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EMPRESARIAL - LFG

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DIREITO EMPRESARIAL
Professor: ALEXANDRE GIALLUCA
AULAS:
Aula 1 – 27/01/09 – EMPRESÁRIO/ESTABELECIMENTO e NOME EMPRESARIAL
Aula 2 – 04/02/09 – SOCIEDADE
Aula 3 – 10/02/09 – SOCIEDADE II
Aula 4 – 12/02/09 – TÍTULOS DE CRÉDITO 
Aula 5 – 18/03/09 – RECUPARAÇÃO JUDICIAL 
Aula 6 – 31/03/09 – FALÊNCIA
Aula 7 – 10/06/09 – RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
AULA 01 (EMPRESÁRIO/ESTABELECIMENTO e NOME EMPRESARIAL) 27/01/09
Empresário
Conceito de Empresário: é todo aquele que profissionalmente exerce uma atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços. Art. 966 do Código Civil.
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Profissional – entende-se como aquilo que é habitual. Deve haver habitualidade ou continuidade da atividade.
Atividade econômica – significa aquele que busca o “lucro” em suas atividades.
Organização – é a reunião dos quatro fatores de produção; o Prof. Fabio Ulhôa Coelho diz que “organização”, deve conter os quatro elementos. Se faltar qualquer um destes elementos, não temos organização. São eles:
a) Mão de obra;
b) Matéria-prima;
c) Capital;
d) Tecnologia; 
Questão de Concurso: se a questão tratar do conceito de empresário sempre deve falar sobre a produção e/ou circulação de serviços. Ex.: Volkswagem produz automóveis.
Circulação de serviços: Agência de turismo – não tem avião ou hotel. Ela apenas circula o serviço de hotelaria e transporte aéreo.
O empresário individual é a pessoa física que se encaixa na definição do 966. Mas se houver sócio, existirá uma sociedade e a composição de uma sociedade empresária (pessoa jurídica). O empresário é aquele que sozinho, individualmente organiza uma atividade empresarial. Numa sociedade que componha uma pessoa jurídica, esta é quem será o empresário. O sócio é aquele que compõem uma pessoa jurídica.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
O § único do art. 966 traz o conceito do que não se considera empresário: todo aquele que exerce uma profissão intelectual de natureza científica, literária ou artística não será empresário. Salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
No Brasil denomina-se profissional liberal. O médico é o exemplo clássico. Há outros exemplos (contador, engenheiro, arquiteto, advogado, que são intelectuais científicos, etc). O escritor se enquadra se encaixa atividade literária. O desenhista se enquadra na atividade intelectual artística.
Uma sociedade entre médicos ainda não se considera sociedade empresária. Se houver a contratação de uma secretária e uma faxineira, ainda assim não será sociedade empresária (concurso de auxiliares ou colaboradores), salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. No exemplo da clínica, apesar da faxineira e da secretária ainda não é sociedade empresária, mas se houver uma UTI, que é um serviço de hospedagem, já se trata de atividade empresária ou mesmo uma cafeteria.
Se uma atividade de empresa fizer parte de uma atividade cientifica, literária ou intelectual, será então uma atividade de empresa.
Ex.: duas veterinárias não podem constituir uma sociedade empresária. Mas se ambas montarem um Pet Shop, passa a ser atividade empresária.
Requisitos para o exercício da atividade empresarial:
O art. 972 traz uma regra importante:
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
Além da capacidade civil não pode haver impedimento legal. Incorre no impedimento legal, o servidor público de maneira geral. Ex.: Juiz, Promotor, Delegado, Militar, etc. 
O impedimento legal os impede de serem empresários individuais, mas podem ser sócios de uma sociedade empresária desde que não exerçam a administração.
Capacidade civil: 
O menor pode ser empresário individual? Se for emancipado, ele estará de pleno gozo das capacidades civis, podendo ser empresário individual. O menor de 14 anos não pode ser emancipado, portanto não pode iniciar uma atividade empresarial. Se o menor perder os pais que já possuam uma atividade empresarial, ele poderá continuar uma empresa antes exercida por seus pais (art. 974 do Código Civil). 
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
Essa regra é uma regra de preservação da empresa e não de proteção ao menor. Se o empresário sofrer uma capacidade superveniente, aplica-se a regra do art. 974 do Código Civil. O menor pode continuar uma empresa.
Questão de Concurso: um empresário que é casado comprou um imóvel para a empresa. Numa crise ele decide vender o imóvel. Ele depende de autorização da esposa?
A regra do art. 1647 diz que homem casado depende de autorização da esposa.
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.
Mas o empresário responde pela regra do art. 978 do Código Civil. Não dependendo da autorização da esposa, não importando o regime de bens.
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.
Questão de Concurso:
João casou-se. Deve ele averbar seu casamento no registro público de empresas mercantis seu pacto ante-nupcial?
Conforme o art. 979, ele deve fazer a averbação.
Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.
Obrigações do Empresário
1. Registro: essa obrigatoriedade se encontra no art. 967 do Código Civil. 
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
A lei 8.934/94, trata do registro público de empresas mercantis. Tal registro se divide e dois órgãos; o DNRC (Departamento Nacional de Registro de Comércio) e a Junta Comercial. O DNRC é um órgão normatizador e fiscalizador, ao passo que a Junta Comercial, tem subordinação administrativa e Técnica. No âmbito administrativo está subordinada à unidade da Federação, ao Estado, mas em âmbito técnico, tem subordinação ao DNRC, que é órgão federal. Se o DNRC é um órgão federal, cabe mandado de segurança contra ato dele (da junta comercial), conforme decisão do STF.
Exceção: art. 971 do Código Civil.
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
O empresário rural pode requerer o registro, mas este não é obrigatório, mas facultativo. Quando fizer o registro este irá equipara-lo ao empresário comum.
2. Escrituração dos Livros Comerciais:
Conforme o art. 1.180 do Código Civil, o livro diário tem escrituração obrigatória. O livro diário pode ser substituído por fichas. Em quais situações? Quando temos a escrituração mecanizada ou eletrônica.
Questão de Concurso:
O Código Civil admitiua escrituração eletrônica? Sim, conforme o art. 1.180, admitiu a escrituração eletrônica.
Há algum empresário dispensado da escrituração dos livros? Art. 1.179, § 2º do Código Civil traz uma observação; o pequeno empresário está dispensado da escrituração dos livros.
§ 2o É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970.
A Lei Complementar 123/06 em seu art. 3º, traz uma informação importante. A micro-empresa e a empresa de pequeno porte. Traz a figura da sociedade individual, como a sociedade empresária ou sociedade simples podem ser classificadas como empresas de pequeno porte. O faturamento bruto anual da sociedade ou empresário individual for igual ou inferior a 240 mil reais, estaremos diante da micro-empresa. Faturamento acima de 240 mil, porem for igual ou inferior a 2 milhões e 400 mil reais, estaremos diante da empresa de pequeno porte. O Código Civil diz que está dispensado da escrituração a figura do pequeno empresário. Pequeno empresário tem que ser caracterizado como micro empresa e pessoa física com receita bruta anual de 36 mil reais, conforme art. 68 da Lei Complementar 123/06.
Questão de Concurso:
Qual é o princípio que rege a escrituração dos livros?
É o princípio da sigilosidade, disposto no artigo 1.190 do Código Civil.
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.
A regra é a sigilosidade, porem há a exceção do art. 1.193 do Código Civil:
Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas leis especiais.
 O art. 1.178 do Código Civil, da lei 11.101/05 (nova lei de falências), diz que é crime deixar de escriturar os documentos de escrituração obrigatórios.
Art. 178. Deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar o plano de recuperação extrajudicial, os documentos de escrituração contábil obrigatórios:
        Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave.
Demonstrativos Contábeis:
Que são:
1. O balanço patrimonial (art. 1.188 do Código Civil) que apura o ativo e o passivo da empresa; 
2. O balanço de resultado econômico (art. 1.189 do Código Civil) que apura lucros e perdas.
Estabelecimento Empresarial (Comercial)
O conceito de estabelecimento é o do art. 1.142 do Código Civil.
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.
Bens: trata-se de bens materiais e bens imateriais, também denominado pela doutrina como bens corpóreos e incorpóreos. 
Materiais – corpóreos: moveis, utensílios, mercadorias, veículos, imóvel, maquinário, equipamentos, etc.
Imateriais – Incorpóreos: ponto comercial, marca, patente, nome empresarial, etc.
Estabelecimento não é só o imóvel, mas o conjunto de bens, que diretamente se destina a atividade empresarial, conforme dispõe o art. 1.142 do Código Civil.
Se uma padaria possui dois imóveis, mas somente um deles é usado na atividade empresarial, o outro não pertence ao estabelecimento, somente é patrimônio da empresa.
Questão de Concurso:
Quem é sujeito de direito na atividade empresária?
O estabelecimento é objeto de direito, conforme art. 1.143 do Código Civil, mas não é sujeito de direito. O sujeito de direito na atividade empresária é o próprio empresário.
Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.
 O nome que se dá para o contrato de compra e venda de estabelecimento empresarial, é o contrato de trespasse.
