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Fichamento 6 - CARR, E Vinte anos de crise (1919-1939) grifado

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Universidade Anhembi Morumbi 
Graduação em Relações Internacionais 
Disciplina: Introdução aos Estudos das Relações Internacionais 
Professora Dra. Tatiana Garcia 
1°semestre - período noturno 
Campus Vila Olímpia 
Integrantes e seus respectivos RAs: 
Beatriz Paulino de Lima – 21369799 
Julia Silva Cavalcanti - 21428599 
Rafaela da Silva Adão - 20762694 
Victoria Evangelista Aguiar da Silva - 21470397 
 
 
 
 
 
CARR, E. Vinte anos de crise (1919-1939). Brasília: Ed. UNB, 2001. (Cap. III: O pano 
de fundo utópico, p. 33-56). 
“A MODERNA escola do pensamento político utópico remonta à destruição do 
sistema medieval, que pressupunha uma ética universal e um sistema político 
universal baseado na autoridade divina. Os realistas do Renascimento moveram o 
primeiro ataque sério e violento contra a primazia da ética, defendendo um ponto de 
vista político que tornava a ética um instrumento da política, a autoridade do Estado 
substituindo, assim, a autoridade da Igreja como árbitro da moralidade”. (p. 33) 
Edward Hallett Carr, começa fazendo uma parte introdutória e denota os 
realistas do Renascimento, desse modo levantam em questão o Realismo, que foi um 
movimento artístico e cultural iniciado no século XIX, na Europa. Diante disso, havia 
uma preocupação em expor a realidade mostrando assim os verdadeiros fatos, com 
isso os artistas passavam a mostrar a verdadeira face da realidade e apresentam os 
aspectos sociais e cotidianos vigentes na época, os criticando. 
Nesse contexto, a Europa passava por um período conturbado, assim 
aconteceram revoltas sociais e insatisfação popular, principalmente no que se tratava 
da política. Visto isso, a Revolução Francesa e Revolução Industrial, desencadeiam 
uma série de mudanças, assim uma que se destaca é o fato do homem parar de 
procurar explicações religiosas e ir atrás de explicações objetivas sobre o mundo, 
nesse momento aparecem figuras como Augusto Comte, Karl Marx, Émile Durkheim 
e Max Weber, foram eles que pensaram no mundo moderno de forma objetiva e foram 
em busca de respostas para elaborarem uma solução. 
 
 
 
 
“A resposta da escola utópica a este desafio não foi fácil. Era necessário um 
padrão ético que fosse independente de qualquer autoridade externa eclesiástica ou 
civil - e a solução foi encontrada na doutrina de uma "lei da natureza" secular, cuja 
fonte última era a razão individual humana”. (p.33) 
O trecho traz uma retrospectiva no que diz respeito aos debates utópicos e 
realistas da época, assim como dito acima. Em vista disso, o mito que cercava a “ética 
universal”, que era baseada no Cristianismo é desmistificado e a ética a ser seguida 
passa a ter fins políticos comandada pelo Estado, que irá assim substituir a Igreja, que 
era a mediadora da moralidade. Nessa conjuntura, surge a “ética universal”, que vai 
se basear em fins individuais do homem e na sua capacidade de compreender as “leis 
naturais” que vão regular a vida em sociedade dos indivíduos. 
“O Iluminismo era a estrada real para a felicidade”. (p. 34) 
Se tratava de um movimento intelectual do século XVIII, dessa forma se tratava 
de um período de luz contra o período das trevas, que era o antigo regime. Buscavam 
maior independência econômica e política, desse modo executaram diversos 
movimentos que promoveram diversas mudanças políticas, econômicas e sociais 
baseadas na ideia francesa de liberdade, igualdade e fraternidade. 
“Os membros da comunidade "podem, em sua capacidade agregada, serem 
considerados como se constituíssem uma forma de judicatura ou tribunal: chame-o... 
Tribunal da Opinião Pública". Foi James Mill, aluno de Bentham, quem criou o mais 
completo argumento já elaborado em defesa da infalibilidade da opinião pública: 
"Todo homem possuidor de razão está acostumado a pesar os indícios e a 
guiar-se por sua preponderância. Quando várias conclusões, com suas provas, 
são apresentadas com igual carinho e engenho, há uma certeza moral de que, 
embora existam exceções, a maioria das pessoas julgará de forma correta, e 
que a prova de maior força, qualquer que ela seja, causará a impressão mais 
forte”’’. (p.36) 
O livro traz o pensamento de Jeremy Bentham que criou a famosa frase “a 
maior felicidade para o maior número”, que tinha haver com a ética racional e com a 
doutrina de salvação pela opinião pública. James Mill é citado, como aluno de 
Bentham, ele era um filósofo e economista britânico, nota-se que ele defendeu o 
 
