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Modulo 2 - Aprendizagem de adultos

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Fundamentos e 
Metodologia da 
Educação Corporativa
Aprendizagem de adultos2
M
ód
ul
o
2Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Enap, 2019
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Educação Continuada
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente 
Diogo Godinho Ramos Costa
Diretor de Educação Continuada
Paulo Marques
Coordenador-Geral de Educação a Distância 
Carlos Eduardo dos Santos
Conteudista/s 
Eneides Batista Soares de Araújo (conteudista, 2019)
Curso produzido em Brasília 2019.
3Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1. Orientações sobre o Módulo 2 ...................................................... 5
1.1. A pedagogia como ciência ...............................................................................5
2. Pedagogia ..................................................................................... 6
3. Andragogia ................................................................................... 7
3.1. Pedagogia tradicional versus andragogia ........................................................9
3.2. A prática educativa na andragogia ................................................................11
3.3. A motivação e a experiência no contexto da aprendizagem de adultos .......11
3.4. O papel do professor na educação de adultos ..............................................12
4. Heutagogia ................................................................................. 12
4.1. A heutagogia e sua influência nos métodos de ensino .................................13
5. Psicologia da aprendizagem de adultos ....................................... 14
5.1. O processo de aprendizagem ........................................................................16
5.2. Diferenças na aprendizagem .........................................................................17
5.3. Diferentes tipos de inteligência .....................................................................19
5.4. Diferentes motivos para aprender .................................................................20
6. Considerações sobre motivação na aprendizagem ...................... 21
7. Encerramento ............................................................................. 22
Sumário
4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
5Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1. Orientações sobre o Módulo 2
Neste módulo, nos dedicaremos a compreender detalhes do processo de aprendizagem quando 
o foco é a população adulta.
Embora as etapas do processo de aprendizagem sejam muito semelhantes em todas as faixas 
etárias, a educação de adultos tem peculiaridades que, se conhecidas e atendidas, facilitam 
muito o atingimento dos objetivos de qualquer processo de ensino-aprendizagem.
Após o estudo, você será capaz de:
• Definir os conceitos de pedagogia, andragogia e heutagogia.
 
• Aplicar os princípios da andragogia e da heutagogia na atuação em ambientes de 
aprendizagem.
 
• Reconhecer os diferentes estilos de aprendizagem.
1.1. A pedagogia como ciência
 
É necessário que você assista ao vídeo indicado na plataforma da Escola Virtual de 
Governo. 
Segue link do video 
<https://cdn.evg.gov.br/cursos/271_EVG/videos/modulo01video05.mp4 >
M
ód
ul
o
Aprendizagem de adultos2
6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
2. Pedagogia
O que é pedagogia?
Destaque h, h, h, h, 
O vocábulo "Pedagogia" vem do grego antigo, paidagogós, inicialmente 
composto por paidos (criança) e gogía (conduzir ou acompanhar). Quando se 
instituiu a palavra pedagogia, ela fazia referência ao escravo que levava os 
meninos à escola.
No senso comum, a pedagogia é tida como a arte de ensinar crianças, como o modo de ensinar 
e, ainda, como uma metodologia, o modo de fazer e ensinar a matéria. Isso acontece porque 
a pedagogia foi, por muito tempo, o único curso de graduação que especificamente formava 
professores, valendo-se de uma metodologia voltada à educação de crianças e centrada no 
professor. 
Essa mesma metodologia era utilizada para a educação de jovens e adultos. Os professores 
assumiam total responsabilidade por tomar decisões sobre o que seria aprendido, como e 
quando aconteceria, uma vez que o aluno era considerado imaturo para se preparar para a vida 
e tomar decisões acertadas.
Trata-se de uma metodologia de via de mão única que perdurou por muito tempo e que, ainda 
hoje, deixa seus traços nos processos de ensino-aprendizagem nos diversos campos da educação 
- formal e corporativa - conforme vimos no Módulo 1.
7Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Libâneo (2001) destaca que:
a pedagogia se ocupa, de fato, com a formação escolar de 
crianças, com processos educativos, métodos, maneiras 
de ensinar, mas, antes disso, ela tem um significado bem 
mais amplo, bem mais globalizante. Ela é um campo de 
conhecimentos sobre a problemática educativa na sua 
totalidade e historicidade, e, ao mesmo tempo, uma diretriz 
orientadora da ação educativa. (p. 25)
A pedagogia, conforme defende esse autor, busca assegurar os conhecimentos e as experiências 
acumuladas pela prática social da humanidade. Cria, portanto, um conjunto de condições e 
metodologias como ação consciente, intencional e planejada no processo de formação humana. 
Devemos compreender que a pedagogia segue traçando os rumos do processo de ensino-
aprendizagem em suas finalidades e meios de ação, sendo, portanto, a Ciência da Educação.
3. Andragogia
O que é andragogia?
A educação de adultos necessita de uma abordagem apropriada, segundo 
as orientações dos teóricos Malcolm Knowles e John Dewey, 
diferentemente da forma de se ensinar crianças. Para eles, os adultos 
"aprendem melhor em ambientes informais, confortáveis, flexíveis e não 
ameaçadores".
8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Em relação à aprendizagem adulta, Fonseca (2002, p. 24) apresenta a seguinte afirmativa:
O sujeito demanda não apenas o conhecimento que lhe seria de 
alguma forma necessário para o enfrentamento (urgente) das 
situações de sua vida (e de sua luta diária) [...], mas também a 
explicitação da utilidade desse conhecimento, não só porque 
o justifica, mas porque lhe fornece, à sua relação adulta com 
o objeto do conhecimento, algumas chaves de interpretação e 
produção de sentido.
O termo andragogia (do grego andros - adulto - e ago-gus - guiar, conduzir, educar) tem largo 
alcance no pensamento de John Dewey, que afirma que "[a] fonte de maior valor na educação 
do adulto é a experiência do aprendiz".
Segundo Knowles:
• Os adultos são motivados a aprender quando possuem necessidades e interesses que a 
aprendizagem satisfará; então, esses são os pontos de partida apropriados para organizar 
as atividades de aprendizagem.
 
• A orientação para a aprendizagem é centrada na vida; portanto, as unidades apropriadas 
para sua organização são as situações da vida.
 
• A experiência é o recurso mais rico para a aprendizagem; então, a metodologia básica é 
a análise da experiência.
 
• Os adultos têm uma grande necessidade de autodireção; assim, o papel do educador é 
engajar-se em um processo de mútua investigação, em lugar de transmitir o seu 
conhecimento, e, então, avaliar a adequação dos alunos em relação ao processo de 
ensino-aprendizagem.
9Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
3.1. Pedagogia tradicional versus andragogia
Modelo Comparativo de Knowles
Modelo pedagógico 
tradicional Modelo andragógico
Papel da experiência 
A experiência do aluno 
é considerada de pouca 
utilidade. O que é importante 
é a experiência do professor. 
Os adultos são portadores de 
experiências que os distinguem das 
crianças e dos jovens. Em numerosas 
situações de formação, são os próprios 
adultos, com a sua experiência, que 
constituem o recurso mais rico para 
as suas próprias aprendizagens.
Vontade de aprender 
A disposiçãopara aprender 
aquilo que o professor ensina 
tem, como fundamento, 
critérios e objetivos internos 
à lógica escolar, ou seja, 
a finalidade é obter êxito 
e progredir em termos 
escolares. 
Os adultos estão dispostos a iniciar 
um processo de aprendizagem desde 
que compreendam a sua utilidade 
para melhor enfrentar e resolver 
problemas reais da sua vida pessoal 
e profissional.
Orientação da 
aprendizagem 
A aprendizagem é encarada 
como um processo de 
conhecimento sobre um 
determinado tema. Isso 
significa que domina a lógica 
centrada nos conteúdos e não 
nos problemas. 
Nos adultos, a aprendizagem é 
orientada para a resolução de 
problemas e tarefas da sua vida 
quotidiana (o que desaconselha uma 
lógica centrada nos conteúdos).
