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CONCEITO DE FERIDAS Uma ferida supõe uma perda de continuidade na pele, que é secundária a um traumatismo. Essa agressão ao tecido pode causar um risco de infecção ou a possibilidade de lesões nos tecidos e nos órgãos adjacentes. CLASSIFICAÇÃO/CAUSAS DE FERIDAS As feridas podem ser classificadas de três formas diferentes: de acordo com a maneira como foram produzidas, de acordo com o grau de contaminação e de acordo com o comprometimento tecidual. Quanto ao mecanismo de lesão as feridas podem ser descritas como incisas, contusas, lacerantes ou perfurantes. As feridas incisas ou cirúrgicas são aquelas produzidas por um instrumento cortante. As feridas limpas geralmente são fechadas por suturas. As feridas contusas são produzidas por objeto rombo e são caracterizadas por traumatismo das partes moles, hemorragia e edema. As feridas laceradas são aquelas com margens irregulares como as produzidas por vidro ou arame farpado. As feridas perfurantes são caracterizadas por pequenas aberturas na pele. Um exemplo são as feridas feitas por bala ou ponta de faca. Quanto ao grau de contaminação, as feridas podem ser limpas, limpas- contaminadas, contaminadas ou sujas e infectadas. Feridas limpas são aquelas que não apresentam inflamação e em que não são atingidos os tratos respiratório, digestivo, genital ou urinário. Feridas limpas-contaminadas são aquelas nas quais os tratos respiratório, alimentar ou urinário são atingidos, porém em condições controladas. As feridas contaminadas incluem feridas acidentais, recentes e abertas e cirurgias em que a técnica asséptica não foi respeitada devidamente. Feridas infectadas ou sujas são aquelas nas quais os microorganismos já estavam presentes antes da lesão. Procedimentos/Orientações para o atendimento de primeiros socorros Primeiros socorros são intervenções que devem ser feitas de maneira rápida, logo após o acidente ou mal súbito, que visam a evitar o agravamento do problema até que um serviço especializado de atendimento chegue até o local. Essas intervenções são muito importantes, pois podem evitar complicações e até mesmo evitar a morte de um indivíduo. Antes de qualquer procedimento de primeiro socorro, é importante que o socorrista tenha em mente a necessidade de: Manter a calma; Afastar os curiosos; Garantir que serviço de emergência seja chamado. É muito importante salientar que algumas pessoas não estão preparadas para realizar os primeiros socorros e, portanto, o ideal é que deixe outra pessoa realizar os procedimentos adequados e auxiliar de outra maneira, como, buscando socorro. CONCEITO DE HEMORRAGIA A hemorragia pode ser definida como uma saída de sangue dos vasos sanguíneos e do coração. Suas causas podem ser as mais variadas, sendo que podemos destacar como principais os fatores extrínsecos, intrínsecos ou deficiência nos fatores de coagulação. Os fatores extrínsecos estão relacionados com questões externas ao nosso corpo, tais como traumas ocasionados por acidentes. Os fatores intrínsecos estão relacionados com problemas nos vasos sanguíneos ou no nosso próprio corpo, como arteriosclerose, aneurismas e pressão alta. A hemorragia pode ser classificada como externa ou interna. Dizemos que a hemorragia é externa quando a lesão causa perda de sangue na superfície do corpo e é visível ao exame clínico. Na hemorragia interna, não podemos ver a saída do sangue, uma vez que a lesão envolve a parte interna do organismo. Nesse último caso, o problema é relativamente maior, pois, se não observada a tempo, pode causar consequências graves e até mesmo a morte. Dependendo do vaso sanguíneo lesionado, a hemorragia terá diferente gravidade. Quando o rompimento ocorre em uma artéria, percebemos a saída de sangue em abundância, em grande velocidade e ele apresenta uma coloração vermelha viva. Esse tipo de lesão é extremamente grave. Quando ocorre o rompimento de uma veia, o sangramento não se apresenta muito intenso e o sangue tem coloração mais escura. É relativamente menos grave que a arterial, porém a demora no atendimento pode ser extremamente perigosa. Já nos capilares, o sangue sai lentamente e a tonalidade