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Deontologia, Ética e Legislação da Medicina Veterinária

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU 
MEDICINA VETERINÁRIA 
DISCIPLINA DEONTOLOGIA, ÉTICA E LESGILAÇÃO DA MEDICINA VETERINARIA 
TURMA: FAP0870101NMA 
JOÃO GUILHERME LIMA TORRES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TERESINA-PI 
 
 
 
 
 
 
 RESOLUÇÃO Nº 1.259, DE 28 DE FEVEREIO DE 2019 
 
 Define diretrizes para os cursos de auxiliares de veterinário e dá outras providências. 
 O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA - CFMV -, no uso das 
atribuições que lhe são conferidas na alínea "f" do artigo 16 da Lei nº 5.517, de 23 de outubro 
de 1968; considerando que o exercício profissional é condicionado às qualificações 
profissionais estabelecidas em lei e que a formação profissional tem, dentre seus objetivos, 
permitir a qualificação para o trabalho (inciso XIII, artigo 5º, e artigo 205 da CRFB/1988); 
considerando que os médicos-veterinários, para o exercício das competências e atribuições 
privativas conferidas pela Lei nº 5.517, de 1968, podem se valer do apoio de auxiliares; 
considerando que os auxiliares de veterinários são ocupações (CBO 5193), as quais têm fins 
meramente classificatórios e administrativos, e que as atividades auxiliares à medicina 
veterinária encontram limites nas competências e atribuições privativas dos médicos-
veterinários considerando as normas éticas para o exercício da Medicina Veterinária; 
considerando que os cursos de formação ou capacitação para a ocupação de auxiliar de 
veterinários, não regulamentados e oferecidos livremente, têm impacto direto nas relações 
existentes entre o médico-veterinário, o auxiliar, os pacientes e os proprietários-consumidores; 
considerando a preocupação do Sistema CFMV/CRMVs em minimizar os riscos e 
responsabilidades decorrentes da execução de atividades auxiliares à medicina veterinária. 
considerando a competência do Sistema CFMV/CRMVs em fiscalizar, orientar, supervisionar 
e disciplinar as atividades relativas à profissão de médico-veterinário em todo o território 
nacional; resolve: 
 Art. 1º Instituir diretrizes para os cursos profissionalizantes de auxiliar de veterinário. § 1º 
Para fins dessa Resolução, auxiliar de veterinário exerce atividade de apoio, assistência e 
acompanhamento do trabalho do médico-veterinário. § 2º Resolução específica definirá os 
limites de permissão de atuação que o médico-veterinário poderá conceder ao auxiliar de 
veterinário. 
 Art. 2º Os cursos de auxiliar de veterinário, para atenderem ao disposto nesta Resolução, 
devem ofertar os seguintes conteúdos: 
e Legislação sanitária estadual e municipal. 
 II - noções das atividades de vigilância sanitária; 
 III - noções de segurança do trabalho, 
 IV - noções básicas de zoonoses de interesse da saúde pública; 
 V - noções básicas de atendimento ao público; 
 VI - conhecimentos básicos de relações interpessoais; 
 
 
 
 VII - conhecimentos básicos das raças dos animais; 
 VIII - noções básicas de anatomia veterinária; 
 IX - noções básicas de contenção física dos animais e manejo de animais; 
 X - conhecimentos básicos de fisiologia veterinária; 
 XI - noções de comportamento e bem-estar animal; 
 XII - cuidados e procedimentos com paciente: nutrição do internato, vias de aplicação de 
medicamento, conceitos de vacinação e vermifugação; realização e troca de pensos e 
bandagens, tricotomia, higiene do paciente e antissepsia da pele; auxílio a colheita de material 
biológico e não biológico; auxílio a realização de imobilização de ossos e articulações; auxílio 
a realização de cateterismos e sondagens; auxílio a realização de biopsia e a de exames 
complementares (como eletrocardiograma, estudos imaginológicos e exames laboratoriais); 
limpezas de conduto auditivo e ocular, escovação dentária e corte de unhas; apoio nas manobras 
de auxílio ao parto e cuidados neonatais; cuidados e procedimentos destinados a infraestrutura 
hospitalar (higienização e desinfeção dos ambientes e equipamentos, assepsia e esterilização 
de materiais de itens críticos - material cirúrgico, endoscópios, dentre outros); destinação de 
resíduos biológicos e não biológicos; noções de biossegurança e proteção pessoal. 
 XIII - conduta e procedimento em centros cirúrgicos; 
 
