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Complicações Pós-Operatórias - Resumo Completo

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Complicações Pós-Operatórias 
Complicações pós-operatórias são ​comuns. 
No ​pré-operatório​, deve-se realizar ATB profilático se houver indicação. 
O paciente desnutrido tem mais problemas de cicatrização. 
 
No ​pós-operatório, deve-se observar a ferida operatória, presença de inflamação, 
débitos de dreno do paciente... 
Febre no pós-operatório deve ser avaliada. 
 
Febre = Avaliar tempo, ferida operatória, presença de cateteres, queixas do 
paciente. 
No ​intraoperatório, febre pode significar infecção pré-existente ou reações 
transfusionais. 
 
Febre <72h após a operação:​ Considerar 
Atelectasia (principal causa de febre nas primeiras 24-48h após o operatório); 
Infecção necrosante do sítio cirúrgico (Streptococcus e Clostridium; acontece nas 
primeiras 72h e é relativamente grave); 
Peritonite difusa (lesão inadvertida de intestino, por exemplo, pode levar ao 
extravasamento de conteúdo peritoneal, com febre, distensão abdominal e vômitos) 
 
Febre>72h após a operação: 
ITU (principalmente se houver uso de cateter); 
Infecção de ferida operatória (habitual, não necrotizante!), 
Deiscência anastomótica (ruptura de anastomose, leva a extravasamento do 
conteúdo intraluminal do TGI); 
Sinusite (uso de sonda nasoenteral); 
TVP (principalmente pacientes restritos ao leito); 
Colite pseudomembranosa. 
 
Hipertermia maligna:​ Diagnóstico diferencial de febre. 
Hipertermia maligna é um aumento ​gradual da temperatura, gerada por herança 
autossômica dominante, que faz com que a temperatura aumente sem a ação do 
hipotálamo. 
A doença se expressa quando anestésicos, como succinilcolina, ​liberam cálcio do 
RE ​causando contração muscular excessiva​. Esse ​hipermetabolismo muscular 
leva ao ​metabolismo anaeróbio​, causando ​morte celular e acidose. 
Quando há morte celular, pode ocorrer ​hipercalemia, rabdomiólise, mioglobinúria 
e hipercalcemia. 
Identificada a hipertermia maligna, suspender a succinilcolina ou o anestésico usado 
e administrar ​Dantrolene​, ​um relaxante muscular. 
Também deve-se ​esfriar o paciente​, fazer ​bicarbonato para conter a acidose, 
além de​ ​corrigir distúrbios hemodinâmicos 
 
Complicações da ferida operatória 
-Seroma: 
Acúmulo de soro e linfa no espaço subcutâneo 
 
Benigno 
Em geral, ocorre se há dissecção de linfonodos ou grandes deslocamentos teciduais 
Abaulamento indolor, sem sinais flogísticos, drenagem de líquido claro 
Tratamento com aspiração e curativo compressivo. Se houver reacúmulo após 2 
aspirações, pode-se fazer drenagem aberta + compressão da FO. Se prótese, 
drenagem aberta no CC 
Profilaxia do seroma: Drenos de sucção, como o Portovac. 
 
Avaliar débito do dreno e melhor momento para retirá-lo 
 
-Hematoma: 
Acúmulo de sangue e coágulos no tecido subcutâneo, ​pode se tornar meio de 
cultura. 
Se desenvolvido em região cervical, pode causar compressão de VA 
É causado por hemostasia inadequada, alterações de coagulação sanguínea 
Paciente apresenta edema, de coloração azulada ou arroxeada, com dor local e 
secreção vermelho-escuro. 
O tratamento depende do tamanho da coleção; 
Coleções volumosas nas 24/48h = Abrir ferida em CC e fazer ressutura 
Hematomas pequenos: Conduta conservadora - calor local e reavaliar 
Prevenção: Hemostasia adequada durante a cirurgia, avaliar fatores de coagulação. 
 
-Deiscência de ferida operatória 
 
Separação das camadas músculo-aponeuróticas 
Infecção de FO, hérnia incisional, ​evisceração​ - Possíveis complicações 
Ocorre entre o 7º e o 10º dia. 
É relacionada à técnica cirúrgica inadequada (como alta tensão na sutura); infecção 
intra-abdominal; idade avançada; infecção de FO; elevação da pressão 
intrabdominal; uso crônico de corticosteroides; desnutrição; 
 
Diagnóstico clínico: abaulamento da ferida, dor, saída de secreção clara de cor 
rósea ou sanguinolenta. 
Tratamento: ​Cirúrgico. 
 
-Infecção de ferida operatória 
Infecção até 30 dias após o ato cirúrgico ou 01 ano se prótese 
 
Classificação: 
a. ​Superficial: ​pele e tecido subcutâneo 
b. ​Profunda:​ fáscia e músculos 
c. ​Espaço orgânico:​ órgãos e cavidade 
 
Desnutrição, DM, idade avançada, imunossupressão, antissepsia inadequada, não 
uso de ATB quando indicado, cirurgia prolongada, hospitalização pré-operatória. 
Tratamento 
a.​ Superficial: ​abrir os pontos, drenar, lavar com soro. Fecha por segunda intenção! 
b. ​Profunda: ​abrir os pontos, drenar, fazer desbridamento e iniciar ATB 
c. ​Órgãos ou cavidade: ​drenagem externa guiada por exame de imagem; cirurgia; 
ATB. 
 
Complicações Gastrointestinais 
Obstrução intestinal 
Íleo funcional 
Íleo pós-operatório. Sem fator causal, resolve sozinho em 2-4 dias. Pode 
estar relacionado à anestesia e ato cirúrgico. 
 
Íleo adinâmico ou paralítico: Tem fator causal. Pode ser causado por 
pancreatite, infecção intrabdominal, hipocalemia, cirurgia prolongada, uso de 
opioides, vigência de pneumonia. 
 
Íleo mecânico 
Raro. Pode ser causado por aderências (bridas). Paciente evolui com 
distensão abdominal, cólica, vômitos biliosos/fecaloides se a obstrução for mais 
baixa 
 
Manejo: ​Hidratação venosa, corrigir distúrbios hidroeletrolíticos, retirar opioides 
(trocar por AINEs), adicionar pró-cinético, avaliar necessidade de sonda 
nasogástrica, tratar infecção e realizar intervenção cirúrgica se necessário. 
 
Complicação Pulmonar 
-Atelectasia 
24-48h após a cirurgia 
Febre baixa, mal estar, redução de MV 
Risco de desenvolver pneumonia (febre alta, tosse) 
Prevenção: ​analgesia (permite que o paciente tussa e respire profundamente; o 
que pode piorar atelectasia) e ​deambulação​ precoce 
Cirurgias abdominais altas e torácicas podem causar atelectasia. 
O tratamento envolve fisioterapia respiratória.

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