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TGA Resumo-convertido

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Olá, caros alunos! 
Sou o Tenente-coronel Salazar, oficial veterano da Polícia Militar de Minas Gerais e 
professor da disciplina Introdução à Teoria Geral da Administração nos cursos de Gestão 
do Instituto Superior de Educação de Minas Gerais (ISEMG). 
Primeiro, gostaria de agradecer a vocês por confiarem em nossa instituição e podem ter 
certeza que contamos com uma equipe de professores e profissionais altamente 
qualificados e competentes, que proporcionarão a vocês uma formação de primeira. 
Deixarei aqui algumas informações que serão primordiais para o entendimento das aulas. 
Bem: a partir de agora, vou interagir com vocês durante algumas aulas, ocasião em que 
teremos a oportunidade de conhecer a ponta do iceberg do conhecimento relacionado ao 
assunto e refletir sobre a importância da administração na vida das pessoas e das 
organizações. 
A Teoria Geral da Administração (TGA) e mesmo o conteúdo de sua introdução é bastante 
extenso e complexo, devendo ser adaptado para cada curso, de acordo com as 
necessidades e mesmo com as possibilidades. 
Fato é que o Curso Superior Sequencial tem uma carga-horária mais reduzida e, devido a 
essa peculiaridade, temos a pretensão de que as questões mais relevantes ao tema sejam 
discutidas no formato pretendido para as aulas, nos seus pontos mais relevantes, sem 
prejuízo para o currículo da disciplina. 
Gostaríamos também de deixar claro que estaremos utilizando, como base para o 
conhecimento que estará em pauta, as obras de Idalberto Chiavenato e Antônio César 
Amaru Maximiano. 
Chiavenato e Maximiano são dois dos mais aclamados autores na área do ensino da 
administração e respeitados, inclusive, mundialmente, cujas obras oferecem aos 
professores e estudantes uma visão abrangente do processo de administrar organizações. 
Sugiro, então, que pesquisem as obras destes autores, pois acredito que muito 
acrescentará na bagagem intelectual e profissional de cada um. OK? 
Então, vamos lá? 
Primeiramente, gostaríamos de apresentar-lhes os objetivos pretendidos com o conteúdo 
que será discutido durante as aulas. 
 
OBJETIVOS 
Como objetivos ao final das aulas, caros alunos, vocês deverão minimamente conhecer, 
entender e refletir sobre: 
1. O que a Administração e a Teoria Geral da Administração e a conceituação dos 
princípios básicos de Administração. 
2. A evolução da Administração desde a Antiguidade até os dias atuais - Idade 
Contemporânea. 
3. O conteúdo e o objeto de estudo da Administração. 
4. A Teoria das Organizações e os tipos de organizações. 
5. As funções do administrador. 
6. As habilidades, competências e papéis do administrador. 
7. A importância da Administração para a sociedade atual e os desafios, abrangência 
e perspectivas futuras, enquanto ciência. 
8. Definição e principais características de quatro das principais teorias da 
administração: TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA, TEORIA CLÁSSICA, 
TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS E TEORIA COMPORTAMENTAL. 
9. Uma breve síntese das demais Teorias mais importantes. 
 
Enfim, sendo a nossa disciplina, como já dissemos, Introdução à Teoria Geral da 
Administração – TGA, vamos definir o que é TGA. 
 
Então vamos lá? 
 
O QUE É TGA: REFLEXÃO INICIAL 
Bem, podemos dizer que basicamente TGA é o estudo das teorias na administração, mas 
antes de aprofundar vamos iniciar com uma reflexão: 
Estamos vivendo numa época de complexidades, mudanças e incertezas. 
Devido a isso, a Administração tornou-se uma das mais importantes áreas de atividade 
humana. Vivemos em uma civilização onde o esforço cooperativo do homem é a base 
fundamental da sociedade. 
Certo é que a tarefa básica da Administração é a de fazer as coisas através das pessoas. 
Isso é fato. 
A eficácia com que as pessoas trabalham em conjunto para conseguir objetivos comuns 
depende principalmente da capacidade daqueles que exercem funções administrativas, 
seja nas indústrias, no comércio, nas organizações de serviços públicos, nos hospitais, 
nas universidades, nas instituições militares ou em qualquer outra forma de 
empreendimento humano. 
Visto este cenário, e associado ao fato de que até há pouco tempo era impensável os 
enormes avanços tecnológicos de agora, mais do que nunca se reveste de importância o 
estudo e a aplicação na prática das teorias dos grandes estudiosos da administração. 
Portanto, os futuros gestores devem valorizar a TGA. 
Alunos, com a certeza de que iremos falar muito sobre teorias durante este curso, nada 
melhor do que, já de início, estabelecermos uma conceituação objetiva do que seja Teoria, 
OK? 
 
O QUE É UMA TEORIA NA ADMINISTRAÇÃO? 
 
Bem, de acordo com outro estudioso da administração, Lacombe, que não poderíamos 
deixar de citar, Teoria é o conjunto de suposições interrelacionadas para explicar o que se 
pretende, e depende da capacidade desta explicação para resolver problemas concretos e 
prover uma base para planejar. 
Ainda conforme Lacombe, no campo da Administração as teorias são “um conjunto de 
princípios e prescrições que visam facilitar a realização dos objetivos das organizações e 
serão mais ou menos válidos na medida em que isso efetivamente ocorrer”. 
Assim, alunos, cada teoria foi criada possuindo uma “abordagem” e, significa dizer que 
cada estudo que se transformou em uma teoria teve uma ênfase e enfoques, uma maneira 
de enfatizar ou evidenciar os valores e relações econômicas, sociais e políticas da época 
em que foram criadas. 
Estas ênfases, ou variáveis na organização, nós veremos mais adiante, nas próximas 
aulas, tá OK? 
Ainda quanto à Teoria, e aí voltamos a Maximiano, este explica que as teorias 
administrativas são conhecimentos organizados e produzidos pela experiência prática das 
organizações e são fundamentadas como um conjunto de afirmações e regras, feitas para 
formatar o que se verifica como realidade. 
Afirma Maximiano que algumas teorias criadas contêm princípios de outras teorias que são 
válidos atualmente, nas quais se baseiam, não as eliminando, mas acrescentando novas 
ideias. 
O administrador deve conhecê-las, para ter condições de decidir adequada e 
acertadamente, agregando novos valores aos seus conhecimentos. 
Vamos ainda falar bastante sobre isto nas próximas aulas, tudo bem? 
Depois da reflexão inicial e da conceituação de Teoria, vamos agora conceituar TGA. 
 
O QUE É TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO? 
 
Como dito, a TGA é o campo do conhecimento humano que se ocupa do estudo da 
Administração em geral, e não se preocupa onde ela seja aplicada, nas organizações 
lucrativas – empresas ou nas organizações não-lucrativas. 
Para deixar bem claro, e como o próprio nome diz, vemos que na TGA, também como já 
dito, é onde se abordam as Teorias Administrativas, que são um conjunto de normas 
principais que se complementam, para levar a ciência administrativa ao dia-a-dia das 
pessoas e das organizações como um todo, no intuito de gerar desenvolvimento, com o 
objetivo principal de alcançar máxima eficácia, eficiência e efetividade, gerando 
produtividade e lucro. 
Tendo falado sobre o que é a TGA, agora chegou o momento de definir administração. 
 
O QUE É ADMINISTRAÇÃO? O QUE É ADMINISTRAR? 
 
Primeiramente, cabe ressaltar para vocês que a administração como ciência é 
relativamente recente, porque os estudos mais profundos e que realmente mudaram o 
perfil deste conjunto de conhecimentos datam do final do século XIX e início do XX, 
quando diversos estudiosos trouxeram importância e reconhecimento para essa ciência 
em relação às demais. 
Quero colocar aqui a definição de Maximiano, por que acredito ser bastante simples, direta 
e também razoavelmente completa. 
Para ele, administração é ação e administrar é agir. 
Maximiano diz que administrar é um trabalho em que as pessoas buscam realizar seus 
objetivos próprios ou de terceiros (que são as organizações) com a finalidade de alcançar 
as metas traçadas. Dessas metas fazem parte as decisões que formam a base do ato de 
administrar e quesão as mais necessárias. 
Assim, a administração é a área da ciência responsável por gerir os recursos humanos e 
materiais da empresa para extrair o maior valor de cada um deles e atingir um objetivo, 
uma meta. 
Para tanto, há quatro funções ou processos administrativos – planejamento, organização, 
direção e controle – os quais iremos ver um pouco mais adiante. 
Visto a definição, e antes de continuar a falar da administração pautada nas bases 
científicas atuais, vamos fazer agora uma pequena retrospectiva histórica da 
administração. 
 
PRIMÓRDIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
 
Não vamos adentrar muito em questões sociais, políticos e econômicos, dentre outras, 
visto que este não é o nosso objetivo, mesmo havendo muitos destes aspectos envolvidos, 
OK? Pretendemos apenas uma breve retrospectiva histórica. 
Mas, então: estudos mostram que foi entre os anos 40.000 e 12.000 a.C. (período 
correspondente ao Paleolítico Superior) que surgiu o homem moderno. O rebanho humano 
primitivo deixou de existir, ao descer das árvores e, posteriormente, abandonando as 
cavernas, surgindo uma nova forma de vida social – que se considerou denominar de 
comunidade do clã. 
Este tipo de sociedade representou um estágio importante no desenvolvimento da 
Humanidade. Foi durante este período que o homem trocou as suas rudes armas de pedra 
por outras muito superiores, tais como o arco e a flecha, e começou a domesticar animais 
e, em algum momento, praticar a agricultura. 
Neste momento, podemos afirmar que surgiram as primeiras formas de coletividades mais 
organizadas e o ser humano começou a estabelecer maneiras sistemáticas de administrar 
esta vida coletiva, mesmo que de maneira bem incipiente. 
Pouco a pouco o homem passou a cultivar alimentos, ao invés de somente coletar, e a 
criar animais, ao invés de somente caçar. Cabe ressaltar que o processo durou centenas 
ou mesmo milhares de anos, 
Notem, alunos, o que já é um início da administração de recursos e riquezas. Depois de 
muito tempo, o ser humano começou então a troca regular de produtos entre os 
agricultores e os pastores. 
Nas épocas mais primitivas, as pessoas tinham tentado produzir o suficiente para 
sustentar a sua própria família ou clã. Agora começavam a tentar produzir um excedente, 
tendo em vista a possibilidade de troca. 
Naquele ponto existia um incentivo para acumular produtos em excesso, dentro de 
determinada tribo, clã ou família. 
Como dissemos, ao longo da história a Administração se desenvolveu com uma lentidão 
impressionante. Somente a partir do século XX é que se apresentou um desenvolvimento 
com notável inovação. 
Assim, vamos agora utilizar o conhecimento de Maximiano e Chiavenato, e notar várias 
contribuições deixadas pelos povos, desde a Antiguidade até a contemporaneidade. 
 
