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ECONOMIA E MERCADOS

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Economia e Mercados
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1.
3
2/154
Economia e Mercados
Autor: Waldemir Luiz de Quadros
Como citar este documento: QUADROS, Waldemir Luiz de. Economia e Mercados. Valinhos, 2015.
Sumário
Apresentação da Disciplina 03
Unidade 1: Introdução à Economia 04
Unidade 2: O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial 37
Unidade 3: Princípios de Economia Internacional 76
Unidade 4: Políticas Macroeconômicas 113
2/163
3/154
Apresentação da Disciplina
Na disciplina “Economia e Mercados” 
nós vamos estudar a teoria econômica e 
suas aplicações. O objetivo desse estudo 
é possibilitar ao gestor uma melhor 
compreensão e participação do mundo 
econômico em que vive, bem como 
um melhor entendimento dos debates 
econômicos veiculados nos vários meios 
de comunicação. O estudo da economia 
pode contribuir para que o gestor tenha 
um melhor posicionamento estratégico da 
empresa no mercado em que atua.
O estudo de economia divide-se em 
duas áreas distintas e interligadas: 
microeconomia e macroeconomia. A 
microeconomia estuda como as famílias e 
as empresas tomam decisões econômicas 
e como interagem em mercados 
específicos (alimentos, carros, turismo, 
etc.). Já a macroeconomia dedica-se 
a analisar os fenômenos da economia 
como um todo (crescimento do PIB, taxa 
de desemprego, inflação, etc.). Vamos 
estudar microeconomia nas Aulas 1 e 2, e 
macroeconomia nas Aulas 3 e 4. 
A Aula 1 apresenta uma introdução ao 
estudo da teoria econômica. A aula 2 
estuda o comportamento da empresa 
e a organização da indústria. A Aula 3 
será dedicada ao estudo das relações 
internacionais. Finalmente, a Aula 4 irá 
analisar as flutuações macroeconômicas.
4/154
Unidade 1
Introdução à Economia
Objetivos
1. A Aula 1 tem por objetivo apresentar uma introdução ao estudo da teoria econômica. 
Inicialmente, à guisa de introdução, são apresentados a definição de economia e os conceitos 
de escassez de recursos produtivos e das necessidades humanas de consumo. O item 2 é 
todo dedicado à análise de conceitos básicos da teoria econômica: a existência de tradeoffs 
(dilemas); os custos de oportunidade; a racionalidade econômica; os ganhos comerciais; as 
funções do governo; o fluxo circular da renda; a fronteira de possibilidade de produção. 
2. Em seguida, no item 3, aprofunda-se o estudo do funcionamento dos mercados 
competitivos, com destaque para a análise: das características dos mercados 
competitivos; da demanda de mercado; da oferta de mercado; do equilíbrio de mercado; 
das elasticidades da demanda; das elasticidades da oferta; das políticas de controle de 
preços; da eficiência econômica e do bem-estar social; dos custos da tributação.
5/154
Objetivos
3. Finalmente, no item 4, vamos estudar a teoria da escolha do consumidor: a restrição 
orçamentária; as preferências do consumidor; as escolhas ótimas do consumidor; os 
efeitos da variação na renda e nos preços; a curva de demanda do consumidor.
Unidade 1
Introdução à Economia
Para saber mais
Além do Apoio à Aprendizagem, há a indicação de alguns materiais de acompanhamento e 
aprofundamento, dentre eles, destaca-se: MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. São Paulo: 
Cengage Learning, 2013, 6ª edição. Leia especialmente os capítulos de 1 a 8, e o 21. Esta leitura 
deve lhe auxiliar no melhor entendimento da Aula 1.
Unidade 1 • Introdução à Economia6/154
1. Introdução
“A Economia é o estudo da forma como as sociedades utilizam recursos escassos para produzir 
bens e serviços que possuem valor para distribuí-los entre indivíduos diferentes” (SAMUELSON; 
NORDHAUS, p. 3).
Link
O professor Paul Anthony Samuelson (1915 – 2009), primeiro americano a receber o prêmio Nobel 
em Economia (1970), escreveu, em 1948, o livro Economics (“Economia”) que, desde então, ensina os 
fundamentos da ciência econômica à maioria dos estudantes de economia em todo o mundo. Você 
pode ter acesso online ao Capítulo 1, Conceitos Centrais da Economia, da 19ª edição do livro publicada 
no Brasil, acessando e se cadastrando no site da editora: http://loja.grupoa.com.br/ . Acesso em: 23 
Fevereiro de 2017.
A existência de escassez de recursos e o desejo de eficiência no uso dos recursos para produzir 
bens e serviços que atendam às necessidades humanas “ilimitadas” de consumo são 
conceitos centrais da ciência econômica.
http://loja.grupoa.com.br/
Unidade 1 • Introdução à Economia7/154
Os recursos produtivos podem ser 
classificados em: (a) Recursos materiais: 
terra, água, minerais, etc. (b) Capital: 
máquinas, equipamentos, infraestrutura, 
etc. (c) Trabalho: número de trabalhadores, 
qualificação, etc. (d) Tecnologia.
Nas economias modernas os recursos são 
alocados principalmente através das trocas 
realizadas pelas famílias e empresas nos 
mercados. Entender o funcionamento dos 
mercados competitivos é o objetivo do 
estudo a seguir.
2. Conceitos Básicos
2.1 Os Custos de Oportunidade
O conceito de custos de oportunidade 
está ligado aos conceitos de escassez dos 
Para saber mais
As necessidades humanas “ilimitadas” de 
consumo podem ser classificadas em: (1) 
Necessidades individuais: (a) Corporais absolutas 
(biológicas): alimentação, vestuário, habitação, 
etc.; (b) Corporais relativas (sociais): conforto. 
(converte coisas supérfluas em “necessidades”); 
(c) Espirituais: conhecimento, cultura, etc.; (d) 
Luxo ou consumo suntuário: status, caráter 
relativo (diferenças de classe e de renda); (2) 
Necessidades coletivas: segurança, saúde, 
educação, etc. (CANO, p. 15-18). 
Unidade 1 • Introdução à Economia8/154
recursos e da consequente necessidade 
de escolha nas decisões (tradeoff). Dada 
a escassez de recursos, as decisões dos 
agentes envolvem escolher um objetivo em 
detrimento de outros objetivos possíveis. 
O custo de oportunidade de alguma coisa 
representa tudo o que se renuncia para 
obtê-la (MANKIW, p. 5).
Considere o exemplo: você tem um 
montante de dinheiro e quer decidir se vai 
investi-lo na abertura de uma empresa ou 
se vai aplicá-lo no mercado financeiro. Você 
também tem que decidir se vai usar seu 
tempo disponível para se tornar empresário 
ou se vai trabalhar como assalariado. No 
caso de optar por se tronar empresário de 
sua empresa, os custos de oportunidade 
seriam a soma dos valores dos salários e 
dos juros que você deixou de ganhar com a 
sua decisão.
2.2 A Racionalidade Econômica
A economia considera que os agentes 
econômicos têm um comportamento 
racional, sempre buscando atingir o 
melhor objetivo desejado. As pessoas 
racionais pensam marginalmente, somente 
executando uma ação se o benefício 
marginal exceder seu custo marginal. 
Exemplo: um empresário racional só irá 
decidir por um aumento da produção se 
a receita adicional que espera ganhar for 
maior que o custo adicional necessário 
para viabilizar o aumento da produção do 
bem (MANKIW, p. 6-7). 
Unidade 1 • Introdução à Economia9/154
trocá-lo por outros bens, aumentando o 
bem-estar de todos. (MANKIW, p. 10-11). 
2.3 Os Ganhos com o Comércio
Nas modernas economias os mercados 
predominam como modo de organizar a 
atividade econômica: quais bens produzir; 
como produzi-los; quanto produzir; como 
distribuir a produção. Os recursos são 
alocados por meio das decisões tomadas 
por muitas empresas e famílias quando 
efetuam as trocas comerciais. Guiadas 
pelo sistema de preços (“mão invisível”), 
cada uma das famílias e empresas, agindo 
no mercado para satisfazer seus próprios 
interesses, toma decisões que podem 
maximizar o bem-estar econômico de 
toda a sociedade. O comércio permite que 
as pessoas, empresas e países possam se 
especializar na produção de um bem e 
Link
 Adam Smith, considerado o pai da economia 
moderna, autor do livro A Riqueza das Nações 
(1776), defendia que o Estado devia abster-se 
de intervir na economia já que, se os homens 
atuassem livremente na busca de seu próprio 
interesse, haveria uma “mão invisível” que 
converteria seus esforços em benefícios para 
todos. Paraconhecer a biografia de Adam Smith, 
busque a seguinte obra: ROSS, I. S. Adam Smith: 
uma biografia. Rio de Janeiro: Record, 1999.
Unidade 1 • Introdução à Economia10/154
2.4 As Funções do Governo
Na realidade, em todos os países o governo 
atua para melhorar os resultados dos 
mercados (economia mista). A própria 
existência e funcionamento do mercado 
depende do governo para definir e garantir 
os direitos de propriedade, a elaboração 
e o cumprimento das leis e contratos. 
O governo é necessário também para 
corrigir as “falhas de mercado”: (a) Coibir 
externalidades negativas (poluição, etc.); 
(b) Incentivar externalidades positivas 
(educação, saúde, infraestrutura, etc.); (c) 
Produzir bens públicos (defesa nacional, 
segurança, ruas, etc.); (d) Impedir o 
excessivo poder de mercado (regulação 
dos monopólios, etc.); (e) Estabelecer 
políticas distributivas (seguridade 
social, etc.); (f) Praticar políticas 
econômicas estabilizadoras do ciclo 
econômico (crescimento do PIB, inflação, 
etc.) (STIGLITZ; WALSH, p. 265-269, 
SAMUELSON; NORDHAUS, p. 48-54).
2.5 O Fluxo Circular da Renda
O fluxo circular da renda é um modelo 
simplificado da organização da economia, 
mostrando que o dinheiro circula pelos 
mercados entre as famílias e as empresas. 
Nos mercados de bens e serviços, as 
empresas são as vendedoras e as famílias 
são as compradoras. Mas nos mercados 
de fatores de produção (terra, capital e 
trabalho), as famílias são as proprietárias 
Unidade 1 • Introdução à Economia11/154
e vendedoras, e as empresas são as 
compradoras. (MANKIW, p. 24-25).
