Buscar

PLANO DE AULA 13

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) DESEMBARGADOR 
(A) PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE 
XXX 
 
 
Prcesso n° XXX 
 
 
“M”, já qualificado nos autos em epígrafe, por seu advogado que esta subscreve, 
com endereço profissional na Rua XXX, Bairro XXX, Cidade XXX, Estado XXX, 
local indicado para receber as devidas intimações e notificações, conforme o 
artigo 106 do Código de Processo Civil de 2.015, vem, inconformado com 
acórdão de folhas n° XXX, proferido por esse Tribunal de Justiça, em face de 
XYX ALIMENTOS S.A., vem, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 
105, inciso III, alíneas “a” e “c”, da Constituição Federal de 1.988 e artigo 1.029 
da Lei n° 13.105 de 2.015, interpor: 
 RECURSO ESPECIAL 
Requer seja recebido, processado e admitido, determinando-se sua remessa ao 
Colendo Superior Tribunal de Justiça para apreciação e julgamento. 
Nestes termos, pede deferimento. 
 Local / Data 
 Advogado 
 OAB n° XXX 
 RAZÕES DO RECURSO ESPECIAL 
Apelação n° XXX 
Recorrente: “M” 
Recorrido: XYZ ALIMENTOS S.A. 
 EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
Colenda Turma, 
Eméritos Ministros: 
“Permissa máxima vênia” o v. Acórdão recorrido merece integral reforma, eis que 
infringiu vários dispositivos de leis federais, divergindo também de decisões de 
outros Tribunais pátrios e, inclusive do presente E. Tribunal, conforme a seguir 
será demonstrado: 
 I – DOS FATOS 
Em 27/02/2011, XYZ Alimentos S.A., companhia aberta, ajuizou ação 
para responsabilizar seu ex-diretor de planejamento, "M", por prejuízos 
causados à companhia decorrentes de venda, realizada em 27/09/2005, de 
produto da Companhia a preço inferior ao de mercado, em troca de vantagem 
pessoal. Em sua defesa, "M" alegou que não houve a realização prévia de 
assembleia da companhia que houvesse deliberado o ajuizamento da demanda 
e que as contas de toda administração referentes ao exercício de 2005 haviam 
sido aprovadas pela assembleia geral ordinária, ocorrida em 03/02/2006, cuja 
ata foi devidamente arquivada e publicada na imprensa oficial no dia 05/02/2006, 
não podendo este tema ser passível de rediscussão em razão do decurso do 
tempo. Em sede de recurso, a 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado 
do Piauí reconheceu os fatos de que (i) não houve a prévia assembleia para 
aprovar ajuizamento da ação; e de que (ii) as contas de ?M? referentes ao 
exercício de 2005 foram aprovadas em uma assembleia, em cujas deliberações 
não se verificou erro, dolo, fraude ou simulação incorridos ou perpetrados por 
quem dela participou. No entanto, manteve a condenação do ex-diretor que havia 
sido imposta pela sentença da 1ª instância, que entendeu prevalecer, no caso, o 
art. 158, I, da Lei n.6.404/76, sobre qualquer outro dispositivo legal desta Lei, 
sobretudo os que embasam os argumentos de "M". 
 II – DO CABIMENTO 
Diante da pretensão de reforma de acórdão de Tribunal de Justiça 
Estadual, será cabível Recurso Especial. Todavia, é preciso que se demonstre 
a presença de seus requisitos de admissibilidade, que nos caso presente 
Recurso Especial, é apresentado pelo: 
 II.1 – PREQUESTIONAMENTO 
Como sabido, cabe Recurso Especial, de competência do Superior 
Tribunal de Justiça, quando a decisão recorrida contrariar lei federal. 
Nesse sentido, o teor do art. 105, III, a CF, a saber: 
Art. 105. “Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
(...) 
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última 
instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do 
Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; 
(...).” 
No caso em tela, o acórdão recorrido contrariou dispositivos da Lei 
Federal 6.404/76 (como se verá no Mérito), dando o tribunal a quo intepretação 
incompatível com o seu teor, motivo pelo qual resta justificado o cabimento do 
presente Recurso Especial. 
Assim, percebe-se no caso que houve o prequestionamento da matéria 
recorrida, uma vez que o conteúdo da lei federal contrariada foi objeto de análise 
pelo tribunal a quo, restando cumprido, portanto, dito requisito. 
 III – DO DIREITO 
Da ofensa aos artigos 1.022, inciso II, 489, § 1°, inciso IV, 373, inciso I e 1.013 
e incisos do Novo Código de Processo Civil de 2.015: 
Não tendo sido acolhidos os Embargos de Declaração, acabou-se por infringir 
os artigos 1.022, inciso II e 489, § 1°, inciso IV do Novo Código de Processo 
Civil de 2.015 que assim estão dispostos: 
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão 
judicial para: 
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; 
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se 
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; 
III - corrigir erro material. 
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: 
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos 
repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao 
caso sob julgamento; 
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º . 
 
