaxe.
CAUSAS DA ANEMIA NA ERLICHIOSE 
- A bactéria sintetiza substancias que vão agir na medula óssea, que inibem a proliferação de eritrócitos e de plaquetas, levando a anemia pela inibição da síntese e trombocitopenia pelo sequestro e síntese de plaquetas.
- Anemia da inflamação crônica: O paciente inflamado libera ocitocinas inflamatórias que impedem a adesão do ferro na hemácia → sem o ferro não tem hemoglobina → sem hemoglobina não tem O2 e a hemácia morre. Inibindo também a síntese da eritropoiese na medula óssea.
- Por hipoplasia medular (todas as linhagens), discrasias sanguíneas.
DIAGNÓSTICO
- Histórico (febre, apatia repentina, emagrecimento, sinal neurológico, gastrointestinal) + Presença de carrapatos
- Alterações laboratoriais 
- Hemograma: trombocitopenia, anemia normocítica e normocrômica arregenerativa (crônico), pancitopenias (crônico). Trombocitopenia moderada a grave - menor que 50.000 plaquetas (valor de referência é 200.000 para cães e gatos 300.000
Diferencial para trombocitopenia: babesiose, leishmaniose, rangeliose (lime), linfoma, hemangiossarcoma, vasculites em geral.
	- Leucograma: podem estar normais, aumentados ou diminuídos. 
Doença crônica - linfopenia importante por mielossupressão. 
Pancitopenia - redução hemácias, leucócitos e plaquetas trás mau prognóstico - possibilidade de hipoplasia ou aplasia medular.
	- Urinálise: Proteinúria (lesão glomerular) - possibilidade de comprometimento renal permanente. 
Avaliação de relação proteína creatinina urinária (UPC). Normalmente em casos crônicos, mas na fase aguda também podem estar aumentadas.
	- Bioquímica: Hipergamaglobulinemia / Hiperproteinemia 
FA / ALT - podem estar aumentadas (fase aguda, rim é um órgão monocítico fagocitário) - infiltrado inflamatório 
Azotemia (↑ de ureia e creat)
DIAGNOSTICO ESPECÍFICO 
- SOROLOGIA / ELISA (SNAP®) – detecta presença de. Se o corpo não estiver produzindo anticorpo suficiente para ser detectado, isso não significa que a doença não exista, significa que ele não tem anticorpo, por isso o snap não é um bom exame para pós infecção. Não é usado para pós tratamento também, pois o corpo pode continuar produzindo anticorpo de 6-9 meses pós terapia já tendo eliminado o agente.
* 4DX – SNAP americana que detecta erlichiose, anaplasmose, dirofilariose e lime. Um cão pode ter mais de 1 hemoparasitose ao mesmo tempo.
- PCR: melhor exame para pós infecção, detecta antígeno ou material genético, melhor opção para pós tratamento.
	- A bactéria pode não estar presente no sangue periférico, principalmente na fase crônica, então é preciso puncionar fígado, baço ou medula para detecta-la.
- MIELOGRAMA 
- Esfregaços sanguíneos periféricos (botão leucocitário – tubo com EDTA - ou punção da margem da orelha – é feito na orelha pois é um vaso de menor calibre, o microrganismo para nessa região e é detectado com mais facilidade) - mórulas de Erlichia sp, mais usado na fase aguda.
TRATAMENTO 
Antibioticoterapia - TETRACICLINAS 
- DOXICICLINA - dose: 5 mg/Kg/Bid ou 10 mg/Kg/Sid - mínimo de 28 dias. 
Doenças crônicas até 8 semanas de tratamento. 
Hepatotoxicidade Pacientes portadores de neoplasias ou distúrbios hepáticos, fazer monitoramento.
Demora de 24-72 h para observar melhora ao tratamento. 
- MINOCICLINA - dose: 10 mg/Kg/Bid - mínimo 28 dias (muito mais cara). Entra como alternativa nos casos que o paciente não está respondendo. 
- CLORANFENICOL - dose 25 mg/Kg/Tid/28 dias 
Indicação: Animais jovens, com menos de 5 meses de idade (evitar alterações no desenv. dentário pelas tetraciclinas), má resposta a doxiciclina. Contra indicado em pancitopenias → MIELOTOXICIDADE!!!
Não é feito o uso de inibidor de bomba de prótons e H2, pois é um antibiótico que necessita de um ambiente ácido para sua absorção, se for feito o uso de protetor gástrico eu diminuo a ação do antibiótico, induzindo a resistência. Administrar o medicamento após a alimentação. Somente se o animal apresentar vomito (ranitidina ou omeprazol 1 hora antes).
- Diproprionato de Imidocarb (IMIZOL®) dose: 5-7 mg/Kg/SC ou IM - dose única, sendo repetida após 14 dias (bradicardia, sialorréia, êmese, diarréia, tremores).
