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PROCESSO CIVIL - LFG

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PROCESSO CIVIL
Professor: RODRIGO CUNHA
AULAS:
Aula 1 – 06/02/09 – PARTES – LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
Aula 2 – 19/02/09 – INTERVENÇÃO DE TERCEIROS II – JURISDIÇÃO I
Aula 3 – 26/02/09 – JURISDIÇÃO II e COMPETÊNCIA
Aula 4 – 25/03/09 – CONDIÇÕES DA AÇÃO E PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS 
Aula 5 – 30/03/09 – ATOS PROCESSUAIS 
Aula 6 – 04/05/09 – PETIÇÃO INICIAL E RESPOSTA DO RÉU I
Aula 7 – 22/05/09 – RESPOSTA DO RÉU I
Aula 8 – 29/05/09 – SENTENÇA E COISA JULGADA
Aula 9 – 01/06/09 – RECURSOS I
Aula 10 – 15/06/09 – RECURSOS – continuação-
Aula 11 – 25/06/09 – RECURSOS EM ESPÉCIE - Término 
AULA 01 (PARTES – LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS) 06/02/09
BIBLIOGRAFIA:
- Fredie Didier Júnior (não é indicado para o concurso PF por ser muito completo)
- Misael Montenegro (Curso de Direito Processual Civil – Ed. Atlas)
- Carlos Roberto Gonçalves (Ed. Saraiva)
- Nelson Nery e Rosa Nery (Código de Processo Civil Anotado)
- Luis Rodrigues Wamber
- Ler legislação e jurisprudência
- Partes
1. Conceito ( é aquele que pede ou contra quem se pede em juízo. 
2. Capacidade de ser parte e Capacidade Processual ( A capacidade de direito é uma aptidão para ser sujeito de direitos e obrigações na ordem civil, titular de direitos e obrigações. Não para exercer por si só. Todo aquele que nascer com vida tem essa capacidade. A capacidade de fato é a aptidão para exercer por si só direitos e deveres na ordem civil. Sem precisar de representantes, assistentes. Possui essa capacidade de fato todos aqueles que não forem absolutamente nem relativamente incapazes. Por exemplo: pessoas maiores de dezoito anos, mentalmente saudáveis. Para quem não tem a capacidade de fato ocorre a integração de capacidade que ocorre por meio da representação (absolutamente incapazes) e assistência para os (relativamente incapazes).
A capacidade de ser parte( é a aptidão para figurar num dos pólos da relação. Apenas para ser parte, não para exercer alguma coisa. Quem tem? Tem essa capacidade aqueles que possuem capacidade de direito. Ou seja aquele que nasceu com vida, e a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro. 
A capacidade processual ( é uma aptidão para agir em juízo por si só. Tem essa capacidade aqueles que possuem capacidade de fato. Ou seja os que não forem absolutamente nem relativamente incapazes.
Há uma ligação entre o direito civil e o processual civil. Quem tem a capacidade de fato tem a capacidade de ser parte.
INTEGRAÇÃO DE CAPACIDADE ( os absolutamente incapazes serão representados. Já os relativamente incapazes serão assistidos. O curador especial é uma figura que também integra a capacidade. Quando o juiz nomeia? Estão previstos no artigo 9 do CPC. OBS: A nomeação do curador especial ocorrerá até mesmo na execução se o executado não apresentar embargos à execução. Esse entendimento é do STJ. Em síntese esse artigo 9 também se aplica à execução.
PESSOAS JURÍDICAS ( As Pessoas Jurídicas constituídas regularmente terão capacidade de ser parte e capacidade processual (com personalidade jurídica). Elas terão um representante. Ou como dizia Pontes de Miranda um presentante, porque a pessoa jurídica se faz presente pela PJ.
ENTES DESPERSONALIZADOS ( (Exemplo: espólio, ministério dos transportes, senado federal). Em regra, esses entes não tem capacidade de ser parte nem capacidade processual, excepcionalmente a lei pode atribuir tais capacidades. A regra é que eles não podem oferecer ação nem ser réu. Exceção o artigo 12 do CPC atribui capacidade ao espólio. Eles são representados ou presentados.
OBS: a jurisprudência tem atribuído capacidade de ser parte e capacidade processual a alguns entes despersonalizados como as assembléias legislativas, a câmara dos deputados e o senado federal, quando as ações tiverem como objeto a defesa de seus interesses institucionais. Por exemplo, o senado federal esteve em juízo contra o ex-presidente Collor. O TCU também é um ente despersonalizado mas muitas vezes se atribui a ele essa capacidade para seus interesses institucionais.
3. CAPACIDADE POSTULATÓRIA ( Há duas teses sobre ela. A primeira diz que tem capacidade postulatória a parte quando representada por um advogado. A segunda tese diz que tem capacidade postulatória o advogado regularmente inscrito nos quadros da OAB. OBS: se tiver as duas numa prova de concurso, assinalar a do advogado. Como se prova a capacidade postulatória? R: por meio da procuração ou do substalecimento. E se o advogado atuar sem? R: se o advogado afirmar urgência, poderá atuar sem procuração por 15 dias, prorrogáveis por igual período. Detalhe, advogado público precisa de procuração? R: Não. Há inclusive a súmula 644 (ao titular do cargo de procurador de autarquia não se exige a apresentação de instrumento de mandato...)
4. CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE CAPACIDADE OU DA IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO ( Para o autor haverá extinção do processo sem resolução do mérito. Para o réu haverá revelia. E para o terceiro haverá exclusão. Evidentemente tudo isso acontece se o juiz intimar a parte e ela não corrigir o vício.
5. SUCESSÃO PROCESSUAL E SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL ( O que é sucessão processual? R: Sucessão processual significa a substituição da parte em razão de uma mudança na titularidade do direito material afirmado em juízo. A sucessão processual é uma substituição da parte, sai uma e entra outra (troca de jogadores numa partida) porque muda a titularidade do direito material. Exemplo: a morte de uma das partes. Já a SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL ocorre quando a lei atribui legitimidade à alguém para atuar como parte em nome próprio na defesa de interesse ou direito alheio. A lei dá legitimidade para quem atue em juízo em nome próprio para defender interesse, direito alheio (o titular fica em casa assistindo jogos). Exemplo: o sindicato para defesa dos interesses da categoria. Ele age em nome próprio defendendo interesse alheio. Outro exemplo: O MP na defesa dos interesses dos consumidores. OBS: nas ações coletivas há quem prefira chamar a substituição de legitimação autônoma para condução do processo. Ou de legitimação coletiva (caso do MP para defender os interesses dos consumidores). 
6. ALIENAÇÃO DE BEM LITIGIOSO OU CESSÃO DE CRÉDITO LITIGIOSO ( Exemplo A promove uma ação de cobrança em face de B. No curso do processo A cede o crédito a C. Nesse caso, C vai poder vir para o processo e A sair do processo? R: Depende. Depende da concordância de B. Se B concordar C vem e A sai. Trata-se de uma sucessão processual, se a parte contrária concordar. Quer dizer a troca de uma pessoa pela outra. Quem cedeu o crédito ou alienou sai e quem aceitou entra. E se a parte contrária não concordar? R: O A vai ter que continuar no processo, mas o direto não é mais dele. A continua no processo em nome próprio mas defendendo interesse alheio. Ocorrendo a substituição processual. (Se a parte contrária não concordar haverá substituição processual, quer dizer aquele que alienou, cedeu estará agindo em nome próprio defendendo interesse alheio, só está em juízo defendendo interesse de outro). Se B não concordar haverá substituição processual. Existe alguma forma de C ainda ir para o processo, mesmo que B não concorde? R: Sim. C poderá ir para o processo como assistente litisconsorcial, tecnicamente falando, pois de fato o direito é de C. Tudo isso consta no artigo 42. OBS: na substituição processual, o substituído (aquele que ficou em casa) é alcançado pela coisa julgada material (ele vindo para o processo ou não). Na Ação de Excução não vale essa regra.
LITISCONSÓRCIO
1. CONCEITO ( significa uma pluralidade de pessoas no mesmo pólo da relação processual. Há alguns autores que dizem pluralidade de partes. Mas partes são somentes duas (autor, réu). O que ocorre são pluralidade dentro de uma das partes.
2. ESPÉCIES ( Pode ser classificado de várias maneiras.
CLASSIFICAM-SE:
A) ATIVO, PASSIVO, MISTO (classificação mais elementar) ATIVO: mais de um autor. PASSIVO (mais de um réu). MISTO (quando há mais de uma pessoa no pólo ativo e mais de uma pessoano pólo passivo).
B) INICIAL OU ULTERIOR: Exemplo: há 1 credor e 2 devedores solidários. Opta-se por ofertar a ação em face de 1 ou dos 2. Pode ocorrer de o credor promover a ação em face de somente 1 deles. Assim o devedor solidário que ficou de fora na ação originária, o devedor solidário que entrou primeiramente pode chamar ao processo esse que ficou de fora. LITISCONSÓRCIO INICIAL ( é aquele que se forma com a propositura da ação, proposta a ação já está formado o litisconsórcio. ULTERIOR ( é aquele que se forma após a propositura da ação (exemplo: chamamento ao processo).
C) SIMPLES OU UNITÁRIO ( Exemplo (um helicóptero desgovernado que venha a bater em uma parede, e atinge 3 pessoas. Cada um tem um dano diferente, A perde um braço, B perde uma orelha, C perde um dedo. Se cada um deles quiser poderá promover individualmente a ação em face do piloto. Porém poderão formar um litisconsórcio em face do réu. Agora os valores são diferentes. Assim a decisão pode ser diferente para cada um deles. 
EXEMPLO 2: Homem casado, porém esse casamento foi contraído por uma autoridade incompetente. O MP descobre. E promove uma ação em face deles pra anular o casamento. A decisão pode ser diferente para eles? Anula para um e não para o outro? R: Não. A decisão tem que ser igual pela natureza da ação.
São dois casos diferentes. No caso 1 a decisão era diferente e no caso 2 decisão foi igual
No litisconsórcio simples o juiz pode decidir de forma diferente para cada litisconsorte. Trata-se do litisconsorte simples (exemplo 1 helicóptero).