2.6 A Fronteira de Possibilidade 
de Produção
A fronteira de possibilidades de produção 
(FPP) é outro modelo econômico que tem 
por objetivo mostrar as várias combinações 
de bens que a economia pode produzir 
com os fatores de produção disponível. 
São inúmeros os níveis eficientes de 
produção possível, ou seja, de produção 
máxima com os recursos disponíveis. Mas 
temos também níveis viáveis de produção, 
mas ineficientes, pois alguns dos fatores 
de produção estão sendo subutilizados, 
como também temos níveis de produção 
que não são viáveis com os recursos 
disponíveis. A FPP demonstra também que 
a sociedade enfrenta tradeoffs e custos 
de oportunidade: a decisão de aumentar 
a produção de um bem significa produzir 
menos de outro bem (MANKIW, p. 25-27).
3. O Funcionamento dos Merca-
dos Competitivos
3.1 Mercados Competitivos
Um mercado é um conjunto de vendedores 
e compradores que, por meio de suas 
negociações, determinam o preço e a 
quantidade do produto comercializado 
nesse mercado. Considera-se um mercado 
“perfeitamente competitivo” quando 
possui um número muito grande de 
Unidade 1 • Introdução à Economia12/154
compradores e vendedores, de modo 
que nenhum comprador ou vendedor 
individualmente tem poder de influenciar 
de forma significativa os preços. Nesse 
mercado, o “preço de mercado” prevalece 
nas transações comerciais entre os 
compradores e os vendedores. Exemplo: 
mercado de produtos agrícolas (PINDYCK; 
RUBINFELD, p. 7-8). 
3.2 A Demanda de Mercado
A lei da demanda afirma que, ceteris 
paribus, a quantidade demandada de um 
bem aumenta quando seu preço diminui. 
Com preços constantes, a demanda 
do bem também pode aumentar se 
ocorrerem mudanças em outras variáveis, 
como por exemplo: aumento do número 
de compradores; aumento da renda; 
aumento do preço dos bens concorrentes 
(substitutos); queda do preço dos bens 
complementares; aumento do gosto dos 
consumidores pelo bem (MANKIW, p. 65-
69; PINDYCK; RUBINFELD, p. 21-22).
3.3 A Oferta de Mercado
A lei da oferta afirma que, ceteris paribus, 
a quantidade ofertada de um bem 
aumenta quando seu preço aumenta. 
Com preços constantes, a oferta do bem 
pode aumentar se ocorrerem mudanças 
em outras variáveis, como por exemplo: 
aumento do número de vendedores; 
queda do preço dos insumos; inovação 
Unidade 1 • Introdução à Economia13/154
tecnológica que aumente a produtividade; 
expectativa de aumento das vendas 
(MANKIW, p.71-74; PINDYCK; RUBINFELD, 
p. 20-21).
3.4 O Equilíbrio de Mercado
O ponto de cruzamento entre as curvas 
de oferta e demanda determina a 
“quantidade e o preço de equilíbrio”. Ao 
preço de equilíbrio, a quantidade ofertada 
e demandada do bem é igual. Chama-se 
“mecanismo de mercado” a tendência 
de que o preço se modifique até que o 
mercado se torne equilibrado. Se o preço 
de mercado está acima do equilíbrio, um 
excesso de quantidade do bem é originado, 
o que causa a queda do preço até o preço 
de equilíbrio. Se o preço de mercado está 
abaixo do equilíbrio, resulta em uma 
escassez da quantidade do bem, causando 
aumento do preço até o preço do equilíbrio 
(PINDYCK; RUBINFELD, p. 22-23).
3.5 Elasticidade-Preço da De-
manda
A elasticidade-preço da demanda mede 
a variação percentual da quantidade 
demandada de um bem em consequência 
do aumento de 1% no preço desse bem. A 
elasticidade-preço da demanda tende a 
ser maior (mais elástica): para os bens que 
possuem substitutos próximos (manteiga, 
por exemplo); para bens de luxo (viagem de 
cruzeiro); para os bens que são definidos 
Unidade 1 • Introdução à Economia14/154
de forma estrita (calça tipo jeans); no longo 
prazo (o aumento do preço pode induzir 
a mudança de hábitos de consumo). Por 
outro lado, a elasticidade-preço tende a 
ser menor (mais inelástica) para os bens 
com poucos substitutos próximos (protetor 
solar, por exemplo); para os bens essenciais 
(insulina); para os bens que são definidos 
de forma ampla (vestuário); no curto 
prazo (o aumento do preço tende a não 
ter grande efeito nos hábitos de consumo) 
(MANKIW, p. 88-89; PINDYCK; RUBINFELD, 
p. 30-31).
Temos uma importante relação entre 
a elasticidade-preço da demanda e o 
rendimento total do vendedor (preço x 
quantidade). Se um bem tem demanda 
elástica (carro, por exemplo), então um 
aumento do preço tende a acarretar 
redução do rendimento total, pois as 
perdas com a queda da quantidade 
tendem a ser maiores que os ganhos com 
o aumento do preço. Por outro lado, se 
um bem tem demanda inelástica (sal, por 
exemplo), então um aumento do preço 
tende a aumentar o rendimento total, 
pois os ganhos com o aumento do preço 
tendem a ser maiores que as perdas com a 
queda da quantidade (MANKIW, p. 94).
3.6 Elasticidade-Renda da De-
manda
A elasticidade-renda de demanda mede 
a variação percentual da quantidade 
demandada de um bem em consequência 
Unidade 1 • Introdução à Economia15/154
do aumento de 1% na renda do comprador. 
Para um bem normal, um aumento na 
renda tende a acarretar um aumento na 
quantidade demandada. Já para um bem 
inferior (carne de segunda, por exemplo), um 
aumento na renda tende a acarretar uma 
queda na quantidade demandada (MANKIW, 
p. 95; PINDYCK; RUBINFELD, p. 32).
3.7 Elasticidade-Preço Cruzado 
da Demanda
A elasticidade-preço cruzado da demanda 
mede a variação percentual na quantidade 
demandada de um bem em consequência 
do aumento de 1% no preço do outro 
bem. Para bens substitutos (margarina e 
manteiga), a elasticidade-preço cruzado é 
maior que zero (positiva), pois o aumento 
no preço de um bem tende a causar o 
aumento da demanda do bem substituto. Já 
para bens complementares (açúcar e café), 
a elasticidade-preço cruzado é menor que 
zero (negativa), pois o aumento no preço do 
bem tende a causar a queda do consumo 
do bem complementar (MANKIW, p. 95-96; 
PINDYCK; RUBINFELD, p. 32-33).
3.8 Elasticidade-Preço da Oferta
A elasticidade-preço da oferta mede 
a variação percentual da quantidade 
ofertada de um bem quando ocorre um 
aumento de 1% no preço do bem. A 
elasticidade-preço da oferta tende a ser 
maior (mais elástica): quanto maiores 
forem as possibilidades de mudanças na 
Unidade 1 • Introdução à Economia16/154
quantidade ofertada (carros novos); no 
longo prazo. Por outro lado, a elasticidade-
preço da oferta tende a ser menor (mais 
inelástica): quanto mais difícil a mudança 
na oferta (terrenos de frente parao 
mar); no curto prazo (MANKIW, p. 96-97; 
PINDYCK; RUBINFELD, p. 33):
3.9 Políticas de Controle de 
Preços
Destaquem-se duas políticas de controle 
de preços praticadas pelos governos e 
suas consequências (MANKIW, p. 108-117; 
KRUGMAN; WELLS, p. 72-80):
• Quando o governo fixa um preço 
máximo para um bem abaixo do preço 
de equilíbrio do mercado, a tendência 
é o aparecimento de escassez do bem 
no mercado, porque a quantidade 
demandada tende a ser maior que 
a quantidade ofertada. Exemplo: 
congelamento dos preços para 
controlar a inflação no Plano Cruzado.
• Quando o governo impõe um 
preço mínimo, acima do preço de 
equilíbrio do mercado, a tendência 
é o aparecimento de um excedente 
do bem no mercado, porque a 
quantidade ofertada tende a 
ser maior do que a quantidade 
demandada. Exemplo: política de 
aumentos para o salário mínimo 
(ou salário-desemprego), que cria a 
possibilidade de aumento da taxa de 
desemprego e do trabalho informal 
de trabalhadores menos qualificados.
Unidade 1 • Introdução à Economia17/154
Para saber mais
O Plano Cruzado foi um plano de combate à inflação lançado pelo governo brasileiro em 28 de fevereiro 
de 1986. Uma das medidas tomadas foi o congelamento de preços de bens e serviços nos níveis do dia 
27 de fevereiro de 1986. Mas muitos produtos ficaram com o preço tabelado abaixo da rentabilidade 
desejada ou até mesmo abaixo do custo de produção. Como consequência, veio o desabastecimento de 
bens e o surgimento de ágio para compra de produtos escassos, o que foi uma das causas do fracasso do 
Plano Cruzado. 
Link
“A crise do plano cruzado (artigos publicados pela imprensa)”, publicado na Revista de Economia Política 
(REP), vol.7, nº 2, abril-junho de 1987. Disponível em: <http://www.rep.org.br/pdf/26-10.pdf>. 
Acesso em: 17 set. 2014.
http://www.rep.org.br/pdf/26-10.pdf
Unidade 1 • Introdução à Economia18/154
3.10 Eficiência Econômica e 
Bem-Estar
O resultado do equilíbrio no mercado 
representa o máximo de benefício que os 
compradores e os vendedores recebem 
por participar do mercado. O excedente do 
comprador representa o ganho de bem-
estar por comprar uma quantidade maior a 
um preço menor do que estaria disposto a 
pagar. O excedente do vendedor representa 
o ganho de bem-estar por vender uma 
quantidade maior a um preço maior que 
o custo de produção. O excedente total 
do mercado representa o ganho de bem-
estar social e é igual à soma do excedente 
dos compradores com o excedente dos 
vendedores. O equilíbrio em um mercado 
competitivo garante alcançar a máxima 
eficiência econômica e o máximo bem-
estar. Essa é a política de defesa do 
livre mercado como a melhor forma de 
organizar a atividade econômica, também 
conhecida como política do “laissez-faire, 
laissez-passer”. (MANKIW, p. 138-141; 
KRUGMAN; WELLS, p. 118-128).
A máxima eficiência econômica não 
significa uma distribuição equânime do 
produto entre os membros da sociedade. 
Eficiência econômica significa produzir o 
máximo “bolo econômico” com os recursos 
disponíveis. Equidade significa uma justa 
distribuição deste “bolo econômico” entre 
os membros da sociedade.
