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Afecções do aparelho locomotor de equinos Patologia cirúrgica veterinária Deformidade angular potros Defeito no esqueleto- Comum MT´s, animais c/ crescimento rápido, musculosos e pesados. Congênita X Adquirida em um ou dois membros Mecanismo de ação- Ocorre na cartilagem em ossos longos, e na metáfise (ossos de transição), afetada por aumento da compressão, inibição da atividade da placa fisária, diminuição da compressão resulta em estimulação da placa fisária. Histologicamente- Reduz suprimento sanguíneo, atraso na produção de condrócitos, sobre a face epifisária da cartilagem e consequente retardo na formação óssea. Desvio medial- Valgus, fechamento, com compressão medial. Desvio lateral- Varus, abertura p/ fora. No carpo medial está tendo maior compressão. Diagnóstico- Por sinais, Rx sentido antero-posterior (cima p/ baixo, linha centralizada p/ medir o grau. Tratamento- < 4 graus, confinando potros em baias (restringir), casqueamento corretivo e manejo nutricional. 4 graus imobilização c/ talas de PVC (na frente e atras). > 4 graus cirúrgico (se for novo eu tento a clínica), grampos ortopédicos, dupla compressão c/ parafusos e arame ortopédico, transecção periosteal ou osteotomia.Transecção do periósteo- Quando o tratamento não dá certo, após localização da placa epifisária distal incisão transversa (T), deixa periósteo aberto, p/ produção de céls novas, faz no local menos comprimido. Deslocamento dorsal da patela Fixação ou luxação dorsal da patela- Patela desloca dorsalmente sem romper ligamentos patelares, ocorre por hereditariedade e animais jovens, tônus muscular no MP´s, presa no sulco femoral + traumas durante locomoção. Temporário (intermitente)- Agudo, ao caminhar estende o membro para trás, patela perde a relação articular, no ligamento femurtíbiopatelar medial, membro em hiperextensão, ao caminhar arrasta a pinça no solo, ouve- se um “estalo” patela “destrava” e volta a posição anatômica normal. Permanente- Mesmo do temporário, hiperextensão membro permanente. Diagnóstico- Sinal clínico, palpação, patela situada mais dorsalmente e tensão exagerada do ligamento medial e médio, impossibilidade de flexão da articulação. Tratamento- Fortalecimento musculo, terapias alternativas (acupuntura, kinesiotape). Cirúrgico p/ não prender a patela lá em cima, desmotomia do ligamento patelar medial. A cirurgia deve ser aos casos de fixação dorsal da patela irresponsivos a outros tratamentos. Aplicação da solução contrairritante 2mL na região subcutânea, no sentido longitudinal dos ligamentos patelares medial e intermédio. Sesamoidite Principalmente MT´s, animais de salto e corrida, localizada devido traumatismos sobre o boleto, inflamação dos ossos sesamóides proximais e seus ligamentos. Proximal- Boleto na região medial lateral, ocorre mais no tendão profundo. Distal- Navicular, mais comum por conta do recebimento do boleto metacarpo falangeana. Manifestações clínicas- Dependem do grau de comprometimento dos ligamentos e ossos, intensa claudicação, apoio da pinça ao caminhar (dor devido à pressão), em repouso alterna o apoio, aumento volume boleto, aumento temp e muito sensível a palpação. Diagnóstico- Sinais, radiografia boleto (rarefação da superfície óssea). Tratamento- Repouso min. 60 dias, liga de descanso (panos que fazem compressão), corticoides (hidrocortisona 1-4 mg/kg/ gotejamento IV lento) ou dexametasona 0,02-0,2 mg/kg/SID, ferraduras ortopédicas (rampões 1-3 cm de alt), aliviar tensão dos ligamentos e ossos. Aplicação tópica substâncias heparinóides. Doença do navicular Podotrocleose- Causa+frequente de claudicação crônica nos MT’s em atletas. Burça separa tendão do navicular p/ evitar atrito entre elas, aponeurose onde o TFDP se encaixa. Fatores predisponentes: trabalho, corridas longa distância e c/ obstáculos, esbarros (prova de rédeas), prova do laço, idade (4-15 anos), desequilíbrios Ca:P; (normal 