Atropina prévia- 0,04 mg/Kg/SC - 15 minutos antes.
OBS: Sem eficácia comprovada contra Ehrlichia sp., não aumenta eficácia da doxiciclina, possibilidade terapia Babesia canis e Hepatozoon canis concomitantes.
	- Glicocorticóide: Quadros imunomediados (artritetes, vasculites, quadros oftálmico, NÃO usar em casos renais) - prednisona/solona - dose: 2-4 mg/Kg/SID/2-7 dias (redução de 25% em 25% a cada 2 a 4 dias, da dose atual).
	- Erlichia é resistente a quinolonas 
PROFILAXIA 
- Ausência vacinação.
- Controle ectoparasitas profiláticos. 
- Não recomendado antibioticoterapia “preventiva” - resistência antimicrobiana.
· Babesiose Canina
- Ocasionada por protozoários do gênero Babesia (Babesia canis, B. gibsoni, B. felis, B. equi, B. bigemina) - infecção mais comum em cães.
- Parasita intracelular de hemácias, promove destruição, levando a uma anemia hemolítica, ativação do sistema monocítico fagocitário, levando a esplenomegalia.
- Após picada de carrapatos do gênero Dermacentor reticulatus ou Rhipicephalus sanguineus, esporozoítos atingem hemácias na circulação → endocitose infecçãode novos eritrócitos, destruição eritrócitos.
SINAIS CLÍNICOS 
Tem sinais clínicos inespecíficos e alguns característicos. 
Com a destruição das hemácias, tem um ↑ da hemoglobina, tem ↑ de bilirrubina não conjugada, levando a icterícia, normalmente em casos crônicos.
Podendo ter também a mucosa hipocorada em quadros agudos. Quadros de vasculite, pode ter quadro neurológico, comum dor muscular, dor em articulação temporomandibular e pancreatite.
DIAGNÓSTICO 
- Hemograma / Bioquímica / Urinálise - anemia hemolítica, trombocitopenia importante (consumo devido a vasculite), bilirrubinemia, hemoglobinúria, bilirrubinúria.
	- Anemia inicialmente arregenerativa e depois regenerativa.
- Pode ocorrer leucocitose com desvio à esquerda.
- PCR 
- MIELOGRAMA 
- Esfregaços sanguíneos periféricos (punção da margem da orelha) - merozoíto de Babesia sp.: mais fácil fase aguda.
- Diagnóstico diferencial para AHAI (anemia hemolítica autoimune): corpo produz anticorpo para destruir as hemácias, e apresenta os mesmos sinais clínicos. 
TRATAMENTO
- Diproprionato de Imidocarb (IMIZOL®) dose: 5 mg/Kg/SC ou IM - dose única, sendo repetida após 14 dias (bradicardia, sialorréia, êmese, diarréia, tremores) ou 7 mg/Kg/SC ou IM - dose única 
Atropina prévia* - 0,04 mg/Kg/SC - 15 minutos antes 
Outros: Aceturato de diminazeno, isetionato de fenamidina, fosfato de primaquina (tratamento para gatos)
Suporte: dependendo do nível de anemia o paciente precisa de transfusões.
· Anaplasmose Canina
- Ocasionada por protozoários do gênero Anaplasma (Anaplasma platys), responsável pela Anaplasmose Canina.
- Parasita de plaquetas.
- Incubação de 8-15 dias
SINAIS CLÍNICOS 
Apatia, febre, prostação, mucosa pálida, hemorragia , petéquias, aumento de linfonodos, sangramento nas fezes.
DIAGNOSTICO 
- Hemograma: trombocitopenia, inclusão dentro das plaquetas.
- Sorologia (ELISA) 
- PCR
- Mielograma
TRATAMENTO 
- DOXICICLINA - dose: 5 mg/Kg/Bid ou 10 mg/Kg/Sid - mínimo de 14-21 dias.
- Demora de 24-72 h p/ observar melhora ao tratamento.
- MINOCICLINA - dose: 10 mg/Kg/Bid - 10 dias (mais cara) 
- Enrofloxacina - dose 5 mg/Kg/Bid/14 - 21 dias. Lembrar de animais jovens - alterações desenvolvimento ósseo (tetraciclinas - alterações dentárias).
· Micoplasmose Hemotrópica Felina
- Anemia infecciosa dos felinos. Única doença de hemoparasitose em felinos.
- Bactéria Mycoplasma haemofelis, M. haemominutum - inclusões intraeritrocitárias (hemácia).
- GRAM (-) ,maior resistência antimicrobiana, não cultivável in-vitro, inexistência provas sorológicas. O EDTA mata, em até 3 horas, 90% dos agentes após a coleta, sempre coletar e fazer o esfregaço e ler o mais rápido possível. 
