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Durante a história da humanidade e a construção da sociedade diversas guerras e conflitos ocorreram no mundo

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Aluno: Paulo Emanuel Lemos da Silva
Resenha
Durante a história da humanidade e a construção da sociedade, diversas guerras e conflitos ocorreram no mundo, geralmente causados por fatores territoriais, históricos, políticos, étnicos ou religiosos. Uma das consequências desses confrontos foi a sensação de superioridade construída pelos líderes que, frequentemente, utilizavam em discursos para motivar os combatentes, buscando, como resultado, a obtenção do objetivo. Por causa dessas declarações, atualmente, mesmo com a diminuição das guerras, é comum que os cidadãos ainda tenham pensamentos e costumes antigos (de superioridade), o que prejudica uma parcela da população, que são identificados hoje como minorias (não-dominantes). 
Podemos dizer que minorias são grupos marginalizados dentro de uma sociedade devido aos aspectos econômicos, sociais, culturais, físicos e religiosos. No Brasil, alguns exemplos desse grupo são: mulheres, pessoas com deficiência, negros, homossexuais, indígenas e transexuais. A visão de superioridade da população perante esses grupos prejudica-os principalmente em relação ao mercado de trabalho, onde, costumeiramente, apresentam dificuldades para conquistar um emprego, e quando conseguem, ocupam cargos operacionais, com baixas remunerações. 
Com base nisso, além do artigo “diversidade nas organizações; inclusão social ou estratégia competitiva”, várias pesquisas foram realizadas com o intuito de entender a importância da inclusão das minorias no ambiente corporativo, não só para trazer a responsabilidade social para dentro da empresa, como também, para aumentar estrategicamente os indicadores de crescimento (Lucros, clientes, inovação, processos, etc.). No séculos XXI, as lutas sociais cresceram consideravelmente, muito por causa das redes sociais, e é comum que a população “abracem” as empresas que estejam engajadas e dispostas a transformar o mundo em um lugar mais igualitário. Publicidades, processos seletivos e outros procedimentos estão, aos poucos, sofrendo modificações, ocorrendo o chamado “gestão da diversidade”, e um dos motivos para essas mudanças é porque os stakeholders estão cobrando um posicionamento das empresas e, com isso, influenciando nas decisões das organizações no que diz respeito ao desempenho da sua função social. Na minha opinião, no futuro, por causa da alta competitividade, não vai ser observado como um diferencial, e sim necessidade para que uma instituição tenha resultados positivos no mercado. 
Empresas como Sodexo, PWC, Mastercard, PeG e Johnson & Johnson (consideradas de grande porte) já possuem ações, na política empresarial, buscando a conscientização da população e a ampliação da diversificação no quadro de funcionários. Na Sodexo, por exemplo, 25% dos bônus dos executivos e até 15% dos bônus dos gerentes estão relacionados a metas ligadas a diversidade, e mais de 55 mil colaboradores já realizaram treinamentos sobre inclusão e diversidade. Por causa disso, a empresa já obteve resultados impressionantes, destacando em seu site os 4 principais benefícios, que são: 
· Inovação: Todo produto/serviço possui um ciclo de vida, e para que uma empresa continue atuando é necessário inovar, trazendo novidades para os clientes. Christine Wright, colaboradora da Sodexo nomeada como uma das 100 líderes mulheres mais influentes no setor de gestão de pessoas, afirmou que “uma força de trabalho diversificada pode dar a uma organização um enorme potencial criativo, pois nossas experiências influenciam a forma como vemos um problema e como o solucionamos. Na verdade, quanto mais diversificada for a equipe, mas ideias serão apresentadas e maior é a chance de se obter o melhor resultado possível”.
 Se as empresas só tiverem funcionários com vivencias e experiências parecidas, consequentemente as propostas de melhorias serão sempre as mesmas.
· Melhoria na atração e retenção de talentos: Em um processo seletivo, se um gestor não fica “preso” (não tem como requisito) a uma determinada etnia, por exemplo, consequentemente a opção de candidatos aumentam e a probabilidade de encontrar o adequado para a vaga também. Além disso, quando um possível candidato, considerado minoria, ver que a empresa possui, também, funcionários com vivencias parecidas com a dele, gera um conforto e vontade de concorrer pela vaga. Christine diz que “O descompasso crescente entre as habilidades que os empregadores precisam e aquelas disponíveis continua a afetar a capacidade das empresas e da economia para alcançar o seu potencial máximo”.
· Melhor desempenho financeiro: Em relação a esse assunto, Christine deixa claro que a diversidade aumenta a produtividade dos funcionários, já que a empresa vai possui uma mão de obra mais qualificada e com mais força de vontade para trabalhar, consequentemente vai haver um melhor desempenho financeiro. 
· Cultura meritocrática: A empresa beneficia aqueles que obtém resultados favoráveis ao crescimento da empresa, independente do sexo, etnia, deficiência, gênero ou nacionalidade. “Tal visão meritocrática impulsiona para o processo e são recompensados e promovidos com base no seu desempenho apena”, disse Christine.
Com base nesses benefícios podemos observar que a gestão da diversidade é tendência do mercado. Essa estratégia é importante para o crescimento da empresa, independente do porte. De acordo com um relatório publicado pela McKisney & Company “se todos os países investissem na igualdade dos gêneros, o PIB mundial poderia aumentar em até US $ 12 trilhões até 2025”. Se levamos em consideração, além do gênero, a etnia, religião e outros grupos, possivelmente o PIB aumentaria ainda mais. Isso acontece porque a gestão da diversificação está sendo implantada e traz vantagens para empresas de diversos setores como por exemplo: Agronegócio (Cargill), Autoindústria (General Motors), Bens de Consumo (Grupo Boticário), Bens de Capital (John Deere), Construção civil (Techint), Consultoria (Accenture), Eletrônicos (Schneider Eletric), Instituição Financeiras (Santander), Químico e Petroquímico (Shell), Serviços (Atento), dentre outros. Todas as empresas citadas anteriormente são destaques em seus setores e referência em diversificação. O Santander, por exemplo, lançou uma série de políticas de diversidades e foi considerada a empresa do ano em diversificação. 
As micro, pequenas e médias empresas são influenciados pelas grandes empresas e muitas estão utilizando dessas estratégia, pois a população da preferência a serem clientes de empresas que ajudam a sociedade de alguma forma, pois o impacto social que essas ações geram, além de ajudar na integração das minorias no mercado de trabalho, também é de suma importância para a diminuição da desigualdade social, já que as pessoas (minorias) em destaque no mercado serve como referência para o restante dos cidadãos marginalizadas. 
Junto as empresas é necessário que o governo invista na educação pública, para torná-la cada vez melhor e faça com que os menos favorecidos financeiramente, normalmente negros, tenham capacidade de competir de igual pra igual com pessoas de classe alta. O ensino básico no brasil ainda é muito precário, o que prejudica na diversificação, já que as pessoas que usufruem desse serviço possuem um conhecimento inferior daquele que frequenta o ensino privado, que normalmente estão ocupados.
Finalizo afirmando que é muito importante que as empresas realizem a gestão da diversidade, porém não podem visar somente a parte estratégica, e sim as melhorias que essas atitudes trazem pra sociedade.