1:1), ferrageamento incorreto, aprumos. Sinais- Claudicação intermitente (conforme o tempo de trabalho, claudicação quente, precisa estar aquecido), arrasta a pinça, poupa o membro (parado). Diagnóstico- Sinais (locomoção e apoio), prova da rampa (extensão forçada 2 min), claudicação, Rx (skyline, lise óssea, deformidade). Tratamento- Repouso (liga de descanso), ferrageamento adequado, aines fenilbutazona 2.2-4.4 mg/kg/IV/3 a 5 dias, corticóideintra-bursal: triancinolona 10mg, neurectomia (corta um pedaço do nervo p/ perder a dor, mas diminui a vida útil do animal, pois não vai dar p/ saber quando está c/ dor), procedimento paliativo radical. Osteíte podal Processo degenerativo da falange distal- Desmineralização, inflamação ou infecções interiores, lesão por processo inflamatório crônico (laminite), ferimentos perfurantes, contusões no casco, fatores predisponentes nutricionais. 1- Osteíte difusa total acomete parte da falangedistal (onde se encaixa navicular). 2- Osteíte angular na apófise angular (uni/ bilateral). 3- Osteíte piramidal: acomete processo extensor do tendão extensor digital comum/longo. 4- Osteíte semilunar acomete crista semilunar. 5- Osteíte palmar acomete palma ou borda marginal da falangedistal. Sinais- Dor, claudicação de apoio, sensibilidade difusa ou focal (pinçar por todos os locais), poupa membro afetado. Diagnóstico diferencial- Contusão solear, rx. Prognóstico- Grave (irreversibilidade da rarefação). Tratamento- Repouso, pedilúvios com água fria (gelo), ferrageamento corretivo, subs recalcificantes (cloreto de Ca): 20g/dia na ração, AINES fenilbutazona 2.2-4.4 mg/kg/IV/3 dias ou flunixin meglumine 1.1 mg/kg/IV ou IM/3 dias. Aposenta animal, pois não tem muito o que fazer. Necrose de ranilha Dermovilite exsudativa- Na ranilha, amolecimento (locais úmidos e penetra bactéria), destruição da camada córnea, necrose enegrecida + odor fétido. Causas- Falta de higiene (fezes/urina), talões elevados, não permite que toque o solo, acumulando sujidade. Sinais- Necrose c/ secreção fétida, destruição da estrutura ranilha, sem claudicação (vai depender da extensão). Tratamento- Higiene instalações e animal, casqueamento periódico, lavagem água e sabão, retira todo tecido necrótico (rineta, material de casqueamento), antissépticos formol a 5%+tintura de iodo a 10%, curativo local (primeiros 7 dias), anti pergamato de potássio (pedilúvio de 15-20min). AINES sistêmicos, perfusão regional,antibiótico. Fissura e fratura do casco Soluções de continuidade que alteram muralha do casco- Longitudinais, transversais, fissuras, rachaduras superficiais, fraturas profundas, atinge tecidos sensitivos, o excesso de cumprimento de sola espessa o animal não consegue absorver o impacto, fratura por qualidade do casco defeito de aprumos, esforço exagerado, ferimentos, ferraduras inadequadas Sinais- Visualização da lesão, dor, secreção purulenta, impotência funcional membro. Tratamento (preventivo)- Higiene casco, casqueamento periódico, lanolina a cada 15 dias nos cascos. Tratamento (curativo)- Fissuras razamento (licha), fraturas, antissépticos, antibiótico sistêmico ou regional, suturas e resina. Evulsão do casco exungulação Descolamento do casco- Separação casco do tegumento subcórneo (tecido podofiloso), primário traumas violentos (arame liso), secundário laminite, lesões inflamatórias ou purulentas. Sinais- Intensa claudicação, descolamento da coroa, toda faixa germinativa (total) ou na região dos talões (parcial). Prognóstico e tratamento- Primário grave (deslocamento total da coroa do casco), faz eutanásia, já no secundário tem possibilidade de cura se ocorrer deslocamento parcial da coroa do casco. Pedilúvios antissépticoc/ permanganato de potássio (diariamente), glicerina iodada ou nitrofurazona (auxiliar a regeneração), antibióticos (penicilina 40.000 UI/kg/72h), AINES, liga de descanso (membro contralateral).
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