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02_ARGAMASSAS

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ARGAMASSAS
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
SISTEMAS ESTRUTURAIS E CONSTRUTIVOS
PROFESSOR: RAFAEL CRISTELLI
“Material adaptado da disciplina : Técnicas de Revestimento, UFMG -
Departamento de Engenharia de Materiais e Construção - Curso de 
Especialização em Construção Civil. “MÓDULO 1 : ARGAMASSAS”
Professor Dr. Antônio Neves de Carvalho Júnior
 CIMENTO + ÁGUA = PASTA DE CIMENTO
 PASTA DE CIMENTO + AGREGADO MIÚDO (AREIA) = ARGAMASSA
 ARGAMASSA + TELA = ARGAMASSA ARMADA
 PASTA DE CIMENTO + AREIA + AGREGADO GRAÚDO (BRITA) = CONCRETO
 CONCRETO + ADITIVOS + ADIÇÕES = CONCRETOS ESPECIAIS
 CONCRETO OU CONCRETOS ESPECIAIS + AÇO = CONCRETO ARMADO
1. CONCRETO OU ARGAMASSA?
DEFINIÇÕES DAS 
NOMENCLATURAS
CONFORME 
COMPOSIÇÃO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
2. ARGAMASSAS:
2.1 DEFINIÇÃO E CONSTITUINTES DAS ARGAMASSAS
Definição: Mistura de materiais de pequena granulometria com adição de água
proporcionando coesão entre os grãos e possibilitando aplicações diversas.
Principais constituintes: aglomerantes, agregados minerais, água e aditivos.
2.1.1 – AGLOMERANTE: material na forma pulverulenta com capacidade e função
de unir os grãos da mistura. Hidráulicos ou Aéreos. Ex.: cimento, cal, gesso.
2.1.2 – AGREGADO: material inerte partículas minerais que aumentam o volume da
mistura, reduzindo seu custo, além de contribuir para a estabilidade volumétrica do
produto final, diminuindo os efeitos da retração. Ex.: areia natural e artificial.
2.1.3 – ÁGUA: responsável por fornecer a plasticidade à mistura. A quantidade de
água e sua associação estão ligados diretamente com a resistência das argamassas.
2.1.4 – ADITIVOS: produto químico desenvolvido para conferir características
específicas às argamassas, melhorando suas condições para atendimento de
determinadas condições requeridas pelo uso do material. Ex.: redutores de
permeabilidade, plastificantes, incorporadores de ar, retentores de água.
2.1.5 – AGLUTINANTE: componente utilizado com restrições. Material na forma
pulverulenta cuja função é fornecer trabalhabilidade “dar liga” (filitos, areia
comum, saibro, arenoso, etc.)
2.1.5 - ADIÇÕES: materiais que, em dosagens adequadas, podem ser incorporados
às argamassas ou inseridos nos cimentos ainda na fábrica, alterando sua
composição e propriedades para atendimento de demandas específicas. Ex.:
escória de alto forno, cinza volante, sílica ativa de ferro-silício e metacaulinita.
2.2.1 DOSAGEM: medição e mistura dos componentes das argamassas (cimento, cal,
agregados, água, aditivos e adições), feita em obra ou em uma central externa, a partir
de um TRAÇO pré-definido, determinando suas propriedades no estado fresco e no
estado endurecido. Portanto, o traço é a proporção relativa entre os constituintes da
argamassa (com exceção da água), podendo ser expresso em peso ou volume.
2.2.2 NO ESTADO FRESCO: Dosagem visando garantia das operações e processos
construtivos referentes à viabilidade de utilização das argamassas. Tem como objetivo
garantir trabalhabilidade durante a execução conforme demandas específicas da obra.
2.2.3 NO ESTADO ENDURECIDO: Dosagem visando atingir índices de desempenho
conforme aspectos requeridos pela argamassa durante o período de operação e uso da
edificação. Tem como objetivo atingir resistência e durabilidade especificadas no projeto.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
2. ARGAMASSAS:
2.2 DOSAGEM E TRAÇOS DE ARGAMASSAS
EXEMPLO DE TRAÇO:
1:2:8
cimento : cal : areia
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
2. ARGAMASSAS:
2.2 DOSAGEM E TRAÇOS DE ARGAMASSAS
Tipo/uso
Alvenarias cimento cal areia
Tijolo Comum/Alicerce 1 2 8
Laminado(1 tijolo de 
espessura)
1 1 6
Tijolo Furado 1 2 8
Bloco de Concreto de 
Enchimento
1 0,5 8
Blocos de Vidro 1 0,5 5
Pedras Irregulares 1 – 4
Chapisco cimento cal areia
Sobre Concreto 1 – 3
Para Impermeabilização 1 – 2
Sobre Alvenaria 1 – 4
Pisos cimento cal areia
Piso para receber Tacos 1 – 4
Piso/Base Niveladora para 
Ladrilhos
1 – 5
Piso/Colocação de 
Ladrilhos
1 0,5 5
Fonte: A&C, Ano7 – No 6, Ed. Abril São Paulo. 1991
Tipo/uso
Emboço ( Massa Grossa ) cimento cal areia
Uso Externo 1 2 9
Uso Interno – 1 4
Assentamento de Cerâmica ou 
Pastilhas
1 2 8
Assentamento de Azulejos ou 
Ladrilhos
– 1 4
Emboço de Forros 1 2 9
Reboco ( Massa Fina ) cimento cal areia
Reboco de Forros – 1 2
Reboco para Pintura/Colagem – 1 4
Reboco Externo para Pintura – 1 3
Reboco para Cimento Alisado 1 – 1,5
Assentamento Interno de 
Azulejos e Ladrilhos
1 1 5
Assentamento Externo de 
Pastilhas
1 1 6
Assentamento Externo 
Litocerâmica
1 0,5 5
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
2. ARGAMASSAS:
2.2 DOSAGEM E TRAÇOS DE ARGAMASSAS
Aplicação Traço
Rendimento aprox. por 
lata (18L) ou saco de 
cimento (50 kg)
Instruções de uso
Regularização ou 
nivelamento
1 lata de cimento 3 latas 
de areia
variável Essa argamassa não deve ser muito mole
Fundação de blocos 
de concreto
1 lata de cimento 1/2 
lata de cal 6 latas de 
areia
30 m2
O bloco-canaleta é o mais indicado para esse tipo de fundação
Paredes de tijolos 
maciços de barro
1 lata de cimento 2 latas 
de cal 8 latas de areia
10 m2
Os blocos devem estar secos quando forem assentados.Assente as 3 
primeiras fiadas com a argamassa de impermeabilização na tabela 
de argamassa de revestimento
Paredes de tijolos 
cerâmicos de 6 ou 8 
furos
1 lata de cimento 2 latas 
de cal 8 latas de areia
16 m2
Os blocos devem estar secos quando forem assentados.Assente as 3 
primeiras fiadas com a argamassa de impermeabilização na tabela 
de argamassa de revestimento
Paredes de 
concreto blocos
1 lata de cimento ½ lata 
de cal 6 latas de areia
30 m2
As duas primeiras fiadas devem ser assentadas com argamassa com 
impermeabilizante.Os blocos devem estar secos para o 
assentamento.
Azulejos
1 lata de cimento 1 lata 
e meia de cal 4 latas de 
areia
7 m2
Os azulejos devem pousar na água de um dia para o outro, no 
mínimo, antes de ser assentados.Para o rejuntamento dos azulejos, 
utilize uma pasta de cimento branco com alvaiade, mas aguarde 3 
dias para a argamassa de assentamento secar
Tacos
1 lata de cimento 3 latas 
de areia
4 m2 Lave a supefície sobre a qual vão ser assentados os tacos, para 
aumentar a aderência.
Ladrilhos e 
ceramica
1 lata de cimento 1 lata 
e meia de cal 4 latas de 
areia
7 m2
Lave a supefície sobre a qual vão ser assentados os ladrilhos ou 
cerâmica, para aumentar a aderência.Ladrilhos e cerâmicas devem 
pousar na água de um dia para o outro, no mínimo, antes de se 
assentados.Para rejuntar ladrilhos e cerâmicas, utilize uma pasta de 
cimento, mas aguarde a argamassa de assentamento secar.