No Litisconsórcio unitário a decisão do juiz deve ser igual, unitária, uniforme, para todos os litisconsortes. É o caso da anulação do casamento.
E se por um acaso o juiz podendo decidir de modo diferente decide de forma igual por coincidência? Ainda assim será unitário.
D) FACULTATIVO OU NECESSÁRIO ( o facultativo e aquele cuja formação não é obrigatória. Já o necessário é aquele cuja formação é obrigatória. O facultativo é formado pela vontade do autor, em regra, eventualmente o réu poderá formá-lo também, além disso precisa-se também de uma das situações do artigo 46 do CPC. (CPC 46 – I – Comunhão de direitos ou de obrigações ( Ex: credores solidários ou devedores solidários. II – Identidade de causas de pedir ( é a mesma fundamentação de fato ou mesma fundamentação de direitos. Ex: acidente da TAM. Essa identidade pode ser parcial ou total. III – Conexão ( ocore quando as causas de pedir são iguais ou quando os pedidos são iguais. Esse inciso III acaba englobando o inciso II. Então por que isso? Até mesmo o inciso I estaria englobado pelo inciso III. IV – Afinidade de questões ( siginifica que há uma proximidade entre as causas de pedir ou entre os pedidos. Não significa dizer que são iguais, mas próximos. Ex: acidente de trânsito. A bate no carro de B e em seguida no carro de C. São dois acidentes diferentes. Mas são próximos, podendo se aproveitar as mesmas testemunhas. Assim, por conta dessa proximidade B e C podem formar um litisconsórcio facultativo por afinidade de questões.
LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO ( Há basicamente 2 casos. A primeira situação é quando a lei determinar. Quando a lei exigir a formação. Ex: usucapião de bem imóvel (pois cita-se o antigo proprietário e todos os confinantes, vizinhos ou confrontantes, Por que? Por que a lei exige. A segunda hipótese, o litisconsórcio será necessário quando for unitário, salvo exceções legais. Ex: MP promove uma ação em face do casal para anular o casamento. Essa é a regra. A unitariedade gera a necessariedade. EXCEÇÕES LEGAIS ( casos em que o litisconsórcio é unitário porém facultativo. Ex: X, Y e Z são proprietário de um terreno. Eles tem a compropriedade ou condomínio (vertical). Ao contrário daquele condomínio de edificio (condomínio horizontal). Eles precisam reivindicar o bem de F. Se eles tem que reivindicar o bem de F, sendo condôminos, o litisconsórcio formado entres será simples ou unitário? R: Será unitário. Ou o bem é dos 3 ou não é dos 3. O artigo 1314 do CC/02 autoriza que um só promova a ação em nome próprio na defesa do interesse de todos. É curioso por que ele age em nome próprio defendendo interesse dele e também dos demais. Se um só pode promover a ação, a formação do litisconsórcio não é obrigatória, sendo facultativo. Isso ocorre também com a ação popular. Todo cidadão pode promovê-la, mas a decisão será a igual a todos.
Existem na verdade 4 combinações possíveis entre os litisconsórcios: simples, unitário, facultativo, necessário.
· SIMPLES/FACULTATIVO ( Acidente da TAM
· SIMPLES/NECESSÁRIO ( Usucapião de imóvel
· UNITÁRIO/FACULTATIVO ( Caso dos condôminos (1314 CC/02)
· UNITÁRIO/NECESSÁRIO ( Ação do MP para anular casamento. Outro exemplo é da ação pauliana (fraude contra credores) se promove em face de quem vendeu e de quem comprou.
 
Se o litisconsórcio for necessário no pólo passivo, o autor deverá requerer a citação de todos os litisconsortes. Caso não o faça o juiz concederá um prazo ao autor para que tome essa atitude sob pena de extinção do processo sem resolução do mérito. Detalhe, o juiz não pode de ofício citar o litisconsórcio necessário. Por que ele estaria violando o Princípio da Inércia. Já no pólo ativo, há discussão se ele existe ou não. Por que no pólo ativo 2 deve demandar, e se 1 se recusar? O que a outra deve fazer? R: Se o outro não quiser demandar, vc está proibido de promover a ação. Outra corrente, se o outro não quiser demandar, poderá o que quer promover. Há tb um terceira corrente que diz que se outro não quiser, vc poderá promovê-la, contudo citando o outro que não quer.
ARTIGO 47 CPC. Há um erro nele. Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei. (deve haver um ponto) ou pela natureza (segundo caso).
REGIMES QUANTO AOS LITISCONSORTES:
· REGIME DO LITISCONSÓRCIO SIMPLES ( o ato praticado por um litisconsorte não produz efeitos quanto aos demais litisconsortes. O ato praticado por 1 só prejudica, beneficia ele próprio. Ex: 5 litisconsortes no pólo passivo. A reconhece a procedência do pedido. Esse ato só produz efeitos para ele mesmo. De forma que esse ato só vai produzir efeitos pra quem praticou. O processo continua para os demais. 
· REGIME DO LITISCONSÓRCIO UNITÁRIO ( o ato benéfico praticado por um litisconsorte produz efeitos quanto aos demais litisconsortes, mas os atos maléficos praticados por um litisconsorte não produzem efeitos, nem mesmo para quem os praticou. O ato benéfico praticado por 1 se estende aos demais, por exemplo o recurso de 1 vai beneficiar aos demais. Por que? Por que a decisão tem que ser igual. Mas o ato maléfico praticado por 1 não produz efeitos, nem pra quem o praticou. Se esse ato prejudicasse somente aquele que praticou a decisão não seria igual. E se estendesse aos demais, estaria esse ato dispondo do direitos dos demais. Esse ato maléfico é válido porém ineficaz. Resumindo, se for litisconsórcio simples o ato benéfico ou maléfico só será para 1. Se litisconsórcio unitário o ato benéfico se aproveita a todos e maléfico a ninguém.
LITISCONSÓRCIO MULTITUDINÁRIO:
1. Conceito ( ocorre quando o litisconsórcio facultativo apresenta um número excessivo de litisconsortes que dificulta a defesa ou a rápida solução do litígio. Nesse caso pode o juiz de ofício ou a requerimento limitar o número de litisconsortes. Se o réu pedir a limitação, haverá interrupção do prazo da resposta. Ex: litisconsórcio facultativo com 50 litisconsortes. Como o réu vai apresentar a contestação; andamento do processo, etc.. Nesse caso o juiz vai poder limitar esse número. Ao invés de uma ação com 50, poderá haver 10 ações com 5 litisconsortes cada. Não tem um número exato. È o juiz quem vai analisar. É o réu que faz esse requerimento. No prazo da resposta de 15 dias. Haverá uma interrupção no prazo da resposta. Siginifica dizer que depois que o juiz decidir esse prazo voltará a correr por inteiro, por que é caso de interrupção. Mesmo que o juiz não autorize a limitação esse prazo continuará a ser interrompido.
INTERVENÇÃO DE TERCEIROSExistem vários tipos, várias espécies. A saber:
1) ASSISTÊNCIA que pode ser simples ou litisconsorcial.
2) OPOSIÇÃO
3) NOMEAÇÃO À AUTORIA
4) CHAMAMENTO AO PROCESSO
5) DENUNCIAÇÃO DA LIDE
1) ASSISTÊNCIA
1.1) ASSISTÊNCIA SIMPLES: Exemplo ( Locador, locatário e sublocatário. Depois de um tempo o locatário deixa de receber o aluguel. O locador promove uma ação de despejo, mas em face do locatário, por que ele só tem relação jurídica com o locatário. Mas há uma relação jurídica reflexa entre locatário e sublocatário. Por que a sentença judicial, embora atinja diretamente somente a relação entre locador e locatário ela também atingirá reflexamente a relação entre locatário e sublocatário. Assim, o sublocatário tendo interesse na vitória do locatário, ele poderá ingressar no processo como assistente simples do locatário.
A assistência exige 3 requisitos, a saber:
- LIDE PENDENTE; 
- LIDE ALHEIA;
- INTERESSE JURÍDICO. (siginifica que a sentença pode atingir reflexamente uma relação jurídica do terceiro)
 
O assistente simples será um auxiliar do assistido. Não terá a condição de parte. Apenas de sujeito do processo. Pode praticar atos benéficos ao assistido, mas não é permitido atos de disposição de direito. E ingressará em qualquer fase do processo. Mas o receberá no estágio em que ele se encontra. O assistente simples é um auxiliar. O que já precluiu para a parte também o fez para o assistido. O que a parte não pode fazer o outro assistido também não pode.
QUESTÕES:
1) A nomeação a autoria é exemplo de substituição processual?
R: Sim. Alguns autores defendem isso.
2) Há necessidade de reconhecimento de firma na procuração?
R: Hoje em dia não é mais necessário.
AULA 02 (INTERVENÇÃO DE TERCEIROS II – JURISDIÇÃO I) 19/02/09
Assistência litisconsorcial ( Exemplo: X,Y,Z são proprietários de um terreno. Portanto eles têm a copropriedade ou condôminio tradicional, não o de edifício (horizontal). Acontece que esse terreno está com F. E aí esse terreno precisa ser reivindicado por X,Y e Z. Se X,Y,Z promover uma ação de litisconsórcio, esse litisconsórcio será unitário, porque ou o bem é deles ou não é deles. O litisconsórcio será obrigatoriamente necessário. Mas nesse caso é uma exceção. O art. 1314 vai permitir que um só condômino reivindique um bem pra todos. Pergunta-se, é obrigatória a formação do litisconsórcio? R: Não. Então será um litisconsórcio unitário e facultativo. Imaginemos que somente o X promova a ação e os outros não. Pergunta se. No curso do processo se Y e Z se arrependerem e resolverem ingressar no processo, em qualquer fase, poderao ingressar sendo chamados de assistentes litisconsorciais. Eles sao litisconsorte que ingressaram no processo depois.
O que significa uma assistência litisconsorcial ( é um listisconsórcio unitário, facultativo e ulterior. 
REQUISITOS DA ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL:
- Lide pendente
- Lide própria
- Interesse jurídico (significa que o assistente será atingido diretamente pela sentença)
O CPC tenta explicar no seu artigo 54.
