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TCC UNOPAR LUDICIDADE

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
Katieli Ribeiro Sampaio
A Ludicidade Nos Primeiros Anos Do Ensino Infantil
Poções-BA 
2019
A Ludicidade Nos Primeiros Anos Do Ensino Infantil
A Ludicidade Nos Primeiros Anos Do Ensino Infantil
 Projeto de Ensino aprendizagem à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, como requisito parcial para obtenção do título de Pedagogo.
Orientador: Prof. Rita de Cássia L. de Andrade
Poções-BA 
2019
Katieli Ribeiro Sampaio. A Ludicidade Nos Primeiros Anos Do Ensino Infantil. 2019.
RESUMO 
Este artigo tem como principal objetivo apresentar a grande importância do uso dos jogos e brincadeiras na educação infantil, especialmente na faixa etária que compreende entre 0 e 5 anos. O estudo foi desenvolvido a partir de uma pesquisa bibliográfica, apresentando uma abordagem sobre ludicidade nos anos iniciais da educação infantil. Destaca não somente o desenvolvimento das crianças quando em contato com os jogos, mas também o papel do professor ao executá-los em sala de aula, fazendo uso dos procedimentos didáticos e de sua prática de ensino pedagógica norteando a ação educativa através da ludicidade. Como ressalta os estudiosos Fröebel, Vigotsky, Piaget, dentre outros, a brincadeira contribui grandiosamente para o aprendizado da criança e é durante esta fase que ela mais aprende e desenvolve suas características cognitivas, por este motivo é essencial e muito importante que a criança brinque. Sabemos que ser educador não é tarefa fácil. O processo de ensino-aprendizagem demanda do professor conhecer o universo de cada aluno e com base nisso aplicar seu conhecimento e sabedoria com base na realidade de cada um. Os educadores fazem uso do lúdico nos anos iniciais do ensino infantil? As escolas disponibilizam materiais e espaços para que os jogos e brincadeiras possam ser desenvolvidos com as crianças? Serão desenvolvidas diversas atividades lúdicas com todas as crianças que fazem parte do ensino infantil. 
Palavras-chaves: Ludicidade. Educação Infantil. Brincadeiras. Jogos.
SUMÁRIO
1.2 Resumo……………………….............................…….………………….…...........…1
1Introdução................................................................................................................ 05
2 Revisão Bibliográfica ............................................................................................. 06
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino..............................................17 
3.1 Tema e linha de pesquisa....................................................................................17
3.2 Justificativa...........................................................................................................17 
3.3 Problematização...................................................................................................18 
3.4 Objetivos...............................................................................................................18 
3.5 Conteúdos............................................................................................................19
3.6 Metodologia..........................................................................................................17
3.7 Tempo para a realização do projeto.....................................................................21
3.8 Recursos humanos e materiais............................................................................21 
3.9 Avaliação..............................................................................................................21
4 Considerações Finais..............................................................................................22 
5 Referências.............................................................................................................24
1 INTRODUÇÃO 
A escolha do projeto de ensino foi voltada para a linha de pesquisa da docência na educação infantil. Ludicidade nos primeiros anos do ensino infantil foi o tema sobre o qual me debrucei a entender e estudar como é sua aplicação nas escolas. 
Os anos iniciais da criança na escola possui uma importância imensa em seu aprendizado, não só no que tange ao reconhecimento das letras e escrita, até porque existe um debate e um questionamento levantado pelos estudiosos sobre se a criança deve ou não ser alfabetizada nos anos iniciais do ensino infantil. Mas é importante também e principalmente para a formação cognitiva da criança e para que ela entenda alguns valores, aprenda a respeitar as regras impostas e muitas outras questões que os jogos e as brincadeiras proporcionam aprender.
Os questionamentos da pesquisa giram em torno da importância da Ludicidade no ensino-aprendizagem da criança e quais as melhores formas de se trabalhar fazendo uso deste método.
Entende-se por lúdico, os jogos e as brincadeiras que são utilizadas na educação infantil, com o intuito de contribuir com a formação educacional das crianças, mas não se restringe somente a isso.
O principal objetivo deste projeto, é explicar a função da Ludicidade no ensino infantil, entender como que os jogos e brincadeiras podem contribuir para a formação e o aprendizado da criança. Para que se possa fazer uma definição de brincadeira infantil, é importante salientar o quão importante é o brincar durante a infância, isso porque todo o processo de desenvolvimento integral do ser humano está diretamente ligado a questões como esta, o ato de brincar contribui diretamente para os desenvolvimentos ligado a questões como esta, o ato de brincar contribui diretamente para os desenvolvimentos físico, cognitivo, emocional, cultural, social e afetivo de cada criança.
Na educação infantil é preciso levar em conta que esta é uma fase em que as crianças estão em desenvolvimento e por isso precisa proporcionar vivências significativas, são essas vivências que se dão de maneira lúdica, por meio do brincar e o fato de elas possuírem tão pouca idade devemos colocar isso como parte do dia a dia nessa etapa. É por meio desse ambiente curioso e repleto de atividades lúdicas, que o brincar torna-se aprendizado e se transforma em um saber extraordinário. A educação infantil não tem como foco o letramento das crianças, mas proporcionar a alfabetização e o contato com o mundo da leitura, dentre as muitas outras atividades que se desenvolvem.