 RESOLUÇÃO Nº 1281, DE 25 DE JULHO DE 2019 
 
 O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA – CFMV -, no uso das 
atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 8º e pela alínea “f” do artigo 16, ambos da Lei nº 
5.517, de 23 de outubro de 1968; considerando que o exercício profissional é condicionado às 
qualificações profissionais estabelecidas em lei e que a formação profissional tem, dentre seus 
objetivos, permitir a qualificação para o trabalho (inciso XIII do artigo 5º e artigo 205., ambos 
da CRFB/1988); considerando que os médicos-veterinários, para o exercício das competências 
e atribuições privativas conferidas pela Lei nº 5.517, de 1968, podem se valer do apoio de 
auxiliares; considerando que o auxiliar de veterinário está contemplado entre as ocupações 
constantes da Classificação Brasileira de Ocupações – CBO/2002 (CBO 5193- 05), que dispõe 
de e fins meramente classificatórios e administrativos, e que as atividades de auxiliares à 
Medicina Veterinária encontram limites nas competências e atribuições privativas dos 
médicos-veterinários, considerando as normas éticas para o exercício da Medicina Veterinária; 
considerando que os cursos de formação ou capacitação para a ocupação de auxiliar de 
veterinário, não regulamentados e oferecidos livremente, têm impacto direto nas relações 
existentes entre o médico-veterinário, o auxiliar, os pacientes e os proprietários-consumidores; 
 
 
 
 
considerando a preocupação do Sistema CFMV/CRMVs em minimizar os riscos e 
responsabilidades decorrentes da execução de atividades auxiliares à Medicina Veterinária; 
considerando a competência do Sistema CFMV/CRMVs em fiscalizar, orientar, supervisionar 
e disciplinar as atividades relativas à profissão de médico-veterinário em todo o território 
nacional; RESOLVE 
 Art. 1º Instituir diretrizes para os cursos profissionalizantes de auxiliar de veterinário. 
 § 1º Para fins dessa Resolução, auxiliar de veterinário exerce atividade de apoio, de 
assistência e de acompanhamento do trabalho do médico-veterinário. 
 § 2º Resolução específica definirá os limites de permissão de atuação que o médico-
veterinário poderá conceder ao auxiliar de veterinário. 
Art. 2º Todas as entidades que ofereçam cursos de auxiliar de veterinário podem se cadastrar 
no Sistema CFMV/CRMVs, nos termos do artigo 4º da Resolução CFMV nº 1.177, de 2017. 
Art. 3º As entidades que ofereçam cursos de auxiliar de veterinário e que pretendam o 
credenciamento devem atender ao disposto nesta Resolução. Parágrafo único. Entende-se por 
credenciamento o cadastro qualificado da entidade cujo curso, ao atender o definido nesta 
Resolução, habilita os egressos a solicitarem o respectivo cadastro no Sistema CFMV/CRMVs. 
Parágrafo único. Entende-se por credenciamento o cadastro qualificado da entidade cujo curso 
atenda ao definido nesta Resolução, assegurado ao egresso a obtenção de certidão que ateste a 
formação em curso credenciado (NR).(1) 
Art. 4º Os cursos de auxiliar de veterinário, para fins de credenciamento, devem ofertar os 
seguintes conteúdos: 
 I – noções do Código de Defesa do Consumidor, Lei nº 5.517 e 5.550/1968, Lei 9605/1998 
e Legislação sanitária estadual e municipal. 
 II – noções das atividades de vigilância sanitária; 
 III – noções de segurança do trabalho; 
 IV – noções básicas de zoonoses de interesse da saúde pública; V – noções básicas de 
atendimento ao público; 
 VI – conhecimentos básicos de relações interpessoais; 
 VII – conhecimentos básicos das raças dos animais;VIII – noções básicas de anatomia veterinária; 
 IX – noções básicas de contenção física e manejo de animais; 
 X – conhecimentos básicos de fisiologia veterinária; 
 XI – noções de comportamento e bem-estar animal; 
 
 
 
 
XII - cuidados e procedimentos com paciente: nutrição do internado, vias de aplicação de 
medicamentos, conceitos de vacinação e vermifugação; realização e troca de pensos e 
bandagens, tricotomia, higiene do paciente e antissepsia da pele; auxílio à coleta de material 
biológico e não biológico; auxílio à realização de imobilização de ossos e articulações; auxílio 
à realização de cateterismos e sondagens; auxílio à realização de biopsia e a de exames 
complementares (como eletrocardiograma, estudos imagiológicos e exames laboratoriais); 
limpezas de conduto auditivo e ocular, escovação dentária e corte de unhas; apoio nas manobras 
de auxílio ao parto e cuidados neonatais; cuidados e procedimentos destinados a infraestrutura 
hospitalar (higienização e desinfeção dos ambientes e equipamentos, assepsia e esterilização 
de materiais de itens críticos - material cirúrgico, endoscópios, dentre outros); destinação de 
resíduos biológicos e não biológicos; noções de biossegurança e proteção pessoal 
 