O art. 1.144 do Código Civil diz que esse trespasse só produzirá efeitos perante terceiros se ele for averbado na Junta Comercial e publicado na imprensa oficial. Se o contrato não for averbado na Junta Comercial, o contrato terá efeito apenas entre os contratantes.
As dívidas, desde que constantes do contrato de trespasse, são de responsabilidade do adquirente. Salvo as dividas trabalhistas e tributárias.
As dividas trabalhistas respondem por uma regra diferente conforme art. 10 e 448 da CLT.
  Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.
Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
As dividas tributárias respondem pelo art. 133 do Código Tributário Nacional.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:
I - em processo de falência;
II - de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.
§ 2º Não se aplica o disposto no § 1º deste artigo quando o adquirente for:
I - sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial;
II - parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III - identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária.
§ 3º Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.
O alienante é responsável solidário e essa solidariedade é de 1 ano. A contagem desse prazo dependerá da divida. A divida pode ser vencida ou vincenda. Se a divida for vencida, conta-se 1 ano da data da publicação (do art. 1.144 do Código Civil). Se a dívida for vincenda, o inicio da contagem será da data do vencimento. Dívidas vencidas ou vincendas respondem pela regra do art. 1.146 do Código Civil:
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
Antes do Código Civil, os contratantes incluíam uma cláusula de não restabelecimento no contrato de trespasse. Com o advento do novo Código Civil, o art. 1.147 traz a regra da concorrência, desde que não estipulado em contrato. Se o contrato for omisso, a regra aplicável é a do art. 1.147 do Código Civil.
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência.
Nome Empresarial
É o elemento de identificação do empresário individual ou da sociedade empresária.
O art. 1.155 do Código Civil traz as modalidades de nome empresarial.
A firma é a Denominação.A firma se subdivide em firma individual e firma social.
Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa.
Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteção da lei, a denominação das sociedades simples, associações e fundações.
Razão social é tecnicamente, firma social, não se confunde com firma individual.
A firma individual é tão somente utilizada pelo empresário individual, da pessoa física. A sociedade pode ter firma social ou denominação. A firma individual pode ter nome completo ou abreviado ou uma designação mais precisa de pessoa ou gênero de atividade.
Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade.
A firma social tem que conter o nome ou os nomes do sócio(os). Esse nome pode ser completo ou abreviado.
Diferença entre firma social e denominação:
Na denominação temos o elemento fantasia. Ex.: secos & molhados, bingo de ouro, etc. Pode haver o nome do sócio quando for para honrá-lo, mas é medida excepcional.
Firma social não admite elemento fantasia.
Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura.
Se o sócio tem responsabilidade limitada, tem que operar por Denominação. Se a responsabilidade for ilimitada, operará sob Firma, conforme art. 1.157 do Código Civil, acima. Entretanto poderá operar sob Firma se constar pela palavra final “limitada”, conforme prescreve o art. 1.158 do Código Civil.
Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura.
O nome empresarial identifica o empresário individual ou sociedade empresária. A Marca identifica um produto ou um serviço.
A proteção do nome empresarial decorre automaticamente do registro do empresário ou da sociedade empresária na Junta Comercial. A marca não se protege com esse registro, mas sim com o registro no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) que é órgão federal.
AULA 02 (SOCIEDADE) 04/02/09
Sociedade Empresária: é aquela que tem por objeto o exercício da atividade própria...
Sociedade Simples: é a tida por não empresária. Quando ela não é empresária ela necessariamente é sociedade simples.
Tipos Societários adotados por sociedade empresária e sociedade simples:
Sociedade empresária:
Sociedade em nome coletivo:
Sociedade em comandita simples:
Sociedade em comandita por ações:
Sociedade anônima:
Sociedade LTDA:
· Sociedades personificadas são aquelas que possuem personalidade jurídica. Uma sociedade adquire personalidade jurídica quando faz o registro no órgão competente.
Na sociedade empresária o registro deve ser feito na Junta Comercial.
Na sociedade simples, o registro deve ser feito no registro civil de pessoa jurídica (cartório).
Há duas exceções:
a) A sociedade de advogados, que é levado para registro na OAB e não no cartório;
b) As cooperativas, em que pese se tratar uma sociedade simples, deve ser levada a registro na junta comercial.
Sociedade Simples (art. 982, § único):
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
Cooperativa:
Sociedade em Nome Coletivo:
Sociedade em comandita simples:
Sociedade LTDA:
Quando uma sociedade adquire personalidade jurídica, ela também terá ter atributos:
1. Titularidade negocial; aptidão para realizar negócios jurídicos.
2. Titularidade processual; é a possibilidade de demandar e ser demandado;
3. Autonomia patrimonial; a sociedade tem patrimônio próprio que é distinto do patrimônio dos sócios.
Além das sociedades personificadas temos também as sociedades na personificadas, e são aquelas que não possuem personalidade jurídica.
Sociedade em Comum:
O art. 986 do Código Civil: é a sociedade que não foi levada a registro. O sociedade aqui tem uma responsabilidade ilimitada, devido a ausência de registro.
Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples.
O artigo 990 do Código Civil traz um artigo muito criticado pela doutrina.
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.
Essa redação é criticada porque temos dois tipos de responsabilidade: a responsabilidade que o sociedade tem perante a sociedade e a que ele tem perante os demais sócios, ou seja, não importa o tipo societário, a responsabilidade que o sócio tem perante a pessoa jurídica é subsidiaria, conforme art. 1024 do Código Civil:
Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais.
Isso não é responsabilidade solidária, mas subsidiária com relação do sócio com a sociedade. Com relação do sócio aos demais sócios, a responsabilidade é solidária.
Ex.: sociedade e comum tem um imóvel em nome da sociedade e alguns bens, o que gera um patrimônio. Quem é o titular do patrimônio? Os sócios são co-titulares do patrimônio, e este patrimônio é denominado de patrimônio especial, art. 988 do Código Civil. Por ser sociedade comum, ela não tem autonomia patrimonial, por não ser registrada.
Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum.
Sociedade em Conta de Participação: (art. 991 do Código Civil)
Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes.
Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social.
O art. 991 diz que o sócio ostensivo terá responsabilidade pelas ações tomadas pela sociedade. Temos duas categorias de sócio:
Sócio ostensivo: ele é único que exerce o objeto social. Tem responsabilidade exclusiva. Ele age em seu nome próprio.
Sócio participante-(sócio oculto): participa dos resultados. Sócio oculto não responde perante terceiros.
Regra especial da sociedade em conta de participação: art. 993 do Código Civil:
Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade.
Ainda que se leve a registro, este não irá conferir personalidade jurídica à sociedade. É uma exceção à regra de que o registro leva a sociedade a ter personalidade jurídica.
Questão 112 da prova da PF: Ana e Beatriz... O contrato pode ser registrado (mas não terá efeito). Quem irá contratar é o sócio ostensivo, o sócio oculto continuará oculto. A questão está errada.
Sociedade em Nome Coletivo:
Dia o art. 1.039 do Código Civil, que essa sociedade terá responsabilidade ilimitada e solidária. Essa solidariedade será entre os sócios.
Só pessoa física pode participar dessa modalidade de sociedade. Quando afirmamos que sócio tem responsabilidade limitada, significa dizer que ele sócio, irá responder com seu patrimônio pessoal pelas dividas da sociedade.
Questão de Concurso AGU: Sociedade em comandita simples:
Comanditado: responsabilidade solidaria, ilimitada, pessoa física.
Comanditário: responsabilidade limitada, pessoa física/jurídica.
Sociedade Limitada:
A sociedade limitada é contratual, ou seja, seu ato constitutivo é um contrato social,o que a torna uma sociedade contratual.
A sociedade limitada pode ser uma sociedade nacional ou estrangeira, pois pouco importa a nacionalidade do sócio, necessitando apenas preencher os requisitos do art. 1.126 do Código Civil, que são dois requisitos cumulativos:
Art. 1.126. É nacional a sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira e que tenha no País a sede de sua administração.
· Tem que ser organizada de acordo com a Lei brasileira;
· A sede da administração tem que ser no país.
Se não houver atendimento a um dos requisitos, a sociedade será estrangeira. O artigo 1.134 do Código Civil diz que a sociedade estrangeira só pode funcionar no país se tiver autorização do Poder Executivo Federal.
A sociedade limitada pode ser de pessoa ou de capital. 
A sociedade limitada de pessoa – É aquela e que a característica subjetiva, o atributo pessoal do sócio é indispensável para o exercício da atividade social.
A sociedade limitada de capital – é aquela em que é importante o capital investido pelo sócio.
Questão de Concurso: É possível a penhora de cotas sociais? Em S.A. é possível. Se a sociedade limitada for de capital, as cotas são penhoráveis. Mas se for sociedade de pessoa, a doutrina diz que a característica do sócio é importante na sociedade, essas cotas são impenhoráveis. 
O STJ diz que mesmo sendo sociedade de pessoas, as cotas são penhoráveis. Ele adota o princípio da ordem pública, conforme art. 591 do Código de Processo Civil:
Art. 591. O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei.
Não há vedação legal à penhora dessas cotas sociais. O art. 649 do Código de Processo Civil diz o rol dos bens impenhoráveis, e as cotas sociais não estão nesse rol. Não havendo vedação legal, não havendo no rol a presença das cotas e o art. 591 diz que o devedor responderá por todas as suas obrigações, então entendeu que por princípio de ordem pública estas devem ser penhoradas.
