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Crítica Literária e Impressionista


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determinismo mecanicista, segundo o qual a criação artística é um 
composto determinado pela grandeza e direção das forças que produzem a 
sociedade: a raça, o meio e o momento. 
A vasta produção crítica de Sílvio Romero, no Brasil, segue o método 
de abordagem da crítica científica defendida por Taine.
CRÍTICA IMPRESSIONISTA
Modalidade de apreciação baseada nas emoções provocadas pelo 
texto. Nessa prática, as análises são feitas a partir de todas as impressões 
percebidas, no contato do receptor ou leitor com um objeto do mundo 
exterior. Foi assim denominada pela sua proximidade com o advento do 
Impressionismo na pintura, surgido na França nos fins do século XIX. Esse 
método inspirado na espontaneidade romântica exigia uma sólida cultura 
do crítico.
Segundo declara Nunes (2012), "coetâneo da crítica impressionista, 
encontramos o pensamento valorativo de Benedetto Croce que em sua 
Estética (1902), procurava uma forma intermediária entre a análise 
individual ou subjetivista de Anatole France e o rigor do cientificismo de 
Taine".
O pensador italiano desaprovava a classificação dos gêneros literários, 
bem como as classificações universalizantes, defendendo que as análises 
deviam se ater à obra em si, rejeitando qualquer tentativa de normatização 
ou generalização, devendo o trabalho da crítica tratar da linguagem única 
de cada obra, o que justifica a sua Estética, em que demonstra suas 
concepções sobre a interpretação literária.
No início do século XX, a crítica impressionista gozava de prestígio 
nos grandes centros de cultura estrangeira, e em especial na França. No 
Brasil, porém, as reações de estudiosos como Mário de Andrade e Tristão 
de Athayde direcionaram a crítica à novos caminhos, opondo-se ao 
amadorismo de opiniões e seguindo para a valorização da análise estética 
mais objetiva. Importa salientar que o amadorismo de alguns 
comentadores erroneamente chamados de críticos tendia a se esconder sob 
o rótulo da crítica impressionista, passando-se a identificar de maneira 
imprópria algumas abordagens críticas baseadas no "achismo" sem 
fundamentação. 
Infelizmente, porém, esse compromisso estético do crítico com o texto 
literário e com a crítica objetiva não sepultou por completo o trânsito das 
subjetividades no ato de julgar, especialmente nos meios de comunicação 
como veremos no texto selecionado para o portfólio deste tópico. 
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Leia atentamente o artigo "Crítica literária: seu percurso e seu papel 
na atualidade (Visite a aula online para realizar download deste arquivo.)", 
de Roberto Acízelo de Souza.
Sua atividade de portfólio é fazer um resumo crítico, de 
aproximadamente duas páginas, em que você comente as informações e 
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