Fonte: A&C, Ano7 – No 6, Ed. Abril São Paulo. 1991
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
2. ARGAMASSAS:
2.3 SISTEMAS DE ADERÊNCIA DAS ARGAMASSAS
Definição: Classificação dos tipos de aderência da argamassa ao substrato.
A NBR 13528 (ABNT, 1995) define aderência como propriedade do revestimento de 
resistir a tensões normais ou tangenciais atuantes na interface dos substratos.
 Intervalo de tempo entre as diversas fases de execução e da decoração final;
 Maturação da argamassa (desenvolvimento das propriedades de aderência e resistência);
 Bases com elevada absorção devem ser suficientemente pré-umedecidas.
SISTEMAS DE ADERÊNCIA
MECÂNICO: QUÍMICO:
Migração de pasta de aglomerante para os 
poros da base. Ancoragem mecânica que 
depende da característica da base/substrato 
e das especificidades da argamassa.
Colagem (independente dos poros). 
Ligações químicas garantidas através da 
utilização de aditivos adesivos (à base de 
PVA, polímeros e resinas).
ARGAMASSA
BASE / SUBSTRATO
ARGAMASSA
BASE / SUBSTRATO
3. CLASSIFICAÇÃO DAS ARGAMASSAS:
Fonte: adaptação de JUNIOR, Antônio Neves de Carvalho (2010). 
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
CRITÉRIO DE 
AVALIAÇÃO:
TIPO:
NATUREZA DO 
AGLOMERANTE:
ARGAMASSA AÉREA
ARGAMASSA HIDRÁULICA
TIPO DE 
AGLOMERANTE:
ARGAMASSA DE CAL
ARGAMASSA DE CIMENTO
ARGAMASSA DE CIMENTO E CAL
NÚMERO DE 
AGLOMERANTES:ARGAMASSA SIMPLES
ARGAMASSA MISTA
FORMA DE 
PREPARO OU 
FORNECIMENTO:
ARGAMASSA DOSADA EM CENTRAL
ARGAMASSA PREPARADA EM OBRA
ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA
MISTURA SEMIPRONTA PARA 
ARGAMASSA
CRITÉRIO DE 
AVALIAÇÃO:
TIPO:
PROPRIEDADES 
ESPECÍFICAS:
ARGAMASSA ADITIVADA
ARGAMASSA COLANTE
ARGAMASSA DE ADERÊNCIA 
MELHORADA
ARGAMASSA HIDRÓFUGA
ARGAMASSA DE PROTEÇÃO 
RADIOLÓGICA
ARGAMASSA REDUTORA DE 
PERMEABILIDADE
ARGAMASSA TERMO-ISOLANTE
FUNÇÕES NO 
REVESTIMENTO:
ARGAMASSA DE CHAPISCO
ARGAMASSA DE EMBOÇO
ARGAMASSA DE REBOCO
ARGAMASSA DE CONTRAPISO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
4.1.1 CONSISTÊNCIA: É diretamente determinada pelo conteúdo de água.
Seca: a pasta preenche os vazios entre os grãos, os quais permanecem em contato;
Plástica: fina película de pasta atua como lubrificante na superfície dos grãos do agregado;
Fluida: imersa dos grãos de agregado na pasta;
O quadro ao lado mostra, 
apresenta medidas 
recomendáveis de consistência 
(obtidas na flow-table) para os 
diversos tipos de argamassa.
Fonte: JUNIOR, Antônio Neves de Carvalho (2010). 
4. PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS:
4.1 PRINCIPAIS PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS NO ESTADO FRESCO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
4.1.2 TRABALHABILIDADE: Em termos práticos significa a facilidade de manuseio, por
parte do operário que a prepara e a aplica. É o resultado da combinação de outras
propriedades do material fresco tais como plasticidade, consistência, retenção de água,
massa específica, coesão interna, adesão e velocidade de endurecimento sob sucção;
 É alterada de forma positiva a medida em que decresce o módulo de finura do agregado,
mantém-se a continuidade da granulometria e decresce o teor de grãos angulosos;
 A utilização de cal repercute favoravelmente (diminui a tensão superficial da pasta e contribui
para molhar perfeitamente os agregados), devendo-se se analisar a influência deste aglomerante
nas demais propriedades. Argamassas contendo somente cimento como aglomerante,
geralmente, possuem pouca trabalhabilidade;
 Qualitativamente admite-se que uma argamassa tenha boa trabalhabilidade quando: a) se deixa
penetrar facilmente pela colher de pedreiro, sem ser fluida; b) distribui-se facilmente ao ser
assentada; c) não agarra à ferramenta quando está sendo aplicada (se mantém coesa sem aderir
a colher); d) não segrega ao ser transportada; e) não endurece em contato com superfícies
absortivas; f) permanece plástica por tempo suficiente para que seja completada a operação.
 o acréscimo de água, até certo limite, melhora esta propriedade, porém piora todas as outras, e
deve ser sempre evitado;
 o aumento da superfície da areia (↑ do teor de finos) também aumenta a trabalhabilidade;
 a capacidade de retenção de água exerce grande influência para otimizar a trabalhabilidade.
4. PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS:
4.1 PRINCIPAIS PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS NO ESTADO FRESCO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
4.1.3 RETENÇÃO DE ÁGUA: É a capacidade da argamassa fresca em manter sua
consistência ou trabalhabilidade quando sujeita a solicitações que provocam perda de
água (evaporação, sucção, absorção pelo componente).
 Sem retenção adequada de água além de não se manter plástica o tempo suficiente
para seu manuseio adequado, terá menor resistência quando endurecida (umidade da
argamassa garantida por tempo insuficiente para as completas reações de hidratação
do cimento e carbonatação da cal);
 Argamassas de cal tem maior capacidade
de retenção da água que as de cimento
(maior finura, maior superfície específica,
maior capacidade de adsorção de suas
partículas _ formação de um gel na
superfície das partículas com até 100 %
de água em função do volume da
partícula);
 O aumento da capacidade de retenção de
água pode ser conseguido com aditivos
(base celulose ou incorporadores de ar).
EVAPORAÇÃO
SUCÇÃO CAPILAR / 
ABSORÇÃO PELA 
BASE / SUBSTRATO
4. PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS:
4.1 PRINCIPAIS PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS NO ESTADO FRESCO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
4.1.4 COESÃO: Forças físicas de atração existentes entre as partículas sólidas da argamassa 
e às ligações químicas da pasta aglomerante.
4.1.5 PLASTICIDADE: A plasticidade de um sistema é a expressão da possibilidade de uma 
pequena força externa causar o deslocamento de partículas em relação a outras sem 
saírem de suas esferas de atração.
 Propriedade pela qual a argamassa tende a reter a deformação, após a redução do
esforço de deformação;
 É influenciada pelo teor de ar incorporado, pela natureza e teor dos aglomerantes e
pela intensidade do processo de mistura.
4.1.6 MASSA ESPECÍFICA:
 Massa específica absoluta: relação entre a massa de material sólido e seu volume
(desconsiderando-se o volume de vazios);
 Massa específica aparente: idem, porém considerando-se o volume de vazios;
 Massa unitária: massa de material que ocupa um recipiente com capacidade unitária
(depende do adensamento, da forma e distribuição do tamanho das partículas);
 Os vazios, teor de ar incorporado na argamassa, têm influência sobre a resistência de
aderência dos revestimentos.
4. PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS:
4.1 PRINCIPAIS PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS NO ESTADO FRESCO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
4.1.7 ADERÊNCIA NO ESTADO FRESCO:
 Também conhecida como adesão inicial, ocorre logo após o lançamento ou aplicação
da argamassa no substrato, dependendo diretamente das características de
trabalhabilidade da argamassa, bem como porosidade ou rugosidade da base;
 Ocorre pela ancoragem mecânica da pasta e da argamassa aos poros e irregularidades
da base, sendo esta ancoragem função: da qualidade e natureza da argamassa, das
características do substrato (sucção de água pela base, rugosidade, porosidade,
condição de limpeza da base), da energia de aplicação da argamassa sob o substrato e
das condições climáticas como temperatura e incidência de ventos.
4. PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS:
4.1 PRINCIPAIS PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS NO ESTADO FRESCO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
4.2.1 RESISTÊNCIA MECÂNICA: A resistência
mecânica das argamassas de revestimento diz
respeito à capacidade destas argamassas
resistirem às tensões de tração, compressão
ou cisalhamento às quais o revestimento
pode estar sujeito.
A resistência mecânica é influenciada por :
 natureza dos aglomerantes
 natureza dos agregados
 proporção aglomerante/agregado
 relação água/cimento da mistura fresca
 técnica de execução do revestimento
Método empírico de avaliação:
Risco com prego e avaliação dos danos.
Ensaios internacionais:
Esferas de impacto, escovas elétricas de desgaste
superficial e fitas adesivas (em nenhum dos
métodos são especificados valores de referência)
4. PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS:
4.2 PRINCIPAIS PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS NO ESTADO ENDURECIDO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
4.2.2 ELASTICIDADE (CAPACIDADE DE ABSORVER DEFORMAÇÕES):
 A elasticidade é a capacidade que a argamassa apresenta em se deformar sem que
ocorra ruptura (ou através de microfissuras imperceptíveis), retornando às suas
dimensões iniciais quando cessam as solicitações que lhe são impostas;
 A ocorrência de fissuras decorre da elasticidade e resistência à tração inadequadas
diante das tensões de tração resultantes da retração de secagem, retração térmica ou
ações externas ao revestimento;
 O grau de fissuração é função dos seguintes parâmetros:
a) teor e natureza dos aglomerantes (o aumento da finura = ↑ trabalhabilidade e retenção de água);
b) teor e natureza dos agregados (teor adequado de finos, granulometria contínua, proporção
aglomerante/agregado adequada);
c) capacidade de absorção d´água da base condições ambientais;
d) técnica de execução (grau de compactação do revestimento, momento adequado para
sarrafeamento e desempeno).
 A espera de cerca de 28 dias para aplicação de acabamento final sobre o revestimento
argamassado deve-se ao fato de neste período de secagem acontecerem as fissuras de
retração (visíveis ou imperceptíveis);
4. PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS:
4.2 PRINCIPAIS PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS NO ESTADO ENDURECIDOPROF.: RAFAEL CRISTELLI
4.2.2 ELASTICIDADE (CAPACIDADE DE ABSORVER DEFORMAÇÕES): continuação...
 Nas argamassas fracas, as ligações internas são menos resistentes e as tensões podem
ser dissipadas na forma de micro-fissuras que surgem nas interfaces microscópicas
entre os grãos do agregado e a pasta de aglomerante. Nas argamassas fortes, com
maior limite de resistência, as tensões vão se acumulando e a ruptura ocorre na forma
de fissuras macroscópicas;
 A fissuração deve ser sempre evitada uma vez que a capacidade de aderência pode
ficar comprometida no entorno da região fissurada, podendo comprometer a
estanqueidade dos revestimentos, sua durabilidade e o acabamento final previsto.
4. PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS:
4.2 PRINCIPAIS PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS NO ESTADO ENDURECIDO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
4.2.3 PERMEABILIDADE A ÁGUA: Ligada essencialmente à estanqueidade da edificação, a
permeabilidade é a propriedade que caracteriza a passagem de água através da argamassa
endurecida por meio de infiltração sob pressão, capilaridade ou difusão de vapor.
 Fatores que influem na permeabilidade (estes fatores em maior ou menor grau vão
interferir na sua porosidade e na capacidade de absorção de água capilar e total):
 natureza da base;
 traço e natureza dos materiais constituintes da argamassa;
 técnica de execução;
 espessura de aplicação;
 acabamento final.
 A permeabilidade é diretamente proporcional ao fator água/aglomerante e
inversamente proporcional à resistência do aglomerante. De modo geral as argamassas
de cimento são menos permeáveis
 A permeabilidade ao vapor d´água é uma propriedade sempre recomendável nos
revestimentos argamassados por favorecer a secagem de umidade acidental ou de
infiltração e também evitar riscos de umidade de condensação interna em regiões de
clima mais frio.
4. PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS:
4.2 PRINCIPAIS PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS NO ESTADO ENDURECIDO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
4.2.4 ADERÊNCIA: É a capacidade de absorver tensões normais e tangenciais à superfície 
de interface argamassa / base (substrato).
 É importante a aderência tanto da argamassa fresca como da argamassa endurecida;
 A aderência é significativamente influenciada pelas condições da base, como a
porosidade e absorção d´água, resistência mecânica, textura superficial e pelas próprias
condições de execução do assentamento de componentes da base;
 A capacidade de aderência da interface base-argamassa depende, ainda, da capacidade
de retenção de água, da consistência e do teor de ar incorporado da argamassa;
 A tabela a seguir, reproduzida da NBR 13.749 apresenta os limites de resistência de
aderência à tração (Ra), em MPa, para emboço e camada única:
4. PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS:
4.2 PRINCIPAIS PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS NO ESTADO ENDURECIDO
Fonte: JUNIOR, Antônio Neves de Carvalho (2010). 
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
4.2.5 DURABILIDADE:
 A durabilidade pode ser definida como a capacidade de manter o desempenho de
suas funções ao longo do tempo;
 Depende de inúmeros fatores da etapa de projeto onde a adequação do material é
analisada e é indispensável a correta especificação do revestimento. Também
depende também da etapa de execução e também da etapa de utilização, onde a
manutenção deve ser automática e periódica;
 A durabilidade não se configura como um atributo somente do material, uma vez que
uma mesma argamassa desempenhando a função de revestimento, porém em
condições de exposição distintas e aplicada em edificações com características de
projeto distintas, apresentará durabilidades também distintas;
 A partir da sua aplicação a argamassa
pode ter sua integridade comprometida
por diversos fatores, tais como:
 retração na secagem;
 penetração de água de chuva
 temperaturas excessivamente baixas
 choque térmico (incêndio), etc.
4. PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS:
4.2 PRINCIPAIS PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS NO ESTADO ENDURECIDO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
4.2.5 DURABILIDADE: continuação...
 Fatores que com mais frequência comprometem a estabilidade dos revestimentos:
 movimentações de origem térmica, higroscópica ou imposta por forças externas
promovendo fissuração, desagregação (umidade) e descolamento dos revestimentos;
 espessura excessiva dos revestimentos intensificando a movimentação higroscópica
nas primeiras idades ocasionando fissuras de retração, comprometendo a capacidade
de aderência;
 técnica de execução, com revestimentos executados em múltiplas camadas e com
sarrafeamento e desempeno não realizados no momento adequado;
 incompatibilidades químicas entre os componentes, tais como mistura de gesso e
cimento promovendo formação de etringita (estrutura que apresenta expansibilidade
indesejável), ou ainda incompatibilidade alcalina entre a base e certos tipos de tinta
causando saponificação: manchas na superfície que provocam descascamento em
tintas PVA e retardamento indefinido da secagem de tintas à base de resinas
alquídicas (alcalinidade da cal e cimento do reboco, diante de certo grau de umidade,
reage com a acidez de alguns tipos de resina, tendo como resultado a saponificação);
 cultura e proliferação de micro-organismos provocam manchas escuras que ocorrem
geralmente em áreas permanentemente úmidas dos revestimentos.
4. PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS:
4.2 PRINCIPAIS PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS NO ESTADO ENDURECIDO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
4.2.5 DURABILIDADE: continuação...
No quadro apresentado foi mantida 
constante a proporção volume de 
aglomerante e agregado e a 
consistência. 
Alterando-se para mais o teor de 
água piora-se todas as condições 
com exceção da trabalhabilidade, 
(até certo limite de água, que se 
ultrapassado conduz a perda de 
trabalhabilidade).
4. PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS:
4.2 PRINCIPAIS PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS NO ESTADO ENDURECIDO
VARIAÇÃO DAS PROPRIEDADES COM ORIGEM NA VARIAÇÃO 
DOS COMPONENTES (argamassa de cimento, cal e areia)
PROPRIEDADE
VARIAÇÃO NA 
PROPORÇÃO (AUMENTO 
DE CAL NO
AGLOMERANTE)
Resistência à compressão (E) Decresce
Resistência à tração (E) Decresce
Aderência (E) Decresce
Durabilidade (E) Decresce
Impermeabilidade (E) Decresce
Resistência a altas temperaturas (E) Decresce
Resistências iniciais (F) Decresce
Trabalhabilidade (F) Cresce
Retenção de água (F) Cresce
Plasticidade (F) Cresce
Elasticidade (E) Cresce
Retração na secagem (F e E) Decresce
Custo Decresce
Observação: 
(E) = estado endurecido
(F) = estado fresco
Fonte: JUNIOR, Antônio Neves de Carvalho (2010).
PROF.: RAFAEL CRISTELLI5. CARACTERÍSTICAS DAS ARGAMASSAS:
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ARGAMASSAS
ARGAMASSAS DE CAL ARGAMASSAS DE CIMENTO
ARGAMASSAS COMPOSTAS 
DE CAL E CIMENTO
 Compostas de cal e 
areia.
 Desenvolve 
lentamente a 
resistência a 
compressão.
 Os valores finais da 
resistência a 
compressão são 
pequenos.
 São indicadas para 
empregos que exijam 
elevados graus de:
 trabalhabilidade
 plasticidade
 elasticidade
 Adquirem resistências iniciais e finais 
bastante elevadas em comparação com 
outras argamassas.
 Misturas pobres não possuem 
trabalhabilidade adequada.
 Misturas ricas causam problemas de 
retração indesejáveis.
 São indicadas para empregos que exijam 
requisitos determinantes de:
 aderência
 impermeabilidade
 resistência e ou durabilidade
 adesividade (ex.: assentamento azulejos)
 Em se necessitando as características de 
trabalhabilidade podem ser conseguidas 
com o emprego de aditivos plastificantes
 Possuem 
propriedades 
desejáveis das 
argamassas simples 
feitas com cada 
material.
 Apresentam bom 
desempenho no que 
se diz respeito a:
 resistência, 
durabilidade e 
aderência da 
argamassa endurecida
 trabalhabilidade 
adequada
 custo reduzido
Fonte: adaptação de JUNIOR, Antônio Neves de Carvalho (2010). 
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
6. PREPARO DA BASE PARA RECEBIMENTO 
DO REVESTIMENTO ARGAMASSADO:
6.1 CONDIÇÕES A SEREM APRESENTADAS PELA ALVENARIA / ESTRUTURA PARA 
RECEBIMENTO DA ARGAMASSA DE REGULARIZAÇÃO:
 remoçãode materiais pulverulentos (pó, barro, fuligem): vassoura e se necessário lavagem.
 remoção de fungos (bolor) e microorganismos: solução de hipoclorito de sódio (4 a 6 % de 
cloro) seguida de lavagem com água.
 remoção de substâncias gordurosas e eflorescências: solução de 5 a 10 % de ácido muriático 
seguida de lavagem com água.
6.2 BASES E SUBSTRATOS DE CONCRETO:
 remoção de película de desmoldante (escova de aço e detergente);
 apicoamento, remoção e/ou tratamento de pregos e arames (zarcão);
 tratamento de brocas com o próprio concreto ou argamassas com aditivo adesivo.
6.3 UMIDECIMENTO PRÉVIO:
 Em climas quentes e secos é importante o pré-umidecimento das bases;
 Desaconselha-se esta operação em alvenarias de blocos de concreto (principalmente em 
paredes externas) que podem apresentar consideráveis variações dimensionais por alteração 
do teor de umidade;
 Recomenda-se a utilização de argamassas com boa capacidade de retenção de água.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI7. EMPREGO DAS ARGAMASSAS NA OBRA:
7.1 ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO
EMPREGO: Assentamento e união sólida de elementos construtivos isolados ou unitários
(tijolos cerâmicos maciços e furados, blocos de concreto, pedras, etc.) formando maciços
murais. Distribuir uniformemente a carga, absorver as deformações e sela as juntas.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI7. EMPREGO DAS ARGAMASSAS NA OBRA:
7.2 ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO
EMPREGO: Cobrir e regularizar as superfícies de base; Revestir e dar proteção aos
elementos construtivos (emboço e reboco); Impermeabilizar. Aspectos de desempenho:
controle do conforto térmico, conforto acústico, estanqueidade, resistência das vedações.
1 – BASE: ALVENARIA
2 – CHAPISCO: PREPARO DE BASE / ADERÊNCIA
3 – EMBOÇO: REGULARIZAÇÃO / PRUMO
4 – REBOCO ou MASSA ÚNICA: ACABAMENTO SUPERFICIAL
5 – CONTRAPISO: NIVELAMENTO, REGULARIZAÇÃO E 
PREPARO DA SUPERFÍCIE PARA ASSENTAMENTO DE PEÇAS
6 – TELA METÁLICA: REFORÇO DA ARGAMASSA (EM PONTOS 
DE ENCONTRO COM ESTRUTURA ENCHIMENTO ESPESSO)
3 4
1
2
6
5
PROF.: RAFAEL CRISTELLI7. EMPREGO DAS ARGAMASSAS NA OBRA:
7.3 ARGAMASSAS COLANTES
EMPREGO: Assentamento de materiais de acabamento tais como peças cerâmicas,
azulejos, ladrilhos, porcelanatos, pedras decorativas, etc., para perfeita fixação junto aos
panos verticais e horizontais de paredes e pisos da edificação.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI7. EMPREGO DAS ARGAMASSAS NA OBRA:
7.4 ARGAMASSAS DE REJUNTAMENTO
EMPREGO: Utilizadas nas juntas de dilatação, encontro e dessolidarização que se formam
entre elementos de acabamento. Garante estanqueidade e movimentação por dilatação.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI7. EMPREGO DAS ARGAMASSAS NA OBRA:
7.5 ARGAMASSAS DE ACABAMENTO DECORATIVO
EMPREGO: Camada final / superficial de acabamento do sistema de revestimento. Produz
efeito estético, com cores e texturas variadas. Confere proteção final contra intempéries.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
 Consiste em salpicar sobre superfícies lisas ou pouco rugosas (tijolos furados e
maciços, blocos de concreto elementos estruturais de concreto armado) uma camada
irregular e descontinua de argamassa forte de cimento e areia lavada.
 Sua utilização objetiva melhorar as condições de aderência da primeira camada do
revestimento à base, em situações críticas basicamente vinculadas a dois fatores:
 limitações na capacidade de aderência da base: superfícies muito lisas e/ou com
porosidade inadequada (ex.: concreto) e bases com capacidade de sucção
incompatíveis com uma boa aderência (ex.: blocos de concreto com sucção muito alta
ou muito baixa).
 revestimentos externos em geral, devido ao fato de estarem sujeitos a condições de
exposição mais severas, que irão provocar ações mecânicas de maior intensidade na
interface base/revestimentos e revestimentos de teto, cuja aplicação em plano
horizontal exigem uma capacidade de aderência maior.
 Recomenda-se sempre chapiscar as alvenarias externas e as superfícies de concreto.
 Aconselha-se em regiões de clima muito seco e quente efetuar a cura do chapisco
(para se evitar a rápida evaporação da água de amassamento e consequente
enfraquecimento e perda de resistência de aderência).