 RESOLUÇÃO Nº 1027, DE 10 DE MAIO DE 2013 
 
 O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) apoia a realização de mutirões e de 
unidades móveis de esterilização cirúrgica, popularmente conhecidos como castramóveis, 
desde que realizados de acordo com os preceitos legais e técnicos, e devidamente 
supervisionados por médicos-veterinários, conforme artigo 3º da Resolução CFMV nº 962, de 
27 de agosto de 2010. A presença do profissional é obrigatória para salvaguardar as condições 
técnicas imprescindíveis à realização segura dos procedimentos, como a existência de 
ambientes pré-operatório, transferência dos animais e pós-cirúrgicos. Também garante que 
serão usados procedimentos de forma humanitária, preservando o bem-estar animal, evitando 
sofrimento e dor. 
 
 RESOLUÇÃO Nº 1.236, DE 26 DE OUTUBRO DE 2018 
 
 Define e caracteriza crueldade, abuso e maus-tratos contra animais vertebrados, dispõe sobre 
a conduta de médicos veterinários e zootecnistas e dá outras providências. 
 O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA - CFMV, no uso das 
atribuições que lhe são conferidas na alínea "f" e "h", do artigo 16, da Lei nº 5.517, de 23 de 
outubro de 1968, e o artigo 4º, da Lei nº 5.550, de 4 de dezembro de 1968; 
considerando a proibição de crueldade contra animais expressa no artigo 225 da Constituição 
da República Federativa do Brasil de 1988; 
 
 
 
 
 considerando o artigo 32, da Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, de Crimes 
Ambientais, que proíbe atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais nativos ou exóticos, 
domésticos, domesticados ou silvestres; considerando o art. 29 do Decreto nº 6.514, de 22 de 
http://portal.cfmv.gov.br/lei/index/id/298
julho de 2008, que trata da prática de ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais 
silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos; considerando a EC nº 96/2017 e 
a Lei Federal nº 13.364/2016, que tratam o rodeio e a vaquejada, como expressões artístico-
culturais elevando-as à condição de manifestação cultural nacional e de patrimônio cultural 
imaterial; considerando as atribuições dos Conselho Federal e Regionais de Medicina 
Veterinária de fiscalizar o exercício da Medicina Veterinária e da Zootecnia, bem como 
orientar, supervisionar e disciplinar as atividades dos profissionais, sempre com a finalidade 
de promover o bem-estar animal e em respeito aos direitos e interesses da sociedade; 
considerando a Resolução CFMV nº 1.138, de 16 de dezembro de 2016, que aprova o Código 
de Ética do Médico Veterinário, e a Resolução CFMV nº 413, de 10 de dezembro de 1982, que 
aprova o Código de Deontologia e de Ética Profissional Zootécnico, e norteiam 
comportamentos baseados na manutenção da saúde e na promoção do bem-estar animal; 
considerando as competências dos zootecnistas e as privativas dos médicos veterinários 
relacionadas à criação, manejo, produção, reprodução, atendimento clínico e tratamentos 
clínicos e cirúrgicos dos animais, respeitadas as respectivas áreas de atuação; considerando a 
falta de definição para a caracterização de "crueldade", "abuso" e "maus tratos" aos animais na 
legislação para que seja o entendimento na prática da Medicina Veterinária e Zootecnia, 
principalmente nas situações que envolvam a perícia e julgamentos executados pelos 
profissionais; considerando que os médicos veterinários são os profissionais capacitados para 
identificar, caracterizar e diagnosticar casos de crueldade, abuso e maus-tratos em animais; 
considerando que os zootecnistas são os profissionais capacitados para identificar e caracterizar 
casos de crueldade, abuso e maus-tratos aos animais; considerando que bem-estar animal é um 
conceito que envolve aspectos fisiológicos, psicológicos, comportamentais e do ambiente sobre 
cada indivíduo; e, considerando a crescente preocupação da sociedade quanto ao bem-estar 
animal e o impedimento ético e legal de crueldade, abuso e maus-tratos contra animai, resolve: 
Art. 1º Instituir norma reguladora relativa à conduta do médico veterinário e do zootecnista em 
relação a constatação de crueldade, abuso e maus-tratos aos animais. 
Art. 2º Para os fins desta Resolução, devem ser consideradas as seguintes definições: 
 I - animais vertebrados: o conjunto de indivíduos pertencentes ao reino animal, filo dos 
Cordados, subfilo dos Vertebrados, incluindo indivíduos de quaisquer espécies domésticas, 
domesticadas ou silvestres, nativas ou exóticas; 
 II - maus-tratos: qualquer ato, direto ou indireto, comissivo ou omissivo, que intencionalmente 
ou por negligência, imperícia ou imprudência provoque dor ou sofrimento desnecessários aos 
animais; 
 III - crueldade: qualquer ato intencional que provoque dor ou sofrimento desnecessários nos 
animais, bem como intencionalmente impetrar maus tratos continuamente aos animais; 
 