O regime adotado na relação entre assistente e assistido é de litisconsórcio unitário. Significa aque ato benéfico prático por um beneficia a todos, enquanto que o maléfico pratico por 1 não produz efeitos nem mesmo pra quem praticou.
O assistente litisconsorcial pode ingressar em qualquer fase do processo, mas recebe o processo no estado em que ele se encontra. Mesma regra da assistência simples. Aquilo que preclui pra parte, preclui para o assistente.
O assistente litisconsorcial é alcançado pela coisa julgada.
OPOSIÇÃO
(interventium ad excludendum)
Como ocorre a oposição? É uma figura muito simples. Por exemplo: A e B estão litigando sobre um bem ou sobre um direito. A promove uma ação em face de B. No curso desse processo aparece C e diz que esse bem ou esse direito não é nem de A nem de B. Daí C promove uma oposição em face de A e B. Na verdade essa oposição no fundo é uma ação, ação essa proposta no curso do processo. Há num único processo 2 ações. Nada que o processo civil nao permita. O curioso dessa estória é que A e B brigam na ação principal, mas são litisconsortes na oposição.
Oposição ( é a ação proposta por quem se julga titular de bem ou direito disputado em juízo.
Qual a utilidade da oposição? R: C não poderia esperar o desfecho entre A e B e daí sim oferecer a ação em face de quem ganhou? R: Há 2 desvantagens: o tempo (por que demora muito o processo pra terminar); e se A ganhasse de B e depois o C promovesse a ação em face de A apenas, B não seria parte e então B não seria alcançado pelos efeitos da coisa julgada. Daí B poderia requerer esse bem ou direito de C que outrora saiu perdedor na ação contra A!! Por isso que o juiz primeiro julga a oposição.
OBS: se a oposição for oferecida antes da audiência de instrução e julgamento será apensada à ação principal e decidida pela mesma senteça que julgara a ação principal. E se a oposição for oferecida depois da audiência de instrução e julgamento correrá em separado, mas o juiz poderá suspender o processo principal por até 90 dias para julgar conjuntamente a oposição e a ação principal. Na prática o juiz suspende por 90 dias e depois disso ele segura a ação principal pra oposição alcançá-la.
OBS2: a Oposição só pode ser oferecida até a sentença.
Como a oposição só pode ser oferecida até a sentença poderia então c promover em face de A que ganhou e também em face de B que perdeu pra evitar futura reclamação de B?
NOMEAÇÃO À AUTORIA
Primeiro deve-se saber o que é mero detentor? R: mero detentor é uma relação de dependência, detendo a coisa por instrução. Ex: caseiro de um sítio.
O possuidor ( é aquele que exerce de fato alguns dos poderes da propriedade. Ex: locatário.
O mero detentro não pode defender a coisa em juízo. Não pode ser nem autor nem réu. O possuidor pode defender a coisa em juízo. O possuidor tem direito as ações possessórias.
O Proprietário ( (art. 1228 do cc/02) É aquele que reúne todos os direitos sobre a coisa. Há um equívoco na parte final, quando se diz detenha. Por que esse detenha pressupõe que o mero detentor seria parte, quando não o é. Deve riscar essa parte final desse artigo.
Exemplo de nomeação à autoria ( A promove uma ação em face de B, pensando que B é proprietário ou possuidor. Na verdade B é um mero detentor. Se ele é mero detentor, o que se considera aqui é que B é parte ilegítima. Há discussões sobre isso, mas na doutrina tradicional é considerado parte ilegítima. SE não ocorre nomeação à autoria ocorria a extinção do processo sem resolução do mérito por ilegitimidade da parte. Mas como existe a nomeação à autoria. Então B vai nomear essa parte legítima que o possuidor ou proprietário que é C. Assim C vai para o processo e B sai do processo. Ao invés de se extinguir o processo corrige-se essa ilegitimidade de perta evitando-se a extinção do processo.
Nomeação à autoria ( é uma forma de se corrigir uma ilegitimidade passiva ad causam. Que se dá quando o mero detentor é demandado como se fosse proprietário ou possuidor.
Aspectos da nomeação à autoria:
Para que se tenha essa troca, ou seja sai o mero detentor como no exemplo e entra o possuidor ou proprietário. O C deverá aceitar essa condição de possuidor ou proprietário. Até por que se o processo for extinto por ilegitimidade ele poderá ser demandado futuramente. O autor também precisa aceitar essa nomeação ou essa troca. A parte contrário precisa aceitar por que essa parte contrária escolheu B e não C. Se alguém não aceitar vai haver extinção por ilegitimidade. Mas isso não impede que se porpõe a ação em face de C diretamente. 
Se o mero detentor não realizar a nomeação à autoria ou nomear a pessoa errada será condenado em perdas e danos. Isso é pra evitar que o mero detentor e o possuidor ou proprietário façam um acordo entre si pra que o processo se extinga sem resolução de mérito.
Há uma hipótese controvertida de nomeação à autoria. Está previsto no art. 63 do CPC. Ex: A sendo proprietário ou titular de direito sobre a coisa, promoveação de indenização em face de B. Por que B causou algum prejuízo em face de A. Acontece que esse B praticou tal ato cumprindo ordens de C. Então ele nomeia à autoria C, ou seja aquele que ordenou a prática do ato. Por que é uma hipótese controvertida. Por uma razão simples. Por que se analisar os artigo 932 inciso III e 942 § único do CC/02, será analisado que em casos desse tipo ambos vão responder pelo ato tanto quem praticou como quem mandou. Assim como ambos vão responder se sai um e entra outro. Há autores que diz se tratar de chamamento ao processo por que ambos ficam no pólo passivo. O ARTIGO 63 É NOMEAÇÃO À AUTORIA e pronto.
CHAMAMENTO AO PROCESSO
Exemplo:
1) Credor e 2 devedores solidários. ( promove-se a ação em face de um deles ou ambos. Se promover a ação em face de um só. Ele paga sozinho e depois cobra do outro devedor. Mas há um caminho mais curto que é chamar ao processo esse outro devedor que não fora chamado pelo autor. Então o juiz condenará os 2 simultaneamente.
2) Credor, fiador e devedor. ( o credor ao invés de promover a ação em face do devedor ele promove diretamente em face do fiador. Claro que o fiador poderá pagar tudo e depois promover uma ação em face do devedor. Mas há um caminho mais curto que é chamar ao processo o devedor, para que ambos sejam condenados. Efeito prático é que se o fiador fosse condenado sozinho, quando executado ele não poderá exercer o benefício de ordem, sendo ambos executados o fiador poderá dizer pra primeiro executar o devedor por conta desse benefício de ordem.
3) Credor e dois fiadores ( se o fiador foi demandado sozinho ele poderá pagar tudo e depois cobrar do outro fiador. Mas há um caminho mais curto que é o chamamento ao processo.
A palavra chave do chamamento ao processo é a SOLIDARIEDADE. Por na denunciação da lide a palavra chave é REGRESSO.
O chamamento ao processo é uma forma de facilitar a cobrança de uma dívida envolvendo devedores solidários, fiador e devedor ou fiadores.
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
( artigo 70 do CPC
Exemplos:
O artigo 70 do CPC traz 3 casos de denunciação da lide (obs só inciso III resolveria tudo)
1) O inciso I trata da hipótese de evicção:
2) O inciso II trata de posse:
3) O inciso III contém a regra (direito de regresso):
Inciso I ( A aliena um bem a B. A é o alienante e B o adquirente. B comprou um sítio de A. Quando B está satisfeito. Aparece C promovendo um ação reivindicatória em face de B. C diz: o bem é meu. C diz que é proprietário antes de B ter adquirido. B comprou o bem da pessoa errada. Se B perder o bem pra C, B vai ficar sem o bem e sem o dinheiro. Essa perda do bem é chamada de evicção. Essa evicção tem que dar algum direito a B. Esse direito será o de ser indenizado pelo alienante, no caso em tela A. Mas como B fará para obter essa indenização. Quando C promover a ação em face de B por evicção, B deverá denunciar A para vir ao processo. Por que na mesma sentença, caso B perda ou seja comprovou-se a evicção, essa sentença criará um título executivo judicial onde B poderá executar A para que lhe recomponha o prejuízo. Na verdade há duas ações num único processo. A denúnciação da lide é uma ação de regresso sendo que sua eficácia depende do resultado da ação principal. Ou seja se B perder o bem pela evicção dai a sentença gerará o direito de B em face de A. Trata de direito de regresso em face do alienante.
Inciso II ( Hipótese da posse. É um dispositivo do cc/02 onde trata do desmembramento da posse em direta e indireta. Previsão do artigo 1197 do cc/02. Isso acontece em razão do direito pessoal e real. Exemplo: numa locação onde o locador entregou a posse, possui a posse indireta, aquele que recebeu a posse, o locatário, é chamado de possuidor direito. Por que acontece isso? R: Que é para o proprietário tenha direito as ações possessórias.
Exemplo do inciso II do art. 70 do CPC ( A é locador e B locatário. A é proprietário ou possuidor indireto. E B é possuidor direto. Poderia ser um usufruto ou arrendamento. Aparece C e promove uma ação de reitegração de posse em face de B. C diz que B está esbulhando a posse de C. E B diz que alugou. Mas a C esse fato é irrelevante. Nessa ação de reintegração de posse B pode perder essa posse para C. Sendo que A tinha prometido a C uma posse mansa e pacífica. B então denuncia a lide A ficando no processo ao lado de B. Por que se B perder a posse pra C, A deverá indenizar B na mesma sentença. A ideia é praticamente a mesma do inciso anterior. Também se trata de um direito de regresso. Direito de regresso em face do possuidor indireto.
Inciso III ( É a regra da denunciação da lide. Ex: Num acidente de trânsito. A promove ação de reparação de danos em face de B. A é a vítima. B é o causador do dano. Acontece que nesse caso, B tem contrato com a seguradora Porto Inseguro. E a Porto Inseguro no seu contrato com B diz que se B tiver que pagar ela irá ressarcir. B então demandado por A denunciará à lide a Seguradora. Se B tiver que pagar A, a seguradora terá que ressarcir C no limite de apólice. Mas há uma questão interessante nesse caso. Por que há algumas decisões nesse tipo de caso onde a vítima promova ação diretamente contra a seguradora. Há também decisões em contrário. O argumento da seguradora é que como ela, seguradora vai se defender se ela não tem conhecimento dos fatos. Em grande parte porque isso facilita o pagamento. Mas se analisarmos os artigos 788 e 787 do cc/02, o que ocorre é que nos seguros contratados a seguradora não responde diretamente à vítima, já nos obrigatórios ela responderá sim diretamente ao terceiro prejudicado. Se puder demandar diretamente desconfiguraria a denunciação da lide.
