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U NID AD E I PERGU NTA 1 1. Leia atentamente o fragmento a seguir do poema de Fernando Pessoa: Meu coração é um almirante louco que abandonou a profissão do mar e que a vai relembrando pouco a pouco em casa a passear, a passear ... Fazendo-se a escansão dos versos temos: a. Dois versos endecassílabos e dois versos decassílabos. b. Quatro versos decassílabos. c. Dois versos decassílabos e dois versos eneassílabos. d. Quatro versos endecassílbos. e. Versos heterométricos: diferentes quantidades de sílabas poéticas. PERGU NTA 2 1. Leia o soneto de Camões a seguir, extraído do site http://cvc.instituto-camoes.pt/literatura/camoes.htm: Busque Amor novas artes, novo engenho, para matar-me, e novas esquivanças; que não pode tirar me as esperanças, que mal me tirará o que eu não tenho. Olhai de que esperanças me mantenho! Vede que perigosas seguranças! Que não temo contrastes nem mudanças, andando em bravo mar, perdido o lenho. Mas, conquanto não pode haver desgosto onde esperança falta, lá me esconde Amor um mal, que mata e não se vê. Que dias há que n'alma me tem posto um não sei quê, que nasce não sei onde, vem não sei como, e dói não sei porquê. Do ponto de vista das rimas, o primeiro e o segundo quartetos do soneto possuem o esquema: a. Interpoladas (ABBA/ABBA) b. Emparelhadas (AABB/AABB). c. Cruzadas (ABAB/ABAB). d. Misturadas (ABBA/CDDC) e. Encadeadas (ABBA/ABBA) PERGU NTA 3 1. Quanto à qualidade das rimas da primeira estrofe, “Engenho/tenho e esquivanças/esperanças” elas são: a. ambas rimas pobres, todas as palavras pertencem à mesma classe gramatical. b. ambas rimas ricas, as palavras pertencem a diferentes classes gramaticais. c. a primeira é rima rica, pois há duas classes gramaticais diferentes: substantivo e verbo; a segunda é pobre, pois as duas palavras que compõem a rima são substantivos. d. ambas são rimas raras, pois são compostas por palavras de difícil entendimento. e. a primeira é rima rara, pois temos duas classes de palavras diferentes: substantivo e verbo; a segunda é uma rima pobre, pois temos duas palavras da mesma classe gramatical. PERGU NTA 4 1. Sobre a métrica, é correto afirmar que: a. Não é um recurso preponderante na construção da poesia atual, já que só se produz versos livres. b. É a característica principal dos poemas clássicos apenas. c. Pode ser regular ou irregular, mas está a serviço das intenções enunciativas e discursivas. d. É uma parte irrelevante da poesia. e. É presente apenas nos sonetos. U NID AD E II PERGU NTA 1 1. Uma écloga é um gênero poético que se apresenta: a. Por meio de um mote e estrofes que glosam esse mote chamadas voltas. b. Por duas quadras e uma quintilha, cujo primeiro ou os dois primeiros versos da primeira quadra se repetem no início ou no fim da composição. c. Em forma de diálogo ou de solilóquio e trata de temas rústicos. d. Como um poema curto, de oito versos, com apenas duas rimas utilizadas por toda parte. A primeira linha é repetida nas linhas de quarta e sétima, a segunda linha é repetida na linha final, e apenas os dois primeiros finais das palavras são usados para completar o esquema de rimas apertado. e. Em seis sextetos e um terceto final chamado coda. PERGU NTA 2 1. Um idílio é um gênero poético que apresenta a. A idealização da vida rústica. b. Uma rigorosa organização formal, e se constitui apenas por versos decassílabos. c. Uma homenagem em tom grandiloquente a um herói ou feito histórico. d. Um diálogo entre pastores em que um deles chora a perda da amada. e. Um teor narrativo, pois é feito para ser cantado. PERGU NTA 3 1. Um epitalâmio é um gênero poético que apresenta: a. Um diálogo entre pastores em que um deles chora a perda da amada. b. Temas variados desenvolvidos por meio de dois quartetos e dois tercetos. c. Rigorosa organização formal, e se constitui apenas por versos decassílabos. d. Uma homenagem em tom grandiloquente a um herói ou feito histórico. e. Uma súplica aos deuses que concedam a bênção aos noivos. PERGU NTA 4 1. Sobre gêneros pode-se dizer que: I – São formas relativamente estáveis, que possuem traços distintivos. II – Trata-se de um conceito exclusivo da teoria da literatura. III – Os gêneros poéticos são, diferente dos outros, imutáveis do ponto de vista da forma. IV – Os