CONTRIBUIÇÕES NA ANTIGUIDADE 
 
Primeiro, temos por certo que há infindáveis referências acerca das magníficas 
construções erguidas durante a Antiguidade no Egito, na Babilônia, na Assíria, China e em 
outros locais, testemunho da existência, em remotas épocas, de dirigentes capazes de 
planejar e guiar os esforços de milhares de trabalhadores em monumentais obras que 
perduram até os nossos dias. 
Então, nesse tempo muito remoto, já era possível perceber práticas de administrativa 
públicas nas construções das pirâmides do Egito e da muralha da China, por exemplo, 
pela complexidade e grandeza desses empreendimentos, nos papiros egípcios e nas 
parábolas de Confúcio . 
Veremos agora alguns destes casos. 
 
OS EGÍPCIOS 
 
• primeiro destacamos os Egípcios, que, além do que já citamos, contribuíram com 
uma ótima burocracia administrativa. O Egito teve várias dinastias e governos ao 
longo dos milênios. Mas, basicamente, o faraó era o monarca absoluto do país e, 
pelo menos em teoria, exercia o controle total da terra e seus recursos. Era o 
comandante militar supremo e chefe do governo, que contava com uma burocracia 
de funcionários para administrar os seus negócios. O encarregado da 
administração, o vizir, era o segundo no comando, e atuava como conselheiro e 
representante do faraó, coordenava os levantamentos fundiários, tesouraria, 
projetos de construção, sistema legal e depósito de documentos 
 
BABILÔNIOS, ASSÍRIOS, GREGOS, ROMANOS E CHINESES 
 
• Babilônios – faziam registros de transações comerciais e controle das mesmas. 
Além disso, havia o Código de Hamurabi, como ficou conhecido, é um dos mais 
antigos conjuntos de leis escritas da história. Hamurabi desenvolveu esse conjunto 
de leis para poder organizar e controlar a sociedade. 
• Assírios – tinham depósitos de suprimentos e colunas de transportes - precursores 
da Logística atual. Vale lembrar que esse conhecimento foi utilizado para a guerra, 
visto que os assírios eram considerados bastante cruéis e implacáveis. 
• Gregos – implantaram a democracia participativa, tinham planos de estratégia, 
estabeleceram conceitos de qualidade, pregação da ética e igualdade na 
administração. 
A filosofia grega também teve grande influência na Administração. Sócrates (com seus 
questionamentos), Platão (com o livro "A República"), Aristóteles (com o livro "Política"), 
dentre outros, já pensavam em formas de organização social e política há mais de dois mil 
anos atrás. 
• Romanos – pragmáticos, eles foram os criadores dos tributos, primeiros 
organizadores de empresas em outro país e de associações artesanais - 
chamadas de guildas. 
• Chineses – além dos exemplos citados no preâmbulo, contribuíram com 
ensinamentos de planejamento, comando, doutrina e estratégia militar. 
Poderíamos nos deter em inúmeros outros modelos e exemplos da Antiguidade. E também 
na Idade Média. Vamos, porém, dar um salto para a Idade Moderna, e ver os exemplos de 
alguns pensadores proeminentes, OK? 
 
IDADE MODERNA 
 
É com Francis Bacon (1561-1626), filósofo e estadista inglês, considerado o fundador da 
Lógica Moderna, baseada no método experimental e indutivo, que vamos encontrar 
alguma preocupação prática de se separar experimentalmente o que é essencial do que é 
acidental ou acessório. Bacon antecipou-se ao princípio conhecido em Administração 
como "princípio da prevalência do principal sobre o acessório". 
Mais tarde, tem o filósofo Descartes, com seus métodos filosóficos, que influenciaram a 
teoria administrativa do século XVII até o final da Era Industrial 
Thomas Hobbes (1588-1679) desenvolveu uma teoria da origem contratualista do Estado, 
segundo a qual o homem primitivo, vivendo em estado selvagem, passou lentamente à 
vida social, através de um pacto entre todos. Todavia, "o homem é lobo do próprio 
homem", ou seja, o homem primitivo era um ser antissocial por definição, vivendo em 
guerra permanente com o próximo. O Estado viria a ser, portanto, a inevitável resultante 
da questão, impondo a ordem e organizando a vida social. 
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) desenvolveu a teoria do Contrato Social: o Estado 
surge de um acordo de vontades. Rousseau imagina uma convivência individualista, 
vivendo os homens cordial e pacificamente, sem atritos com seus semelhantes. Porém, se 
o homem é por natureza bom e afável, a vida em sociedade o deturpa. 
Alunos, como destaque nesses momentos de evolução histórica, desde a antiguidade até 
o momento atual, duas instituições se destacaram: a Igreja Católica Romana e as 
Organizações Militares. 
 
IGREJA CATÓLICA 
 
A primeira, a igreja, era exemplo de organização formal eficiente. 
Guardadas as devidas proporções, a Igreja até hoje tem uma organização hierárquica tão 
simples e eficiente, que a sua enorme organização mundial pode operar satisfatoriamente 
sob o comando de uma só cabeça executiva: o Papa, cuja autoridade coordenadora lhe foi 
delegada de forma mediata por uma autoridade divina superior. 
De qualquer forma, a estrutura da organização eclesiástica serviu de modelo para muitas 
organizações ao longo dos tempos que, ávidas de experiências bem-sucedidas, passaram 
a incorporar uma infinidadede princípios e normas administrativas utilizadas na Igreja 
Católica. 
 
ORGANIZAÇÕES MILITARES 
 
As segundas, organizações militares, deram exemplo de hierarquia de poder rígida. 
Fato é que também a organização militar tem influenciado enormemente o 
desenvolvimento das teorias da Administração ao longo do tempo. A Organização linear, 
por exemplo, tem suas origens na organização militar dos exércitos da Antiguidade e da 
época medieval. 
O princípio da unidade de comando (pelo qual cada subordinado só pode ter um superior) 
fundamental para a função de direção é o núcleo central de todas as organizações 
militares daquelas épocas. 
A escala hierárquica, ou seja, a escala de níveis de comando de acordo com o grau de 
autoridade e responsabilidade correspondente é tipicamente um aspecto da organização 
militar utilizado em outras organizações. 
Também foi importante com a criação, nos idos do Século XVIII, do Staff, ou Assessoria, 
ou Estado-Maior, nas Forças Prussianas. 
Assim, ambas as noções ainda influenciam as organizações modernas, como podemos 
notar em grande parte das empresas, não obstante as mudanças e perspectivas que 
iremos colocar mais adiante. 
Outro acontecimento ao longo da História foi a aceitação das teorias dos economistas 
liberais a partir do Século XVII. A partir deste tema iniciar-se-á a 2ª aula. 
ECONOMISTAS LIBERAIS 
 
Basicamente, os economistas liberais pregaram a livre concorrência e não intervenção do 
estado, o que impulsionou os investimentos em produção, para estar à frente dos 
concorrentes. 
Desenvolveu-se principalmente na Europa, paralelamente às diversas correntes filosóficas, 
com uma boa quantidade de teorias econômicas concentradas na explicação dos 
fenômenos empresariais (microeconômicos) e baseadas inicialmente em dados empíricos, 
ou seja, na simples experiência corrente e nas tradições do comércio da época. 
Importantes publicações marcaram o período. Vejamos algumas delas. 
Adam Smith (1723-1790) já visualizava o princípio da especialização dos operários e 
enfatizava a necessidade de racionalizar a produção. O princípio da especialização e o 
princípio da divisão do trabalho aparecem em referências no seu livro “Da Riqueza das 
Nações” publicado em 1776. Para Adam Smith a origem da riqueza das nações reside na 
divisão do trabalho e na especialização das tarefas. 
Já James Mill (1773-1836), outro economista liberal, sugeria em seu livro Elementos de 
Economia Política, publicado em 1826, uma série de medidas relacionadas com os 
estudos de tempos e movimentos como meio de se obter incremento da produção nas 
indústrias da época. 
Em 1817, David Ricardo (1772-1823) e, em 1820, Thomas Robert Malthus (1766-1834), 
publicam respectivamente os seus Princípios de Economia Política. Em 1835, Samuel P. 
Newman, outro economista clássico, em seu livro Elementos de Economia Política, 
escrevia que o administrador deve ser uma combinação de inúmeras qualidades 
raramente encontradas em um só indivíduo. 
 
KARL MARX - SOCIALISMO 
 
Em clara oposição aos economistas liberais, Karl Marx (1818-1883) e seu parceiro 
Friedrich Engels (1820-1895) propõem uma teoria da origem econômica do Estado. Para 
eles, o surgimento do poder político e do Estado nada mais é do que o fruto da dominação 
econômica do homem pelo homem. O Estado vem a ser uma ordem coativa imposta por 
uma classe social exploradora. 
No Manifesto Comunista, eles afirmam que a história da humanidade sempre foi a história 
da luta de classes. Homens livres e escravos, patrícios e plebeus, nobres e servos, 
mestres e artesãos. Em algumas palavras, exploradores e explorados sempre mantiveram 
uma luta, às vezes oculta, às vezes patente. 
Assim, num futuro próximo, o socialismo e o sindicalismo passariam a ser um dos agentes 
essenciais da nova civilização, obrigando o capitalismo do início do século XX a enveredar 
pelo caminho do máximo aperfeiçoamento possível de todos os fatores de produção 
envolvidos e a sua adequada remuneração. Em tese, quanto maior as pressões exercidas 
pelas exigências proletárias menos graves se tornam as injustiças e mais acelerado e 
intenso o processo de desenvolvimento da tecnologia. 
Neste contexto, há o advento da Revolução Industrial, que foi o acontecimento que 
modificou profundamente o ambiente organizacional. 
 
