Buscar

trabalho educacao fisica feridas e demais

Prévia do material em texto

CONCEITO DE FERIDAS 
Uma ferida supõe uma perda de continuidade na pele, que é secundária a 
um traumatismo. Essa agressão ao tecido pode causar um risco de infecção 
ou a possibilidade de lesões nos tecidos e nos órgãos adjacentes. 
CLASSIFICAÇÃO/CAUSAS DE FERIDAS 
As feridas podem ser classificadas de três formas diferentes: de acordo com a 
maneira como foram produzidas, de acordo com o grau de contaminação e 
de acordo com o comprometimento tecidual. 
Quanto ao mecanismo de lesão as feridas podem ser descritas como incisas, 
contusas, lacerantes ou perfurantes. 
As feridas incisas ou cirúrgicas são aquelas produzidas por um instrumento 
cortante. As feridas limpas geralmente são fechadas por suturas. 
As feridas contusas são produzidas por objeto rombo e são caracterizadas por 
traumatismo das partes moles, hemorragia e edema. 
As feridas laceradas são aquelas com margens irregulares como as produzidas 
por vidro ou arame farpado. 
As feridas perfurantes são caracterizadas por pequenas aberturas na pele. Um 
exemplo são as feridas feitas por bala ou ponta de faca. 
Quanto ao grau de contaminação, as feridas podem ser limpas, limpas-
contaminadas, contaminadas ou sujas e infectadas. 
Feridas limpas são aquelas que não apresentam inflamação e em que não 
são atingidos os tratos respiratório, digestivo, genital ou urinário. 
Feridas limpas-contaminadas são aquelas nas quais os tratos respiratório, 
alimentar ou urinário são atingidos, porém em condições controladas. 
As feridas contaminadas incluem feridas acidentais, recentes e abertas e 
cirurgias em que a técnica asséptica não foi respeitada devidamente. 
Feridas infectadas ou sujas são aquelas nas quais os microorganismos já 
estavam presentes antes da lesão. 
Procedimentos/Orientações para o atendimento de primeiros socorros 
Primeiros socorros são intervenções que devem ser feitas de maneira rápida, 
logo após o acidente ou mal súbito, que visam a evitar o agravamento do 
problema até que um serviço especializado de atendimento chegue até o 
local. Essas intervenções são muito importantes, pois podem evitar 
complicações e até mesmo evitar a morte de um indivíduo. 
Antes de qualquer procedimento de primeiro socorro, é importante que o 
socorrista tenha em mente a necessidade de: 
 Manter a calma; 
Afastar os curiosos; 
Garantir que serviço de emergência seja chamado. 
É muito importante salientar que algumas pessoas não estão preparadas para 
realizar os primeiros socorros e, portanto, o ideal é que deixe outra pessoa 
realizar os procedimentos adequados e auxiliar de outra maneira, como, 
buscando socorro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCEITO DE HEMORRAGIA 
A hemorragia pode ser definida como uma saída de sangue dos vasos 
sanguíneos e do coração. Suas causas podem ser as mais variadas, sendo que 
podemos destacar como principais os fatores extrínsecos, intrínsecos ou 
deficiência nos fatores de coagulação. 
 
Os fatores extrínsecos estão relacionados com questões externas ao nosso 
corpo, tais como traumas ocasionados por acidentes. Os fatores intrínsecos 
estão relacionados com problemas nos vasos sanguíneos ou no nosso próprio 
corpo, como arteriosclerose, aneurismas e pressão alta. 
 
A hemorragia pode ser classificada como externa ou interna. Dizemos que a 
hemorragia é externa quando a lesão causa perda de sangue na superfície 
do corpo e é visível ao exame clínico. Na hemorragia interna, não podemos 
ver a saída do sangue, uma vez que a lesão envolve a parte interna do 
organismo. Nesse último caso, o problema é relativamente maior, pois, se não 
observada a tempo, pode causar consequências graves e até mesmo a 
morte. 
 
Dependendo do vaso sanguíneo lesionado, a hemorragia terá diferente 
gravidade. Quando o rompimento ocorre em uma artéria, percebemos a 
saída de sangue em abundância, em grande velocidade e ele apresenta 
uma coloração vermelha viva. Esse tipo de lesão é extremamente grave. 
 