8. PRINCIPAIS ARGAMASSAS PREPARADAS 
NO CANTEIRO DE OBRAS: 8.1 CHAPISCO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8. PRINCIPAIS ARGAMASSAS PREPARADAS 
NO CANTEIRO DE OBRAS: 8.1 CHAPISCO
CHAPISCO: Traço: 1 : 3 (cimento e areia lavada grossa)
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8. PRINCIPAIS ARGAMASSAS PREPARADAS 
NO CANTEIRO DE OBRAS: 8.1 CHAPISCO
8.1.1.2 EXECUÇÃO MECÂNICA: máquina de
chapiscar (manivela ou ar comprimido)
8.1.1.1 EXECUÇÃO MANUAL: argamassa bem fluida,
lançada violentamente com a colher de pedreiro
8.1.1 CHAPISCO TRADICIONAL:
Consiste no lançamento vigoroso de uma argamassa fluida sobre a base, utilizando-se uma colher de
pedreiro. A textura final deve ser a de uma película rugosa, aderente e resistente. Esta argamassa fluida é
produzida com cimento e areia grossa em proporções que variam de 1:3 a 1:5, em função das características
do agregado utilizado e da superfície a ser chapiscada. É comum também a adição de aditivos promotores de
aderência, cujo uso deve ser muito bem especificado e controlado. O chapisco tradicional pode também ser
aplicado por projeção sobre toda a fachada, inclusive sobre a estrutura. Neste caso, o traço sofre algumas
modificações, como por exemplo no teor de aditivo.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8. PRINCIPAIS ARGAMASSAS PREPARADAS 
NO CANTEIRO DE OBRAS: 8.1 CHAPISCO
8.1.2 CHAPISCO ROLADO:
Feito com uma argamassa fluida obtida através da mistura de cimento e areia, com adição de água e
aditivo, usualmente de base PVA. Pode ser aplicada tanto na estrutura como na alvenaria, usando-se
rolo para textura acrílica. A parte líquida deve ser misturada aos sólidos até obter consistência de
“sopa”. Seu uso em fachadas é pouco comum, sendo mais usado em revestimentos internos.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8. PRINCIPAIS ARGAMASSAS PREPARADAS 
NO CANTEIRO DE OBRAS: 8.1 CHAPISCO
8.1.3 CHAPISCO INDUSTRUALIZADO | “CHAPISCO COLANTE”:
Este tipo de chapisco é feito com uma argamassa industrializada específica para este fim, sendo
necessário acrescentar somente água. Considerando as superfícies de baixa porosidade e baixa
rugosidade, tais como estruturas de concreto, o chapisco industrializado contém aditivos que
contribuem para aumento da adesividade da argamassa ao substrato. É aplicado com
desempenadeira denteada, em processo similar à aplicação de argamassa colante.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8.2.1 DEFINIÇÃO: É a segunda camada de
revestimento que se aplica a alvenaria, com a
finalidade de servir de base ao revestimento final
(regularização). Deve ser executado após a completa
solidificação das argamassas das alvenarias e do
chapisco.
8.2.2 PREPARAÇÃO: As paredes devem estar
arrematadas (instalações elétricas, hidráulicas e gás
embutidas). Registros e válvulas com canopla devem
ser posicionados segundo as mestras. Os marcos das
portas devem estar assentados.
8.2.3 EXEMPLOS DE TRAÇOS (PRÁTICOS):
 Industrializadas ensacadas
 1:1:6 (cimento / cal aditivada / areia lavada média)
 1 saco (20 kg) de pré-misturado cimento/cal aditivada : 3
(externo) / 4 (interno) latas (18L) de areia lavada média;
 1 lata (18 litros) de cimento : 1 saco (20 kg) de filler
calcário aditivado : 8 latas (18L) de areia lavada média.
8. PRINCIPAIS ARGAMASSAS PREPARADAS 
NO CANTEIRO DE OBRAS: 8.2 EMBOÇO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8.2.4 TÉCNICAS DE EXECUÇÃO:
 Colocação de taliscas p/ execução das mestras (mesmo
prumo afastadas de +/- 1,50 m) definindo a espessura
do emboço (1,5 a 2,0 cm);
 Mestras: cantos e internas espaçadas de 2,00 a 2,50 m
(linhas);
 Após a secagem das mestras faz-se o enchimento e
sarrafeamento dos espaços entre as mestras (do teto
para o piso);
 Após sua projeção a argamassa deve ser apertada
contra a parede (aumenta a aderência e diminui o
volume de vazios do revestimento fresco, o que
contribui para evitar fissuras de retração de secagem);
 O sarrafeamento só deve ser realizado após um certoperíodo (na obra diz-se que o pedreiro espera a
argamassa “puxar”). O sarrafeamento realizado com a
espera de tempo inferior ao adequado após a aplicação
da argamassa resulta em fissuras provocadas pela
perturbação precoce desta argamassa.
8. PRINCIPAIS ARGAMASSAS PREPARADAS 
NO CANTEIRO DE OBRAS: 8.2 EMBOÇO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8.3.1 DEFINIÇÃO: Camada única de argamassa aplicada sobre o emboço, sarrafeada com
régua, alisada com desempenadeira de madeira e feltrada (espuma de poliuretano).
Também pode ser aplicado como massa única, diretamente sobre o chapisco. Confere a
textura superficial final aos revestimentos, sendo a pintura, em geral, aplicada
diretamente sobre o mesmo. Portanto, não deve apresentar fissuras, principalmente em
aplicações externas. Para isto, a argamassa deverá apresentar elevada capacidade de
deformação plástica. (Havendo um ciclo contínuo de expansão e retração termo-higroscópica da
vedação, poderá ocorrer a abertura daquelas fissuras, rompendo a película da pintura e
comprometendo a durabilidade do sistema).
8. PRINCIPAIS ARGAMASSAS PREPARADAS 
NO CANTEIRO DE OBRAS: 8.3 REBOCO
8.3.2 EXEMPLOS DE TRAÇOS (PRÁTICOS) :
 Industrializadas ensacadas;
 1:2:8 externo e 1:2:10 interno (cimento / cal 
aditivada / areia lavada fina);
 1 saco (20 kg) de pré-misturado cimento/cal 
aditivada : 4 (externo) / 5 (interno) latas (18 
litros) de areia lavada fina;
 1 lata (18 litros) de cimento : 1 saco (20 kg) 
de filler calcário aditivado : 10 latas (18 
litros) de areia lavada fina;
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8.3.3 TÉCNICAS DE EXECUÇÃO: (idêntica ao emboço comum)
 Após o sarrafeamento com desempenadeira de madeira → borrifa-se água → feltro.
 A aplicação da desempenadeira de madeira deve ser realizada após um intervalo de tempo
mínimo (verificado pelo pedreiro na obra no momento em que pressiona com o polegar a
superfície do revestimento e este não afunda). A operação de desempeno promove fluxo de pasta
para a superfície para que os grãos do agregado fiquem envoltos pela mesma (aumenta a
resistência mecânica da superfície).
 Após o desempeno, procede-se a operação de feltramento ou camurçamento, que consiste na
operação de fricção da superfície do revestimento, com espuma de poliuretano (esponja) ou
desempenadeira de espuma, através de movimentos circulares de modo a retirar o excesso de
pasta surgido na operação de desempeno e a deslocar os grãos de agregado, preenchendo-se
e/ou alisando-se pequenas irregularidades, até a obtenção de uma textura final homogênea com
o mínimo de vazios (“camurçada”). Durante o camurçamento pode-se umidecer a superfície ou a
espuma com nata de argamassa para o preenchimento dos vazios e melhor homogeneização da
textura camurçada.
 Espessuras maior que 30 mm e menor que 50 mm: chapar a argamassa de duas vezes, só
sarrafeando e desempenando a 2ª camada.
 Para espessuras acima de 50 mm deve-se proceder o encasque (no caso de fachadas deve-se
realizar projeto do revestimento utilizando-se tela eletro-soldada fixadas mecanicamente à
pólvora).
8. PRINCIPAIS ARGAMASSAS PREPARADAS 
NO CANTEIRO DE OBRAS: 8.3 REBOCO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8. PRINCIPAIS ARGAMASSAS PREPARADAS 
NO CANTEIRO DE OBRAS: 8.3 REBOCO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8.4.1 DEFINIÇÃO: O contrapiso é uma camada de argamassa executada sobre uma base,
que pode ser a laje de um pavimento ou um lastro de concreto, caos seja sobre o solo.
Segundo a NBR 15575:2013 - Edificações Habitacionais - Desempenho, o contrapiso é um
estrato com as funções de regularizar o substrato, proporcionando uma superfície
uniforme de apoio, coesa, aderido ou não e adequado à camada de acabamento,
podendo eventualmente servir como camada de embutimento, caimento ou declividade.
8.4.2 FUNÇÃO: Regularizar e preparar a superfície horizontal para receber o piso de
acabamento final. Colabora no aumento da resistência do conjunto contrapiso + piso. O
contrapiso tem, função semelhante à do emboço para o acabamento da parede. Garante
a conformação dos desníveis de soleiras e caimentos (inclinação desejável direcionada
aos pontos de drenagem) nas áreas molhadas (banheiros, cozinhas, áreas de serviço,
varandas), que será acompanhado pelo revestimento aplicado sobre ele. A espessura
média do contrapiso é de ≈ 3-4 cm. Tem influencia direta no desempenho acústico.
