Paper estágio Angelica Aredes

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PAPER DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
ATIVIDADE LÚDICA
Autor: Angélica Arêdes da Silva
Tutor externo: Jeieli Lindiene da Silva Oliveira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso de Licenciatura em Pedagogia (PED) – Estágio Obrigatório Supervisionado I.
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RESUMO 
O presente trabalho descreve os procedimentos do Estagio Curricular Obrigatório I, Dentro da Educação infantil, trazendo as metodologias e praticas aplicada em sala de aula. Possibilitando o contado direto com o discente onde se pode observar e destinar atividades sobre o tema que teve como base “Atividade Lúdica”, tornando possível distinguir a importância do Brincar para a ampliação do desenvolvimento cognitivo da criança. Pois o ambiente em que a brincadeira está presente se torna mais rico em conhecimento, sendo que o educar não está intrínseco somente em um quadro branco ou em mesas com cadeiras, ele vai muito, além disso, através de estimular a imaginação.
Palavras-chave: Lúdico. Brincar. Educar.
 1 INTRODUÇÃO 
O presente trabalho acadêmico do estagio Curricular Obrigatório I, tem como temática “ATIVIDADE LÚDICA” abordando a educação nos primeiros anos de ensino fundamental, tendo o lúdico como metodologia para ser usada como estimulo na construção do conhecimento humano e na progressão das diferentes habilidades. Sendo assim, o lúdico é indispensável para o desenvolvimento psicomotor e afetivo da criança.
Pelo lúdico a criança „faz ciência‟, pois trabalha com imaginação e produz uma forma complexa de compreensão e reformulação de sua experiência quotidiana. Ao combinar informações e percepções da realidade, problematiza, tornando-se criadora e construtora de novos conhecimentos. (RONCA; TERZI, 1995, p. 98).
Desde muito cedo a criança por meio de gestos, sons e mais tarde busca representar o determinado papel na brincadeira fazendo com que ela desenvolva sua imaginação, seu desenvolvimento físico motor, emocional, cognitivo e social.
Um dos objetivos abordados neste artigo é de discutir a importância das Atividades lúdicas, no processo de ensino-aprendizagem. Na educação infantil a ludicidade vem como caminho para a aprendizagem e a construção do conhecimento através de brincadeiras, jogos, brinquedo, pinturas, musica e o teatro.
Os métodos utilizados para a realização do trabalho foram por meio de pesquisas em sites e livros, além da utilização dos conhecimentos adquiridos como acadêmico. Resultando primeiramente em observação e em sequencia a regência, com planos de aula elaborados juntamente com a professora Regente.
2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA 
Sabe-se que dentro da escola infante é imprescindível a pratica do lúdico, pois Almeida (2009) afirma que a atividade lúdica envolve principalmente o entretenimento, onde não importa somente o resultado, mas o divertimento, prazer e interação dos participantes.
Compreendemos que quando uma criança chega ao recinto escolar ela já possui consigo uma bagagem de erudição que vem sendo construída no decorrer de sua vida escolar, composto em maioria pela ludicidade. Piaget (1998) acredita que os jogos são essências na vida criança. De início tem-se o jogo de exercício que é aquele em que a criança repete uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado seus efeitos.
Em contestação Vygotsky afirma que nem sempre as brincadeiras trás uma satisfação ao discente, pois precisam ser planejadas com os materiais, ideias e o ambiente seguro tornando-a estimulante para a adaptação da criança, capaz de reproduzir essa brincadeira somente na imaginação, chegando ao seu nível de satisfação ̸ insatisfação. Segundo Vygotsky (1997), ao brincar a criança assume os papéis e aceita as regras próprias da brincadeira, executando imaginariamente, tarefas para as quais ainda não está apta ou não sente como agradáveis na realidade.
Portanto dentro do lúdico encontra-se o brincar que estimula a imaginação, atenção, imitação e psicomotricidade, além de ensinar a fazer, criar, conviver no meio social, através do contato com os coleguinhas de classe. Sendo uma forma de entretenimento e aprendizagem, pois é brincando que se aprende.
O brincar faz parte da vida da criança. É brincando que ela inicia, desde a mais tenra idade, sua interação com o mundo, estabelecendo formas de comunicação, relacionamento e experimentação. O brincar é atividade constante e natural, que estimula o aprendizado e a apreensão de valores culturais e sociais. O adulto de maneira geral vê as atividades lúdicas quando praticadas por ele como atividades de lazer e ócio e quando se trata da criança, acredita que a brincadeira tem sempre valor educativo. Nem sempre é assim. O brincar é livre. Tem valor essencial no desenvolvimento dos seres, mas é também atividade criativa, de diversão e descontração. E, ainda assim, é no brincar que a criança tem a possibilidade de desenvolver habilidades motoras, perceptivas e cognitivas. Muitos estudos com crianças sugerem que o brincar da criança requer estratégias sociais de grande complexidade. A criança não se limita a imitação do mundo adulto, elas reinventam a todo tempo, um novo mundo. Esse mundo tem um pouco do que recebe de informação e um pouco dela mesma e de seus gostos e paixões próprias. (MORAIS E PÚBLIO, p.13). 