O governo pode intervir para melhorar 
a equidade. Mas então surge o tradeoff 
Unidade 1 • Introdução à Economia19/154
entre eficiência e equidade. A política 
redistributiva pode piorar a eficiência 
basicamente por duas razões: (a) Porque 
as transferências de renda envolvem 
custos (burocracia, etc.); (b) Porque 
as transferências de renda podem 
desincentivar o trabalho produtivo, tanto 
dos agentes mais produtivos (seriam mais 
tributados) como também dos agentes 
beneficiados com as transferências 
(acomodação, trabalho informal, etc.) 
(MANKIW, p. 5).
3.11 Os Custos da Tributação
Os impactos de um imposto incidente 
sobre a oferta de bens e serviços no 
equilíbrio de mercado e no bem-estar 
social são (MANKIW, p. 148-152): 
(a) Aumento do preço pago pelos 
compradores; (b) Queda do preço recebido 
pelos vendedores; (c) Queda da quantidade 
vendida; (d) Perda de excedente dos 
consumidores; (e) Perda de excedente dos 
vendedores; (f) Perda de excedente total 
(“peso morto”), que equivale à perda de 
bem-estar social; (g) Ganho de receita 
tributária pelo governo.
4. A Teoria da Escolha do Con-
sumidor
4.1 Restrição Orçamentária
A restrição orçamentária do consumidor 
representa o limite de combinações 
(tradeoffs) de bens que o consumidor pode 
Unidade 1 • Introdução à Economia20/154
comprar com uma determinada renda 
(MANKIW, p. 416-417).
4.2 Preferências do Consumidor
As preferências do consumidor são 
representadas por curvas de indiferença 
que mostram as várias possibilidades de 
combinações (tradeoffs) de consumo de 
bens que proporcionam ao consumidor o 
mesmo nível de satisfação. A taxa marginal 
de substituição de um bem A por um bem 
B mostra a taxa à qual o consumidor está 
disposto a trocar menos consumo do bem 
A por mais consumo do bem B. Em outras 
palavras, esta taxa mede o número de 
unidades do bem B que devem ser ganhas 
por unidade sacrificada do bem A, de modo 
a manter o mesmo nível de satisfação ao 
consumidor (MANKIW, p. 417-419).
4.3 As Escolhas Ótimas do 
Consumidor
A decisão de consumo do consumidor 
depende de sua restrição orçamentária 
(quanto pode gastar) e de suas preferências 
(o que deseja consumir). O consumidor 
racional, dada sua restrição orçamentária, 
escolhe a melhor combinação de consumo 
disponível. Demonstra-se que no ponto 
ótimo (de otimização) do consumidor, a 
taxa marginal de substituição do bem A 
pelo bem B é igual ao preço relativo dos 
dois bens (PA/PB) (MANKIW, p. 421-422).
Unidade 1 • Introdução à Economia21/154
4.4 Efeitos de uma Variação na 
Renda
O impacto de uma variação da renda 
na escolha do consumidor depende da 
característica dos bens serem normais 
ou inferiores. Supondo uma cesta de 
consumo com dois bens A e B, se a renda 
do consumidor aumentar, sua restrição 
orçamentária irá permitir atingir um novo 
ponto ótimo de consumo com os seguintes 
efeitos (MANKIW, p. 422-424):
• No caso dos dois bens serem normais, 
o consumidor irá comprar uma maior 
quantidade de ambos os bens.
• No caso do bem A ser inferior e o 
bem B ser normal, o consumidor irá 
diminuir a quantidade comprada do 
bem inferior A, e comprar uma maior 
quantidade do bem normal B.
4.5 Efeitos de uma Variação 
nos Preços
O impacto de uma mudança no preço 
na escolha do consumidor pode 
ser decomposto em efeitos renda e 
substituição. Exemplo: suponha uma 
cesta de consumo com dois bens A e B, e 
que ocorra queda do preço do bem A. O 
efeito substituição vai mostrar o aumento 
do consumo de A (porque caiu o preço) 
e a queda do consumo de B (porque 
ficou relativamente mais caro que A). O 
efeito renda, por sua vez, vai mostrar a 
Unidade 1 • Introdução à Economia22/154
variação de consumo que ocorre por que o 
consumidor ficou “mais rico” com a queda 
do preço de A, passando a consumir mais 
de A e B. O resultado final é representado 
pela soma dos efeitos substituição e 
renda. No caso do bem A, os efeitos renda 
e substituição agem no mesmo sentido, 
portanto o consumidor compra mais de 
A. No caso do bem B, os efeitos renda e 
substituição agem em direções opostas, 
portanto o efeito total sobre o consumo de 
B é incerto (MANKIW, p. 424-427).
4.6 A Curva de Demanda do 
Consumidor
A teoria da escolha do consumidor 
fornece os fundamentos teóricos para 
a derivação da curva de demanda do 
consumidor. A curva de demanda de um 
consumidor representa o resumo de suas 
decisões ótimas de consumo, dada a sua 
restrição orçamentária e as suas curvas de 
indiferença (desejos de consumo). A curva 
de demanda reflete a relação entre o preço 
e a quantidade demandada. A queda do 
preço do bem move o ótimo do consumidor 
para um novo ponto de equilíbrio, com 
aumento da quantidade demandada do 
bem (MANKIW, p. 427-428).
Unidade 1 • Introdução à Economia23/154
Glossário
Ceteris paribus: Expressão em latim que significa “permanecendoconstantes todas as demais variáveis” 
(SANDRONI, p. 71).
Curva de indiferença: Representa todas as combinações possíveis de vários produtos que, para o 
consumidor, têm a mesma escala de preferência. Por exemplo, tomando-se duas mercadorias A e B, a preços 
fixos, combinam-se as quantidades de cada uma, estabelecendo-se os pontos em que, para o consumidor, é 
indiferente adquirir uma ou outra combinação de quantidades de A e B (SANDRONI, p. 299).
Economia mista: É a característica de funcionamento das economias dos países no mundo atual, uma 
combinação de empresas privadas que funcionam por meio do mercado, com a intervenção do governo 
na economia através de regulação, tributação e programas de gastos públicos e transferências de renda 
(SAMUELSON; NORDHAUS, p. 21).
Unidade 1 • Introdução à Economia24/154
Glossário
Laissez-faire, laissez-passer: (“Deixar fazer, deixar passar”): “Palavras de ordem do liberalismo econômico, 
proclamando a mais absoluta liberdade de produção e comercialização de mercadorias. O lema foi cunhado 
pelos fisiocratas franceses no século XVIII, mas a política do laissez-faire foi praticada e defendida de modo 
radical pela Inglaterra, que estava na vanguarda da produção industrial e necessitava de mercados para seus 
produtos. Essa política opunha-se radicalmente às práticas corporativistas e mercantilistas, que impediam 
a produção em larga escala e resguardavam os domínios coloniais. Com o desenvolvimento da produção 
capitalista, o laissez-faire evoluiu para o liberalismo econômico, que condenava toda intervenção do Estado 
na economia”. (SANDRONI, p. 329).
Tradeoff: Termo que, em economia, significa uma situação em que os agentes enfrentam situações de 
escolhas conflitantes (MANKIW, p. 4).
Questão
reflexão
?
para
25/154
Pense no mercado de um produto agropecuário 
básico (arroz, feijão, carne, frango, etc.) e elabore um 
texto desenvolvendo, de forma sucinta, sua reflexão 
sobre o funcionamento dos mercados competitivos, 
com destaque para os conceitos de oferta, demanda, 
elasticidade e políticas do governo.
26/154
Considerações Finais (1/3)
Escassez de recursos e eficiência no uso desses recursos para produzir bens e 
serviços são conceitos centrais da ciência econômica.
Custo de oportunidade é tudo o que se renuncia para obter uma coisa.
Os agentes econômicos têm um comportamento racional, somente 
executando uma ação se o benefício marginal exceder seu custo marginal. 
Na economia de mercado os recursos são alocados por meio das decisões 
tomadas por muitas empresas e famílias quando efetuam as trocas 
comerciais.
Na realidade, em todos os países temos economias mistas, uma combinação 
de economia de mercado com intervenção do governo na economia. 
O fluxo circular da renda mostra que o dinheiro circula pelos mercados entre 
as famílias e as empresas. 
A fronteira de possibilidades de produção mostra as várias combinações de 
bens que a economia pode produzir com os fatores de produção disponíveis. 
27/154
O mercado “perfeitamente competitivo” possui um número muito grande de 
compradores e vendedores, de modo que nenhum comprador ou vendedor 
individualmente tem poder de influenciar de forma significativa os preços. 
A lei da demanda afirma que, ceteris paribus, a quantidade demandada de um 
bem aumenta quando seu preço diminui. 
A lei da oferta afirma que, ceteris paribus, a quantidade ofertada de um bem 
aumenta quando seu preço aumenta. 
Elasticidade-preço da demanda é a variação percentual da quantidade demandada 
de um bem em consequência do aumento de 1% no preço desse bem. 
Elasticidade-renda de demanda é a variação percentual da quantidade 
demandada de um bem em consequência do aumento de 1% na renda do 
comprador. 
Elasticidade-preço da oferta é a variação percentual da quantidade ofertada de 
um bem quando ocorre um aumento de 1% no preço do bem. 
Considerações Finais (2/3)
28/154
Quando o governo fixa um preço máximo para um bem, abaixo do preço de 
equilíbrio, a tendência é o aparecimento de escassez do bem no mercado.
Quando o governo fixa um preço mínimo para um bem, acima do preço de 
equilíbrio, a tendência é o aparecimento de um excedente do bem no mercado.
O equilíbrio em um mercado competitivo garante alcançar a máxima 
eficiência econômica e o máximo bem-estar. 
A máxima eficiência econômica não significa uma distribuição equânime do 
produto entre os membros da sociedade. 
O governo pode melhorar a equidade, mas então surge o tradeoff entre 
eficiência e equidade.
A curva de demanda de um consumidor representa o resumo de suas decisões 
ótimas de consumo, dada a sua restrição orçamentária e as suas curvas de 
indiferença (desejos de consumo).
Considerações Finais (3/3)
Unidade 1 • Introdução à Economia29/154
Referências
CANO, Wilson. Introdução à Economia. São Paulo: UNESP, 1998, 2ª edição.
KRUGMAN, Paul; WELLS, Robin. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Campus, 2011, 2ª edição.
MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. São Paulo: Cengage, 2013, 6ª edição.