 
 
 
utilitarismo presente na proposta ética de seu professor e Mill era defensor do 
liberalismo político falando assim da importância da liberdade individual. 
“[...] ... não foi um mundo de intenções incorretas, mas de pensamento 
incorreto... Saímos desse estado ao corrigirmos a falha de entendimento; sairemos do 
mundo de guerra política ou paz armada da mesma forma”. (p.37) 
As páginas 36 e 37 se encaixam com a seguinte frase “A história se repete, a 
primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”, MARX, Karl, Dezoito Brumário 
de Louis Bonaparte, 1852. Diante disso, é evidente que as guerras acontecem por 
interesses dos governantes de principalmente os grandes Estados-nações, que 
buscam expandir territórios e aumentar o seu montante econômico. Com o passar dos 
anos ideologias falsas e objetivos falsos foram criados para alcançar tais montantes, 
um exemplo são as Cruzadas, foram expedições militares organizadas pela Igreja, 
entre 1095 e 1291, por potências europeias, que tinham o objetivo de combater o 
domínio islâmico na chamada Terra Santa. Nessa época a fé estava muito acima da 
razão e as pessoas estavam presas a ideia de pecado e da condenação divina 
buscando sempre se redimir com Deus. A Igreja arrecadou muito dinheiro e 
patrimônios com as expedições, mas não era só ela a interessada nas expedições, 
como a nobreza que tinha como maior interesse conquistar terras, principalmente as 
que possuíam cidades mercantilistas e as especiarias orientais que tinha um alto 
valor, como: pimenta-do-reino, cravo, noz-moscada, canela e outros. Diante disso, 
uma expedição que apontava a fé como a sua principal razão possuía mais interesses 
econômicos para legitimar totalmente o seu poder sobre a terra e sobre os indivíduos. 
“[...] Woodrow Wilson, o apaixonado admirador de Bright e Gladstone, 
transplantava a fé na racionalidade do século dezenove ao solo quase virgem da 
política internacional e, levando-a com ele para a Europa, deu-lhe um novo alento de 
vida. Quase todas as teorias populares sobre política internacional entre as duas 
grandes guerras foram reflexos, vistos num espelho americano, do pensamento liberal 
do século dezenove”. (p.38-39) 
Edward Carr critica o presidente estadunidense, já que ele traz à tona teses 
liberais do século XIX, como visto mais acima a “opinião pública” de Bentham é citada 
e leva isto para um “solo quase virgem” da política internacional mesmo sabendo que 
o período ao qual se encontrava era um cenário de arena entre as duas grandes 
 
