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CICLO MENSTRUAL Duração do ciclo: 21-35 dias Duração do fluxo: 2-6 dias Intensidade do fluxo: 20-60 ml Estruturas fundamentais para a fisiologia: hipotálamo, hipófise, ovário HIPOTÁLAMO: GnRH – liberado de forma pulsátil (fundamental) – os pulsos variam de frequência e amplitude – na fase folicular (os pulsos são bem frequentes, mas a amplitude é menor) – na fase lútea (amplitude maior, frequência menor). Primeira fase: quantidade. Segunda fase: qualidade. Caso haja GnRH contínuo: há inibição do ciclo menstrual (menopausa química) – agonistas do GnRH. Há amenorreia. Essa variação de amplitude e frequência faz com que a adenohipófise libere FSH (hormônio folículo estimulante). No ovário o FSH promove produção de estrogênio. Junto com o estrogênio, o FSH estimula a inibina (inibe o FSH quando já houve estimulação necessária para preparação do folículo – necessário para o feedback negativo). Altas concentrações de inibina + estrogênio fazem inibição de FSH. O pico de estrogênio promove pico de LH (para rompimento do folículo) – a progesterona agora dispara em concentração. Quando há aumento de progesterona, há queda de LH. O aumento de FSH começa no final do ciclo anterior. Estrogênio proliferação endometrial // Progesterona função secretora endometrial. Quebra do ciclo: gestação - Os folículos começam a ser perdidos ainda na vida intrauterina. São formados aproximadamente 7 milhões. Ao nascimento, apenas 1 milhão é encontrado em cada ovário. Com o início da fase reprodutiva, 400 mil. Aproximadamente mil folículos são perdidos mensalmente – essa perda é intensificada 10 anos antes da menopausa. Os androgênios são produzidos pela TECA (base para formação do estrogênio). Base para formação do androgênio: colesterol. Androgênio estrogênio (FSH/granulosa) – androstenediona = testosterona. Granulosa produz estrogênio, mas não produz androgênio. Quem transforma novamente nas células granulosas é o FSH através da aromatização. Estradiol (testosterona): predomina em mulher jovem. Estrona (androstenediona): após fim do ciclo. Obesidade = aumento do risco de câncer de endométrio (aumento da produção de estrona/estradiol) Ciclo Ovariano Fase Folicular: recrutamento à ovulação – fase de seleção do folículo dominante (maior número de receptores para FSH). Há aumento progressivo do estrogênio e inibina (inibina B). Fase Ovulatória: Pico de estrogênio Pico de LH: ovulação 32-36 horas após início do aumento ou 10-12 horas após o pico máximo. Fase Lútea: Folículo rotocorpo lúteo. Ocorre aumento da progesterona e inibina A (para que outros folículos não se desenvolvam, inibe o FSH). O aumento da progesterona pode ser usada para observar ovulação. Essa fase é fixa Tem duração de aproximadamente de 14 dias. Regressão do corpo lúteo: queda de progesterona, estrogênio e inibina A. Essa queda influencia o hipotálamo para que aumente a frequência de pulsos e tudo se reinicie (FSH). Ciclo Uterino Endométrio proliferativo Endométrio secretivo Endométrio menstrual Camadas do endométrio: Compacta ou superficial: camada funcional – sofre grandes influências hormonais Esponjosa ou média: camada funcional - sofre grandes influências hormonais Basal ou profunda: sofre menor influência, cresce com o estrogênio, estabiliza com a progesterona, responsável pela regeneração COLO UTERINO Fase folicular: predomínio do estrogênio. Fase da filância + cristalização do muco cervical (importante para avaliar a ruptura prematura de membrana). Fase Lútea: predomínio de progesterona. Sem filância/muco espesso. Sem cristalização de muco cervical. O muco espesso impede a ascensão de outros espermatozoides ou até de microrganismos. ANTICONCEPÇÃO 1- Escolha do método 2- Mecanismo de ação 3- Contraindicação · Facilidade de uso, entendimento · Reversibilidade do uso · Índice de Pearl – segurança Índice de Pearl: taxa de gestação para cada 100 mulheres/ano. Quanto mais baixo, mais seguro. O índice ao acaso (sem proteção) é de 85. Critérios de Elegibilidade OMS: Categoria 1: pode usar Categoria 2: usar com cautela Categoria 3: aquele método para aquela situação não deve ser usado Categoria 4: contraindicação absoluta COMPORTAMENTAIS (tabelinha, curva térmica, muco cervical) · Baixa eficácia · Tentam prever a ovulação · Ideal: não indicar Amamentação: amenorreia, amamentação exclusiva, tempo máximo de 06 meses (alta da prolactina) BARREIRA · Índice de Pearl: 18 para masculino e 21 para feminina · Proteção para DST’s (parcialmente para HPV e herpes) · Não é método para ser usado isoladamente (em relação a gestação) – baixa eficácia (uso) · Método importante para ser associado – pensando nas doenças: feminino confere maior área de proteção HORMONAIS SISTÊMICOS PROGESTERONA: minipílula, injetável trimestral, implante