O STJ então observou o Art. 1.118 do Código de Processo Civil e 1.026 do CC:
Art. 1.118. Na alienação judicial de coisa comum, será preferido:
I - em condições iguais, o condômino ao estranho;
Art. 1.026. O credor particular de sócio pode, na insuficiência de outros bens do devedor, fazer recair a execução sobre o que a este couber nos lucros da sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidação.
Sociedade LTDA
O art. 1.053 do Código Civil traz o seguinte:
Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples.
Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima.
Isto quer dizer que a Lei traz as regras desse tipo de modalidade societária. Em caso de omissão, a regra a ser aplicada à Sociedade LTDA, são as regras de sociedade simples. Se porventura o contrato social dessa sociedade LTDA, tiver uma cláusula dizendo que em caso de (omissão haverá regência de Lei supletiva de Sociedade S.A.), ou seja, só se aplica a lei de S.A. se houver cláusula prevendo isso no contrato social.
Constituição da S.A. – para sua constituição precisamos tratar dos requisitos de validade do contrato social da LTDA:
· Agente capaz;
· Objeto Lícito;
· Forma Legal;
Questão de Concurso: Menor pode ser sócio de LTDA? O STF diz que o menor pode ser sócio, desde que preenchido alguns requisitos; estar devidamente assistido ou representado; o capital social deve estar totalmente integralizado; o menor não pode exercer a administração.
Pode-se constituir a LTDA por instrumento particular ou por instrumento público, entretanto é necessário visto do advogado, sob pena de nulidade. Exceção: quando se tratar de micro empresa ou empresa de pequeno porte, não se exige o visto do advogado (lei 8.906/94, art. 1º).
Pressupostos de Existência: 
1. Pluralidade de sócio – dois ou mais sócios. Quando há um único sócio, ela será unipessoal. A LTDA pode ser unipessoal? De forma originária, não pode! Diferente por exemplo da S.A. A lei admite de forma incidental, (a doutrina chama de unipessoalidade temporária). Ex.: João e Maria casados, acabam por separar-se. A lei neste caso, dá um prazo para colocar alguém em seu lugar, conforme art. 1.033 do Código Civil. Esse prazo será de 180 dias em que a sociedade LTDA pode ser unipessoal, após isso, a LTDA tem que encerrar suas atividades, no caso de não incluir novo sócio. Pode haver sociedade conjugal? Sim, desde que não tenham casado no regime de comunhão universal de bens ou separação obrigatória, conforme art. 977 do Código Civil. Nessa modalidade societária costuma ocorrer confusão patrimonial.
2. Afectio Societatis​ – é a vontade comum entre os sócios.
Responsabilidade dos sócios:
Encontramos na regra do art. 1.052 do Código Civil:
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
Ex.: farmácia com capital social de 100 mil reais. 4 sócios, 40%, 30%, 20% e 10%. Esse ato de comprometimento se chama subscrição. Quando o sócio efetivamente paga sua cota em dinheiro, denomina-se integralização.
O capital social é o valor destinado para a exploração da atividade econômica da sociedade provindo da contribuição dos sócios.
Supondo que um dos sócios integraliza total ou parcialmente sua quota, vai se chamar “sócio remisso”.
Art. 1.004, § único do Código Civil:
Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no § 1o do art. 1.031.
Contra o sócio remisso, pode-se impetrar uma ação de execução buscando a indenização, redução de quota ou sua exclusão.
Qualquer sócio pode responder de forma solidaria para a composição da integralização do capital social, conforme regra geral do art. 1.052 do Código Civil:
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
Exceções:
1. Divida trabalhista, pouco importa se a responsabilidade é limitada, o patrimônio do sócio será atingido;
2. Divida com o INSS, pouco importa se é limitada;
3. Os casos de desconsideração da personalidade jurídica; o patrimônio do sócio responderá pela LTDA.
Quotas Sociais:
As quotas sociais conferem ao seu titular direito de sócio de uma sociedade LTDA.
Formas de Integralização: 
a) Dinheiro;
b) Bens (móveis ou imóveis); quem integraliza com bens responde pela evicção; Não incide o ITBI sobre essa operação, conforme art. 156, § 2º,I da Constituição Federal;
a. § 2º - O imposto previsto no inciso II:
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;
c) Créditos; quem integraliza com créditos, responde pela solvência.
d) Conforme art. 1.055, § único, na se pode integralizar com prestação de serviços.
Transferências de Quotas: a política de transferência das quotas será definida pelo contrato social.
Se o contrato for omisso sobre a transferência de quotas, não há necessidade de anuência de ninguém se estas forem destinadas a outro sócio. Mas se tratar de transferência de quotas para terceiro estranho, só poderá transferir se não houver a oposição de mais de ¼ do capital social, conforme art. 1.057 do Código Civil:
Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do capital social.Direitos dos Sócios:
1. Participação nos Lucros: (Art. 1.008 do Código Civil)
Art. 1.008. É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas.
Pode-se limitar a participação do sócio, mas não excluí-lo da participação nos lucros.
2. Deliberação nos assuntos sociais: as decisões são tomadas em assembléia ou em reunião. O detalhe importante é o do art. 1.072 do Código Civil que pode cair na prova em forma de problema:
a. § 1o A deliberação em assembléia será obrigatória se o número dos sócios for superior a dez.
Em caso de empate na votação dos sócios, sobre determinado assunto na sociedade, o critério de desempate será a maior parte do capital social; ou será a decisão do maior número de sócios (Se houverem 3 sócios, um deles com 50%, e os outros dois com 25% cada, prevalecerá a decisão da maioria). Mas se a decisão persistir será por decisão judicial.
AULA:
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL E NOME EMPRESARIAL
Exemplo: Se vc tem um estabelecimento e resolve vendê-lo. Precisa de um contrato. Esse contrato de compra e venda de estabelecimento empresarial se chama trespasse. O artigo 1144 do CC diz muito claramente que o trespasse só vai produzir efeitos a terceiros se ele for averbado na junta comercial e publicado na imprensa oficial.
Se o contrato de trespasse não for averbado na junta comercial, ele não produz efeitos? R: sim, entre os contratantes ele produz efeitos, mas perante terceiros não. Exemplo: dono de farmácia que resolve vendê-la (alienante) e o adquirente. Se ocorrer o trespasse hoje, todas as dívidas do estabelecimento são do adquirente que o comprou. O adquirente responderá pelas dívidas daquele que vendeu? Dívidas anteriores do alienante. R: Artigo 1146 do cc, diz que o adquirente responde sim pelas dívidas anteriores, só que a lei faz uma ressalva. A ressalva é que desde que a dívida esteja regularmente contabilizada. Essa é a regra do artigo 1146. Se a dívida não estiver regularmente contabilizadas ele não responderá. Aplica-se essa regra pra toda e qualquer dívida? R: Não. Há exceções. Dívida Trabalhista (artigos 10 e 448 da CLT). Segunda exceção: dívida tributária (Artigo 133 do CTN). Toda e qualquer dívida que não seja trabalhista ou tributária, incidirá a regra do artigo 1146 do CC/02. Ou seja o adquirente respoderá sim desde que regularmente contabilizada. Como fica a questão do alienante, será que ele não responde pelas dívidas anteriores? Qual será sua responsabilidade? R: Ele responderá sim e de forma solidária. A lei também estabelece prazo. Esse prazo é de 1 ANO. Prazo esse contado, dependendo da dívida. Se for uma dívida vencida ou dívida vincenda. Se for dívida vencida: conta-se 1 ano da data da publicação na imprensa oficial (para que o trespasse produza efeitos ele deve ser levado a registro na junta comercial e publicado na imprensa oficial) . Se for dívida vincenda: conta-se 1 ano a partir da data do vencimento (regra do artigo 1146 do CC/02).
Exemplo: Gianluca tem uma padaria. Vende essa padaria para João da Silva. Só que Gianluca só sabe fazer pão. Mas aquela região é uma área que ele conhece. Assim, ele aluga um imóvel e monta bem em frente, fazendo concorrência direta para aquele adquirente que comprou sua padaria. Isso será possível? R: Antes mesmo do CC, já não tinha regra tratando do assunto. Era necessário uma cláusula no contrato de trespasse. Era chamada cláusula de não-restabelecimento. Por meio dessa cláusula havia um impedimento para o alienante. Mas com o CC/02 essa questão se modificou. Agora o contrato pode permitir a concorrência. Quem vai decidir se é possível ou não a concorrência será o contrato. Se o contrato for OMISSO, aplicar-se-á a regra do artigo 1147 do CC/02. (em caso de omissão do contrato aquele que vendeu o estabelecimento não poderá fazer concorrência para o adquirente pelo prazo fixado de 5 anos). Conclusão: com o novo código civil, a cláusula de não-restabelecimento está implícita no contrato de trespasse. 