Há um caso no inciso III também que gerá controvérsia. Mas o STJ tem admitido. O caso é o seguinte: A promove uma ação de indenização em face do poder público, da fazenda pública, por um ato praticado por um servidor público. Nesse caso, todos sabemos que a fazenda pública tem direito de regresso em relação ao servidor. O que acontece. A fazendo pública denuncia à lide ao servidor. Se a fazenda pública tiver que pagar então o servidor irá ressarcir. A controvérsia reside na hipótese de que a responsabilidade da fazenda pública é objetiva e a do servidor é subjetiva. A controvérsia está no fato de que o STJ decidiu que a denunciação da lide não seria obrigada pela fazenda pública. Deveria essa ação ser autônoma.
OBS: a denunciação da lide pode ser feita pelo autor. EX: Aquele caso do inciso I, da evicção. A alienou um bem a B. A é o alienante e B o adquirente. Acontece que B comprou o sítio e estava satisfeito. Quando B foi entrar no sítio, emitir na posse, lá havia alguém já no lugar dele. O B então promove uma ação de imissão de posse em face de C que está no sítio. Por Imissão e não reintegração? R: por que ele nunca teve a posse antes, ele não pode pedir para ser reintegrado em algo que ele nunca teve. Além de promover a ação de imissão e posse, ele denuncia a lide A. Por que se ele perder essa imissão de posse o juiz na mesma sentença mandará que o A indenize a B.
A nomeação a autoria e o chamamento do processo são casos que dizem respeito apenas ao réu.
OBS: O denunciado e o denunciante são o que no processo principal? R: Há duas opiniões. A primeira diz que eles são litisconsortes em relação a ação principal, mas adversários na denunciação. A outra posição que diz que o denunciado é um assistente, sendo assistente simples ou litisconsorcial. No final das contas ficam três posições. O professor acha que é assistência simples. Por que quando se perde o bem na hipótese de evicção. A perdeu alguma coisa? R: não. Ele, A, tem apenas interesse jurídico na vitória do B.
OBS: A denunciação da lide seria mesmo obrigatória? Se não denuncia perde o direito de regresso ou pode promover uma ação autônoma? A opinião que se tem prevalecido ultimamente é a de que não. É que a denunciação é mais cômoda, célere. Há um caso apenas que gera uma discussão maior sobre a obrigatoriedade. Em razão do artigo 456 do cc/02. Por que esse artigo diz que para exercitar o direito aevicção, deverá notificar o alienante sob pena de perder o direito de regresso. E se diz que essa notificação deve se dar na forma processual, e essa forma processual é a denunciação da lide.
Denunciação da lide per saltum ( artigo 456 do CC/02. Ao invés de denunciar a lide o prévio alienante, poderá denunciar a lide qualquer dos alienantes anteriores. Ele pula aquele cara que vendeu imediatamente. Por exemplo: A vende B,C,D e E. Daí E pode denunciar a lide D ou C, B ou A.
 O recurso de terceiro prejudicado ( está no CPC que quem pode recorrer é a parte vencida, o MP e o terceiro prejudicado. Quem é essa figura do terceiro prejudicado? R: ele é normalmente aquele que pode atuar no processo como assistente simples. Existe algum caso de terceiro prejudicado que não pode ser visto como assistente simples? R: O litisconsorte necessário que não foi citado, ele pode recorrer na condição de terceiro prejudicado. E as outras figuras todas da intervenção? R: são partes.
Intervenção anômala ( é uma figura que está prevista numa lei especial (Lei 9.469/97 em seu artigo 5°). É um absurdo, por que é da fazenda pública. A união só pode intervir por que é UNIÃO e outro um ente federal ou intervir se houver qualquer outro ente público desde que haja interesse público. Vem sendo tratado por assistência simples, mas na verdade não é porque a lei dispensa o interesse jurídico. Embora na prática seja pouca utilizada essa intervenção.
A interevenção de terceiros não é admitida nos Juizado Especial Cível seja estadual ou federal. O único seria o recurso de terceiro prejudicado
No Procedimento Sumário se admite apenas a assistência, o recurso de terceiro prejudicado e a intervenção fundada em contrato de seguro, normalmente significa denunciação da lide.
JURISDIÇÃO
O primeiro aspecto diz respeito ao conceito. Qual o conceito? R: a jurisdição pode ser vista como função, como atividade ou como poder.
Jurisdição como função ( é a função do estado de resolver os conflitos de interesse de forma pacífica. É o conceito mais utilizado.
Jurisdição como atividade ( é um conjunto de atos praticados pelo juiz no processo.
Jurisdição como poder ( é uma manifestação de um poder estatal, precisamente o de decidir e de impor as suas decisões. É uma forma imperativa.
JURISDIÇÃO E OUTRAS FUNÇÕES ESTATAIS
O que que caracteriza a jurisdição? O que diferencia a jurisdição das outras funções estatais (legislativo e executivo). Existem várias doutrinas que caracteriza a jurisdição. A primeira doutrina é a de Carnelutti, que diz que o que caracteriza a jurisdição é justa composição da lide. Justa no sentido de resolver. Tem uma outra doutrina que a doutrina de Allorio, que diz que o que caracteriza a jurisdição é coisa julgada ou seja a definitividade. Ha um outro autor chamado Chiovenda, que o que caracteriza a jurisdiçao e atuaçao da vontade da lei e a substitutividade (ele faz o que os particulares deveriam fazer). Já de acordo com Cappelletti, que o que caracteriza a jurisdição é a imparcialidade, a imparcialidade é realmente o que caracteriza de fato a jurisdição.
PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO
1) P. DA INVESTIDURA ( significa que a jurisdição só pode ser exercida por que está legalmente investido da autoridade de juiz. Quando o juiz se aposenta o juiz não pode ser mais juiz. Aqui no Brasil quando se aposenta já era. Há quem entenda que na arbitragem há jurisdição. Há divergência sobre isso.
2) P. DA UNIDADE ( que a jurisdição como manifestação de um poder estatal não pode ser repartida, dividida. O que se reparte na verdade é a competência.
3) P. DA ADERÊNCIA AO TERRITÓRIO ( significa que a jurisdição é exercida apenas no território nacional. Fora do país se fala mais em jurisdição internacional.
4) P. DA INEVITABILIDADE ( significa que a jurisdição não pode se evitada pelas partes. O Estado impõe a jurisdição.
5) P. DA INDELEGABILIDADE ( significa que como qualquer função estatal, a jurisdição não pode ser delegada a outro órgão. Ex. Juiz sair de férias e deixar a mulher em seu lugar. Cuidado: EXCEÇÃO; atos meramente ordinatórios como a vista e a juntada podem ser praticados pelo serventuário de justiça. Art. 162 §4° do CPC.
6) P. DA INDECLINABILIDADE ( significa que o juiz não pode declinar de seu ofício da sua função. Ele não pode se recusar a julgar. 
7) P. DA INAFASTABILIDADE ( está na CF/88 art. 5 inciso XXXV – significa que é a garantia do acesso à justiça. Vale dizer que ninguém pode afastar do judiciário a apreciação de qualquer causa. Está voltado para o legislador, tanto para o próprio juiz.
OBS: poderá haver lei onde a pessoa terá que usar a via administritiva antes da judiciária, mas não que se esgote.
OBS: existem leis que proíbem concessões de liminar. Essa lei feriria a inafastabilidade. O STF entendeu que a lei em determinada situações pode sim limitar a concessão de liminar. (servidor público discutindo vantagens pecuniárias)
8) P. DO JUIZ NATURAL ( está previsto em dois incisos do artigo 5°, incisos XXXVII e LIII. É aquele definido pela lei como competente antes da ocorrência do fato. Proíbe-se o juiz ad-hoc. Proíbe-se juiz de exceção: tribunal criado após a ocorrência do fato. Há quem admita a existência do P. do Promotor Natural. É levar essa mesma ideia para o MP (art. 5° LIII), por que ninguém será processado pela autoridade, a autoridade não se refere só ao juiz, assim abre-se ao mp.
9) P. DA INÉRCIA ( a jurisdição não se movimenta se não houver a provocação. Está no art. 2° do CPC. Esta é a regra. Exceções: art. 989 do CPC – o juiz dá início ao inventário de ofício.
AULA 03 (JURISDIÇÃO II e COMPETÊNCIA) 26/02/09
TUTELAS JURISDICIONAIS
Classicamente existem 3 tutelas jurisdicionais: (classificam-se as ações, os processos e as tutelas dessa forma). Hoje a tendência do processo civil, é que no mesmo processo haja duas ou mais tutelas. Por exemplo: a tutela de conhecimento e a tutela executiva. Hoje a execução da sentença no processo civil se faz no mesmo processo. É a chamada cumprimento de sentença. Essa tendência é chamada de sincretismo processual.
a) de Conhecimento: tem por objetivo conhecer o direito, apurar o direito, saber se o autor possui que afirma em juízo.
b) Executiva: tem por objetivo satisfazer concretamente o direito do credor, já conhecido devido da existência de um título executivo.
c) Cautelar: tem por objetivo conservar o mesmo estado inicial de coisas, pessoas ou provas, assegurando o resultado útil de outra tutela. Ex: arresto – a rainha das cautelares, porque o objetivo do arresto não é satisfazer o direito, mas manter, conservar os bens do devedor para que o direito um dia seja satisfeito em outra tutela.