subdérmico COMBINADOS: oral, anel vaginal, adesivos, injeções mensais Minipílula: altera muco cervical (fica espesso), atrofia do endométrio. Não é confiável em relação a ovulação. Não é anovulatória. Ideal: pode ser usada na amamentação ou peri-menopausa (pensar em associações nas quais há anovulação). Não usar de forma isolada, principalmente em fases reprodutivas. *desogestrel – progesterona que consegue atingir anovulação (não considerado minipílula) Injetável trimestral (administrar até o 5°dia) ou Implante subdérmico: altera o muco e promove anovulação. Contraindicação para os três: gestação, tumor hepático, HAS grave, AVE, TVP/TEP aguda (3). Ca. de mama ATUAL (4) – única contraindicação absoluta. *injetável trimestral diminui massa óssea quando usado por muito tempo, principalmente após 06 meses. Pode aumentar peso, provocar amenorreia e androgenismo *Implante em obesas – diminui a efetividade devido ao aumento da camada gordurosa. Não é contraindicação. Utiliza o etonorgestrel (68 mg/60mcg/dia) – bloqueia LH. Tem duração de 03 anos, promove amenorreia. Algumas pacientes reclamam de sangramento irregular (escapes), acne, ganho de peso e mastalgia. Mecanismo de ação: alteram muco cervical (espesso), alteram o endométrio, alteram o movimento ciliar (diminui de forma discreta), são anovulatórios. Estrogênio: inibe o FSH / Progesterona: inibe LH – importante para que não haja o pico de LH (estrogênio alto). Contraindicações: 04: amamentação com < 6 meses de pós-parto (ideal: após 06 meses), ca. de e mama atual ou passado, fumo (≥15 cigarros dias após os 35 anos), DM com vasculopatia/ HAS grave/ IAM/ TEP/ AVE atuais ou prévios (nela), enxaqueca com aura (risco de AVE), hepatopatias (a metabolização é hepática), doenças na vesícula, doença cardíaca isquêmica. Pós-parto < 21 dias sem aleitamento materno (risco de trombose) *PA ≥160 X 100 mmHg. *anticonvulsivantes (ácido valproico pode), rifampicina, antirretrovirais: diminuem efetividade. *diminuem risco de endométrio, de ovário *risco de trombose em pacientes sem risco < própria gestação *estrogênio interfere na produção de leite e passa para o bebê **** Menor risco trombogênico: levonorgestrel - DIU: NÃO SÃO ANOVULATÓRIOS COBRE PROGESTERONA Tem duração de 10 anos Tem ação irritativa, inflamatória e espermicida. Pode aumentar o sangramento / cólicas (cuidado com pacientes que já apresentam sangramento intenso e cólicas) Tem duração de 05 anos Atrofia o endométrio e torna o muco espesso *ca de mama atual - cuidado Protegem cavidade intrauterina, mas não trompas = cuidado com gestação ectópica CONTRAINDICAÇÃO: gestação, distorção da cavidade, infecção, sangramento uterino anormal, ca de colo e endométrio atuais. Não usar entre 48 horas e 04 semanas pós-parto, alterações uterinas, discrasia sanguínea, cânceres ginecológicos... Obs: Nas primeiras 48 horas pode ser colocado mesmo em amamentação (mudança de 2015) – só há aumento de risco de expulsão. A involução uterina fora desse período impossibilita a colocação (vai expulsar). Em nuligestas também é possível – maior risco de expulsão (cavidade menor). Caso a mulher engravide: fio visível: remover. Caso contrário: não. Maior risco de infecção e aborto Caso a mulher tenhaDIP: iniciar ATB e reavaliar em 48 horas. Caso não melhore, remover o DIU. LARC – dispositivos reversíveis de longa duração (implante, DIU de cobre e DIU de progesterona) ÉTICA: médico pode prescrever ACHO desde que a paciente tenha capacidade de tomar decisões relativas à saúde. LAQUEADURA > 25 anos OU ≥ 02 filhos – desde que fora do parto/aborto/até 42 dias. Importante: >60 dias entre a vontade e cirurgia – lei. Teoricamente seria um método irreversível. Contraceptivo mais seguro de todos/menor índice de falha: implante subdérmico de levonorgestrel (> do que cirúrgicos) CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA Alteram ovulação + muco cervical Levonorgestrel – PADRÃO-OURO Método Yuspe 01 cp de 1.5 mg dose única 1 cp de 0.75 mg 12/12horas ABANDONADO – DOSES ALTAS Papel dos Médicos: · A contracepção deve ser eficaz e individualizada. Informar a paciente de todas as opções presentes. · Avaliar as contraindicações e condições clínicas associadas (anamnese + exame físico) · Orientar para hábitos de vida saudáveis (diminuição dos riscos cardiovasculares) · Atenção para riscos cardiovasculares, tabagismo, enxaqueca, doenças mamárias Paciente com LES: preferir somente progesterona. Menos trombogênico: levonorgestrel e drospirenona Quando os ACHO são iniciados no primeiro dia do ciclo não é necessário associar outro método junto. Há proteção anticoncepção. Os ACHO promovem prevenção contra ca. de cólon e reto (40%) e DIP (alteração do muco impede a ascensão de bactérias) –
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