- Transmissão: picada pulgas Ctenocephalides felis, transfusões sanguíneas, mordeduras. Machos são mais predispostos – brigas.
- Infecção inaparente ou crise hemolítica, que pode ser fatal.
- Animais imunodeprimidos, com retroviroses (FIV E FELV) tem mais chance de infecção, pois eles tem imunossupressão pro resto da vida. 
SINAIS CLÍNICOS 
Lembram a Babesiose, febre (pico de proliferação – a cada 3 dias), aumento de baco, desidratação, letargia, apatia, pode estar ictérico (anemia hemolítica), emagrecimento e palidez de mucosa.
DIAGNOSTICO 
- Histórico + presença de pulgas + acesso à rua (retroviroses – SEMPRE FAZER TESTE DE FIV E FELV, EM TODOS OS GATOS QUE ATENDER).
- Hemograma: anemia regenerativa, reticulocitose, eritrofagocitose.
- Retroviroses: geralmente anemia arregenerativa.
- Inclusões bacterianas nas hemácias esfregaço de ponta de orelha.
- PCR.
- Diferencial para AHAI (teste de Coombs).
TRATAMENTO 
Antibioticoterapia - Tetraciclina (eleição) 
- DOXICICLINA - dose: 5 mg/Kg/VO/BID/21 dias. 
Outros: Enrofloxacina (toxicidade retina – fica cego) , cloranfenicol (mielotóxico).
ESOFAGITE MEDICAMENTOSA: ele precisa receber de 5 a 10 ml de agua na sequência da administração da doxi, a doxiciclina em contato com a mucosa causa uma farmacodermia, tendo ulceração, inflamação no esôfago, não consegue se alimentar, tem sialorreia.
- Glicocorticóide: quadros imunomediados - prednisosolona - dose: 1-2 mg/Kg/SID/2-7 dias.
- Suporte: 
- Transfusões ( VG ↓)
- Orexígenos (mirtazapina): estimulante de apetite, é um antidepressivo que estimulam o cento da fome. Comps de 15 mg, administrar ¼ a cada 48 a 72 horas.
- Tubo esofágico.
DOENÇAS HEMATOLÓGICAS DE CÃES E GATOS
- A produção de todas as células do sangue se dá na medula óssea (plaquetas, leucócitos (granulados ou agranulados) e hemácias).
- Existem as células pluripotentes (célula progenitora) com capacidade de divisão para todos os tipos de células.
· Anemias
- Diminuição na quantidade de hemácias, VG ↓. 
- Pode acometer animais jovens e adultos
ETIOLOGIA 
- Intoxicações, hemoparasitoses (babesia, micoplasma), neoplasias, inflamação, doenças autoimunes, etc.
DIAGNÓSTICO 
- Histórico
- Exame físico: palidez das mucosas, apatia, intolerância ao exercício, taquicardia, sinais clínicos das doenças de base.
- TPC ↑
- Hemograma: 
- anemias regenerativas (IR≥2,5), macrocítica e hipocrômica, aumento de reticulócitos (perda de sangue, hemólise – esferocitose e empilhamento).
- anemias arregenerativas (IR ≤2,5), normocítica ou microcítica e normocrômica (doenças crônicas (hipotiroidismo), aplasia ou hipoplasia medular, deficiência de ferro, doenças endócrinas, erliquiose crônica, FELV).
· Anemia hemolítica auto imune ou imune mediada (AHAI)
- Mais comum em cães.
- Cobertura das hemácias com IgM e IgG contra a superfície da hemácia.
- Remoção pelo SFM no baço e fígado.
- Alguns medicamentos podem levar a AHAI, como a dipirona. Pode se iniciar após a administração de algum medicamento ou de forma espontânea (predisposição genética, fator ambiental, toxina).
- Policromasia com auto-aglutinação e esferocitose (perda da membrana), afuncional.
SINAIS CLÍNICOS 
Evolução aguda, febre, desmaio, depressão, intolerância ao exercício, palidez, petéquias, equimoses, icterícia (bilirrubina não conjugada), vômito, dor abdominal, dispnéia/taquipneia.
DIAGNÓSTICO
- Hemograma: anemia regenerativa, leucocitose com neutrofilia (processo inflamatório) , desvio à esquerda e monocitose, hemácias nucleadas, policromasia, esferocitose, auto-aglutinação, hemoglobinemia, bilirrubinemia.
- Teste direto de Coombs (detecta a presença de IgG ou IgM nas hemácias): Coletar o sangue do paciente com EDTA, o laboratório coloca um reagente, e se tiver o anticorpo na superfície da hemácia o sangue vai aglutinar, virar um coagulo.
TRATAMENTO 
- Corticosteroides (doses imunossupressoras): Prednisona/solona (2 a 4 mg/kg/Bid/Vo – cão; até 8mg/Kg/Bid/Vo – gato).
