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Sistema Nervoso Neurônio: Unidade básica do sistema nervoso. Sistema nervoso: SNC (encéfalo e medula espinhal) SNP (nervos e gânglios) Funções: sensorial motora integradora Encéfalo Formado pelo cérebro, cerebelo, diencéfalo e tronco encefálico. O cérebro é a maior porção do encéfalo e o centro de comando geral. Funções: aprendizagem inteligência consciência memória O sistema nervoso periférico é formado pelos nervos espinhais e cranianos, gânglios e terminações nervosas. Pode ser parassimpático ou simpático. Os nervos cranianos são 12 pares, tem origem no encéfalo e se estendem até o final da coluna. 1. Olfatório 9. Glossofaríngeo 2. Óptico 10. Vago 3. Oculomotor 11. Acessório 4. Troclear 12. Hipoglosso 5. Trigêmio 6. Abducente 7. Facial 8. Vestibular ENCÉFALO Dienencéfalo Tronco Encéfalico Bulbo Cérebro Cérebro Tronco Encéfalico Mesencéfalo Ponte Bulbo Convulsão Alteração frequente em pequenos animais. Pouco comum em grandes animais. Situação emergencial. Natureza imprevisível e violenta. Diagnóstico acurado CONTROLE Definição Quadro clínico gerado por descargas elétricas paroxísticas (ocorrem repentinamente) dos neurônios cerebrais. A convulsão é um sinal clinico, pode ser também uma síndrome, que possui diversas etiologias que estão geralmente associadas à: Neoplasias, alterações nutricionais, traumas, toxinas, degenerações, malformações, doenças infecciosas e inflamatórias e causas idiopáticas. Alterações: consciência atividade motora funções viscerais percepção sensorial conduta e memória O animal pode estranhar o dono, ficar agressivo, ficar desorientado, pode cair, defecar, urinar, salivar bastante, seja um pouco antes da crise convulsiva ou logo após. Fases da convulsão Pródromo: período que precede o ataque convulsivo. O animal pode vir a ficar estranho, seu comportamento pode mudar, e em casos do animal ser epilético, o dono já percebe que uma convulsão está por vir. O pródromo pode ocorrer dias antes do ataque convulsivo ou pode não acontecer. Aura: atividades motoras ou sensórias estereotipadas, fazendo movimentos repetitivos, defecar e urinar em locais que não está acostumado. A aura ocorre minutos antes do ataque convulsivo. Icto: convulsão em si, dura de segundos a minutos, o animal pode cair, a musculação contrai e descontrai de forma brusca, o animal se debate pode defecar, urinar, salivar. Pós-icto: período imediatamente após a convulsão, dura segundos ou horas, o animal pode vir a estranhar o dono, ficar desconfiado e até mesmo agressivo, comer ou beber água de maneira bem desesperada. Fisiopatologia Alteração na membrana neuronal neurotransmissores inibidores (GABA) neurotransmissores excitatórios (glutamato) Alteração na concentração (Ca e K) Tipos de convulsão Focal Parcial Região especifica cerebral Não há perda e consciência Contração dos músculos faciais Contrações dos músculos mastigatórios Ptialismo Vômito Diarreia O animal não cai, mas pode vir a ter movimentos mastigatórios repetitivos e musculo faciais contraídos. Focal Complexa Região especifica que se generaliza Há perda de consciência Sinais autonômicos Comportamento estranho Medo irracional O animal perde a consciência, pode vir a defecar, urinar, ter movimentos de contração e relaxamento muscular. Generalizada Os dois hemisférios acometidos, é o tipo mais comum, principalmente nos pequenos animais. Fase tônica (contração muscular) Fase clônica (relaxamento de forma brusca) Perda de consciência Defecação Micção (urinar) Sialorréia (aumento da produção de saliva) A convulsão pode começar sendo focal, e se não for controlada, pode evoluir para a convulsão generalizada. Causas da convulsão Intracraniana Quando há uma alteração na estrutura cerebral. Trauma crânio encefálico Doenças infecciosas (raiva, cinomose) Doenças inflamatórias (meningite) Malformações (hidrocefalia) Doenças neoplásticas (tumores) EXEMPLOS DE CAUSAS INTRACRANIANAS: CÃES E GATOS Doença inflamatória auto-imune: Encefalite necrosante (Pugs) Leucoencefalite necrosante (Yorkshire) Deficiência de tiamina (cães e gatos) Doença vascular (hipertensão) Hipertireoidismo (gatos) Hipotireoidismo (cães) Hemorragia Infarto Doença metabólica de armazenamento lisossomal O animal pode ter alterações sistêmicas com base na doença de origem e alterações neurológicas. Malformações congênitas: Hidrocefalia Lissencefalia (Lhasa Apso) Neoplasias: Tumores cerebrais primários Tumores metastáticos Traumas Doenças inflamatórias Doenças infecciosas Doença inflamatória auto-imune: Meningoencefalite granulomatosa Outras causas intracranianas: Comprometimento vascular Acidente cerebrovascular Derrames Doenças de armazenamento EQUINOS Encefalomielite equina