 O professor ao ensinar através do lúdico irá possibilitar ao seu aluno uma melhor aprendizagem, pois, o alfabetizar e o letramento na escola pode ser muito diferenciado, a depender de que forma o educador utilizará este instrumento de ensino. Essa ferramenta, que é o lúdico, favorece o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, proporcionando um trabalho enriquecido, que possibilitará uma maior vivência de emoções, descobertas, curiosidades, que irá favorecer a construção do conhecimento.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
	A palavra lúdico se origina do latim ludus que significa brincar. Na história antiga há relatos de que o ato de brincar era desenvolvido por toda a família, até mesmo no momento em que os pais se dedicavam a ensinar os ofícios para seus filhos. Destacamos que para cada época e sociedade a concepção sobre educação sempre teve um entendimento diferenciado, logo o uso do lúdico seguiu tal concepção. Os povos primitivos davam à educação física uma importância muito grande e davam total liberdade para as crianças aproveitarem o exercício dos jogos naturais, possibilitando assim que esses pudessem influenciar positivamente a educação de suas crianças. 
	Platão, já em meados de 367 a.C., apontou a importância da utilização dos jogos para que o aprendizado das crianças pudesse ser desenvolvido. Afirmava que em seus primeiros anos de vida, os meninos e meninas deveriam praticar juntos, atividades educativas através dos jogos. Rabelais, no século XV, já proclamava que o ensinamento deveria ser através dos jogos, dizendo a todos que deveriam ensinar às crianças o gosto pela leitura, pelodesenho, pelos jogos de cartas e fichas que serviam para ensinar a aritmética e até mesmo a geometria. Outros teóricos também contribuíram para que o lúdico pudesse ser utilizado na educação dentro do processo de ensino e aprendizagem. Destacamos: Rousseau e Pestalozzi, no século XVIII; Dewey, no século XIX; e no século XX, Montessori, Vygotsky e Piaget, mais a frente falaremos um pouco mais sobre eles.
	Para nossa atual sociedade, é comum entender a necessidade do brincar quando se é criança, apesar de ainda existir muitos casos de trabalho infantil e outras atrocidades envolvendo crianças, em grande parte as pessoas entendem e incentivam a importância de a criança estar envolvida em brincadeiras durante toda sua infância. Mas nem sempre foi assim, durante o século XVII, por exemplo, a infância não era algo reconhecido, isso porque as crianças eram tidas como miniaturas de adultos e tratadas como tal, não existia lugar para “ser criança” naquele tempo, muito menos para brincadeiras. Inclusive o catolicismo, instituição de maior influência na época, considerava as atividades lúdicas como geradoras de desvios e componentes de ociosidade.
	Apesar de reconhecermos a presença do lúdico em muitas sociedades no decorrer da história da humanidade, são muitos os casos em que a criança não é vista como criança e não possui um de seus direitos essenciais, que é o de brincar, consentido. Mas ao passar do tempo, esta questão toma espaço ganhando força nas preocupações voltadas para o mundo infantil presente na sociedade e vão surgindo estudiosos e pensadores que enfatizarão essa questão e muitas outras que abrangem o mesmo ramo, inclusive a ludicidade.
	Segundo Philippe Áries no texto “História Social da Infância e da Família na Idade Média”, a criança era vista como miniatura de um adulto, após os seus seis ou sete anos era desmamada e sua infância chegava ao fim. A infância era uma fase extremamente curta e não possuía o mesmo sentido que a conhecemos nos dias atuais, com todas as suas peculiaridades, como por exemplo, todos os cuidados que necessitam, a imaturidade e até mesmo a dependência dos adultos. 
	A fase da adolescência não existia, após o desmame a criança já era imediatamente inserida ao mundo dos adultos, passando a conviver com eles e frequentar todos os lugares que eles frequentavam como trabalho, bares, ambientes noturnos, etc. Por conta dessa definição do que vinha a ser uma criança não existia um trabalho pedagógico diferenciado para cada faixa etária, a estrutura institucional educativa a qual conhecemos hoje não existia e nem cabia no modelo social da época. Os locais de estudo se resumiam a salas livres frequentadas por pessoas do gênero masculino que possuíam necessidade de aprenderem a ler e escrever, na maioria das vezes eram ambientes superlotados, no caso das meninas a educação era feita nas casas que moravam, não podendo elas frequentarem as salas de ensino.
	Conforme Áries somente no final do século XV e início do XVI, que começou a haver uma cobrança efetiva da sociedade com relação aos cuidados com a criança e com a necessidade de os pais desenvolverem a afetividade pelos filhos. Dessa forma os conceitos da sociedade foram paulatinamente mudando e as crianças conquistando o direito de viverem sua infância e estarem mais próximas dos seus pais.
	Porém, Áries nos mostra que devido as escolas ainda estarem em um processo de formação e sem uma estrutura de objetivos definidos, acabavam sendo muito rígidas e focadas apenas na formação de bons trabalhadores que possuíam os bons costumes e a moral instituída pela sociedade da época.
	Teresinha Costa em seu livro “Psicanálise com Crianças” (2007), vem mostrar que foi com a ascensão do capitalismo e seus ideais que os valores individuais ganharam mais importância. Somente após esta noção da individualidade é que a criança passa a ser vista como uma forma de investimento, pois é tida como potencial de mão de obra a longo prazo, o que pode vir a ser muito lucrativo para o Estado. Assim são inseridos na sociedade valores e leis que dizem que se deve preparar a criança para que a sociedade tenha homens bons e produtivos. Como consequência dessa nova fase, a responsabilidade passa também para as famílias que começam a se ocupar de tudo que tem alguma relação com seus filhos, desde a brincadeira até a educação, higiene e saúde física.
