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PEÇA 4 - RESPOSTA A ACUSAÇÃO - ADRIELE MARTINS ALVES

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 13.ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS DO ESTADO DE SANTA CATARINA 
Processo nº:__________________ 
ADERBAL DE TAL, nacionalidade, enfermeiro, estado civil, portador do documento de identidade RG n°. XXX, inscrito no CPF sob o n°. XXX, residente e domiciliado na Rua XXX, bairro XXX, na cidade X, vem, por sua advogada infra-assinado, procuração em anexo, com poderes especiais nos moldes do art. 44 CPP, com endereço eletrônico XXX, endereço profissional à XXX, CEP XXX, nesta Comarca, onde recebe intimações com base no art. 396 c/c o art. 396-A do CPP, tempestivamente, apresentar à Vossa Excelência 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
Pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir aduzidos:
I. DOS FATOS
No dia XX/XX/XXXX, o Ministério Público de Florianópolis do Estado de Santa Catarina apresentou a denúncia em face de ADERBAL, por supostamente ter cometido Estupro de vulnerável, crime descrito no artigo 217-A, § 1.º, do CP.
Segundo a denúncia, o acusado, ora enfermeiro de famoso hospital de Florianópolis, usou da condição de coma de Edith, ora vítima, cometendo o crime de estupro de vulnerável durante a noite. 
Recebida a ação penal e citado Réu para apresentação da defesa, o acusado passa a expor que tal conduta não poderá ser imputada a ele. 
II. DOS DIREITOS 
a. Da Exceção de Suspeição 
Diante dos fatos narrados, observamos que um dos maiores apresso é a imparcialidade do julgador. Assim como disposto no artigo 95, I do CPP.
Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de:
I - suspeição;
No caso em tela, não poderia o magistrado Nelson Nunes, da 13.ª Vara Criminal receber a presente ação, uma vez que esse é amigo íntimo de ADERBAL, sendo esses amigos de infância, inclusive, mostrando, assim, típico caso de suspeição. Assim, a exceção merece ser reconhecida, como é evidenciado no artigo art. 254, I do CPP
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
III. DAS PRELIMINARES - DA NULIDADE DE CITAÇÃO POR HORA CERTA EM PRIMEIRO LUGAR
Sabendo do princípio do devido processo legal exige, no início do processo judicial, após o recebimento, a citação real, pessoal, feita por oficial de justiça, seguindo as orientações do art. 351 do CPP.
Art. 351. A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado.
Imprevisivelmente, não foi isso que aconteceu no processo em trâmite na 13.ª Vara Criminal de Florianópolis. Pois o Juiz Nelson Nunes, Ordenou, a citação por hora certa conforme artigo 362, CPP.
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Sabendo que a citação por hora certa, possível no processo penal desde a minirreforma de 2008, só é possível quando o réu se oculta para não ser citado. Com tal desrespeito na formalidade do presente meio comunicativo, a nulidade merece ser reconhecida nos termos do artigo 564, inciso III, alínea “e”. 
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa;
IV. DO MÉRITO 
a. Da absolvição sumária por atipicidade 
Atribuir ao acusado o crime de estupro de vulnerável é completamente exagerado e não condiz com o real fatos ocorridos. 
Embora a intenção do acusado em praticar ato libidinoso com a vítima, sua vontade não gerou nenhum tipo de lesividade ao bem jurídico, uma vez que no momento do ato, conforme laudo médico-legal demonstrou, que a vítima havia falecido há duas horas antes do fato.
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: 
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; 
Sendo assim, a absolvição sumária se torna medida prudente e necessária com o acolhimento da tese de crime impossível, nos termos do artigo 17 do CP, por absoluta impropriedade do objeto. Demonstrando, assim, a atipicidade da conduta.
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
V. Das Provas 
Requer, outrossim, a produção de todos os meios de prova em direito admitidas, como o laudo médico, e em especial a testemunhal, cujo rol segue.
VI. Dos Pedidos 
Isto posto, requer:
a) Recebimento da presente ação; 
b) O acolhimento da exceção de suspeição, conforme art. 95, I c/c o art. 254, I, do CPP;
c) Em preliminar, o reconhecimento da nulidade por falta de citação pessoal, conforme art. 564, III, e c/c o art. 351 do CPP;
d) No mérito, a absolvição sumária por atipicidade da conduta pela tese do crime impossível (art. 397, III do CPP c/c o art. 17 do CP); 
e) Protesta provar o alegado, por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial pelo depoimento pessoal do Querelado, e a oitiva de testemunhas, cujo rol segue abaixo, sendo essas notificadas e outras mais que se fizerem necessárias ao deslinde do feito, 
Nestes termos, Pede e espera Deferimento.
Florianópolis, 17 de setembro de 2020
Drª. ADRIELE MARTINS ALVES
OAB/GO XX.XXX
ROL DE TESTEMUNHAS: 
1. Carlos, nacionalidade, profissão, estado civil, portador do documento de identidade RG n°. XXX, inscrito no CPF sob o n°. XXX, residente e domiciliado na Rua XXX, bairro XXX, na cidade X,
2. Newton, qualificação, nacionalidade, profissão, estado civil, portador do documento de identidade RG n°. XXX, inscrito no CPF sob o n°. XXX, residente e domiciliado na Rua XXX, bairro XXX, na cidade X,
3. Andréia, nacionalidade, profissão, estado civil, portador do documento de identidade RG n°. XXX, inscrito no CPF sob o n°. XXX, residente e domiciliado na Rua XXX, bairro XXX, na cidade X,

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