 
 
 
 IV - abuso: qualquer ato intencional, comissivo ou omissivo, que implique no uso 
despropositado, indevido, excessivo, demasiado, incorreto de animais, causando prejuízos de 
ordem física e/ou psicológica, incluindo os atos caracterizados como abuso sexual; 
 V - abate: conjunto de procedimentos utilizados nos estabelecimentos autorizados para 
provocar a morte de animais destinados ao aproveitamento de seus produtos e subprodutos, 
baseados em conhecimento científico visando minimizar dor, sofrimento e/ou estresse; 
 VI - transporte - deslocamento do(s) animal(is) por período transitório no qual subsiste com 
ou sem suporte alimentar e/ou hídrico; 
 VII - comercialização - situação transitória de exposição de animais para a venda no qual 
subsiste com ou sem suporte alimentar e/ou hídrico; 
 VIII - depopulação: procedimento para promover a eliminação de determinado número de 
animais simultaneamente, visando minimizar sofrimento, dor e/ou estresse, utilizado em casos 
de emergência, controle sanitário e/ou ambiental; 
 IX - eutanásia: indução da cessação da vida, por meio de método tecnicamente aceitável e 
cientificamente comprovado, realizado, assistido e/ou supervisionado por médico veterinário, 
para garantir uma morte sem dor e sofrimento ao animal; 
 X - animais sinantrópicos - animais que se adaptaram a viver junto ao homem, a despeito da 
vontade deste. Podem causar prejuízos econômicos, transmitir doenças, causar agravos à saúde 
do homem ou de outros animais, portanto, são considerados, em muitos casos, indesejáveis e 
problemas de saúde pública e/ou ambiental; 
 XI - corpo de delito - conjunto de vestígios materiais resultantes da prática de maus-tratos, 
abuso e/ou crueldade contra os animais; 
 XII - contençãofísica - uso de mecanismos mecânicos ou manuais para restringir a 
movimentação visando a proteção do animal ou de terceiros durante procedimentos; e, 
 XIII - contenção química - uso de fármacos analgésicos, anestésicos ou psicotrópicos, cujo 
uso é de competência exclusiva de médico veterinário, para restringir a movimentação visando 
a proteção do animal ou de terceiros durante procedimentos. 
Art. 3º - Constitui-se em infração ética a prática, direta ou indiretamente, de atos de crueldade, 
abuso e maus-tratos aos animais, por médico veterinário ou zootecnista. 
Art. 4º - É dever do médico veterinário e do zootecnista manter constante atenção à 
possibilidade da ocorrência de crueldade, abuso e maus-tratos aos animais. 
 
 RESOLUÇÃO Nº 1.318, de 6 de abril de 2020 
 
 
 