	É a partir do século XIX e XX, conforme Teresinha coloca, que tem início uma visão mais sistemática e abrangente voltada para a criança em vários aspectos como: pedagógico, pediátrico, especializações no seu desenvolvimento psicológico, entre outros. Entra em campo a partir daí, o discurso científico, produzindo, cada vez mais informações a respeito das práticas educativas. 
	Um dos estudiosos que vai trabalhar questões voltadas para a infância e a importância do brincar nela, é o pedagogo e pedagogista alemão Friedrich Wilhelm August Fröbel (1782-1852), o fundador do primeiro jardim de infância. Para Fröebel, a brincadeira é a fase mais alta do desenvolvimento da criança (FRÖEBEL,1887, p. 55 apud ARCE, 2002, p. 60). Sendo para o homem, neste estágio, a mais pura e espiritual atividade necessidade a sua formação inicial, ou como um todo. O brincar proporciona ao indivíduo a sensação de alegria, liberdade, contentamento, descanso interno e externo, paz com o mundo, além de muitas outras emoções cruciais para o bem-estar da criança. Esta atividade possui um conjunto de tudo que é bom e essencial para a felicidade e contribuição da saúde de uma criança.
	A criança que brinca muito, especialmente se houver uma grande quantidade de determinação auto ativa, muita perseverança, certamente será um adulto determinado, capaz de sacrifícios para a promoção do seu bem-estar e do bem-estar dos outros. 
	Fröebel, que fora influenciado por um ideal político de liberdade, ao criar o jardim de infância no ano de 1837, o considerou um espaço onde as crianças e até mesmo os adolescentes, seriam livres para aprenderem sobre si e sobre o mundo. Fez uso da música, em seu processo pedagógico, de modo que pudesse educar as sensações e as emoções através dela, também enfatizava livres expressões através do uso de argila e papel, para as montagens das atividades propostas. Para ele, era nas realizações destas atividades que a criança tinha a oportunidade de expressar o seu mundo interno e a partir disso conseguir se ver, se modificar, ou seja, fazer sua auto-observação e avaliação.
	Em suas pesquisas, Fröebel deixou comprovado que a utilização das brincadeiras colabora grandiosamente para o desenvolvimento da criança nesta fase inicial, bem como, a importância da utilização do brinquedo como prática pedagógica. É através das brincadeiras que a criança consegue se projetar para o futuro por meio de sua imaginação, além de ajuda-las a desenvolverem a sociabilidade, o psicológico e o psicomotor, contribuindo dessa forma para o desenvolvimento de sua criatividade e potencialidades.
	Para melhor analisar o comportamento das crianças, Fröebel faz uso das brincadeiras para observar a maneira de agir que cada uma possui e através desta análise chegou à conclusão que elas valiam de símbolos nas horas de brincarem. Esta sua filosofia contribuiu de maneira grandiosa para a educação infantil, inclusive fazendo com que se tornasse um grande referencial para a pedagogia, filosofia, psicologia e muitas outras áreas do conhecimento.
	Para se associar uma visão positiva das atividades espontâneas executadas pelas crianças, foi necessária uma profunda mudança na imagem da criança criada pela sociedade, a partir daí houve também uma valorização dos jogos e dos brinquedos. Estes passaram a serem vistos como fatores de desenvolvimento infantil e passou a serem fonte de um amplo campo de estudos e pesquisas que até os dias atuais são desenvolvidas.
	Fröebel defendia uma educação sem imposições às crianças porque, segundo a sua teoria, elas passam por diferentes estágios de capacidade de aprendizado, com características específicas cada uma, antecipando asideias do suíço Jean Piaget (1896-1980). Foram três os estágios detectados por Fröebel: primeira infância, infância e idade escolar.
	Para ele, a escola é o lugar onde a criança deve aprender as coisas importantes da vida, os elementos essenciais da verdade, da justiça, da personalidade livre, da responsabilidade, da iniciativa, tudo isso não por meio dos estudos, mas por meio da vivência. De modo que possibilitasse o aprendizado, Fröebel via os brinquedos, o trabalho manual e o estudo da natureza como processos espontâneos na criança e, ao mesmo tempo, meios educativos de grande contribuição para seu aprendizado.
	Partindo dos interesses e tendências inatos na criança para a ação, o jardim de infância que fora por ele criado, tinha o dever de ajudar os alunos a se expressarem e se desenvolverem. Para Fröebel, a aquisição de conhecimentos deve ser considerada em segundo plano, o mais importante é basear-se na evolução natural das atividades infantis. O objetivo do ensino deve ser sempre extrair mais do homem do que colocar mais e mais dentro dele.
	Um outro estudioso que trabalha com as questões infantis é Jean William Fritz Piaget (1896-1980), biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço, considerado um dos mais importantes pensadores do século XX. É um dos autores cognitivistas, faz descrição das crianças e adolescentes enfatizando como desenvolvem e adquirem seus conhecimentos e como eles evoluem, para explicar isso propõe uma divisão do desenvolvimento psicológico em estágios, que a criança percorre até adquirir e desenvolver seus conhecimentos sobre si mesma e sobre o mundo a sua volta. 
	Piaget atribui ao jogo um papel essencial para o desenvolvimento infantil; acredita que ao jogar as crianças assimilam e transformam a realidade. Propõe uma subdivisão dos jogos, por faixa etária, sendo elas: 
	• Primeira etapa - para crianças de zero a dois anos de idade que ele chama de período sensório-motor, as crianças repetem situações simplesmente por prazer; 
	• Segunda etapa - para crianças de dois a sete anos que ele chama de período pré-operatório em que as crianças não fazem o exercício mental, mas sim a representação do ocorrido; 
	• Terceira etapa - para crianças acima dos sete anos, que ele chama de período operatório em que os jogos são de regras. É a união dos outros dois jogos, explorando, neste caso, a coletividade para o ato de jogar, sendo importante a cooperação entre as crianças. 
