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PROFA. ZILMA VALERIANO RODRIGUES Programas de Saúde - Adolescente AULA 11 - PROGRAMAS DE SAÚDE - ADOLESCENTE Tema Programas de Saúde - Adolescente Objetivo Compreender as ações preconizadas nos Programas de Saúde bem como reconhecer a importância da atuação do enfermeiro na promoção, prevenção e recuperação da saúde. Desenvolver análise crítica sobre a realidade vivenciada pelos adolescentes, nas questões relacionadas a sexualidade, gravidez precoce... Adolescência “A adolescência é uma fase da vida do ser humano de profundas transformações físicas psicológicas e sociais. Conceitualmente, entende-se como adolescência a segunda década da vida, momento em que se estabelecem novas relações do adolescente com ele mesmo, nova imagem corporal, novas relações com o meio social, com a família e com outros adolescentes”. Política Nacional de Atenção Integral aos Adolescentes e Jovens ADOLESCENTES 16,42% da população brasileira total 15,01% da população do Estado de São Paulo Estimativa IBGE, 2016 Transformações anatômicas, fisiológicas e psicossociais Vulnerabilidade social Contexto HISTÓRICO 1927 Decreto nº 17.943-0 Código de Menores 1988 Constituição Federal “Constituição Cidadã” 1989 Assembleia da ONU 1990 Estatuto da Criança e do Adolescente Dar assistência e proteção aos menores, principalmente àqueles que estivessem em situação de vulnerabilidade social. Regulamentava o trabalho dos menores e proibia menores de 12 anos de trabalhar Artigo 227 “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. Reconhece a importância da abordagem integral para a saúde do adolescente. Criado o PROSAD Lei que consolida as garantias da constituição e preconiza as resoluções da Assembleia da ONU. O QUE É O PROSAD? Criado pelo Ministério da Saúde através da Portaria nº 980/GM, de 21 de dezembro de 1989. Público alvo: Jovens entre 10 e 19 anos Tem por finalidade a identificação de grupos de risco, detecção precoce dos agravos com tratamento adequado e reabilitação, assegurando os princípios básicos da universalidade, equidade e integralidade de ações. Objetivo do PROSAD Promover a assistência integral à saúde do adolescente, a fim de promover o processo geral de seu crescimento e desenvolvimento e buscar reduzir a mortalidade e morbidade, além dos desajustes individuais e sociais. DIRETRIZES O PROSAD deverá ser executado dentro do princípio da integralidade das ações de saúde, com equipe multidisciplinar e na integração intersetorial, respeitando-se as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). As ações básicas propostas pelo PROSAD fundamentam-se numa política de promoção de saúde, devendo identificar grupos de risco, detecção precoce dos agravos, tratamento adequado e reabilitação. Práticas Educativas Participativas Controle de sua saúde. DIRETRIZES O sistema de referência e contra referência deverá ser entendido de forma mais ampla, incluindo, além dos níveis secundários e terciários, o estimulo e o encaminhamento a centros culturais, organizações comunitárias e outros, com o objetivo final da promoção da saúde. Colaborar com as áreas afins na implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente, atuando junto com os conselhos dos direitos e os conselhos tutelares. ÁREAS PRIORITÁRIAS DE AÇÃO: Crescimento e desenvolvimento; Sexualidade; Saúde Bucal Saúde mental; Saúde reprodutiva; Saúde do escolar adolescente; Prevenção de acidentes; Violência e maus-tratos Família, o trabalho, cultura, esporte e lazer. As atividades básicas dirigidas ao adolescente constituem um conjunto de ações de promoção de saúde, diagnóstico precoce, tratamento e recuperação, aplicadas permanentemente, tendo como objetivo final a melhoria dos níveis de saúde. da população adolescente. Quais os principais problemas da adolescência? AÇÕES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE Adolescência: Promoção da Saúde Nutrição -Intenso crescimento: aumento do apetite -Erros alimentares: fast-food, refrigerantes, doces (obesidade e distúrbios alimentares) -Fatores emocionais, estressantes e falta de tempo influenciam nos hábitos alimentares Recomendações: • Aumentar a ingesta de minerais (cálcio, ferro e zinco); • Consumo regular de café da manhã; • Ingesta balanceada de vários alimentos; • Atentar quanto a anorexia ou obesidade. Adolescência: Promoção da Saúde Exercícios e Atividades -Esportes dentro da escola (educação física). Recomendações: • Atividades competitivas (processo de auto- avaliação, auto-estima e interesse pelos outros) • Academia (musculação, atividades aeróbicas) • Atentar quanto ao uso de anabolizantes Adolescência: Promoção da Saúde Saúde Bucal -Uso de aparelhos ortodônticos -Fumo Recomendações: Estimular a correta higiene oral (escovação, fio dental, gargarejos com salinas). Orientar quanto aos cuidados com o aparelho. Tranquilizar o adolescente em relação ao uso do aparelho (melhora da aparência do dentes). Evitar chá preto, café e refrigerantes escuros (mancha os dentes) Incentivar a não fumar Adolescência: Promoção da Saúde Cuidados Pessoais Higiene corporal Pele (acnes e espinhas) Visão Audição Postura Piercing e tatuagens Bronzeamento Adolescência: Promoção da Saúde Educação sexual - Instruir quanto às funções normais do corpo Orientação sobre ciclo menstrual e gravidez Explicações sobre doenças sexualmente transmissíveis Orientar quanto a “sexo seguro” Discutir sobre tomada de decisão madura, responsabilidade sexual e esclarecimento de valores Estatuto da Criança e do Adolescente. 1990 O ECA TORNOU–SE LEI FEDERAL EM 13 JULHO DE 1990 (LEI Nº 8.069), QUANDO APROVADO PELO CONGRESSO NACIONAL E SANCIONADO PELO ENTÃO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ITAMAR FRANCO. Foi criado para proteger as crianças e adolescentes, garantindo aos mesmos todas as oportunidades e facilidades , a fim de lhes proporcionar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. A proteção integral da criança e do adolescente. A criança e o adolescente devem gozar de todos os diretos fundamentais inerentes à pessoa humana; Vem assegurar todas as oportunidades e facilidades, com a finalidade de proporcionar o desenvolvimento físico, moral, mental, espiritual e social; Cabe ao pais, ao estado e a comunidade a efetivação dos direitos da criança e do adolescente. O ECA DISPÕE SOBRE: Preconiza como direitos fundamentais da criança e do Adolescente: O direito a vida e a saúde À liberdade, ao respeito e a dignidade, À convivência familiar e comunitária; Á educação, cultura, esporte e laser; A profissionalização; Proteção no trabalho. O ECA CLASSIFICA OS MENORES DE IDADE: CRIANÇA – DE 0 A 12 ANOS INCOMPLETOS ADOLESCENTE – DE 12 ANOS ATÉ 18 ANOS INCOMPLETOS O ECA estabelece – Política de atendimento “Trabalho em Rede” Art. 86 A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente se dará através de um conjunto Articulado de ações governamentais, da União, estados e dos municípios. DIRETRIZES DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO Municipalização do atendimento I. Criação dos Conselhos Municipais, estaduais e nacionais dos direitos da criança e do adolescente; II. Criação e manutenção de programas específicos de acordo com a realidade local. III. Manutenção de fundos nacional, estadual e municipal vinculados ao respectivos conselhos dos direitos da criança e do adolescente. IV. Integração de órgãos do judiciário (Ministério Publico, Defensoria, segurançapública e Assistente Social; V. Integração operacional de órgãos operacionais como Ministério Publico, Defensoria, conselho tutelar e encarregados da execução das políticas sociais básicas e de assistência social. Política Nacional de Atenção Integral aos Adolescentes e Jovens 2007 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL AOS ADOLESCENTES E JOVENS Objetivo Geral Promover a atenção integral à saúde de adolescentes e de jovens, de 10 a 24 anos, no âmbito da POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE, visando à promoção de saúde, à prevenção de agravos e à redução da morbimortalidade. Orientações para a Organização de Serviços de Saúde A política de saúde do adolescente recomenda que as ações de saúde destinadas a adolescentes e jovens serão permeadas por práticas educativas numa perspectiva participativa, emancipatória, multiprofissional. Destaca a AB como estratégia prioritária na atenção à saúde do adolescente. PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO ATENDIMENTO A ADOLESCENTES E JOVENS Na organização da atenção à saúde do adolescente e do jovem devem ser levados em consideração os seguintes aspectos: • Adequação dos serviços de saúde às necessidades específicas de adolescentes e jovens, respeitando as características da atenção local vigente e os recursos humanos e materiais disponíveis; • Respeito às características socioeconômicas e culturais da comunidade, além do perfil epidemiológico da população local; • Participação ativa dos adolescentes e jovens