Motivação 
A motivação para 
a aprendizagem é 
fundamentalmente resultado 
de estímulos externos 
ao sujeito, por exemplo: 
classificações escolares e 
apreciações do professor. 
Os adultos são sensíveis a estímulos 
da natureza externa (notas), mas 
são os fatores de ordem interna que 
os motivam para a aprendizagem 
(satisfação, autoestima, qualidade de 
vida etc.).
Para trabalhar a aprendizagem de adultos, na educação formal ou não, Moscovici (1997) defende 
que é preciso considerar que o ser maduro não se constitui em um ser acabado, completo e definido. 
Isso porque o adulto busca, continuamente, desenvolver seu processo de aperfeiçoamento, o 
qual é caracterizado por etapas de maturidade que se agregam e se aglutinam ao longo de sua 
vida.
Os adultos são motivados a aprender à medida que experimentam que suas necessidades e 
interesses serão satisfeitos. Por isso, esses são os pontos que devem ser considerados quando da 
10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
idealização e do planejamento das ações de formação profissional, pois a educação continuada 
de adultos implica uma concepção aberta no que diz respeito à experiência pessoal, aos motivos 
e aos estilos de aprendizagem.
Você verá, no quadro abaixo, um comparativo com as principais diferenças entre os pressupostos 
da Pedagogia Tradicional e da Andragogia.
Critérios de 
Aprendizagem
Pedagogia
(centrada no professor)
Andragogia
 (centrada no aluno)
Autoconceito do aluno Dependente. Autodirecionado.
Experiência do aluno De pouco valor. Fonte de aprendizagem.
Prontidão
Considera o 
desenvolvimento 
biológico. Há pressão 
social pelo aprender.
Considera o desenvolvimento 
parte do papel social 
desempenhado 
pelo aprendiz.
Perspectiva de 
aprendizagem Aplicação anterior. Aplicação imediata.
Foco na aprendizagem Centrada nos conteúdos. Centrada nos problemas.
Conforme demonstrado no quadro abaixo, tanto na Pedagogia Tradicional quanto na Andragogia, 
os elementos da prática docente são diferentes e influenciam no planejamento das aulas e 
consequentemente nos resultados da aprendizagem.
Elementos na prática
Critérios de 
Aprendizagem Pedagogia Andragogia
Clima Formal e autoritário. Informal, colaborativo e de respeito.
Planejamento Do professor. Compartilhado.
Diagnóstico de 
necessidades Feitos pelo professor.
Realizado por alunos e 
professor – mútuo.
Formulação de 
objetivos Feito pelo professor.
Negociado entre 
professor e alunos.
Design Conteúdos sequenciais definidos pelo professor.
Sequência conforme a 
prontidão dos alunos.
Atividades De transmissão e repetição. Vivenciais e de experiência.
Avaliação Do professor. Conjunta.
Os quadros acima fazem referência à pedagogia e à andragogia, porém, como veremos a 
seguir, muitos de seus tópicos podem claramente ser adequados à heutagogia como elemento 
decorrente dessa expansão dos conceitos do processo ensinar-aprender.
11Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
3.2. A prática educativa na andragogia
Deve ser pautada nas seguintes situações de aprendizagem:
• Experimentação.
• Resolução de problemas.
• Valorização e desenvolvimento das capacidades de crítica e de análise de situações.
• Estabelecimento de paralelos com a experiência previamente adquirida.
Pergunta
Como são as diferenças individuais e a motivação para aprender na andragogia?
Resposta
As diferenças individuais em termos de estrutura de motivação e perspectiva, de 
pré-requisitos e habilidades, de tipos e estilos de aprendizagem são de extrema 
importância, porque ajudam no planejamento de cursos que são adaptados a 
cada público, o que aumenta a eficiência no ensino dos adultos.