Quando ocorre o rompimento de uma veia, o sangramento não se apresenta 
muito intenso e o sangue tem coloração mais escura. É relativamente menos 
grave que a arterial, porém a demora no atendimento pode ser 
extremamente perigosa. Já nos capilares, o sangue sai lentamente e a 
tonalidade é um vermelho menos vivo do que quando comparado ao sangue 
arterial. 
POSSÍVEIS CAUSAS DE HEMORRAGIA 
Três coisas são necessárias para ajudar os vasos sanguíneos lesionados a 
parar de sangrar: plaquetas (células sanguíneas que ajudam na coagulação 
do sangue), fatores de coagulação sanguínea (proteínas produzidas em 
grande parte pelo fígado e por certas células que revestem os vasos 
sanguíneos) e estreitamento dos vasos sanguíneos (constrição). Anomalias 
em qualquer um desses fatores podem levar a excessiva hemorragia ou 
excessiva formação de hematomas: 
 Distúrbios das plaquetas, incluindo escassez de plaquetas 
(trombocitopenia), plaquetas em excesso e funcionamento anormal 
das plaquetas 
 Redução da atividade dos fatores de coagulação sanguínea (devido 
a hemofilia, distúrbios hepáticos,deficiência de vitamina K, por 
exemplo, ou ao uso de certos medicamentos) 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/biologia-do-sangue/componentes-do-sangue#v773929_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/o-processo-de-coagula%C3%A7%C3%A3o-sangu%C3%ADnea/como-o-sangue-coagula
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/o-processo-de-coagula%C3%A7%C3%A3o-sangu%C3%ADnea/como-o-sangue-coagula
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/o-processo-de-coagula%C3%A7%C3%A3o-sangu%C3%ADnea/como-o-sangue-coagula
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/dist%C3%BArbios-das-plaquetas/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-dist%C3%BArbios-das-plaquetas
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/dist%C3%BArbios-das-plaquetas/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-trombocitopenia
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/hemorragia-decorrente-de-dist%C3%BArbios-de-coagula%C3%A7%C3%A3o/hemofilia
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/vitamina-k#v766880_pt
 Defeitos dos vasos sanguíneos 
Os distúrbios das plaquetas primeiro causam pequenos pontos vermelhos ou 
roxos na pele. Mais tarde, caso o distúrbio se torne grave, pode ocorrer 
hemorragia. Reduções dos fatores de coagulação sanguínea em geral 
causam hemorragias e formação de hematomas. Defeitos nos vasos 
sanguíneos em geral causam a formação de pontos vermelhos ou roxos e 
manchas na pele em vez de hemorragia. 
Púrpura senil 
Mais comumente, a formação fácil ou excessiva de hematomas ocorre na 
pele e os vasos sanguíneos são frágeis. Mulheres e pessoas mais idosas de 
ambos os sexos são mais comumente afetadas. Os hematomas tendem a se 
formar nas coxas, nas nádegas e na parte superior dos braços. As pessoas, 
porém, não apresentam outros sintomas de hemorragia excessiva e os 
resultados do exame de sangue são normais. Este quadro clínico não é grave 
e nenhum tratamento é necessário. 
Causas comuns 
No geral, as causas mais comuns de hemorragia fácil incluem 
 Deficiência grave de plaquetas 
 Uso de medicamentos que inibem a coagulação (anticoagulantes), 
incluindo heparina, varfarina e anticoagulantes orais diretos 
 Doença hepática (que causa produção inadequada de fatores de 
coagulação) 
A deficiência de plaquetas pode se dever a uma produção inadequada de 
plaquetas pela medula óssea ou à destruição excessiva de plaquetas (por 
um baço aumentado, certos medicamentos ou infecções, por exemplo). 
Pessoas com tendência a formar coágulos sanguíneos podem tomar 
heparina, varfarina ou anticoagulantes orais diretos (incluindo dabigatrana, 
apixabana, edoxabana e rivaroxabana) para reduzir essa tendência. 
Contudo, às vezes, esses medicamentos reduzem demais a capacidade de 
coagulaçãodo organismo e as pessoas apresentam hemorragias e/ou 
formação de hematomas. 
O fígado é um dos principais locais de produção dos fatores de coagulação 
sanguínea e ajuda a regular a coagulação do sangue. Dessa forma, pessoas 
com doença hepática (por exemplo, hepatite ou cirrose) têm tendência a 
sangrar facilmente. 
Causas menos comuns 
A hemofilia é um distúrbio hereditário no qual o corpo não produz 
quantidade suficiente de um dos fatores de coagulação. As pessoas 
apresentam hemorragia excessiva em tecidos profundos, tais como 
músculos, articulações e na parte posterior da cavidade abdominal, em 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/dist%C3%BArbios-do-ba%C3%A7o/ba%C3%A7o-aumentado
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/hepatite/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-hepatite
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/fibrose-e-cirrose-do-f%C3%ADgado/cirrose-do-f%C3%ADgado
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/hemorragia-decorrente-de-dist%C3%BArbios-de-coagula%C3%A7%C3%A3o/hemofilia
geral após traumas menores. Pode ocorrer hemorragia no cérebro, o que 
pode ser fatal. 
Certos distúrbios acionam o sistema de coagulação por todo o corpo. Em 
vez de causarem coágulos sanguíneos em todos os lugares, as plaquetas e os 
fatores de coagulação são rapidamente esgotados e ocorre hemorragia. 
Esse distúrbio, chamado coagulação intravascular disseminada (CID), pode 
ser desencadeado por muitos quadros clínicos, incluindo infecções graves, 
lesões graves, trabalho de parto, parto e certos cânceres. As pessoas com 
CID já estão frequentemente hospitalizadas. Elas sangram excessivamente 
devido a picadas de agulha e com frequência apresentam hemorragia 
significativa no trato digestivo. 
 