PINDYCK, Robert S.; RUBINFELD, Daniel. Microeconomia. São Paulo: Pearson, 2010, 7ª edição.
SAMUELSON, Paul A.; NORDHAUS, William D. Economia. São Paulo: McGraw-Hill, 2012, 19ª 
edição.
SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. São Paulo: Círculo do Livro, 1999.
STIGLITZ, Joseph E.; WALSH, Carl E. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Campus, 2003, 3ª 
edição.
30/154
1. Com relação aos conceitos básicos da economia, indique a alternativa 
incorreta:
a) Guiados pelo sistema de preços, os agentes econômicos agem no mercado com o desejo de 
maximizar o bem-estar econômico de toda a sociedade.
b) Os agentes econômicos racionais pensam marginalmente, somente executando uma ação 
se o benefício marginal exceder seu custo marginal.
c) Os recursos produtivos são eficientemente alocados por meio das decisões tomadas por 
muitas empresas e famílias quando efetuam as trocas comerciais.
d) O custo de oportunidade de alguma coisa representa tudo o que se renuncia para obtê-la.
e) No modelo do fluxo circular da renda, nos mercados de bens e serviços, as empresas são as 
vendedoras e as famílias são as compradoras.
Questão 1
31/154
2. Julgue e indique a alternativa incorreta com relação ao funcionamento 
dos mercados competitivos:
a) Mercado é um conjunto de vendedores e compradores que, por meio de suas negociações, 
determinam o preço e a quantidade do produto comercializado nesse mercado. 
b) O mercado competitivo possui um número muito grande de compradores e vendedores.
c) No mercado competitivo as empresas determinam o preço de mercado. 
d) A lei da demanda afirma que, ceteris paribus, a quantidade demandada de um bem 
aumenta quando seu preço diminui.
e) A lei da oferta afirma que, ceteris paribus, a quantidade ofertada de um bem aumenta 
quando seu preço aumenta.
Questão 2
32/154
3. Julgue e indique a alternativa incorreta com relação à elasticidade-
-preço da demanda:
a) A elasticidade-preço da demanda é a variação % da quantidade demandada de um bem 
em consequência do aumento de 1% no preço desse bem. 
b) A elasticidade-preço da demanda tende a ser menor (mais inelástica) para os bens que são 
definidos de forma estrita.
c) A elasticidade-preço da demanda tende a ser menor (mais inelástica) para os bens com 
poucos substitutos próximos.
d) A elasticidade-preço da demanda tende a ser menor (mais inelástica) para os bens 
essenciais.
e) A elasticidade-preço da demanda tende a ser maior (mais elástica) no longo prazo.
Questão 3
33/154
4. Julgue e indique a alternativa incorreta com relação à elasticidade-
preço da oferta:
a) A elasticidade-preço da oferta mede a variação % da quantidade ofertada de um bem 
quando ocorre um aumento de 1% no preço do bem.
b) A elasticidade-preço da oferta tende a ser maior (mais elástica) quanto maiores forem as 
possibilidades de mudanças na quantidade ofertada (carros novos).
c) A elasticidade-preço da oferta tende a ser maior (mais elástica)no longo prazo.
d) A elasticidade-preço da oferta tende a ser maior (mais elástica) quanto mais difícil a 
mudança na oferta (terrenos de frente para o mar).
e) A elasticidade-preço da oferta tende a ser menor (mais inelástica) no curto prazo.
Questão 4
34/154
5. Julgue e indique a alternativa incorreta com relação aos conceitos de 
eficiência econômica e equidade social:
a) Eficiência econômica significa produzir o máximo “bolo econômico” com os recursos 
disponíveis.
b) Equidade significa uma justa distribuição do “bolo econômico” entre os membros da 
sociedade.
c) A política redistributiva do governo pode piorar a eficiência econômica porque as 
transferências de renda envolvem custos (burocracia, etc.).
d) A política redistributiva do governo pode piorar a eficiência econômica porque as 
transferências de renda podem desincentivar o trabalho produtivo.
e) A máxima eficiência econômica também significa uma distribuição equânime do produto 
entre os membros da sociedade.
Questão 5
35/154
Gabarito
1. Resposta: A.
A alternativa A está incorreta. O correto 
seria: “Guiados pelo sistema de preços, os 
agentes econômicos agem no mercado 
com o desejo de maximizar seus próprios 
interesses”. As demais alternativas estão 
corretas.
2. Resposta: C.
A alternativa C está incorreta. O correto 
seria: “No mercado competitivo as 
empresas não determinam o preço de 
mercado (são “tomadoras de preços”)”. As 
demais alternativas estão corretas.
3. Resposta: B.
A alternativa B está incorreta. O correto 
seria: “A elasticidade-preço da demanda 
tende a ser maior (mais elástica) para os 
bens que são definidos de forma estrita 
(calça tipo jeans, por exemplo)”. As demais 
alternativas estão corretas.
4. Resposta: D.
A alternativa D está incorreta. O correto 
seria: “A elasticidade-preço da oferta tende 
a ser menor (mais inelástica) quanto mais 
difícil a mudança na oferta (terrenos de 
frente para o mar)”. As demais alternativas 
estão corretas.
36/154
5. Resposta: E.
A alternativa E está incorreta. O correto 
seria: “A máxima eficiência econômica não 
significa uma distribuição equânime do 
produto entre os membros da sociedade”. 
As demais alternativas estão corretas.
Gabarito
37/154
Unidade 2
O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial
Objetivos
1. Na Aula 2 nós vamos estudar o comportamento das empresas, 
procurando aprofundar o entendimento de suas decisões de oferta 
de bens e serviços. Vamos também estudar o ramo da economia 
conhecido como organização industrial, que procura explicar como 
as decisões da empresa sobre preços e quantidades dependem das 
condições do mercado em que ela atua. 
2. Inicialmente, no item 2, vamos analisar os custos de produção. Os 
itens seguintes tratam de organização industrial. O item 3 apresenta 
o comportamento das empresas nos mercados competitivos. O item 4 
estuda o monopólio. No item 5 o foco é a competição monopolística. 
Finalmente, o item 6 dedica-se ao estudo do oligopólio.
38/154
Para saber mais
Além da Apoio à aprendizagem há a indicação 
de alguns materiais de acompanhamento e 
aprofundamento, dentre eles, destaca-se: 
MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. 
São Paulo: Cengage Learning, 2013, 6ª 
edição. Leia especialmente os capítulos 13 a 
17. Esta leitura deve lhe auxiliar no melhor 
entendimento da Aula 2.
Unidade 2
O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial39/154
1. Introdução
Os economistas assumem que o objetivo 
principal da empresa é a maximização do 
lucro. O lucro da empresa é definido como 
o resultado da diferença entre a receita 
total e o custo total da empresa.
A receita total da empresa é o montante de 
recursos monetários que a empresa recebe 
pela quantidade vendida de sua produção 
no mercado. 
O custo total da empresa é a soma do valor 
de mercado dos insumos que a empresa 
usa na produção. A análise dos custos de 
produção é de fundamental importância 
para entender a formação do lucro e as 
decisões de oferta da empresa. E, como 
veremos a seguir, a análise econômica dos 
custos de produção da empresa é diferente 
da análise mais conhecida e desenvolvida 
pela contabilidade.
2. Custos de Produção
2.1 Os Custos Econômicos
O conceito econômico dos custos de 
produção inclui os custos de oportunidade 
dos recursos utilizados e pode ser 
decomposto em (MANKIW, p. 244-246):
• Custos explícitos: são os custos dos 
insumos utilizados na produção que 
exigem pagamento em dinheiro 
por parte da empresa. Esse é o 
conceito de custos considerado pela 
contabilidade.
• Custos implícitos: são os custos de 
oportunidade dos insumos que não 
exigem pagamento em dinheiro por 
parte da empresa. Exemplo: o valor do 
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial40/154
tempo e do dinheiro do empresário 
aplicado na empresa e que não foi 
aplicado em outra atividade.
• Custo total: resultado da soma dos 
custos explícitos com os custos 
implícitos. Esse é o conceito de custo 
total da análise econômica.
Como consequência, temos também dois 
conceitos de lucro da empresa:
• Lucro contábil = receita total - custo 
explícito total.
• Lucro econômico = receita total - 
custo total.
O lucro econômico é menor que o lucro 
contábil. Para o economista, o objetivo 
da empresa é a maximização do lucro 
econômico.
2.2 A Função de Produção
A função de produção mostra a quantidade 
máxima de um bem que pode ser produzida 
com uma dada quantidade de fatores de 
produção. Considera-se que, no curto 
prazo, a tecnologia é dada e a variação da 
produção é função apenas da mudança do 
número de trabalhadores (SAMUELSON; 
NORDHAUS, p. 95). 
A partir da função de produção deriva-
se o conceito de produto marginal de 
um insumo, o qual mostra o aumento da 
produção que resulta de uma unidade 
adicional do insumo. Segundo a lei dos 
rendimentos decrescentes, mantendo-
se constantes todos os demais fatores 
de produção, a produtividade marginal 
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial41/154
de um insumo (trabalho, por exemplo) 
é decrescente à medida que aumenta 
a quantidade utilizada desse insumo 
(SAMUELSON; NORDHAUS, p. 96).
2.3 As Medidas de Custo
O comportamento dos custos da empresa 
reflete o comportamento de sua função de 
produção e da hipótese de produtividade 
marginal decrescente do trabalho no curto 
prazo. As principais medidas de custo 
da empresa são (MANKIW, p. 248-251; 
KRUGMAN; WELLS, p. 273-278):
• Custo fixo (CF): custos que não variam 
com a quantidade produzida.
• Custo variável (CV): custos que variam 
com a quantidade produzida.
• Custo total (CT): somatório do custo 
fixo com o custo variável.
• Custo fixo médio (CFM): Custo fixo / 
Quantidade produzida.
• Custo variável médio (CVM): Custo 
variável / Quantidade produzida.
• Custo total médio (CTM): Custo total / 
Quantidade produzida.
• Custo marginal (CMg): Variação do 
custo total / Variação da quantidade 
produzida.
Características dos custos da empresa 
no curto prazo (MANKIW, p. 251-257; 
PINDYCK; RUBINFELD, p. 200-202; 
KRUGMAN; WELLS, p. 280-283):
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial42/154
• As empresas apresentam produto 
marginal crescente antes de 
apresentar produto marginal 
decrescente. Como resultado, os 
custos diminuem durante algum 
tempo antes de começarem a 
aumentar com o aumento da 
produção. 