PONTO COMERCIAL ( 2 temas estão diretamente ligados ao assunto. O que é o fundo de comércio? R: Posição majoritária: fundo de comércio é a mesma coisa que estabelecimento empresarial. Também é chamado de azienda segundo alguns autores. Posição minoritária: fundo de comércio é diferente de estabelecimento. Para essa posição fundo de comércio é a mesma coisa que aviamento. O que é aviamento? R: Aviamento é o potencial de lucratividade do estabelecimento. O potencial de gerar lucros. Aquele agrupamento de bens, pode gerar um potencial de lucratividade. O aviamento também é chamado de good will. Para o professor Oscar Barreto Filho, diz inclusive que o aviamento é um atributo do estabelecimento citando uma frase: “o aviamento está para o estabelecimento, assim como a saúde e a beleza estão para o corpo; assim como a velocidade está para o carro”. Assim aviamento é um atributo daquele estabelecimento. Ex: quando a IBM adquiriu a lotus, o valor contábil da lotus era de $ 250,000.00. A IBM comprou a lotus não por $ 250,000.00, mas por 2 bilhões de dólares. Por que tanta diferença? R: por que se pagou pelo estabelecimento e também pelo potencial de lucratividade.
Ponto comercial não está protegendo o fundo de comércio. Ponto comercial, a localização que a sociedade empresária está estabelecida é diferente de fundo de comércio. Ponto de comércio é a localização e fundo de comércio é o estabelecimento empresarial. O ponto de comércio tem que ser protegido. Ex: gianluca tem uma locadora, conquistou uma clientela/freguesia. Gianluca, após ter investido muito, resolve renovar o contrato de locação, mas o dono do imóvel não quer. Qual a solução? R: O dono da locadora deve ajuizar uma ação chamada Ação Renovatória. A finalidade é a RENOVAÇÃO COMPULSÓRIA DO CONTRATO DE LOCAÇÃO EMPRESARIAL, ou seja uma renovação obrigatória. Mas para essa ação há requisitos: ARTIGO 51 da LEI DO INQUILINATO. São apenas 3: 
a) contrato escrito e com prazo determinado; siginifica que se o contrato é com prazo indeterminado, não cabe renovatória; também não cabe se for contrato verbal. E se for contrato verbal com 2 testemunhas? Também não caberá.
b) O contrato ou a soma ininterrupta dos contratos; tem que totalizar prazo contratual mínimo de 5 anos, ou então vários contratos somados que deêm 5 anos (2+1+2). 
c) É necessário que o locatário esteja explorando o mesmo ramo de atividade econômica nos últimos 3 anos. Por que a lei não está protegendo o ponto comercial, mas sim o fundo de comércio. 
OBS ( Esses requisitos SÃO CUMULATIVOS, na falta de um deles não se pode ajuizar a ação renovatória.
Qual é o prazo para ajuizar a ação renovatória?, lembrando que de acordo com a doutrina esse prazo é decadencial. R: Artigo 51 parágrafo 5 da Lei do Inquilinato. Para estipular o prazo, vai depender do contrato. Qual o início e o fim do contrato. Quando está faltando 1 ano para o fim do contrato, inicia-se o prazo da ação renovatória. Quando está faltando 6 meses para o fim do contrato, expira o prazo para ajuizamento da ação renovatória. Siginifica que se um contrato estiver com 3 meses para o fim, ele não poderá ajuizar a ação renovatória. Findo esse prazo não poderá mais ser ajuizado a ação renovatória. 
E se por ventura, aquela video locadora contrato de locação de 10 anos, com multa alta. Mas a locadora não esta indo bem. Pergunta-se é possível sublocar esse imóvel para se montar um negócio diverso do original? É preciso a anuência do proprietário. O sublocatário está indo bem e preenche todos os requisitos do artigo 51. Caberá ação renovatória para essa sublocação? R: CABERÁ SIM E QUEM TEM QUE AJUIZAR É O SUBLOCATÁRIO.
Não é requisito da ação renovatória: prazo do último contrato de 5 anos. Por que se estamos falando de um último é porque teve um anterior. 
 (Qual a diferença entre clientela e freguesia? R: efeitos práticos não tem nenhum. Clientela é diferente de freguesia. Freguês é aquele que adquire algo da sociedade empresária em razão da localidade. Ex: compra um pão de queijo no aeroporto, não vai sair de casa parair comer pão de queijo. O cliente não, o cliente analisa os aspectos subjetivos do empresário ou da sociedade empresária. È por que ele gosta do serviço prestado ou do produto vendido. Ele busca em razão das qualificações) O ponto comercial está diretamente relacionado tanto ao cliente como ao freguês. Então, não produz um efeito prático essa diferença. 
O proprietário vai ser obrigado a alugar sempre o imóvel? R: Não. Há uma ação chamada EXCEÇÃO DE RETOMADA. São casos excepcionais que permitem a retomada do imóvel, ainda que se tenha ajuizado Ação Renovatória. As hipóteses são poucas. (Artigo 52 c/c artigo 72 do cc). Apresenta-se na contestação da Ação Renovatória. As hipóteses são: 
a) quando o poder público solicitar reforma no imóvel que implique em sua radical transformação;
b) quando o proprietário realizar reforma no imóvel que implique em sua valorização;
c) proposta insuficiente;
d) proposta melhor de terceiro; a lei exige que esse terceiro interessado forneça uma declaração por escrito com firma reconhecida. Nessa declaração, o terceiro interessado tem que colocar expressamente qual o tipo de atividade por ele explorada. Por que assim quem ajuizou a ação renovatória terá condição de cobrir a proposta. Mas se por ventura ele não conseguir cobrir a proposta a ação renovatória será improcedente. Por que o proprietário tem direito a alugar seu imóvel por um preço melhor. Quando terceiro interessado tem o mesmo ramo de atividade que o locatário, gerará direito de indenização para o locatário. Mas somente se for o mesmo ramo de atividade, caso contrário não. Quem pagará? R: são responsáveis solidários o proprietário e o terceiro interessado.
e) para fundo de comércio (estabelecimento) existente há mais de 1 ano, sendo detentor da maioria do capital o locador, seu cOnjugê, ascendente ou descendente; Se o proprietário do imóvel que é o locador, e essa locadora existe há mais de 1 ano. Ele pode pedir o imóvel para a esposa, pais ou filhos.
f) uso próprio.
LOCAÇÃO EM SHOPPING CENTER
Ex: aluga-se uma loja em um determinado shopping center. Pode se ajuizar uma renovatória contra shopping center? R: Sim poderá. 
O shopping pode apresentar Exceção de Retomada? R: Sim. Mas com fundamentos nas hipóteses das letras: a,b,c,d; Nas demais hipóteses (e,f) não poderá.
NOME EMPRESARIAL
É o elemento de identificação do empresário ou da sociedade empresária. Esse nome empresarial na forma do artigo 1155 do cc/02, ele deve adotar 2 modalidades:
a) FIRMA ( ela subdivide-se em:
- Individual
Composição da Firma Individual (Artigo 1156 do cc/02). Constituída por seu nome completo ou abreviado. Adotando se quiser, ele poderá acrescentar ao nome uma designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade. Exemplos: ANDRE BARROS, A. BARROS, ANDRE BARROS, O GIGANTE.
- Social
O artigo 1157 do CC, diz que só pode incluir na firma social o nome(s) do socio(s). Exemplo: ANDRES BARROS E PEDRO TAQUES – A.BARROS E CIA
Quando a expressao consta do inicio do nome empresarial e porque se tratar de uma SA. Ex: CIA Vale do Rio Doce
b) DENOMINAÇÃO – ela tem como regra geral a inclusao na sua composiçao de um elemento fantasia. Ex. Secos e Molhados, Alta Tensao, Primavera. 
Se pode colocar nome de socio na denominaçao como homenagem. 
Exemplo: ANDRE BARROS e P. TAQUES (Trata-se de firma social por que não tem a designação) Por que o artigo 1148 parágrafo 2 do CC, diz que na denominação deve conter qual é o ramo de atividade explorado por aquela sociedade. Ex: secos e molhados produtos alimentícios. 
A firma social só é possível quando o sócio tem responsabilidade ilimitada. A designação só utilizado para sociedade que tenha sócio com responsabiliadade limitada.
Quais sociedades são limitadas? R: A S.A. e as Sociedades Limitadas. Assim as sociedades limitadas e as S.A. só podem adotar denominação.
OBS: ARTIGO 1158 do cc/02. As Sociedades Limitadas podem adotar firma social. É EXCEÇÃO. Sempre ao fim do nome empresarial deve-se colocar a palavra (limitada) por extenso ou abreviada (LTDA).
A proteção ao nome empresarial é constitucional? R: É. Artigo 5 inciso XXIX.
Como se faz para se proteger o nome empresarial? R: A lei 8934/94 que a lei de registro público de empresa mercantis em seu artigo 33 (diz que a proteção ao nome empresarial decorre automaticamente do registro do empresário ou da sociedade empresária na junta comercial). Qual é o âmbito geográfico de proteção ao nome empresarial? R: Junta comercial é órgão estadual. Quando se faz o registro na junta comercial, aquele nome só está sendo protegido em âmbito estadual. É o que dispõe a regra do artigo 1166 do CC/02. E se quiser proteger o nome no Brasil todo? R: deve-se fazer o registro em todas juntas comerciais dos órgãos federativos. Contudo no parágrafo único do artigo 1166, fala em uma lei especial para se fazer o registro em âmbito nacional, porém não existe essa lei especial.