CLASSIFICAÇÃO DE HEMORRAGIAS 
A hemorragia pode ser dividida em interna e externa. 
A hemorragia interna é aquela que não é visível, ou seja, todo o sangue 
perdido se acumula nas cavidades do organismo, tais como: crânio, 
abdominal, torácica, entre outras. Algumas manifestações que podem ser 
encontradas são: 
Fraqueza; 
Sonolência; 
Frio; 
Sede; 
Alteração do nível de consciência; 
Respiração rápida; 
Pele pálida, fria e úmida; 
Tremores. 
Algumas situações nos ajudam a pensar em hemorragia interna, entre elas 
são: 
 
Acidentes automobilísticos, no qual o impacto foi extremamente forte; 
Ferimento por arma de fogo, faca ou qualquer outra arma branca; 
Acidente em que o corpo suportou grande pressão, como quedas, 
esmagamento. 
É extremamente difícil, para um leigo, saber se está ocorrendo ou não uma 
hemorragia interna, porém, caso algum dos sintomas ou se o local do 
acidente ou o ato, ajudar a suspeitar que se trata de uma hemorragia interna, 
mantenha a calma e chame o serviço especializado em emergência, o mais 
rápido possível. 
 
Hemorragia externa 
 
A hemorragia externa pode ser dividida em: arterial venosa e capilar. Mas 
como podemos diferenciá-los? Normalmente, o sangue de origem arterial, 
possui grande pressão e é de tom vermelho vivo, por ser rico em oxigênio, 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/hemorragia-decorrente-de-dist%C3%BArbios-de-coagula%C3%A7%C3%A3o/coagula%C3%A7%C3%A3o-intravascular-disseminada-cid
portanto, é a forma mais grave de perda, necessitando de atendimento 
rápido. 
 
O sangue de origem venosa possui menor pressão e é de tom vermelho 
escuro, por ser pobre em oxigênio. Sua perda é menos grave quando 
comparado ao arterial, contudo, a demora no atendimento, podem ter 
consequências fatais. Já as hemorragias capilares são pequenas perdas de 
sangue, em vasos de pequeno calibre que recobrem a superfície do corpo. 
 
Primeiros socorros para hemorragia 
As hemorragias podem ser causadas por diversos fatores que devem ser 
identificados posteriormente, mas é vital que seja controlada para garantir o 
bem-estar imediato da vítima até chegar socorro médico profissional de 
emergência. 
No caso de hemorragias externas é importante evitar a saída excessiva de 
sangue e, para isso, é recomendado que seja feito o garrote e, quando não é 
possível, colocar um pano limpo em cima da lesão e realizar pressão até que a 
assistência médica chegue no local. Já no caso das hemorragias internas, é 
importante que os primeiros socorros sejam feitos rapidamente para evitar o 
agravamento do quadro clínico da pessoa. 
Hemorragia interna 
No caso de hemorragia interna, em que não se vê o sangue, mas há alguns 
sintomas sugestivos, como sede, pulso progressivamente mais rápido e fraco e 
alterações da consciência, é recomendado: 
 