Na educação pautada na andragogia, na formação profissional, a utilização de 
situações presentes no dia a dia do trabalho do grupo, com o uso de elementos 
didáticos (como jogos, estudos de casos, resolução de problemas, pesquisas, 
técnicas vivenciais entre outras), valorizando uma metodologia mais ativa, 
facilita o aprendizado. Isso possibilitará ao adulto projetar e aplicar o resultado 
do aprendizado tanto à melhoria das condições técnico-operacionais do trabalho 
quanto ao relacionamento interpessoal, profissional, social e familiar.
3.3. A motivação e a experiência no contexto da aprendizagem 
de adultos
É necessário que você assista ao vídeo indicado na plataforma da Escola Virtual de 
Governo. 
Segue link do video 
<https://cdn.evg.gov.br/cursos/271_EVG/videos/modulo01video06.mp4 >
12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
3.4. O papel do professor na educação de adultos
O papel do professor é extremamente importante na formação de adultos, que também deve 
passar por modificações, deixando de ser o "transmissor de informações e conhecimentos", 
na orientação pedagógica tradicional, para ser o "mediador" entre o sujeito o objeto de 
conhecimento, na orientação andragógica e heutagógica.
O professor passa a ser uma pessoa com o recurso de conteúdos e processos, mas seu papel é o 
de ajudar a abrir canais de comunicação entre os alunos e de mediar a construção do saber no 
ambiente de aprendizagem.
Dica 
Para tanto, deve planejar suas ações valendo-se de metodologias mais ativas, 
estratégias e recursos que sejam suficientes para facilitar a participação dos 
alunos, de forma que essa participação seja mais interativa, agregadora e 
colaborativa, valorizando as diferentes experiências e “vivências de mundo”, 
resultando em uma aprendizagem cognitiva e reflexiva.
4. Heutagogia
O que é Heutagogia?
O termo heutagogia vem de heuta - auto, próprio - e ago-gus - guiar, conduzir, educar.
Stewart Hase (2003) considera que a andragogia trouxe bons resultados para o processo da 
aprendizagem de adultos, mas desenvolveu, no início do século XXI, o conceito da heutagogia 
que, segundo ele, é um refinamento e não uma substituição da andragogia. O foco principal desse 
conceito é a educação autodirigida ou autodeterminada. O ensino-aprendizagem não é tratado 
como o foco principal, assim como na andragogia. O que se foca realmente é a aprendizagem e 
os caminhos trilhados para aprender e que possibilitam o desenvolvimento individual.
Hase e Kenyon (2000) consideram que a andragogia e a heutagogia evidenciam uma abordagem 
educacional que privilegia a aprendizagem por meio de experiências compartilhadas, reconstrução 
de conhecimento e negociação de sentidos e saberes, envolvendo a tomada de consciência.
O que é a Heutagogia como estudo da autoaprendizagem?
Para Almeida (2008), a heutagogia aparece com o estudo da autoaprendizagem na perspectiva 
do conhecimento compartilhado. É centrada em fundamentos que promovam a adoção de 
princípios conectados com a aprendizagem em contexto que parte da experiência de vida, da 
interação social e da educação transformadora e reflexiva, associados às metodologias que 
atendam às necessidades específicas da educação de adultos.
13Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Esta deve ser desenvolvida com o apoio das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), 
ou seja, trata-se de uma educação mediada por tecnologias - ou a distância, ou presencial, ou 
híbrida.
Nessa abordagem, os conhecimentos adquiridos são transformados, ressignificados, 
possibilitandomudanças comportamentais, pois são fontes de estímulo, considerando que o 
aprender é inerente ao indivíduo. O conhecimento não é apenas internalizado, mas propicia 
transformações que agregam valor ao desenvolvimento cognitivo e ao labor do adulto, que passa 
a ser sujeito do seu aprender e a compreender o significado do aprender a aprender.
Trata-se da ampliação da autonomia do aluno ou estudante de um curso para, por exemplo, 
determinar o que ele vai aprender dentro de um determinado assunto. A heutagogia é o processo 
em que o educador passa a atuar como mediador da construção do conhecimento dos alunos, 
orientando suas escolhas, disponibilizando meios e instrumentos mais adequados para que se 
processe a aprendizagem. Isso significa dizer que o próprio educando escolhe, em consonância 
com seus objetivos, desejos, possibilidades e metas pessoais, o que e como aprender.