é um vermelho menos vivo do que quando comparado ao sangue arterial. POSSÍVEIS CAUSAS DE HEMORRAGIA Três coisas são necessárias para ajudar os vasos sanguíneos lesionados a parar de sangrar: plaquetas (células sanguíneas que ajudam na coagulação do sangue), fatores de coagulação sanguínea (proteínas produzidas em grande parte pelo fígado e por certas células que revestem os vasos sanguíneos) e estreitamento dos vasos sanguíneos (constrição). Anomalias em qualquer um desses fatores podem levar a excessiva hemorragia ou excessiva formação de hematomas: Distúrbios das plaquetas, incluindo escassez de plaquetas (trombocitopenia), plaquetas em excesso e funcionamento anormal das plaquetas Redução da atividade dos fatores de coagulação sanguínea (devido a hemofilia, distúrbios hepáticos,deficiência de vitamina K, por exemplo, ou ao uso de certos medicamentos) https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/biologia-do-sangue/componentes-do-sangue#v773929_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/o-processo-de-coagula%C3%A7%C3%A3o-sangu%C3%ADnea/como-o-sangue-coagula https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/o-processo-de-coagula%C3%A7%C3%A3o-sangu%C3%ADnea/como-o-sangue-coagula https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/o-processo-de-coagula%C3%A7%C3%A3o-sangu%C3%ADnea/como-o-sangue-coagula https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/dist%C3%BArbios-das-plaquetas/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-dist%C3%BArbios-das-plaquetas https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/dist%C3%BArbios-das-plaquetas/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-trombocitopenia https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/hemorragia-decorrente-de-dist%C3%BArbios-de-coagula%C3%A7%C3%A3o/hemofilia https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/vitamina-k#v766880_pt Defeitos dos vasos sanguíneos Os distúrbios das plaquetas primeiro causam pequenos pontos vermelhos ou roxos na pele. Mais tarde, caso o distúrbio se torne grave, pode ocorrer hemorragia. Reduções dos fatores de coagulação sanguínea em geral causam hemorragias e formação de hematomas. Defeitos nos vasos sanguíneos em geral causam a formação de pontos vermelhos ou roxos e manchas na pele em vez de hemorragia. Púrpura senil Mais comumente, a formação fácil ou excessiva de hematomas ocorre na pele e os vasos sanguíneos são frágeis. Mulheres e pessoas mais idosas de ambos os sexos são mais comumente afetadas. Os hematomas tendem a se formar nas coxas, nas nádegas e na parte superior dos braços. As pessoas, porém, não apresentam outros sintomas de hemorragia excessiva e os resultados do exame de sangue são normais. Este quadro clínico não é grave e nenhum tratamento é necessário. Causas comuns No geral, as causas mais comuns de hemorragia fácil incluem Deficiência grave de plaquetas Uso de medicamentos que inibem a coagulação (anticoagulantes), incluindo heparina, varfarina e anticoagulantes orais diretos Doença hepática (que causa produção inadequada de fatores de coagulação) A deficiência de plaquetas pode se dever a uma produção inadequada de plaquetas pela medula óssea ou à destruição excessiva de plaquetas (por um baço aumentado, certos medicamentos ou infecções, por exemplo). Pessoas com tendência a formar coágulos sanguíneos podem tomar heparina, varfarina ou anticoagulantes orais diretos (incluindo dabigatrana, apixabana, edoxabana e rivaroxabana) para reduzir essa tendência. Contudo, às vezes, esses medicamentos reduzem demais a capacidade de coagulaçãodo organismo e as pessoas apresentam hemorragias e/ou formação de hematomas. O fígado é um dos principais locais de produção dos fatores de coagulação sanguínea e ajuda a regular a coagulação do sangue. Dessa forma, pessoas com doença hepática (por exemplo, hepatite ou cirrose) têm tendência a sangrar facilmente. Causas menos comuns A hemofilia é um distúrbio hereditário no qual o corpo não produz quantidade suficiente de um dos fatores de coagulação. As pessoas apresentam hemorragia excessiva em tecidos profundos, tais como músculos, articulações e na parte