8.4.3 VARIABILIDADE DE TECNOLOGIAS E NA DOSAGEM (TRAÇOS):
 Industrializadas ensacadas;
 Preparados em obra: grande variabilidade nas tecnologias de execução e nos traços de 
contrapisos utilizados no Brasil. Consumo de cimento varia de 185 a 650 kg/m³. 
 Consistência da argamassa: secas (tipo “farofa”), pastosas e autonivelantes.
8. PRINCIPAIS ARGAMASSAS PREPARADAS 
NO CANTEIRO DE OBRAS: 8.4 CONTRAPISOS
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8.4.4 TECNICAS DE EXECUÇÃO (CONVENCIONAL):
Limpeza: A base deve estar completamente limpa e lavada,
devendo ser removidos todos os restos e crostas de argamassa ou
concreto eventualmente existentes, usando ponteiro e marreta.
Taliscamento: Fixar taliscas nos cantos do ambiente, deixando-as
niveladas, com espessura entre sua superfície e a base de
aproximadamente 2,5 cm no ponto mais baixo, usando para isso a
mangueira ou o aparelho de nível. Em seguida, fixar as taliscas
intermediárias, com distâncias entre 1,50 e 2,00 m entre elas para
depois fazer as guias, de forma semelhante ao feito para o emboço.
Polvilhamento com Cimento: Antes de preencher as guias,
polvilhar a base com cimento, na quantidade de 0,5 kg de cimento
por m2.
Execução das Guias: Preencher com argamassa o espaço entre
duas ou mais taliscas que estiverem na mesma direção, deixando
as guias com o mesmo nível das taliscas. Após o preenchimento,
compactar as guias com compactador de madeira.
Enchimento do Piso: Após a execução das guias, espalhar a
argamassa na área entre duas guias e em seguida compactá-la.
Após a compactação sarrafear a área com régua, deixando o piso
com o mesmo nível das guias.
8. PRINCIPAIS ARGAMASSAS PREPARADAS 
NO CANTEIRO DE OBRAS: 8.4 CONTRAPISOS
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8.4.5 TECNICAS DE EXECUÇÃO ALTERNATIVA – ARGAMASSAS AUTONIVELANTES:
Uma forma mais ágil de executar contrapisos é por meio das argamassas autonivelantes. A aplicação
do material é feita de forma alternativa ao método convencional, principalmente por dispensar a
execução camada por camada e reduzir processos manuais. O material é lançado de forma
semelhante à concretagem de uma laje, mas seu alto nível de fluidez alcança grandes distâncias
horizontais e preenche os vazios de forma regular, sem necessidade de vibração. Dessa forma, a
argamassa autonivelante elimina as etapas de espalhamento, compactação e sarrafeamento do
contrapiso. Assim como no método tradicional, a aplicação da argamassa autoadensável também
requer que a base esteja nivelada e livre de resíduos. Os fabricantes orientam, ainda, a aplicação de
um primer selador para vedar os poros da base e potencializar a aderência da solução.
8. PRINCIPAIS ARGAMASSAS PREPARADAS 
NO CANTEIRO DE OBRAS: 8.4 CONTRAPISOS
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8. PRINCIPAIS ARGAMASSAS PREPARADAS 
NO CANTEIRO DE OBRAS: 8.5 GESSO LISO
8.5.1 DEFINIÇÃO: Utilizada para ambientes internos e secos, a argamassa de gesso possui
vantagens como: endurecimento rápido, elevada produtividade, boa aderência, ausência
de retração por secagem, excelente acabamento superficial, pequenas espessuras de
revestimento, baixa condutividade térmica e baixo consumo energético na produção. Seu
emprego se limita devido à elevada solubilidade em água, desenvolvimento de bolor,
apresenta reação sulfática com cimento, em presença de umidade, provoca corrosão de
metais em contato e possui alto custo de transporte nas regiões sul e sudeste.
8.5.2 CARACTERÍSTICAS DA APLICAÇÃO EM OBRA:
 Relações água/gesso elevadas: 0,60 a 0,86 (em massa);
 Pastas fluidas ;
 Aplicação: pouco antes do início da pega do gesso 
(ganho de consistência);
 Pode revestir alvenaria de blocos cerâmicos, blocos de 
concreto, blocos sílico-calcários, blocos de concretocelular, concreto armado e revestimentos de 
argamassa. 
 Limitações: áreas internas de edificações e 
temperatura de exposição inferior a 50ºC. 
 Espessura recomendada: 5 ± 2 mm 
 Número de camadas: 1, 2, 3 ou 4
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8. PRINCIPAIS ARGAMASSAS PREPARADAS 
NO CANTEIRO DE OBRAS: 8.5 GESSO LISO
8.5.3 SEQUÊNCIA DA APLICAÇÃO EM OBRA:
Polvilhamento: O pó é colocado na água de forma a preencher toda masseira por igual. A
quantidade de pó utilizada é a necessária para que toda ou quase toda a água da superfície
seja absorvida pelo pó.
Espera I: Segue-se um período de repouso que corresponde ao período de dissolução do
hemidrato (8 a 10 minutos).
Mistura: Em seguida, parte da pasta é misturada ficando o restante em repouso na masseira.
Espera II: Outro intervalo de tempo deixado até que a pasta possa ser utilizada. Este
intervalo equivale ao período de indução (3 a 5 minutos).
Aplicação I: Quando a fração de pasta que foi misturada pelo gesseiro adquire a consistência
mínima adequada para a aplicação, determinada empiricamente, ela passa a ser utilizada
(final do período de indução até pouco antes do início da pega).
Aplicação II: Com o final da utilização da parte previamente misturada, o gesseiro segue
usando a segunda parte que estava em repouso e por isso teve a cinética da reação de
hidratação retardada em relação à primeira. Dificilmente é necessário misturar a segunda
parte, pois o tempo necessário para a completa utilização da primeira é suficiente para que a
segunda parte adquira a consistência mínima adequada à aplicação. Assim, o gesseiro passa
a utilizar a segunda parte sem que haja necessidade de interrupção da atividade.
Acabamento: Quando a pasta ultrapassa a consistência máxima adequada para revestir o
substrato ela ainda pode ser utilizada para dar o acabamento final no revestimento. A adição
de água à pasta altera sua consistência, tornando-a adequada a essa aplicação. Neste
momento, a maioria do dihidrato já está formado.
Final da utilização ("morte"): Logo após esta fase, o gesso se hidrata quase completamente,
não se prestando mais para o serviço. Esta fase é conhecida na prática como “morte” do
gesso, pois mesmo que mais água seja adicionada à pasta para prolongar sua utilização, não
existe mais aderência entre essa última camada e o revestimento já aplicado.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
9.1.1 ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA: Preparada na fábrica, já vem
com os componentes previamente dosados, necessitando apenas
adição de água, cuja quantidade é definida pelo fabricante. Conforme
sua composição e determinação de uso, é necessário seguir as
orientações descritas na embalagem, pois há previsão do
comportamento deste materiais e garantia de desempenho do produto
após aplicação.
9.1.2 ARGAMASSA COLANTE INDUSTRIALIZADA: Produto industrial, no
estado seco, composto de cimento Portland, agregados minerais e
aditivos químicos, que, quando misturado com água, forma uma massa
viscosa, plástica e aderente, empregada no assentamento de placas
cerâmicas para revestimento.
9.1.3 VANTAGENS: garantindo redução da mão de obra, menos
materiais empregados, maior rendimento na aplicação, redução de
cronograma de obra. Apresentam maior previsibilidade do
comportamento final do desempenho do produto e por serem mais
flexíveis, acompanham a movimentação das peças assentadas em
paredes ou pisos. Permitem melhor controle da umidade, dispensando
a necessidade de molhar placas ou contrapisos antes de assentá-los.