	A utilização do lúdico na educação tem também, além do objetivo de desenvolver o aprendizado de forma mais atrativa para o aluno, o objetivo do resgate histórico-cultural dessas atividades. É um ótimo momento para o reconhecimento do seu histórico familiar e de sua cultura regional. Adquirimos desde criança as mais diferentes formas de conhecimento: seja popular, cientifico, cultural, religioso, aprendendo-as de maneiras e objetivos diferentes, mas com algo comum para todos os seres: o mundo da criança, independentemente de suas origens, é lúdico e ilusório e o mundo do adulto se abstém de ludicidade, sendo realista.
	Piaget considera a criança como um ser ativo e estabelece uma relação de troca com o meio objeto, partindo desse pressuposto, a criança não pode ser considerada um ser passivo apenas, e cabe ao professor, como papel importantíssimo, promover as possibilidades de ações que permitam o avanço da cognição dos alunos, cada um dentro de sua particularidade e também em conjunto como um todo. Ele entende que é a própria criança quem constrói os seus conhecimentos, tendo como ponto de partida as experiências e relações que tem com os objetos e com o mundo.
	Grande parte desses conhecimentos advém dos jogos e brincadeiras, pois inclui a noção de regras e socialização, além de exercitar a criatividade nas crianças. De acordo com Piaget (1987), a atividade lúdica é um princípio fundamental para o desenvolvimento das atividades intelectuais da criança, sendo assim indispensável a prática educativa. Por este motivo, é importante que os educadores estejam devidamente preparados para executarem as atividades lúdicas em sala de aula, para assim permitirem e facilitarem o desenvolvimento cognitivo da criança, além de proporcionarem a elas uma melhor assimilação do lúdico com a realidade concreta.
	Piaget não é o único psicólogo que se destacou no estudo das crianças, Lev Semenovitch Vygotsky (1896-1934), que foi um psicólogo proponente da psicologia histórico cultural, considerado pioneiro no conceito de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida. Vygotsky teoriza que a criança ao brincar, está junto aos seus colegas e sempre explorando o meio a sua volta com os objetos, se desenvolve de uma maneira mais eficaz e feliz, é neste momento que o ato de brincar torna-se um aspecto relevante na constituição do pensamento infantil. 
	Segundo as teorias de Vigotsky o ser humano se desenvolve a partir do aprendizado, que envolve a interferência direta ou indireta de outros seres humanos, sendo que a mediação faz a diferença, interferindo na relação de aprendizagem da criança e fazendo com que as funções psicológicas superiores se desenvolvam no ser humano. Cita que o jogo é um instrumento importante para esse desenvolvimento, sendo que os jogos e suas regras criam nos alunos uma zona de desenvolvimento, proximal (ZDP), proporcionando desafios e estímulos para a busca de conquistas mais avançadas, ensinando também a separar objetos e significados. Vigotsky explica que a zona de desenvolvimento proximal (ZDP) é o percurso que o ser humano faz até chegar a um nível de amadurecimento real, sendo chamado por ele de zona de desenvolvimento real (ZDR) que é a capacidade do ser humano de realizar tarefas independentes. Ao utilizar o lúdico para o ensino infantil o professor está permitindo que os alunos aprendam brincando de forma prazerosa, dando a oportunidade às crianças de adquirirem conhecimento sem se entediarem.
	É durante a brincadeira que a criança irá revelar o seu estágio cognitivo, auditivo, visual, tátil, motor, o modo que tem de aprender e se relacionar, tanto com mundo a sua volta, como com as outras crianças e indivíduos que fazem parte da brincadeira em si. De acordo com Vygotsky (1998), a brincadeira cria para as crianças uma zona de desenvolvimento proximal, é a partir das atividades lúdicas que as crianças reproduzem as situações que são vividas no seu cotidiano, a partir do uso de sua imaginação e também do faz de conta. Detalhe que é muito importante, pois é neste ponto que a criança vai também “imitar” as cenas cotidianas que elas vivenciam durante o decorrer de seus dias em suas brincadeiras.
	Neste sentido, o brincar atua como um grande potencializador da capacidade de aprender nas crianças, por meio das atividades lúdicas inseridas nos ambientes de aprendizagem. Para Vygotsky, é essencial que a criança brinque e reforça a importância deste ato, pois para uma boa formação é indispensável que a criança se movimente, conheça, experimente, sinta, descubra, explore, enfim, movimente sua imaginação e interaja constantemente, para que possa desenvolver bem suas potencialidades.
