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ENG01013 - Prof. Ruy A. Cremonini - Argamassas de assentamento de alvenaria ENG01013 - Prof. Ruy A. Cremonini - Argamassas de assentamento de alvenaria 1 ALVENARIAALVENARIA • Conjunto constituído por componentes de alvenaria unidos por juntas de argamassa (HORIZONTAIS E VERTICAIS). JUNTAS DE ASSENTAMENTO ARGAMASSAS NBR 13281:2005 – argamassas para assentamento e revestimento de paredes e tetos Definição: Mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s), aglomerante(s) inorgânico(s) e água, contendo ou não aditivos com propriedades de aderência e endurecimento, podendo ser dosada em obra ou em instalação própria (argamassa industrializada). Argamassa de assentamento de alvenaria: NBR 13281:2005 • Definição: argamassa indicada para a ligação de componentes de vedação (blocos e tijolos) no assentamento de alvenaria com função de: –Vedação –Estrutural –Complementação (encunhamento) • Dosada em obra ou industrializada Argamassas de assentamento: funções • Unir os elementos de alvenaria (monoliticidade) • Contribuir para a distribuição uniforme das cargas atuantes na parede • Contribuir na resistência da alvenaria aos esforços laterais • Absorver as deformações naturais da alvenaria (origem térmica e origem higroscópica) • Contribuir para a impermeabilidade em alvenaria sem revestimento ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO E REVESTIMENTO REQUISITOS (NBR 13281:05) • Resistência à compressão (NBR 13279:05) • Densidade de massa aparente no estado endurecido (NBR 13280:05) • Resistência à tração na flexão (NBR 13279:05) • Coeficiente de capilaridade (NBR 15259:05) • Densidade de massa no estado fresco (NBR 13278) • Retenção de água (NBR 13277:05) • Resistência potencial de aderência à tração (NBR 15258:05) ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO: propriedades gerais • TRABALHABILIDADE • RETENÇÃO DE ÁGUA • RESISTÊNCIA MECÂNICA • ELASTICIDADE (CAPACIDADE DE DEFORMAÇÃO) • ADERÊNCIA ENG01013 - Prof. Ruy A. Cremonini - Argamassas de assentamento de alvenaria ENG01013 - Prof. Ruy A. Cremonini - Argamassas de assentamento de alvenaria 2 TRABALHABILIDADE • Definição: consistência e plasticidade adequadas ao processo de execução e à finalidade da argamassa; • Propriedade subjetiva: – Não apresentar segregação; – Não endurecer em contato com componentes de elevada absorção inicial; – Compatível com o componente de alvenaria; – Não comprometer a produtividade. TRABALHABILIDADE • Fatores que influenciam: – Quantidade de água • Excesso de água prejudica a resistência; • Aumenta a tendência à fissuração; • Aumenta a tendência à segregação, etc; – Proporções dos materiais • Necessidade de material fino para manter coesão; – TEOR DE PASTA; – Uso de aditivos; – NBR 13276:2005 – preparo da mistura e determinação do índice de consistência. RETENÇÃO DE ÁGUA • Definição: capacidade da argamassa em reter a água que contém e liberá-la lentamente para para substratos porosos; • CONSEQUENCIAS da BAIXA RETENÇÃO – Absorção excessiva de água pelo componente; – Perda de trabalhabilidade e aderência; – Perda de resistência; – Retração; – Prejuízos à durabilidade e estanqueidade; – NBR 13277:2005. RESISTÊNCIA MECÂNICA • Definição: resistência em tempo adequado ao ritmo de execução