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Módulo II - Seminário II - Bárbara Viana

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MÓDULO: INCIDÊNCIA E CRÉDITO TRIBUTÁRIO
SEMINÁRIO II – CRÉDITO TRIBUTÁRIO, LANÇAMENTO E ESPÉCIES DE LANÇAMENTO
Aluna: Bárbara Júlia Souza Viana
Unidade: Recife/PE
Turma: ICT-REC-SM1-SEXTA-T4
Questões
1- Considerando os conceitos de norma, incidência e crédito tributário, responda:
a) Que é lançamento? Definir o conceito especificando: quem pode lançar; se é ato ou procedimento e qual a sua finalidade.
Iniciando o tema sobre o lançamento tributário coaduno com o conceito realizado pelo Professor Paulo de Barros, ou seja, o lançamento é o ato administrativo do tipo simples, constitutivo e vinculado, que adentra no ordenamento jurídico por meio de norma individual e concreta, possuindo como antecedente o fato jurídico tributário e o consequente a formalização do vínculo obrigacional pela individualização dos sujeitos ativo e passivo, por fim, possui como objeto da prestação a base de cálculo e alíquota assim como a instituição dos termos espaço-temporais onde o crédito tributário há de ser exigido.
Apesar de concordar com o conceito descrito acima há quem conceitue lançamento como sendo um procedimento ao invés de um só ato administrativo. Para esses intérpretes o lançamento é um passo a passo que tem como objetivo a formalização do crédito tributário no mundo jurídico. Essa ideia do lançamento como procedimento adveio do legislador que achou pertinente introduzir o vocábulo no artigo 142 do Código Tributário Nacional.
Em crítica àqueles que aderem ao conceito de lançamento como um procedimento é válido afirmar que apesar do lançamento ser o resultado de um procedimento ainda assim não podemos confundi-los pois o procedimento não é fundamental ao lançamento já que é um ato isolado e independente, no momento em que é possível que uma só autoridade competente ou um órgão colegiado se manifeste para concretizá-lo no mundo jurídico, como vem sendo observado ao longo dos anos.
Quanto a competência para a realização do lançamento temos a “pessoa política de direito constitucional interno portadora da competência para editar as normas do tributo” e quando visualizado o fenômeno da parafiscalidade temos a “pessoa jurídica de direito público ou privado nomeada pelo titular da competência”, assim trata Paulo de Barros. Isso quer dizer que em algumas situações poderá a autoridade competente lançar o crédito tributário ao passo que também haverá situações em que o próprio contribuinte (pessoa física ou jurídica) irá lançar o tributo, tudo dependerá da prescrição legal.
Para arrematar o tema, é de bom grado falar um pouco da finalidade do lançamento que nada mais é do que a conversão da norma geral e abstrata (RMIT) em norma individual e concreta, ou seja, a autoridade competente ou o próprio contribuinte irá verificar a ocorrência do fato jurídico para em seguida determinar a matéria tributável, também deverá calcular o valor da obrigação tributária, em sendo a autoridade competente a responsável pelo lançamento deverá identificar o sujeito passivo e em caso de ilícito tributário aplicar a penalidade correspondente.
b) É correto afirmar que o lançamento tributário se apresenta em três espécies? Se positiva a resposta, qual o critério que orienta tal classificação, ou seja, o que diferencia uma espécie da outra?
Há quem entenda que o Código Tributário Nacional em seus artigos 147 a 150 não foi feliz em subdividir o lançamento em espécies, sendo eles: lançamento direto ou por ofício; lançamento misto ou por declaração; e por fim em lançamento por homologação. Essa subdivisão tem como critério utilizado o grau de colaboração do administrado afim de lançar o crédito tributário. 
Discorrendo sobre as espécies elencadas pelo CTN, temos o lançamento direto ou por ofício consistente no exercício exclusivo pela Administração, ao passo que o lançamento misto ou por declaração existe a colaboração da Administração e do administrado, por último, o lançamento por homologação é exercício exclusivo pelo administrado restando à Administração somente homologar os atos praticados pelo administrado. 