9. ARGAMASSAS INDUSTRIALIZADAS:
9.1 ARGAMASSAS COLANTES PARA ASSENTAMENTO DE PLACAS.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI9. ARGAMASSAS INDUSTRIALIZADAS:
9.1 ARGAMASSAS COLANTES PARA ASSENTAMENTO DE PLACAS.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI9. ARGAMASSAS INDUSTRIALIZADAS:
9.1 ARGAMASSAS COLANTES PARA ASSENTAMENTO DE PLACAS.
Argamassa colante industrializada - tipo I: Argamassa com
características de resistência às solicitações mecânicas e
termoigrométricas típicas de revestimentos internos, com
exceção daqueles aplicados em saunas, churrasqueiras,
estufas e outros revestimentos especiais.
Argamassa colante industrializada - tipo II: Argamassa
com características de adesividade que permitem absorver os
esforços existentes em revestimentos de pisos e paredes
externas decorrentes de ciclos de flutuação térmica e
higrométrica, da ação de chuva e/ou vento, da ação de cargas
como as decorrentes do movimento de pedestres em áreas
públicas e de máquinas ou equipamentos leves sobre rodízios
não metálicos.
Argamassa colante industrializada - tipo III: Argamassa
que apresenta propriedades de modo a resistir a altas tensões
de cisalhamento nas interfaces substrato/adesivo e placa
cerâmica/adesivo, juntamente com uma aderência superior
entre as interfaces em relação às argamassas dos tipos I e II.
Argamassa colante industrializada - tipo III-E: Argamassa
similar ao tipo III, com tempo em aberto estendido.
• AUMENTO DA CARGA 
POLIMÉRICA
• MAIOR ADERÊNCIA 
MAIOR ADESIVIDADE
• AUMENTO DE CUSTO 
DO MATERIAL
ACI
ACII
ACIII
ACIII-E
PROF.: RAFAEL CRISTELLI9. ARGAMASSAS INDUSTRIALIZADAS:
9.1 ARGAMASSAS COLANTES PARA ASSENTAMENTO DE PLACAS.
ARMAZENAMENTO DOS 
SACOS
O armazenamento deve ser efetuado em local seco e protegido da ação de intempéries
e sem contato direto com pisos e paredes, para preservação da qualidade.
PRAZOS DE VALIDADE
O prazo de validade é contado a partir da data de fabricação e é válido sempre que
mantidas as condições de armazenamento citadas acima, ressalvando-se que durante
o transporte as embalagens não devem sofrer avarias.
COMPOSIÇÃO E ÁGUA DE 
AMASSAMENTO
A composição química declarada deve ser qualitativa e a quantidade da água de
amassamento necessária para a aplicação deve ser expressa em litros de água por
quilograma do produto ou litros de água por embalagem de produto.
TEMPO DE MATURAÇÃO
Corresponde ao intervalo de tempo entre o fim da preparação da argamassa fresca e o
início da aplicação. Deve ser expresso em minutos.
TEMPO EM ABERTO
Intervalo de tempo entre o momento em que a argamassa é estendida sobre o 
substrato e o momento em que a argamassa perde sua capacidade de proporcionar 
uma aderência adequada. As condições de aplicação em obra, principalmente as 
condições ambientais, é que definirão realmente o desempenho da argamassa colante. 
RESISTÊNCIA DE 
ADERÊNCIA 
O sucesso da aderência da argamassa colante também depende das características e
condições que se encontram o substrato (emboço) e da superfície do tardoz do
porcelanato, além da qualidade do processo de assentamento, respeitando-se o tempo
em aberto.
DESLIZAMENTO
O deslizamento quase sempre se antepõe ao tempo em aberto, pois as argamassas
adesivas com maior tempo em aberto tendem a apresentar maior deslizamento.
Medeiros (1999)
PROF.: RAFAEL CRISTELLI9. ARGAMASSAS INDUSTRIALIZADAS:
9.1 ARGAMASSAS COLANTES PARA ASSENTAMENTO DE PLACAS.
 ABNT NBR 14081 (parte 1 a 5):2012 - Argamassa colante industrializada para
assentamento de placas cerâmicas. (Parte 1: Requisitos; Parte 2: Execução do substrato-
padrão e aplicação da argamassa para ensaios; Parte 3: Determinação do tempo em
aberto; Parte 4: Determinação da resistência de aderência à tração; Parte 5: Determinação
do deslizamento).
 ABNT NBR 13753:1996 – Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e
com utilização de argamassa colante – Procedimento.
 ABNT NBR 13754:1996 – Revestimento de paredes internas com placas cerâmicas e com
utilização de argamassa colante – Procedimento.
 ABNT NBR 13755:2017 – Revestimentos cerâmicos de fachadas e paredes externas com
utilização de argamassa colante - Projeto, execução, inspeção e aceitação – Procedimento.
 ABNT NBR 15825:2010 – Qualificação de pessoas para a construção civil – Perfil
profissional do assentador e do rejuntador de placas cerâmicas e porcelanato para
revestimentos.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
9.2.1 DEFINIÇÃO: O rejunte é uma argamassa – de rejuntamento – ideal para aplicações
e selagem das juntas de assentamento, movimentação oude dessolidarização
dependendo das características de cada material.
9.2.2 FUNÇÕES: Segundo JUNGINGER (2003), as funções do rejunte são: auxiliar no
desempenho estético do revestimento; estabelecer regularidade superficial; compensar
variação de bitola e facilitar assentamento das placas; vedar o revestimento cerâmico;
permitir difusão de vapor de água; proporcionar alívio de tensões; otimizar aderência
das placas.
9.2.3 CLASSIFICAÇÃO: Argamassa à base de cimento Portland usada rejuntamento de
placas para uso em ambientes internos e externos, observadas as seguintes condições:
9. ARGAMASSAS INDUSTRIALIZADAS:
9.2 ARGAMASSAS DE REJUNTAMENTO
REJUNTAMENTO TIPO I REJUNTAMENTO TIPO II
a) aplicação restrita aos locais de trânsito de 
pedestres/transeuntes, não intenso;
b) aplicação restrita a placas cerâmicas com absorção de 
água acima de 3% (grupos II e III - segundo a NBR 13817);
c) aplicação em ambientes externos, piso ou parede, desde 
que não excedam 20 m² e 18 m², respectivamente, limite a 
partir do qual são exigidas as juntas de movimentação, 
segundo NBR 13753 e NBR 13755.
a) todas as condições do tipo I;
b) aplicação em locais de trânsito intenso de pedestres/transeuntes;
c) aplicação em placas cerâmicas com absorção de água inferior a 3% 
(grupo I - segundo a NBR 13817);
d) aplicação em ambientes externos, piso ou parede, de qualquer 
dimensão, ou sempre que se exijam as juntas de movimentação;
e) ambientes internos ou externos com presença de água estancada 
(piscinas, espelhos d’água etc.).
PROF.: RAFAEL CRISTELLI9. ARGAMASSAS INDUSTRIALIZADAS:
9.2 ARGAMASSAS DE REJUNTAMENTO
9.2.4 TIPOS DE REJUNTES:
 rejuntes cimentícios monocomponentes:
Apresentam-se como uma parte em pó que necessita
apenas de adição de água imediatamente antes da
aplicação. Não recebem aditivos líquidos durante o
preparo, podem incorporar aditivos em pó na sua
formulação;
 rejuntes cimentícios bicomponentes:
Apresentam-se como duas partes distintas, com uma
fração granular seca e outra na forma de emulsão
aquosa (aditivo líquido), bastando efetuar a mistura
na hora da aplicação;
 rejuntes de base orgânica:
São materiais geralmente compostos por dois ou
mais componentes pré-dosados que, quando
misturados, formam uma pasta homogênea pronta
para a aplicação. Como exemplos mais comuns
existem os selantes elastoméricos, as resinas epóxi e
as resinas furânicas. Condições para rejuntamento, conforme largura das juntas
(JUNGINGER, 2003).
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
 NBR 7.200 – Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas
– Procedimento.
 NBR 13.749 – Revestimentos de paredes e tetos de argamassas inorgânicas –
Especificação (a seguir resumo dos principais itens).