 Dispõe sobre o exercício das atividades relacionadas à assistência médico-
veterinária que envolvam produtos para uso em animais e dá outras providências. 
 O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA -CFMV-, no uso 
das atribuições que lhe são conferidas na alínea "f" do artigo 16 da Lei nº 5.517, de 
23 de outubro de 1968; considerando que o médico-veterinário é o profissional 
legalmente autorizado e habilitado para, de modo privativo, cuidar da saúde dos 
animais mediante assistência técnica e sanitária, nos termos das alíneas 'a' e 'c' do 
artigo 5º da Lei nº 5.517, de 1968; considerando que o cuidado técnico-sanitário 
compreende, também, toda a cadeia de fabricação, distribuição, comercialização, 
prescrição, manipulação e uso de produtos para uso em animais; considerando que 
a guarda, armazenagem, prescrição, manipulação, fracionamento, preparo, diluição 
e o uso de produtos para uso em animais exigem conhecimentos técnicos, formação 
profissional e autorizações dos órgãos específicos; considerando que a assistência 
médico-veterinária compreende o detalhamento dos objetivos terapêuticos e a 
consequente seleção do tratamento mais eficaz e seguro para cada paciente, inclusive 
a prescrição medicamentosa e posterior monitoramento; considerando o disposto no 
artigo 93 da Portaria SVS/MS nº 344, de 1998, e as competências e atribuições, 
inclusive regulamentares, definidas na Lei nº 5.517, de 1968; resolve: 
Art. 1º Regulamentar ações e serviços relacionados à distribuição, guarda, 
armazenagem, prescrição, manipulação, fracionamento, preparo, diluição e uso de 
produtos destinados à atividade de assistência técnica e sanitária aos animais 
executados, isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por 
pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. 
Art. 2º Para efeitos desta Resolução entende-se: 
 I - assistência veterinária: o conjunto de ações e de serviços que visem a assegurar 
a assistência terapêutica integral, a promoção, a proteção e a recuperação da saúde 
dos animais nos estabelecimentos públicos e privados que realizem atividades 
veterinárias, tendo os produtos de uso animal como elementos essenciais ao seu 
desempenho; 
 II - produto de uso animal: qualquer medicamento, insumo ou correlato, fabricado 
para uso humano ou animal, que seja distribuído, guardado, prescrito, manipulado 
ou usado com a finalidade exclusiva de atenção à saúde dos animais; 
 III - estabelecimentos de assistência veterinária: as distribuidoras de produtos de 
uso animal e os estabelecimentos veterinários; 
 
 
 
 
 IV - distribuidoras de produtos de uso animal: estabelecimentos cuja atividade bá 
sica é a distribuição desses produtos exclusivamente para médicos-veterinários e 
estabelecimentos veterinários; 
 V - estabelecimentos veterinários: consultórios, ambulatórios, clínicas e hospitais 
veterinários definidos na Resolução CFMV nº 1275, de 25 de junho de 2019, ou 
outras que a alterem ou substituam; 
 VI - prescrição veterinária: atividade privativa do médico-veterinário, que se 
destina a indicar o tipo de fármaco, via de administração, posologia, tempo de uso, 
advertências e orientações para um paciente específico ou rebanho; 
Art. 3º O funcionamento dos estabelecimentos de assistência veterinária requer, 
obrigatoriamente, o registro no Sistema CFMV/CRMVs e a homologação da 
anotação de responsabilidade técnica do médico-veterinário. 
Art. 4º A administração do estabelecimento de assistência veterinária não poderá 
desautorizar ou desconsiderar as orientações técnicas emitidas pelo responsável 
técnico médico-veterinário. 
Parágrafo único. É responsabilidade do estabelecimento de assistência veterinária 
fornecer condições adequadas ao perfeito desenvolvimento das atividades 
profissionais dos médicos-veterinários. 
Art. 5º O médico-veterinário responsável técnico, no exercício de suas atividades, 
deve: 
 I - responsabilizar-se pela guarda de todos os produtos para uso em animais; 
 II - garantir que o armazenamento dos produtos para uso em animais seja feito em 
ambiente com as condições adequadas de luminosidade, umidade e temperatura; 
 III - assegurar a realização adequada da distribuição, prescrição, fracionamento, 
preparo, diluição, manipulação e uso de todos os produtos para uso em animais; 
 IV - garantir que os produtos de uso animal sujeitos a controle especial sejam 
guardados obrigatoriamente em armário provido de fechadura ou outro dispositivo 
de segurança, em local de acesso restrito e sem exposição ao público; 
 V - incumbir-se da segregação dos produtos vencidos e o destino adequado dos 
resíduos; 
 
 
 
 
VI - comprometer-se com a escrituração e todos os controles em conformidade com 
o determinado pela Vigilância Sanitária e Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento, conforme a natureza do produto. 
Art. 6º Os medicamentos, insumos ou correlatos fabricados para uso humano, 
quando guardados, armazenados, fracionados, preparados, diluídos, manipulados ou 
usados em estabelecimentos veterinários, destinam-se exclusivamente ao 
atendimento dos respectivos pacientes, sendo vedado o fornecimento, a qualquer 
título, para o proprietário ou tutor do animal. 
Art. 7º Esta Resolução entra em vigor no dia 1/5/2020 e revoga as disposições em 
contrário.

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