 
 
 
guerras, ou seja, não era nem o momento e a hora adequada para trazer à tona tais 
pensamentos em questão novamente. 
“Num limitado número de países, a democracia liberal do século dezenove teve 
um brilhante sucesso. Foi um sucesso porque seus pressupostos coincidiram com o 
estágio de desenvolvimento alcançado por esses países. Fora da massa de 
especulações da época, os principais espíritos de então absorveram precisamente a 
parte da teoria que correspondia a suas necessidades, consciente ou 
inconscientemente adaptando a prática à teoria, e a teoria à prática. [...] Entretanto, a 
opinião de que a democracia liberal do século dezenove era baseada, não num 
equilíbrio de forças peculiar ao desenvolvimento econômico do período e aos países 
envolvidos, mas em certos princípios racionais a priori, que bastariam ser aplicados 
em outros contextos para produzirem resultados similares, foiessencialmente utópica; 
e foi esta opinião que dominou o mundo após a primeira guerra mundial. [...] As 
democracias liberais espalhadas pelo mundo, devido ao acordo de paz de 1919, foram 
o produto da teoria abstrata, não lançaram raízes no solo e rapidamente murcharam”. 
(p.39) 
O autor deixa a entender que algumas democracias liberais funcionaram muito 
bem na Europa no século XIX e passaram para um patamar internacional, já que 
participaram do acordo de paz de 1919, conhecida popularmente como Tratado de 
Versalhes, este acordo foi criado para acabar com a Primeira Guerra Mundial (1914-
1918), mas teve um resultado inverso já que o clima de rivalidade só aumentou com 
o fim da guerra, pois decidiram impor multas e sanções muito pesadas para a 
Alemanha e os países associados a ela. “[...] não num equilíbrio de forças peculiar ao 
desenvolvimento econômico do período e aos países envolvidos, mas em certos 
princípios racionais a priori, que bastariam ser aplicados em outros contextos para 
produzirem resultados similares, foi essencialmente utópica”(p.39), o trecho acima 
mostra o quão errado deu o plano das potências econômicas, já que não se conseguiu 
um equilíbrio político sólido e duradouro, em vista disso a Primeira Guerra Mundial 
contribuiu para a criação ainda maior do sentimento de raiva e isso abriu a porta para 
as possibilidades de um novo conflito mortal internacional. 
1. “A mais importante dentre todas as instituições afetadas por esse 
intelectualismo míope da política internacional foi a Liga das Nações, que foi 
 
 
 
 
uma tentativa "de aplicar os princípios do liberalismo de Locke para a 
construção de uma estrutura institucional para a ordem internacional”. (p.40) 
2. “Apresenta, contudo, complicações infinitas quando aplicada a sessenta 
Estados conhecidos, que diferem largamente em tamanho, em poder, e em 
desenvolvimento político, econômico e cultural. A Liga das Nações, sendo a 
primeira tentativa em larga escala de padronizar os problemas políticos 
internacionais sobre uma base racional, foi particularmente sujeita a esses 
embaraços”. (p.40) 
Nota-se, que o autor caracterizou o momento ao qual se passava como 
“intelectualismo míope da política internacional”, no qual o objetivo era a fundação da 
Liga das Nações, que tinha como função ser um lugar para que os Estados-nações 
que venceram a Primeira Guerra Mundial conseguissem discutir com intuito de 
estabelecer a paz e evitar as guerras, mas não alcançou o objetivo desejado. Vale 
destacar também, John Locke (1632-1704), foi o pai do liberalismo, que foi muito 
destacado no período do Iluminismo, pois ele defendia que regras políticas tinham que 
estar alinhados com as leis naturais do mundo, desse modo os homens teriam direitos 
naturais que são a vida, liberdade, igualdade e a propriedade privada. 
Nesse contexto, o poder estatal da época que não conseguisse estabelecer e 
garantir a vida de seus cidadãos e as propriedades privadas que eram de direito deles 
se tornaria um poder estatal ilegítimo para o povo. 
Outro ponto, Carr mostra a disparidade entre os Estados em termos que se 
nota no texto “diferem largamente em tamanho, em poder, e em desenvolvimento 
político, econômico e cultural”, ou seja, um sistema homogêneo onde os Estados 
possuem uma mesma concepção política não é visto na Liga das Nações, mas o que 
fica evidente é um sistema heterogêneo, visto que o cenário de atuação em que os 
países com diferentes capacidades de força e influência se encontram beligerante e 
mudando o meio ao qual estão atuando. 
“O Pacto tinha a virtude de apresentar várias imperfeições teóricas. Afirmando 
que trataria todos os membros como iguais, garantiu às grandes potências 
permanente maioria no Conselho da Liga. Não pretendeu proibir a guerra de todo, 
mas somente limitar as ocasiões em que, legitimamente, fosse possível recorrer a 
ela”. (p.41) 
 