	Na Grécia antiga era através dos jogos que se passava ensinamento às crianças. Os índios ensinavam e ensinam seus costumes através da ludicidade. No Brasil do período colonial, os jesuítas ensinavam utilizando brincadeiras como instrumentos para a aprendizagem. A verdade é que desde os primórdios, a metodologia lúdica sempre foi valorizada pelos povos, sejam quais forem, e a inquietação torna-se justamente a de: será que nos dias atuais esse instrumento, já ratificado por diversos autores de renome, está sendo valorizado no ensino, principalmente no ensino infantil? Trazemos como bases de conhecimento todo um conjunto adquirido desde os primórdios e devemos valorizá-los e aplicá-los no ensino. A utilização da ludicidade como instrumento metodológico para o ensino de nossas crianças é um desses ensinamentos que não devemos deixar para trás. Devemos fazer o mesmo com a maneiraque ensinamos nossas crianças, que estas tenham o aprendizado de maneira espontânea, onde possam ser ativas durante o processo de aprendizagem e que este se torne significativo. Kishimoto em suas obras contribui com o seguinte relato: “A criança é um ser em pleno processo de apropriação da cultura, precisando participar dos jogos de uma forma espontânea e criativa.” (KISHIMOTO, 2000). Precisamos nos apropriar do conhecimento sobre como utilizar o lúdico como instrumento metodológico para o ensino. Este deve contribuir para que nossos alunos tenham um aprendizado qualitativo e significativo.
	Donald Woods Winnicott (1896-1971), foi um pediatra e psicanalista inglês, para ele o importante na atividade lúdica não é somente o produto da atividade, mas a própria ação/movimento que é vivido pela criança naquele momento. Quando se propicia para a criança que ela brinque em um espaço onde o mundo simbólico pode ser imaginado e expresso livremente, você como educador, permite que seja facilitado o processo de transição da criança, entre mundos completamente distintos, como é o caso, por exemplo, do mundo onde ela é completamente dependente da mãe para o seu próprio mundo onde existe uma certa independência. Ele destaca também que a psicomotricidade relacional deixa clara também a importância das vivências simbólicas no mundo da criança, afinal só neste espaço proporcionado para a criação lúdica é que a criança poderá se posicionar como autora de sua própria história.
	Segundo Winnicott (1982), o brincar representa uma forma de comunicação através da qual a criança revela seus sentimentos, simboliza e elabora seus conflitos e manifesta a sua realidade interior. O processo de ensino e aprendizagem é complexo e dele fazem parte diversos fatores, dentre os quais estão presentes os aspectos emocionais, que podem ser responsáveis por dificuldades de relacionamento e de aprendizagem em sala de aula. Os conflitos emocionais e psicológicos dos alunos podem configurar grandes dificuldades para os professores, pois estes, na maioria das vezes, não tiveram uma formação específica para lidar com tais questões. Os conflitos manifestados em sala de aula podem ser resolvidos de diversas maneiras, porém, pesquisas apontam que, na infância, uma das formas mais eficientes para auxiliar a criança em seu desenvolvimento emocional é o brincar (FREUD, 1976; KLEIN, 1991; ABERASTURY, 1992; WINNICOTT, 1975, 1982, 2005).
	Para Winnicott (1975), a atividade lúdica assume naturalmente uma função terapêutica para a criança, mesmo que não se trate de um atendimento clínico ou de uma terapia em sentido estrito. Winnicott (1975, p.74) ressalta que "É bom recordar que o brincar é por si mesmo uma terapia. Conseguir que as crianças possam brincar é em si mesmo uma psicoterapia que possui aplicação imediata e universal [...]". Conforme Winnicott (1982), o brincar não representa para a criança apenas uma atividade prazerosa, mas também, um momento que propicia o domínio e a expressão de suas angústias.
	Winnicott (1982) aponta que a criança adquire experiência por meio de suas brincadeiras, da mesma forma que o adulto evolui por meio de seu contato com o mundo. Dessa maneira, a brincadeira infantil contribui para uma integração da personalidade e constitui uma fase de extrema importância do desenvolvimento da criança, pois “fornece uma organização para a iniciação de relações emocionais e assim propicia o desenvolvimento de contatos sociais.” (WINNICOTT, 1982, p.163).
	É importante que os brinquedos disponibilizados para a criança sejam resistentes, para que não se quebrem com facilidade, pois isto acarreta frustração e angústias. Mas se caso virem a quebrar, é indispensável que o adulto auxilie a criança no conserto, pois ela precisa exercer sua capacidade de reparação para que não se sinta culpada. Conforme Winnicott (1982), o brincar permite que a criança entre em contato com a sua realidade íntima psíquica pessoal, por isso, em suas atividades, poderemos encontrar expressões de amor e agressividade.
	Winnicott (1982) acredita que ao manifestar seus impulsos destrutivos no brinquedo, a criança se sente confortada, pois, os sentimentos agressivos expressos não retornam do objeto para ela. Além do mais, o brinquedo permite que a criança transfira os sentimentos agressivos que possui em relação a alguém para um objeto, assim, ela descarrega seus impulsos coléricos sobre uma forma simbólica e substituível que atende suas necessidades. É essencial que o adulto aprove ou, ao menos, tolere a agressividade durante a brincadeira, pois, do contrário, acarretará frustrações e angústias na criança, e, dessa maneira, a finalidade de elaboração das angústias na brincadeira não será alcançada, ao invés disso, gerará mais angústias. Winnicott (2005) considera que a capacidade de construir apresenta-se para a criança como uma forma importante para ela lidar com sua agressividade. Assim, o brincar construtivo significa um sinal de saúde, pois “[...] em condições ambientais favoráveis, um impulso construtivo está relacionado com a aceitação pessoal, por parte da criança, da responsabilidade pelo aspecto destrutivo da sua natureza.” (WINNICOTT, 2005, p.107). Esse brincar construtivo surge gradualmente no decorrer do desenvolvimento da criança, estando na dependência das experiências de vida. 
	Para Winnicott (1982), é importantíssimo para o desenvolvimento emocional da criança que os pais demonstrem uma disponibilidade lúdica para com seus filhos, pois tais atividades entre pais e filhos constituem as melhores relações entre ambos. O tempo que os pais dedicam aos seus filhos é imprescindível para um desenvolvimento saudável dos mesmos, já que a relação afetiva é a base para que, futuramente, eles possam se tornar adultos saudáveis emocionalmente.