Somente a prednisona não é o suficiente, é preciso associar com outro medicamento: azatioprina (2 mg/Kg/sid até início efeitos – mielossupressão, NÃO usar em gatos), ciclosporina (5 mg/Kg/Sid/Vo) ou micofenolato de mofetila (30mg/kg/3adm dia). Usar a dose imunossupressora da prednisona durante 3-4 semanas, até as melhoras dos sinais clínicos, diminuir a dose de manutenção (0,5mg/Kg/Sid/EDA) 25% em 25% até mg/kg e manter o outro medicamento. 
- Suporte - transfusão sanguínea (controvérsias, gerar uma ação de destruição por ser um ‘’corpo estranho’’)
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS EM CÃES E GATOS
- Superior - Narinas, seios nasais, laringe, faringe, traquéia cervical.
- Inferior - Traquéia intratorácica, brônquios principais, brônquios, pulmões e alvéolos (músculos que auxiliam - diafragma e intercostais).
- Tipos de Secreções Respiratórias 
*Auscultação no trato inferior – crepitação
- Serosa: transparente, normalmente alergia, quadros virais (gripe).
- Mucopurulenta: processo infeccioso com envolvimento bacteriano secundário, processo inflamatório de neoplasia.
- Hemorrágica ou sanguinolenta: tempo seco, ruptura de pequenos vasos, trauma, obstrução, pólipos, tumores. 
- Tipos de Efusões Pleurais (processos que alterem o fluxo dessa região) 
* Auscultação - áreas de silêncio pulmonar
	- Quilotórax
- Hemotórax
- Piotórax
- Efusões inflamatórias (transudatos) ou neoplásicas
Doenças do Trato Respiratório Superior
· Síndromedas Vias Aéreas dos Braquicefálicos
Raças braquicefálicas desenvolvem uma síndrome (conjunto de sinais clínicos): 
- Estenose de narina: o tratamento é plástica para a abertura do canal
- Palato Prolongado: ronco, devido ao palato ser alongado, ele deita sobre a região da epiglote gerando uma reverberação. Promovendo ruído e podendo levar a dificuldade respiratória. O tratamento é cirúrgico ou com laser. É o mais comum, devido a conformação da cabeça.
- Prolapso de traqueia: baixa produção de glicosaminoglicano (proteínas que mantem a cartilagem firme). O tratamento é suplementação com condroprotetores ou cirurgia para colocação de stent traqueal.
- Bronquite Crônica.
· Rinotraqueíte Infecciosa Felina
- Processo inflamatório/infeccioso de via aérea superior (mas pode evoluir para pneumonia).
- Infecção por Herpesvírus felino tipo I (90% dos casos), Calicivirus felino, Mycoplasma sp., Clamydia psitacii (Conjuntivites). 
Tríplice: Herpesvírus felino tipo I, Panleucopenia viral felina e Calicivirus felino.
Quadrupla: Herpesvírus felino tipo I, Panleucopenia viral felina e Calicivirus felino, Clamydia psitacii.
- Altamente contagioso (internado em área separada)
- Principal causa de conjuntivite em felinos.
- Uma vez infectado, paciente fica portador permanente (principalmente herpesvírus), podendo re-agudizar em situações de estresse e imunossupressão. Quando o animal já tem a doença deve ser feita a vacinação, pois a vacina vai ativar a produção de anticorpos, deixando os sinais clínicos mais brandos. 
- Eliminação do vírus/bactéria se dá através de secreções de via aérea superior (espirros, secreção nasal e ocular) - por onde se dá o contágio e também via oral e transplacentária.
- Manifestações mais graves da doença em filhotes e imunocomprometidos.
- Pouca duração do vírus no ambiente (poucas horas) 
- Fômites podem ser fonte de contaminação 
- Após infecção - 7 dias para início dos sinais clínicos 
- Duração quadro infeccioso é de 7 - 15 dias (autolimitante – melhora sozinho)
SINAIS CLÍNICOS 
- Secreção nasal que pode variar de serosa no início dos quadros e evoluir para mucopurulenta ou sanguinolenta em quadros mais graves, úlcera de córnea, blefarite (eritema e edema palpebral), conjuntivite, prolapso glândula de harder (3ª pálpebra), úlceras orais (estomatites), quemose (inflamação da conjuntiva ocular), espirros frequentes, anorexia e perda de peso, sialorreia, febre, secreção nasal bilateral, linfadenomegalia.
DIAGNÓSTICO
- Sinais Clínicos.
- Histórico. 
- Ausência de vacinação.
- Isolamento viral - swab de orofaringe e conjuntiva (padrão ouro). 
- Imunofluorescência - raspado de conjuntiva ou nasal.