 
 
 
Esse trecho se encaixa perfeitamente com o parágrafo acima a partir do 
momento citado “garantiu às grandes potências permanente maioria no Conselho da 
Liga”, percebe-se a hierarquia que as grandes potências possuíam naquela arena, já 
que Estados poderosos (Inglaterra, França, Estados Unidos) exerciam influência, mas 
não em uma condições de autoridade, mas sim em uma condição de dominação 
influenciando o comportamento de outros atores para segui-los. 
“[...] o fim da Liga, como instrumento político efetivo, estava à vista”. (p.44) 
“É muito verdade que, de longe, a arma mais poderosa que a Liga tem sob seu 
comando, não é a arma econômica ou militar, ou qualquer outra arma de força 
material. De longe, a arma mais poderosa com que contamos é a opinião pública”. 
(p.49) 
Com o passar das páginas, convém dizer que o sistema internacional está 
muito envolvido, já que é o resultante das políticas internas de um Estado, ou seja, 
são atores responsáveis pelas questões domésticas, que é composta por vários 
elementos dentro dos países e isso também envolve o bem estar, como a geração de 
empregos, economia, dentre outros. Diante disso, essas questões envolvem as 
respectivas sociedades daqueles Estados e consequentemente as relações entre o 
indivíduo e a instituição. É evidente que as potências faziam isso, de modo que 
nenhum outro ator era capaz de promover de forma tão intrínseca, pois nenhum outro 
tem a soberania de autonomia para executar o bem estar aos indivíduos e estabelecer 
regras, assim como os elementos constitutivos de um Estado. A opinião pública era 
importante por conta da guerra e de se manter a soberania, dessa forma as pessoas 
legitimam o poder de seus líderes. 
“Em 1932, Winston Churchill já condenava a União da Liga das Nações por sua 
"sofrida e inexaurível ingenuidade" de continuar a pregar seu credo ultrapassado”. [...] 
havia insistido na relativa falta de importância das armas "materiais" da Liga, começou 
a insistir em voz alta em sanções militares e econômicas como fundamentos 
necessários da ordem internacional”. (p.51) 
Naquele momento de tensão, no qual se passava a Liga das Nações não 
estava conseguindo alcançar seu objetivo de manter paz, constata-se que a ordem 
vai depender da conjuntura e daqueles que estão hierarquicamente construindo ou 
 
 
 
 
liderando essa conjuntura, assim normalmente os Estados hierarquicamente mais 
fortes conseguem estabelecer a ordem da mesma forma que conseguem estabelecer 
a guerra. 
O pensamento sobre a ordem internacional é bem interessante para se ler e 
entender o que os estudiosos pensavam. 
“O Professor Zimmern tende para a hipótese da tolice, repetindo quase palavra 
por palavra o argumento de Buckle e de Sir Norman Angell: 
"O obstáculo em nosso caminho... não está na esfera moral, mas na 
intelectual… Não é porque os homens sejam mal-intencionados que não 
podem ser educados dentro de uma consciência social mundial. É porque eles 
- sejamos honestos e digamos nós - somos seres de temperamento 
conservador e inteligência limitada"”. (p.53) 
“A impressão que o homem comum tinha foi mais precisamente registrada, em 
abril de 1938, em algumas palavras de Anthony Eden: 
"É extremamente fútil imaginar que estamos envolvidos em uma crise européia 
que pode desaparecer da mesma forma que surgiu. Estamos envolvidos numa 
crise de humanismo através do mundo todo. Estamos vivendo um daqueles 
grandes períodos da história que são aterradores em suas responsabilidades e 
em suas conseqüências. Forças estupendas estão à solta, forças de tufào”. (p. 
54) 
Em 1938, Anthony Eden, foi o ministro dos Negócios Estrangeiros, dessa forma 
no seu primeiro mandato ele foi contra o apaziguamento que ocorreu no que se dizia 
a respeito da Alemanha (nazista) e da Itália (fascista). Período no qual aconteceu um 
ano antes de estourar a Segunda Guerra Mundial e as potências já estavam muito 
bem preparadas para uma nova guerra. 
“O colapso da década de trinta foi contundente demaispara ser explicado 
meramente em termos de ações ou omissões individuais. Sua ruína envolveu a 
falência dos postulados em que estava baseada. Os fundamentos das crenças do 
século dezenove estão, eles próprios, sob suspeição. Pode bem ser verdade, não que 
homens tolamente ou mesquinhamente deixaram de aplicar os princípios corretos, 
mas que os próprios princípios fossem falsos ou inaplicáveis”. (p.55) 
 
