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Colagenoses: LES e Síndrome de Sjogren

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*Colagenoses * 
REFERÊNCIA: MEDCURSO 2020 
São doenças inflamatórias sistêmicas autoimunes 
idiopáticas e podem ser representadas pelo (a)s: 
1. LES 
2. Síndrome de Sjogren 
3. SAAF 
4. Dermatopolimiosite 
5. Esclerodermite 
6. Doença Mista do Tecido Conjuntivo 
LÚPUS ERIMETAMOTOSO SISTÊMICO 
É o protótipo das doenças idiopáticas autoimunes. 
Devido a isso, predomina em mulheres em idade fértil 
e negra. 
O estrogênio está relacionado a autoimunidade. 
É a doença das ites e das penias. 
ITES PENIAS 
Pele (dermatite) 
Serosas (serosite) 
Rins (nefrite) 
Articulação (artrite) 
SNC (encefalite) 
Anemia 
Leucopenia 
Plaquetopenia 
》 Patogenia 
Há algumas hipóteses que tentam explicar o 
desencadeamento da doença. 
 Deficiência de parte dos complementos; 
 Vírus – EBV; 
 Luz ultravioleta – pode agir estimulando célula 
inflamatória da pele ou pode alterar DNA das 
células; 
 HLA DR2 e D3; 
 Estrogênio. 
Há três tipos de autoanticorpos: anti-nucleares, anti-
citoplasmáticos e anti-membrana. 
 Anti-nucleares (FAN): 
1. Anti-DNA dh (dupla hélice) ou nativo: é o 
segundo mais específico e tem relação direta 
com a atividade da doença. É o anticorpo do 
rim (nefrite lúpica): 
2. Anti-histona: cerca de 70% dos pacientes 
apresentam. Em caso de LES fármaco 
induzido, quase todos são 100%; 
3. Anti-Sm: é o anticorpo mais específico do 
LES; 
4. Anti-RNP: relacionado a Doença Mista do 
Tecido Conjuntivo; 
5. Anti-La (SS-B): é característico da síndrome 
de Sjogren. Quando o anti-La é positivo, o 
anti-DNA dh é negativo, ou seja, não há 
nefrite. 
6. Anti-Ro (SS-A): presente na síndrome de 
Sjogren, lúpus cutâneo subagudo 
(fotossensibilidade) e no lúpus neonatal (anti-
Ro passa pela placenta – o bebê pode ter 
arritmia – BAVT). Apresentam FAN negativo 
(98% dos pacientes são FAN + e 2% são anti-
Ro +). 
MACETE = Anti- Ro: ro ro ro – lúpus neonatal 
 Anti-citoplasmáticos (FAN) 
1. Anti-P: psicose 
 Anti-membrana 
1. Antilinfocítico, antineurônio, antiplaqueta, 
anti-hemácia. 
2. Anti-fosfolipídeo – anticoagulante lúpico, 
anti-b2 glicoproteína 1 e anti-cardiolipina = 
TROMBOSE 
FAN – MAIS SENSÍVEL EM 98% DOS PACIENTES. É 
O EXAME DE RASTREAMENTO PARA LES (DENOTA 
DOENÇA AUTOMUNE). O FAN engloba os anticorpos 
anti-nucleares e anticitoplasmáticos. 
 
 
》Critérios diagnósticos (EULAR/ACR 2019) 
CRITÉRIOS DE ENTRADA – FAN + (MAIOR OU 
IGUAL A 1:80) + CRITÉRIOS ADITIVOS – 
MANIFESTAÇÕES (10 CRITÉRIOS) 
Critérios aditivos Manifestações 
Constitucional Febre >/= 38,3ºC 
Pele/mucosa Alopécia sem cicatriz 
Úlcera oral indolor 
Lúpus cutâneo subagudo ou 
discoide* 
Lúpus cutâneo agudo (rash 
malar, poupa sulco nasolabial) 
Articulação Artrite ou com rigidez matinal 
prolongada em >/= 2 articulações 
Serosa Derrame pleural ou pericárdico 
Pericardite aguda 
Hematológico Leucopenia <4.000 
Plaquetopenia < 100.000 
Anemia hemolítica Coombs + 
Renal Proteinúria > 0,5g/dia 
Nefrite lúpica à biópsia 
Neuropsiquiátrico Delirium 
Psicose 
Convulsão 
Anticorpo 
fosfolipídeo 
Anticoagulante lúpico, anti-b2 
glicoproteína 1 ou anti-
cardiolipina 
Complemento C3 e/ou C4 baixo 
Anticorpo 
específico 
Anti-DNA dh ou anti-Sm 
* Lúpus cutâneo subagudo: 
assemelha-se a psoríase, mas 
predomina em áreas 
expostas ao sol. 
 