A crítica a essa subdivisão parte do pressuposto de que o lançamento é um ato jurídico administrativo em acepção material e formal, isto é, a classificação legal nada tem a ver com os elementos estruturais do ato jurídico administrativo.
Fazendo um breve parêntese, é importante relembrar que o direito tributário trouxe conceitos do direito administrativo, mais especificamente dos atos administrativos, para o melhor entendimento do lançamento respeitando e adequando tais conceitos ao direito tributário. Em suma, o lançamento possui como elementos a presunção de legitimidade do sujeito competente para lançar o crédito tributário e também a exigibilidade.
Portanto, as tais espécies que o CTN traz não trata de espécies do lançamento, mas sim de “singularidades procedimentais” como bem define Paulo de Barros. Considerando que o conceito de lançamento explorado no item anterior tem como lançamento um ato e não um procedimento, entendo que a classificação do instituto não possui sentido lógico.
Novamente trazendo à tona os ensinamentos de Paulo de Barros, melhor seria se ao invés de espécies de lançamento fosse utilizado a expressão “espécies de procedimento”, contudo o legislador trouxe as modalidades criadas pela doutrina ao invés de analisar por meio científico os elementos indispensáveis ou os pressupostos de validade do ato administrativo citados no 3º parágrafo do presente texto.
 
c) O chamado lançamento por homologação é efetivamente lançamento? E o lançamento por declaração? 
	O lançamento por homologação está previsto no artigo 150, CTN, nessa modalidade o contribuinte deve apurar o valor a recolher e pagar o montante devido, sem precisar de manifestação da autoridade administrativa competente. Nesse tipo de lançamento a autoridade competente homologa o que foi lançado caso a operação realizada pelo contribuinte esteja em conformidade com a lei, por conta do desenrolar dessa modalidade é correto afirmar que o lançamento por homologação é sim efetivamente lançamento.
	Quanto ao lançamento por declaração ou lançamento misto entende-se que impõe ao sujeito passivo da obrigação tributária a declaração das informações correspondentes ao lançamento do crédito tributário, assim prescreve o artigo 147 do CTN. Portanto nesse modalidade de lançamento o sujeito passivo declara à autoridade competente, a autoridade realiza o lançamento e notifica o sujeito passivo para o pagamento do crédito tributário.
d) O lançamento tem eficácia declaratória e/ou constitutiva? O que é declarado e/ou constituído? Quando isso ocorre?
Alguns autores coadunam com a tese de que o lançamento possui eficácia declarativa, é o caso dos países latino-americanos como foi bem analisado pelo Mestre Valdes Costa. 
		Se partirmos do pressuposto que o lançamento é uma norma individual e concreta e que seu antecedente traz um fato jurídico tributário, ou seja, um evento passado em determinado tempo e espaço isso quer dizer que houve uma modificação no plano físico-social, desse modo, teremos um fato jurídico declaratório. Contudo, a descrição de acontecimento passado é o próprio modo constitutivo do fato. Em suma, podemos afirmar que o “enunciado do antecedente da norma individual e concreta que analisamos se constitui como fato ao descrever o evento”, assim ensina o Professor Paulo de Barros.
		Com relação ao consequente da norma temos um enunciado projetado para o futuro constituindo um direito subjetivo e um dever jurídico. É no consequente da norma individual e concreta que encontramos a eficácia jurídica do fato, ou seja, o consequente da norma é o efeito de cunho jurídico de acontecimento fático analisando no antecedente da norma individual e concreta. 
e) Confrontar as noções de tempo no fato e tempo do fato.
f) O que é erro de fato e erro de direito? E mudança de critério jurídico?
Ao analisar o erro de fato vemos que é um problema intranormativo por variados motivos que podem ser uma desarmonia no enunciado ou até mesmo má construção de linguagem,esses motivos podem recair sobre o fato jurídico tributário do consequente da norma individual e concreta que determina o vínculo relacional. 
Em contraponto temos o erro de direito que pode possuir um problema semântico porém entre normas diferentes, uma delas necessariamente será norma individual e concreta e a outra geral e abstrata. Existindo desarmonia da alíquota ou do sujeito ativo também será caso de erro de direito.