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
 
Esse processo iniciou-se basicamente com a invenção da máquina a vapor, por James 
Watt, em 1776, o que possibilitou maior capacidade de comunicação e transporte, dentre 
outros progressos. 
Lembramos aqui que a História apresentou duas revoluções industriais: 
São elas: 
1 - De 1780 a 1860: 1º Revolução Industrial ou revolução do carvão e do ferro. 
1 - De 1860 a 1914: 2º Revolução Industrial ou revolução do aço e da eletricidade. 
Essa revolução caracterizou-se pela mecanização da indústria e agricultura; pelo 
desenvolvimento do sistema fabril; e pela grande aceleração dos transportes e das 
comunicações. 
A partir da Revolução Industrial, a ciência trouxe grandes inovações, as quais causaram 
mudanças cada vez mais rápidas e consequente necessidade de maior adaptação. 
Enfim, poderíamos aqui citar muito mais contribuições para o advento da cientificidade na 
Administração, mas o que a impulsionou de maneira definitiva foi mesmo a Revolução 
Industrial. 
Vale ressaltar ainda que até o final do século XIX os negócios eram familiares. Assim, os 
"criadores de impérios" passaram a comprar concorrentes e fornecedores para garantir 
seus interesses. 
Como resultado, as empresas tornaram-se muito grandes para serem administradas pela 
família, e foi surgindo à necessidade de gerentes profissionais para organizar a magnitude 
de recursos que elas conseguiram acumular. 
Surgia assim a profissão do Administrador de Empresas! E com esta figura, surgiu a 
necessidade de se criar modelos que fossem capazes guiar o bom gerenciamento das 
organizações. 
Enfim, todos esses fatores completaram as condições propícias para a busca de bases 
científicas, melhoria da prática empresarial e surgimento das teorias administrativas, que 
discutiremos nas próximas aulas. 
Fato é que, a partir do século XIX, esses acontecimentos propiciaram condições favoráveis 
à criação de estudos científicos, porque era necessário o aperfeiçoamento da produção 
nas empresas. 
O surgimento das teorias administrativas começou neste período para suprir a ausência de 
bases científicas da Administração, bem como dar visibilidade e credibilidade à nova 
ciência. 
Meus alunos, tendo feito esta retrospectiva histórica do período pré-administração 
científica, notamos que a administração era realizada, via de regra, de maneira empírica e 
prática. 
Só a partir do fim do século XIX que a administração ganhou contornos científicos, com as 
teorias, algumas das quais apresentadas neste curso. 
Dando prosseguimento, afirmamos que a administração moderna lida com instituições 
organizadas. Agora é delas que vamos falar: das organizações! 
 
ORGANIZAÇÕES 
 
Bom, mas o que é uma organização? Voltemos então para Maximiano! 
Para ele uma organização é uma combinação de esforços individuais que tem por 
finalidade realizar propósitos coletivos. Ele nos diz que por meio de uma organização é 
possível perseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa 
individualmente. 
Pode-se afirmar, com propriedade, que objetivos e recursos são fatores determinantes que 
definem as organizações, fazendo-se compreender que a sociedade que cerca o homem é 
feita de organizações e que são elas que fornecem os mecanismos para se conseguir o 
atendimento das necessidades humanas. 
Então, tanto uma grande empresa quanto uma pequena oficina, um laboratório ou o corpo 
de bombeiros, um hospital ou uma escola, são todos exemplos de organizações. 
Falaremos agora de algumas características básicas das organizações. 
 
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS ORGANIZAÇÕES 
 
Bem, de acordo com os seus objetivos, as organizaçõessão criadas para dois objetivos 
básicos. 
O primeiro deles é a fazer a circulação de produtos e/ou serviços, com a finalidade de 
lucro – São as empresas. 
Em segundo, temos as não lucrativas (como Exército, Polícia, Igreja, serviços públicos 
diversos, entidades filantrópicas, organizações não governamentais – ONGs – etc.). 
Possuem, entretanto, algumas características que são básicas e comuns a quase todas as 
existentes. 
As organizações possuem objetivos desde seu início, pois foram criadas para atender a 
necessidades específicas. Os elementos humanos e materiais, que fazem parte das 
organizações, possuem forte ligação e interdependência do meio ambiente, no qual estão 
inseridas, e com este fazendo trocas constantes. 
As organizações são diferentes entre si, não existem duas iguais, assim como as pessoas. 
Podem durar meses, décadas ou séculos, sobrevivendo aos seus fundadores, ou podem 
desaparecer repentinamente, pelo simples fato de que não são sistemas perfeitos. 
Fato é que vivemos num mundo em que a sociedade é totalmente institucionalizada e 
composta por organizações. Assim, como dito, todas as atividades relacionadas à 
produção de bens (produtos) ou prestação de serviços (atividades especializadas) 
são planejadas, coordenadas, dirigidas, executadas e controladas pelas organizações. 
É fato também que na sociedade moderna, as pessoas nascem, crescem, aprendem, 
vivem, trabalham, se divertem, são tratadas e morrem dentro de organizações. 
Notamos, então, que as organizações são extremamente heterogêneas, são 
diversificadas, são de tamanhos diferentes, têm características diferentes, estruturas 
diferentes e os objetivos também são diferentes. 
Agora vamos aos tipos de organizações ou setores da sociedade, conforme se configuram 
na atualidade. 
 
TIPOS DE ORGANIZAÇÕES 
 
Primeiro: temos as organizações de governo ou do primeiro setor são administradas pelo 
governo e têm como objetivo prestar serviços à comunidade em geral, e são mantidas pela 
arrecadação de impostos, taxas e contribuições. 
Já as organizações empresariais ou do segundo setor são as organizações que têm como 
finalidade o lucro na produção ou comercialização de bens e serviços, podendo ser 
classificadas de acordo com o seu tamanho, natureza jurídica e área de atuação. 
E por fim, temos as organizações do terceiro setor, que são aquelas de utilidade pública, 
sem fins lucrativos, e são criadas por pessoas sem vínculo com o governo. Entre elas 
estão as ONGs (organizações não-governamentais) e outras entidades com fins 
filantrópicos. 
Quando definimos administração, falamos sobre as funções precípuas do administrador, 
que também é o processo administrativo. Agora sim é o momento em que iremos 
destrinchar cada uma delas. 
 
FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR (PODC) 
PLANEJAR 
 
A primeira afirmação que podemos fazer é que a administração sem planejamento 
dificilmente traz resultados. Afinal, se a empresa não sabe para onde ir, qualquer lugar 
serve, não é verdade? 
Mas o que é o planejamento, então? 
O planejamento consiste em uma importante tarefa de gestão e administração, que está 
relacionada com a preparação, organização e estruturação de um determinado objetivo. 
O planejamento corresponde ao “ato ou efeito de planejar, elaborar por etapas, como 
bases técnicas; planificações”. O planejamento é um “processo administrativo e 
sistemático para atingir um objetivo proposto”. 
Veremos, então, os tipos de planejamento. 
 
TIPOS DE PLANEJAMENTOS 
 
Planejamento Estratégico: É o que atinge toda a organização e onde se analisa o 
ambiente interno da empresa, verifica as tendências do mercado para fazer seus 
investimentos. 
É no planejamento estratégico que são definidos os objetivos e políticas da empresa. 
É de longo prazo, e trata-se de estabelecer “o que fazer”. 
Planejamento Tático: mais limitado que o planejamento estratégico e é ele que cria as 
condições para que o que foi definido pelo planejamento estratégico seja realizado. É um 
planejamento de médio prazo e atinge somente uma parte da organização (departamento). 
É o “como fazer” 
Planejamento Operacional: é a ocasião em que são são planejadas e executadas as 
tarefas definidas pelo planejamento tático, com a elaboração de cronogramas para cada 
área, criando métodos específicos de cada atividade. De curto prazo. Trata-se do “fazer”. 
 
ORGANIZAR 
 
No papel todo planejamento parece simples! Desafiador mesmo é lidar com os percalços e 
imprevistos que surgem no caminho! 
A organização como a segunda função, depende do planejamento, da direção e da do 
controle para formar o processo administrativo. 
Assim alunos, a função de organizar compreende várias fases, como a elaboração dos 
níveis hierárquicos e definição das estruturas organizacionais. Pode ser definida como a 
ordenação dos recursos materiais e recursos humanos visando atingir os objetivos 
estabelecidos. 
O Organograma da empresa é definido nessa função administrativa. Este serve para 
representação da estrutura da empresa, estrutura departamental, deixando claros os 
níveis hierárquicos. 
A organização como função administrativa complementa a função de Planejamento, 
preparando uma estrutura interna para tornarem mais eficientes no desempenho das 
tarefas. 
Assim, organizar consiste em: 
1 - Determinar as atividades necessárias ao alcance dos objetivos 
planejados (especialização); 
2 - Agrupar as atividades em uma estrutura lógica, que seria a departamentalização; 
3 – Designar as atividades às pessoas específicas (cargos e tarefas). 
 