Verificar o estado de consciência da pessoa, acalmá-la e mantê-la acordada; 
Desapertar a roupa da pessoa; 
Deixar a vítima aquecida, uma vez que é normal que em caso de hemorragia 
interna haja sensação de frio e tremores; 
Colocar a pessoa em posição lateral de segurança. 
Após essas atitudes, é recomendado ligar para a assistência médica e 
permanecer ao lado da pessoa até que seja socorrida. Além disso, é 
recomendado não dar comidas ou bebidas para a vítima, pois ela pode 
engasgar ou vomitar, por exemplo. 
Hemorragia externa 
Nesses casos, é importante identificar o local da hemorragia, colocar luvas, 
acionar a assistência médica e iniciar o procedimento de primeiros socorros: 
Deitar a pessoa e colocar uma compressa esterilizada ou um pano lavado no 
local da hemorragia, exercendo uma pressão; 
Caso o pano fique muito cheio de sangue, é recomendado que sejam 
colocados mais panos e não retirar os primeiros; 
Fazer pressão no ferimento por pelo menos 10 minutos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE COMPENSAÇÃO DE FREQUÊNCIAS 
O ambiente laboral que envolve o profissional de educação física os acasos e 
acidentes podem advir das mais simples e comuns contusões, câimbras, 
escoriações e entorses, até as imperiosas hemorragias, traumatismo crânio 
encefálico ou raquimedular (TCE e TRM) e até mesmo as paradas respiratórias 
e cardiorrespiratórias. Considerando essas afirmações é importante que o 
profissional esteja preparado para não somente solicitar o socorro 
especializado, como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), 
pelo telefone 192; o Corpo de Bombeiros Militar, pelo 193; mas também para 
prestar as intervenções necessárias no atendimento de primeiros socorros 
(http://www.confef.org.br/extra/revistaef/show.asp?id=3730). Neste sentido, 
liste os principais instrumentos (equipamentos) que o profissional de educação 
física deve possuir que ajudam na identificação e atendimento de situações 
que necessitam de um atendimento imediato, apontando essas possíveis 
situações e como conduzir na prestação do serviço de primeiro socorro. 
R: Os instrumentos e materiais presentes nos kits de primeiros socorros 
costumam variar de acordo com o ambiente de trabalho. Ou seja: os 
materiais de primeiros socorros de uma mineradora serão diferentes dos de 
uma transportadora, por exemplo. 
Em geral, um kit básico de primeiros socorros na empresa costuma ter: 
– termômetro; tesoura; pinça; máscara de proteção facial; luvas cirúrgicas; 
colar cervical; óculos de proteção; bolsa térmica; algodão hidrófilo; gaze 
esterilizada; esparadrapo; ataduras de crepe; caixa de curativo adesivo 
antisséptico; cotonetes; água oxigenada; álcool a 70%; água boricada; caixa 
para acondicionamento do kit 
É importante lembrar que o kit não deve ter medicamentos, evitando a 
automedicação. Se houver um médico no local, apenas ele será responsável 
por medicar os funcionários. 
O professor de Educação Física deve possuir noções elementares de primeiros 
socorros dentro do âmbito educacional para agir corretamente quando for 
necessário. Uma pesquisa realizada expõe que os professores, em média 30%, 
não se sentem preparados para a ação correta no momentoem que for 
preciso. 
O nível de conhecimento dos professores em primeiros socorros e a 
implementação de planos de emergência dentro do âmbito escolar é de 
grande importância, permitindo assim o socorro imediato dos alunos, a 
promoção de saúde, prevenção de doenças, acidentes entre crianças e 
adolescentes. Sendo assim, fica evidente a importância de pessoas 
capacitadas, seja nas escolas, seja em qualquer outro lugar, tendo a ciência 
exata à conduta correta quando em situação de emergência. 
“Os primeiros socorros são os primeiros atendimentos prestados a uma vítima 
que está ferida ou que adoece de força instantânea, seja temporariamente 
ou de imediatismo.” 
Os primeiros socorros são os cuidados imediatos prestados a uma pessoa, cujo 
estado físico, psíquico ou emocional acarretem em perigo à integridade de 
sua saúde ou de sua vida. Estes cuidados são realizados fora do ambiente 
hospitalar, e possuem o objetivo de manter as funções vitais da vítima, 
evitando o agravamento de seu quadro estático, até que a assistência 
médica especializada chegue. 
O prestador de socorro que age durante o atendimento pré-hospitalar, ou 
seja, os primeiros socorros, deve se atentar, primeiramente para sua própria 
segurança. A pessoa não deve, por impulso, se colocar em situação de risco, 
tomando atitudes deliberadas e inconsequentes. Além do mais, a seriedade e 
o respeito são importantíssimos durante uma boa prestação de primeiros 
socorros. A vítima não deve ser exposta de forma desnecessária e o sigilo 
sobre as informações pessoais que o prestador de socorro tenha 
conhecimento durante a ação de socorro deve ser mantido. 
Na Educação Física são trabalhadas inúmeras práticas corporais e suas 
manifestações, sendo o professor suscetível a, durante suas aulas, vivenciar 
situações em que seus alunos necessitem de atendimento emergencial. O 
professor, dessa forma, deve ter conhecimento suficiente para agir nestas 
situações, pois o atendimento realizado por socorristas pode demorar a 
chegar, trazendo traumas irreparáveis ou até mesmo causando a morte. (15) 
“Vários estudos apontam que a chance de reanimar um paciente com 
parada cardiorrespiratória diminui de 7 a 10% por minuto, portanto, sem o 
devido atendimento, a vítima pode vir a falecer em poucos minutos. ” 
Seria interessante que dentro do planejamento escolar fossem adicionadas 
aulas voltadas para a prestação de primeiros socorros e prevenção de 
acidentes, capacitando os próprios alunos para este tipo de ocorrência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crise convulsiva – Unidade I - UNIP Parnaíba – sala 04 – Primeiros socorros – 
Professora Raquel Souza 
Crise convulsiva é uma alteração da atividade elétrica do córtex cerebral (fina 
camada de substância cinzenta que recobre o cérebro. Ele é uma das regiões 
mais importantes do Sistema Nervoso Central (SNC). Ele recebe impulsos de 
todas as vias da sensibilidade, sendo o responsável pela interpretação e 
resposta de todas essas informações) causada pela alta sincronização 
neuronal, podendo ocorrer localmente ou difusamente provocando podendo 
ocasionar contrações involuntárias da musculatura, provocando movimentos 
desordenados e perda da consciência. 
Sobre crise convulsiva aponte: 
• Causas 
Em alguns casos, não é possível identificar a causa da convulsão. Nos outros, 
entre as causas prováveis, podemos destacar: 
 