NOME EMPRESARIAL vs MARCA
O nome empresarial é um elemento de identificação do empresário ou uma sociedade empresária. Ao passo que a marca é um elemento de identificação. Porém a marca identifica um produto ou um serviço. Ex: Dirijo-me à BABY CALÇADOS LTDA (denominação), e lá chegando comprou uma chuteira GOL (Gol está identificando um produto; chuteira)
TÍTULO DE ESTABELECIMENTO ( é o apelido comercial dado para um estabelecimento empresarial. Ex: CIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO (trata-se de um nome empresarial, do tipo SA) Essa sociedade empresária tem vários estabelecimentos, vários supermercados, assim para atrair o cliente, ela chama o estabelecimento de PÃO DE AÇÚCAR. Agora se vc vai até o Pão de Açúcar e compra um produto escrito Pão de Açúcar, trata-se de uma MARCA.
Exemplo 2 ( GLOBEX COM. E DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DO LAR S/A. Essa sociedade deu o nome de Ponto Frio como seu título de estabelecimento, apelido.
Exemplo 3 (A sociedade empresária ás vezes dá o mesmo nome pra tudo. Ex: Itaú S/A (nome) Itaú (marca) Itaú (Apelido)
Exemplo 4 ( RENATA FRANCO E PEDRO ALMEIDA SORVETERIA LTDA. Essa sociedade adota o titulo de estabelecimento (apelido) de Beijo Gelado. 
OBS1: A marca para ser protegida precisa ser registrada. Esse registro se dá no INPI(órgão federal). Essa proteção é federal. 
OBS2: na prática se chama tudo de razão social. Razão social é a mesma coisa que firma social.
OBS3: É só o empresário individual é quem pode adotar a firma individual. Logo, ele não terá firma nem denominação.
Ao passo que a sociedade só pode ter firma ou denominação.
PRINCÍPIOS DO NOME EMPRESARIAL
Artigo 34 da Lei 8934/94
- Princípio da Veracidade/autencidade ( impõe que a firma individual ou a firma social seja composta a partir do nome do empresário individual ou dos reais sócios da sociedade empresária. Tem que corresponder com a veracidade dos fatos. Pergunta-se: e se um dos sócios falecer? R: Aplica-se o artigo 1165 do cc/02. Assim deve-se retirar o nome desse sócio no nome empresarial. A jurisprudência do STJ não tem admitido nome que conflita com a realidade dos fatos, elemento fantasia que viole a realidade dos fatos. Ex. Chamar uma padaria de Drogal – por que está induzindo a erro o consumidor, achando estar indo em uma farmácia quando se trata de padaria.
 - Princípio da Novidade ( Artigo 1163 do CC/02. Não poderão coexistir na mesma unidade federativa, dois nomes empresariais idênticos ou semelhantes, prevalecendo aquele já protegido pelo prévio arquivamento. Ou seja, não pode 2 nomes empresarias na mesma unidade federativa e vai prevalecer aquele que fez o registro em primeiro lugar.
OBS ( É possível alienação de nome empresarial? R: Artigo 1164 do CC/02. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. Pode fazer cessão de título de estabelecimento.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Temos hoje a chamada propriedade intelectual que se subdivide em direito autoral e propriedade industrial. O Direito Autoral é do cerne do direito civil. Assim não será tratado na aula de direito comercial.
A propriedade industrial tem previsão constitucional (Artigo 5 inciso XXIX). É importantea proteção para que haja o interesse na criação de novas invenções. Ex: fica 10 anos com pesquisa para tentar descobrir um rémedio para curar a aids. Se não tiver proteção não haverá desenvolvimento tecnológico. Até mesmo para recuperar o investimento feito e auferir lucros.
(Lei 9279/06)
Finalidade ( garantir exclusividade de uso. Pergunta-se: quais são os bens protegidos por essa lei? R: São bens móveis. A saber: (imideimal)
 I - invenção
M – modelo de utilidade
D – desenho industrial
M – marca
OBS> só se terá exclusividade da invenção e do modelo se houver a PATENTE. Já o desenho e industrial e a marca precisam de registro. Por isso que a marca é registrada. Tanto a patente quanto o registro só serão obtidos no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). É uma autarquia federal com sede no RJ. Tanto no registro quanto na patente serão temporários:
Invenção ( 20 anos
Modelo de utilidade ( 15 anos
Desenho industrial ( 10 anos
Marca ( 10 anos.
OBS: Os prazos de invenção, modelo e desenho são contados da data do depósito. È como se fosse uma petição incial no INPI. Já a marca se conta da concessão.
Qual desses prazos é prorrogável e qual não admite? R: A invenção e o modelo são improrrogáveis. Portanto a patente não admite prorrogação. Assim se passar o prazo de 20 anos e 15 anos cairão EM DOMÍNIO PÚBLICO (caso do remédio genérico).
O registro é prorrogável. Como se dá?
R: O desenho industrial pode ser prorrogado por até 3 vezes. Cada vez que se prorroga equivale a uma prorrogação de 5 anos. Totalizando 15 anos. Não se admitindo uma quarta prorrogação. Logo, também cai em domínio público.
A marca não tem limite de prorrogação. E a prorrogação é sempre por igual período. 
Ou seja, de 10 em 10 anos.
BENS PATENTIÁVEIS
- INVENÇÃO ( a doutrina não fala do conceito de invenção.
REQUISITOS DA INVENÇÃO
1) Princípio da Novidade
2) Princípio da Atividade Inventiva
3) Princípio da Aplicação Industrial
4) Princípio do Impedimento
AULA 03 (SOCIEDADE II) 10/02/09
SOCIEDADE LIMITADA (continuação)
- Deliberações
Direito de Retirada (outro direito de sócio) também chamado direito de recesso. ( atenção não é a retirada dos lucros que o sócio tem direito. Trata-se da possibilidade que o sócio tem de retirar-se da sociedade. Esse direito de retirada precisa obervar o seguinte:
Prazo da Sociedade:
- Determinado ( ex. Gianluca abre uma lanchonete na festa de peão de barretos, é por prazo determinado porque quando acaba a festa não haverá mais a lanchonete. É tudo pré estipulado, o que fazer, quanto investir. Não pode no meio da sociedade, o sócio resolver sair da sociedade. Artigo 1029 do cc/02. Assim o sócio só vai poder sair da sociedade se ele tiver uma justa causa, tendo que prová-la judicialmente.
- Indeterminado ( Não se pode exigir que o sócio seja pérpetuo. Não exigindo justa causa. A lei só exige que o sócio que vai sair tenha o mínimo de respeito em face dos demais sócios, notificando os demais sócios com antecedência de 60 dias.
O sócio da sociedade limitda tem direito de fiscalização? R: Tem. Mas a melhor forma dos sócios exercerem essa fiscalização é por meio de um órgão denominado Conselho Fiscal, é o conselho fiscal que vai fiscalizar os atos da sociedade. Mas, cuidado, analisando a regra do artigo1066 do cc/02, dizendo que a sociedade limitada PODE ter um conselho fiscal, assim o conselho fiscal e facultativo.
ADMINISTRAÇÃO na Sociedade Limitada.
O administrador pode ser nomeado no contrato social ou em ato em separado. Ex. Uma reunião ou assembléia, e nessa reunião ou assembléia, elege-se Gianluca. Deve haver uma ata representado tudo o que ocorreu nessa assembléia ou reunião. Esse documento está elegendo oficialmente Gianluca como administrador. Trata-se esse documento, ata de assembléia, de um ato em separado.
O administrador da sociedade limitada também pode ser um sócio como um não-sócio. No tocante ao sócio não obeservação. Porém no que tange ao não-sócio, (importantíssimo para concurso). O não-sócio pode ser administrador de não-limitada? R: Sim. Mas o artigo 1061 do CC/02 traz 2 requisitos. Esses requisitos são CUMULATIVOS. O primeiro requisito é: PREVISÃO NO CONTRATO SOCIAL. O contrato social tem que prever expressamente que o não-sócio será administrador da sociedade. O segundo requisito é: APROVAÇÃO DOS DEMAIS SÓCIOS. O demais sócios devem aprovar esse não-sócio como sendo o administrador. Em relação ao quorum, vai depender do capital social. Se ele, capital social, está totalmente integralizado ou não, ver artigo 1061 do cc/02 (2/3 do capital se o capital sócio estiver totalmente integralizado, agora se o capital social não estiver totalmente integralizado, nesse caso a lei exige unanimidade).
A sociedade limitada pode passar pela DISSOLUÇÃO. E essa dissolução pode ser PARCIAL ou TOTAL. Qual a diferença entre a total e a parcial? R: Na dissolução parcial, haverá a preservação da sociedade, ela permanece em atividade. Quando ocorre a saída de um ou mais sócios da sociedade ela continua ativa. Na dissolução total ocorre a EXTINÇÃO da sociedade, ela encerra suas atividades.
