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CASO CONCRETO 9 DIREITO PRATICA SIMULADA III PENAL PROFESSOR: Valdinei Rangel da Silva ALUNA: Pamela Rejane MATRICULA: 2016.028.44992 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XX VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL PROCESSO Nº.: XXXXXXXX IMPETRANTE, nacionalidade XXX, estado civil XXX, profissão XXX, portador do documento de identidade nº XXX, incrito no CPF sob o nº XXX, residente e domiciliada na XXX, vem impetrar HABEAS CORPUS PREVENTIVO COM PEDIDO LIMINAR Com fundamento no artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição da República Federativa do Brasil, em favor de SARAJANE, nacionalidade XXX, estado civil XXX, profissão XXX, portador do documento de identidade nº XXX, incrito no CPF sob o nº XXX, residente e domiciliada na XXX, contra coação ilegal a ser praticada pelo delegado de polícia da Capital, pelos seguintes fatos e fundamentos jurídicos: I – FATOS O Delegado do Distrito Policial da Capital determinou, aos agentes policicias a ele subordinados, que realizassem a prisão de todas as garotas de programa que atuam na região, pois pretende restabelecer os bons costumes na cidade, como afirmou em entrevista à rádio local. Horas após a ordem, os agentes de polícia realizaram as primeiras prisões. A PACIENTE, que atua como acompanhante na localidade, passou a temer ser presa no horário em que realiza os seus encontros, razão pela qual deixou de fazê-los. II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS A conduta da AUTORIDADE COATORA é plenamente ilegal, pois é fato notório a atipicidadade da prática da prostituição. Como não há crime, inexiste também a possibilidade de prisão em flagrante pelo delegado, sendo essa a única possibilidade de prisão a ser feita por ele, diante da absoluta incompetência, uma vez que, conforme previsão constitucional, ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente. A AUTORIDADE COATORA ignora todos os preceitos legais e vale-se meramente de valores pessoais na tentativa de “restabelecer os bons costumes na cidade”, abusando da autoridade a ele designada. Diante do exposto, é evidente, com fulcro no art. 648, incs. I e III, a coação ilegal praticada pela AUTORIDADE COATORA ao decretar, sem nenhuma competência e sem justa causa, a prisão à aqueles que desempenham a prostituição. III – LIMINAR Conforme demonstrado, a PACIENTE está privada do diereito fundamental de locomoção e os fundamentos apresentados deixam claro a possibilidade do direito da PACIENTE . O perigo da demora está presente não só no bem jurídico, a liberdade de locomoção, que pode ser privada ILEGALMENTE, como no próprio risco que corre a PACIENTE de ser acautelada no cruel sistema carcerário brasileiro. IV – PEDIDOS Ante o exposto requer: a) a concessão da liminar para, imediatamente, conceder salvo-conduto à paciente até o julgamento do mérito; b) ao final, a confirmação da liminar ou o seu implemento, impedindo a prisão da paciente. Local e data. nome do advogado OAB/UF n. XXXXX
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