posterior da cavidade abdominal, em https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/dist%C3%BArbios-do-ba%C3%A7o/ba%C3%A7o-aumentado https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/hepatite/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-hepatite https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/fibrose-e-cirrose-do-f%C3%ADgado/cirrose-do-f%C3%ADgado https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/hemorragia-decorrente-de-dist%C3%BArbios-de-coagula%C3%A7%C3%A3o/hemofilia geral após traumas menores. Pode ocorrer hemorragia no cérebro, o que pode ser fatal. Certos distúrbios acionam o sistema de coagulação por todo o corpo. Em vez de causarem coágulos sanguíneos em todos os lugares, as plaquetas e os fatores de coagulação são rapidamente esgotados e ocorre hemorragia. Esse distúrbio, chamado coagulação intravascular disseminada (CID), pode ser desencadeado por muitos quadros clínicos, incluindo infecções graves, lesões graves, trabalho de parto, parto e certos cânceres. As pessoas com CID já estão frequentemente hospitalizadas. Elas sangram excessivamente devido a picadas de agulha e com frequência apresentam hemorragia significativa no trato digestivo. CLASSIFICAÇÃO DE HEMORRAGIAS A hemorragia pode ser dividida em interna e externa. A hemorragia interna é aquela que não é visível, ou seja, todo o sangue perdido se acumula nas cavidades do organismo, tais como: crânio, abdominal, torácica, entre outras. Algumas manifestações que podem ser encontradas são: Fraqueza; Sonolência; Frio; Sede; Alteração do nível de consciência; Respiração rápida; Pele pálida, fria e úmida; Tremores. Algumas situações nos ajudam a pensar em hemorragia interna, entre elas são: Acidentes automobilísticos, no qual o impacto foi extremamente forte; Ferimento por arma de fogo, faca ou qualquer outra arma branca; Acidente em que o corpo suportou grande pressão, como quedas, esmagamento. É extremamente difícil, para um leigo, saber se está ocorrendo ou não uma hemorragia interna, porém, caso algum dos sintomas ou se o local do acidente ou o ato, ajudar a suspeitar que se trata de uma hemorragia interna, mantenha a calma e chame o serviço especializado em emergência, o mais rápido possível. Hemorragia externa A hemorragia externa pode ser dividida em: arterial venosa e capilar. Mas como podemos diferenciá-los? Normalmente, o sangue de origem arterial, possui grande pressão e é de tom vermelho vivo, por ser rico em oxigênio, https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/hemorragia-decorrente-de-dist%C3%BArbios-de-coagula%C3%A7%C3%A3o/coagula%C3%A7%C3%A3o-intravascular-disseminada-cid portanto, é a forma mais grave de perda, necessitando de atendimento rápido. O sangue de origem venosa possui menor pressão e é de tom vermelho escuro, por ser pobre em oxigênio. Sua perda é menos grave quando comparado ao arterial, contudo, a demora no atendimento, podem ter consequências fatais. Já as hemorragias capilares são pequenas perdas de sangue, em vasos de pequeno calibre que recobrem a superfície do corpo. Primeiros socorros para hemorragia As hemorragias podem ser causadas por diversos fatores que devem ser identificados posteriormente, mas é vital que seja controlada para garantir o bem-estar imediato da vítima até chegar socorro médico profissional de emergência. No caso de hemorragias externas é importante evitar a saída excessiva de sangue e, para isso, é recomendado que seja feito o garrote e, quando não é possível, colocar um pano limpo em cima da lesão e realizar pressão até que a assistência médica chegue no local. Já no caso das hemorragias internas, é importante que os primeiros socorros sejam feitos rapidamente para evitar o agravamento do quadro clínico da pessoa. Hemorragia interna No caso de hemorragia interna, em que não se vê o sangue, mas há alguns sintomas sugestivos, como sede, pulso progressivamente mais rápido e fraco e alterações da consciência, é recomendado: Verificar o estado de consciência da pessoa, acalmá-la e mantê-la acordada; Desapertar a roupa da pessoa; Deixar a vítima aquecida, uma vez que é normal que em caso de hemorragia interna haja sensação