Febre alta em crianças com menos de 5 anos; 
Doenças como meningites, encefalites, tétano, tumores cerebrais, infecção 
pelo HIV, epilepsia, etc; 
Traumas cranianos; 
Abstinência após uso prolongado de álcool e de outras drogas, ou efeito 
colateral de alguns medicamentos; 
Distúrbios metabólicos, como hipoglicemia, diabetes, insuficiência renal, etc; 
Falta de oxigenação no cérebro. 
 
• Sinais e sintomas 
Os sinais e sintomas dependem do tipo de convulsão, da região do cérebro 
envolvida e da função que ela desempenha no organismo. 
 
Nas convulsões parciais, podem ou não ocorrer alterações do nível de 
consciência associadas a sintomas psíquicos e sensoriais, como movimentos 
involuntários em alguma parte do corpo, comprometimento das sensações de 
paladar, olfato, visão, audição e da fala, alucinações, vertigens, delírios. 
Algumas vezes, essas manifestações são leves e podem ser atribuídas a 
problemas psiquiátricos. 
 
Existem diversos tipos de convulsões generalizadas. Os dois mais frequentes são 
a crise de ausência, ou pequeno mal, e a convulsão tônico-clônica, ou 
grande mal. 
 
No primeiro grupo, incluem-se as pessoas que, durante alguns segundos, ficam 
com o olhar perdido, como se estivessem no mundo da lua, e não respondem 
quando chamadas. Quando a ausência dura mais de dez segundos, o 
paciente pode manifestar movimentos automáticos, como piscar de olhos e 
tremor dos lábios, por exemplo. Essas crises chegam a ser tão breves que, às 
vezes, ele nem sequer se dá conta do que aconteceu. 
Já as convulsões tônico-clônicas estão associadas à perda súbita da 
consciência. O quadro dura poucos minutos. Na fase tônica, todos os 
músculos dos braços, pernas e tronco ficam endurecidos, contraídos e 
estendidos e a face adquire coloração azulada. Em seguida, a pessoa entra 
na fase clônica e começa a sofrer contrações rítmicas, repetitivas e 
incontroláveis. Em ambas as situações, a saliva pode ser abundante e ficar 
espumosa. Mordida pelos dentes, a língua pode sangrar. 
 
• Como prestar o atendimento de primeiros socorros. 
As convulsões acontecem devido a descargas elétricas anormais no cérebro, 
que levam à contração involuntária de vários músculos do corpo. 
Normalmente, as crises convulsivas duram apenas alguns segundos, mas 
também podem se estender por 2 a 5 minutos e acontecer várias vezes 
seguidas. 
 