• O custo fixo médio sempre diminui 
à medida que a produção aumenta, 
porque o custo fixo se distribui por 
um maior número de unidades.
• O custo total, o custo variável médio 
e o custo marginal costumam 
aumentar quando a produção 
aumenta por causa do produto 
marginal decrescente. 
• Relação entre o custo marginal 
e o custo total médio: sempre 
que o custo marginal for menor 
que o custo total médio, o custo 
total médio estará em queda. Por 
outro lado, sempre que o custo 
marginal for maior que o custo total 
médio,o custo total médio estará 
aumentando. O custo marginal iguala 
o custo total médio em seu valor 
mínimo.
2.4 Custos no Longo Prazo
As empresas apresentam maior 
flexibilidade no longo prazo, com destaque 
para a possibilidade de ampliação e 
modernização da capacidade produtiva, 
e uma maior qualificação e produtividade 
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial43/154
dos trabalhadores. Destaquem-se as 
seguintes características dos custos das 
empresas no longo prazo (MANKIW, p. 255; 
KRUGMAN; WELLS, p. 280-285):
• Os custos no longo prazo tendem a 
ser mais baixos e mais estáveis do 
que os custos no curto prazo.
• Como os custos que são fixos no 
curto prazo são variáveis no longo 
prazo, o custo total médio de longo 
prazo difere do custo total médio de 
curto prazo.
• O custo total médio de longo 
prazo reflete as características da 
tecnologia da função de produção. 
Temos três possibilidades de variação 
dos custos na escala de operação 
da empresa: economias de escala; 
retornos constantes de escala; e 
deseconomias de escala. 
• Economia de escala: o custo 
total médio de longo prazo cai 
com o aumento da quantidade 
produzida. As economias de 
escala surgem porque maiores 
níveis de produção possibilitam 
uma maior especialização e 
maior produtividade de cada 
trabalhador.
• Retornos constantes de escala: o 
custo total médio de longo prazo 
se mantém constante enquanto a 
quantidade produzida varia.
• Deseconomias de escala: o 
custo total médio de longo 
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial44/154
prazo aumenta com o aumento 
da quantidade produzida. As 
deseconomias de escala podem 
surgir por causa de problemas de 
administração na empresa. 
3. As Empresas em Mercados 
Competitivos
3.1. As Medidas de Receita 
A receita total (RT) da empresa é igual ao 
resultado da multiplicação da quantidade 
vendida do bem (Q) pelo respectivo preço 
(P). A empresa competitiva é “tomadora 
do preço” no mercado e a esse preço vende 
toda sua produção (RT = PxQ).
A receita média (RM) da empresa 
competitiva é igual ao resultado da divisão 
da receita total pela quantidade vendida, 
que é igual ao próprio preço de mercado do 
bem (RM = RT/Q = PxQ/Q = P).
A receita marginal (RMg) de uma empresa 
competitiva é igual à variação da receita 
total decorrente da venda de uma unidade 
adicional do bem, que também é igual ao 
próprio preço de mercado do bem (RMg = 
∆RT/∆Q = Px∆Q/∆Q = P).
A empresa competitiva possui receita 
média igual à receita marginal e igual ao 
preço de mercado do bem (RM = RMg = P).
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial45/154
3.2 A Condição de Maximiza-
ção do Lucro 
O objetivo da empresa é a maximização do 
lucro (MANKIW, p. 265-266):
• Se RMg > CMg: a empresa deve 
aumentar a produção, pois o 
aumento da produção aumenta o 
lucro.
• Se CMg > RMg: a empresa deve 
reduzir a produção, pois a redução da 
produção diminui o prejuízo.
• Se RMg = CMg: a empresa deve 
manter esse nível de produção, pois 
estará maximizando o lucro.
3.3 A Oferta da Empresa Com-
petitiva
A empresa maximiza o lucro quando a 
quantidade produzida está no nível em 
que o custo marginal é igual ao preço. O 
custo marginal determina a quantidade do 
bem que a empresa ofertará ao preço de 
mercado. Logo, a curva de custo marginal 
é igual à curva de oferta da empresa 
(SAMUELSON; NORDHAUS, p. 134). 
No curto prazo, a empresa produz 
uma quantidade superior ao seu custo 
variável médio. Se o preço ficar abaixo do 
custo variável médio, a empresa estará 
apresentando prejuízo e ficará em melhor 
situação se paralisar temporariamente as 
atividades. Ao paralisar as atividades, a 
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial46/154
empresa perde toda a receita da venda de 
seu produto. Ao mesmo tempo, economiza 
os custos variáveis de produção, mas tem 
que continuar pagando os custos fixos 
(MANKIW, p. 267-268).
No longo prazo, a empresa vai produzir uma 
quantidade acima de seu custo total médio. 
Se o preço ficar abaixo do custo total médio, 
a empresa estará apresentando prejuízo, 
e ficará em melhor situação se sair do 
mercado. A empresa perderá toda a receita, 
mas não terá que pagar nenhum custo 
(MANKIW, p. 269-271).
3.4 A Oferta do Mercado Com-
petitivo
A oferta do mercado (ou indústria) é a 
soma da oferta das empresas (ou firmas) 
desse mercado (MANKIW, p. 271-274; 
KRUGMAN; WELLS, p. 300-305):
• No curto prazo, a oferta de mercado 
é a soma da quantidade que cada 
empresa oferta ao preço de mercado. 
A curva de oferta do mercado reflete 
as curvas de custo marginal de cada 
empresa individual. O mercado tem 
um número fixo de empresas e cada 
empresa fornece uma quantidade 
de produto para a qual seu custo 
marginal é igual ao preço de 
mercado.
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial47/154
• No longo prazo as empresas entram e 
saem do mercado até o lucro chegar 
a zero. O equilíbrio ocorre quando 
a quantidade ofertada é igual à 
quantidade demandada no ponto 
em que o preço é igual ao custo total 
médio mínimo. 
3.5 Equilíbrio de Longo Prazo 
com Lucro Zero
A condição de equilíbrio com lucro zero no 
longo prazo pode ser mais bem entendida 
se considerarmos que (MANKIW, p. 274; 
KRUGMAN; WELLS, p. 202-204; PINDYCK; 
RUBINFELD, p. 257-258):
• O custo total inclui todos os custos 
explícitos e implícitos. 
• Destaquem-se dois custos implícitos 
do proprietário da empresa: (a) A 
remuneração do trabalho (salários) 
que deixa de ganhar por não 
trabalhar em outra empresa; (b) A 
remuneração do capital monetário 
próprio (juros) que deixa de ganhar 
por não aplicar esses recursos no 
mercado financeiro. Ainda que o 
lucro econômico da empresa seja 
zero, a receita da empresa deve 
compensar o proprietário por esses 
custos de oportunidade.
• A contabilidade somente considera 
os custos explícitos, que exigem 
desembolso de dinheiro, não 
considerando os custos implícitos, que 
não envolve desembolso de dinheiro.
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial48/154
• No equilíbrio, o lucro econômico é 
zero, mas o lucro contábil é positivo, 
num montante suficiente para 
remunerar o proprietário em seu 
negócio. 
4. Monopólio
4.1 As Barreiras à Entrada
Uma empresa é um monopólio quando é 
a única vendedora de um produto que não 
tem substitutos próximos no mercado. 
A principal causa do aparecimento dos 
monopólios são as barreiras à entrada 
de outras empresas para concorrer no 
mercado. As principais causas das barreiras 
à entrada são (MANKIW, p. 282-285; 
KRUGMAN; WELLS, p. 313-316):
• Recursos de monopólio: uma única 
empresa é proprietária de um 
recurso‐chave para a produção. Na 
atualidade, com o desenvolvimento 
do comércio internacional, é raro o 
caso de monopólio por esse motivo. 
• Monopólios criados pelo governo: 
o governo concede a uma empresa 
o direito exclusivo de vender algum 
bem. Exemplo: patentes e direitos 
autorais.
• Processo de produção: uma única 
empresa pode produzir com custo 
menor do que um número maior de 
produtores. É o caso do chamado 
monopólio natural, que surge quando 
ocorrem economias de escala 
expressivas, com custo médio de 
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial49/154
produção decrescente, devido aos 
altos custos fixos iniciais associados 
à produção do bem. Exemplos: 
distribuição de água, geração e 
distribuição de energia elétrica 
através de hidroelétricas; etc.
• Superioridade tecnológica: 
uma firma com uma vantagem 
tecnológica sobre os concorrentes 
pode se manter como monopolista 
no mercado, ao menos 
temporariamente. Algumas empresas 
de alta tecnologia se caracterizam 
por externalidades de rede, condição 
que surge quando a firma possui uma 
rede maior de consumidores usando 
o seu produto, o que lhe confere uma 
vantagem sobre os concorrentes para 
conquistar novos clientes. 
4.2 As Receitas do MonopólioDestaquem-se as características das 
receitas do monopólio (MANKIW, p. 286-
288; KRUGMAN; WELLS, p. 317-319; 
SAMUELSON; NORDHAUS, p. 156-158):
• A receita média (RM) é sempre igual 
ao preço do bem. O monopolista é 
o único produtor em seu mercado 
e sempre se depara com a curva de 
demanda de mercado com inclinação 
descendente, logo precisa aceitar 
um preço menor para vender uma 
quantidade maior. A curva de 
demanda do bem é a própria curva de 
receita média da empresa.
• A receita marginal (RMg) é a receita 
que a empresa recebe pela venda de 
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial50/154
uma unidade adicional de produto. A 
receita marginal é sempre menor que 
o preço do bem. A curva de receita 
marginal fica abaixo da curva de 
demanda.
• A receita total (RT) é igual à soma da 
quantidade vendida pelo seu preço. 
O impacto sobre a receita total de um 
aumento da quantidade vendida e 
queda do preço é incerto e depende 
da combinação de dois efeitos: (a) 
Efeito quantidade: a receita aumenta 
com o aumento da quantidade. (b) 
Efeito preço: a receita diminui com a 
queda do preço. 
4.3 A Maximização do Lucro e 
Bem-Estar no Monopólio
A empresa monopolista também maximiza 
o lucro produzindo a quantidade em 
que a receita marginal (RMg) iguala o 
custo marginal (CMg). A partir dessa 
quantidade, o monopolista usa a curva 
de demanda para determinar o preço de 
oferta do produto. A empresa monopolista 
é “fazedora do preço” de mercado. 
Características do equilíbrio do monopólio 
com maximização do lucro (MANKIW, p. 