DIRIGIR (OU LIDERAR) 
 
Segundo Chiavenato, “Direção significa interpretar os planos da empresa para as pessoas 
e dar as instruções sobre como executá-lo”. 
Sabemos, alunos, que empresas são feitas de pessoas, e resultados bons somente podem 
ser alcançados com equipes motivadas. Assim, a administração está muito ligada a 
competências relacionadas à inteligência emocional e motivação. 
Assim, esta função é a que decide tudo na empresa e que pode atingir toda a empresa, 
apenas um departamento ou mesmo apenas um setor dela. 
É uma função de liderança, e o ideal é que o profissional que ocupe esta função tenha 
bom conhecimento de relações humanas, como dissemos, para combinar os esforços de 
cada integrante da organização em benefício da empresa. 
Nesta função é onde se delega autoridade e responsabilidades, e onde cada pessoa tem 
um superior para apresentar resultados. 
Percebe-se que a Direção pode ser realizada em todos os níveis organizacionais. Os 
diretores dirigem os gestores, que dirigem os supervisores e executores. 
A direção possui princípios. Vejamos quatro deles: 
 
PRINCÍPIOS DA DIREÇÃO 
 
Unidade de Comando: Cada funcionário tem um superior ao qual deve prestar contas, ou 
seja, respeito à hierarquia dentro de uma organização. 
Delegação: Compreende designação de tarefas, de autoridade, de responsabilidade. O 
processo de delegação, portanto, demanda consciência sobre a possibilidade de ter de 
responder por erros cometidos por subordinados. 
Amplitude de Controle: A amplitude de controle refere-se ao número de subordinados que 
cada órgão ou cargo pode assumir para poder supervisioná-los de maneira efetiva e 
adequada. 
Princípio da coordenação ou relações humanas: harmoniza os esforços individuais em 
benefício de um bem comum. 
Enfim, a importância da direção está em que nada adianta um bom planejamento e uma 
boa organização se as pessoas trabalham sem orientação e coordenação. 
Agora, veremos a função controle. 
 
CONTROLAR 
 
Alunos! O administrador, após determinar que os processos sejam executados, deve 
verificar se as ordens estão sendo corretamente cumpridas, com eficácia e eficiência. 
O controle é uma ferramenta em que se verifica verticalmente, no local, ou por meio de 
relatórios de serviço ou por acompanhamento em sistemas informatizados, se há 
cumprimento adequado das diretrizes propostas. 
Em caso de desvios, ou inadequação dosprocessos, propõe as mudanças necessárias. 
Enfim, a essência do controle reside em verificar se a atividade controlada está ou não 
alcançando os objetivos ou resultados desejados. 
Assim, caros alunos, terminamos a nossa 2ª aula. Na próxima, vamos iniciar discorrendo 
sobre as habilidades, competências e papéis do administrador.Até a próxima e um grande 
abraço para todos! 
Como disse na aula anterior, daremos sequência ao nosso curso, falando em primeiro 
lugar sobre as habilidades, competências e papéis do administrador. 
Na sequência falaremos sobre os desafios e as perspectivas da administração, dentre 
outros assuntos. 
Primeiro as habilidades. 
 
HABILIDADES 
Primeiro, as HABILIDADES CONCEITUAIS envolvem a visão da organização ou da 
unidade organizacional como um toda a facilidade em trabalhar com ideias e conceitos, 
Teorias e abstrações. Um Administrador com habilidades conceituais está apto a 
compreender as várias funções da organização, complementá-las entre si, como a 
organização se relaciona com seu ambiente, e como as mudanças em uma parte da 
organização afetam o restante dela. 
Já as HABILIDADES HUMANAS, caros alunos, estão relacionadas ao trabalho com 
pessoas e referem-se à facilidade de relacionamento interpessoal e grupal. Assim, a 
capacidade de comunicar, motivar, coordenar, liderar e resolver conflitos pessoais ou 
grupais são aspectos típicos de habilidades humanas. 
Por fim, vemos que as HABILIDADES TÉCNICAS, correlatas ao nível hierárquico 
operacional da empresa, envolvem o uso de conhecimento especializado e facilidade na 
execução de técnicas relacionadas com o trabalho e com os procedimentos de realização. 
As habilidades técnicas estão relacionadas com o fazer, isto é, com o trabalho com 
"coisas", como processos materiais ou objetos físicos e concretos. 
Entretanto, alunos, as três habilidades técnicas, humanas são conceituais e requerem 
certas competências pessoais para serem colocadas em ação com êxito. 
 
COMPETÊNCIAS 
Diante de todos esses desafios, o administrador para ser bem-sucedido profissionalmente 
precisa desenvolver três competências duráveis. Vamos a elas, então. 
O CONHECIMENTO: gente, o conhecimento significa todo o acervo de informações, 
conceitos, ideias, experiências, aprendizagens que o administrador possui a respeito de 
sua especialidade. 
Isso significa aprender a aprender, a ler, a ter contato com outras pessoas e profissionais 
e, sobretudo, reciclar-se continuamente para não se tornar obsoleto e ultrapassado em 
seus conhecimentos. 
A PERSPECTIVA: Agora, já a perspectiva significa a capacidade de colocar o 
conhecimento em ação. 
A perspectiva representa a habilidade de colocar em ação os conceitos e ideias abstratas 
que estão na mente do administrador. 
Em visualizar as oportunidades que nem sempre são percebidas pelas pessoas comuns e 
transformá-las em novos produtos, serviços ou ações pessoais. 
Na realidade, a perspectiva é a condição que torna o administrador capaz de diagnosticar 
situações e propor soluções. 
A ATITUDE: Por fim temos a atitude, que é o saber fazer acontecer e significa o 
comportamento pessoal ativo e proativo do administrador frente às situações com que se 
defronta no seu trabalho. 
A atitude representa o estilo pessoal de fazer as coisas acontecerem, a maneira de liderar, 
de motivar, de comunicar e de levar as coisas para frente. 
É esta competência durável que transforma o administrador em um agente de mudança 
nas empresas e organizações e não simplesmente um agente de conservação. É um 
agente empreendedor. 
Assim, meus alunos, a atitude se torna a competência mais importante do administrador, o 
que o diferencia do normal e o torna imprescindível para a empresa. 
Por fim, importante notar que, conforme ilustração ao lado, a soma das habilidades e 
competências, torna o profissional gabaritado a obter sucesso na carreira. 
Agora iremos discorrer sobre os dez papéis do administrador, conforme classificação feita 
por Mintzberg. 
 
PAPEIS DO ADMINISTRADOR 
Bem, além das quatro funções do administrador estudadas anteriormente - PLANEJAR, 
ORGANIZAR, DIRIGIR E CONTROLAR – os administradores assumem uma variedade 
muito maior de papéis para que a organização alcance o objetivo. 
Conforme nos apresenta Henry Mintzberg, basicamente, estes papéis estão inseridos em 
três categorias. 
A categoria INTERPESSOAL, que é como o administrador interage. 
A categoria INFORMACIONAL, que é como o administrador intercambia e processa as 
informações. 
E a categoria DECISORIAL, que é como o administrador utiliza a informação nas suas 
decisões. 
Vamos agora falar de cada uma destas categorias. Prestem atenção na ilustração ao lado. 
 
PAPÉIS INTERPESSOAIS 
Em primeiro, quais são os Papéis interpessoais? São três. Então vejam: 
1 - Representação (ou símbolo): é quando o gerente atua como um representante quanto 
às relações públicas da organização. 
2 - Liderança: a liderança é determinada pela influência que o gerente exerce sobre os 
funcionários, clientes, fornecedores, parceiros empresariais etc. 
3 - Ligação: diz respeito à rede de relacionamentos que deve ser mantida pelo 
administrador com o objetivo de promover o intercâmbio de informações e recursos que 
viabilizem e favoreçam a performance da empresa. 
 
PAPÉIS INFORMACIONAIS 
Agora veremos os Papéis de informação, que também são três: 
1 - Monitoração: o administrador busca obter informações para entender o que acontece 
na empresa e no ambiente. Isso requer a habilidade de lidar com inúmeras fontes de 
informação, desde livros técnicos ou sobre negócios até a comunicação informal dos 
trabalhadores. 
2 - Disseminação: refere-se à disseminação da informação interna (entre um subordinado 
e outro) assim como a comunicação externa para dentro da empresa. 
3 - Porta-voz: a atuação do gerente como porta-voz envolve a transmissão de informações 
de dentro da empresa para o ambiente e contexto no qual ela está inserida. 
 
PAPÉIS DECISORIAIS 
E por fim, os Papéis de decisão, que são quatro. Então: 
1 - Empreendimento: está relacionado à tarefa de planejamento, identificação e 
aproveitamento de oportunidades de negócio atrativas para a empresa. 
2 - Resolução de conflitos: diz respeito à capacidade do administrador lidar com 
imprevistos, conflitos e crises que afetam a empresa, sejam esses fatores provenientes do 
ambiente interno ou externo. 
3 - Alocação de recursos: cabem ao administrador a gestão de recursos materiais, 
financeiros, de pessoas e demais que promovam os melhores resultados para a empresa. 
4 - Negociação: o gestor lidera negociações junto aos clientes, fornecedores, sindicatos, 
prestadores de serviço, funcionários e outros, buscando as melhores condições para a 
empresa desde que elas não estejam contrárias à ética nos negócios. 
Gente, visto a definição das habilidades, competências e papéis do administrador, 
passaremos agora alguns desafios da administração. Notem que, para enfrentar estes 
desafios, o administrador tem que atender algumas necessidades, as quais explicaremos 
também. 
Vejamos, então, meus alunos! 
 