-PCR - não diferencia infecção ativa da não ativa.
TRATAMENTO 
- Colírios ou pomadas a base de cloranfenicol, tobramicina, gatifloxacino, gentamicina, eritromicina, tetraciclina, ciprofloxacina. 
- Colírios lubrificantes (uso obrigatório – no processo a bactéria muda a composição da lagrima, predispondo a ulcera de córnea).
- Colírios ou pomadas a base de corticosteroides são contraindicados (animal já está imunossuprimido, e em casos de ulcera não usar, pois impede a cicatrização, podendo piora-la).Intervalo de 10 min entre um e outro de 4 em 4 horas.
- Antibióticos sistêmicos em pneumonias ou rinites bacterianas.
- Teste de Schirmer: para avaliar o comprimento da lagrima (maior de 10 mm de comprimento). 
- L-lisina/lisimcat: aminoácido essencial que impede a replicação viral por competição por receptores virais de arginina (inibe a replicação do genoma viral ) Dose: 250 a 500 mg/animal/dia/VO/15 a 20 dias.
- Vitamina C - Acidificar secreções e evitar replicação de microorganismos Dose: 100 mg/gato/dia/VO/15 a 20 dias.
- Antivirais de uso tópico (oftálmico): No caso de conjuntivites recorrentes, sanguinolentas. Aciclovir, idoxuridina ou trifluorotimidina/ aplicações QUID ou a cada 4 horas/3 a 4 semanas (uma fina camada em cada olho). *Efeito colateral - irritação local (neste caso suspender o uso).
- Melhorar dieta, vermifugação, acesso à rua.
- Limpeza ambiente com cloro a 10 %. Limpeza liteiras e comedouros.
- Profilaxia: Vacinação, isolamento dos doentes, evitar acesso dos gatos a rua (castração), evitar estresse e imunossupressão. 
· Rinite Bacteriana
- Causadas geralmente por Bordetella bronchiseptica e Mycoplasma sp.
- São secundárias a um processo primário na cavidade nasal.
- SINAIS CLÍNICOS: secreção nasal mucopurulenta bilateral.
- DIAGNÓSTICO: swab nasal profundo p/ cultura e antibiograma 
- TRATAMENTO: antibióticos de amplo espectro a base de sulfa + trimetropim, amoxicilina, amoxicilina + clavulanato de potássio, doxiciclina ou cloranfenicol + Hidratação vias aéreas (inalação NacL o,9 %) + Mucolíticos n-acetílcisteína 5 mg/Kg/Bid/VO + tratamento da causa de base.
- Causas primárias: corpos estranhos, rinotraqueíte nos felinos, neoplasias, pólipos, doença em raiz dentária, infecções fúngicas (criptococose ou aspergilose), traumas.
- Doenças em raiz dentária: extração dentária, profilaxia bucal e uso de antibióticos que ajam em cavidade oral. 
- Prognóstico: favorável se a causa de base puder ser resolvida.
· Rinites Fúngicas Arpergillus fumigatus e Criptococcus neoformans
Aspergilose
- Habitante normal da microbiota nasal. Mais comum em cães.
- Formação de granulomas fúngicos.
- Secreção nasal mucóide a mucopurulenta (uni ou bilateral).
- Quadros patológicos em imunossupressão.
DIAGNOSTICO 
- Raio X - alteração de seios nasais (radiopacidade por aumento de fluido) - seio frontal geralmente (local mais acometido).
- Rinoscopia - alteração de ossos turbinados + placas brancas.
- Citologia - hifas fúngicas. 
- Cultura fúngica - Fecha o diagnóstico.
- Histopatologia.
TRATAMENTO 
- Clortrimazol tópico 1% (infusão intranasal - paciente anestesiado)
- Itraconazol - 5 mg/Kg/Bid/VO ou 10 mg/Kg/VO/SID - 90 dias ou mais
Criptococose
● ZOONOSE!!!
- Fungo leveduriforme - Cryptococcus neoformans 
- Relacionado à imunossupressão. 
- Contágio através de inalação das leveduras no ambiente (fezes de pombos) ou inoculação cutânea.
- SINAIS CLÍNICOS: formações nodulares (ponte nasal, plano nasal), ulceradas em face, principalmente narina, espirros, pode haver secreção nasal ou não, ruído respiratório.
DIAGNOSTICO
- Citologia Aspirativa Por Agulha Fina
- Cultura fúngica 
- Histopatologia 
- Isolamento fúngico em líquor 
- Diagnóstico diferencial: carcinoma de células escamosas, esporotricose, granuloma eosinofílico, leishmaniose, Blastomicose.
TRATAMENTO 
Antifúngicos - imidazóis 
- Itraconazol - 5 a 10 mg/Kg/SID/VO (1ª escolha).
- Cetoconazol - 10 a 20 mg/Kg/SID/VO.