Quais são as hipóteses que provocam a DISSOLUÇÃO PARCIAL?
a) Vontade do sócio ( o sócio quer sair da sociedade. Também chamado de direito de retirada.
b) Falecimento do sócio ( ocorre uma dissolução parcial.
c) Falência do sócio ( não se trata de falência da sociedade, mas do sócio. Quando o sócio vem a falir a pessoa jurídica não tem sua falência decretada.
d) Liquidação da quota a pedido de credor (
e) EXCLUSÃO DE SÓCIO ( o sócio pode ser excluído. Dicas: Quando se compromete a colocar um percentual na sociedade, esse ato se chama subscrição, quando ele efetivamente paga esse ato é a integralização. Quando ele subscreve e não integraliza, é o sócio remisso. O SÓCIO REMISSO (primeira hipótese de exclusão). A segunda hipótese de exclusão: POSSIBILIDADE DE EXCLUSÃO DO SÓCIO MINORITÁRIO (artigo 1085 do cc/02). A regra do artigo 1085 é uma exclusão extrajudicial. Requisitos para excluir o minoritário: Deve-se alterar o contrato social, excluindo o tal sócio levando esse contrato para ser alterado na junta comercial. 1) DESDE QUE PREVISTO NO CONTRATO SOCIAL A EXCLUSÃO POR JUSTA CAUSA. 2) não basta esse sócio ser minoritário, ele tenha que ter cometido ato de inegável gravidade. Ex. Sócio minoritário que começa a tomar a clientela da sociedade. OBS: a regra do 1085 só se aplica ao sócio minoritário. Atenção se não ocorrer algumas das hipótese supra a exclusão será judicialmente. Ex. Exclusão de sócio majoritário.
OBS: a lei exige que aquele que está sendo acusado de ter praticado ato de inegável gravidade, ele pode ter o seu direito defesa, por meio da convocação de uma assembléia ou reunião com a finalidade específica de exclusão. E o acusado tem que ser comunicado em tempo hábil para que possa comparecer e exercer o seu direito de defesa. Então o que que acontece com essa exclusão se não for assegurado esse direito de defesa? R: a exclusão será nula de pleno direito.
OBS 2: Artigo 1030 do cc/02. Trata-se de uma exclusão judicial. Nos casos de:
a) falta grave:
b) Incapacidade superveniente: Atenção – jurisprudência – (vai depender se a sociedade for de pessoa ou de capital). A sociedade de pessoa é aquele levada em conta a característica subjetiva do sócio. Assim a regra do artigo 1030 do cc, pela jurisprudência, só poderá ser excluído por incapacidade se for sociedade de pessoa, na hipótese de capital não será excluído.
HIPÓTESE DE DISSOLUÇÃO TOTAL:
a) Vontade dos sócios: se os sócios decidirem encerrar a sociedade.
b) Decurso do prazo: se for uma sociedade com prazo delimitado. Se a sociedade tem prazo determinado, mas chega no momento final (1 fev 2009 e termina 1 fev 2010, se nenhum dos sócios requerer a dissolução total em 1 fev 2010 a sociedade será prorrogar-se-á por prazo indeterminado).
c) Falência da sociedade:
d) Extinção de autorização para funcionamento:
e) Unipessoalidade por maisde 180 dias:
f) Anulação do seu ato constitutivo: (instrumento que deu origem da sociedade)
g) Exaurimento do objeto social: (também chamado de irrealizibilidade do objeto social). O que é o exaurimento? R: significa ausência de mercado. Ex. Loja no shopping que só vende máquina de datilografia.
SOCIEDADE ANÔNIMA (Lei 6404/76)
- Há 2 tipos de SA:
(é que nem esfiha, ou aberta ou fechada, não tem mista)
O artigo da lei 6404/76 estabelece a diferença entre as duas.
1) Companhia ABERTA: é aquela em que seus valores mobiliários (ações) são admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários (bolsa de valores). (por que exige-se quantia vultosas de capital)
2) Companhia FECHADA: é aquela em que seus valores mobiliários não são admitidos à negociação no mercado de valores imobiliários. OBS: não há impedimento para negociação privada entre investidores. O que se proíbe é a negociação na Bolsa de Valores. (Ex. Geralmente são grupos familiares)
Valores imobiliários: são títulos de investimento que a sociedade anônima emite para obtenção dos recursos que necessita. São “papéis” emitidos por uma SA com essa grande finalidade: captação de recursos; exemplo típico são as ações. Outro exemplo são as debêntures.
As ações de uma SA podem ser penhoradas?
R: Tanto faz ser fechada ou aberta. A SA é a sociedade cujo capital social está divido em ações. Na SA é sempre possível a penhora. Por que a SA seja aberta ou fechada será sempre SOCIEDADE DE CAPITAL. Ou seja a SA não vai ser sociedade pessoa. E se a SA é uma sociedade de capital, pouco importa a característica subjetiva do sócio.
Qual é o objeto social explorado pela SA?
R: Devemos lembrar que a SA sempre será uma sociedade empresária. Nunca vai ser uma sociedade simples. Portanto, o objeto social que ela vai explorar vai ser uma atividade mercantil. Também há a participação em outras sociedades. Ex: Holding é a sociedade que tem por objetivo participar de outras sociedades. Só SA que pode ser holding? R: Não a limitada pode também, mas se encontra mais comum é no caso de SA. A holding pode ser pura (quando só participa em outras sociedades) A holding mista (é aquela que participa em outras sociedades mas também exerce um outra atividade lucrativa).
A SA é contratual, seja aberta ou fechada?
R: Não. Ela é institucional. Significa que o ato constitutivo da SA não é um contrato social. Razão pela qual ela não é contratual. O ato constitutivo da SA é o ESTATUTO SOCIAL.
CONSTITUIÇÃO DA S.A.
O que se precisa?
R: precisa-se dos requisitos preliminares.
Esses requisitos estão expressamente previstos no artigo 80 da Lei de SA.
São eles:
a) pluralidade de sócio: ou seja 2 ou mais sócios. OBS: ela pode ser unipessoal na sua origem, diferentemente do que ocorre na limitada. Quando que a SA pode ser unipessoal? R: Em duas hipóteses: quando se tratar de empresa pública e subsidiária integral. O que é uma subsidiária integral? R: é um tipo de SA que admite um único acionista que necessariamente será uma sociedade nacional. Ex. Transpetro (só tem um acionista: a Petrobrás)
b) entrada de 10% das ações subscritas; Exceção tratando-se de instituição financeira esse percentual vai para 50%.
c) Depósito no Banco do Brasil ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
· Esses requisitos supra são preliminares
CONSTITUIÇÃO PROPRIAMENTE DITA:
- CIA. ABERTA ( Essa constituição propriamente dita vai se chamar de subscrição pública ou também chamada de sucessiva. Necessita-se de:
* Registro de emissão na CVM (Vai analisar o estatuto, a viabilidade econômica) Se ela (CVM) aprovar, o segundo passo é:
- Colocação das ações junto aos investidores (oferta pública de ações)
* Assembléia de fundação
OBS: na companhia aberta é necessária a autorização da CVM para sua constituição.
- CIA FECHADA ( é diferente da aberta. A sua constituição é chamada pela doutrina de subscrição particular ou também chamada de simultânea. Por que não há oferta pública ações. Haverá ou uma assembléia de fundação ou se tem uma escritura pública. Vai ficar a critério dos acionistas.
É preciso de autorização da CVM para constituição de uma CIA fechada?
R: Não precisa de autorização da CVM.
ÓRGÃOS DA S.A.
- A ( Assembléia Geral: é o órgão deliberativo máximo de uma SA. As principais e fundamentais decisões de uma SA são tomadas em uma assembléia geral. A assembléia geral pode ser: ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA (AGO): é de competência privativa da assembléia geral ordinária:
Todos previstos no artigo 132
a) destinação dos lucros;
b) tomar as contas dos administradores;
c) eleição de administradores e membros do conselho fiscal;
d) aprovação da correção da expressão monetária do capital social.
A ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA (AGE): se terá essa exclusão. Alguns exemplos: alteração do estatuto social, destituição de administrador, a eleição de administrador.
- C ( Conselho de Administração: o conselho é o único órgão que é FACULTATIVO. Os demais são obrigatórios. Significa que, por ser uma exceção. OBS: EXCEÇÃO DA EXCEÇÃO ( em que pese ser facultativo, ele tornar-se-á obrigatório em 3 situações (TEM INTERESSE PÚBLICO ENVOLVIDO):
- quando se tratar de uma CIA ABERTA;
- quando se tratar de Sociedade de Capital autorizado; artigo 168 da lei de SA. Ela tem esse nome de capital autorizado, por que toda SA que resolva aumentar seu capital necessitará de assembléia geral e alteração de seu estatuto social. Só que nesse caso já há uma prévia autorização para aumentar o capital social. Ex. Foi o caso da Parmalat.
- quando se tratar de Sociedade de Economia Mista.
- D ( Diretoria: mínimo de 2 membros; acionistas ou não, porém residentes no país.
- C ( Conselho fiscal: artigo 161 (a cia terá um conselho fiscal e o estatuto disporá sobre seu funcionamento, de modo permanente ou nos exercícios sociais em que for instalado a pedido de acionistas) Com relação a existência, trata-se de existência obrigatória. Em relação ao funcionamento, que pode ser permanente ou nos exercícios sociais em que forem instalados a pedido de acionistas. Esse funcionamento é facultativo. O conselho fiscal é de existência obrigatória com funcionamento facultativo. COMPOSIÇÃO DO CONSELHO FISCAL: minimo de tres e maximo de 5 com igual numero de suplentes, sendo acionistas ou nao, porem residentes no pais. 