TUTELA CAUTELAR vs TUTELA ANTECIPADA ( a tutela antecipada é um adiantamento de efeitos práticos da sentença de mérito. Então é adiantado, precipitado no tempo os efeitos práticos da sentença de mérito. A tutela antecipada é uma tutela satisfativa. Ela satisfaz direitos. Ex: o plano de saúde não admite que se faça determinada cirurgia, não se vai esperar o trânsito em julgado da sentença, mas que a tutela seja antecipada, nesse caso a cirurgia. A tutelar cautelar é CONSERVATIVA, enquanto que a tutela antecipada é SATISFATIVA. Essas duas tutelas são fungíveis, conforme art. 273 §7°. Essa fungibilidade ocorre tanto da cautelar para a antecipada ou vice-versa.
CLASSIFICAÇÃO DA TUTELA DE CONHECIMENTO
1) Tutela DECLARATÓRIA ( tem por objetivo declarar a existência ou a inexistência de uma relação jurídica. Ou a autenticidade ou a falsidade de um documento. (art. 4° CPC) Declarar quer dizer tornar claro, esclarecer. Só incide sobre DIREITO, e não sobre fato. A exceção é a autenticidade ou a falsidade de um documento. Quer dizer, não se cria nada, só esclarece. Ex: investigação de paternidade. (STJ súmulas: 242 e 181)
2) Tutela CONSTITUTIVA ( tem por objetivo constituir, desconstituir, conservar ou modificar uma relação jurídica. Ex: separação judicial, renovatória de locação, revisional de aluguel.
3) Tutela CONDENATÓRIA (tem por objetivo determinar o pagamento de uma quantia de dinheiro. Ex: cobrança, reparação de danos. Condenar é retribuir o dano. Previsão legal: art. 475 letras...
4) Tutela MANDAMENTAL ( tem por objetivo expedir uma ordem para que alguém faça ou deixa de fazer alguma coisa. Incide sobre as obrigações de fazer ou não fazer. Ex: mandado de segurança, habeas data, habeas corpus. Prevista fundamentalmente no art. 461 do CPC.
5) Tutela EXECUTIVA LATO SENSU ( tem por objetivo determinar a entrega de uma coisa. Ex: ação de despejo, ação de reintegração de posse. Está prevista fundamentalmente no art. 461 – A do CPC. (tutela específica de entrega de coisa)
Há quem entenda que as tutelas de conhecimento são apenas 3:
- Declaratória:
- Constitutiva:
- Condenatória, incluindo a obrigação de fazer ou não fazer e a entrega de coisa:
Obs: a classificação trinária ou ternária compreende 3 três tutelas de conhecimento. E a classificação quinária compreende 5 cinco tutelas de conhecimento.
TUTELA INIBITÓRIA ( é uma espécie de tutela mandamental que tem por objetivo evitar a prática, a repetição ou a continuação de um ilícito. É uma tutela voltada para o futuro, trata-se de uma tutela preventiva. É uma vacina processual. Previsão legal da tutela inibitória no art. 5° inciso XXXV, art. 461 do CPC. Há uma diferença entre o ilícito e o dano. Pode haver ilícito sem dano, por exemplo a venda de um medicamento proibido por lei. E pode ocorrer o oposto, dano sem ilicito; por exemplo o ato praticado em estado de necessidade. O dano normalmente é um sintoma do ilícito.
TUTELAS ESPECÍFICAS ( são as tutelas do art. 461 e 461 – A do CPC. Quer dizer que o 461 trata de tutela específica de obrigação de fazer ou de não fazezr. Já o art. 461 – A trata de tutela específica de entrega de coisa. Há direitos que o dinheiro não compra, como por exemplo os direitos da personalidade.
Para obter a tutela específica ou o resultado prático equivalente o juiz pode de ofício tomar dieversas medidas. Tais como busca e apreensão, desfazimento de obras, remoção de pessoas ou coisas ou aplicação de multa periódica, a chamada astreinte.
O juiz pode continuar a juiz mesmo após a sentença. Tudo isso aplica também a entrega de coisa, inclusive a multa. Mas na entrega de coisa, normalmente, o juiz dá um prazo para o cumprimento da obrigação e se isso não ocorrer, ou seja não for cumprida a obrigação, determina a expedição de mandado de busca e apreensão bem imóvel ou de imissão na posse (bem imóvel).
A multa periódica ou astreinte pode ser modificada pelo juiz quanto ao valor e à periodicidade. Essa multa pode ser alterada de forma ex tunc.
COMPETÊNCIA
1. Conceito ( é uma atribuição conferida pela lei a um determinado órgão ou a um grupo de órgãos estatais para o exercício da jurisdição em concreto. Todo juiz tem jurisdição. Já a competência é o concretizar da jurisdição.
2. Critérios determinativos para fixar a competência (
2.1. MATERIAL: a competência é fixada em razão da natureza da causa. Ou seja pela matéria. Ex: competência da vara cível, da justiça do trabalho, de família e sucessões.
2.2. PESSOAL: a competência é fixada em razão da condição ou da qualidade das pessoas do processo. Ex: competência da vara da fazenda pública; a competência da justiça federal definida no art. 109 inciso I da CF. O art. 109 inciso I da CF diz que atuando como parte ou como terceiro a união federal, autarqui pública federal, empresa pública federal ou uma fundação pública federal (esta última se equipara à autarquia). Pergunta-se e a sociedade de economia mista entra? R: não entra nesse rol. A súmula 517 e súmula 556 do STF e súmula 42 do STJ. A quem compete decidir sobre o interesse do ente federal? Por exemplo há uma causa tramitando na justiça estadual, em seguida vem a União e pede para ingressar como assistente simples. Pergunta-se o juiz de direito pode decidir sobre esse interesse? R: Não. Nesse caso o juiz estadual deve remeter os autos ao juiz federal. Se no caso o juiz federal decidir que não existe interesse da União, ele então devolverá os autos ao juiz de direito, e o juiz de direito não poderá rebater essa decisão. Há 3 súmulas do STJ acerca desse assunto (150, 254 e 224). O TRF pode julgar recurso de uma decisão de um juiz de direito? R: Sim pode. Existe um caso e somente um. É o caso da jurisdição federal delegada. Por exemplo se não houver juiz federal em determinada localidade onde se decide acerca de causa previdenciária. (Súmula 55 do STJ)
2.3. FUNCIONAL: a competência é fixada em razão da atividade ou da função exercida pelo órgão julgador. Ex: a competência do tribunal para julgar recurso. É também um critério residual. Ou seja se não for nenhum outro, aplica-se o funcional; é sem explicação plausível. A competência estabelecida pela distribuição. Outro exemplo: a competência da Justiça Federal para a execução de sentença estrangeira homologada pelo STJ.
2.4. TERRITORIAL: a competência é fixada em razão da circunscrição territorial. Por exemplo a competência da Comarca de São Luís – MA.
2.5. ECONÔMICO: a competência é fixada em razão do valor da causa.
CLASSIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS:
ORIGINÁRIA( é aquela para conhecer da causa em 1° grau.
DERIVADA( é aquela para conhecer da causa em grau de recurso. Normalmente é do tribunal. Mas o de 1° grau terá essa competência no caso de embargos de declaração.
EXCLUSIVA( é aquela atribuída a apenas um órgão jurisdicional. Ex: as ações reais imobiliárias. (art. 95 do CPC)
CONCORRENTE( é aquela estabelecida para mais de um órgão jurisdicional. Ex: Reparação de danos recorrentes de acidente de veículos, onde o autor pode escolher ou no domicílio dele ou no local de fato. Ou seja haverá mais de um órgão competente.
	ABSOLUTA
	RELATIVA
	Prevalece o interesse público.
	Prevalece o interesse particular.
	Se dá quando o critério for: material, pessoal ou funcional.
	Critérios: territorial e econômico.
	Não pode ser modificada pela vontade das partes.
	Pode ser modificada pela vontade das partes. Ex: foro de eleição.
	Pode ser declarada de ofício ou alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição. 
	Não pode ser declarada de ofício. Devendo ser alegada pelo réu no prazo da sua resposta sob a forma de exceção de incompetência. Se não apresentada, prorroga-se a competência. Significa dizer que o foro que era incompetente, se torna competente.
OBS: em se tratando de competência ABSOLUTA, declarado a incompetência mais adiante, anulam-se os atos decisórios.
OBS 2: Se a incompetência absoluta não for alegada na primeira oportunidade, o réu responderá pelas custas de retardamento. Isso ocorre para desestimular o réu visando interesses próprios.
OBS 3: Art. 95 do CPC ( ações reais imobiliárias são propostas no foro da situação do imóvel. Que não se admite o foro de eleição para os casos de: vizinhança, servidão, posse, propriedade, etc... Ou seja em 99% da ações reais imobiliárias não se admite foro de eleição. Chega-se a conclusão que a competência é absoluta e não relativa em 99% dos casos. Essa competência pode até ser territorial mas é absoluta. Prova disso é a súmula 11 do STJ.
Art. 112 §único CPC ( trata da nulidade foro de eleição em contrato de adesão. O contrato de adesão pode ter foro de eleição, mas se está cláusula dificultar o acesso à justiça de quem está aderindo será nula. Essa cláusula é um óbice ao acesso à justiça pra quem está aderindo. Ex: contrato bancário celebrado com alguém de Manaus, tendo foro de eleição a cidade de São Paulo-SP. O juiz de ofício poderá declarar a nulidade da cláusula e remeter os autos ao foro competente. Esse é um caso que apesar de se tratar de competência territorial o juíz de ofício revertará a competência. Caso o juiz não declare de ofício a incompetência ordenando a situção, caberá ao réu apresentar exceção de incompetência sob pena da mesma ser prorrogada. 
Art. 114 CPC ( 
MODIFICAÇÕES DA COMPETÊNCIA
Principais formas de modificação são:
a) foro de eleição ( é uma cláusula acessória pela qual os contratantes elegem um determinado foro para o exercíciode quaisquer ações sobre direitos ou deveres oriundos do contrato.
b) conexão ou continência ( Conexão se dá entre causas quando estas apresentam a mesma causa de pedir ou o mesmo pedido. A identidade pode ser relativa, parcial. A continência se dá entre causas quando elas apresentam as partes, as mesmas causas de pedir e quando o pedido de uma for mais abrangente que o pedido da outra. Ex: ação para anular a cláusula 3° e a ação para anular o contrato. A continência é uma espécie de conexão.