- Fluconazol - 2,5 a 5 mg/Kg/VO/BID ou SID (alto custo / usado em alteração SNC) – toxicidade hepática.
- Tempo tratamento - até remissão sinais + 30 a 60 dias (monitoramento com cultura fúngica e/ou histopatologia).
· Rinites Alérgicas
Doença inespecífica Cavidade nasal é pouco comum manifestações alérgicas em cães e gatos, relacionadas a aero alérgicos como perfume, substancias químicas de limpeza do ambiente, fumaça de cigarro, poeira, pólen de planta.
- SINAIS CLÍNICOS: agudos e crônicos, espirros, secreção nasal serosa a mucopurulenta 
- DIAGNÓSTICO: histórico de alérgenos, terapêutico, biópsia nasal ou citologia - inflamação eosinofílica, descartar outras causas de secreção nasal.
- TRATAMENTO: Identificação e remoção do alérgeno.
- Anti-histamínicos: dexclorfeniramina 2mg/gato/TID ou BID/VO; 
- Hidroxizine 2-3 mg/Kg/BID/VO cães (não respondem tão bem aos anti-histamínicos, pois não secretam tanta histamina em processos alérgicos).
- Corticosteróides: prednisona ou prednisolona 0,5 mg/Kg/BID/VO.
· Pólipos Nasofaríngeos
- São formações benignas (tecido fibroso) que ocorrem com mais frequência em cães filhotes e gatos jovens (herpesvírus), normalmente unilateral.
- Origem desconhecida, estão fixados a tuba de Eustáquio (região nasal onde ele costuma ficar fixado, que tem comunicação com orofaringe).
- Podem se estender para dentro do canal externo do ouvido, ouvido médio, faringe e cavidade nasal.
- Pólipos são formadosde tecido inflamatório, tecido conectivo fibroso e epitélio
- SINAIS CLÍNICOS: estertores respiratórios, obstrução de via aérea superior e secreção nasal mucopurulenta unilateral (lado acometido), otite externa/média recorrente, head tilt, nistagmo ou síndrome de Horner (alteração do diâmetro palpebral, prolapso da glândula da 3ª pálpebra e anisocoria – diâmetro desigual das pupilas) .
- DIAGNÓSTICO
- Raio X: opacificação de tecidos moles acima do palato mole e opacificação de bula timpânica; visualização a olho nu de massas na otoscopia ou visualização das narinas, rinoscopia, TC, definitivo histopatologia.
- TRATAMENTO: excisão cirúrgica / ablação de conduto auditivo.
Doenças do Trato Respiratório Inferior
· Colapso de Traquéia
- Diminuição da produção de glicosaminoglicanos dos anéis da cartilagem da traqueia, causando diminuição da luz traqueal e consequentemente diminui a oferta de O2 para os pulmões. Diminuição hidratação da cartilagem e promove flacidez da traqueia. Mais comum em cães de pequeno porte, ate 10 kg ou em braquicefálicos. 
- Cervical ou intratorácico.
-Maior predisposição (primário/genético), Hipotiroidismo ou Hiperadrenocorticismo (↓ síntese de colágeno (secundário).
- Durante a inspiração colapso na porção cervical e na expiração a região torácica colapsa, então ficar atendo no momento de fazer o raio-x.
SINAIS CLÍNCOS 
Tosse crônica, cianose, dispnéia, taquipnéia, pioram durante a atividade física ou uso de coleiras cervicais.
Tosse crônica - inflamação - diminui “clearence” mucociliar da traquéia - predisposição a infecções - traqueítes e broncopneumonia.
*Ao exame físico podem OU não apresentar tosse a palpação cervical.
DIAGNÓSTICO
- Histórico e sinais clínicos; descartar pneumonias e doenças de origem cardiovascular.
- Radiografias múltiplas: estreitamento da passagem do ar.
- Traqueoscopia / Broncoscopia.
- Fluoroscopia (contratados).
TRATAMENTO
- Instruções ao proprietário (agitação, passeio), usar peitorais ao invés de coleiras, evitar situações de estresse e calor intenso.
- Controle do peso 
- Condroprotetores: sulfato de condroitina, colágeno, UC2 (pro resto da vida)
Colapso intratorácico (traqueia torácica)
- Broncodilatadores: 
Teofilina (10mg/kg/BID).
Beta-agonistas: terbutalina (0,6-2,5mg/cão BID), albuterol (50 ug/kg/TID) - reações gastrointestinais, taquicardia (diminuir dose), cuidado com cardiopatas
- Antibioticoterapia (5 a 7 dias): presença de secreções ou muco excessivo, nos casos de pneumonia secundaria, bactérias no lavado traqueobrônquico 
Doxiciclina Ampicilina Amoxic. + ác. Clavulânico.