e resistência suficiente para a estabilida de da alvenaria (vedação ou estrutural). • A importância da resistência cresce com o aumento d a espessura da junta de assentamento; – quanto maior a espessura ⇒⇒⇒⇒ menor a resistência da alvenaria. – as normas recomendam espessuras de 10 ± 3 mm. • Resistência excessiva ⇒⇒⇒⇒ ruptura mais “frágil”; • Baixa resistência ⇒⇒⇒⇒ não distribui tensões; • Resistência da argamassa: – 50 a 70% resistência do elemento de alvenaria; • Importante para controle de qualidade e homogeneida de; • NBR 13279:2005 ENG01013 - Prof. Ruy A. Cremonini - Argamassas de assentamento de alvenaria ENG01013 - Prof. Ruy A. Cremonini - Argamassas de assentamento de alvenaria 3 ELASTICIDADE • Capacidade de absorver deformações sem ruptura; • Definição adaptada para argamassas: não ocorrer a propagação de fissuras e na ocorrência de ruptura ela deve acontecer com fissuras pequenas não prejudiciais: – Fissuras sem efeitos nos requisitos de segurança e habitabilidade do usuário e não relacionadas à estabilidade. ELASTICIDADE • Argamassas mais deformáveis apresentam menor resistência à compressão e menor resistência à propagação de fissuras: – Permitem a acomodação de pequenas movimentações com fissuração capilar distribuída nas juntas e não nos elementos de alvenaria. • Tem relação inversa com o módulo de elasticidade (E) e com resistência à compressão. σ = E.ε → ε = σ/E ADERÊNCIA • Definição: capacidade que a interface componente-argamassa possui de absorver tensões tangenciais (cisalhamento) e normais (tração), sem ruptura. • É um mecanismo mecânico (físico) pela ação do encunhamento da argamassa na superfície porosa e irregular do substrato (componentes de alvenaria). ADERÊNCIA • Depende das características da argamassa e do substrato; – Retenção de água; – Macroaderência (reentrâncias e saliências na superfície) – Microaderência (porosidade); • A aderência influencia a: – Monolicidade da parede; – Resistência a solicitações por deformações volumétricas (retração, dilatação, etc); – Resistência a esforços ortogonais (vento, impactos); ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO Materiais Constituintes • Definição NBR 13281:2005: mistura homogênea de agregados miúdos, aglomerantes inorgânicos e água, contendo ou não aditivos • Agregados miúdos – Areia natural ou “artificial” (industrial) • Aglomerantes – Cimento Portland – Cal hidratada • Água • Aditivos – Plastificantes, incorporadores de ar, impermeabiliz antes, etc ENG01013 - Prof. Ruy A. Cremonini - Argamassas de assentamento de alvenaria ENG01013 - Prof. Ruy A. Cremonini - Argamassas de assentamento de alvenaria 4 CAL HIDRATADA • AGLOMERANTE AÉREO – Necessita estar em contato com ar para o endurecimento. • Definição (NBR 7175/03): – Pó obtido pela hidratação da cal virgem constituída da mistura de hidróxido de cálcio, hidróxido de magnésio e óxido de magnésio • MATÉRIA PRIMA – Calcário: • CALCITA: CaCO 3 • DOLOMITA: CaCO 3.MgCO3 CALCINAÇÃO • CaCO3 + calor (900 °C) ⇒⇒⇒⇒ CaO + CO2 • CaCO3.MgCO3 + calor (700 °C) ⇒⇒⇒⇒ CaO-MgO + 2 CO2 CaO ou CaO-MgO ⇒⇒⇒⇒ CAL VIRGEMCAL VIRGEM HIDRATAÇÃO • CaO + H2O ⇒⇒⇒⇒ Ca(OH)2 + calor (272 kcal/kg cal) • 2CaO.MgO + 3H2O ⇒⇒⇒⇒ 2Ca(OH)2 + Mg(OH)2 + calor (211 kcal/kg cal) Ca(OH)2 ou Mg(OH) 2 ⇒⇒⇒⇒ CAL HIDRATADA – Reação exotérmica