de frio e tremores; Colocar a pessoa em posição lateral de segurança. Após essas atitudes, é recomendado ligar para a assistência médica e permanecer ao lado da pessoa até que seja socorrida. Além disso, é recomendado não dar comidas ou bebidas para a vítima, pois ela pode engasgar ou vomitar, por exemplo. Hemorragia externa Nesses casos, é importante identificar o local da hemorragia, colocar luvas, acionar a assistência médica e iniciar o procedimento de primeiros socorros: Deitar a pessoa e colocar uma compressa esterilizada ou um pano lavado no local da hemorragia, exercendo uma pressão; Caso o pano fique muito cheio de sangue, é recomendado que sejam colocados mais panos e não retirar os primeiros; Fazer pressão no ferimento por pelo menos 10 minutos. TRABALHO DE COMPENSAÇÃO DE FREQUÊNCIAS O ambiente laboral que envolve o profissional de educação física os acasos e acidentes podem advir das mais simples e comuns contusões, câimbras, escoriações e entorses, até as imperiosas hemorragias, traumatismo crânio encefálico ou raquimedular (TCE e TRM) e até mesmo as paradas respiratórias e cardiorrespiratórias. Considerando essas afirmações é importante que o profissional esteja preparado para não somente solicitar o socorro especializado, como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), pelo telefone 192; o Corpo de Bombeiros Militar, pelo 193; mas também para prestar as intervenções necessárias no atendimento de primeiros socorros (http://www.confef.org.br/extra/revistaef/show.asp?id=3730). Neste sentido, liste os principais instrumentos (equipamentos) que o profissional de educação física deve possuir que ajudam na identificação e atendimento de situações que necessitam de um atendimento imediato, apontando essas possíveis situações e como conduzir na prestação do serviço de primeiro socorro. R: Os instrumentos e materiais presentes nos kits de primeiros socorros costumam variar de acordo com o ambiente de trabalho. Ou seja: os materiais de primeiros socorros de uma mineradora serão diferentes dos de uma transportadora, por exemplo. Em geral, um kit básico de primeiros socorros na empresa costuma ter: – termômetro; tesoura; pinça; máscara de proteção facial; luvas cirúrgicas; colar cervical; óculos de proteção; bolsa térmica; algodão hidrófilo; gaze esterilizada; esparadrapo; ataduras de crepe; caixa de curativo adesivo antisséptico; cotonetes; água oxigenada; álcool a 70%; água boricada; caixa para acondicionamento do kit É importante lembrar que o kit não deve ter medicamentos, evitando a automedicação. Se houver um médico no local, apenas ele será responsável por medicar os funcionários. O professor de Educação Física deve possuir noções elementares de primeiros socorros dentro do âmbito educacional para agir corretamente quando for necessário. Uma pesquisa realizada expõe que os professores, em média 30%, não se sentem preparados para a ação correta no momentoem que for preciso. O nível de conhecimento dos professores em primeiros socorros e a implementação de planos de emergência dentro do âmbito escolar é de grande importância, permitindo assim o socorro imediato dos alunos, a promoção de saúde, prevenção de doenças, acidentes entre crianças e adolescentes. Sendo assim, fica evidente a importância de pessoas capacitadas, seja nas escolas, seja em qualquer outro lugar, tendo a ciência exata à conduta correta quando em situação de emergência. “Os primeiros socorros são os primeiros atendimentos prestados a uma vítima que está ferida ou que adoece de força instantânea, seja temporariamente ou de imediatismo.” Os primeiros socorros são os cuidados imediatos prestados a uma pessoa, cujo estado físico, psíquico ou emocional acarretem em perigo à integridade de sua saúde ou de sua vida. Estes cuidados são realizados fora do ambiente hospitalar, e possuem o objetivo de manter as funções vitais da vítima, evitando o agravamento de seu quadro estático, até que a assistência médica especializada chegue. O prestador de socorro que age durante o atendimento pré-hospitalar, ou seja, os primeiros socorros, deve se atentar, primeiramente para sua própria segurança. A pessoa não deve, por