OS DESAFIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
Como já tem ficado claro ao longo destas aulas, a Administração é um fenômeno universal 
no mundo moderno. 
As mudanças do mundo contemporâneo desafiam os gestores em meio a um cenário de 
ambiguidades e incertezas, dentre as quais podemos listar algumas. 
1 - Enfrentar a competição estrangeira (Globalização); 
2 - Pensar além das preocupações locais e imediatas; 
3 - Buscar novos meios para aproveitar talentos e recursos; 
4 - Repensar o relacionamento entre chefe e subordinado. 
Notamos assim que, dentre essas ambiguidades, a globalização é um fenômeno que 
proporciona mudanças em progressão à administração. Quebrou paradigmas, 
principalmente, nos aspectos relacionados à estratégia, à posição das empresas em 
relação ao mercado, e mudanças no perfil dos atores que atuam nas organizações. 
A velocidade das mudanças,em nível econômico, social, político e cultural foi o fator 
determinante dessa quebra de paradigma no final do século XX. 
Além dos desafios da Administração em termos de diversidade das organizações e 
complexidade do ambiente em que elas operam, outras forças ajudam a complicar o 
panorama com que se defrontam as organizações. 
Como dissemos, meus caros, para enfrentar estas dificuldades, o administrador precisa se 
reinventar sempre e atender algumas necessidades. Vejam agora quatro destas 
necessidades: 
 
NECESSIDADES DO ADMINISTRADOR 
A primeira que colocamos aqui é a Necessidade de Visão 
O Administrador tem que diagnosticar oportunidades de crescimento e expansão, dar 
boas-vindas às mudanças e tentar resolver os problemas antes que eles aconteçam; 
Assim, ele vai ser flexível e desenvolver uma visão ampla de sua empresa, dos objetivos 
organizacionais e do que deve ser feito para alcançá-los. 
A segunda necessidade que aqui apresentamos é a Necessidade de Ética. 
Vamos deixar claro que o tema Ética é bastante extenso. Mas, de forma geral, a Ética 
estuda os direitos e os benefícios dos envolvidos direta ou indiretamente em uma ação. 
Aquilo que é positivo ou negativo na interação com o ambiente. Desta forma, a ação das 
organizações e as decisões de seus administradores provocam efeitos sobre os outros. 
Daí a necessidade de o tempo todo avaliar se as práticas empresariais estão sendo 
éticas. 
A terceira necessidade para suportar e obter êxito nos desafios da administração é a 
necessidade de diversidade cultural. 
Na Necessidade de Diversidade Cultural, o administrador deve aproveitar os recursos e os 
talentos de diversos segmentos na força de trabalho sem qualquer tipo de preconceito, 
seja ele de classe, de gênero, de cor, ou outro que seja, sob pena de perder os melhores 
profissionais devido as suas atitudes. 
Por último temos a necessidade de treinamento do administrador. 
É fato que os talentos podem ser desenvolvidos e potencializados por meio de 
treinamento. Sintetizando, a qualidade de gerentes é uma habilidade que se materializa 
pela vontade de administrar esforços e recursos; pela capacidade de influenciar o 
comportamento e o desempenho de outros e pela capacidade de compreender e lidar com 
as reações emocionais de outras pessoas, que seria a empatia. 
Na próxima aula, vamos discorrer sobre o futuro da administração, sobre suas 
perspectivas. O mundo muda numa velocidade espantosa e cabe às ciências e aos 
profissionais acompanharem este ritmo alucinante. 
PERSPECTIVAS FUTURAS DA ADMINISTRAÇÃO 
Devemos observar que o trabalho do administrador em qualquer organização, seja ele um 
supervisor de primeira linha ou o dirigente máximo da organização, é essencialmente o 
mesmo. É o de gestor. Nesse sentido, não há uma distinção básica entre diretores, 
gerentes, chefes ou supervisores, como administradores. 
É também importante notar, caros alunos, que devido às suas limitações físicas, biológicas 
e psíquicas, o homem tem necessidade de cooperar com outros homens para, em 
conjunto alcançar objetivos. Quer sejam esses objetivos industriais, comerciais, militares, 
religiosos, caritativos ou educacionais, a coordenação do esforço humano torna-se um 
problema essencialmente administrativo. 
Como já dissemos anteriormente, onde quer que a cooperação de pessoas, no intuito de 
alcançar objetivos comuns, se torne organizada e formal, o componente essencial e 
fundamental dessa associação é a Administração, que é a função de conseguir fazer as 
coisas por meio das pessoas e com os melhores resultados. 
Podemos afirmar, portanto, que qualquer que seja a posição ou o nível que ocupe o 
administrador, quando tem responsabilidade pela cooperação dos subordinados, só pode 
alcançar resultados através da efetiva cooperação dos subordinados. 
Essa tarefa envolve a aplicação de princípios bem diferentes daqueles aplicados, por 
exemplo, pelo técnico de contabilidade, pelo economista, pelo vendedor ou pelo 
engenheiro, no exercício de suas ocupações. 
A tarefa que cabe ao administrador pode variar infinitamente, um dirigente máximo de uma 
organização pode ter uma área de autoridade muito mais ampla e elevada do que aquela 
que tem o supervisor de nível mais baixo. 
Entretanto, o fato que permanece é o de que todos os que obtêm resultados através do 
desempenho dos subordinados subscrevem basicamente as mesmas funções como 
administrador. 
Mas o detalhe de que, nos próximos anos, o mundo verá o fim da forma organizacional de 
hoje, OK? Novas arquiteturas organizacionais serão exploradas. 
 
NOVAS ARQUITETURAS ORGANIZACIONAIS 
Meus amigos, podemos dizer que a organização burocrática ainda predominante em 
muitas empresas tende a ser reduzida drasticamente com o surgimento destas novas 
arquiteturas organizacionais adequadas às novas demandas da era pós-industrial. 
Podemos afirmar assim que essa previsão se baseia no princípio evolucionário de que 
cada época desenvolve uma forma organizacional apropriada às suas características e 
exigências, devido principalmente a três aspectos, que passamos agora a enumerar: 
O primeiro aspecto são as mudanças rápidas e inesperadas no mundo dos negócios nos 
campos do conhecimento e da explosão populacional; 
Já o segundo é o crescimento e expansão das organizações, que se tornam complexas e 
globalizadas; 
O terceiro são as atividades que exigem pessoas de competências diversas e 
especializadas envolvendo problemas de coordenação e, principalmente, de atualização 
em função das rápidas mudanças. 
Devido a isso, amigos, vários fatores e desafios vão provocar profundos impactos sobre as 
organizações e empresas, conforme veremos agora. 
 
1 – CRESCIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES 
Primeiro, as organizações mais bem-sucedidas tendem ao crescimento e à ampliação de 
suas atividades, seja no crescimento em termos de tamanho e de recursos, seja na 
expansão de seus mercados, seja no volume de suas operações. O crescimento é uma 
decorrência inevitável do êxito organizacional. À medida que uma organização cresce, 
ocorre uma consequente subdivisão interna (divisão do trabalho) e especialização o dos 
órgãos e das pessoas e, em decorrência, uma maior necessidade de coordenação e 
integração das partes envolvidas para garantir a eficiência e eficácia. Como o mundo 
externo é caracterizado por mudanças rápidas e inesperadas, a organização do futuro 
deverá ter uma estrutura e comportamento capazes de mudanças rápidas e frequentes 
para acompanhar com sucesso as mudanças do mundo. Nestas circunstâncias, os 
administradores "generalistas" e dotados de habilidades genéricas e variadas terão 
perspectivas mais promissoras do que os administradores "especialistas" e concentrados 
em poucas habilidades 
 
2 - CONCORRÊNCIA MAIS AGUDA 
Quanto à concorrência mais aguda, à medida que aumentam os mercados e os negócios, 
crescem também os riscos na atividade organizacional e, principalmente, na atividade 
empresarial. O produto ou serviço demonstre ser superior, ou melhor, será o mais 
procurado. O desenvolvimento de tal produto ou serviço exigirá maiores investimentos em 
pesquisa e desenvolvimento, aperfeiçoamento das tecnologias, dissolução de velhos e 
criação de novos departamentos e divisões, busca incessante de novos mercados e a 
necessidade de lutar contra outras organizações, concorrendo com elas para sobreviver e 
crescer. 
 
3 - SOFISTICAÇÃO DA TECNOLOGIA 
Em terceiro, no que tange à sofisticação da tecnologia, com o progresso das 
comunicações, do computador e do transporte aéreo a jato, as organizações e empresas 
estão internacionalizando suas operações e atividades. A tecnologia proporcionará uma 
eficiência maior, uma precisão maior e a liberação da atividade humana para tarefas mais 
complexas e que exijam planejamento e criatividade. A tecnologia introduzirá novos 
processos e novos instrumentos que causarão impactos sobre a estrutura e 
comportamento das organizações. 
 
4 - TAXAS ELEVADAS DE INFLAÇÃOEm quarto, temos as taxas elevadas de inflação. Os custos de energia, de matérias-
primas, de mão-de-obra, do dinheiro estão se elevando continuamente. A inflação exigirá, 
cada vez mais, maior eficiência da administração das organizações e empresas, para que 
estas possam obter melhores resultados com os recursos disponíveis e programas de 
redução de custos operacionais. A inflação imporá fatalmente novas pressões e ameaças 
sobre as organizações lucrativas, estas deverão lutar pelo lucro e pela sobrevivência 
através da procura de maior produtividade. 
 
5 - GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA 
Em quinto, destaca-se a globalização da economia. A internacionalização dos negócios o 
esforço de exportação, a criação de novas subsidiárias, para fixar raízes em outros 
territórios estrangeiros, é um fenômeno recente ocorrido após as duas guerras mundiais e 
que influenciará as organizações do futuro e a sua administração. 
 
6 - VISIBILIDADE MAIOR DAS ORGANIZAÇÕES 
Um sexto fator é a visibilidade maior das organizações. Enquanto crescem, as 
organizações tornam-se mais competitivas, mais sofisticadas e globalizadas e, com isto, 
aumentam sua influência ambiental. Em outros termos, gradativamente as organizações 
chamam mais a atenção do ambiente e do público e passam a ser mais visíveis e 
percebidas pela opinião pública. A visibilidade da organização a sua capacidade de 
chamar a atenção dos outros pode ocorrer de maneira positiva (imagem positiva dá 
organização perante o público) ou de maneira negativa (imagem negativa) de qualquer 
forma, a organização jamais será ignorada pelos outros: consumidores, fornecedores, 
imprensa, sindicatos, governo etc. Isto influenciará o seu comportamento. 
Portanto, alunos, todos esses desafios trazem uma consequência para a administração 
das organizações, que é a administração da incerteza. 
Essas consequências farão com que as organizações deste milênio passem a lidar não 
mais com previsibilidade, continuidade e estabilidade, mas com imprevisibilidade, 
descontinuidade e instabilidade em todos os setores de atividade, conforme veremos. 
Fato inegável é que a sociedade está passando por grandes transformações – que são as 
chamadas megatendências, as quais veremos agora, OK? 
 