gêneros, sua organização e seu objetivo comunicativo são elementos que produzem sentido. Está correto o que se diz em: a. II e IV. b. I, II e III. c. II, III e IV. d. I, III e IV. e. I, IV. PERGU NTA 4 1. Leia atentamente o texto a seguir e indique a sequência de palavras que preenche corretamente as lacunas: Na visão clássica, gêneros são diversas produções artísticas que, essencialmente, obedecem aos seguintes critérios: o da _____________ – se são dispostos em verso ou em ________; o dos ____________ – se são objetivos ou subjetivos; o da ______________– se são expositivos, ___________ou mistos (expositivos/representativos) (TAVARES, 1989). a. composição / forma / representativos / prosa / conteúdos. b. forma/ prosa/ conteúdos/ composição/ representativos. c. prosa / forma / conteúdos/ composição/ representativos. d. forma/ prosa/ representativos / composição / conteúdos. e. composição / prosa/ representativos / forma / conteúdos. PERGU NTA 1 1. Associe os poemas a seguir ao gênero a que pertencem, assinalando a alternativa correta: I Suave fonte pura, Que desces murmurando sobre a areia, Eu sei que a linda Glaura se recreia Vendo em ti dos seus olhos a ternura; Ela já te procura; Ah! como vem formosa e sem desgosto! Não lhe pintes o rosto: Pinta-lhe, ó clara fonte, por piedade, Meu terno amor, minha infeliz saudade. Silva Alvarenga. II MÚSICA DA MORTE A música da Morte, a nebulosa, estranha, imensa música sombria, passa a tremer pela minh'alma e fria gela, fica a tremer, maravilhosa ... Onda nervosa e atroz, onda nervosa, letes sinistro e torvo da agonia, recresce a lancinante sinfonia sobe, numa volúpia dolorosa ... Sobe, recresce, tumultuando e amarga, tremenda, absurda, imponderada e larga, de pavores e trevas alucina ... E alucinando e em trevas delirando, como um ópio letal, vertiginando, os meus nervos, letárgica, fascina ... Cruz e Souza III A um seu amigo a quem não podia encontrar MOTE Qual terá culpa de nós neste mal, que todo é meu? Quando vindes, não vou eu; quando vou, não vindes vós. VOLTA Reinando Amor em dois peitos, tece tantas falsidades que, de conformes vontades, faz desconformes efeitos. Igualmente vive em nós; mas, por desconcerto seu, vos leva, se venho eu, me leva, se vindes vós. Luís de Camões IV Que novas tristes são, que novo dano, que mal inopinado incerto soa, tingindo de temor o vulto humano? Que vejo as praias húmidas de Goa ferver com gente atónita e torvada do rumor que de boca em boca soa. É morto D. Miguel – ah, crua espada! – e parte da lustrosa companhia que se embarcou na alegre e triste armada, e de espingarda ardente e lança fria passado pelo torpe e iníquo braço que nessas altas famas injuria. Não lhe valeu rodela ou peito de aço, nem ânimo de Avós altos herdado, com que se defendeu tamanho espaço; não ter-se em derredor todo cercado de corpos de inimigos, que exalavam a negra alma do corpo traspassado; não com palavras fortes, que voavam a animar os incertos companheiros que, fortes, caem e tímidos viravam. Luís de Camões a. I – Madrigal; II – soneto; III – ode; IV - elegia. b. I – Balada; II –ode; III – elegia; IV - soneto. c. I – Écloga; II –soneto; III – ode; IV - epitalâmio.d. I – Madrigal; II –soneto; III – vilancete; IV - elegia. e. I – Idílio; II –soneto; III – vilancete; IV - elegia. U NID AD E III PERGU NTA 1 1. É fundamental que você leia o texto antes de analisá-lo. Por isso, pedimos que releia a letra da música antes de responder à questão a seguir. Com esse objetivo, vamos transcrevê-la novamente: Flor do Cafezal (Luiz Carlos Paraná) Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal Ai menina, meu amor, minha flor do cafezal Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal Era florada, lindo véu de branca renda Se estendeu sobre a fazenda, igual a um manto nupcial E de mãos dadas fomos juntos pela estrada Toda branca e perfumada, pela flor do cafezal Meu cafezal em flor, quanta flor do cafezal Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal Ai menina, meu amor, minha flor do cafezal Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal Passa-se a noite vem o sol ardente bruto Morre a flor e nasce o fruto no lugar de cada flor Passa-se o tempo em que a vida é todo encanto Morre o amor e nasce o pranto, fruto amargo de uma