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TEORIA GERAL DO PROCESSO EXERCÍCIO 1 -- AULA 1 1. (TJ/RJ 2012 - FCC) - São formas previstas processualmente de composição de litígios: a reclamação administrativa junto ao Procon, a tutela jurisdicional estatal e a autotutela, excluída a autocomposição. a tutela jurisdicional por meio do Judiciário, a autotutela e a autocomposição, que inclui a transação. o desconto em folha de pensão alimentícia, a tutela jurisdicional estatal e a autocomposição, excluída a autotutela o desconto em folha do imposto de renda por parte da Receita Federal, a reclamação junto ao Procon e a tutela jurisdicional do Estado, apenas. o linchamento do agressor, a autotutela e a autocomposição Explicação: Ensina a doutrina que os chamados meios alternativos de solução de conflitos são formas de resolução de um conflito que não são impostas pelo Poder Judiciário. Elas podem até mesmo ter participação do Judiciário, mas a decisão final acerca da solução não será dada por um magistrado, como ocorre em uma audiência de conciliação após a propositura de uma demanda judicial, por exemplo. Dentre as principais formas de métodos alternativos de solução de conflitos, destacam-se as seguintes: ¿ Autocomposição - Representa uma forma mais evoluída de resolução dos conflitos e implica em uma convenção entre as partes litigantes, para mediante concessões unilaterais ou bilaterais, porem fim à demanda. A resolução do litígio se dá por obra dos próprios litigantes que exige uma expressão altruísta, pois deriva de atitude de renúncia ou reconhecimento a favor do adversário. ¿ Conciliação- as partes litigantes buscam, por meio de uma terceira pessoa imparcial, chamada de conciliador, obter um acordo que seja benéfico aos dois lados; ¿ Mediação - é muito semelhante à conciliação, porém o terceiro imparcial neste caso não interfere em uma possível saída, apenas ajuda as partes a restabelecerem a comunicação entre elas, as quais deverão encontrar sozinhas uma solução plausível. É aplicada para casos mais complexos, enquanto a conciliação em casos mais simples; ¿ Arbitragem - as partes litigantes estabelecem que o conflito será decidido de forma impositiva por um terceiro, que será um árbitro. Isso torna a arbitragem muito semelhante a um processo judicial, mas ao invés da morosidade do Judiciário, as partes dependem de uma Câmara Arbitral. No Brasil, o diploma legal que atualmente rege a Arbitragem é a Lei nº. 9.307, de 23 de setembro de 1996. Com o arbitramento obrigatório, surge a jurisdição, última etapa na evolução dos métodos compositivos do litígio. - Autotutela ou autodefesa - A autotutela define-se como um método de composição de litígios determinado pela ausência de um juiz independente e imparcial e pela imposição da vontade de uma parte sobre a outra. No entanto, existem no ordenamento jurídico hipóteses excepcionais em que o Estado, ciente de sua incapacidade de estar presente em todas as situações possíveis, permite ao titular de um direito a autotutela. São situações específicas, que pressupõe autorização da lei para o seu exercício, como por exemplo, a legítima defesa pessoal ou de terceiro, autorizada no Código Penal e a legítima defesa da posse, prevista no Código Civil. 2. (TJ/MG) - Em relação a Arbitragem, assinale a alternativa INCORRETA. http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp O compromisso arbitral judicial celebrar-se-á por termo nos autos, perante o juízo ou tribunal, onde tem curso a demanda. O compromisso arbitral extrajudicial será celebrado por escrito particular, assinado por duas testemunhas, ou por instrumento público. Existindo cláusula compromissória e havendo resistência quanto à instituição da arbitragem, poderá a parte interessada requerer a citação da outra parte para comparecer em juízo a fim de lavrar-se o compromisso. No procedimento do juízo arbitral serão, sempre, respeitados os princípios do contraditório, da igualdade das partes, da imparcialidade do árbitro e de seu livre convencimento. Não havendo acordo prévio sobre a forma de instituir a arbitragem, esta não poderá mais ser instituída. As partes poderão postular por intermédio de advogado, respeitada, sempre, a faculdade de designar quem as represente ou assista no procedimento arbitral. Explicação: Não havendo acordo prévio sobre a forma de instituir a arbitragem, a parte interessada manifestará à outra parte sua intenção de dar início à arbitragem, por via postal ou por outro meio qualquer de comunicação, mediante comprovação de recebimento, convocando-a para, em dia, hora e local certos, firmar o compromisso arbitral. Não comparecendo a parte convocada ou, comparecendo, recusar-se a firmar o compromisso arbitral, poderá a outra parte propor a demanda perante o órgão do Poder Judiciário a que, originariamente, tocaria o julgamento da causa (art. 6º, Lei 9.307/96). 