Quais são os órgãos de administração?
R: O Conselho de Administração e Diretoria. OBS: Diretoria e Conselho de Administração; ou somente diretoria.
Composição do Conselho de Administração: mínimo de 3 membros. Todos devem ser acionistas. Quem não é acionista não pode participar do conselho de administração.
VALORES IMOBILIÁRIOS (emitidos por uma SA)
- Ações;
- Debêntures;
- Commercial Paper;
- Bônus de subscrição;
- Partes beneficiárias;
AÇÕES ( são frações do capital social que conferem ao seu titular direito de sócio de uma sociedade anônima. Se alguém tem ações, tem direito de ser sócio de uma SA.
ESPÉCIES DE AÇÕES: há espécies por que a SA quer abranger a todo e qualquer tipo de investidor.
OBS: Quem é o acionista controlador? R: é aquele que tem a maioria das ações com direito de voto. E o poder de eleger a maioria dos administradores.
Qual é o número máximo de ações preferenciais sem voto que uma companhia pode emitir? R: Artigo 15 parágrafo 2 da lei de SA. Não pode ultrapassar 50% do total das ações emitidas.
- Ações Ordinárias ( são aquelas que conferem direitos comuns ao acionista. Ex: direito de fiscalização, participação nos lucros. Toda ação ordinária confere DIREITO DE VOTO para acionista. OBS: É OBRIGATÓRIA A EMISSÃO DE AÇÕES ORDINÁRIAS.
- Ações preferenciais ( proporcionam ao acionista vantagens econômicas. Ex: artigo 17 da lei de SA; ação preferencial tem prioridade de recebimento. Quando a SA aufere lucro, primeiro se paga aos sócios possuidores de ação preferencial e sobrando dinheiro se paga aos possuidores de ações ordinárias. Quem tem ação preferencial vai receber no mínimo 10% a mais em relação aos de ação ordinária. Por que? R: por que em contrapartida a SApede a “alma” do acionista, ou seja o voto. Ou seja ela não tem voto ou o voto é limitado. 
- Ações de gozo/fruição ( artigo 44 parágrafo 5 da lei de SA. Historicamente no Brasil não tem esse tipo de ação.
DIREITOS ESSENCIAIS DO ACIONISTA
Todos no artigo 109 da lei de SA
a) participação nos lucros;
b) participação no acervo da cia em caso de liquidação; (é o remanescente);
c) direito de fiscalização;
d) direito de retirada;
e) direito de preferência.
OBS 1: quando se trata de direito essencial, significa que nem a assembléia geral, nem estatuto social podem privar o acionista desses direitos.
OBS 2: direito de voto não é direito essencial.
DEBÊNTURES ( títulos representativos de um contrato de mútuo, em que a companhia é mutuária e o debênturista é o mutuante. Ex: SA precisando de dinheiro tem 2 alternativas: a) empréstimo bancário (problema: fica condicionada aos juros bancários, e o prazo) b) emissão de debêntures (investimento a médio longo prazo para o mutuante – seria um empréstimo) Por que é melhor que o empréstimo bancário? R: por que os juros são menores e o prazo será estipulado a conveniência do mutuário.
OBS: Artigo 42 da Lei de SA. Direito de crédito do mutuante contra a CIA. Por isso que o artigo 585 do CPC diz que a debênture é um título excutivo extrajudicial.
Qual a diferença entre debênture e commercial paper (nota promissória da SA)? R: A diferença é tão somente relacionada aos prazos. Há um instrução normativa da CVM n. 134 cujo prazo é 360 se cia aberta e 180 se cia fechada. Esse é prazo para reembolso da debênture. No commercial paper o prazo é bem menor.
BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO ( é direito de prefência. Ex. Ações muito valorizadas no mercado. Há procura com pouca oferta. Se compra a preferência na aquisição dessas ações.
PARTES BENEFICIÁRIAS ( são títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital social denominados partes beneficiárias, que conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual contra a CIA, consistente na participação dos lucros anuais. Ex: título adquirido com lucro anual de 5%. Para ser parte beneficiária deve haver lucro eventual, se a companhia tiver no vermelho não se recebe nada. Outra coisa fundamental é ser estranho ao capital social. Qual a diferença do sócio com aquele que tem participação no lucros? R: O sócio tem direito de votar, direito de preferência, participar no acervo. Quem é estranho ao capital social é a mesma coisa que dizer não é sócio, não possuindo os direitos inerentes ao sócio.
LIGAÇÕES SOCIETÁRIAS
(tema novo)
Também é chamada de sociedades coligadas.
Artigo 1097 do CC/02.
Há 3 tipos de sociedades coligadas;
a) filiada (1099 do cc/02) ( ocorre quando uma sociedade participa do capital social da outra. Com 10% ou mais sem controle.
b) simples participação (1100 cc/02) ( ocorre quando uma sociedade participa do capital social da outra com menos de 10% com voto.
c) controladora (1098 cc/02) ( é aquela que tem a maioria de votos da outra sociedade e o poder de eleger a maioria dos administradores da outra sociedade.
QUESTÕES:
1) Como se da a falencia do socio e da sociedade?
R: socio A e B. Se B vem a falir, sera dissoluçao total. Mas para a PJ sera dissolução parcial.
OBS: quando um sócio sai da sociedade aplica-se o artigo 1031 do cc/02. Artigo 1003 paragrafo unico ele quando sai ainda responderá por 2 anos.
2) Extinção da limitada, passados os 180 dias, o socio que permanecer sem arrumar um novo socio. A responsabilidade de socio remanescente sera ilimitada, e os atos por ele praticados serao validos.
3) OBS: Direito de lealdade está implicito ao direito de sociedade. A medida que o socio abre uma nova sociedade abrindo concorrencia com aquela.
4) Existe prazo maximo que a SA pode permanecer de forma unipessoal? R: Entre uma assembleia geral e outra.
5) Qual a consequencia juridica da continuidade da limitada apos os 180 dias? R: Ele nao sera transformado em empresario individual imediatamente, mas tera a responsabilidade de um empresario individual, ou seja a responsabilidade ilimitada até futura regularização.
AULA 04 (TÍTULOS DE CRÉDITO) 12/02/09
TÍTULOS DE CRÉDITO
Legislação aplicável:
- Letra de Câmbio/Nota Promissória/Promissória ( Decreto 57663/66
- Cheque ( Lei 7357/85
OBS: o código civil tem aplicação subsidiária aos títulos de crédito (art. 903 do cc). Assim aplica-se o cc quando a lei especial não tratar do asssunto.
PRINCÍPIOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
1) Princípio da Cartularidade ( por este princípio o crédito deve ser representado (materializado) em um documento (título). Para a transferência do crédito é necessário a transferência do documento. Não há que se falar em exigibilidade do crédito sem a apresentação do documento. 
OBS: para a transferência de um cheque é suficiente o endosso? R: Não. Precisa do endosso + tradição. Outra questão: o cheque voltou por falta de fundos, ensejará ação de execução, por que os titulos executivos são extrajudiciais. Precisa-se da petição inicial + documento original. Quer dizer que não se pode ajuizar ação de execução com cópia autenticada de nota promissória, de cheque. Isso em razão do princípio da cartularidade. È necessário o documento, é necessário o título de crédito.
2 - Princípio da Literalidade ( por este princípio só tem validade para o direito cambiário aquilo que está literalmente constando no título de crédito. Aspecto prático, se quiser dar endosso, aval, quitação (comprar imóvel, paga nota promissória, emite-se um termo de quitação, esse termo de quitação não tem validade no direito cambiário, por que a quitação tinha que ser dada na nota promissória. Isso ocorre em face do princípio da literalidade. OBS: não existe contrato de aval.
3 – Princípio da Autonomia ( as relações jurídico-cambiais são autônomas e independentes entre si. O devedor não poderá opor exceções pessoais a terceiros de boa-fé. Ex. A resolve vender seu celular a B. Paga-se o celular com a emissão de uma nota promissória. Será pago em 30/03/09. A é credor e B devedor. Porém quando B for usar o celular, esse celular não funciona adequadamente. B resolve devolver o celular, mas A recusa-se. A não devolve as notas promissórias e resolve ajuizar uma ação de execução. A é o credor primitivo. A causa subjacente (causa que deu origem) apresenta vício, celular não funciona. Assim, B pode alegar essa exceção em face de A. Porém se a nota promissória for transferida a C. Haverá um terceiro de boa-fé. Conclui-se que para esse terceiro de boa-fé não poderá ser apresentada exceção pessoal. Logo, B não pode ofertar exceção, ou seja alegar que o celular não funciona em face de C. Isso por causa do princípio da autonomia.
OBS: quando a nota promissória estiver vinculada a um contrato, pelo principio da literalidade, então na nota deve constar que ela esta vinculada ao contrato. Assim se A endossa a C, nesse caso ela não gozará de autonomia.
CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
São mais de 13, mas trataremos apenas de 4 mais importantes
1) QUANTO AO MODELO:
1.1) Vinculado ou Livre ( qual a diferença? R: a diferença é a seguinte, o título vinculado é aquele cuja formatação está definida em legislação. Não se pode emitir um titulo de credito vinculado se nao constar da forma prevista em lei (daquele jeitão). Tanto a duplicata quanto o cheque são titulos vinculados. Agora o título livre é justamente o contrário. Ou seja é aquele que não tem uma forma definida em lei. Exemplo mais típico é da nota promissória, qualquer pedaço de papel pode ser uma nota promissória. OBS: as notas promissórias de livraria são apenas modelos.
2) QUANTO AS HIPÓTESES DE EMISSÃO:
2.1) Causal ou não causal ( O título causal é aquele que só pode ser emitido mediante a ocorrência de uma determinada causa prevista em LEI. Exemplo típico: duplicata. Por que a duplicata só pode ser emitida em caso de: compra e venda mercantil ou prestação de serviço. OBS: para aluguel não se pode emitir duplicatar pois o aluguel não se encaixa nashipoteses supra. Já o título não causal é aquele que não necessita de uma causa específica para sua emissão. O exemplo mais típico é a do cheque.
3) QUANTO A SUA CIRCULAÇÃO:
3.1) Ao portador ou Nominativo ( Título ao portador é aquele que não identifica o beneficiário. Desde a lei 8021/90, não se admite mais título ao portador, exceto se com previsão expressa em lei especial. Ex. A lei 9069/95 no artigo 69 diz que é possível cheque ao portador até o valor de R$ 100,00, acima de R$ 100,00 o cheque tem que ser nominativo. Como que circula um título ao portador? R: Ele circula por mera tradição, entrega. Já o nominativo vai depender se o título for a ordem ou não a ordem. Se for a ordem como que circula? R: circula por meio de endosso. Se o título é não a ordem como circula? R: ele vai circular por cessão civil. Qual a diferença entre endosso e cessão civil? R: a diferença é que quem transfere por endosso responde pela existência do titulo e também pelo pagamento, pela solvência. Só que se for cessão civil é diferente. Na cessão civil só vai se responde pela existência, não respondendo pelo pagamento, pela solvência. Exemplo: Se o Pedro Taques recebe um cheque clonado e transfere a Gianluca (cheque clonado tem vicio de existencia) tanto faz se ele endossou ou se foi cessão civil. Titulo falso transferido, responde, tanto faz endosso ou cessão civil. Agora, imagemos que Pedro Taques recebeu um cheque e esse cheque nao e clonado mas voltou por falta de fundos. Gianluca pode acionar Pedro, vai depender se o cheque foi endossado, se endossado Pedro responderá também pelo pagamento. Agora se o cheque foi transferido por cessão civil, jamais ele poderá ser acionado. Por que ele não respoderá pelo pagamento mas somente pela existência. 
OBS: o efeito do endosso de acordo com o CC qual é (ai muda um pouco essa questão)? R: o cc em seu artigo 914. Então para o codigo civil o endosso tera o mesmo efeito da cessão civil. Essa diferença so existe na lei especial. No cheque qual lei se aplica? R: a lei do cheque. Na nota promissoria? R: a lei da nota. Assim por diante. Logo essa regra do cc so se aplica os novos titulos. Contudo não há nenhum novo.
Pergunta-se, para um cheque ser transferido de forma mais segura é necessário ao endosso. O que a lei faz para a maior circulaçao dos titulos de credito? R: tem se uma presunção de que os titulos de credito serao a ordem. Ele so sera não a ordem se constar expressamente no titulo de credito. Deve haver a expressão: nao a ordem.
Classificação mais moderna acrescenta mais um item, o chamado nominativo. Esse nominativo foi introduzido pelo cc/02 nos artigos 921 e ss. Nominativo para a classificação tradicional é aquele que consta o nome do beneficiário no titulo. Para a classificação moderna, o nome não deve somente constar no titulo mas no registro de emitente. Assim o emitente deve ter um registro onde constará o nome do emitente e emissario.
O nominativo agora do codigo civil será circulado, transferível mediante termo. Aquele nominativo da classificação tradicional é chamado pela classificação moderna de nominal.
4) QUANTO A ESTRUTURA DOS TITULOS
4.1) Ordem de pagamento ou Promessa de Pagamento ( a diferença é que na ordem de pagamento há 3 intervenientes (o que dá a ordem, o que recebe a ordem e a figura do tomador beneficiário). Já a promessa de pagamento é diferente, não tem alguém que vai pagar. Há só 2 figuras (o promitente/emitente e o tomador beneficiário). Ex. Nota promissória. Ao passo que todos os demais titulos serão ordem de pagamento (cheque, letra de câmbio).
LETRA DE CÂMBIO
No dia a dia não se está acostumado a ver esse titulo. Mas é muito utilizado entre empresas e bancos. A letra de câmbio é uma ordem de pagamento.
EX: é uma ordem de pagamento assim terá a estrutura de uma ordem, alguém vai dar a ordem, alguém vai receber a ordem e temos a figura do tomardor beneficiário.
EX: Gianluca deve R$ 10.000,00 a Luiz Flavio. Gianluca vai emitir uma letra de cambio para o Renato efetuar o pagamento para Luiz Flavio no dia 10 de maio no valor de R$ 10.000,00. Gianluca fez o saque. O ato do saque é a criação/emissão de um título de crédito. Então o Gianluca será o sacador, ou seja aquele que dá a ordem. Aquele que recebe a ordem será o sacado. O título fica com o Luiz Flavio. Por que fica com o Luiz Flavio? R: por que o titulo de credito trata de uma obrigação quesível. Então o que significa a obrigação quesível? R: É aquela em que credor deve procurar o devedor para receber o titulo. Assim, Luiz Flavio deve procurar o Renato para ver se o Renato vai concordar com essa ordem de pagamento. O Renato quando concorda, ele deu o ato de aceite. Aceite é o ato de concordância com a ordem de pagamento dada. Quando o Renato dá o aceite ele se torna o devedor principal do titulo. Mas ele so é devedor principal só depois do aceite. Gianluca será co-devedor, co-obrigado do titulo de credito. Contra quem o luiz flavio pode ajuizar uma ação? R fica a criterio dele, ou seja pode ser em face do devedor principal, só em face do co-obrigado ou em face dos 2.
OBS: Na letra de câmbio o aceite é obrigatório? R: Não. O aceite é facultativo. O sacado não esta obrigado a dar aceite. Como o aceite é um ato de concordância com a ordem do pagamento, assim só pode dar aceite é o sacado. É ato privativo dele.
OBS: Quais são os efeitos dessa recusa do aceite?
a) tornar o sacador o devedor principal;
b) vencimento antecipado do título de crédito;
EFEITOS DO ENDOSSO:
Endosso Próprio ou também chamado de Endosso Translativo
a) Transferência da titularidade do crédito do endossante para o endossatário; endossante transfere e o endossatário recebe;
b) Tornar o endossante co-devedor do título de crédito.
Quando se fala em endosso há alguns detalhes a saber:
- Como se pode dar endosso em um título de crédito?
R: Ele pode ser dado no verso do título, e pra isso basta uma simples assinatura no verso do título já configura o endosso.
- É possível o endosso no anverso (frente) do título?
R: Pode. Deve assinar o título, mas é necessária uma expressão identificadora. Ex. “Pague-se à” ou “endosso à”.
- O endosso pode ser em PRETO e o endosso em BRANCO.
R: Pague-se à Fulano (quando se identifica o endossatário o endosso será em preto) Quando não se identifica o endossatário o endosso será em branco: (Pague-se à.......)
- É possível o endosso parcial? (endosso parcial é transferir somente uma parte do título de crédito. Ex letra de câmbio de 10.000,00 e só paga 2.000,00)
R: O endosso parcial é nulo.
- Endosso Impróprio: vai legitimar a posse. Se chama impróprio por que ele não tem um dos efeitos do endosso que é a transferência da titularidade.
tem duas espécies:
a) Endosso-mandato: é usado para fins de cobrança. (por procuração)
b) Endosso-caução: como o título de crédito é um bem móvel, é possível instituir penhor sobre o título de crédito. Isso só é possível quando o título for a prazo. OBS: não cabe endosso-caução em cheque.
O que é endosso póstumo?
R: É aquele dado depois do vencimento do título. Mesmo que o título seja vencido se pode dar endosso. O problema são os efeitos desse endosso póstumo.
Efeitos do endosso póstumo:
- se só venceu ele vai ter efeito de endosso, não muda nada.
- se além do vencimento teve protesto ou então expirou o prazo de protesto, então nesse caso ele não terá efeito de endosso mas de cessão civil.
DO AVAL
O aval é um ato tipicamente cambial resultado de uma declaração unilateral de vontade na qual uma pessoa fisica ou juridica (avalista) assume obrigação autônoma de garantir pagamento de título de crédito por um devedor principal ou co-devedor deste titulo. Enquanto que o endosso tem como característica fundamental a transferência do titulo; o aval tem essa caracterisitica fundamental a garantia do titulo de credito.
Como se faz pra dar aval?
R: O aval é justamente o contrário do endosso. Lembre-se que no endosso a simples assinatura é no verso e no anverso tem-se a assinatura mais a expressão que identifica. Então no aval a assinatura e no anverso

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