292-295; KRUGMAN; WELLS, p. 319-324; 
SAMUELSON; NORDHAUS, p. 158-161):
• Se RMg > CMg: aumentar a produção 
aumenta o lucro.
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial51/154
• Se RMg < CMg: reduzir a produção 
reduz o prejuízo.
• Se RMg = CMg: produção que 
maximiza o lucro.
A condição de maximização do lucro é 
a mesma para o mercado competitivo 
e o monopolista. A diferença é que no 
monopólio o preço é maior que o custo 
marginal, o que faz com que a quantidade 
vendida do bem seja menor do que a do 
mercado competitivo. Logo, no monopólio, 
a quantidade de equilíbrio é inferior ao 
nível que maximiza os excedentes do 
consumidor e do produtor. No equilíbrio do 
monopólio ocorre ineficiência econômica, 
perda do excedente total (peso morto) e 
perda de bem-estar social.
4.4 A Discriminação de Preços
O monopolista pode aumentar seu lucro 
cobrando preços diferentes pelo mesmo 
bem, com o objetivo de vender uma 
quantidade maior do que venderia com um 
preço único para todos os consumidores. 
Exemplos: passagens aéreas, cupons de 
descontos, bolsas de estudo, descontos 
por quantidade (MANKIW, p. 295-299; 
KRUGMAN; WELLS, p. 328-332):
• A discriminação de preços exige a 
separação dos compradores segundo 
sua disposição para pagar (por local, 
idade, renda, sexo, etc.).
• A discriminação de preços pode 
aumentar a eficiência econômica ao 
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial52/154
fazer com que aumente a quantidade 
produzida e vendida do bem. 
• A discriminação de preços pode 
eliminar as perdas de eficiência 
causadas pelo peso morto do 
monopólio. Mas todo o excedente 
do mercado vai para o monopolista, 
reduzindo à zero o excedente do 
consumidor. 
4.5 As Políticas Públicas para 
os Monopólios
Os monopólios, ao contrário dos mercados 
competitivos, tendem a falhar na alocação 
eficiente dos recursos, produzindo 
quantidade menor que a socialmente 
desejável e cobrando preço superior ao 
custo marginal. O governo pode intervir nos 
mercados monopolistas para aumentar o 
bem-estar de quatro maneiras (MANKIW, p. 
299-304; KRUGMAN; WELLS, p. 323-327):
• Leis antitrustes: com o objetivo 
de tornar determinadas atividades 
monopolistas mais competitivas.
• Regulamentação: principalmente dos 
monopólios naturais (preços, etc.). 
• Empresas estatais: o próprio governo 
sendo o proprietário de empresas de 
serviços públicos (telefonia, água, 
energia elétrica, correio, etc.).
• Não fazendo nada: no caso em que 
a falha de mercado for considerada 
pequena se comparada com as falhas 
que ocorrem na intervenção do 
governo (politização da fixação de 
preços, burocracia, corrupção, etc.). 
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial53/154
Para saber mais
As leis antitrustes, em sua origem, foram promulgadas nos EUA para restringir o poder das grandes 
empresas: a Lei Sherman (1890) tornou ilegais as práticas monopolistas para o controle do comércio 
interno e exterior, e a Lei Clayton (1914) proibiu a política de preços monopolistas para eliminar 
concorrentes e a concentração de empresas de um ramo sob uma mesma direção. Na Europa, as leis 
antitrustes só foram aprovadas depois da Segunda Guerra Mundial. No Brasil, a atual lei antitruste é a Lei 
nº 12.529/2011, que revogou a antiga Lei nº 8.884/1994 (SANDRONI, p. 333).
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial54/154
5. Competição Monopolística
5.1 Características da Concor-
rência Monopolística
O mercado de concorrência (ou 
competição) monopolística, também 
chamada de concorrência imperfeita, 
situa-se entre a concorrência perfeita 
e o monopólio. Apresenta três 
características principais (MANKIW, p. 
312-314; KRUGMAN; WELLS, p. 361-364; 
SAMUELSON; NORDHAUS, p. 151-152):
• Número elevado de vendedores de 
bens substitutos próximos.
• Produtos diferenciados: a 
diferenciação do produto confere 
características de monopólio à 
empresa. A publicidade desempenha 
papel importante na concorrência 
monopolística. Exemplos: livros, 
games, restaurantes, etc. 
• Não existem barreiras à entrada.
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial55/154
5.2 A Maximização do Lucro e 
o Bem-Estar
A empresa monopolisticamente 
competitiva procura maximizar seu lucro 
de maneira semelhante ao monopólio 
(MANKIW, p. 314-320; KRUGMAN; WELLS, 
p. 364-367):
• No curto prazo, a empresa maximiza 
o lucro produzindo a quantidade 
na qual a receita marginal se iguala 
ao custo marginal, e usa a curva de 
demanda para determinar o preço 
compatível com essa quantidade. A 
empresa é “fazedora de preço” e o 
preço apresenta um markup sobre o 
custo marginal. 
Link
As mensagens publicitárias enredam os 
consumidores em circuitos emotivos e irracionais 
criados para vender produtos. Como escapar 
do bombardeio publicitário e não aderir ao 
consumismo desenfreado? Qual a influência 
da mídia sobre os padrões de consumo? 
Essas e outras questões referentes ao mundo 
da publicidade e do consumo podem ser 
conhecidas em: INMETRO-IDEC. Publicidade e 
Consumo, (Coleção Educação para o Consumo 
Responsável), 2002. Disponível em: <http://
www.inmetro.gov.br/inovacao/publicacoes/
cartilhas/ColEducativa/publicidade.pdf>. 
Acesso em: 17 set. 2014.
http://www.inmetro.gov.br/inovacao/publicacoes/cartilhas/ColEducativa/publicidade.pdf
http://www.inmetro.gov.br/inovacao/publicacoes/cartilhas/ColEducativa/publicidade.pdf
http://www.inmetro.gov.br/inovacao/publicacoes/cartilhas/ColEducativa/publicidade.pdf
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial56/154
• No longo prazo, por causa da livre 
entrada e saída de empresas no 
mercado, a tendência é que o lucro 
econômico fique próximo à zero.
• Mas de maneira diferente do mercado 
competitivo, mesmo no longo prazo, 
a empresa monopolisticamente 
competitiva apresenta capacidade 
ociosa, produz com custo acima do 
ponto de mínimo do custo médio 
total e apresenta preço com markup 
sobre o custo marginal. 
• A competição monopolística 
gera ineficiências semelhantes 
ao monopólio. Mas é limitada a 
capacidade do governo corrigir essas 
ineficiências.
6. Oligopólio
6.1 Um Mercado com Poucos 
Vendedores
Oligopólio é uma estrutura de mercado em 
que um número pequeno de vendedores 
oferece produtos similares ou idênticos. 
As ações de um vendedor podem ter 
grande impacto sobre oslucros dos demais 
vendedores. A interdependência entre as 
empresas oligopolistas gera uma constante 
tensão entre a cooperação e o interesse 
próprio no comportamento estratégico 
das empresas (MANKIW, p. 329-332; 
KRUGMAN; WELLS, p. 340-341):
• Cooperação: as empresas podem agir 
como um monopólio, fabricando uma 
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial57/154
quantidade que permite cobrar um 
preço superior ao custo marginal.
• Interesse próprio: cada empresa pode 
agir visando apenas seu próprio lucro. 
6.2 O Equilíbrio do Oligopólio
Os oligopolistas gostariam de obter lucros 
monopolistas, mas isso geralmente não 
é possível. Em primeiro lugar, porque o 
acordo (conluio) entre os oligopolistas 
caracteriza a formação de cartel, prática 
que é considerada crime pela legislação 
antitruste. Em segundo lugar, porque 
os conflitos entre os membros de um 
oligopólio sobre como dividir o lucro do 
mercado tornam muito difícil chegar a 
um acordo que seja cumprido por todos 
(MANKIW, p. 332-333).
Para entender o equilíbrio do oligopólio, 
os economistas utilizam a teoria dos 
jogos, em particular o “dilema dos 
prisioneiros” e o “equilíbrio de Nash”. 
No jogo do oligopólio, o ganho (lucro) 
de cada oligopolista depende não só de 
suas ações, mas também das ações dos 
outros oligopolistas (MANKIW, p. 333-337; 
KRUGMAN; WELLS, p. 344-348):
• Como o preço é maior que o custo 
marginal, cada oligopolista tem 
incentivo para aumentar a sua 
produção, conquistando maior 
parcela do mercado e, assim, 
aumentando o lucro da empresa.
• Mas à medida que cada oligopolista 
aumenta sua produção individual, 
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial58/154
a quantidade total que é vendida 
no mercado também aumenta, 
acarretando a queda do preço de 
mercado e do lucro do oligopólio 
como um todo.
• Mas existe a possibilidade das 
empresas oligopolistas conseguirem 
uma cooperação tácita. Isso porque 
o jogo do oligopólio não é um “jogo 
de lance único”, mas um “jogo com 
lances repetidos” muitas vezes. A 
perspectiva de competir por um 
período prolongado favorece o 
aparecimento de uma cooperação 
tácita entre as empresas para 
limitarem suas produções, de modo 
a aumentar os preços e os lucros do 
oligopólio como um todo.
• Na realidade, a tendência é o 
conjunto das empresas oligopolistas 
produzirem uma quantidade maior 
que a do monopólio e menor do que a 
do mercado competitivo. Do mesmo 
modo, o preço do oligopólio tende a 
ser inferior ao preço do monopólio, 
mas superior ao preço competitivo.
Para saber mais
A teoria dos jogos é a aplicação da lógica 
matemática no processo de tomada de decisões 
nos jogos e, por extensão, na economia, na 
política e na guerra – situações caracterizadas 
por conflitos de interesses, informações 
incompletas e acaso. 
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial59/154
Para saber mais
De modo geral, a teoria dos jogos demonstra que, em jogos com duas pessoas, cada jogador leva em 
consideração as possíveis estratégias do outro jogador, e que o resultado desses jogos são zero-soma 
(uma das partes perde exatamente o que a outra ganha).
 Nos jogos com mais de duas pessoas, o resultado é mais complexo, mas pode ser influenciado pela 
formação de coalizões entre algumas empresas de grande porte com a finalidade de retirar concorrentes 
do mercado e exercer um poder de cartel (SANDRONI, p. 599).
Para saber mais
O dilema do prisioneiro é um jogo em que criminosos são submetidos a um interrogatório em separado. 