	Portanto, é importante que a brincadeira faça parte da vida da criança, tanto no âmbito escolar, como no âmbito familiar. Segundo Winnicott (1982), a compreensão que a criança terá do mundo dependerá de como ele foi apresentado a ela no decorrer do seu desenvolvimento. Nesse aspecto, a atividade lúdica desempenha um papel essencial, pois ajuda a criança a enxergar a si própria e ao mundo. Winnicott (1982) ressalta que os adultos precisam ser conscientizados dos benefícios que o brincar fornece para o desenvolvimento emocional da criança.
		Além desses autores que foram citados, há muitos trabalhos produzidos sobre ludicidade, abordando diferentes ângulos e visões, mas, o importante é que a maioria ressalta a grande importância da ludicidade na educação infantil de um modo geral, logo, compreende-se que é algo indispensável ao pedagogo, principalmente nos anos iniciais do ensino fundamental I, que é quando há uma maior presença de crianças em idade de formação inicial. Para proporcionar uma boa educação então, é necessário proporcionar ao educando situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem, sendo sempre orientadas de forma integrada, de modo que venha a contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis, sempre aprimorando-as de acordo com a realidade de cada um.
Privar a criança de viver intensamente em favor de um treinamento mecânico, com vistas a uma posterior alfabetização, no caso da Educação Infantil, significa represar sua energia, não aproveitar suas capacidades. Significa substituir a aprendizagem significativa pelo condicionamento. Significa podar-lhe a curiosidade e sua abertura para a exploração do meio ambiente. Significa, enfim, impedi-la de ser criança. Por meio do brincar, a criança vai compondo uma infinita abertura de possibilidades que lhe permitirão desenvolver-se integralmente como sujeito engajado no processo de construção de si mesmo. (HORN ... et al 2014).
Um aspecto a ser levado em consideração no ato da confecção do brinquedo com sucata é a sua construção. Antes de a criança entrar em contato com os diferentes materiais que lhe forem apresentados, cabe ao professor desafiá-la a pensar sobre o que teria vontade de fazer, solicitar que desenhe no papel o objetivo imaginado e,após esse processo, selecionar os materiais para dar início à construção.
Desse modo a criança. Sentindo-se desafiada, terá condições de colocar o imaginado em ação, evitando pegar objetos sem saber o que fazer com eles, como se observa em diferentes situações de sala de aula.
	Hoje achamos muito comum quando vemos uma criança brincando usando o seu imaginário para fazer as representações e o “faz de conta”, em um momento ela é a alguém da própria família, mãe, pai ou irmãos, noutro é alguém da televisão, um animal de estimação e ainda sua professora ou professor, qualquer que seja o personagem que lhe agrade e ela queira representa-lo, papeis que são sempre representados com muita clareza. 
	Estudiosos como Piaget (1971) e Vygotsky (2007) afirmam que o jogo de fantasia executado pelas crianças possibilita observar as origens dos devaneios na fase adulta. Na concepção de Piaget (1971), quando a criança brinca ela assimila o mundo à sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois sua interação com o objeto não depende da natureza dele, mas da função atribuída pela criança no momento da brincadeira.
	Quando se trata de brinquedos e de suas representações simbólicas, os objetos funcionam como pré-condição para formulação dos jogos ou da brincadeira vivenciada no momento. Pois é a brincadeira que favorece o equilíbrio afetivo da criança e contribui de maneira significativa para o processo de apropriação de signos sociais. É ela quem cria condições para uma transformação significativa da consciência infantil, por exigir das crianças formas mais complexas de relacionamentos com o mundo. Isso ocorre em virtude das características da brincadeira: a comunicação interpessoal que ela escolhe não pode ser considerada “ao pé da letra”, pois sua indução a uma constante negociação de regras e à transformação dos papeis assumidos pelos participantes, faz com que seu enredo seja sempre imprevisível.
	É por meio da brincadeira que a criança pequena exercita as capacidades nascentes, como as de representar o mundo e de distinguirem entre pessoas, possibilidades especialmente pelos jogos de faz-de-conta e os de alternância, respectivamente. Como afirma Oliveira (2000), ao brincar a criança passa a compreender as características dos objetos e seu funcionamento, além dos elementos da natureza e os acontecimentos sociais.
	Os jogos e brincadeiras infantis podem serem trabalhados de diferentes maneiras em sala de aula, de modo que valorize os conhecimentos culturais de cada criança, consequentemente gerando uma boa qualidade no aprendizado do educando.
	O ato de brincar está presente na criança desde que ela nasce, mas é importante proporcionar condições e incentivá-las, especialmente quando em grupos, pois irá favorece-la em diferentes aspectos, além de aprimorar o seu desenvolvimento. 
	É importante também, escolher bem os brinquedos que serão utilizados, tendo sempre o cuidado de não ser nada que possa de alguma forma causar algum tipo de acidente e para o incentivo do aprendizado e demais desenvolvimentos das características sócio motoras, sempre escolher objetos que possam de alguma forma contribuir, seja para a imaginação, para o raciocínio ou qualquer outro aspecto positivo na criança.
	Na escola sempre mostrar para o educando que ele pode aprender algo com a brincadeira, seja contar, soletrar, desenhar, enfim, desenvolver atividades que além de diverti-los traga também muito aprendizado, assim ficará registrado o prazer da brincadeira junto com o ganho de conhecimento.