3. Há diversos meios adequados à resolução de conflitos. Essa nova ideologia exige um novo repensar do papel dos advogados, acostumados a recorrer imediatamente ao Judiciário, mas que deverão adotar postura mais construtivista no sentido de verificar, a partir do conflito, qual é o melhor meio de solucioná-lo, levando em conta o tempo, custo e tempo da decisão.Então, o advogado terá papel preventivo, auxiliando a negociação das partes. E, mesmo que, ao final, o conflito não se resolva entre as partes, ele poderá ir ao Judiciário ou à arbitragem. Assinale a alternativa que representa um entendimento inadequado ou equivocado ao que se refere à arbitragem. No cumprimento da sentença arbitral, o NCPC não a manteve no rol dos títulos executivos judiciais e o Judiciário deve rever o mérito da decisão arbitral, além disso há obrigatoriedade da homologação da sentença arbitral pelo Judiciário para que ela se torne válida. Há limites da arbitragem, porque essa ampla liberdade para convencionar sobre o processo arbitral é chamada de ¿liberdade vigiada¿ pela doutrina, pois encontra limites nos princípios cardeais do devido processo legal, quais sejam: o contraditório, a igualdade entre as partes, a imparcialidade dos árbitros e o livre convencimento motivado. O art. 3° do NCPC aponta a arbitragem como forma de resolução de conflito, o que, no entender de muitos juristas, significa o reconhecimento da função jurisdicional da arbitragem. Inclusive, hoje, o desafio é democratizá-la, tornando-a mais acessível à população e não concentrada apenas nos grandes centros econômicos. O Código de Processo Civil não se aplica em sua integralidade ao procedimento arbitral, porque é realizado com vistas a regular a jurisdição estatal. Entretanto, pode haver, http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp em alguns casos, necessidade de interlocução quando há cooperação entre o árbitro e o poder Judiciário. A carta arbitral, por exemplo, é meio de comunicação entre o árbitro e o juiz, estabelecendo uma relação de cooperação entre o Judiciário e a arbitragem. Jurisdição e arbitragem são formas de composição do litígio; além disso, hoje, majoritariamente, se diz que a arbitragem é jurisdição, porque também proporciona a composição da lide de forma definitiva. Explicação: No cumprimento da sentença arbitral, o NCPC a manteve no rol dos títulos executivos judiciais e o Judiciário não revê o mérito da decisão arbitral, nem tampouco há a homologação da sentença arbitral pelo Judiciário Gabarito Coment. 4. São princípios da arbitragem, exceto: Autonomia da vontade e autonomia privada. Devido processo legal. Inafastabilidade do controle jurisdicional. Efeito vinculante da cláusula arbitral. Inevitabilidade dos efeitos da sentença arbitral. Explicação: A inafastabilidade do controle jurisdicional é um princípio processual estudado na aula 2. Gabarito Coment. 5. A conciliação e a mediação representam uma composição autocompositiva, dentro de um método consensual e distinta da composição heterocompositiva, dentro de um método adversarial. A importância de se conhecer a existênciadas diferenças existente entre esses métodos consensuais está na condução do processo de mediação ou de conciliação. Assinale a alternativa INCORRETA acerca do entendimento sobre mediação ou conciliação. Admite-se a utilização de técnicas negociais para proporcionar um ambiente mais http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp favorável à conciliação ou à mediação. Muitos elementos da negociação são trabalhados pelas ciências da administração, psicologia, dentre outras, de modo que o profissional do direito deverá ter uma visão transdisciplinar sobre o tema para encontrar a melhor forma de aproximar as partes. A mediação e a conciliação deixam, pois, de ser intuitivas para se tornarem técnicas. No processo, dentro do método consensual, o Estado devolve às pessoas o poder que elas sempre tiveram para solucionar seus conflitos. Empoderam-se as pessoas para que conversem, identifiquem os seus interesses e cheguem a uma solução, a qual será mais justa e efetiva do que a imposta pelo Estado. É preciso se preocupar com a efetiva comunicação e trabalhar o conflito de interesses, por isso, o mediador e o conciliador são vistos como catalizadores de uma conversa para culminar em uma solução encontrada pelas partes. O conciliador e o mediador devem relatar ao juiz o que aconteceu em uma sala de mediação e conciliação. Esses profissionais, que participam do processo de conciliação ou mediação, podendo ser o conciliador, o mediador ou quaisquer outros auxiliares da justiça, não têm o dever de sigilo em relação ao juiz, pois trabalham de modo cooperativo, razão por que não se afastam da regra geral de publicidade