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Resumo direito a literatura, Antonio Candido

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Charlie Krauskoph Rodrigues
No texto "Direito à Literatura", Antonio Candido, crítico literário brasileiro, aborda a estreita relação entre a literatura e a sociedade, defendendo seu papel como meio de expressão e compreensão das realidades sociais. Ele destaca a importância da literatura como um bem incompreensível e um direito humano fundamental que deve ser acessível a todos, independentemente de sua posição social ou econômica. Candido argumenta que a literatura é crucial para a formação de uma sociedade mais crítica e sensível, permitindo o contato com diversas visões de mundo e realidades sociais, além de promover a reflexão sobre questões fundamentais da existência humana.
Nesse sentido, o texto aborda a diferenciação entre os bens compreensíveis e incompreensíveis, ressaltando que estes últimos não se limitam apenas aos bens físicos ou essenciais à sobrevivência, mas também englobam aqueles que não podem ser avaliados em termos de utilidade prática ou valor monetário. Para o autor, esses bens incompreensíveis são fundamentais para o nosso desenvolvimento pessoal e social, já que permitem que expandamos nossos horizontes, aprimoremos nossa sensibilidade e empatia, e exerçamos nossa liberdade e criatividade.
Segundo o crítico literário, a literatura possui a capacidade de retratar a realidade de maneira única e singular, que outros meios não conseguem. Um exemplo claro dessa capacidade da literatura é a obra de Graciliano Ramos, que aborda questões universais como angústia, solidão e injustiça, refletindo a essência da condição humana. Através de seus personagens, o autor convida os leitores a refletir sobre essas questões e a se identificar com as experiências e sentimentos narrados, o que promove uma profunda reflexão sobre si mesmo e sobre o mundo que nos cerca.
Ademais, Candido também acredita que a literatura pode nos ajudar a compreender melhor as questões políticas e sociais que estão em jogo em diferentes contextos históricos e culturais. Por exemplo, a obra "A Revolução dos Bichos", de George Orwell, apresenta uma crítica ao totalitarismo e à corrupção do poder em um Estado autoritário, enquanto "A Hora da Estrela", de Clarice Lispector, destaca a luta de uma mulher pobre e desfavorecida em uma sociedade patriarcal. 
De acordo com o escritor, a literatura é uma ferramenta poderosa na promoção e proteção dos direitos humanos, graças à sua capacidade de explorar a complexidade das experiências humanas e de fomentar o desenvolvimento da empatia e da compaixão pelo próximo. Dessa forma, ela tem um papel importante na sensibilização das pessoas em relação a questões sociais e políticas que afetam a humanidade, contribuindo para uma compreensão mais profunda da realidade e a promoção da justiça e da igualdade.
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