A mudança de critério jurídico ocorre quando a interpretação pelo Fisco muda, tanto em benefício do contribuinte como em prejuízo do mesmo, isso quer dizer que para fins de norma, incidência e crédito tributário é preciso observar os limites legais e além dos princípios tributários afim de evitar discrepâncias nas decisões exaradas.
2- Dado o auto de infração fictício (anexo I), pergunta-se:
a) Identifique as normas individuais e concretas veiculadas no respectivo auto de infração;
Como bem entende o Professor Paulo de Barros, as normas individuais e concretas do auto de infração corresponde no antecedente ao fato de uma infração e no consequente a relação jurídica (sujeito ativo, entidade tributante, sujeito passivo, autor do ilícito, prestação referente ao pagamento de uma quantia em dinheiro com viés sancionatório.
Verificando o auto de infração fictício (anexo I) identificamos como normas individuais e concretas a norma de lançamento, norma de imposição de multa e norma de imposição de juros moratórios:
Norma de Lançamento
H: dado o fato de ter realizado operações de circulação de mercadorias (elemento material) – com saída de mercadorias em 01/01/2008 (critério temporal) no Estado de São Paulo (critério espacial);
C: a empresa Bate o Pé Industria e Calçados Ltda (sujeito passivo), está obrigada a recolher à Fazenda Estadual de São Paulo (sujeito ativo), a importância de R$ 11.599,29 (critério quantitativo – base de cálculo: R$ 64.440,48 e alíquota: 18%).
Norma de imposição de multa
H: dado o fato da não formalização do crédito tributário e do não pagamento do tributo em 01/01/2008 (elemento material e temporal);
C: a empresa Bate o Pé Industria e Calçados Ltda (sujeito passivo), está obrigada a recolher à Fazenda Estadual de São Paulo (sujeito ativo), a importância de R$ 5.799,64 a título de multa (critério quantitativo).
Norma de imposição dos juros moratórios
H: dado o fato do atraso no pagamento do tributo (critério material e temporal);
C: a empresa Bate o Pé Industria e Calçados Ltda (sujeito passivo), está obrigada a recolher à Fazenda Estadual de São Paulo (sujeito ativo), a importância de R$ 1.275,92 (critério quantitativo) a título de juros de mora
	
b) Confronte as noções de (i)auto de infração – documento, (ii) ato administrativo de imposição de multa, (iii) ato administrativo de lançamento e (iv) ato de notificação;
(i) Auto de infração – documento: Abrange duas normas jurídicas distintas, sendo elas o lançamento e o auto de infração por uma questão de comodidade administrativa. Ambas as normas são individuais e concretas somente divergindo no antecedente e consequente. 
(ii) Ato administrativo de imposição de multa: Possui no suposto da norma a descrição de um delito e no consequente a instituição da sanção que pode ser tanto um valor pecuniário, ou seja, multa, como também uma conduta de fazer ou não fazer. 
(iii) Ato administrativo de lançamento: Possui no antecedente um fato lícito e no consequente a relação jurídica de tributo.
(iv) Ato de notificação: É o ato expedido pela autoridade competente ao contribuinte afim de obrigá-lo a cumprir determinada obrigação tributária. 
c) Em sua opinião, em que instante nasce a obrigação tributária? E o crédito tributário? E, a multa tributária? Que significa “constituição definitiva do crédito”?
A obrigação tributária surge no “descritor da regra de incidência” inaugurando a “relação jurídica de conteúdo patrimonial” como bem ensina o Professor Paulo. Possui três elementos sendo eles o sujeito ativo, passivo e o objeto que possuem um vínculo.
O crédito tributário é o “direito subjetivo de que é portador o sujeito ativo de uma obrigação tributária e que lhe permite exigir o objeto prestacional, representado por uma importância em dinheiro”. A partir do conceito de crédito tributário podemos inferir que o nascimento se dá no momento em que as relações inter-humanas, descrito hipoteticamente no suposto da RMIT, acontecem.
Já a multa tributária nasce como consequência de uma ação contrária à conduta prescrita na norma. Em suma, o sujeito que pratica ato ilícito está sujeito a penalidade prevista em lei, que a depender da circunstância dá-se por meio da multa tributária.