AULA 04 (CONDIÇÕES DA AÇÃO E PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS) 25/03/09
OBS: o que se aplica a conexão, se aplica também à continência.
Consequências da Conexão:
1) Distribuição por dependência ( distribui-se a causa por dependência com outra já ajuizada. Por exemplo: uma determinada causa foi distribuída para a 3ª. vara cível, assim se houver conexão com essa causa com a nova causa, ela será distribuída por dependência à 3ª. vara cível, o termo tecnicamente correto seria atribuição por dependência porque já é específica a distribuição, não necessitando ser “distribuída”. O artigo 253 CPC prevê a distribuição por dependência em dois casos, a saber:
I – quando se relacionarem por conexão ou continência quando houverem causas já ajuizadas. Não existe OBRIGATORIEDADE.
II – quando, tendo sido extinto o processo, sem julgamento de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda; (o motivo desse inciso é: por exemplo um dos juizes em uma das varas vinha julgando os casos procedentes em casos iguais, dai 4 pessoas promovam ações (1 cai para 1ª. vara, 1 cai para 2ª., 3ª. e 4ª. vara, tratando-se do mesmo direito e da mesma matéria) antes de citar o réu todo mundo desiste só o da 3ª. vara que não, e dai esses desistentes pedem para entrar como litisconsortes., burlando assim o sistema da distribuição. Para evitar isso, o CPC diz se caso a parte promova a ação e desista, e se ele quiser propor a mesma ação novamente, esta deverá ser proposta na mesma vara. Buscando evitar a burla ao sistema de distribuição. Essa regra é OBRIGATÓRIA
III - quando houver ajuizamento de ações idênticas, ao juízo prevento ( o que são ações idênticas? São litispendência, quando houver litispendênia há um juizo prevento. A litispendência significa a identidade de partes de causa de pedir e de pedidos. Todos os elementos da ação devem ser idênticos. É novamente a história da burla à distribuição. Por exemplo todos querem a 3ª. vara porque é a vara que concede. A pessoa promove várias ações iguais. Uma vai para a 1ª., outra para a 2ª. e outra para a 3ª. Ele desiste, antes de citar o réu, das quais não interessa e fica só com aquela que interessa, no caso em tela a 3ª. vara. Nesses casos, o próprio judiciário consegue detectar isso. Essa regra do 253 não é voltada para a parte, mas sim ao judiciário. Se o judiciário detectar a litispendência deve ser encaminhado tudo ao juízo prevento. Também é OBIGATÓRIA a distribuição por dependência.
 
Também há distribuição por dependência nos artigos 108 e 109 do CPC (ações acessórias – acessório segue o principal)
Art. 108 do CPC (A ação acessória será proposta perante o juiz competente para a ação principal.
Art. 109 do CPC ( O juiz da causa principal é também competente para a reconvenção, a ação declaratória incidente, as ações de garantia e outras que respeitam ao terceiro interveniente.
2) A reunião de processos ( se as causas conexas já foram distribuídas para juízos diferentes (uma na primeira e outra na segunda vara), se não houve distribuição por dependência, haverá reunião delas numa mesma vara. Pergunta-se: qual é o juízo, que juízo é esse que fica com todas as causas conexas? R: O JUÍZO PREVENTO. Essa palavra prevenção vem do latim que é prevenire, que quer dizer vir antes, assim juízo prevento é aquele que veio antes. Como se saber qual é o juízo que veio antes. Há duas regras no CPC sobre a prevenção, a saber:
ART 106 do CPC ( Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma competência territorial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro lugar.
ART 219 do CPC ( A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição
OBS: se as causas estiverem no mesmo foro, território, o juízo prevento será o do primeiro despacho. Agora, se estiverem em foros diferentes, o juízo prevento será o da primeira citação válida.
Pergunta-se: a reunião dos processos será obrigatória? R: prevalece o entendimento de que a reunião entres os processos não é obrigatória, vale dizer não haverá nulidade da sentença se os processos não foram reunidos. Então a reunião entre os processos não é obrigatória, isso não vai anular a sentença, ela foi proferido por um juízo, mesmo que exista causas iguais em outro juízo. O que tenho que saber se deve reunir ou não os processos? R: os critérios serão: A INTENSIDADE DA CONEXÃO E A UTILIDADE DA REUNIÃO. Esses conceitos são vagos sendo analisado caso a caso pelo judiciário. A prova desses critérios é a súmula 235 do STJ (a conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi julgado) – não está se exigindo trânsito em julgado, teve sentença não reúne mais.
OBS: a conexão pode ser alegada pela parte ou pelo MP e pode ser declarada de ofício pelo juiz. Significa dizer que a conexão é matéria de ordem pública. Mas lembrando a súmula 235, ou seja só se pode alegar ou declarar até a sentença. Após a sentença não se fala mais em conexão e continência.
CONFLITOS DE COMPETÊNCIA
Há fundamentalmente dois conflitos: o positivo e o negativo.
1) NEGATIVO ( se dá quando dois ou mais juízes se julgam incompetentes para uma mesma causa. Ele acontece com 1 processo só ou dois ou mais processos. Por exemplo: foi proposta uma ação na justiça estadual, dai o juiz de direito diz que a matéria é trabalhista (EC45) daí ele manda para a justiça do trabalho, chegando na seara trabalhista o juiz também acha que a matéria não é sua mas do juiz inicial, ou seja o cível, esse caso é de um processo só. Ex2: juiz da primeira vara esta com o processo A, e o juiz da segunda vara esta com o processo B, ai o juiz da primeira vara declara a conexão entre as causas A e B sendo o juizo prevento é o da segunda vara, dai ele manda o processo A para a segunda vara, chegando la o juiz da 2 vara diz que não há conexão, assim ambos não querem julgar o processo A.
2) POSITIVO ( se dá quando dois ou mais juízes se julgam competentes para uma mesma causa. Normalmente se tem dois ou mais processos. É difícil haver em 1 processo só. Exemplo: primeira vara, processo A declarando conexão ja o da segunda vara diz que não há conexão. É mais difícil esse tipo de conflito.
Esses conflitos de competência estão no artigo 115 do CPC ( ele dá a entender que são três espécies de conflito, mas na verdade são só duas. Vejamos:
Art. 115. Há conflito de competência:
I - quando dois ou mais juízes se declaram competentes; (POSITIVO)
II - quando dois ou mais juízes se consideram incompetentes; (NEGATIVO)
III - quando entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos (POSITIVO OU NEGATIVO)
Se num dos juízos já houver trânsito em julgado não haverá conflito de competência. (Súmula 59 do STJ)
Pergunta-se: a quem compete julgar o conflito de competência?
R: A do STF está no artigo 102 inciso I “o”. A do STJ está no artigo 105, inciso I, “d”. A do TRF está no artigo 108, inciso I, letra “e”. Todos da CF/88.
SÚMULAS STJ
Súmula 03 (compete ao TRF dirimir conflito de competência verificado na respectiva região entre juiz federal e juiz estadual investido de jurisdição federal. (É a chamada jurisidição federal delegado – juiz de direito que faz a função de juiz federal.
Súmula 180 (na lide trabalhista compete ao TRT dirimir o conflito de competência verificado na respectiva região, entre juiz estadual e junta de conciliação e julgamento.– onde não há juiz do trabalho, o juiz de direito julgará as causas trabalhistas, logo o conflito será redimido pelo TRT.
Súmula 236 (não compete ao STJ dirimir conflito de competência entre juízes trabalhistas vinculados a tribunais regionais do trabalho diversos. – Quem julgará será o TST.
Súmula 348 (compete ao STJ decidir os conflitos de competência entre o juizado especial federal e juizo federal ainda que da mesma seção judiciária). – o juiz do juizado está vinculado à turma recursal e não ao TRF, entende-se então que estão vinculados a tribunais diferentes, logo a competência é do STJ e não do TRF. O STJ tem dado status de tribunal à turma recursal (Súmula 376 do STJ – MS contra ato de juiz do juizado deve ser impetrado na turma recursal). Porém nessa súmula o STJ desconsidera a CF em seu artigo 108 onde a competência para julgar MS seria o TRF.
O conflito de competência será suscitado perante o presidente do tribunal, pela parte, pelo MP ou pelo juiz.
Perpetuatio jurisdictionis ( artigo 87 do CPC. “Determina-se a competência no momento em que a ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da hierarquia”.
A competência será fixada (estabilizada) no momento da propositura da ação (com o despacho da inicial ou com a distribuição onde houver mais de uma vara). Ação se considera proposto com o despacho se for vara única, se houver mais de uma vara se houver mais de uma vara. Se modificarem as circunstâncias de fato ou do direito que determinaram a competência (por exemplo: mudança do domicílio do réu) esta não será alterada. O que siginifica essa perpetuatio jurisdictionis? R: foi proposta uma ação em Cuiabá, e essa ação foi proposta em Cuiabá porque Cuiabá é o foro de domicílio do réu, mas no curso do processo, o réu se mudou de Cuiabá para Campo Grande, a ação fica em Cuiabá porque a competência se estabilizou, permanece a mesma. Se não fosse assim, cada vez que mudasse o domicílio do réu se mudaria a competência. Qualquer modificação da circunstância de fato (mudança de domicílio) ou mudança de direito (mudança da lei) a competência permanecerá a mesma. EXCEÇÕES: 1) quando houver supressão de órgão jurisdicional; (a extinção de uma comarca por exemplo, esse processo não tem como permanecer nessa comarca) 2) se a competência for absoluta (quando se tratar de competência absoluta não tem perpetuatio jurisdictionis, por exemplo: numa determinada comarca há vara cível e vara criminal, só tem vara cível e vara criminal, não tem outra, separação judicial vai para a cível, no curso do processo cria-se uma vara de família, a pergunta é: as ações que estão na vara cível vão para a de família ou vão para a nova vara de família? R: vão para a de família. Por que a competência é absoluta, pois não há perpetuatio jurisdictionis, por exemplo a súmula 10 do STJ. Mas aí tem o seguinte: quando veio a EC 45, criou um caos, porque a EC 45 ampliou enormemente a competência da justiça do trabalho, uma competência absoluta; como mandar as causas que já foram setenciadas pelos juizes comuns para a justiça do trabalho, dai o TRT iria julgar sentença de juiz de direito!!! Daí surgiu o seguinte entendimento no STF (SE JÁ SENTENCIOU PERMANECE AONDE ESTÁ). Esse entendimento surgiu primeiro no STF e depois o STJ também o seguiu na súmula 367, exatamente para se evitar esse caos que poderia se instalar. Por que pela regra passaria tudo para a justiça do trabalho com ou sem sentença gerando um problema de ordem prática de grandes proporções. 