- Supressores da tosse: se não há infecção bacteriana, tosse paroxística e pneumonia secundária.
Butorfanol (0,5-1mg/kg/BID ou TID/IM ou VO) – emergência 
Hidrocodona (0,2mg/kg/TID ou QID/VO) - sonolência, dependendo do caso é usado por toda vida em doses baixas
Codeína (0,3 mg/Kg/BID ou TID/VO), pode ser usado contínuo
- Corticoides - casos refratários de tosse e inflamação (efeitos adversos), não usar em pneumonia secundária – imunossupressão.
Prednisona - 0,5mg/kg/BID/3 dias e SID 3-5 dias, reduzir dose até máximo 3 a 4 semanas.
Colapso extratorácico (traquéia cervical)
- Cirúrgico (III e IV grau)
Dilatadores de traqueia.
Anéis internos (stent traqueal) ou externos.
· Bronquite em Felinos (Asma Felina)
- É um processo alérgico, que produz anticorpos (IgE) a nível pulmonar, frente a alguma substância inalante que causa reação alérgica (agua, pólen, pele de animais, fumaça de cigarro e algumas vezes a alimentos), que causa edema da parede bronquial e aumento da secreção do trato respiratório.
- Asma brônquica ou bronquite aguda, bronquite crônica, enfisema.
- Espécie predisposta, siameses e descendentes jovens, gatos SRD também podem ser acometidos.
- Etiopatogenia: inflamação e hiperatividade individual das vias respiratórias a estímulos externos (antígenos-alérgenos).
SINAIS CLÍNICOS 
-Dispneia intensa (expiração – trato inferior), cianose, tosse ocasional (semelhante a engasgo).
- Auscultação pulmonar: sibilos.
- Postura de esfinge, boca aberta, cabeça baixa, deixa de se limpar.
DIAGNÓSTICO 
- Sinais clínicos, excluir outras causas de tosse e dispnéia (rinotraqueíte infecciosa felina, neoplasias, efusão pleural – PIF, ICC, parasitas pulmonares).
- Raio X: poucas alterações - aumento da densidade brônquica, pulmões hiperinflados, aerofagia, congestão pulmonar.
- Lavado traqueobrônquico ou broncoalveolar (necessita de sedação): muco, predomínio de eosinófilos (asma brônquica), neutrófilos, macrófagos (bronquite aguda ou crônica), bactérias (bronquite crônica).
TRATAMENTO 
- Quadro agudo (crises): Oxigenioterapia SEMPRE COM SOLUÇÃO FISIOLÓGICA (máscara, gaiola, sonda nasal) Nebulização - NacL 0,9 % (gaiola). 
- Corticosteróides - dexametasona (0,2 a 2,2mg/kg /IV, IM) 
- Broncodilatadores: aminofilina (5mg/kg/IV) ou terbutalina (0,01mg/kg/ IV ou IM).
- Sedativos / Tranquilizantes (quadros de crise): metadona, butorfanol.
- Prednisolona - 1 mg/kg/BID/VO/2 semanas - diminuir dose gradualmente ou Fluticasona - Spray - 50 - 250 mcg / animal / inalatório/BID ou SID/ 30 dias e reduzir a dose gradativamente
Tratamento casos refratários
- Antibioticoterapia: doxiciclina (5mg/kg/BID/VO/3 semanas) 
- Mudar corticóide e broncodilatador 
- Dieta hipoalergênica: as vezes a alergia é devido a alimentação.
- Ciclosporina? Imunossupressor de uso crônico, alternativa para o tratamento de caso crônico.
- Homeopatia? É indicado também como alternativa de tratamento.
· Pneumonias ou Broncopneumonias
- Processo inflamatório e infeccioso pulmonar.
- Etiologia: viral, bacteriana, por aspiração, fúngica, toxoplasmose, parasitária, eosinofílica.
- Viral: vírus da cinomose, traqueobronquite infecciosa canina, adenovírus tipo 2, parainfluenza, Coronavírus (PIF).
Fúngica: blastomicose, histoplasmose, coccidioidomicose, aspergilose (envolvimento pulmonar e sistêmico).
SINAIS CLÍNICOS - FÚNGICA
- Sinais progressivos respiratórios, febre, perda de peso, linfadenopatia, coriorretinite.
DIAGNOSTICO – FÚNGICA
- Raio X - padrão intersticial nodular difuso dos pulmões (diferenciar de doenças neoplásicas, infecções bacterianas atípicas - Ex.: Mycoplasma sp. – tuberculose), parasitárias e eosinofílica. 
- Lavado broncoalveolar + Cultura fúngica. 
- Tratamento: antifúngicos sistêmicos (longos períodos min 6 meses).