dor Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal Considerando-se a leitura do texto “Flor do Cafezal”, especialmente os versos e a utilização dos tempos verbais, podemos entender que: a. O texto todo apresenta um único tempo: o presente do indicativo, isso porque a poesia veicula impressões atemporais e espaciais. b. O texto alterna presente e passado, pois o sujeito poético pretende falar do seu desencanto em relação à vida, por isso recorre à narrativa de sua desilusão amorosa, que não tem paralelo com nenhuma outra desilusão amorosa, já que se trata de um texto poético e subjetivo. c. Ao misturar presente e passado, o texto extrai de uma experiência pessoal, a narrativa sobre a união do sujeito poético com sua amada e as várias fases dessa união ao longo da vida deles, a ideia universal da passagem do tempo e das dores ou mudanças que vêm com ela. d. O sujeito funde presente e passado porque, tratando-se de uma letra de música popular, provavelmente o autor não teve acesso ao ensino da norma culta da língua, o que faz com que ele tenha pouca preocupação com a padronização dos tempos verbais, recomendável em textos formais. e. A análise dos tempos verbais não tem relevância no texto, já que se trata de poesia, textos em que deve predominar a expressão de impressões e não a narração. PERGU NTA 2 1. Considerando, ainda, a leitura dos primeiros versos do texto “Flor do cafezal”, que está no material teórico dessa unidade: Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal Ai menina, meu amor, minha flor do cafezal Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal Podemos afirmar que: a. Não há nenhum fenômeno sintático digno de nota no fragmento. b. Há o cruzamento sintático entre os referentes: “Cafezal em flor” e “flor do cafezal” com “menina, meu amor” e “flor do cafezal”, que reforça a construção da metáfora: a menina é a flor do cafezal. c. O excesso de repetições serve apenas para caracterizar o refrão da música, não tendo relevância na construção do sentido. d. Estabelecer a analogia entre a flor do cafezal e a menina branca, e portanto pura, reflete a ideia machista do sujeito do interior que ainda prefere a mulher virgem. e. Pode-se dizer que, sintaticamente, as repetições caracterizam falta de progressão no texto, uma vez que as informações são dadas mais de uma vez. PERGU NTA 3 1. Nos versos do texto “Flor do cafezal”, que está no material teórico dessa unidade: Passa-se a noite vem o sol ardente bruto Morre a flor e nasce o fruto no lugar de cada flor É possível entender que o sol: a. É metáfora de morte, pois acaba com a flor. b. Caracterizado como “ardente bruto”, é sinônimo do fim da existência humana. c. É um elemento transformador, pois converte a flor em fruto, o que equivale ao processo natural de maturação. d. É um elemento que transforma a flor, beleza, em fruto, elemento que representa o aspecto econômico, o único desejável na fazenda. e. É metáfora da razão, que ilumina o sujeito e o faz perceber que o amor da juventude era algo muito emocional. PERGU NTA 4 1. Nos versos do texto “Flor do cafezal”, que está no material teórico dessa unidade: Passa-se o tempo em que a vida é todo encanto Morre o amor e nasce o pranto, fruto amargo de uma dor É possível entender que: a. O sujeito poético afirma que todos nós nos desiludimos. b. Existe uma releitura do amor: na primeira fase, era flor, agora é fruto amargo, isso porque o amor da menina era por puro interesse, já que podemos pressupor que o sujeito poético era dono de uma grande fazenda. c. Há uma relação entre o amor como sentimento, representado pela flor, e o fruto amargo como mercadoria que se vende para produzir o café, um crítica às questões econômicas que predominam sobre as afetivas na existência humana. d. O amor é fruto amargo da dor, portando devemos evitar nos envolver sentimentalmente com as pessoas, devemos nos concentrar no trabalho, esse é um dos temas do poema. e. A passagem do tempo e a morte do amor revelam a efemeridade desse sentimento ambíguo, que causa prazer, mas também dor (representada pelo gosto amargo da fruta em sua fase final de produção), quando o sujeito se desencanta com ele. UNIDADE IV PERGU NTA 1 1. A segunda parte do poema “Rios sem discurso” diz que o rio cortado raramente se refaz, salvo se houver “a grandiloquência