Já o lúpus discoide, 
predomina em coro cabeludo 
e orelhas. 
Cada manifestação recebe 
uma pontuação específica. O diagnóstico é feito quando 
há >/= 10 pontos. 
Sempre quando há FAN + nefrite lúpica IV OU FAN + 
3 critérios = corresponde ao LES. 
LES FÁRMACO-INDUZIDO 
Incidência semelhante em homens e mulheres. 
 O anti-histona está presente; 
 Poupa rim e SNC; 
MACETE: 
P Procainamida (maior risco) – 50% podem 
desenvolver 
H Hidralazina (mais comum) – 15% podem desenvolver 
D d-Penicilamina 
》Manifestações renais do LES (anti-DNA dh/ baixo 
complemento) 
I- Mesangial Mínima 
II- Mesangial proliferativa 
III- Proliferativa focal 
IV- Proliferativa difusa – mais comum e mais 
grave (síndrome nefrítica/GNRP) 
V- Mambranosa (proteinúria e sem 
hematúria) 
VI- Esclerosante avançada 
* Síndrome nefrítica (lesão grau IV) e nefrótica (lesão 
grau V). 
》Tratamento 
1. Para todos: protetor solar/ parar de fumar/ 
hidroxicloroquina ou cloroquina. 
2. Formas leves (pele, mucosa, articulação): 
AINES e, se necessário, corticoide em baixa 
dose (7,5 mg de prednisona). 
3. Formas moderadas (constitucional, 
hematológicas): tratamento da forma leve e, 
se necessário imunossupressor (azatioprina, 
metotrexato). 
4. Formas graves (rim e SNC): corticoide em 
altas doses e, se necessário, imunomoduladores 
(ciclofosfamida, micofelonato, rituximab). 
SÍNDROME DE SJOGREN 
Considerada a “Síndrome seca”. Ocorre infiltrado 
linfocitário nas glândulas exócrinas – lacrimais e 
salivares. É predominante no sexo feminino (9:1) entre 
30 a 40 anos. 
》Clínica 
Xeroftalmia + xerostomia 
 Xeroftalmia: olho cheio de areia; 
 Xerostomia: dentes apodrecidos com cáries 
devido a falta de IgA da saliva 
Outras manifestações: artralgia, mialgia, vasculite 
cutânea. Aumenta o risco de linfoma de parótida. 
》Diagnóstico 
Anti-Ro OU anti-La OU biópsia de lábio inferior 
 + 
 Clínica com sinais objetivos 
Exemplo: 
 Teste Schirmer ou Rosa-bengala positivo para 
xeroftalmia. 
Teste de Schirmer: é colocado uma fita no terço distal 
da pálpebra inferior por 5 minutos. Menor que 8mm = 
hipolacrimejamento. 
 
Rosa-bengala: colírio rosa-bengala – se permanecer rosa, 
o teste é positivo para ceratite seca. 
 
 Cintilografia salivar positivo para xerostomia. 
》Tratamento 
1. Medidas gerais: lágrima artificial, saliva 
artificial, uso de óculos de natação à noite. 
2. Manifestações sistêmicas: corticoide e 
imunossupressor. 
SAAF 
A SAAF é a síndrome do anticorpo antifosfolipídeo. 
“Síndrome da trombose” 
》Diagnóstico 
1 clínico + 1 laboratorial 
 Clínico: trombose (arterial ou venosa), 
morbidade gestacional: >/= 3 abortos com 
menos de 10 semanas, aborto com mais de 10 
semanas ou prematuridade </= 34 semanas. 
 Laboratorial: anticardiolipina IgM/IgG OU anti-
b2 glicoproteína IgM/IgG OU anticoagulante 
lúpico (dosar duas vezes com intervalo de 12 
semanas) 
》Tratamento 
Anticoagulação em caso de trombose (varfarina). 
 