do leste Hidrocefalia Doença do Oeste do Nilo Trauma Leucoencefalomalácia (toxina: milho) Encefalopatia hipóxica isquêmica, etc. BOVINOS Raiva (infeccioso) Herpes vírus bovino tipo 5 Listeria monocytogenes Trauma Extracraniana Quando o animal tem contato com tóxicos, ou quando o animal possui outra doença ou alteração no organismo que leva a uma convulsão, como alterações hepáticas, renais, toxinas etc. EXEMPLOS DE CAUSAS EXTRACRANIANAS: CÃES E GATOS Intoxicações: Chocolate Organofosforados Hidrocarboneto clorado Fluoroacetato de sódio (1080) (veneno de rato, vendido de forma clandestina) Inseticidas a base de cresol, fenol, chumbo Fungicidas a base de arsênico, mercúrio Xylitol Cafeína Etilenoglicol Doenças metabólicas: Hipoglicemia Doença hepática Hipocalcemia (redução do nível de cálcio) Hiperlipidemia (aumento dos lipídeos) Hiperviscosidade (sangue mais concentrado) Distúrbios eletrolíticos (perca de eletrólitos) Uremia (insuficiência renal crônica) Hipóxia (falta de oxigênio durante anestesia) Hipoglicemia: Deficiência da glucose 6-fosfatase em filhotes Neoplasias (insulinoma) Sindrome paraneoplásica Encefalopatia hepática: Shunt portossistêmico Cirrose hepática e neoplasias Anormalidades eletrolíticas: hipernatremia (nível elevado de potássio) hipocalcemia pós-parto (redução de cálcio) Citrato de sódio (exceto de coagulante presente no sangue da transfusão) Paratireoidite (severa) Hipomagnesia Hipercalemia (Sindrome Adison) Uso crônico de corticosteroides (ex. dexametasona) Hipertermia (temperatura elevada) Hiperlipidemia Parasitismo intestinal (hipocalcemia, hipoglicemia ou alguma toxina) EQUINOS Herpes vírus tipo 1 e 4 Toxoplasma gondii Sarcocystis neurona Clostridium tetani Intoxicação por Crotolaria retusa (encefalopatia hepática) Raiva BOVINOS Polioencefalomalácia: Intoxicação por sal, enxofre, chumbo Consumo excessivo de melaço Privação de água Alto consumo de grãos (deficiência de tiamina) Certos anti-helmínticos (amprólio e levamisole) Hipovitaminose A As causas da polioencefalomalácia são de caráter extracraniano, porém podem gerar alterações na substancia cinzenta cerebral. Epilepsia Idiopática Quando o animal apresenta episódios repetitivos de convulsão, e por exclusão se diagnostica a epilepsia, principal causa de convulsão nos cães. Principais raças caninas: Pastor alemão Beagle; - Dachshunds Collie; - Golden Retriever Labrador RetrieverCocker Spaniel Poodle Toy Boxer Husky Siberiano Queixa principal convulsão: Braquicefálicos (hidrocefalia) Toys (hipoglicemia) Yorkshire (shunt portossistêmico) Boxer Alemão (epilepsia) Lhasa Apso (lissencefalia) Pug (Meningoencefalite necrosante) Animais de caça tem tendência a ter hipoglicemia que pode levar a ter convulsões. Quando a epilepsia possui uma causa, seja intracraniana ou extracraniana, chama-se de Epilepsia Secundária. As crises podem ter inicio dos 6 meses até os 6 anos e dura alguns minutos. Tipo de convulsão: Generalizada Focal simples Focal complexa Período interictal: Entre uma convulsão e outra o animal não tem alterações. Ressonância magnética: é um exame muito caro, mas pode causar alterações neurológicas Exceções: Lesões transitórias, que podem aparecer momentaneamente. Diagnóstico diferencial Convulsão: Doenças intracranianas Doenças extracranianas Epilepsia idiopática Anamnese Para obter o diagnóstico da convulsão, é necessária uma anamnese bem completa: Exposição a lixo Vacinação Fase pós-ictica Neoplasia anterior Lesão traumática Medicações Frequência de crises Duração Uso do animal Ambiente Dieta Exposição a tóxicos Mudança de comportamento Febre Apetite Poliúria-polidipsia Exame físico Completo Avaliação oftálmica Exame neurológico: Alteração normal: Doença cerebral estrutural (em pequena área) Doença metabólica Intoxicação Epilepsia idiopática Alteração anormal: Doença cerebral estrutural ou um agente tóxico Plano diagnóstico Exames de rotina Hemograma Urinálise Exames bioquímicos Sorologia PCR/RT-PCR Análise histopatológica (cerebral) Pesquisa de inclusão viral Análise LCR Dosagens hormonais, de ácidos biliares, eletrólitos, amônia. Cultura fúngica CAAF Prova de aglutinação Exames de imagem Ultrassonografia Exame radiográfico Ressonância magnética Tomografia computadorizada Tratamento O tratamento deve ser direcionado para a causa primária. Anticonvulsivantes Estimulação do nervo vago Acupuntura (pacientes epiléticos) Monitoramento e tratamento Monitorar oxigenação (oxigenoterapia) Monitorar FC e ritmo cardíaco Hipertermia: Banhos com agua gelada, bolsas de gelo ou álcool (extremidades e corpo) Cateterização venosa Monitorar glicose Hemogasometria Monitorar pressão arterial Proteger a cabeça
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