no planejamento, no desenvolvimento, na divulgação e na avaliação das ações. ÉTICA – a relação profissional de saúde com os adolescentes e jovens deve ser pautada pelos princípios de respeito, autonomia e liberdade, prescritos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e pelos códigos de ética das diferentes categorias. PRIVACIDADE – adolescentes e jovens podem ser atendidos sozinhos, caso desejem. CONFIDENCIALIDADE E SIGILO – adolescentes e jovens devem ter a garantia de que as informações obtidas no atendimento não serão repassadas aos seus pais e/ou responsáveis, bem como aos seus pares, sem a sua concordância explícita. No entanto, eles devem ser informados sobre as situações que requerem quebra de sigilo, ou seja, sempre que houver risco de vida ou outros riscos relevantes tanto para o cliente quanto para terceiros, a exemplo de situações como abuso sexual, ideia de suicídio, informação de homicídios e outros. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS NA ATENÇÃO: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO ATENDIMENTO A ADOLESCENTES E JOVENS Esses princípios reconhecem adolescentes e jovens como sujeitos capazes de tomarem decisões de forma responsável. O atendimento , portanto deve fortalecer sua autonomia, oferecendo apoio sem emitir juízo de valor. A viabilização desses princípios contribui para uma melhor relação cliente/profissional, favorecendo a descrição das condições de vida, dos Problemas e das dúvidas. Eixos Prioritários de Ação a Política Nacional tem, como prioridade, três eixos de ação definidos a partir do reconhecimento das questões prioritárias na atenção à saúde de adolescentes e jovens: •Crescimento e desenvolvimento saudáveis; •Saúde sexual e saúde reprodutiva; •Redução da morbimortalidade por violências e acidentes. A adoção de um olhar diferenciado para com a população jovem DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES DE PROMOÇÃO E ATENÇÃO À SAÚDE DE ADOLESCENTES E JOVENS O serviço de saúde deve realizar um diagnóstico que considere os seguintes aspectos: • Características dos adolescentes e jovens que residem na área de atuação da unidade de saúde: Idade, sexo, orientação sexual, raça, nível socioeconômico, escolaridade, inserção no mercado de trabalho (formal e informal), pessoas com deficiências; Informações sobre morbimortalidade, uso de álcool, tabaco e outras drogas, gravidez na adolescência, conhecimento e uso de contraceptivos; Aspectos subjetivos, como desejos, valores, insatisfações, vínculos com a família, amigos e percepção sobre a escola, a comunidade e a unidade de saúde. • Características das famílias: renda, estrutura e dinâmica familiar. • Condições de vida: tipo de moradia, saneamento, destino do lixo, condições de segurança, transporte. • Recursos comunitários: escolas, atividades profissionalizantes, culturais e esportivas, áreas de lazer, igrejas, grupos organizados da sociedade civil. • Condições de atendimento nas unidades de saúde: acesso, distribuição dos adolescentes e jovens nos diferentes serviços, programas, projetos e atividades, percentagem de homens e mulheres, concentração de consultas, captação de gestantes por trimestre, principais motivos de atendimento, serviços oferecidos a adolescentes e jovens. DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES DE PROMOÇÃO E ATENÇÃO À SAÚDE DE ADOLESCENTES E JOVENS TRAZENDO ADOLESCENTES E JOVENS PARA A UNIDADE DE SAÚDE A captação deve ser realizada por meio de ações e atividades estratégicas desenvolvidas, tanto no interior das unidades de saúde quanto nas comunidades. A atenção à saúde desse grupo populacional não se limita às atividades desenvolvidas no âmbito da unidade de saúde, entretanto, deve sempre contar com esse importante apoio. Essa perspectiva visa a otimizar as oportunidades de contato de adolescentes e jovens com a equipe de saúde e, qualquer que seja a ação realizada, deve conter o compromisso de divulgação e facilitação do acesso a todos os serviços oferecidos pela unidade. A CAPTAÇÃO ENVOLVE DIFERENTES ESTRATÉGIAS: a) Divulgação interna na unidade: Cartazes contendo os diferentes serviços, horários e profissionais de contato, a serem afixados na entrada de unidade e em setores estratégicos; Folhetos com as informações sobre os serviços oferecidos e as formas de acesso para serem entregues aos adolescentes, jovens e suas famílias; Divulgação por meio de funcionários da unidade a partir da porta de entrada/recepção; Divulgação junto aos