ESCLERODERMIA 
(ESCLEROSE 
MÚLTIPLA) 
》Epidemiologia 
Mulher de meia-idade (30 a 50 anos). 
》Fisiopatologia 
O ataque permanente dos anticorpos ao tecido 
conjuntivo ocasiona lesão e processo cicatricial 
(esclerose). 
Teoria vascular: anticorpos provocariam uma 
vasoconstrição. Os principais órgãos acometidos são: 
esôfago, rim, pulmão e pele. 
》Quadro clínico 
Esôfago: refluxo/disfagia (incompetência da musculatura 
lisa do esôfago). 
Rim: crise renal – evento de vasoconstrição difusa 
(hipertensão intensa devido a ativação da SRAA, 
oligúria, anemia, hemolítica microangiopática). O 
tratamento deve ser o uso de IECA. 
Pulmão: alveolite com fibrose. A alveolite promove 
apresentação na TC de vidro fosco (sempre tratar o 
mais rápido possível com imunossupressão). Já a 
fibrose, ocorre faveolamento (favos de mel) – lesão 
irreversível. 
Pele: 
* Esclerodactilia: 
espessamento, mão em 
garra. 
*Fácies de esclerodermia: 
microstomia (limitação da abertura 
da boca), nariz fino. 
* Calcinose: calcificação do 
subcutâneo. 
 
 
 
* Telangiectasia: dilatação (ectasia) vascular. 
* Fenômeno de Raynaud: alteração trifásica da cor dos 
dedos das mãos. 
Formas clínicas: 
1) Cutânea difusa: presença de antitopoisomerase 
I (anti-Scl 70). Acomete difusamente a pele. 
Pode apresentar crise renal, alveolite/fibrose. 
2) Cutânea limitada: anticentrômero. Acomete a 
pele distal. Pode apresentar a síndrome de 
CREST e hipertensão pulmonar. 
 C ALCINOSE 
 R AYNAUD 
 E SOFAGOPATIA 
E S CLERODACTILIA 
 T ELANGIECTASIA 
》Diagnóstico 
Clínica + anticorpos + capilaroscopia do leito ungueal》Tratamento 
Deve ser tratada a complicação. 
MIOPATIAS INFLAMATÓRIAS IDIOPÁTICAS 
(DRMATOMIOSITA/POLIMIOSITE 
》Epidemiologia 
Mulher de 30 a 50 anos. 
》Características 
Semelhanças: apresentam-se com fraqueza muscular 
(simétrico e proximal), poupa face e olhos, disfagia e 
disfonia, doença pulmonar intersticial (anti-Jo 1 – 
antissintetase), outras (artrite de Raynaud). 
Diferenças: 
Alterações Dermatomiosite Polimiosite 
Histopatologia Lesão muscular 
direta 
(imunidade 
celular) 
Lesão vascular 
periférica 
(imunidade 
humoral) 
Cutâneas Pápulas de 
Gottron 
Heliótropo 
Rash malar 
Rash em V 
Mão de mecânico 
Ausente 
Neoplasias Maior risco 3 x 
de CA de mama, 
ovário, 
melanoma, cólon, 
pulmão 
 
Pápulas de Gottron (pápulas violáceas sobre as 
articulações): 
 
Rash em V (sinal do manto): 
 
Heliótropo (erupção violácea em pálpebra superior): 
 
Mão do mecânico (fissura e descamação lateral dos 
dedos): 
 
》Diagnóstico 
 Enzimas musculares; 
 Eletroneuromiografia (miopatia); 
 Biópsia muscular (não é necessário realizar a 
biópsia em caso de alteração específica de 
dermatomiosite). 
》Tratamento 
 Fotoproteção (dermatomiosite); 
 Corticoide (imunossupressão) – 
azatioprina/metotrexato; 
 Imunoglobulina (refratários). 
DOENÇA MISTA DO TECIDO CONJUNTIVO 
Apresentação clínica semelhante a esclerodermia, LES, 
AR e miosite associada a presença de anti-RNP.

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