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO 
3.1 Tema e linha de pesquisa 
A Ludicidade nos Primeiros Anos do Ensino Infantil.
3.2 Justificativa 
 O desenvolvimento deste projeto justifica-se pelo fato de que o uso da ludicidade no ensino infantil é de grande importância para a formação psicopedagógica, o processo de inserção da criança no ambiente escolar e sua preparação para a alfabetização deve ser feito com muita leveza e aí o uso do lúdico entra facilitando esta questão.
 	As atividades tendo base as competências necessárias e que devem ser garantidas para definir um plano de trabalho com as metas gerais a serem desenvolvidas durante as próximas etapas, que foram definidas ações e atividades tendo por base o uso da ludicidade na educação infantil em seus primeiros anos, esse projeto de ensino será mais um passo dado em prol do aluno, evitando principalmente que ele perca o estímulo na sala de aula.
Ao trabalhar a construção dessa competência acredita-se que cada aluno será capaz ao longo do desenvolvimento do trabalho, de desenvolver diferentes atividades, além de saber executar atividades em grupo e seguir e entender algumas regrinhas impostas através dos jogos e brincadeiras.
3.3 Problematização 
 A preocupação com a melhora na qualidade da educação infantil, fazendo uso do lúdico para que o aprendizado seja mais leve e produtivo, foram fatores determinantes para o desenvolvimento deste projeto.
	Trabalhar em um ambiente escolar com diversas crianças exige do educador diferentes maneiras para desenvolver o processo de ensino-aprendizagem, de modo que seja sempre um facilitador do aprendizado da criança, permitindo que ela possa desenvolver suas cognições, etc. É preciso saber lidar com as dificuldades que surgem, ter jogo de cintura para resolver os diferentes problemas e muita criatividade para a execução das tarefas voltadas para o infantil.
	Como o lúdico pode contribuir para a formação dos alunos nos primeiros anos da educação infantil?
	Qual a melhor maneira para o educador desenvolver as atividades lúdicas no espaço escolar?
 	Como intervir no processo de ensino-aprendizagem das crianças?
	Quais os melhores jogos e os melhores tipos de brinquedos para serem utilizados em sala de aula?
3.4 Objetivos 
Mostrar a importância do uso da Ludicidade na educação infantil, especialmente nos anos iniciais, enfatizando durante o processo de desenvolvimento e a sua contribuição para o evoluir do ensino e a aprendizagem na educação infantil, focando, o prazer de aprender através do brincar enquanto aprende.
Contribuir no processo de alfabetização e letramento dos alunos através de atividades lúdicas, que alimentem o imaginário infantil e contribuam para o desenvolvimento da leitura e da escrita.  
Através das brincadeiras lúdicas despertar nas crianças o interesse por aprender cada vez mais, para que todas as vezes que elas se encontrarem no espaço escolar, já sintam vontade de participar dos jogos e com eles aprenderem uma coisa nova.
O objetivo deste projeto é mostrar para o educador que ensinar através do lúdico é muito mais proveitoso e rico para os alunos, pois assim é possível recuperar alunos que apresentem desvantagens na aprendizagem, buscando alternativas pedagógicas que se fundamentam em aprendizagem através do desenvolvimento de habilidades e competências.
3.5 Conteúdos 
Incentivar os alunos a brincarem e participarem dos jogos e brincadeiras propostas pelo educador, o professor irá mostrar a importância da ludicidade na aprendizagem, seja na leitura, na escrita, ou até mesmo em outras questões de valores e comportamento que são trabalhados na sala. Serão abordados conteúdos como músicas para o desenvolvimento de cada aluno.
Usar o alfabeto, para dinâmicas de reconhecimento das letras.
Usar jogos de montar, encaixar, organizar para trabalhar com eles as questões de conjuntos e separação de iguais, desenvolvendo assim suas cognições psicomotoras.
Fazer uso de brinquedos que incentivam a imaginação, deixando-os criarem a brincadeira de maneira um pouco livre para que assim se possa trabalhar a criatividade de cada criança.
3.6 Metodologia
O projeto será iniciado através de aula expositiva, onde o professor irá apresentar o projeto aos alunos, enfocando o tema que será trabalhado. Após as explicações sobre o tema o professor irá fazer uma pequena demonstração de como será desenvolvida os jogos e brincadeiras voltados para o aprendizado.
Posteriormente, no decorrer de cada aula será executado de acordo com otema a ser trabalhado os jogos e brincadeiras voltados para o desenvolvimento do aprendizado do aluno.
Num outro momento, o professor irá distribuir tintas guaches para as crianças e pedir para pintar cada figura de uma cor e depois separá-las em conjuntos, de acordo os formatos de cada uma. Tudo isso para trabalhar a noção de separação de figuras e a coordenação motora dos discentes.
O professor irá selecionar alguns brinquedos que possam ser montados pelas crianças, como quebra-cabeças, jogos de montar, dentre outros e confeccionar com eles na sala.
Como conteúdo música e arte trabalhar as cantigas de roda. Junto com as crianças relembrar algumas brincadeiras de roda, dançar e cantar com os alunos. Brincar com os alunos de bola de gude e amarelinha, com isso resgatando algumas brincadeiras esquecidas. 
Para familiarizar as crianças com o alfabeto, será desenvolvido uma dinâmica onde serão apresentados brinquedos que tem como inicial cada letrinha trabalha, de modo que eles possam fixar e memorizar a letra com mais facilidade. 