Art. 489. São elementos essenciais da sentença: 
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, 
com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais 
ocorrências havidas no andamento do processo; 
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de 
direito; 
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as 
partes lhe submeterem. 
§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela 
interlocutória, sentença ou acórdão, que: 
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, 
sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; 
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo 
concreto de sua incidência no caso; 
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra 
decisão; 
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes 
de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; 
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem 
identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso 
sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; 
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente 
invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso 
em julgamento ou a superação do entendimento. 
§ 2º No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os 
critérios gerais da ponderação efetuada, enunciando as razões que 
autorizam a interferência na norma afastada e as premissas fáticas que 
fundamentam a conclusão. 
§ 3º A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de 
todos os seus elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé. 
 
 III.1 – DA AÇÃO DE RESPONSABILIDADE 
Não havia respaldo legal para a propositura da Ação de Responsabilidade 
Civil Contra Diretor de S.A., no caso, contra “M”, toda vez que não houve 
deliberação da assembleia geral nesse sentido. É o que se desprende o art. 159, 
caput, da Lei 6.404/76, conforme a seguir: 
Art. 159: “Compete à companhia, mediante prévia deliberação da 
assembleia-geral, a ação de responsabilidade civil contra o administrador, pelos 
prejuízos causados ao seu patrimônio. (…).” 
Logo, considerando que não houve prévia assembleia para aprovar o 
ajuizamento da Ação de Responsabilidade em face do recorrente, a medida não 
se sustenta. 
III.2 – DA EXONERAÇÃO DA RESPONSABILIDADE DO DIRETOR 
Tampouco seria possível demandar contra “M”, em razãoda aprovação, 
sem reservas, das demonstrações financeiras e das contas da recorrida do ano 
de 2005 (conf. Ata da assembleia geral ordinária de 2005, publicada no Diário 
Oficial em 05/02/06 – DOC. ANEXO). Com a aprovação destas, sem qualquer 
restrição, opera-se a exoneração da responsabilidade do administrador, salvo a 
ocorrência de erro, dolo, fraude ou simulação, situações que não foram 
verificadas no caso concreto. 
Nesse sentido, aduz o art. 134, §3º, da Lei 6.404/76: 
Art. 134. “(...). 
§3º A aprovação, sem reserva, das demonstrações financeiras e das 
contas, exonera de responsabilidade os administradores e fiscais, salvo erro, 
dolo, fraude ou simulação (artigo 286). 
(...).” 
Logo, considerando a aprovação, sem ressalvas, dos demonstrativos 
contábeis da recorrida, e diante da inocorrência de erro, dolo, fraude ou 
simulação, resta o recorrente exonerado de responsabilidade, não sendo cabível 
o ajuizamento da Ação de Responsabilidade em face do mesmo. 
 III.3 – DA PRESCRIÇÃO 
Deve observar-se ainda que se acha prescrita a Ação de 
Responsabilidade intentada contra o recorrente, conforme se desprende do art. 
287, II, b, 2, Lei 6.404/76, senão vejamos: 
Art. 287. “Prescreve: 
(...) 
II - em 3 (três) anos: (…) 
b) a ação contra os fundadores, acionistas, administradores, liquidantes, 
fiscais ou sociedade de comando, para deles haver reparação civil por atos 
culposos ou dolosos, no caso de violação da lei, do estatuto ou da convenção de 
grupo, contado o prazo: 
(…) 
2 - para os acionistas, administradores, fiscais e sociedades de comando, 
da data da publicação da ata que aprovar o balanço referente ao exercício em 
que a violação tenha ocorrido; 
(...).” 
Portanto, considerando que a data da publicação da ata da assembleia se 
deu no dia 05/02/06, e que a propositura da Ação de Responsabilidade contra 
“M” ocorreu apenas em 27/02/11, fácil 
perceber que a mesma se encontrava prescrita quando de sua 
propositura. 
Tampouco poderia a recorrida valer-se de ação para anulação das 
deliberações tomadas pela assembleia geral, ainda que irregularmente 
convocada ou instalada, ou mesmo eivada de vício, tendo em vista o que 
preconiza o art. 286 da Lei 6.404/76, que dispõe: 
Art. 286. “A ação para anular as deliberações tomadas em assembleia-
geral ou especial, irregularmente convocada ou instalada, violadoras da lei ou do 
estatuto, ou eivadas de erro, dolo, fraude ou simulação, prescreve em 2 (dois) 
anos, contados da deliberação.” 
Desse modo, tendo em vista a data da realização da assembleia 
(03/02/2006), dita medida igualmente estaria prescrita. 
Sendo assim, temos que todos dispositivos supramencionados devem ser 
aplicados em detrimento do art. 158, I, da Lei 6.404/76, uma vez que são mais 
específicos em um paralelo com o caso. 
 IV – DOS PEDIDOS 
Ante ao exposto, requer: 
Finalmente, o pedido deve ser o provimento do recurso especial, com o 
consequente reconhecimento da prescrição da ação tanto para anular a 
deliberação da assembleia que aprovou as contas de “M”, quanto da ação para 
responsabilizá-lo pelos prejuízos causados à companhia. 
 Nestes termos, pede deferimento. 
 Local / Data 
 Advogado 
 OAB n° XXX

Outros materiais