impulso, se colocar em situação de risco, tomando atitudes deliberadas e inconsequentes. Além do mais, a seriedade e o respeito são importantíssimos durante uma boa prestação de primeiros socorros. A vítima não deve ser exposta de forma desnecessária e o sigilo sobre as informações pessoais que o prestador de socorro tenha conhecimento durante a ação de socorro deve ser mantido. Na Educação Física são trabalhadas inúmeras práticas corporais e suas manifestações, sendo o professor suscetível a, durante suas aulas, vivenciar situações em que seus alunos necessitem de atendimento emergencial. O professor, dessa forma, deve ter conhecimento suficiente para agir nestas situações, pois o atendimento realizado por socorristas pode demorar a chegar, trazendo traumas irreparáveis ou até mesmo causando a morte. (15) “Vários estudos apontam que a chance de reanimar um paciente com parada cardiorrespiratória diminui de 7 a 10% por minuto, portanto, sem o devido atendimento, a vítima pode vir a falecer em poucos minutos. ” Seria interessante que dentro do planejamento escolar fossem adicionadas aulas voltadas para a prestação de primeiros socorros e prevenção de acidentes, capacitando os próprios alunos para este tipo de ocorrência. Crise convulsiva – Unidade I - UNIP Parnaíba – sala 04 – Primeiros socorros – Professora Raquel Souza Crise convulsiva é uma alteração da atividade elétrica do córtex cerebral (fina camada de substância cinzenta que recobre o cérebro. Ele é uma das regiões mais importantes do Sistema Nervoso Central (SNC). Ele recebe impulsos de todas as vias da sensibilidade, sendo o responsável pela interpretação e resposta de todas essas informações) causada pela alta sincronização neuronal, podendo ocorrer localmente ou difusamente provocando podendo ocasionar contrações involuntárias da musculatura, provocando movimentos desordenados e perda da consciência. Sobre crise convulsiva aponte: • Causas Em alguns casos, não é possível identificar a causa da convulsão. Nos outros, entre as causas prováveis, podemos destacar: Febre alta em crianças com menos de 5 anos; Doenças como meningites, encefalites, tétano, tumores cerebrais, infecção pelo HIV, epilepsia, etc; Traumas cranianos; Abstinência após uso prolongado de álcool e de outras drogas, ou efeito colateral de alguns medicamentos; Distúrbios metabólicos, como hipoglicemia, diabetes, insuficiência renal, etc; Falta de oxigenação no cérebro. • Sinais e sintomas Os sinais e sintomas dependem do tipo de convulsão, da região do cérebro envolvida e da função que ela desempenha no organismo. Nas convulsões parciais, podem ou não ocorrer alterações do nível de consciência associadas a sintomas psíquicos e sensoriais, como movimentos involuntários em alguma parte do corpo, comprometimento das sensações de paladar, olfato, visão, audição e da fala, alucinações, vertigens, delírios. Algumas vezes, essas manifestações são leves e podem ser atribuídas a problemas psiquiátricos. Existem diversos tipos de convulsões generalizadas. Os dois mais frequentes são a crise de ausência, ou pequeno mal, e a convulsão tônico-clônica, ou grande mal. No primeiro grupo, incluem-se as pessoas que, durante alguns segundos, ficam com o olhar perdido, como se estivessem no mundo da lua, e não respondem quando chamadas. Quando a ausência dura mais de dez segundos, o paciente pode manifestar movimentos automáticos, como piscar de olhos e tremor dos lábios, por exemplo. Essas crises chegam a ser tão breves que, às vezes, ele nem sequer se dá conta do que aconteceu. Já as convulsões tônico-clônicas estão associadas à perda súbita da consciência. O quadro dura poucos minutos. Na fase tônica, todos os músculos dos braços, pernas e tronco ficam endurecidos, contraídos e estendidos e a face adquire coloração azulada. Em seguida, a pessoa entra na fase clônica e começa a sofrer contrações rítmicas, repetitivas e incontroláveis. Em ambas as situações, a saliva pode ser abundante e ficar espumosa. Mordida pelos dentes, a língua pode sangrar. • Como prestar o atendimento de primeiros socorros. As convulsões acontecem devido a descargas elétricas anormais no cérebro, que levam à