do processo. Na verdade, tudo aquilo que acontece na sala de mediação ou conciliação se dá com o propósito de propiciar às partes maior abertura, para que cheguem a uma solução construída por elas. Caberá ao condutor da mediação assegurar a igualdade de tratamento entre as partes e o amplo contraditório, averiguando se, no caso concreto, não existe qualquer forma de constrangimento. A ideia de que o mediador não intervém no mérito tem um simbolismo todo especial, pois representa um estimulo às partes para encontrarem, por elas próprias, um resultado que considerem justo. As doutrinas lançadas sobre o Novo Código de Processo Civil mencionam tão somente o aspecto da independência das partes ou do mediador e do conciliador em relação ao juiz. Contudo, esse princípio abrange também a independência do processo de conciliação e mediação. Explicação: Não é mais possível o conciliador e o mediador relatar ao juiz o que aconteceu em uma sala de mediação e conciliação, por ser um ambiente confidencial e seguro. Esses profissionais, que participam do processo de conciliação ou mediação, podendo ser o conciliador, o mediador ou quaisquer outros auxiliares da justiça, têm o dever de sigilo. Tudo aquilo que acontece na sala de mediação ou conciliação se dá com o propósito de propiciar às partes maior abertura, para que cheguem a uma solução construída por elas. Em suma, o processo de conciliação ou de mediação tem como elemento distintivo a confidencialidade, afastando-se da regra geral de publicidade do processo. Gabarito Coment. http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp 6. Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta: I. A autotutela é forma compositiva autônoma na qual é defeso o fenômeno da jurisconstrução. II. A conciliação e a mediação podem ser percebidas como formas autocompositivas endoprocessuais. III. A forma heterônoma de composição de conflitos tem como característica a imposição de decisão por terceiro. IV. A renúncia ao direito é percebida como forma heterocompositiva de conflitos. Estão corretas as alternativas I,II,III. Estão incorretas as alternativas I,III e IV. Estão corretas as alternativas I e IV. Estão incorretas as alternativas III e IV. Estão corretas as alternativas II e III. 7. (BIO/RIO/EMGEPRON/2014/Advogado - Adaptada) - Nos termos da lei de arbitragem, o arbitro deve: ser da confiança das partes. possuir ensino médio completo. ser de nível superior. sofrer nomeação pelo Supremo Tribunal Federal. sofrer nomeação pelo Juiz. 8. ((DPE/AM/ 2018) - A respeito da conciliação e da mediação, o atual Código de Processo Civil dispõe que: o não comparecimento injustificado do réu na audiência de tentativa de conciliação ou mediação acarretará na sua revelia e na sua condenação ao pagamento de multa. as diferenças entre as espécies autocompositivas (conciliação e mediação) decorrem da diferença do papel do conciliador e do mediador, e da inexistência ou existência de relação prévia entre as partes envolvidas no litígio a audiência prévia de tentativa de autocomposição deve ser dispensada nos casos em que se discutam direitos indisponíveis, tais como as ações envolvendo investigação de paternidade, divórcio e alimentos. o conciliador pode servir como testemunha em relação às tratativas entre as partes litigantes presenciadas em sua atuação, desde que mantenha condição de imparcialidade. a audiência de tentativa de conciliação ou de mediação pode ser dispensada mediante prévia manifestação de desinteresse de qualquer das partes quanto à solução consensual. Explicação: http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp No Brasil, conciliação e mediação são vistos como meios distintos de solução de conflitos. Essa visão decorre, em grande parte, da evolução histórica desses instrumentos entre nós. O Código de Processo Civil (Lei n. 13.105/2015) reafirmou essa diferenciação no artigo 165. Na conciliação, o terceiro facilitador da conversa interfere de forma mais direta no litígio e pode chegar a sugerir opções de solução para o conflito (art. 165, § 2º). Já na mediação, o mediador facilita o diálogo entre as pessoas para que elas mesmas proponham soluções (art. 165, § 3º). A outra diferenciação está pautada no tipo de conflito. Para conflitos objetivos, mais superficiais, nos quais não existe relacionamento duradouro entre os envolvidos, aconselha-se o uso da conciliação; para conflitos subjetivos, nos quais exista relação entre os envolvidos ou desejo de que tal relacionamento perdure, indica-se a mediação. Muitas vezes, somente durante o procedimento, é identificado o meio mais adequado. Art. 165 do CPC, in verbis: § 2o O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem. § 3o O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos.
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