4.1. A heutagogia e sua influência nos métodos de ensino
Estudos por disciplinas fechadas não mais atendem às necessidades das organizações modernas, 
cujas estruturas requerem um ambiente profundamente flexível, em que as respostas sejam 
inovadoras, imediatas, podendo ser prontamente aplicadas, para se integrarem ao processo de 
mudanças constantes, que caracterizam não somente o ambiente organizacional, mas a vida no 
atual cenário de um mundo globalizado.
Essas mudanças provocam uma profunda necessidade de reflexão e disponibilidade interior do 
professor, para que ele possa, também, aplicar a si próprio os princípios da heutagogia. Dessa 
forma, será capaz de construir e incorporar ao seu fazer uma nova mentalidade, que, se de certa 
forma o tira do antigo lugar de poder, ocupado na pedagogia tradicional, para daí transformar 
a sua missão e tarefa em algo muito mais desafiador, fonte e de maior satisfação pessoal e 
profissional.
14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
No Brasil, embora se encontre indicações sobre o processo da heutagogia mais voltado para 
aspectos da educação a distância, não é só a essa modalidade que ele se aplica. O conceito é, 
na verdade, muito mais amplo e abrangente, uma vez que se chega finalmente à verdadeira 
autonomia no processo de construção do conhecimento.
Nesse sentido, a heutagogia aproxima ainda mais os processos de aprendizagem construtivista 
da psicologia humanista. Tem-se, agora a possibilidade de estimular, valorizar e verdadeiramente 
pôr em prática, de forma muito mais ampla, os conceitos de respeito à individualidade que, 
somados a essa nova possibilidade, podem promover um aprendizado realmente significativo. 
O professor contribui de forma muito mais ampla para a efetiva realização da aprendizagem 
colaborativa.
Temos, então, o surgimento da fase da aprendizagem autodeterminada, em que cada um se 
afirma, se reassegura e se realiza como arquiteto do seu processo de construção do conhecimento. 
Uma revolução que reconhece a mudança do mundo em que vivemos - um mundo em que a 
informação não só ressurge e se modifica a cada minuto, mas se torna também instantaneamente 
acessível.
5. Psicologia da aprendizagem de adultos
Pergunta
Como o adulto aprende?
Resposta
O homem aprende por meio de todo o seu sistema (os sentidos, a mente...). A 
criança memoriza e depois compreende; já o adulto compreende ou experimenta 
para, então, memorizar.
Os adultos necessitam de conhecimentos com aplicabilidade imediata: não 
podem perder tempo ouvindo revisões históricas nem muita teoria. Necessitam 
de exemplos esclarecedores e situações reais para dar sustentabilidade à 
aprendizagem. Querem obter resultados práticos desde o primeiro dia de aula, 
preferindo que se vá direto ao assunto, sem divagações, conforme já estudamos 
na andragogia e na heutagogia.
15Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Para o sucesso da aprendizagem de adultos, devemos considerar que:
Os adultos devem querer 
aprender 
Os adultos devem ter forte motivação que os leve a adquirir 
novos conhecimentos e/ou habilidades; o desejo de aprender 
pode ser despertado, porém nunca imposto. A sua atitude 
também é alvo de treinamento.
Os adultos aprendem fazendo Quanto mais treino, exercício na aprendizagem, mais facilmente 
se aprende.
Os adultos aprendem 
resolvendo problemas ligados 
à realidade 
Os problemas apresentados em sala de aula devem ter certa 
ligação com as experiências dos adultos. As aulas devem 
ser contextualizadas, os exemplos de exercícios devem ser 
baseados em sua vivência diária profissional e social.
Os adultos aprendem melhor 
em ambiente informal 
A formalidade da sala de aula inibe e cerceia a aprendizagem. 
É importante manter a informalidade do ambiente para que 
instrutor e aluno/treinando possam trocar informações e 
construir, juntos, um melhor ambiente para a aprendizagem. A 
disposição física da sala de aula deve ser adequada ao objetivo 
da instrução voltada aos adultos. Exemplos: disposição circular 
das cadeiras; disposição em U ou V.