MEGATENDÊNCIAS 
Essas megatendências produzem forte impacto na vida das organizações, já que elas 
constituem parte integrante e inseparável da sociedade. 
Vejamos então as megatendências. Prestem atenção na ilustração ao lado: 
- Passagem da sociedade industrial para a sociedade de informação, causando inovação e 
mudança; 
- Passagem da tecnologia simples para tecnologia sofisticada, ocasionando maior 
eficiência; 
- Passagem da economia nacional para economia mundial, o que traz a globalização e 
competitividade; 
- Passagem do curto prazo para o longo prazo, trazendo uma visão mais sólida do negócio 
e do futuro; 
- Passagem da democracia representativa para democracia participativa, trazendo o 
pluralismo de participação; 
- Passagem da hierarquia para a comunicação lateral ou horizontal, o que ocasiona 
democratização e empoderamento; 
- Passagem de opção dual ou binária para opção múltipla, ocasionando uma visão 
sistêmica e contingencial; 
- Passagem da centralização para descentralização, trazendo a incerteza e a 
imprevisibilidade; 
- Passagem da ajuda institucional para auto-ajuda, o que traz a autonomia e serviços 
diferenciados. 
Enumeradas as megatendências da sociedade, vamos estudar agora a abrangência e a 
importância da Administração 
 
ABRANGÊNCIA E IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO 
Então! Quanto à abrangência, a administração tem um caráter eminentemente universal. 
Podemos afirmar que cada empresa necessita não de um administrador apenas, mas de 
uma equipe de administradores em vários níveis e nas várias áreas e funções, para 
conduzir as diversas especialidades dentro de um conjunto integrado e harmonioso de 
esforços em direção aos objetivos da empresa. 
Já quanto a importância, podemos afirmar que a Administração se tornou fundamental na 
condução da sociedade moderna. Ela não é um fim em si mesmo, mas um meio de fazer 
com que as coisas sejam realizadas da melhor forma, com o menor custo e com a maior 
eficiência, eficácia e efetividade. 
Conforme notamos na ilustração, eficiência é cumprir corretamente a missão, ou seja, com 
foco nos custos; já a eficácia significa fazer o que deve ser feito, focando no resultado, nas 
metas cumpridas e, por fim, temos que a efetividade é uma síntese dos anteriores, ou seja, 
fazer o que deve ser feito, é o impacto causado no funcionário, no cliente, na vida da 
empresa. 
Continuando, vamos voltar a falar sobre o conteúdo e objetivo da Administração, e depois 
sobre a ampliação do escopo da administração porque é necessário para que fique um link 
adequado para a próxima aula, ocasião em que iremos falar sobre as teorias citadas no 
início da primeira aula. 
 
CONTEÚDO E OBJETO DE ESTUDO DA ADMINISTRAÇÃO 
Poderíamos ter colocado este tópico no início da primeira aula. Mas por motivos didáticos, 
entendemos ser melhor tratar do tema agora, próximo à explicação das teorias 
administrativas. 
Alunos, é fato que o conteúdo do estudo da Administração varia de acordo com a teoria ou 
a escola considerada. 
Com isso, apresentamos não especificamente a abordagem e o conteúdo de uma única 
corrente em detrimento das demais, mas uma visão ampla, comparativa e, sobretudo, 
crítica de cada teoria da Administração que colocaremos. 
Notem as seis variáveis, ou ênfases, da TGA. Mais à frente, veremos a importância dessas 
seis variáveis que se apresentam na ilustração ao lado. Cada uma delas – tarefas, 
estrutura, pessoas, ambiente, tecnologia e competitividade – às vezes de forma 
complementar, provocou ao seu tempo uma diferente teoria administrativa, marcando um 
gradativo passo no desenvolvimento da TGA. 
Na sequência, veremos a ampliação do escopo da administração. 
 
AMPLIAÇÃO DO ESCOPO DA ADMINISTRAÇÃO 
O que seria escopo, meus caros? 
De forma geral, escopo se refere àquilo que se pretende atingir. Escopo é a finalidade, o 
alvo, ou o intento que foi estabelecido como meta final. 
Assim, alunos, o escopo é o objetivo que se pretende atingir, é sinônimo de fim, propósito 
ou desígnio. 
No caso da administração, o escopo é o objetivo que se pretende alcançar com a atividade 
empresarial da organização. 
Como vimos, as empresas se tornaram maiores e mais complexas principalmente a partir 
da 2ª Revolução Industrial no final do Século XIX. Os objetivos também foram se tornando 
mais complexos. 
Então, deste jeito foram se revestindo de importância as variáveis, ou ênfases, que 
colocamos antes. Os objetivos aumentaram, os horizontes ampliaram. Foi necessário 
rever a forma de dirigir as empresas. 
Assim, meus alunos, teorias foram criadas, de forma sucessiva, com enfoques diversos, 
para que atendessem ao escopo ampliado das organizações. 
Assim, notem ao lado o quadro de evolução histórica das teorias administrativas, 
mostrando que durante o Século XX vários movimentos e teorias foram surgindo para 
atender a cada escopo, com enfoques diferentes. Ressaltamos que a partir dos anos 1990 
várias outras teorias foram agregadas para atender a rápida mutação da sociedade 
moderna. 
 
Bem, alunos! Para finalizar esta segunda aula, apresentamos um texto com dez frases 
atribuídas a Peter Drucker, um mago da gestão, pai da moderna administração, que 
esclarece sobre a tarefa do líder, do gestor. 
Assim... 
10 FRASES DE PETER DRUCKER QUE PODEM MUDAR A SUA PERCEPÇÃO DE 
MUNDO 
Texto adaptado pelo Engenheiro André Barholomeu Fernandes 
Peter Drucker é não apenas o pai da administração moderna, mas um provocador da 
cultura empreendedora. Aqui estão 10 frases de Drucker que vão fazer você pensar. 
Muitos empreendedores e profissionais de marketing sérios são profundos admiradores de 
Peter Drucker. 
Os jovens empreendedores que não estão familiarizados com Drucker fariam bem em 
estudar seus comentáriosperspicazes sobre o mundo da gestão. 
Mesmo depois de tantos anos, as citações de Peter Drucker abaixo fazem todo o sentido 
e, deverão fazer para você também. 
(1) “Fazer as coisas certas é mais importante do que fazer as coisas direito” 
(2) “Se você quer algo novo, você precisa parar de fazer algo velho” 
(3) “Não há nada tão inútil quanto fazer com grande eficiência algo que não deveria ser 
feito” 
(4) “O que pode ser medido, pode ser melhorado” 
(5) “Os resultados são obtidos através da exploração de oportunidades, não pela solução 
de problemas” 
(6) “Muito do que chamamos de gerenciamento consiste em fazer com que seja difícil para 
as pessoas trabalharem” 
(7) “As pessoas que não correm riscos geralmente cometem cerca de 2 erros por ano. 
Pessoas que assumem riscos geralmente cometem cerca de 2 grandes erros por ano” 
(8) “As reuniões são, por definição, uma concessão a uma organização deficiente. Ou se 
trabalha, ou faz reuniões. Não dá para fazer as 2 coisas ao mesmo tempo” 
(9) “Planejamento de longo prazo não lida com decisões futuras, mas com um futuro de 
decisões presentes” 
(10) “Administração é fazer as coisas direito. Liderança é fazer as coisas certas” 
 
Essas citações realmente inflamam a imaginação empreendedora, e por isso, você deve 
prestar atenção nelas. 
Qual dessas citações toca você mais profundamente? 
Este artigo foi adaptado do original, “These 10 Peter Drucker Quotes May Change Your 
World”, da Entrepreneur. 
 
Como dissemos ao final da última exposição, pretendemos apresentar nas próximas aulas 
as teorias da administração propostas para o curso. 
Antes de chegar nas teorias, cabe, porém, fazer algumas considerações, para que 
tenhamos a base necessária para um melhor conhecimento delas. 
Primeiro, relembramos, meus amigos, que continuaremos utilizando como base para 
nossas aulas os conhecimentos de Chiavenato e Maximiano, OK? 
Vale lembrar que na última aula colocamos para vocês que há seis variáveis, ou ênfases – 
tarefas, estruturas, pessoas, ambiente, tecnologia e competitividade – sendo que cada 
uma delas ao seu tempo provocou uma diferente teoria administrativa. Estão lembrados? 
Viram a figura ao lado? 
Então, fato é que cada teoria administrativa privilegia ou enfatiza uma ou mais dessas seis 
que vimos na ilustração. 
Já que vamos adentrar na descrição das teorias, primeiro vamos aprofundar um pouco nas 
ênfases que cada teoria deu ao seu escopo, OK? 
 
VARIÁVEIS OU ÊNFASES DAS TEORIAS 
Neste sentido, caros alunos, estamos mostrando agora a ilustração ao lado que mostra as 
ênfases, as teorias e seu ano de surgimento, mostrando de maneira bem sucinta o 
enfoque de cada uma dessas teorias, sobre as quais iremos discorrer agora. 
 
ÊNFASE NAS TAREFAS 
Cronologicamente, vemos que o foco científico na administração começou com a ênfase 
nas tarefas, com a Teoria da Administração Científica de Taylor, de 1903. Esta Teoria 
tinha como principal enfoque a racionalização do trabalho nível operacional. 
Gostaria de relembrar a vocês que esta Teoria será uma das que veremos com maiores 
detalhes mais adiante. 
 
ÊNFASE NA ESTRUTURA 
Com ênfase na variável estrutura temos quatro Teorias que foram surgindo ao longo dos 
anos e se moldando às novas realidades de modernização das organizações. 
A primeira destas Teorias é a Teoria Clássica da Administração de Fayol, do ano de 1916, 
com enfoque na organização formal da empresa, princípios gerais da administração e 
funções do administrador. 
Amigos, cabe aqui uma observação: A Administração Científica e a Teoria Clássica são 
consideradas pelos estudiosos como “Abordagem Clássica da Administração”.Tá em 
vários livros, OK? 
Bem, a Teoria Clássica da Administração também será melhor esmiuçada neste curso. 
Ainda na ênfase estruturalista e com o mesmo enfoque da Teoria Clássica temos a Teoria 
Neoclássica de 1954, que trata basicamente de uma revisão e atualização da sua 
antecessora. 
Em terceiro, na ênfase estruturalista, há a Teoria da Burocracia de Max Weber, de 1909, 
com foco na organização formal burocrática e na racionalidade organizacional. 
Por fim, amigos, temos, na estrutura, a Teoria Estruturalista de 1947, que tentou conciliar 
as teses propostas pela Teoria Clássica e Teoria das Relações Humanas. Possui uma 
múltipla abordagem, tais como de organização formal e informal, análises 
intraorganizacional e interorganizacional. 
 