Parasitária: Capillaria aerophila, Paragonimus kellicotti, Aelurostrongylus abstrusus (gatos). Não é comum, pois sempre é feito sempre o uso de antiparasitário.
SINAIS CLÍNICOS – PARASITÁRIA
- Semelhante bronquite alérgica, dispneia intensa (expiração – trato inferior), cianose, tosse ocasional (semelhante a engasgo).
DIAGNOSTICO – PARASITÁRIA
- Sinais clínicos, radiografias, identificação de ovos ou larvas no lavado traqueal ou coproparasitológico (falso negativo).
TRATAMENTO – PARASITARIA 
Antihelmínticos: 
(a,b) fenbendazol (25-50mg/kg/BID/14 dias)
(b) praziquantel (25mg/kg/TID/2 dias) 
(a) levamizol (8mg/kg/10-20 dias)
(a,c) ivermectina (0,02 gatos - 0,04mL/kg cães – dose única)
 Capillaria aerophila (a) 
Paragonimus kellicotti (b)
Aelurostrongylus abstrusus (gatos) (c)
	Bacteriana: fatores predisponentes ou doenças associadas (diminuição no “clearence” pulmonar.
- Bronquite crônica.
- Imunossupressão por fármacos.
- Desnutrição, estresse.
- Doenças endócrinas, infecções virais primárias (leucemia felina, cinomose), infecções fúngicas ou parasitárias.
- Aspiração de conteúdo gástrico ou inalação de corpos estranhos.
- Neoplasias.
- Bactérias associadas: Pasteurella sp., Klebsiella sp., Escherichia coli, Pseudomonas sp., Staphylococcus sp., Streptococcus sp., Bordetella bronchiseptica 
- Bactérias anaeróbicas: nas infecções mistas e por aspiração 
- Mycoplasma sp.: mais raro, gatos.
· Pneumonia por aspiração 
- Fatores predisponentes: Megaesôfago Vômito crônico (pancreatite, hepatopatias, doenças renais), defeitos anatômicos (fenda palatina) Disfagia por alterações na consciência, disfunção da laringe. É a mais grave de todas, pois traz suco gástrico para a região pulmonar.
-Gravidade depende do pH e volume do conteúdo aspirado, é a mais grave de todas, pois traz suco gástrico para a região pulmonar.
1- Ocorre diluição e desnaturação do surfactante 
2- Broncoconstricção 
3- Colapso dos alvéolos e atelectasia pulmonar
SINAIS CLÍNICOS 
- Respiratórios: tosse produtiva (rara em felinos), secreção nasal mucopurulenta bilateral, intolerância ao exercício, dispneia, febre pode estar presente.
- Auscultação pulmonar - crepitação, sibilos expiratórios (ocasionalmente predominantes nos lobos pulmonares cranioventrais).
DIAGNÓSTICO
- Sinais clínicos, hemograma (monocitose).
- Radiografias torácicas: padrões radiográficos variam com doença de base - Padrão brônquico ou alveolar e intersticial com consolidação brônquica. Excluir existência de megaesôfago.
- Lavado traqueobrônquico (solução fisiológica estéril)
- Citologia 
- Cultura
TRATAMENTO
- Antibioticoterapia: empírica ou pela cultura e antibiograma do lavado traqueobrônquico. Período longo: 4 a 6 semanas ou manter 1 semana após a remissão dos sinais clínicos 
- Amoxicilina + ácido clavulânico - 20-22mg/kg/BID/VO (infecções resistentes por bactérias produtoras de beta-lactamase).
- Cefalexina - 15 - 30 mg/kg/BID ou TID/VO.
- Antibioticoterapia: CÃES 
- Enrofloxacina e doxiciclina: infecções mistas e resistentes por Gram negativos, anaeróbicos ou Mycoplasma sp. 
- Amoxicilina + ac. clavulânico 
- Sulfa e trimetoprim, cefalexina 
- Amicacina, gentamicina(pode ser usado nas inalações): infecções com gram negativos e anaeróbicos
	- Antibioticoterapia: GATOS 
- Azitromicina, enrofloxacina, clindamicina, doxiciclina, amoxicilina+clav. potássio 
- Enrofloxacina e doxiciclina: Infecções por Bordetella bronchiseptica. CUIDADO: enrofloxacina em gatos (atrofia súbita de retina, cegueira permanente - dose: 2,5 -5 mg/kg/SIDou BID/VO).
	- AINE: piroxicam, meloxicam.
-Oxigenioterapia. 
-Hidratação das vias aéreas - Nebulização com solução salina (inalação).
-Tapotagem. 
- Mucolíticos.
NÃO USAR: Corticosteróides(não usar em pneumonia pois faz imunossupressão), diuréticos (pois desidratada a secreção e ela fica mais consolidada e ele não consegue eliminar a secreção), supressores da tosse (pois ele precisa eliminar a bactéria).

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