Por fim tratando da constituição do crédito tributário, segundo Dâmocles, é constituído definitivamente o crédito tributário para fins de prescrição a partir da notificação do lançamento tributário. Contudo, não é unânime na jurisprudência o momento definitivo para a constituição definitiva do crédito tributário. 
3- Empresa XXX, contribuinte de IPI, declara e formaliza seus créditos e débitos, compensa tais valores (não-cumulatividade) e, de acordo com a lei, realiza o pagamento do saldo devedor conforme discriminado abaixo:
Posteriormente, o Fisco Federal glosa os créditos de IPI utilizados pela empresa devedora, sem, contudo, efetuar o lançamento de qualquer valor a título de tributo. Em seguida, encaminha para inscrição na dívida ativa os valores não pagos em razão do aproveitamento indevido dos créditos (R$ 200.000,00), pois entende não ser necessário o lançamento de ofício. Esses valores por sua vez, são acrescidos das penalidades que o Fisco entende cabíveis, além dos juros de mora. Na sua opinião, está correto o proceder da Fazenda? Ainda, o aproveitamento de créditos da não-cumulatividade pode ser equiparado a pagamento antecipado? A glosa, por sua vez, resultaria em não pagamento? Justifique sua resposta (Vide anexo II e III).
		No caso em questão a Fazenda deveria ter realizado o lançamento de ofício para que o evento pudesse “vestir-se” de fato jurídico tributário, assim como preleciona o Professor Paulo de Barros.
		Desse modo, é necessário que a linguagem seja apropriada para que o evento ingresse no mundo jurídico, ou seja, há a necessidade da norma geral e abstrata ser convertida em norma individual e concreta que é exatamente o caso do lançamento de ofício que a Fazenda deveria ter realizado caso entendesse por glosar os créditos de IPI utilizados pela empresa.
		Já quanto ao aproveitamento dos créditos acredito que não devemos equiparar ao pagamento antecipado já que cada instituto possui um conceito distinto com suas devidas finalidades distintas.
		Quanto ao lançamento da penalidade deverá ser cobrado pelo fisco e não pela Fazenda. 
		Respondendo por fim o último questionamento entendo que a glosa pela Fazenda corresponde ao não pagamento inferindo mais uma vez a necessidade de realização do ato de lançamento de ofício. 
4- Com relação ao lançamento por homologação, pergunta-se: 
a) Que é homologação? O que se homologa: (i) o pagamento efetuado antecipadamente; (ii) a norma individual e concreta posta pelo contribuinte; ou (iii) ambos? Justifique sua resposta.
A homologação possui diversos conceitos dentro da doutrina, porém é unânime que a homologação represente uma ação, ou seja, um ato praticado por alguém. Para Troianelli, a homologação é a confirmação por uma autoridade competente ou não de um ato já praticado por alguém. Já Souto Maior Borges conceitua homologação como um “ato administrativo unilateral, vinculado, de controle de outro ato jurídico, pelo qual se dá eficácia ou se afirma a sua validade.”
A doutrina e a jurisprudência vem firmando diversas discussões sobre o que se homologa, entendo que a conferência pela autoridade competente administrativa recai sobre os atos realizados pelo contribuinte, em outras palavras, a autoridade competente se certifica se de fato houve a constituição do crédito tributário pelo particular, resultando ou não em pagamento antecipado do crédito constituído em norma individuale concreta. Partindo desse pressuposto temos como objeto da homologação a atividade de apuração e constituição do crédito pelo sujeito passivo ao invés do pagamento. 
 
b) Quando se verifica a homologação expressa? Trata-se de ato administrativo? Ainda, é possível revisar-se o ato homologatório expresso? Há no direito positivo a possibilidade de pagamento de tributos sem lançamento?
Segundo Souto Maior Borges a homologação expressa é o exercício de uma função administrativa em sentido amplo, a aprovação do pagamento antecipado exercido pelo sujeito passivo, sendo o pagamento antecipado o fato jurídico da norma individual e concreta da homologação expressa no que tange ao antecedente tendo como consequência a extinção do crédito. Desse modo, a homologação expressa será sempre um ato administrativo independentemente do seu objeto ser a atividade do particular ou o pagamento.