Durante uma crise de convulsão é aconselhado que: 
Dê espaço para a pessoa, afastando objetos que estejam próximos, como 
mesas ou cadeiras; 
Desaperte roupas apertadas, principalmente em volta do pescoço, como 
camisas ou gravatas; 
Coloque a pessoa deitada de lado, para evitar que possa se engasgar com a 
própria língua ou com vômito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Traumatismo raquimedular – Unidade I – Sala 04 – UNIP Parnaíba - Primeiros 
socorros – Professora Raquel Souza 
A medula nervosa é semelhante com um cabo telefônico, com milhões “fios” 
em seu núcleo. Ela brota no cérebro e vem descendo por dentro dos ossos da 
coluna (vértebras), emitindo um ramo de nervo a cada vértebra. Num trauma 
de coluna pode haver a fratura de uma vértebra, com grande possibilidade 
de lesar a medula nervosa – o que irá obstruir essa correspondência. O 
traumatismo raquimedular consiste nisso, em uma lesão na coluna vertebral 
e/ou na medula espinhal, que pode variar de acordo com o grau da lesão e a 
área atingida (MACHADO, 2001). Neste sentido, discorra sobre: 
• Causas 
O trauma raquimedular pode resultar de danos nas vértebras, ligamentos ou 
discos da coluna vertebral ou danos diretamente na própria medula, devido a 
acidentes de trânsito, quedas, luta, desportos violentos, mergulho num local 
com pouca água ou numa posição incorreta, ferimento de uma bala ou uma 
faca ou mesmo por doenças como artrite, câncer, infecção ou degeneração 
dos discos da coluna vertebral. 
 
A lesão pode piorar dias ou semanas depois do acidente traumático, devido a 
sangramento, inchaço ou fluido acumulado em torno da medula espinhal. 
 
• Manifestações clínicas 
Dor no pescoço ou nas costas. Dor ao mexer o pescoço ou as costas. Dor a 
palpação da região posterior do pescoço ou da linha média das costas. 
Deformidade da coluna vertebral. Paralisia, paresia, dormência ou 
formigamento nas pernas ou braços em qualquer momento após o incidente. 
 
• Sinais e sintomas 
Os sinais e sintomas de um traumatismo raquimedular dependem da 
severidade da lesão e da região onde ocorre. A pessoa pode ficar 
paraplégica, quando é afetada apenas a parte do tronco,pernas e região 
pélvica, ou tetraplégica, quando é afetado todo o corpo abaixo do pescoço. 
 
Lesões na medula espinhal podem resultar nos seguintes sinais e sintomas: 
 
Perda dos movimentos; 
Perda ou alteração da sensibilidade ao calor, frio, dor ou toque; 
Espasmos musculares e reflexos exagerados; 
Alterações na função sexual, na sensibilidade sexual ou na fertilidade; 
Dor ou sensação de picadas; 
Dificuldade para respirar ou eliminar secreções dos pulmões; 
Perda do controle da bexiga ou do intestino. 
Embora o controle da bexiga e do intestino seja perdido, estas estruturas 
continuam a funcionar normalmente. A bexiga continua a armazenar a urina e 
o intestino continua a exercer as suas funções na digestão, no entanto, existe a 
dificuldade na comunicação entre o cérebro e estas estruturas para eliminar a 
urina e as fezes, aumentando o risco de desenvolver infecções ou formar 
pedras nos rins. 
 
Além destes sintomas, no momento da lesão também pode ocorrer dor nas 
costas muito intensa ou pressão no pescoço e na cabeça, fraqueza, 
descoordenação ou paralisia em qualquer região do corpo, dormência, 
formigamento e perda da sensibilidade nas mãos, dedos e pés, dificuldade 
para caminhar e manter o equilíbrio, dificuldade para respirar ou mesmo 
posicionamento torcido do pescoço ou das costas. 
 
• O que fazer e o que não se deve fazer no atendimento de primeiros 
socorros nesses casos. 
Após um acidente, uma queda ou algo que possa ter provocado um trauma 
raquimedular deve-se evitar mover a pessoa lesionada e ligar de imediato 
para a emergência médica. 
 
Além disso, deve-se manter a pessoa imobilizada e se possível, colocar toalhas 
pesadas dos dois lados do pescoço, de forma a segurar a cabeça e evitar 
que se mova até os médicos chegarem e colocarem um colete cervical, e se 
for o caso, estancar qualquer hemorragia que ocorra.

Continue navegando

Outros materiais