CONDIÇÕES DA AÇÃO E PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
 
O juiz analisa o mérito da causa. O mérito é o mesmo que pedido. Mérito não é causa de pedir, mas o pedido do autor que define o mérito. Mas antes do juiz analisar o mérito, ele vai analisar as condições da ação e os pressupostos que são conhecidos como requisitos de admissibilidade para o exame do mérito, do pedido. Consistem basicamente num filtro para o exame do mérito.
CONDIÇÕES DA AÇÃO ( são requisitos que se preenchidos possibilitam o exercício regular da ação e consequentemente o exame do mérito. Antigamente se diziam que eram condições de existência, agora se fala em requisitos para o exercício.
Quais são as condições da ação? Há dois grupos de condições da ação: as condições da ação específicas (são aquelas exigidas em algumas situações, alguns procedimentos) condições da ação genéricas (exigidas em todas as situações, em todos os procedimentos)
ESPECÍFICAS ( elas estão espelhadas pelo ordenamento jurídico. Estão previstas para cada situação no ordenamento jurídico. Por exemplo: a coisa julgada material para a Ação Rescisória (condição específica da ação rescisória). Outro exemplo: o direito líquido e certo para o MS. Assim como essas duas existem várias outras espalhadas pelo O.J.
GENÉRICAS ( são três, a saber:
· possibilidade jurídica do pedido ( significa a ausência de vedação normativa expressa ou implícita quanto ao pedido formulado pelo autor. Esse conceito é um conceito negativo (ausência de vedação negativa), por que é impossível que o sistema preveja todos os pedidos. Exemplo de impossibilidade jurídica: 1) usucapião de bem público; 2) prisão civil por dívidas (alimentos); 3) revisão judicial do ato administrativo discricionário, em razão da separação dos poderes, estabelece uma proibição implícita (comporta exceções). Hoje na doutrina há uma corrente, majoritária, que diz que a possibilidade jurídica abrange: as partes, a causa de pedir e pedido; não se limitando ao pedido. Ex: em relação às partes; nos juizados especiais, PJ não pode promover ação exceto micro empresa e empresa de pequeno porte, pergunta-se: se uma PJ promover uma ação no juizado isso vai ser o quê? R: é uma impossibilidade jurídica quanto à pessoa (PJ promovendo ação no juizado). Exemplo (causa de pedir): cobrança de dívida de jogo ilícito, o pedido é a condenação do réu a pagar X reais, a causa de pedir é o jogo ilícito, a ilicitude está na causa de pedir e não no pedido – é caso de impossibilidade jurídica porque a causa de pedir é ilícita. Candido Rangel Dinamarco chama essa condição genérica de possibilidade jurídica da demanda. Para a maioria da doutrina, cientificamente, a impossibilidade jurídica é uma improcedência. Calmon de Passos chama de improcedência prima facie. Marinoni chama de improcedência macroscópica. Para o CPC é uma HIPÓTESE DE EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.
· legitimidade para a causa ( primeira coisa é separar capacidade de legitimidade. Capacidade processul é uma aptidão genérica para agir em juízo por si só. Quem a tem? R: tem capacidade processual quem não for absolutamente nem relativamente incapaz, por exemplo: os maiores de 18 anos possuem capacidade processual, os mentalmente saudáveis. Legitimidade para a causa é uma aptidão específica para agir em juízo diante de um determinado caso concreto. Por exemplo: A é credor e B é devedor, o legitimado para cobrar a dívida é só de A. A legitimidade é específica para a causa, já a capacidade é genérica, será capaz para qualquer causa. Exemplo2: A promove uma ação de investigação de partenidade em face de B, A se diz filho e diz que B é o pai, faz-se o exame de Dna, comprova-se que B não é o pai. Pergunta-se: é caso de ilegitimidade para a causa ou improcedência do pedido? Outra pergunta: A se diz proprietário e promove uma ação reividicatória em face de B que é quem ocupa o imóvel, no curso do processo o juiz na verdade descobre que o imóvel pertence a C, novamente pergunta-se: é caso de ilegitimidade para a causa ou improcedência do pedido? R: São casos de IMPROCEDÊNCIA. Por que não é caso de ilegitimidade? R: Tem legitimidade os titulares da relação jurídica material hipotética (afirmada em juízo), ou seja quandos e promove uma ação se diz que se tem direito, é um direito afirmado, direito hipotético, afirma-se existir uma relação jurídica, se ela existe ou não é outra estória. Se essa relação jurídicade fato existir, no mérito ela julgado procedente. Agora o oposto, o pedido será improcedente. Mas de qualquer maneira há uma relação hipotética. Assim se A ao dizer que é filho de B, os titulares da relação jurídica hipotética, são A e B, sendo partes legítimas, agora se no final provar que não há direito o pedido será julgado IMPROCEDENTE. Agora, um exemplo de ilegitimidade: mãe de A promove ação em face de B dizendo que B reconheça a partenidade de A, nesse caso a mãe de A é parte ilegítima (art. 6° do CPC). Todo pedido se submete a isso. (Se houver direito será pra você? R: não, então parte ilegítima. Se o direito for pra você mas não há direito dai a falar em improcedência. O QUE IMPORTA PARA A LEGITIMIDADE É A RELAÇÃO MATERIAL HIPOTÉTICA, quem explica isso é a TEORIA DA ASSERÇÃO (as condições da ação são aferidas segundo as afirmações, as assertivas, o esquema hipotético e não a relação real, verdadeira). OBS: a Teoria da Asserção também pregava que as condições da ação deveriam ser analisadas apenas no início do processo antes da produção das provas, porém esta regra não se aplica ao processo civil brasileiro, pois as condições da ação podem ser conhecidas em qualquer tempo e grau de jurisdição (artigos 267 §3° e 301 § 4° do CPC) Assim, após produzidas as provas tudo seria mérito.
LEGITIMAÇÃO EXTRAORDINÁRIA ( se dá quando a lei confere legitimidade a quem não é titular da relação material hipotética. Exemplo: sindicato para a defesa dos interesses da categoria. O sindicato não é titular do direito material hipotético, mas tem legitmação porque é conferida por lei, no caso a CF. O MP na defesa do interesse dos consumidores, o meio ambiente. Mas há autores que dizem que a legitimação do MP é ordinária, porque não teria uma pessoa legitimada individualmente.
OBS: alguns autores chamam essa legitimação extraordinário de legitimação processual e consideram que a mesma é um pressuposto processual e não uma condição da ação.
· interesse de agir (processual) ( significa a utilidade potencial da jurisdição, vale dizer a jurisdição deve ser apta a produzir alguma vantagem ou benefício jurídico. A palavra chave de interesse é utilidade. Por que utilidade? R: porque todo processo tem um custo que não é só para a parte, mas também para o Estado. Não faz sentido movimentar a máquina judicial quando o resultado dessa lide for inútil, por isso não vai adiante um processo quando há falta de interesse (judiciário não é órgão de consulta). Exemplos de falta de interesse: ação declaratória de solvência, pois a solvência é presumida, a insolvência é que precisaria de uma declaração. Assim propor uma ação para declarar a solvência é inútil. A ADECON, se não houvesse previsão constitucional é uma ação inútil, pois a constitucionalidade se presume. A ação de cobrança por que detem título executivo, também é outro exemplo, pois o título executivo deve se executado diretamente, sendo inútil promover uma ação para se obter o que já se tem. A execução fiscal de valor irrisório, as vezes o que vai se obter com aquilo não paga o papel, a tinta. É comum se dizer que o interesse é resultado do binômio: necessidade e adequação. Liebman disse que interesse é utilidade que se caracteriza por necessidade e adequação. Só que boa parte da doutrina riscou utilidade ficando com necessidade e adequação. Necessidade ( a jurisdição deve ser indispensável, imprescindível, por exemplo: contrato de mandato, mandato pode ser revogado a qualquer tempo, no entato a pessoa promove uma ação para revogar o mandato, ao promover essa ação; a jurisdição é dispensável pois o mandato não tem causa de irrevogabilidade podendo ser revogado a qualquer tempo. Adequação ( a pertinência do procedimento escolhido e do provimento requerido (pedido). A adequação quer dizer que se deve escolher o pedido correto, o pedido adequado, na via processual adequada. Por exemplo: o locador promove ação de reintegração de posse em face do locatário. Outro exemplo: mandado de segurança impetrado para cobrança de dívida.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
 
Foram criados por um autor alemão chamado Bülow. Ele dizia que o processo era uma relação jurídica processual entre autor, juiz e réu. E dizia também que os pressupostos processuais seriam requisitos para a existência da relação jurídica processual. Era o mesmo que dizer requisitos para a existência do próprio processo. Passado um tempo, veio a doutrina e disse o seguinte: primeiro que o processo = relação processual e procedimento. Procedimento é uma sucessão de atos processuais (petição inicial, audiência, sentença). Essa doutrina também diz que os pressupostos processuais seriam requisitos para a validade do processo. E aí ficou essa dúvida. Requisitos para existência ou validade? R: Para o CPC, ele adota as duas ideias (art. 267 inciso IV). 
Conceito de pressupostos processuais segundo o CPC ( são requisitos para a existência e a validade do processo e consequentemente para o exame do mérito.
Quais são os pressupostos processuais?
R: o CPC não diz quais são. Logo, cada autor tem sua lista particular; uma classificação diferente. Assim adotar-se-á uma classificação mais abrangente, uma classificação muito próxima da doutrinadora Teresa Arruda Alvin Wambier.
AULA 05 (ATOS PROCESSUAIS) 30/03/09
Na aula passada foi falado que existe dois tipos de pressupostos processuais, os pressupostos processuais de existência e os pressupostos processuais de validade. Isto na verdade está no artigo 267 inciso IV do CPC. Esse inciso fala de pressupostos de constituição existência e de validade. Esses pressupostos seguem classificação diferentes dependendo do autor.
1- PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA, ele são:
- Petição inicial ou demanda, especialmente o pedido (porque o núcleo da demanda é o pedido). 
- Jurisdição (um juiz investido de jurisdição
- Citação (hoje em dia há duas exceções, ou seja julgamento do pedido antes da citação, elas são: previstas no artigo 285 – A e no 739 inciso III do CPC. Essas exceções apenas confirmam a regra e não foi por isso que a citação deixou de ser pressuposto processual.
* artigo 285 – A ( MATÉRIA UNICAMENTE DE DIREITO, não pode ter discussão sobre fato. Por que a matéria de direito se repete. Deve haver decisões no mesmo juízo, mesma vara, e não mesmo juiz. E também deve haver 2 ou mais sentenças, para casos idênticos de total improcedência. Por exemplo na 1ª. vara chega um determinado caso, apenas matéria de direito, dai o julga totalmente improcedente, em seguida chega um 2° caso onde o juíz julga totalmente improcedente, consequentemente quando chega mais um caso nas mesmas circunstâncias, o juiz julgará o caso sem citar o réu.
Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada. (Incluído pela Lei nº 11.277, de 2006).
§ 1o Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não manter a sentença e determinar o prosseguimento da ação. (Incluído pela Lei nº 11.277, de 2006)
§ 2o Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu para responder ao recurso. (Incluído pela Lei nº 11.277, de 2006)
O § 1° permite a retratação do juiz. Contudo, essa hipótese é rara de ocorrer na prática.
O § 2° permite que se não houver a retratação o réu será citado para apresentar contra-razões. Não é citado para contestar a ação, mas para oferecer recurso; ele já entra em grau recursal. É citado e não intimado, porque o réu ainda não está no processo, e o ato que traz o réu pela primeira vez ao processo é a citação. Há um problema, a saber: e se nesse recurso e o tribunal resolver reformar a sentença, porque se o tribunal confirmar a sentença não acarretará nenhum prejuízo ao réu, o problema é: se ele reforma a sentença e o réu não havia sido citado para responder a ação originale agora precisa ser responder ao recurso. Há várias posições, sendo nenhuma totalmente coerente para solucionar o problema.
Artigo 739 inciso III ( rejeição liminar dos embargos à execução. Os embargos manifestamente protelatórios são manifestamente improcedentes. É que o embargante não tem razões, nenhum fundamento, nenhum argumento, é para ganhar tempo tão somente.
2- PRESSUPOSTOS DE VALIDADE:
- A petição inicial apta é aquela que preenche os requisitos legais do artigo 282.
- Competência do juízo. Trata-se tão somente da competência absoluta.
- Citação válida. Aquela que preenche os requisitos legais.
- Capacidade postulatória. Capacidade processual e Legitimação processual. Essas três figuras foram já explicadas em aulas anteriores. A postulatória é a do advogado ou da parte representada por advogado. A processual é aquela que tem os que não forem absolutamente nem relativamente incapazes e por fim a legitimação é aquela atribuída por lei.
3- PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS NEGATIVOS: na presença de um deles, o processo é extinto sem resolução do mérito. Nesse caso o processo é inválido. Significa dizer na prática que são pressupostos de validades às avessas. Eles são:
a) perempção: no processo tem uma característica diferente da dos outros processos. Na prática ela é muito rara de ocorrer. É a perda do exercício do direito de ação que ocorre quando o autor abandona a causa por três vezes. Existe uma figura no processo civil que se chama abandono da causa, ela se dá quando o autor deixa o processo parado por mais de 30 dias sem praticar qualquer ato, qualquer diligência, nesse caso o código vai dizer que o juiz dará 48 horas ainda ao autor, se ele mesmo assim não se pronunciar o processo será extinto sem resolução de mérito. Outro aspecto interessante sobre o abandono da causa, é a súmula 240 do STJ diz que o processo só é extinto por abandono da causa se o réu requerer. Na verdade o autor deixa o processo parado por mais de 30 dias e dai o réu precisa requerer para que em 48 horas o autor se manifeste. Por isso não acontece na prática.
b) litispendência: exige uma identidade de partes, de causa de pedir e de pedido. Na litispendência, todos os processos ainda estão presentes.
c) coisa julgada: exige uma identidade de partes, de causa de pedir e de pedido. Aqui na coisa julgada o primeiro processo já foi extinto com resolução do mérito.
d) convenção de arbitragem: é um gênero que comporta duas espécies, a saber:
- cláusula compromissória; é uma cláusula acessória estabelecendo evetuais conflitos acerca do contrato serão resolvidos por meio de arbitragem. Por exemplo: há um contrato e nesse contrato se põe uma cláusula dizendo que se houver um conflito, este será resolvido por meio de um árbitro excluindo a jurisdição estatal, e o STF já decidiu dizendo que não é inconstitucional
- compromisso arbitral; ocorrido um conflito de interesses, as pessoas em conflito convencionam que o mesmo será resolvido por meio de arbitragem. Não precisa ter contrato algum, se ocorrer o conflito as pessoas decidem resolver o conflito pela arbitragem.
OBS: o compromisso arbitral não pode ser declarado de ofício pelo juiz. (artigo 301 §4° do CPC). 
 
Dentro do processo não existem diferenças entre os pressupostos de existência e de validade. Normalmente se faltar um pressuposto, o processo será extinto sem resolução do mérito, a consequência será igual. Agora, encerrado o processo surgem as diferenças. Se terminado o processo se constatou a falta do pressuposto; se faltou um pressuposto de validade o processo será inválido ou nulo, portanto a sentença inválida ou nula mas transitará em julgado caberá ação rescisória no prazo decadencial de 2 anos. Esse vício não se convalida dentro do processo mas fora dele, porque se passar o prazo a rescisória acabará. Se faltou pressuposto de existência, o processo é inexistente. Portanto, a sentença é inexistente. E não transita em julgado. Caberá Ação Declaratória de Inexistência (querela nulitatis). Que não se submete a prazo prescricional ou decadencial. O STJ tem admitido a querela nulitatis. Só que o STJ admite esta ação tanto para a falta quanto para a nulidade da citação. Esses vícios são considerados vícios transrescisórios (porque passa o prazo da rescisória). O STJ também admite o Mandado de Segurança no prazo de 120 dias (súmula 202 STJ).
ATOS PROCESSUAIS
1. CONCEITO ( é uma manifestação de vontade que tem por objetivo constituir ou desconstituir, conservar ou modificar a relação jurídica processual. É uma espécie de ato jurídico (citação, sentença).
2. PRINCÍPIOS DOS ATOS PROCESSUAIS ( basicamente há três princípios mais importantes.
2.1 Princípio da Liberdade das Formas ( está no artigo 154 do CPC. Significa que os atos processuais não terão forma determinada, salvo quando a lei exigir. Por exemplo, um despacho (tem despacho que é um carimbo, feito à mão)
2.2. Princípio da Instrumentalidade das Formas ( está no artigo 154 e 244 do CPC. Reputa-se válido o ato processual quando apesar de não cumprir a forma legal, alcançar a sua finalidade essencial. Por exemplo a citação que não obedece a forma legal quando o réu contesta (recovenção apresentada dentro da contestação, por que a reconvenção é uma peça separada; também o recursos adesivo dentro das contra-razões se encontra em alguns julgados).
2.3. Princípio da Publicidade ( está no artigo 5° inciso LX e artigo 93 inciso IX ambos da CF e artigo 155 do CPC. É básico no estado democrático de direito. Significa que todos devem ter acesso aos autos do processo e as audiências e sessões dos tribunais devem ser realizadas de portas abertas. Exceções (segredo de justiça) ocorrer em duas situações: 1) para proteção do interesse público ou social (informações sobre economia, que pode gerar uma queda ou aumento do dólar), 2) para a defesa da intimidade exceto se prejudicar o interesse público à informação.
TEMPO E LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS
TEMPO ( Das 6 as 20 horas, dentro desses limites a justiça estabelece seus horários de funcionamento. Há exceções a essa regra. Elas estão nos parágrafos 1° e 2°. Por exemplo a citação e a penhora podem ser realizadas no domingo e fora do horário previsto em lei, desde que o juiz permita.
LUGAR ( atos processuais devem ser praticados na sede do juízo. Há exceções: a parte não pode se deslocar até o forum para prestar depoimento pessoal.
Os atos das partes podem ser unilaterais e bilaterais:
- UNILATERAIS ( quando praticados por uma das partes. Exemplo: a contestação
- BILATERAIS ( quando praticados por ambas as partes. Os bilaterais são de dois tipos. São contratuais (ex: o acordo) ou concordantes (ex: a desistência da ação após o prazo da resposta do réu).
Os atos judiciais:
- atos do juiz ( o juiz pratica diversos atos no processo. Mas os mais importantes são chamados de pronunciamentos. Esses pronunciamentos são 3:
* Despachos ( é o ato do juiz que serve apenas para dar andamento ao processo. Põe o processo em movimento. Exemplo: “manifeste-se o autor sobre a petição de folhas”. O despacho não possui caráter decisório. O despacho não causa prejuízo. Assim, dele não cabe recurso.
* Decisões interlocutórias ( é o ato do juiz que resolve uma questão incidente. Pode ter qualquer conteúdo, exceto uma das situações do artigo 267 ou 269 do CPC. (ex: decisão de tutela antecipada, deferimento ou indeferimento de produção de provas). Ela possui caráter decisório. Pode causar prejuízo cabendo recurso, a saber: Agravo, embargos de declaração segundo a doutrina e a jurisprudência. Pela letra da lei, os embargos de declaração não estão previstos exatamente para a decisão interlocutória, mas é estendido segundo decisão do STJ. 
* Sentenças ( é o ato que tem como conteúdo uma das hipóteses do artigo 267 ou do artigo 269 do CPC. É um conteúdo pré-fixado em lei. (ex: prescrição, falta de condição da ação, carência de ação). A sentença extingue um procedimento, põe termo a um procedimento. A sentença possui caráter decisório. E se a sentença possui caráter decisório ela pode causar prejuízo, cabendo recurso

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