Para trabalhar a matemática o professor irá propor a brincadeira de pesca com peixinhos numerados, onde os alunos irão confeccionar os peixes com cartolina pintar, colar os números e depois fazer a brincadeira
Para trabalhar o conteúdo natureza, serão confeccionadas arvorezinhas de cartolina e papel madeira, onde cada criança poderá colocar uma folhinha e ajudar a confeccionar o espaço. Depois disso o educador falará sobre a importância das árvores e que é preciso cuidar delas. 
 	Através do resultado do diagnóstico do projeto será decidido como será o desenvolvimento deste trabalho, de acordo com a faixa etária das crianças e o tempo que elas possuem na creche. Nas turmas que entraram por último e que possuem crianças mais novinhas, serão realizados apenas brincadeiras de interação e socialização, para que elas aprendam a se relacionar e interagir com as demais crianças, além de lidar com a ausência dos pais no ambiente escolar, especialmente para àquelas que mais têm dificuldade com esta questão.
Nas turmas que já estão na creche há um pouco mais de tempo, crianças que compreendem a faixa etária acima dos três anos de idade, já serão desenvolvidos brincadeiras e jogos que as familiarizem com o alfabeto, a ideia de conjuntos, aprenderem a montar e desmontar, relacionar desenhos, etc. Estarão sendo desenvolvida atividades na sala de aula, com materiais concretos como, alfabeto móvel de fantoches, jogos de rimas e jogos de memórias com escritas desenho entre outros.
Também haverá o momento em que todas as crianças serão levadas para o pátio e conduzidas pelos professores, desenvolverão atividades em conjunto, de modo que seja promovido a interação entre todas elas. Para a execução dessas atividades serão utilizados músicas infantis, fantoches, brinquedos de madeira e plástico, pelúcias, bolas, legos em tamanhos grandes, dentre outras coisas. Tudo isso para que o aprendizado seja feito de uma forma lúdica e eficiente atendendo a necessidade de cada um e também respeitando o tempo de cada criança.
No último dia do projeto acontecerá uma culminância com exposição das atividades feitas pelos alunos.
3.7 Tempo para a realização do projeto 
As atividades acontecerão em dois meses. As atividades serão desenvolvidas em duas horas.
3.8 Recursos humanos e materiais 
Serão utilizados vários recursos para este projeto. Podemos citar como recursos materiais: os livros das obras literárias utilizados na fundamentação teórica, notebook, folhas A4, lápis, borracha, pincel, lápis de cor, cola, tesoura, fantoches, quebra cabeça tintas guaches, cartolina, cordão, materiais reciclados, brinquedos dos mais variados tipos. Recursos humanos, como: os alunos que participam das atividades, o professor.
3.9 Avaliação 
A avaliação dos alunos será feita através de observação durante todo o processo do projeto, buscando identificar se os objetivos traçados foram alcançados. Também será feito ao seu término do projeto uma avaliação com todos os profissionais envolvidos, para que assim possa rever passo a passo todas as ações e solucionar possíveis problemas ocorridos.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O projeto de ensino visa a importância do uso da ludicidade nos anos iniciais do ensino infantil, foram buscados conceitos de vários autores que tratam do tema ludicidade, essa é uma perspectiva de ensino na qual o professor busca nos jogos e brincadeiras um jeito de ensinar de forma prazerosa e eficiente para as crianças. 
O objetivo deste projeto foi buscar a compreensão da finalidade da educação infantil fazendo uso do lúdico em sala de aula, buscando por meio dos jogos e brincadeiras despertar os alunos para o mundo das letras e números, além de trabalhar muitas outras questões voltadas para os valores e costumes da sociedade.
Entendendo que a alfabetização formal se inicia nos anos iniciais do ensino fundamental, durante a educação infantil pode-se apenas preparar a criança para adentrar o mundo das letras, sem existir uma cobrança em cima dela, permitir que ela viva o seu tempo e aprenda de forma prazerosa e muito divertida. A alfabetização consiste na habilidade de ler e escrever pequenos textos de maneira coerente, já o letramento está relacionado com a capacidade da criança de interpretar, além de escrever seu próprio nome e pequenos textos.
Cabe aos educadores refletir sobre o currículo desta etapa definindo metas e objetivos de modo que proporcionam o letramento e instiguem as crianças a inserir índice no mundo da leitura e da escrita.
Alfabetização na Educação Infantil é uma atividade essencial para as crianças, onde a mesma não tem um valor de passatempo, mas de criar recursos para enfrentar o mundo com seus desafios, nesse quesito o lúdico contribui de maneira importantíssima, pois através dele a criança pode viver situações do cotidiano através de sua imaginação nas brincadeiras. 
 	O professor tem o papel de acompanhar as atividades lúdicas, bem como promover oportunidades em que a criança possa se desenvolver. Permitir à criança explorar o seu imaginário e trabalhar as áreas cognitivas em desenvolvimento, bem como utilizar a criatividade da criança para alcançar maiores resultados de aprendizagem.
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, Paulo Nunes. Dinâmica lúdica jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola. 1978.
ARCE, A. Friedrich Fröebel. O pedagogo dos jardins de infância. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
ÁRIES, Philippe. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
COSTA, Teresinha. Psicanálise com Crianças. Coleção passo a passo – Psicanálise; v. 75. Rio de Janeiro, Jorge Zahar. Ed. 2007. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo. Paz e Terra. 1996.
OLIVEIRA, Vera Barros de (Org.). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: Imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro: Zahar, 1987.
PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976. 
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 6ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
WINNICOTT, Donald W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975.

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