 Espessuras admissíveis dos revestimentos internos e externos:
 Prumo: dprumo ≤ H/900, onde H = altura da parede (m)
 Nivelamento: dnível ≤ L/900, onde L = comprimento do maior vão do teto (m)
 Planeza: as ondulações ao devem superar 3 mm em relação a uma régua de 2 m de 
comprimento. As irregularidades abruptas não devem superar 2 mm em relação a 
uma régua com 20 cm de comprimento.
Fonte: JUNIOR, Antônio Neves de Carvalho (2010). 
10. PRINCIPAIS NORMAS BRASILEIRAS:
10.1 RESUMO DAS NORMAS – PRINCIPAIS ITENS
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
 Ensaio de percussão (avaliar 1 m2 a cada 50 m2 de teto e a cada 100 m2 de parede).
Os revestimentos que apresentarem som cavo nesta inspeção, por amostragem,
deverão ser integralmente percutidos;
 Ensaio de resistência de aderência à tração (conforme Ensaio de Arrancamento –
NBR 13.528), em pontos escolhidos aleatoriamente ou a cada 100 m2 ou menos da
área suspeita. O revestimento será aceito se de cada grupo de 06 ensaios realizados
(com idade igual ou superior a 28 dias) pelo menos quatro valores forem iguais ou
superiores aos mínimos exigidos.
 No Ensaio de Arrancamento – NBR 13.528, as rupturas poderão ocorrer no:
1. Contato substrato – argamassa: o valor de tração é igual ao de aderência;
2. Substrato de fixação (base);
3. Corpo de prova: em ambos, o valor da aderência é superior ao da tração.
10. PRINCIPAIS NORMAS BRASILEIRAS:
10.2 VERIFICAÇÃO DA ADERÊNCIA DAS ARGAMASSAS
Fonte: JUNIOR, Antônio Neves de Carvalho (2010). 
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
10. PRINCIPAIS NORMAS BRASILEIRAS:
10.2 VERIFICAÇÃO DA ADERÊNCIA DAS ARGAMASSAS
LINK INTERESSANTE SOBRE O ENSAIO: http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/185/artigo286939-1.aspx
http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/185/artigo286939-1.aspx
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
PATOLOGIA ASPECTOS OBSERVADOS CAUSAS PROVÁEIS REPAROS
EFLORESCÊNCIA
Manchas de umidade; Pó branco 
acumulado sobre a superfície
Umidade constante; Sais solúveis presentes no 
elemento alvenaria; Sais solúveis presentes na água 
de amassamento ou umidade infiltrada; Cal não 
carbonatada
Eliminação da infiltração de umidade; Secagem 
do revestimento; Escovamento da superfície; 
Reparo do revestimento quando pulverulento
BOLOR Manchas esverdeadas ou escuras; 
Revestimento em desagregação
Umidade constante; Área não exposta ao sol
Eliminação da infiltração da umidade; Lavagem 
com solução de hipoclorito; Reparo do 
revestimento quando pulverulento
VESÍCULAS
Empolamento da pintura, apresentando-se 
as partes internas das empolas nas cores: 
branca, preta e vermelho acastanhada
Hidratação retardada da cal; Presença de pirita ou 
matéria orgânica na areia; Presença de concreções 
ferruginosas na areia
Renovação da camada de reboco; Eliminação 
da infiltração da umidade
DESCOLAMENTO 
COM 
EMPOLAMENTO 
A superfície do reboco descola do emboço 
formando bolhas, cujos diâmetros 
aumentam progressivamente; O reboco 
apresenta som cavo sob percussão
Infiltração de umidade; Hidratação retardada da cal
Renovação da pintura; Renovação da camada 
de reboco
DESCOLAMENTO 
EM PLACAS 
A placa apresenta-se endurecida 
quebrando-se com dificuldade; Sob 
percussão o revestimento apresenta som 
cavo
A superfície em contato com a camada inferior 
apresenta placas frequentes de mica; Argamassa 
muito rica; Argamassa aplicada em camada muito 
espessa; A superfície da base é muito lisa; A 
superfície da base está impregnada com substância 
hidrófuga; Ausência da camada de chapisco
Renovação do revestimento: apicoamento da 
base, eliminação da base hidrófuga, aplicação 
de chapisco p/ melhoria da aderência
DESCOLAMENTO 
EM PLACAS 
A placa apresenta-se endurecida mas 
quebradiça, desagregando-se com 
facilidade; Sob percussão o revestimento 
apresenta som cavo
Argamassa magra
Ausência da camada de chapisco
Aplicação prematura de tinta impermeável
Renovação do revestimento
DESCOLAMENTO 
COM 
PULVERULÊNCIA
A película de tinta descola arrastando o 
reboco que se desagrega com facilidade; O 
reboco apresenta som cavo sob percussão
Excesso de finos no agregado; Traço pobre em 
aglomerante; Traço excessivamente rico em 
calAusência de carbonatação da cal; O reboco foi 
aplicado em camada muito espessa
Renovação da camada de reboco
FISSURAS 
HORIZONTAIS 
Apresenta-se ao longo de toda a parede; 
Descolamento do revestimento em placas, 
com som cavo sob percussão
Expansão da argamassa de assentamento por 
hidratação retardada da cal
Expansão da argamassa de assentamento por 
reação cimento-sulfatos ou devido à
presença de argilo-minerais expansivos no agregado
Renovação do revestimento após hidratação 
completa da cal da argamassa de 
Assentamento; A solução a adotar é função da 
intensidade da reação expansiva
FISSURAS 
MAPEADAS 
As fissuras têm forma variada e 
distribuem-se por toda a superfície
Retração da argamassa de base
Renovação do revestimento
Renovação da pintura
11. PATOLOGIAS:
11.1 PRINCIPAIS PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO
Fonte: adaptação de JUNIOR, Antônio Neves de Carvalho (2010). 
10. MATERIAL COMPLEMENTAR:
ABCP – COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-
construtivos/4/revestimento-de-argamassa/
MATERIAL DE APOIO:
REVESTIMENTOS DE ARGAMASSAhttp://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/4/revestimento-de-argamassa/
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AMBROZEWICZ, P. H. L. Materiais de construção. São Paulo: Pini, 2012. p. 459.: il.
Convênio EPUSP – ENCOL. PROJETO EP/EN-1. Recomendações para Execução de Revestimentos de Argamassas
para Paredes de Vedação e Tetos. Desenvolvimento Tecnológico de Métodos Construtivos para Alvenarias e
Revestimentos, São Paulo. SP, 1988.
CINCOTTO, Maria Alba et al. Argamassas de revestimento : características, propriedades e métodos de ensaio. São
Paulo. SP. Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 1995.
SABBATINI, Fernando Henrique. Argamassas - Notas de Aula. USP. São Paulo.
CARVALHO JR., Antônio Neves. Notas de aula de Construção de Edifícios II. Belo Horizonte. MG, 1994.
CINCOTTO, Maria Alba. Patologias das argamassas de revestimento: análise e recomendações. Artigo do livro
Tecnologia das Edificações. Pini. São Paulo – SP.
PIROLI, Ênio. Revestimento de Paredes e Pisos. Notas de Aula. Fundação Christiano Ottoni. Belo Horizonte, 1981.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas -
Especificação – NBR 13749/1996.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Revestimento de paredes e tetos com argamassas - Materiais,
preparo, aplicação e manutenção - NBR 7200/98.
NASCIMENTO, Otávio Luiz, et al. Projeto argamassa. Belo Horizonte, 1996.
GOMES, A. M., Caracterização de argamassas tradicionais utilizadas nos revestimentos exteriores dos edifícios.
Lisboa: Universidade Técnica de Lisboa – Instituto Superior Técnico (IST), 1995. 269p. (Tese, Doutorado em
Engenharia Civil).
OLIVEIRA, Mário Mendonça de. Tecnologia da conservação e restauração: materiais e estruturas. 3 ed. Salvador:
EDUFBA, 2006.
RIBEIRO, C. C.; PINTO, J. D. S.; STARLING, T. Materiais de construção civil. 3ª ed. Belo Horizonte: Editora UFMG;
Escola de engenharia da UFMG, 2011. p. 112.: il.
YAZIGI, W. A técnica de edificar. 13 ed. rev. e atual. – São Paulo: Pini: Sinduscon, 2013.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI

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