de uma cheia lhe impondo interina outra linguagem”. Uma leitura possível desse fragmento seria: a. A linguagem interina e grandiloquente pode ser vista como o discurso alheio, talvez o político, que invade a vida do cidadão de forma tão violenta e abrupta quanto a cheia invade o rio. b. A linguagem interina seria aquela que viria de uma educação autêntica, acadêmica, que fornecesse ao homem do sertão subsídios para se defender. c. Linguagem grandiloquente e interina seria aquela que viria salvar o cidadão do seu isolamento, resgatando sua dignidade social, por isso mesmo ela é desejável. d. O sertanejo deve desenvolver um discurso grandiloquente, já que tem condições para isso. Basta se conscientizar de que ele tem tanta força quanto a correnteza de um rio cheio. e. A grandiloquência de uma cheia, ou seja, a linguagem empolada e interina, seria a única forma de o cidadão sair de seu isolamento. PERGU NTA 2 1. Leia o texto: Rios sem discurso Quando um rio corta, corta-se de vez o discurso-rio de água que ele fazia; cortado, a água se quebra em pedaços, em poços de água, em água paralítica. Em situação de poço, a água equivale a uma palavra em situação dicionária: isolada, estanque no poço dela mesma, e porque assim estanque, estancada; e mais: porque assim estancada, muda, e muda porque com nenhuma comunica, porque cortou-se a sintaxe desse rio, o fio de água porque ele discorria. *** O curso de um rio, seu discurso-rio, chega raramente a se reatar de vez; um rio precisa de muito fio de água para refazer o rio antigo que o fez. Salvo a grandiloquência de uma cheia lhe impondo interina outra linguagem um rio precisa de muita água em fios para que todos os poços se enfrasem: se reatando, de um para outro poço, em frases curtas, então frase a frase, até a sentença-rio do discurso único em que se tem voz a seca ele combate. (João Cabral de Melo Neto) Podemos dizer que no texto “Rios sem discurso”, João Cabral de Melo Neto I - metaforiza o discurso por meio do curso (fluxo) de água do rio. II – designa para o significante “fluxo”, no texto, tanto o curso de água como a capacidade de comunicação, fluência verbal. III – faz a água ganhar, no texto, a significaçãometafórica de palavra. IV – personifica o rio, portanto, temos neste texto a prosopopeia. Pode-se dizer que está correto o que se afirma em: a. I, apenas. b. I, II e III, apenas. c. I, III e IV, apenas. d. I, II, III e IV. e. I, II e IV, apenas. PERGU NTA 3 1. Leia o texto a seguir, já apresentado no conteúdo teórico da disciplina: Rios sem discurso "Quando um rio corta, corta-se de vez o discurso-rio de água que ele fazia; cortado, a água se quebra em pedaços, em poços de água, em água paralítica. Em situação de poço, a água equivale a uma palavra em situação dicionária: isolada, estanque no poço dela mesma, e porque assim estanque, estancada; e mais: porque assim estancada, muda, e muda porque com nenhuma comunica, porque cortou-se a sintaxe desse rio, o fio de água porque ele discorria. *** O curso de um rio, seu discurso-rio, chega raramente a se reatar de vez; um rio precisa de muito fio de água para refazer o rio antigo que o fez. Salvo a grandiloquência de uma cheia lhe impondo interina outra linguagem um rio precisa de muita água em fios para que todos os poços se enfrasem: se reatando, de um para outro poço, em frases curtas, então frase a frase, até a sentença-rio do discurso único em que se tem voz a seca ele combate. " (João Cabral de Melo Neto) Estanque: estagnada; grandiloquência: modo afetado de se expressar, que se utiliza de palavras rebuscadas; interina: passageira, provisória, temporária. O título “Rios sem discurso”, no plural e no contexto do poema sugere que: a. o texto trata-se de uma fábula. b. todos os rios secam sempre. c. o significante rio deve ser lido de modo ambíguo: como rio e como homem. d. o significante rio deve ser entendido como fluxo de água, apenas. e. o significante aponta para um rio sujo. PERGU NTA 4 1. Leia o texto: Rios sem discurso Quando um rio corta, corta-se de vez o discurso-rio de água que ele fazia; cortado, a água se quebra em pedaços, em poços de água, em água paralítica. Em situação de poço, a água equivale a uma palavra em situação dicionária: isolada, estanque no poço dela mesma, e porque assim estanque, estancada; e