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Módulo II - Seminário IV - Bárbara Viana

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MÓDULO: INCIDÊNCIA E CRÉDITO TRIBUTÁRIO
SEMINÁRIO IV – EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA, COMPENSAÇÃO E REPETIÇÃO DO INDÉBITO
Aluna: Bárbara Júlia Souza Viana
Unidade: Recife/PE
Turma: ICT-REC-SM1-SEXTA-T4
Questões
1- Criticar a expressão “extinção do crédito tributário”. É correta a tradicional separação das causas de extinção prescritas no art. 156, CTN em modalidades de fato e modalidades de direito? Justifique.
É verificado através da obrigação tributária a existência de cinco elementos, sendo eles os sujeitos ativo e passivo, o objeto, o crédito tributário e o débito tributário. Caso um desses elementos seja retirado da obrigação tributária a consequência seria a extinção da obrigação.
É através dessa perspectiva que enxergamos o esquecimento ou desatenção do legislador ao escolher no artigo 156 do CTN a expressão “extinção do crédito tributário” visto que o crédito é somente um dos elementos da obrigação que se eliminado será extinta a OBRIGAÇÃO, da mesma forma acontece com a eliminação dos outros elementos. 
Portanto, melhor seria se a expressão fosse “extinção da obrigação tributária” ao invés de “extinção do crédito tributário”. Optando pela primeira expressão estaria o legislador abraçando todos os elementos componentes da obrigação como meio de extinção.
Quanto as modalidades de fato e de direito a doutrina mais tradicional peca ao dividir as causas da extinção desse modo pois o artigo 156, CTN somente versa sobre causas jurídicas, ou seja, de direito.
2- Quem tem legitimidade ativa para pleitear a repetição do indébito tributário? E em caso de substituição tributária? E na hipótese prevista no art. 166 do CTN, há alguma alteração do sujeito legitimado? Responda as perguntas analisando criticamente os anexos I e II.
Sabendo que o instituto da repetição do indébito tributário é uma causa de extinção do débito fiscal, entendo que a legitimidade ativa pertence ao contribuinte de direito, ou seja, aquele que já efetuou o pagamento de algo que não era devido ou que pagou mais do que deveria. 
Nas situações em que há o substituo tributário, o contribuinte não possui ligação direta com o Estado-fisco, contudo, por força de lei, o tributo é devido. Nessa situação surge a relação jurídica entre o substituto e o fisco, nascendo dessa forma a possibilidade de discussão em juízo do indébito fiscal.
Diante do que foi exposto é possível concluir que o substituto tributário e o contribuinte possuem legitimidade ativa para ingressar com a ação de repetição de indébito.
Por fim, analisando o artigo 166 do CTN entendo que aquele que provar ser contribuinte de fato ou aquele que tenha sido autorizado expressamente por terceiro poderá ter legitimidade ativa na ação de repetição de indébito.
3- A hipótese de dação em pagamento de bens imóveis como causa extintiva do crédito tributário altera a cláusula do art. 3º do CTN quanto à prestação tributária qualificar-se como estritamente pecuniária? Justifique. As previsões de extinção do crédito tributário por dação em pagamento de bens imóveis em legislações municipais e estaduais antes da Lei Complementar n. 104/01 são válidas? Têm aplicação jurídica? (Vide anexos III e IV).
Entendo que a hipótese de dação em pagamento de bens imóveis como causa extintiva do crédito tributário em nada altera o que prescreve o artigo 3º do CTN. 
Considerando que o artigo 3º prescreve que a prestação devida pelo sujeito passivo é pecuniária ou em moeda cujo valor nela se possa exprimir, entendo haver a possibilidade do Estado consentir na extinção do crédito tributário por meio do recebimento de algo que não seja dinheiro. Assim entende alguns doutrinadores como Hugo de Brito Machado e Ricardo Alexandre.
Quanto a validade da extinção do crédito tributário por dação em pagamento de bens imóveis em legislações municipais e estaduais antes da Lei Complementar n. 104/01 entendo ser possível já que tal lei traz interpretação benéfica ao contribuinte quando possibilita mais uma causa de extinção do crédito. 
4- Que é compensação tributária? Quando nasce o direito subjetivo à compensação tributária? Determinada lei editada em momento posterior ao do nascimento do “direito subjetivo” à compensação estabelece limites ao seu exercício, como por exemplo, limitando o crédito a compensar a determinado valor por mês, impedindo a incidência de juros de mora ao crédito. Essas novas regras que limitam a compensação se comparadas à legislação até então vigente impactam o exercício do direito de compensar consagrado anteriormente à vigência dessa lei? Há direito adquirido à compensação? (Vide anexos V).
Tendo como base os arts. 368 a 380 do Código Civil, quando existe uma situação em que duas pessoas forem ao mesmo tempo credora e devedora uma da outra, ambas as obrigações extinguem-se, até onde se compensarem, desde que as dívidas sejam líquidas e vencidas, assim como requer previsão legislativa autorizando tal modalidade de extinção do tributo devido (art. 170, CTN)
Quanto ao direito subjetivo entendo que apesar de incorporado pelo CTN, não se trata de direito subjetivo do contribuinte, mas sim de faculdade que pode ser concedida, por lei, pelo ente federado. Contudo, há quem entenda que o direito subjetivo nasce com a edição e entrada em vigor, da lei autorizadora. Sendo assim, surge aí duas normas individuais e concretas: uma constitui o débito do fisco e a outra o crédito do contribuinte.