E cada vez mais as creches precisam proporcionar essa interação entre as crianças, pois os pais estão deixando seus filhos na creche cada vez mais novos •transferindo a obrigação do crescimento dessas crianças para a mesma que, apesar de não portar essa função, precisa se adequar e tornar esse “abandono provisório” em um período de compartilhar afeto, enfrentar suas emoções e aprender a relacionar se com outras crianças.
Tais vínculos são positivos até certo ponto, pois se crê que isso auxilia no processo de ensino e aprendizagem da criança, mas por outro lado um professor não é o pai do aluno, ele não pode tomar para si a responsabilidade no aspecto integral e legal da situação. O fato é que muitos pais têm confundido as responsabilidades do professor no que diz respeito a seus filhos. A falta de reconhecimento de seus próprios deveres como pais, os tem levado a prejuízos incalculáveis, desde o desejo das crianças de chamarem a atenção para si por meio de várias idas à direção da escola até expressões de agressividade física e ou verbal. (PAULA, 2014). 
Pois os professores não estão preparados para essa situação de carência familiar e em muitas das vezes esses alunos buscam na mesma suprir a ausência dos pais pedindo ate para serem adotados por eles, atrapalhando o processo de aprendizagem, pois assim como a autora Zagury diz:
Nós, pais, somos insubstituíveis. A escola faz um tipo de trabalho; a família, outro. Ambas se complementam de forma maravilhosa e incrível para o bem-estar e a formação integral das nossas crianças. Mas nem uma nem outra pode suprir todas as necessidades infantis e juvenis sem ser em conjunto (ZAGURY, 2002, p. 67).
Somente com certos tipos de influencias dos pais que essa criança terá disciplina no aprendizado, pois o acompanhamento familiar é muito importante para o aprendizado pedagógico.
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
Sabemos que o estagio é imprescindível para a formação acadêmica de um docente. Possibilitando a pratica da teoria construída no decorrer da vida acadêmica, proporcionando a construção uma identidade profissional.
A instituição concedente para a realização do estagio foi a Escola Municipal Pequeno Príncipe, Educação infantil e Ensino fundamental. Localizada na Avenida Araribóia, sob o nº 2892, Bairro Nova Estrela, área Urbana, neste município de Rolim de Moura, Estado de Rondônia e e-mail epprincipe2011@hotmail.com com CNPJ nº 11.312.732/0001-33, é mantida pela Prefeitura Municipal de Rolim de Moura.
Na turma do Pré I, de 3 a 4 anos de idade, sendo composta por 14 alunos. Ao qual durante a observação, pude participar de varias atividades de português e matemática.
Portanto todos os dias eles tinham uma rotina, com música, oração, chamada com plaquinhas ao qual cada um tem uma plaquinhacom nome e foto e o dono da placa a pendura em um gancho na parede, leitura de livro infantil e apresentação do conteúdo a ser realizado.
 Chegando a hora do recreio todos vão ao banheiro em fila lavam as mãos e se dirigem ao refeitório, assim que terminarem de comer saem para brincar, mais sempre sob a guarda do professor responsável.
Depois do recreio eram realizadas alguma atividade impressa, ou brincadeiras, desenhos educativos ou iam ao parque. Às vezes os brinquedos eram entregues aos alunos para brincarem em sala, aos quais os mesmos ficavam em uma caixa de papelão encapada com cartolina, de origem de doações ou ate mesmo a professora que compra com próprio salario, que estão em estado obsoletos, mais servem como diversão.
Não tendo lugar adequado para brincar, no momento da brincadeira todas as mesas e cadeiras são afastadas para um lado da sala, as quais também não são proporcionais ao tamanho dos alunos, pois os mesmos ficam sentados com pés suspensos balançando, proporcionando certo desconforto e distração das atividades. Tendo apenas um tapete ao qual é colocado na sala para brincarem e para a hora da contação de historias.
Segundo Maria Montessori:
 Além de um ambiente adequado e cheio de estímulos e da preparação de adultos para auxiliar a criança em seu desenvolvimento sem interferir ou influenciar suas escolhas, o método é reconhecido pela utilização de materiais desenvolvidos para proporcionar experiências concretas, estruturadas para conduzir de forma gradual abstrações cada vez maiores. (FARIA Apud, MONTESSORI, 2012).
Percebesse um grande esforço por parte da professora, mais além das condições não serem favoráveis alguns alunos demonstra total desídia, outros são instáveis e conversam o tempo inteiro.
Depois de observar a professora adotei algumas praticas para a regência, desenvolvendo o planejamento juntamente com ela para não fugir da rotina e do plano de aula dela e sempre iniciando as aulas com acolhida (musica, dinâmica, massinha), oração, chamada.
Apliquei atividades de matemática, sobre os numerais para cobrir os números pontilhados, pintar, desenho livre, leitura e cobrir o alfabeto, entre outras. 