familiares (ex.: as jovens atendidas nas atividades de saúde reprodutiva devem conhecer as oportunidades que a unidade oferece a seus filhos). b) Visitas domiciliares Durante as visitas domiciliares devem ser divulgados os serviços que a unidade de saúde local oferece, reforçando a importância dos adolescentes e jovens participarem das atividades educativas. c) Divulgação na comunidade Podem ser utilizados os recursos disponíveis na comunidade como, por exemplo, rádio, carro de som, murais, dentre outros. d) Parcerias institucionais Estabelecimento de redes interinstitucionais da Unidade Básica de Saúde como escolas, organizações religiosas, grupos sociais, familiares, fábricas, associações juvenis, sindicatos, clubes, etc. A CAPTAÇÃO ENVOLVE DIFERENTES ESTRATÉGIAS: C) A ESCOLA É UM ESPAÇO PRIVILEGIADO PARA A CAPTAÇÃO DOS ADOLESCENTES E JOVENS PORQUE: Agrega grande parte dos adolescentes e jovens da comunidade; É um espaço de socialização, formação e informação; É na escola onde eles passam a maior parte do seu tempo. A CAPTAÇÃO ENVOLVE DIFERENTES ESTRATÉGIAS: SEXUALIDADE A maneira como os adolescentes vão lidar com a sua sexualidade, como vão vivê-la e expressá-la é influenciada por vários fatores: A qualidade das relações afetivas que vivenciaram e ainda vivenciam com pessoas significativas nas suas vidas. As transformações corporais Psicológicas e cognitivas Os valores, as normas culturais, crenças da sociedade na qual estão inseridos. DESPERTAR DE INTERESSES PELAS RELAÇÕES AFETIVAS E SEXUAIS “Ficar”, conhecer, namorar, descobrir novas sensações, sentimentos. vivenciar a primeira relação sexual. Precisam receber informações e orientações sobre a sua saúde sexual e reprodutiva. Ter conhecimentos e recursos que permitam ajudá-los a se prevenir de uma gravidez não planejada. Se proteger de doenças, como as sexualmente transmissíveis: DST/Aids, hepatites, entre outras. FATORES QUE ESTÃO FAVORECENDO O COMEÇO PREMATURO DA IDADE REPRODUTIVA DE ADOLESCENTES O início cada vezmais precoce da puberdade e o decréscimo da idade da primeira menstruação Facilidade das informações sobre assuntos relacionados à sexualidade na internet e na mídia; A erotização precoce favorecida pelos meios de comunicação; O valor moral que era dado à virgindade; Forma de constituir família, de mudar de status social; A maternidade é valorizada socialmente e vista como elemento formador da identidade. QUANDO E POR QUE ACONTECE A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA? Não existe um único motivo para a gravidez na adolescência Aspectos sociais, Econômicos, Pessoais, Condições materiais de vida, Exercício da sexualidade, Desejo da maternidade, Múltiplas relações de desigualdade. GRAVIDEZ “EVENTO-PROBLEMA”? •Processo que pode resultar de uma multiplicidade de experiências de vida. •Razão pela qual ela pode assumir diferentes significados e ser também tratada de diferentes formas. •Pode apresentar diferentes desfechos. SITUAÇÃO NO BRASIL Na última década no Brasil Houve redução em 30% no número de partos em adolescentes na faixa etária de 15 a 19 anos. A faixa etária de 10 a 15 anos permanece inalterada, apresentando o número de 27 mil partos a cada ano. O que representa 1% do total de partos no Brasil. OS serviços de saúde devem encorajar e promover um comportamento sexual e reprodutivo responsável e saudável. Objetivando: O seu bem-estar A qualidade de vida Elaboração e execução de seus projetos pessoais e profissionais. O QUE FREQUENTEMENTE OCORRE NA CONSULTA? Frequência de omissão ou negação do atraso menstrual e/ou a sua atividade sexual Traz queixas inespecíficas para a consulta, como: dor abdominal, desmaios, sintomas gastrointestinais. Mesmo em caráter de consulta de urgência: • Criar um clima de segurança, • Privacidade e confiabilidade para a efetiva e adequada abordagem clínica, • Considerar a possibilidade de violência sexual. PONTOS QUE FACILITAM A RELAÇÃO PROFISSIONAL PACIENTE Devem ser considerados por todos os profissionais da equipe de saúde , em todos os momentos de contato com o adolescente. O sigilo O adolescente precisa estar seguro do caráter confidencial da consulta, mas ficar ciente também das situações em que o sigilo pode ser rompido – ex: gravidez, risco de suicídio, etc... A escuta Estar preparado não só para ouvir com atenção e interesse, mas também ter a sensibilidade para apreender outros aspectos. Para saber ouvir, é preciso estar atento ao que não é dito ou para o que é dito com outras