 
 
 
Percebe-se que o autor fala que a crise sofrida na política internacional em 
1930 não foi causada pelos líderes de Estados que compunham a Liga das Nações, 
mas sim da falha em executar os objetivos impostos pela própria Liga, assim como o 
fato da “utopia dos teóricos internacionais”, estabelecida na época. 
 
Questões: 
1. No texto, nota-se que o colapso sofrido pela Europa depois de ser estabelecido 
o Tratado de Versalhes foi um período na história de muitas mudanças 
econômicas e políticas. A partir do texto, considere o contexto ao qual as 
relações internacionais estavam envolvidas durante o período das guerras 
mundiais e da Liga das Nações e disserte de forma rápida sobre ele. 
Resposta: O Tratado de Versalhes aconteceu após a Primeira Guerra Mundial, 
dessa forma os vencedores estabeleceram punições em formas de multas e sanções, 
assim a Alemanha e os seus aliados passaram a possuir um sentimento de ódio ainda 
maior já que estavam sendo prejudicados territorialmente e principalmente 
economicamente. Convém dizer, que o presidente Woodrow Wilson, foi um 
personagem muito importante para o processo de paz e segurança ao qual se 
encontrava os países após a Primeira Guerra Mundial, nesse contexto foi ele que 
redigiu quatorze pontos para estabelecer o equilíbrio perdido na Europa. É de 
fundamental importância entender que a Liga das Nações tinha como objetivo 
estabelecer a paz e evitar novos conflitos mortais, no entanto fracassou e foi “engolida” 
pelos Estados-nações. 
2. Edward Hallett Carr realizou críticas durante o seu livro Vinte anos de crise, no 
qual focou em discursar sobre a política internacional mostrando a relevância 
que ela possui na história e tal influenciava na economia política dos Estados-
nações. Diante disso, quais foram os principais pensadores do período entre 
as guerras citados no texto? 
Resposta: Os principais pensadores são: o presidente dos Estados Unidos, 
Woodrow Wilson, que tinha como objetivo estabelecer o equilíbrio e a paz, de forma 
que conseguisse assegurar a segurança internacional, de fato criou 14 pontos para 
a paz para, assim garantir que não houvesse uma nova Guerra Mundial. Outro 
 
 
 
 
pensador foi Normal Angell, era um jornalista britânico que escreveu o livro “The 
Great Illusion”, diante disso ele considerava a guerra algo desinteressante para os 
interesses econômicos, como o comércio internacional, adicionalmente o trecho 
“somos seres de temperamento conservador e inteligência limitada”, (p.53), mostra o 
fato de os homens quererem mantem o poder, no entanto buscam legitima-lo através 
da guerra que não é a melhor solução. Por fim, Jeremy Bentham foi um filósofo 
iluminista que pensou no utilitarismo e é criador da frase “a maior felicidade para o 
maior número”, que estava envolvida com ética racional e fato da existência de uma 
doutrina de salvação pela opinião pública.

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