com aumento de volume – CUIDADO com resíduo de extinção (cal não totalmente extinta) CARBONATAÇÃO Ca(OH)2 + CO2 ⇒⇒⇒⇒ CaCO3 + H2O ENDURECIMENTO Cal hidratada: NBR 7175/03 requisitos • TIPOS DE CAL – CH-I; CH-II; CH-III • Finura: influencia no rendimento e na trabalhabilidade • Plasticidade ⇒⇒⇒⇒ influencia na trabalhabilidade • Retenção de água ⇒⇒⇒⇒ trabalhabilidade, aderência, retração • Massa Específica ⇒⇒⇒⇒ 2,3 a 2,6 kg/dm 3 • Massa Unitária ⇒⇒⇒⇒ 0,60 a 0,90 kg/dm 3 Tipos de argamassas • ARGAMASSA DE CAL – Boa trabalhabilidade – Maior elasticidade e menor resistência mecânica – Boa retenção de água – Desenvolve resistência lentamente – Baixa resistência à umidade • ARGAMASSA DE CIMENTO – Pior trabalhabilidade – Menor elasticidade e maior resistência mecânica – Desenvolve resistência mais rapidamente – Boa resistência à umidade – Maior tendência à retração ENG01013 - Prof. Ruy A. Cremonini - Argamassas de assentamento de alvenaria ENG01013 - Prof. Ruy A. Cremonini - Argamassas de assentamento de alvenaria 5 Tipos de argamassas • ARGAMASSA DE CAL e CIMENTO – Compensação das vantagens e desvantagens • ARGAMASSA DE CIMENTO e ADITIVOS PLASTIFICANTES – Trabalhabilidade adequada – Retenção de água? Argamassas • Argamassa = Pasta + Agregados miúdos • Volume de argamassa = Volume de aglomerantes + Volume de agregados + Volume de água + Volume de ar • Volume de pasta = Volume de aglomerantes + Volumede água + Volume de ar – Volume de aglomerantes: depende do traço – Volume de agregados = depende do traço – Volume de água = Relação água/materiais secos (H%) → 15 a 30% – Volume de ar aprisionado → 5 a 7% Influência do volume de pasta • Argamassa cheia: volume de pasta necessário e suficiente para preencher os vazios entre os grãos da areia; • Argamassa gorda: excesso de pasta em relação aos vazios entre os grãos da areia; • Argamassa magra: volume de pasta inferior ao volume de vazios entre os grãos da areia. Influência do volume de pasta • Quanto menor o diâmetro de um grão, maior a quantidade de água aderida à sua superfície (devido a tensão superficial da água); • Quanto menor a dimensão dos grãos, maior a quantidade de grãos por unidade de massa; • Portanto, quanto mais gorda a argamassa, maior a lubrificação e coesão. Traços de argamassa • Em massa ou volume, especificando a condição de umidade da areia • Relação entre materiais – C : Cal : Areia – 1 : 2 : 9 • Argamassa intermediária em volume – Cal : Areia / relação cimento : argamassa intermediária • 1:4/12 Traços de argamassa • RECOMENDAÇÕES – Relação aglomerantes:agregados secos entre 1:3 a 1:4, em volume 1:1:6 a 1:2:9 – Excesso de pasta em relação aos vazios entre os grãos da areia para permitir a movimentação entre os grãos e manter a coesão: 10 a 20% ENG01013 - Prof. Ruy A. Cremonini - Argamassas de assentamento de alvenaria ENG01013 - Prof. Ruy A. Cremonini - Argamassas de assentamento de alvenaria 6 Consumo de materiais • ch, a, a/c – proporção, em massa seca, cal e areia e relação água/cimento; • %ar – teor de ar • γc; γch; γa – massa específica (cimento, cal e areia em kg/dm 3); • γa – massa específica da argamassa )/( / 1 ) 100 %100 (1000 3mkg ca a a ch ch c ar Cc +++ −• = γγγ )/( 3mkg a/c a ch 1 Cc argamassa +++ = γ
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