mais: porque assim estancada, muda, e muda porque com nenhuma comunica, porque cortou-se a sintaxe desse rio, o fio de água porque ele discorria. *** O curso de um rio, seu discurso-rio, chega raramente a se reatar de vez; um rio precisa de muito fio de água para refazer o rio antigo que o fez. Salvo a grandiloquência de uma cheia lhe impondo interina outra linguagem um rio precisa de muita água em fios para que todos os poços se enfrasem: se reatando, de um para outro poço, em frases curtas, então frase a frase, até a sentença-rio do discurso único em que se tem voz a seca ele combate. (João Cabral de Melo Neto) Por meio da leitura do texto, podemos compreender que “água em situação dicionária” trata-se de: a. um neologismo que retrata a falta de água no Nordeste, já que é lá que João Cabral nasceu e viveu. b. uma metáfora que reflete a falta de liberdade do povo na época da ditadura militar: água em situação dicionária seria água presa, represada, como estavam os opositores do regime na época. c. água inadequada para o consumo humano, ou seja, água árida, já que os textos dos verbetes de dicionário são sempre áridos, objetivos e não apresentam referências à linguagem metafórica. d. de uma palavra que não se apresenta em condições de ser utilizada na construção do texto, por ser pobre de significações, considerando-se a dimensão metalinguística do poema. e. de uma afirmação sobre a situação das palavras no dicionário, que só significam se estiverem unidas às outras. Portanto, a “situação dicionária” da poça/palavra equivale ao isolamento dela, do qual decorre a falta de sentido. UNIDADE V PERGU NTA 1 1. Releia a primeira estrofe do poema de Camões: Busque Amor novas artes, novo engenho, Para matar-me, e novas esquivanças; Que não pode tirar-me as esperanças, Que mal me tirará o que eu não tenho. A paráfrase correta da primeira estrofe seria: a. [ainda que o] Amor busque novas artes, novo engenho, e novas esquivanças para matar-me, [ele] não pode tirar-me as esperanças, [porque] mal tirará de mim o que eu não tenho. b. Sempre que o Amor busca novas artes, novo engenho, Para matar-me, [eu consigo] novas esquivanças;[consigo manter minhas esperanças por que] mal me tirará o que eu não tenho. c. Busque Amor novas artes, novo engenho para matar-me, e novas esquivanças; porque [se eu não tenho Amor, você] não pode tirar-me as esperanças que eu não tenho. d. Para matar-me e [para o Amor fazer] novas esquivanças, [que] Busque Amor novas artes, novo engenho, pois [o Amor] mal me tirará o que eu não tenho para matar-me. e. Se o Amor tirar o que eu não tenho para me matar, que eu busque novas esquivanças, porque eu não tenho de onde tirar esperanças. PERGU NTA 2 1. Leia o segundo quarteto do poema “Busque amor novas artes novo engenho” de Camões: Olhai de que esperanças me mantenho! Vede que perigosas seguranças! Que não temo contrastes nem mudanças, Andando em bravo mar, perdido o lenho. Sabendo-se que a palavra “lenho” vem de lenha, podemos encontrar, no trecho em que há o emprego desse termo “Andando em bravo mar, perdido o lenho”, a figura de linguagem: a. Hipérbato b. Hipérbole c. Metáfora d. Sinonímia e. Metonímia PERGU NTA 3 1. Leia o primeiro terceto do poema “Busque amor novas artes, novo engenho” de Camões: Mas, conquanto não pode haver desgosto Onde esperança falta, lá me esconde Amor um mal, que mata e não se vê. No trecho “Mas, conquanto não pode haver desgosto Onde esperança falta”, a conjunção “conquanto” poderia ser substituída, sem prejuízo do sentido por: a. Portanto b. Mesmo que c. Porque ou pois d. Por que e. No entanto PERGU NTA 4 1. O último terceto do poema encerra o texto com chave de ouro, como é característico do soneto: Que dias há que n'alma me tem posto Um não sei quê, que nasce não sei onde, Vem não sei como, e dói não sei porquê. Este último terceto sugere que o poeta: a. Sabe tudo sobre o Amor: sua origem, como surge e por que dói. b. Finge saber tudo sobre o Amor: sua origem, como surge e por que dói. c. Deseja saber tudo sobre o Amor: sua origem, como surge e por que dói. d. Reconhece não saber nada sobre o Amor: sua origem, como surge e por que dói. e. Desdenha o Amor, pois não quer saber nada sobre ele, nem sua origem nem por que dói.
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