Cada criminoso sabe que se ninguém confessar sobre a participação própria e dos demais no crime, ele 
será libertado ou no máximo terá uma pena muito pequena. Mas se um deles confessar, e os demais 
não o fizerem, esse um que confessar poderá ser libertado, enquanto os outros sofrerão pesadas 
penas. Se todos confessarem, todos receberão penas, embora menos severas do que se apenas um 
confessar. O incentivo, nesse caso, para o indivíduo racional é confessar e deixar os demais sofrerem as 
consequências. Porém, se todos agirem desta forma, o resultado para todos será pior do que seria se 
todos pudessem entrar num acordo prévio para ninguém confessar (SANDRONI, p. 174).
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial60/154
Para saber mais
O equilíbrio de Nash é uma situação em que os agentes econômicos que estão interagindo num mercado 
escolhem sua melhor estratégia, dadas as estratégias escolhidas pelos demais agentes (MANKIW, p. 333).
Link
O equilíbrio de Nash foi formulado pelo matemático norte-americano John Forbes Nash Jr., ganhador do 
prêmio Nobel de Economia de 1994, que teve sua vida retratada no filme Uma Mente Brilhante. Você pode 
conhecer melhor seu trabalho lendo o artigo escrito por Uwe Haneke e Vitória Saddi: “Prêmio Nobel de 
Economia de 1994: Contribuições de Nash, Harsanyi e Selten à Teoria dos Jogos”. São Paulo: Revista de 
Economia Política (REP), vol.15, nº 1 (57), janeiro-março/1995. Disponível em: <http://www.rep.org.
br/pdf/57-3.pdf>. Acesso em: 17 set. 2014.
http://www.rep.org.br/pdf/57-3.pdf
http://www.rep.org.br/pdf/57-3.pdf
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial61/154
Glossário
Cartel: Grupo de empresas independentes que formalizam um acordo para sua atuação coordenada, 
com vistas a interesses comuns. O tipo mais frequente de cartel é o de empresas que produzem artigos 
semelhantes, de forma a constituir um monopólio de mercado. O termo cartel refere-se em geral ao 
mercado internacional, enquanto se prefere utilizar termos como truste e sindicato para os mercados 
regionais (SANDRONI, p. 84).
Markup: Termo em inglês que significa a diferença entre o custo total de produção de um produto e seu 
preço de venda ao consumidor final (SANDRONI, p. 368).
Truste: Estrutura empresarial na qual várias empresas combinam-se ou fundem-se para assegurar o 
controle do mercado em que atuam, estabelecendo preços elevados que lhes garantam elevadas margens 
de lucro (SANDRONI, p. 616).
Questão
reflexão
?
para
62/154
Elabore um texto desenvolvendo, de forma sucinta, sua 
reflexão sobre as decisões das empresas sobre preços e 
quantidades nos mercados competitivos, no monopólio, na 
concorrência monopolística e nos oligopólios.
63/154
Considerações Finais (1/5)
Custos explícitos (custos contábeis) são os custos dos insumos 
utilizados na produção que exigem pagamento em dinheiro por parte 
da empresa.
Custos implícitos são os custos de oportunidade dos insumos que não 
exigem pagamento em dinheiro por parte da empresa. 
O conceito de custo total considerado na análise econômica é a soma 
dos custos explícitos com os custos implícitos. 
No curto prazo, mantendo-se constantes todos os demais fatores 
de produção, a produtividade marginal do trabalho é decrescente 
à medida que aumenta a quantidade utilizada de trabalho (lei dos 
rendimentos decrescentes).
Custo marginal é a variação no custo total de produção advinda do 
acréscimo de uma unidade da quantidade produzida.
64/154
No curto prazo, o custo total, o custo variável médio e o custo marginal 
costumam aumentar quando a produção aumenta por causa da 
produtividade marginal decrescente. 
A empresa competitiva maximiza o lucro quando a quantidade 
produzida está no nível em que o custo marginal é igual ao preço. 
No longo prazo, o lucro econômico é zero, mas o lucro contábil é 
positivo e suficiente para remunerar o proprietário por seus custos de 
oportunidade. 
Uma empresa é um monopólio quando é a única vendedora de um 
produto que não tem substitutos próximos no mercado.
A principal causa do aparecimento dos monopólios são as barreiras à 
entrada de outras empresas para concorrer no mercado.
Considerações Finais (2/5)
65/154
Considerações Finais (3/5)
No monopólio, a quantidade de equilíbrio é inferior ao nível que 
maximiza os excedentes do consumidor e do produtor, logo ocorre 
ineficiênciaeconômica, perda do excedente total (peso morto) e perda 
de bem-estar social.
A discriminação de preços pode aumentar a eficiência econômica ao 
fazer com que aumente a quantidade produzida e vendida do bem, mas 
todo o excedente vai para o monopolista.
O governo pode intervir nos mercados monopolistas para aumentar 
o bem-estar de várias maneiras: lei antitruste; regulamentação; 
empresas estatais.
O mercado de concorrência monopolística situa-se entre a 
concorrência perfeita e o monopólio, e apresenta três características 
principais: número elevado de vendedores; produtos diferenciados; não 
existem barreiras à entrada.
66/154
Considerações Finais (4/5)
De maneira diferente do mercado competitivo, mesmo no longo prazo, 
a empresa monopolisticamente competitiva apresenta capacidade 
ociosa e preço com markup sobre o custo marginal. 
Oligopólio é uma estrutura de mercado em que um número pequeno 
de vendedores oferece produtos similares ou idênticos. 
Os oligopolistas gostariam de obter lucros monopolistas, mas isso 
geralmente não é possível por que: a) o acordo (cartel) entre os 
oligopolistas é considerado crime pela legislação antitruste; b) os 
conflitos entre os membros de um oligopólio sobre como dividir o 
lucro do mercado tornam muito difícil chegar a um acordo que seja 
cumprido por todos.
O equilíbrio do oligopólio pode configurar um “equilíbrio não 
cooperativo” (“equilíbrio de Nash”), situação em que um oligopolista 
escolhe sua ação independentemente da ação dos outros oligopolistas. 
67/154
Considerações Finais (5/5)
O equilíbrio do oligopólio pode também configurar um “equilíbrio com 
cooperação tácita”, pois a perspectiva de competir por um período 
prolongado pode favorecer que as empresas limitem suas produções, 
de modo a aumentar os preços e os lucros do oligopólio como um todo.
Na realidade, a tendência é o oligopólio produzir uma quantidade 
maior do que o monopólio e menor do que o mercado competitivo, com 
preço inferior ao preço do monopólio e superior ao preço competitivo.
A tendência é o oligopólio não atingir o equilíbrio do mercado 
competitivo, logo ocorre redução do bem-estar social, produção 
de uma quantidade menor que a socialmente desejável e preços 
superiores ao custo marginal.
Unidade 2 • O Comportamento das Empresas e a Organização Industrial68/154
Referências 
KRUGMAN, Paul; WELLS, Robin. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Campus, 2011, 2ª edição.
MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. São Paulo: Cengage, 2013, 6ª edição.
PINDYCK, Robert S.; RUBINFELD, Daniel. Microeconomia. São Paulo: Pearson, 2010, 7ª edição.
SAMUELSON, Paul A.; NORDHAUS, William D. Economia. São Paulo: McGraw-Hill, 2012, 19ª 
edição.
SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. São Paulo: Círculo do Livro, 1999.
69/154
1. Com relação às características dos custos da empresa no curto prazo, 
indique a alternativa incorreta:
a) O custo total costuma aumentar quando a produção aumenta por causa do produto 
marginal decrescente. 
b) O custo fixo médio sempre aumenta à medida que a produção aumenta.
c) A empresa geralmente apresenta custos decrescentes durante algum tempo antes dos 
custos começarem a aumentar com o aumento da produção. 
d) O custo variável médio costuma aumentar quando a produção aumenta por causa do 
produto marginal decrescente. 
e) O custo marginal costuma aumentar quando a produção aumenta por causa do produto 
marginal decrescente.
Questão 1
70/154
2. Com relação ao equilíbrio da empresa competitiva no curto prazo, indi-
que a alternativa incorreta:
a) A empresa produz uma quantidade superior ao seu custo variável médio. 
b) Se o preço ficar abaixo do custo variável médio, a empresa estará apresentando prejuízo, e 
ficará em melhor situação se paralisar temporariamente as atividades. 
c) Ao paralisar as atividades, a empresa perde toda a receita da venda de seu produto, mas 
economiza os custos fixos e variáveis de produção.
d) A empresa maximiza o lucro quando a quantidade produzida está no nível em que o custo 
marginal é igual ao preço. 
e) A curva de custo marginal da empresa é igual à curva de oferta da empresa.
Questão 2
71/154
3. Com relação ao monopólio, indique a alternativa incorreta:
a) O monopolista é o único produtor em seu mercado, logo sempre poder impor preços 
maiores para vender uma quantidade maior.
b) A principal causa do aparecimento dos monopólios são as barreiras à entrada de outras 
empresas para concorrer no mercado. 
c) A empresa monopolista maximiza o lucro produzindo a quantidade em que a receita 
marginal iguala o custo marginal.
d) A empresa monopolista é “fazedora do preço” de mercado, ou seja, a empresa determina o 
preço de oferta do produto. 
e) No monopólio, o preço de equilíbrio é maior que o custo marginal, o que faz com que a 
quantidade do bem seja menor do que a do mercado competitivo.
Questão 3
72/154
4. Com relação à competição monopolística, assinale a alternativa incorreta:
a) O mercado de competição monopolística apresenta três características principais: número 
elevado de vendedores; produtos diferenciados; e não existem barreiras à entrada.
b) A empresa monopolisticamente competitiva procura maximizar seu lucro de maneira 
semelhante ao monopólio.
c) A empresa monopolisticamente competitiva é “fazedora de preço” e o preço apresenta um 
markup sobre o custo marginal. 
d) A competição monopolística gera ineficiências semelhantes ao monopólio. 
e) No longo prazo, por causa da livre entrada e saída de empresas no mercado, a tendência é 
que a empresa monopolisticamente competitiva não apresente capacidade ociosa e que 
seu preço seja igual ao custo marginal.