O que pude perceber é que a professora possui domínio no conteúdo em como controlar a sala, ensinando aos alunos sempre o respeito, a independência do aluno, deixando o livre para fazer suas atividades estando ali somente para auxiliar caso necessário, segundo os métodos de Maria Montessori.
O método consistia em desenvolver a autonomia da criança [...], segundo sua livre escolha, a solução de problemas práticos interessantes, perante o diverso material disponível. O princípio dominante era o de deixar fazer, de vigiar e auxiliar se fosse necessário, de ter fé no imenso valor de uma atividade livre desenvolvida visando finalidades concretas adotadas pela criança, capaz de impulsionar um desenvolvimento seguro e de desembocar, aos poucos, em descobertas espontâneas e conquistas seguindo um ritmo natural. (INFO ESCOLA Apud, MONTESSORI, 2006).
Todavia apesar da estrutura da sala não seguir os métodos de Montessori, a professora usa esse método em seus planos de aula e em suas praticas em sala.
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)
São diversos desafios encontrados em sala de aula, pois a falta de brinquedos, o espaço que não é propicio para desenvolver atividades lúdicas torna isso um desafio.
E apesar das dificuldades encontradas há uma grande força de vontade por parte dos profissionais, em fazer o possível para que os alunos tenham maior conforto e um bom aprendizado. Buscando através de doações brinquedos, materiais para desenvolver festinhas em datas comemorativas, entre outras situações de tirarem do próprio salario para suprir essas necessidades.
Observando essas situações é muito gratificante para a vida de um futuro profissional, conviver com os professores e demais funcionários, poder acompanhar a rotina. Além de ver o quanto um professor é importante na vida de cada aluno. Buscando desenvolver atividades sempre pensando na limitação da turma, o que se torna um desafio, pois o tempo de planejamento é pouco e acabam misturando a vida pessoal com a profissional, levando trabalhos da escola para casa.
 Para um acadêmico é desafiador ter que sair do conforto de uma vida que está acostumado, para viver outra realidade, ver que o teórico é tudo muito maravilhoso, mais que na pratica a realidade é totalmente diferente, pelas condições de infraestrutura e falta de materiais que a escola possui, sendo que isso te limita a desenvolver certos tipos de atividades. 
Esta vivencia escolar possibilitou entender como os professores vêm se envidando para aprimorar sua qualidade de ensino através do uso de possibilidades e recursos mais prazerosos para os alunos, apesar de se mostrarem presos a disciplinas e materiais específicos e a escassez de opções de equipamentos.
Todavia tudo ocorreu bem, mais houve alguns impedimentos devido à ocorrência da pandemia, não sendo possível realizar o projeto de intervenção com a turma. Por ter sido programado para ser feito em outro dia ao qual a professora regente deixaria o dia livre somente para essa realização.
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, Anne. Ludicidade como instrumento pedagógico. v. 12, 2009.
FARIA, Ana Carolina Evangelista et. Al. Método Montessoriano: a importância do ambiente e do lúdico na Educação Infantil. Revista Eletrônica da Faculdade Metodista Granbery. Número 12. Jan/Jun de 2012. Disponível em: http://re.granbery.edu.br/artigos/NDY2.pdf.
MARIAMONTESSORI-INFO ESCOLA. Disponível em: https://www.infoescola.com/biografias/maria-montessori/. Acesso em: 13/04/20 20.
MORAIS, Aline; PÚBLIO, Rafael. Brincar é coisa séria! In: Brinquedos e Brincadeiras Inclusivos. IMG (Instituto Mara Gabrilli). Disponível em: http://img.org.br/images/stories/pdf/brinquedos.pdf, acessado em: 12/03/2020. 
PAULA, José Reinaldo Alves de. A Ausência dos Pais na Vida Escolar das Crianças de Ensino Fundamental. Psicologado, [S.l.]. (2014). Disponível em https://psicologado.com.br/atuacao/psicologia-escolar/a-ausencia-dos-pais-na-vida-escolar-das-criancas-de-ensino-fundamental . Acesso em: 29/05/2020.
PIAGET, Jean. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
RONCA, Paulo Afonso Caruso; TERZI, Cleide do Amaral. O movimento lúdico. In:_. A aula operatória e a construção do conhecimento. São Paulo: Instituto Esplan,1995, cap. 4, p. 95-103.
VYGOTSKI, L. S. Fundamentos da Defctologia: Obras Escogidas V. Madri: Visor, 1997.
ZAGURY, T. Escola sem conflito: parceria com os pais. Rio de Janeiro: Record, 2002
ANEXO
Registro de Frequência
� Acadêmico do Curso de Licenciatura em Pedagogia; E-mail: angelicaaredes.02@outlook.com. 
� Tutor Externo do Curso de Licenciatura em Pedagogia – Polo Centro Universitário Leonardo da Vinci UNIASSELVI; E-mail: UNIASSELVI.COM. BR.
�Insira aqui a data de publicação do seu paper.