Considerando o princípio da segurança jurídica acredito que a compensação como forma extintiva de crédito tributário, deve obedecer a lei vigente e respeitar o direito adquirido. Assim entende os tribunais. 
5- Considerando o artigo 170-A do CTN, o artigo 489, §1º, inciso VI, 926 e seguintes do CPC responda: é possível a compensação de indébito discutido em ação judicial antes do trânsito em julgado da mesma?
Tendo em vista o que prescreve o artigo 170-A do CTN, ou seja, “É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. “, entendo não ser possível o cabimento sede de liminar para autorizar a compensação de indébito, somente restando ao contribuinte como forma de extinção do crédito tributário através da compensação após trânsito em julgado da decisão judicial.
A jurisprudência também se inclina na perspectiva citada acima, através da Súmula 212 o STJ proferiu que “A compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória”.
Contudo, há quem entenda a possibilidade de compensação de indébito em ação judicial antes do trânsito em julgado visto que não haveria onerosidade pela Fazenda Pública em anular os seus próprios atos, nesse caso, anular a compensação e considerar como não declarada as que se encontram em andamento. 
6- Em razão da não homologação da compensação e a consequente aplicação da multa isolada nos termos do art. 74, §17, da Lei n. 9430/96 (com redação dada pela Lei n. 13.097/15). Pergunta-se:
a) A compensação não homologada equivale a não pagamento de tributo? Entendo que a compensação não homologada equivale a não pagamento de tributo visto que para a extinção do crédito tributário por meio da compensação é necessário mais do que a compensação propriamente dita, ou seja, é necessário que haja débito e crédito devidos pelo contribuinte e o Fisco, assim, como deve haver legislação autorizando tal modalidade de extinção, sendo assim, deve o contribuinte seguir a legislação que dita o passo a passo para compensar o tributo devido afim de possibilitar a transação do evento em fato jurídico. 
b) Que se entende por falsidade da declaração? E qual a multa aplicada no caso de falsidade da declaração?
Falsificação é o ato de agir omitindo ou deturpando informações. Aplica-se a multa isolada agravada prevista no art. 18, § 16 da Lei 9.430/96 (com redação dada pela Lei 12.249/2010
c) A aplicação da penalidade na hipótese de não homologação ou de falsidade da declaração ofendem algum princípio jurídicotributário? Padece de algum vício de inconstitucionalidade a Lei n. 13.670/2018 que em seu artigo 6º alterou o artigo 74 da Lei n. 9430/96 que regula a compensação no âmbito da União? Justifique.
A multa isolada de 50% aplicada pela não homologação da decisão, sem dúvidas, deve ser considera inconstitucional, pois ofende o princípio jurídico do direito à petição, assegurado constitucionalmente pelo art. 5º, XXXIV, alínea “a”, da CF, assim como também ofende os princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Por sua vez, a multa isolada por falsidade da declaração, fixada em 150%, contraria o princípio do não-confisco, previsto pelo art. 150, inciso IV, da CF, e que deve ser aplicado, também, às penalidades pecuniárias.
7- Diante da sistemática implementada pelo CPC/15 relativamente aos julgamentos de casos repetitivos, pergunta-se: é possível falar em direito subjetivo à repetição/compensação do indébito a partir do momento em que proferida decisão em recurso especial e/ou recurso extraordinário repetitivos (vide art. 928 do CPC/15), ainda que o contribuinte não tenha ajuizado ação de repetição/compensação do indébito cujo fundamento seja objeto do recurso repetitivo?
Entendo que há direito subjetivo à repetição/compensação do indébito, tendo em vista que seu direito se encontraria abarcado pela decisão em recurso repetitivo. Sendo assim, ainda que não tenha ajuizado a referida ação, o contribuinte poderia se valer da decisão em sede repetitiva para certificar seu direito judicialmente e, assim, evitar eventuais autuações por parte do Fisco ou execuções fiscais.
8- Considerando os elementos da obrigação tributária (sujeito ativo e passivo, objeto, direito, crédito, dever e débito) e o conteúdo do artigo 156 do CTN, identifique para cada uma das hipóteses de extinção nele elencadas e a seguir reproduzidas qual elemento da obrigação tributária é diretamente afetado:
Elementos da obrigação tributária:
a) Pagamento: Objeto
b) Compensação: Crédito e débito
c) Transação: sujeito ativo e sujeito passivo
d) Remissão: Sujeito passivo 
e) Prescrição: direito e dever
f) Decadência: direito
g) Conversão do depósito em renda: direito
h) Pagamento antecipado e homologação do “lançamento” nos termos do art. 150, §§ 1º a 4º do CTN: objeto e dever
i) Consignação em pagamento: direito e débito
j) Decisão administrativa irreformável: crédito 
k) Decisão judicial transitada em julgado: direito
l) Dação em pagamento de bens imóveis: objeto

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