Uma variedade de métodos 
deve ser utilizada em 
capacitação de adultos, 
valorizando sua experiência e 
maturidade 
A escolha dos métodos e das técnicas deve levar em 
consideração a personalidade dos adultos, suas experiências, 
os objetivos andragógicos e o conteúdo dos temas a serem 
ministrados.
O educador deve estar atento às respostas (feedback) dos 
aprendentes em relação aos métodos e às técnicas utilizados, 
os quais devem ser abandonados, substituídos ou reorientados, 
conforme as necessidades observadas.
Os adultos querem orientação 
e não notas 
É importante para o adulto conhecer o seu próprio progresso. 
É recomendável o uso de conceitos, auto e heteroavaliação, 
grupo-análise e feedback.
Os adultos e a participação O equilíbrio no processo de ensino participativo/criativo 
advirá do senso democrático do relacionamento entre 
professor e aluno, na manutenção de um ambiente propício à 
aprendizagem contextualizada e colaborativa.
O processo de aprendizagem, em qualquer faixa etária, não é hoje considerado um acúmulo 
ou uma soma de conhecimentos e informações como acontecia antigamente. A aprendizagem 
por adultos, em especial, se dá por meio de um processo essencialmente caracterizado pela 
construção do conhecimento, em decorrência de uma necessidade ou um interesse.
Não há, portanto, lugar para o professor que, do alto de sua cátedra, professa verdades a serem 
retidas e aceitas pelos alunos. O professor, hoje, é muito mais um coadjuvante no processo de 
ensino e aprendizagem, sendo o aluno ou o aprendiz o sujeito do seu aprender.
16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
A tarefa do professor é a de promover o desenvolvimento humano, criando condições para que 
os aprendizes vivenciem situações e possam refletir a partir de cada uma dessas situações no 
contexto em que estão inseridos, tanto socialmente quanto profissionalmente, ou seja, executem 
tarefas para as quais vejam utilidade e que despertem o interesse. O professor passa a ser o 
facilitador, o mediador da aprendizagem para que ela seja significativa, reflexiva e imprima a 
diferença na vida do aluno.
5.1. O processo de aprendizagem
Moscovici (1997) nos apresenta, de forma muito elucidativa, as características do processo de 
aprendizagem, indicadas como:
• Processo dinâmico
Não é um processo de absorção passiva; sua característica mais importante é a 
atividade daquele que aprende. É evidente que não se trata apenas de atividade 
externa, física, mas, também, de atividade interna e mental, pois a aprendizagem 
é um processo total e global do indivíduo, em seus aspectos físico, intelectual, 
emocional e social.
• Processo contínuo
Desde o início da vida, na idade escolar, na adolescência, na idade adulta e até em 
idade mais avançada, a aprendizagem se faz presente.
• Processo pessoal
Ninguém pode aprender no lugar do outro.
• Processo gradativo
Cada nova aprendizagem acresce novos elementos à experiência anterior, sem idas 
e vindas, mas em uma série gradativa e ascendente.
• Processo cumulativoA aprendizagem resulta de atividade anterior, ou seja, da experiência individual; 
ninguém aprende se não por si só e em si mesmo, ou seja, pela automodificação. 
Dessa forma, a experiência atual aproveita-se das experiências anteriores.
A função do professor de hoje, em pleno século XXI, inserido numa sociedade do conhecimento, 
é muito mais a de proporcionar um bom ambiente de aprendizagem, sem extremo grau de 
formalidade, em que todos os aprendentes possam se manifestar, opinar, exercer criticamente 
seu papel social e, ao mesmo tempo, manter sua individualidade e, frente aos quatro pilares da 
educação de Jacques Delors (2003), possam vivenciar uma aprendizagem cognitiva/reflexiva, 
que seja significativa para a sua inserção social e profissional.