palavras. O tempo A consulta com o adolescente demanda tempo e paciência, consultas muito longas em geral são improdutivas. Mais de um contato para que se possa abordar os problemas de forma adequada Identidade profissional O adolescente precisa perceber no profissional alguém que inspire confiança e respeito. Família Em alguma situações a família pode desejar falar com o profissional sem a presença do adolescente, o que deve ser permitido, obedecendo os mesmos critérios confidenciais. PONTOS QUE FACILITAM A RELAÇÃO PROFISSIONAL PACIENTE QUESTÕES QUE PODEM AUXILIAR O PROFISSIONAL DE SAÚDE NA ABORDAGEM À ADOLESCENTE: • Ela tem vida sexual ativa? • Usa algum método contraceptivo? De que forma? •Tem atraso menstrual? •Tem apresentado outros sinais ou sintomas, tais como: alteração das mamas, no abdome, náuseas, alteração do apetite? • Há sinais de presunção de violência sexual? Importância do teste de gravidez. NO MOMENTO DO TESTE É imprescindível ressaltar a importância da participação de alguém de sua confiança: • Seja o companheiro, namorado. •Algum familiar. No caso do teste negativo Importante enfatizar a necessidade de acompanhamento de contracepção para prevenção de uma possível gravidez. ANTICONCEPÇÃO: As ações que envolvem a promoção da saúde sexual e reprodutiva fazem parte da atenção integral à saúde de adolescentes. Ações realizadas e articuladas com as escolas (PSE). È de responsabilidade dos profissionais da atenção, orientar e esclarecer sobre todos os métodos contraceptivos, incluindo o respeito às suas concepções religiosas. Na abordagem, sempre deve ser incluída a contracepção de emergência, quando houver falha ou acidente relativo ao método escolhido e em uso. É preciso ressaltar o comprometimento da interação medicamentosa e da eficácia dos métodos contraceptivos utilizados em relação ao uso de outros medicamentos. A promoção do autoconhecimento que atua como facilitador do uso de alguns métodos contraceptivos, aumentando sua eficácia e melhorando sua adesão. Ex: camisinha feminina. As UBSs devem conhecer as questões éticas e legais que envolvem o direito à saúde, incluindo a saúde sexual e reprodutiva de adolescentes. ANTICONCEPÇÃO: DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS/AIDS A questão da saúde de adolescentes e jovens relacionada a DST e Aids, é uma preocupação constante nos serviços de saúde. Foram notificados no SINAN - De 2000 a 2006, 19.793 casos de HIV, no grupo etário de 13 a 24. Isso representou 80% dos casos identificados (BRASIL, 2007), que foi de 24.603. No período de 1982 a 2006 - Nos homens jovens um aumento proporcional de casos por exposição à via de transmissão sexual, com um aumento discreto homo/bissexuais. Nas jovens mulheres, a transmissão por via heterossexual, em todo o período, é predominante. PREVENÇÃO: Principal arma é a informação Quais são as formas de transmissão do HIV? Como a infecção pode ser evitada? O que significa sexo seguro ou sexo protegido? Ter um pacto de fidelidade com o parceiro – ou parceira - é uma boa forma de prevenir a aids? Como se prevenir do HIV quando se usa drogas injetáveis? DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS/AIDS A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO À SAÚDE DO ADOLESCENTE • Estimular o fortalecimento da rede de apoio familiar; • Promover a participação juvenil no exercício da cidadania, contando para isso, com o apoio do Núcleo de apoio à saúde da Família (NASF); • Promover saúde através da capilarização das informações em saúde nos espaços onde o adolescente está presente na comunidade, principalmente no âmbito escolar; • Acolher o adolescente em suas necessidades, estando atento para aquelas necessidades não verbalizadas; • Avaliação da atualização da carteira de vacinação do adolescente aproveitando toda oportunidade para realização de tal ação. A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO À SAÚDE DO ADOLESCENTE • O planejamento da assistência de Enfermagem ao adolescente deve envolver um caráter participativo e emancipatório de empoderamento através da apreensão de informações e construção de conhecimento acerca de seu próprio corpo, e sua própria saúde; • As orientações de Enfermagem devem desencorajar comportamentos de risco e fomentar a prevenção de doenças e agravos relacionados à saúde do adolescente; • Acima de tudo é fundamental que o adolescente tenha seu acesso aos serviços de saúde garantido. OBRIGADA!
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