contração involuntária de vários músculos do corpo. Normalmente, as crises convulsivas duram apenas alguns segundos, mas também podem se estender por 2 a 5 minutos e acontecer várias vezes seguidas. Durante uma crise de convulsão é aconselhado que: Dê espaço para a pessoa, afastando objetos que estejam próximos, como mesas ou cadeiras; Desaperte roupas apertadas, principalmente em volta do pescoço, como camisas ou gravatas; Coloque a pessoa deitada de lado, para evitar que possa se engasgar com a própria língua ou com vômito. Traumatismo raquimedular – Unidade I – Sala 04 – UNIP Parnaíba - Primeiros socorros – Professora Raquel Souza A medula nervosa é semelhante com um cabo telefônico, com milhões “fios” em seu núcleo. Ela brota no cérebro e vem descendo por dentro dos ossos da coluna (vértebras), emitindo um ramo de nervo a cada vértebra. Num trauma de coluna pode haver a fratura de uma vértebra, com grande possibilidade de lesar a medula nervosa – o que irá obstruir essa correspondência. O traumatismo raquimedular consiste nisso, em uma lesão na coluna vertebral e/ou na medula espinhal, que pode variar de acordo com o grau da lesão e a área atingida (MACHADO, 2001). Neste sentido, discorra sobre: • Causas O trauma raquimedular pode resultar de danos nas vértebras, ligamentos ou discos da coluna vertebral ou danos diretamente na própria medula, devido a acidentes de trânsito, quedas, luta, desportos violentos, mergulho num local com pouca água ou numa posição incorreta, ferimento de uma bala ou uma faca ou mesmo por doenças como artrite, câncer, infecção ou degeneração dos discos da coluna vertebral. A lesão pode piorar dias ou semanas depois do acidente traumático, devido a sangramento, inchaço ou fluido acumulado em torno da medula espinhal. • Manifestações clínicas Dor no pescoço ou nas costas. Dor ao mexer o pescoço ou as costas. Dor a palpação da região posterior do pescoço ou da linha média das costas. Deformidade da coluna vertebral. Paralisia, paresia, dormência ou formigamento nas pernas ou braços em qualquer momento após o incidente. • Sinais e sintomas Os sinais e sintomas de um traumatismo raquimedular dependem da severidade da lesão e da região onde ocorre. A pessoa pode ficar paraplégica, quando é afetada apenas a parte do tronco,pernas e região pélvica, ou tetraplégica, quando é afetado todo o corpo abaixo do pescoço. Lesões na medula espinhal podem resultar nos seguintes sinais e sintomas: Perda dos movimentos; Perda ou alteração da sensibilidade ao calor, frio, dor ou toque; Espasmos musculares e reflexos exagerados; Alterações na função sexual, na sensibilidade sexual ou na fertilidade; Dor ou sensação de picadas; Dificuldade para respirar ou eliminar secreções dos pulmões; Perda do controle da bexiga ou do intestino. Embora o controle da bexiga e do intestino seja perdido, estas estruturas continuam a funcionar normalmente. A bexiga continua a armazenar a urina e o intestino continua a exercer as suas funções na digestão, no entanto, existe a dificuldade na comunicação entre o cérebro e estas estruturas para eliminar a urina e as fezes, aumentando o risco de desenvolver infecções ou formar pedras nos rins. Além destes sintomas, no momento da lesão também pode ocorrer dor nas costas muito intensa ou pressão no pescoço e na cabeça, fraqueza, descoordenação ou paralisia em qualquer região do corpo, dormência, formigamento e perda da sensibilidade nas mãos, dedos e pés, dificuldade para caminhar e manter o equilíbrio, dificuldade para respirar ou mesmo posicionamento torcido do pescoço ou das costas. • O que fazer e o que não se deve fazer no atendimento de primeiros socorros nesses casos. Após um acidente, uma queda ou algo que possa ter provocado um trauma raquimedular deve-se evitar mover a pessoa lesionada e ligar de imediato para a emergência médica. Além disso, deve-se manter a pessoa imobilizada e se possível, colocar toalhas pesadas dos dois lados do pescoço, de forma a segurar a cabeça e evitar que se mova até os médicos chegarem e colocarem um colete cervical, e se for o caso, estancar qualquer hemorragia que ocorra.
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