Questão 4
73/154
5. Com relação ao oligopólio, assinale a alternativa incorreta:
a) Oligopólio é uma estrutura de mercado em que um número pequeno de vendedores 
oferece produtos similares ou idênticos.
b) A interdependência entre as empresas oligopolistas gera uma tensão entre a cooperação e 
o interesse próprio no comportamento das empresas.
c) O acordo entre os oligopolistas para obter lucros monopolistas caracteriza a formação de 
cartel, prática que é considerada crime pela legislação antitruste.
d) No equilíbrio do oligopólio, o lucro de cada empresa oligopolista depende apenas de suas 
ações.
e) Os conflitos entre os membros de um oligopólio sobre como dividir o lucro do mercado 
tornam muito difícil chegar a um acordo que seja cumprido por todos.
Questão 5
74/154
Gabarito
1. Resposta: B.
A alternativa B está incorreta. O correto 
seria: “O custo fixo médio sempre diminui 
à medida que a produção aumenta.” As 
demais alternativas estão corretas.
2. Resposta: C.
A alternativa C está incorreta. O correto 
seria: “Ao paralisar as atividades, a 
empresa perde toda a receita da venda de 
seu produto, mas economiza os custos 
variáveis de produção, tendo que 
continuar pagando apenas os custos 
fixos.” As demais alternativas estão 
corretas.
3. Resposta: A.
A alternativa A está incorreta. O correto 
seria: “O monopolista é o único produtor 
em seu mercado, logo precisa aceitar um 
preço menor para vender uma quantidade 
maior (porque sempre se depara com 
a curva de demanda de mercado com 
inclinação descendente).” As demais 
alternativas estão corretas.
4. Resposta: E.
A alternativa E está incorreta. O correto 
seria: “Mesmo no longo prazo, apesar 
da livre entrada e saída de empresas no 
mercado, a tendência é que a empresa 
monopolisticamente competitiva 
apresente capacidade ociosa e que seu 
75/154
Gabarito
preço apresente um markup sobre o 
custo marginal.” As demais alternativas 
estão corretas.
5. Resposta: D.
A alternativa D está incorreta. O correto 
seria: “No equilíbrio do oligopólio, o lucro 
de cada empresa oligopolista, depende não 
só de suas ações, mas também das ações 
dos outros oligopolistas.” As demais 
alternativas estão corretas.
76/154
Unidade 3
Princípios de Economia Internacional
Objetivos
1. A Aula 3 tem por objetivos o estudodos fundamentos do comércio 
internacional e da teoria macroeconômica para uma economia 
aberta. 
2. Inicialmente, o item 2 apresenta o estudo da teoria das vantagens 
comparativas no comércio internacional. O item 3 analisa os 
impactos sobre a economia do país no comércio internacional de 
bens e serviços. O item 4 apresenta os conceitos de fluxo de bens e 
serviços, fluxo de recursos financeiros e taxas de câmbio. Finalmente, 
o item 5 estuda o mercado de fundos de empréstimos, o mercado de 
câmbio e o equilíbrio macroeconômico na economia aberta.
77/154
Unidade 3
Princípios de Economia Internacional
Para saber mais
Além daApoio à aprendizagem há a indicação 
de alguns materiais de acompanhamento e 
aprofundamento, dentre eles, destaca-se: 
MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. 
São Paulo: Cengage Learning, 2013, 6ª edição. 
Leia especialmente os capítulos 3, 9, 31 e 
32. Esta leitura deve lhe auxiliar no melhor 
entendimento da Aula 3.
Unidade 3 • Princípios de Economia Internacional78/154
1. Introdução
O comércio internacional permite aos 
países se especializarem na produção de 
determinados bens e serviços e trocá-
los por uma maior variedade de bens e 
serviços produzidos em outros países. Os 
economistas defendem que o comércio 
internacional pode beneficiar todos os 
países. 
Vamos supor que só temos dois países, A 
e B, ambos produzindo dois bens, X e Y, 
utilizando as mesmas funções de produção 
e a mesma quantidade de insumos, exceto 
a quantidade de trabalho. Um país tem 
vantagem absoluta na produção de um 
bem se o seu custo de produção for menor 
do que o custo de produção do outro país. 
No exemplo, o país tem vantagem absoluta 
na produção de um bem se conseguir 
produzi-lo com uma menor quantidade de 
trabalho do que o outro país.
Se cada país possuir vantagem absoluta na 
produção de um dos bens e se especializar 
na produção desse bem, ambos os países 
podem ganhar com o comércio. Mas e se um 
país tiver vantagem absoluta na produção 
dos dois bens? Ainda assim, o comércio 
pode ser vantajoso para ambos os países? 
A resposta é sim. Como veremos a seguir, 
de acordo com a teoria das vantagens 
comparativas, o comércio pode ser 
mutuamente benéfico para todos os países.
2. As Vantagens Comparativas
Seguindo com o exemplo anterior, suponha 
que em 1 hora de trabalho são produzidas, 
Unidade 3 • Princípios de Economia Internacional79/154
no país A, 1 unidade do bem X, e 1/2 do 
bem Y, enquanto no país B são produzidas 
1/3 do bem X, e 1/4 do bem Y. Nesse caso, o 
país A tem vantagem absoluta na produção 
dos dois bens, X e Y (SAMUELSON; 
NORDHAUS, p. 304). 
A vantagem comparativa avalia a 
capacidade do produtor de um país 
em produzir um bem com um custo de 
oportunidade menor que o produtor 
de outro país. No exemplo, o custo de 
oportunidade (tradeoff) mede a quantidade 
do bem X que pode ser produzida com o 
trabalho necessário para produzir o bem 
Y: (a) O país A tem vantagem comparativa 
na produção do bem X: O custo de 
oportunidade do bem X é 1/2 do bem Y 
no país A, e 3/4 no país B; (b) O país B tem 
vantagem comparativa na produção do 
bem Y: O custo de oportunidade do bem 
Y é 4/3 do bem X no país B, e 2 no país A 
(MANKIW, p. 52; SAMUELSON; NORDHAUS, 
p. 304).
Embora o país A tenha vantagem absoluta 
nos dois bens, seria impossível ele ter 
vantagem comparativa nos dois bens. 
Como o custo de oportunidade de um bem 
é o inverso do custo de oportunidade do 
outro bem, se o custo de oportunidade 
do bem X é baixo, necessariamente o 
custo de oportunidade do bem Y tem que 
ser elevado. A vantagem comparativa 
reflete essa relatividade dos custos de 
oportunidade (MANKIW, p. 53).
Segundo a teoria das vantagens 
comparativas, desenvolvida por David 
Ricardo no século XIX, todo país pode 
Unidade 3 • Princípios de Economia Internacional80/154
ganhar com o comércio, especializando-se 
na produção e exportação dos bens que 
produz com um custo relativamente menor 
e, inversamente, importando os bens que 
produz com um custo relativamente maior 
(SAMUELSON; NORDHAUS, p. 303).
Na prática, os economistas que estudam 
o comércio internacional destacam 
três fontes principais de vantagens 
comparativas entre os países: (a) 
Diferenças internacionais de clima; (b) 
Diferenças internacionais de fatores de 
Link
Você pode aprofundar seus estudos sobre a 
teoria das vantagens comparativas lendo 
o artigo de Cláudio Gontijo: “As duas vias do 
princípio das vantagens comparativas de David 
Ricardo e o padrão-ouro: um ensaio crítico”. 
São Paulo: REP, vol. 27, nº 3 (107), pp. 413-
430, jul.-set./2007. Disponível em: <http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0101-31572007000300006>. 
Acesso em: 17 set. 2014.
Para saber mais
David Ricardo (1772-1823) foi um economista 
inglês, considerado o sucessor de Adam Smith. 
Suas ideias dominaram a economia clássica 
por mais de meio século. Em seu trabalho mais 
importante, Princípios de Economia Política e 
Tributação (1817), Ricardo formulou a lei dos 
custos comparativos (ou lei das vantagens 
comparativas). (SANDRONI, p. 531-532).
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31572007000300006
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31572007000300006
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Unidade 3 • Princípios de Economia Internacional81/154
produção; (c) Diferenças internacionais 
de tecnologia (KRUGMAN; WELLS, p. 181-
182).
3. O Comércio Internacional
3.1 O Preço Mundial
O preço mundial (internacional) de um 
bem é o preço do bem que prevalece no 
mercado internacional entre os países. 
O preço doméstico do bem é o preço que 
prevaleceria no mercado interno do país, 
se o país não tivesse relações comerciais 
com outros países. Nos termos do livre-
comércio: (a) Se o preço doméstico de 
um bem for menor que o preço mundial, 
o país tem vantagem comparativa e 
deve exportar esse bem; (b) Se o preço 
doméstico de um bem for maior que o 
preço mundial, o país não tem vantagem 
comparativa e deve importar esse bem 
(MANKIW, p. 163; KRUGMAN; WELLS, p. 
184-187).
Se uma economia pequena pratica o 
livre-comércio, apenas o preço mundial é 
relevante para essa economia. A tendência 
é que os preços domésticos da economia 
sejam iguais aos preços mundiais 
(MANKIW, p. 163).
3.2 Ganhos e Perdas do País 
Exportador
Considere um país (economia pequena), 
antes de ingressar no comércio 
internacional, onde o preço doméstico de 
Unidade 3 • Princípios de Economia Internacional82/154
um bem é menor do que o preço mundial. 
Se o país ingressar no livre-comércio, por 
ter vantagem comparativa, a tendência 
é o país tornar-se exportador desse bem. 
São esperados os seguintes efeitos sobre o 
mercado interno desse bem no país: (a) O 
preço doméstico aumenta até igualar-se 
ao preço mundial; (b) Ao preço mundial, a 
quantidade ofertada aumenta, mas cai a 
quantidade demandada internamente; (c) 
A quantidade exportada é igual à diferença 
entre a quantidade ofertada internamente 
e a quantidade demandada internamente 
ao preço mundial; (d) Aumenta o excedente 
do produtor interno, pois agora vende uma 
quantidade maior a um preço maior; (e) Cai 
o excedente do consumidor interno, pois 
agora compra uma quantidade menor a 
um preço maior; (f) Aumenta o excedente 
total do país, pois o aumento do excedente 
do produtor é maior do que a queda do 
excedente do consumidor, indicando que o 
comércio melhora o bem-estar econômico 
do país como um todo (MANKIW, p. 164-
165; KRUGMAN; WELLS, p. 186-187).
3.3 Ganhos e Perdas do País 
Importador
Considere um país (economia pequena), 
antes de ingressar no comércio 
internacional, onde o preço doméstico de 
um bem é maior do que o preço mundial. 
Se o país ingressar no livre-comércio, por 
não ter vantagem comparativa, a tendência 
é o país tornar-se importador desse bem. 
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São esperados os seguintes efeitos

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