ÊNFASE NAS PESSOAS 
Passando para a ênfase nas pessoas, podemos considerar três Teorias: Teoria das 
Relações Humanas, de 1932; Teoria do Comportamento Organizacional, de 1957; e a 
Teoria do Desenvolvimento Organizacional, de 1962. 
Meus amigos, as duas primeiras, Teoria das Relações Humanas e Teoria do 
Comportamento Organizacional serão trabalhadas em maiores detalhes neste curso. 
 
ÊNFASE NO AMBIENTE 
A ênfase no ambiente possui duas Teorias principais: a mesma Teoria Estruturalista de 
1947 e a Teoria da Contingência de 1972. O enfoque da primeira é claro que já mostramos 
anteriormente. Já a segunda Teoria, a da Contingência, de 1972, tem seu enfoque na 
análise ambiental, ou como especialistas preferem dizer, no imperativo ambiental, uma 
abordagem de sistema aberto, da mesma forma que a Teoria Estruturalista. 
E o que seria um Sistema Aberto? Vejam bem: A estrutura de sistema aberto é formada 
pela interação e intercâmbio da organização com o ambiente. De acordo com as 
mudanças do ambiente externo, a organização se adapta para sobreviver mudando seus 
produtos, técnicas e estruturas. 
Ao contrário, uma estrutura de sistema fechado, mais característico das primeiras 
empresas administradas por profissionais, não tinha esta interação com o ambiente que o 
cercava. Entenderam? 
 
ÊNFASE NA TECNOLOGIA 
Temos agora a variável Tecnologia. Há nela uma Teoria, a da Contingência, que também 
transita, como vemos pela ênfase ambiental. Além do enfoque na análise ambiental, foca 
ainda na administração da tecnologia existente, ou seja, o imperativo tecnológico. 
 
COMPETITIVIDADE 
Então, meus alunos, por fim temos a variável competitividade, com variadas Teorias a 
partir de 1990, que focam no caos e na complexidade da sociedade moderna, na 
aprendizagem organizacional e no capital intelectual dos recursos humanos disponíveis. 
Bem, amigos, tendo visto a ampliação do escopo das Teorias da Administração ao longo 
das décadas, temos agora que fazer algumas considerações preliminares sobre essas 
Teorias feitas pela TGA, para que não as vejamos como isoladas umas das outras e 
paradas no tempo. 
Então agora vamos a estas observações. 
 
TEORIAS ADMINISTRATIVAS – CONSIDERAÇÕES 
Já verificamos anteriormente que a Administração é uma ciência relativamente nova. 
Mesmo assim, o seu desenvolvimento foi muito rápido nas últimas décadas. 
Notamos que a própria história do pensamento administrativo proporciona uma perspectiva 
das contribuições e dos problemas e situações com que se defrontou no decorrer destas 
últimas décadas no mundo industrial e mais sofisticado em termos de tecnologia. 
Podemos afirmar hoje, amigos, que todas as teorias administrativas apresentadas são 
válidas, embora cada qual valorize mais apenas uma ou algumas das seis variáveis 
básicas. 
Na realidade, cada teoria administrativa surgiu como uma resposta aos problemas 
empresariais mais relevantes de sua época. 
E, neste aspecto, todas elas foram bem-sucedidas ao apresentarem soluções específicas 
para tais problemas. 
De certo modo, como dissemos, todas as teorias administrativas são aplicáveis às 
situações atuais, e o administrador precisa conhecê-las bem para ter à sua disposição um 
naipe de alternativas interessantes para cada situação. 
Ocorre que à medida que a Administração se defronta com novos desafios e novas 
situações que se desenvolvem com o decorrer do tempo, as doutrinas e teorias 
administrativas precisam adaptar suas abordagens para continuarem úteis e aplicáveis. 
Isto explica, em parte, os gradativos passos da TGA nodecorrer das décadas. 
O resultado disso tudo é a gradativa abrangência e complexidade discutidos 
anteriormente. 
Fato é alunos que novos enfoques, além dos já citados, sempre devem ser considerados 
na administração. Podemos citar, como exemplo a qualidade total e a reengenharia. 
 
NOVOS ENFOQUES 
QUALIDADE TOTAL 
Qualidade Total, é “agir de forma planejada e sistêmica para implantar e implementar um 
ambiente no qual o aprimoramento seja contínuo e em que todas as relações 
fornecedores/clientes da organização, sejam elas internas ou externas, exista satisfação 
mútua.” (ISO 9000). 
 
NOVOS ENFOQUES 
REENGENHARIA 
Também podemos citar um enfoque na Reengenharia, que é o repensar fundamental e a 
reestruturação radical dos processos empresariais que visam alcançar drásticas melhorias 
em indicadores críticos e contemporâneos de desempenho, tais como custos, qualidade, 
atendimento e velocidade. 
Meus alunos, tendo visto estas considerações iniciais sobre o grande avanço no escopo 
da administração, bem como sobre as próprias teorias administrativas, chegou o momento 
em que vamos apresentar as Teorias. 
Começaremos falando um pouco sobre a abordagem clássica da administração, que 
engloba a administração científica de Taylor e Ford e a Teoria Clássica de Fayol. 
 
ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 
Então: como já ficou bem claro, o estudo da Administração começou a se popularizar com 
o surgimento das Teorias da Administração. 
Lembrando ainda que as teorias surgiram da necessidade de resolver problemas que 
estavam atrapalhando o desenvolvimento das empresas. 
Desta maneira, como já dissemos, todas as teorias tiveram relevância em algum momento. 
Ainda hoje elas podem ser utilizadas, e cabe ao administrador escolher as teorias que 
melhor se encaixam na área de atuação da empresa. 
Como já citamos, no início do século XX, a atividade industrial cresceu muito, 
principalmente nos EUA e alguns países europeus. Devido a este crescimento, surgiu a 
necessidade de desenvolver novos produtos e tecnologias. 
Meus amigos, muitos fatores precisavam claramente de solução naquela época. 
Vejam alguns deles. 
Primeiro, o crescimento acelerado e desorganizado das empresas causou uma gradativa 
complexidade na sua administração. 
Assim, a necessidade de aumentar a eficiência e a competência das organizações, no 
sentido de obter o melhor rendimento possível de seus recursos e fazer face à 
concorrência e à competição que se avolumavam. 
Ademais, meus caros alunos, o panorama industrial no início daquele século tinha toda 
uma variedade incrível de empresas, com tamanhos altamente diferenciados, problemas 
de baixo rendimento de maquinário, desperdício, além de insatisfação generalizada entre 
os operários, uma concorrência intensa, mas com tendências pouco definidas, elevado 
volume de perdas e decisões mal formuladas. 
Assim, amigos, dentro dessa nova situação, e além de todos os fatores históricos que já 
citamos, surgiram os primeiros esforços realizados nas empresas para a implantação de 
métodos e processos de racionalização do trabalho, cujos estudos coincidiram com o início 
daquele século XX. 
Portanto, naqueles anos, dois engenheiros desenvolveram os primeiros trabalhos 
pioneiros a respeito da Administração. 
 
OS PIONEIROS DA ADMINISTRAÇÃO 
Um deles era o americano, Frederick Winslow, e veio a desenvolver a chamada Teoria da 
Administração Científica, preocupada em aumentar a eficiência da indústria através, 
inicialmente, da racionalização do trabalho operário. 
O outro era europeu, Henri Fayol, e veio a desenvolver a chamada Teoria Clássica, 
preocupada em aumentar a eficiência da empresa através da sua organização e da 
aplicação de princípios gerais da Administração em bases científicas. 
Meus amigos, apesar dos dois não terem se comunicado e terem partido de pontos de 
vista diferentes e mesmo opostos, poderíamos dizer, o certo é que as suas ideias 
constituem as bases da chamada Abordagem Clássica ou Tradicional da Administração. 
Fato é que os princípios de Taylor e Fayol dominaram as primeiras décadas do século XX 
no panorama administrativo das organizações. 
Assim, de um modo geral, a Abordagem Clássica da Administração pode ser desdobrada 
em duas orientações bastante diferentes e, até certo ponto, opostas entre si, mas que se 
complementam com relativa coerência. 
 
NOVAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A ABORDAGEM CLÁSSICA 
Notemos, conforme ilustração que estamos mostrando para vocês agora, que de um lado 
há a Escola da Administração Científica, desenvolvida nos Estados Unidos, a partir dos 
trabalhos de Taylor. Essa escola era formada principalmente por engenheiros, como o 
próprio Frederick Winslow Taylor e Henry Ford, dentre outros articuladores. 
Frisamos, amigos, que Ford costuma ser incluído entre eles, pela aplicação de seus 
princípios nos seus negócios. Isto nós iremos ver adiante ao falar especificamente da 
Teoria da Administração Científica. 
Na administração científica, a preocupação básica era aumentar a produtividade da 
empresa através do aumento de eficiência no nível operacional, isto é, no nível dos 
operários. 
Daí a ênfase na análise e na divisão do trabalho do operário, uma vez que as tarefas do 
cargo e o ocupante constituem a unidade fundamental da organização. 
Neste sentido, a abordagem da Administração Científica é uma abordagem de baixo para 
cima (do operário para o supervisor e gerente) e das partes (operários e seus cargos) para 
o todo (organização empresarial). 
Enfim, a ênfase nas tarefas é a principal característica da Administração Científica. 
Então, meus amigos, ao falarmos especificamente da Administração Científica, entraremos 
em maiores detalhes destes princípios. 
De outro lado, meus alunos, surgiu uma corrente dos Anatomistas e Fisiologistas da 
organização, desenvolvida na França, com os trabalhos pioneiros de Fayol. Essa escola 
era formada principalmente por executivos de empresas da época. 
Dentre eles, Henri Fayol, além de outros, é claro. A esta corrente chamaremos Teoria 
Clássica, alunos. A preocupação básica era aumentar a eficiência da empresa através da 
forma e disposição dos órgãos componentes da organização (departamentos) e das suas 
interrelações estruturais. 
Daí a ênfase na anatomia (estrutura) e na fisiologia (funcionamento) da organização. 
Neste sentido, a abordagem da Corrente Anatômica e Fisiologista é uma abordagem 
inversa à da Administração Cientifica. 
É uma abordagem de cima para baixo (da direção para a execução) e do todo 
(organização) para as suas partes componentes (departamentos). 
Predominava a atenção para a estrutura organizacional, com os elementos da 
Administração, com os princípios gerais da Administração, com a departamentalização. 
Esse cuidado com a síntese e com a visão global permitia a melhor maneira de subdividir 
a empresa sob a centralização de um chefe principal. 
Foi uma corrente eminentemente teórica e "administrativamente orientada". Como já 
dissemos antes, a ênfase na estrutura é a sua principal característica. 
Assim, a Abordagem Clássica é um conjunto de estudos que se caracterizam 
fundamentalmente por serem inovadores para a época, virem de encontro à real 
necessidade de toda uma sociedade mundial que se industrializava rapidamente e, por 
último, trariam mudanças que marcariam época e consequências inesperadas, boas e 
ruins, porém inevitáveis. 
Caros alunos, tendo feito estas considerações iniciais acerca da Abordagem clássica da 
Administração, na próxima aula começaremos a falar de cada uma das teorias atreladas a 
ela, a Teoria da administração científica e a teoria clássica. 
Tendo visto anteriormente a Teoria da Administração Científica de Taylor – o Taylorismo – 
com a contribuição de Ford – o Fordismo, nesta aula pretendemos falar sobre a Teoria 
Clássica e a Teoria das Relações Humanas. 
Vamos começar com a Teoria Clássica de Fayol. 
 
TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 
Como já dissemos anteriormente, enquantoTaylor e outros engenheiros americanos 
desenvolviam a chamada Administração Científica nos Estados Unidos, em 1916 surgia na 
França, e difundida rapidamente pela Europa, a chamada Teoria Clássica da 
Administração, de Henri Fayol. 
Também vimos que a Teoria Clássica partia do estudo do todo organizacional e da sua 
estrutura para garantir a eficiência a todas as partes envolvidas, fossem elas órgãos –que 
são as seções, os departamentos etc. ou pessoas – sejam elas ocupantes de cargos ou 
executores de tarefas. 
A preocupação com a estrutura da organização como um todo constituiu, sem dúvida, uma 
substancial ampliação do objeto de estudo da TGA, pois ampliou para uma abordagem 
anatômica e estrutural da empresa, ao invés de tão somente nas tarefas. 
Assim, como já dissemos, a ênfase da Teoria Clássica é na estrutura. 
Alunos, não há como falar na Teoria Clássica sem falar de Henri Fayol, que foi seu 
fundador. 
 
HENRI FAYOL 
Jules Henri Fayol nasceu em Constantinopla, formou-se engenheiro de minas aos 19 anos 
e entrou para uma companhia metalúrgica e carbonífera, onde desenvolveu toda a sua 
carreira. 
Aos 25 anos Fayol foi nomeado gerente das minas e aos 47 assumia a gerência geral da 
empresa, que no momento se encontrava em situação difícil. Em 1918 transmitiu a 
empresa ao seu sucessor, dentro de notável estabilidade. 
Fayol expôs sua Teoria de Administração em seu livro “Administração Geral e Industrial”, 
publicado em Paris em 1916,divulgando suas ideias, que estavam voltadas, ao contrário 
de Taylor (chão da fábrica), para a alta administração da empresa exigindo, de quem a 
comandasse, conhecimentos gerenciais. Pela primeira se fala em administração como 
disciplina e profissão. 
Exatamente como Taylor, Fayol empregou seus últimos anos de vida à tarefa de 
demonstrar que, com previsão científica e métodos adequados de gerência, resultados 
satisfatórios eram inevitáveis. 
Assim como nos Estados Unidos a Taylor Society foi fundada para divulgação e 
desenvolvimento da obra de taylor, na França o ensino e o desenvolvimento da obra de 
Fayol deram motivo à fundação do Centro de Estudos Administrativos. 
Visto esta pequena biografia de Fayol, agora falaremos das seis funções básicas da 
empresa, segundo o mesmo. 
 
FUNÇÕES BÁSICAS DA EMPRESA 
Alunos, como nos diz Chiavenato, Fayol, em seu livro “Administração Geral e Industrial”, 
apresenta seis funções básicas que considera essenciais à toda empresa. Vejam ao lado 
essas funções: 
1 - Técnicas – que é a produção de bens ou serviços da empresa; 
2 - Comerciais – que é a compra, venda e troca de bens; 
3 - Financeiras – que procura e gerenciamento de capitais; 
4 - Segurança – que é a proteção e preservação de bens; 
5 - Contábeis – que são os inventários, registros, balanços, custos e estatísticas; 
6 - Administrativas – funções que coordenam e comandam as outras cinco, constituindo-se 
na mais importante. 
Meus caros, notem a função administrativa que, como dissemos, é a mais importante. 
Por isto, Fayol definiu que o ato de administrar é composto de cinco atos ou funções 
administrativas, que devem ter uma sequência lógica, porque o trabalho do dirigente 
consiste em tomar decisões, estabelecer metas, definir diretrizes e atribuir 
responsabilidades aos integrantes da organização. 
Vamos a estas funções. 
 
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS DE FAYOL 
Então, alunos, Fayol define o ato de administrar como sendo: 
1. Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação; 
2. Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa; 
3. Comandar: dirigir e orientar o pessoal; 
4. Coordenar: ligar, unir, harmonizar os atos e esforços coletivos; 
5. Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as 
ordens dadas. 
Assim, estes são os elementos da administração que constituem o chamado processo 
administrativo. Notem que é bem próximo do que já vimos nas primeiras aulas sobre o 
PODC – então é muito atual. 
Importante notar, meus caros, que estes elementos são localizáveis em qualquer trabalho 
do administrador, em qualquer nível ou área de atividade da empresa. 
Em outros termos, tanto o diretor, o gerente, o chefe, o supervisor, o encarregado - cada 
qual em seu nível - desempenha atividades de previsão, organização, comando, 
coordenação e controle, como atividades administrativas essenciais. Isto é a 
proporcionalidade das funções administrativas. 
Assim, tendo terminado de definir quais são as funções do administrador para Fayol, 
iremos enumerar os Princípios Gerais de Administração para o mesmo. 
 
PRINCÍPIOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO DE FAYOL 
Alunos, a Administração, como as demais ciências, deve se basear em leis ou princípios. 
Assim, Fayol definiu dessa forma os seus 14 “Princípios Gerais da administração”. 
1. Divisão do trabalho – é a especialização das tarefas e das pessoas para aumento 
da eficiência. 
2. Autoridade e Responsabilidade – temos que a autoridade é direito de dar ordens e 
o poder de esperar obediência e a responsabilidade é a contrapartida, devendo 
haver equilíbrio. 
3. Disciplina – é o estabelecimento das normas de conduta e de trabalho (obediência, 
comportamento e respeito). 
4. Unidade de comando – cada funcionário recebe ordens de um superior apenas. 
Este é princípio de autoridade única. 
5. Unidade de direção – é o controle único com objetivo de aplicação de um mesmo 
plano para um grupo de atividades de mesmo objetivo. 
6. Prevalência de interesses gerais – os interesses gerais devem prevalecer aos 
interesses individuais. 
7. Remuneração – esta deve ser eficiente para garantir a satisfação dos funcionários 
e para a organização em termos de retribuição. 
8. Centralização – as atividades cruciais da organização e a autoridade para a sua 
adoção devem ser centralizadas. 
9. Hierarquia (cadeia escalar) – é a prioridade para a estrutura hierárquica (escalão 
mais alto ao mais baixo). 
10. Ordem – deve ser mantida a organização, preservar cada pessoa e objeto em seu 
lugar. 
11. Equidade – é o tratamento das pessoas com benevolência e justiça, não excluindo 
o rigor, justificando a lealdade e a devoção dos funcionários à empresa. 
12. Estabilidade dos funcionários – a rotatividade excessiva é prejudicial para a 
eficiência da organização e tem consequências negativas sobre o desempenho 
dos trabalhadores. 
13. Iniciativa – é a capacidade de estabelecer um plano e assegurar seu cumprimento 
e seu sucesso. 
14. Espírito de equipe – trabalho conjunto facilitado pela união entre equipes, gerando 
consciência de classes e defesa de seus propósitos. 
Tendo enumerado os princípios de Fayol, terminamos aqui a abordagem clássica. Antes, 
porém, algumas críticas que foram feitas a essa abordagem ao longo dos anos. 
 
CRÍTICAS 
Críticas frequentes apontam que ambas as teorias consideravam (1) a empresa como um 
sistema fechado, ou seja, de não manter relações com o meio em que se encontrava, (2) 
de ter desenvolvido princípios que buscavam explorar os trabalhadores e (3) de chefias 
com obsessão pelo comando. 
Contudo, alunos, a partir de seus principais expoentes, Taylor e Fayol, a abordagem 
clássica trouxe conhecimentos para as teorias que foram posteriormente desenvolvidas, 
principalmente em seus aspectos mais estruturais. 
As ideias de Taylor e Fayol representavam um avanço na forma de encarar a participação 
do trabalhador no processo produtivo e algumas das suas conclusões continuam viáveis e 
com aplicabilidade no processo de produção atual. 
Terminamos aqui, então, a explanação acerca da Abordagem Clássica da Administração e 
suas duas Teorias. 
Agora partiremos para a Teoria das Relações humanas, OK? 
 
TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS 
Como vimos, a Abordagem Clássica estava sendo acusada de massificar e tornar 
mecanicista o trabalho do homem nas empresas. 
Bem, alunos. Em 1924, a Academia Nacional de Ciências, dos Estados Unidos, fez uma 
pesquisa de verificação da correlação entre produtividade e iluminação

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