Há quem afirme que o ato homologatório por ser ato administrativo pode ser revogado pela Administração porém devemos lembrar que o ato de lançamento por homologação é ato vinculado, não podendo a autoridade competente agir com discricionariedade, desse modo o ato de lançamento só é passível de ser anulável ou anulado, como bem explica o Professor Paulo de Barros.
Quanto ao pagamento de tributos sem lançamento entendo não ser possível pois para que o crédito tributário ingresse no mundo jurídico é preciso a conversão da norma geral e abstrata em norma individual e concreta (lançamento), portanto, sem o ato de lançamento o crédito tributário nasce e não produz efeitos pois somente estará presente na norma geral e abstrata.
5- A Lei n. 10.035/00 estabelece que serão executados, nos autos da reclamação trabalhista, os créditos previdenciários devidos em decorrência da decisão proferida pelos Juízes e Tribunais, resultantes de condenação ou homologação do acordo. Pergunta-se: E, eventuais acordos posteriores entre os litigantes? Há necessidade de lançamento? Como ficam os princípios do contraditório e da ampla defesa? (Vide anexos IV, V. IV) 
	É possível que a decisão judicial constitua crédito tributário em caso de verificação de hipótese de incidência que enseje a tributação prescrita em lei e por conta da intersecção existente entre a esfera tributária e outras esferas jurídicas não há nenhum impedimento por parte do magistrado em proferir sentença para o cumprimento da obrigação tributária.
	Acredito não ser possível que futuros acordos entre os litigantes possa ensejar a criação de crédito tributário pois para a constituição do crédito é preciso existir força normativa.
	Quanto ao lançamento é essencial que ocorra para que a crédito tributário ingresse no mundo fático visto que o lançamento é um ato administrativo que trafega entre a norma geral e abstrata até a norma individual e concreta.
	Por fim, os princípios do contraditório e da ampla defesa devem ser respeitados no processo administrativo tributário. Ademais, decisão da Justiça Comum e da esfera trabalhista que verse sobre a constituição de crédito tributário não fere os princípios mencionados acima. 
6- Sobre as hipóteses correlatas às alterações do lançamento, responda:
a) Há diferença entre erro de direito e mudança de critério jurídico, para fins de revisão do lançamento tributário? Há possibilidade de revisão do lançamento fundado em erro de direito? E em erro de fato? Qualquer erro de fato é suficiente para fundamentar a alteração do lançamento? (Vide anexos VII, VIII e IX).
Segundo a doutrina é possível que o erro de direito encontrado no lançamento tributário sofra revisão desde que obedeça ao prazo legal da decadência do artigo 173 do CTN. 
Em contraponto a jurisprudência do STJ não admite a revisão do lançamento por erro de direito e utiliza como respaldo legal o artigo 146 do CTN. Para o STJ o erro de direito não se equipara a mudança de critério jurídico, não podendo, portanto, utilizar o erro de direito que surge no lançamento como requisito para revisão do ato. Em suma, somente a mudança de critério jurídico e o erro de fato é requisito para operar a revisão do lançamento tributário. Por fim, os erros de fato que dá ensejo a revisão do lançamento são aqueles que tratam de circunstâncias objetivas e que não dependam de interpretação normativa.
b) A alteração da base de cálculo, ou da sistemática de apuração do tributo pode ser feita mediante retificação do lançamento? A eleição errônea da base de cálculo, ou da sistemática de apuração configura-se como erro de fato, erro de direito ou mudança do critério jurídico? Tem o condão de acarretar anulação do lançamento? (Vide anexos X, XI XII).
É possível a retificação do lançamento em caso de alteração da base de cálculo e da sistemática de apuração do tributo visto que incorrendo nesses erros será classificado como erro de direito portanto respaldo legal no artigo 146 do CTN.
Entende-se como erro de direito aquele problema de ordem semântica verificado no trajeto entre a norma geral e abstrata e a norma individual e concreta como bem entendo Paulo de Barros. 
Por fim, considerando que o lançamento é um ato administrativo passível de revisão pela Administração é possível falar em anulação do lançamento em caso de erro de direito.

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