Para tanto, o professor passa a ter um importante papel de mediar a aprendizagem a partir 
de conteúdos contextualizados e diversificados, valendo-se de diferentes metodologias, que 
possibilitem a aprendizagem ativa. O professor não será o fornecedor do conhecimento, mas 
17Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
sim o mediador, o facilitador da aprendizagem que terá o aprendente como sujeito ativo no seu 
processo de ensino e aprendizagem.
O processo de ensino-aprendizagem deve ser mediado valorizando as características individuais 
de cada um dos alunos - visto, então, como via de mão dupla, em ambiente de permanente troca 
entre professor-aluno-professor... - Para tal, é necessário considerar que existem:
• Diferentes ritmos de aprendizagem.
 
• Diferentes estilos de aprendizagem.
 
• Diferentes tipos de inteligência.
 
• Diferentes motivos para aprender.
5.2. Diferenças na aprendizagem
Conforme já estudamos, o respeito às diferenças individuais, o respeito ao grau de desempenho 
e ao tempo para a assimilação de informações são fundamentais para que a aprendizagem 
ocorra. Do contrário, podem ser criadas condições em que uma pessoa se veja obrigada a repetir 
informações sem tê-las processado e sem ter compreendido seu significado mais profundo.
Pergunta
Por que isso pode ocorrer?
Resposta
Porque a pessoa que se sente pressionada a encaminhar seu processo pessoal 
no sentido de atender expectativas de outros e não de satisfazer a si mesma, de 
se empolgar, de se empenhar na ampliação dos seus saberes e conhecimentos.
Quando falamos de aprendizagem já é sabido que cada pessoa tem um estilo 
diferente de aprender. Segundo CERQUEIRA, (2000) todas as pessoas, ao se 
confrontarem com uma tarefa de aprendizagem, manifestam estilos diferentes 
para adotar uma estratégia particular de aprendizagem independentemente da 
complexidade das tarefas. 
Então, fica-nos evidente que cada pessoa tem uma forma própria para ensinar e aprender. Dentre 
essas formas pode-se destacar a teoria VAC (Visual, Auditivo e Cinestésico), descrita a seguir.
• Estilo auditivo
Algumas pessoas, no espaço da aprendizagem, se sentem mais confortáveis ouvindo 
uma informação. As pessoas que detêm esse estilo são capazes de se lembrar do 
que ouvem e têm preferência por instruções orais, que são absorvidas com mais 
facilidade. Aprendem mais em situações que podem ouvir e falar. Na condução do 
18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
processo de ensino-aprendizagem dessas pessoas auditivas, é importante que o 
professor utilize técnicas de ensino, que lhes ofereça oportunidades para:
 9 Trocar experiências, entrevistar, debater.
 9 Participar de um painel de discussão, de atividades em grupo.
 9 Apresentar relatórios oralmente.
 9 Participar de debates sobre temáticas produzidas por elas.
• Estilo visual
As pessoas com estilo visual têm maior facilidade para aprender lendo a informação. 
Os leitores visuais são capazes de se lembrar do que veem e preferem as instruções 
escritas. Costumam escrever as tarefas anotadas, pois o ato de escrever e ver as 
tarefas no papel aumenta as chances de não as esquecer.
Para conduzir o processo da aprendizagem, é importante que o professor faça uso 
de vídeos, indicação de leitura complementar, leitura de artigos, periódicos etc. A 
aprendizagem para essas pessoas é significativa quando o professor lhes oferece 
oportunidades para que trabalhem com: 
 9 Produção escrita.
 9 Mapa mental. 
 9 Diagramas, esquemas e figuras. 
 9 Recursos para organizar gráficos.
 9 Textos com muitas figuras.
• Estilo sinestésico
As pessoas com estilo sinestésico aprendem tocando ou manipulando objetos. Elas 
se envolvem por inteiro com o processo de aprendizagem, principalmente suas 
emoções, e isso faz com que sua memória ganhe força total.
A aprendizagem tem maior significado para essas pessoas quando podem agir, 
manipular e testar o conteúdo ministrado. Assim, dificilmente o que aprenderam 
será esquecido. Por isso, o professor deve oferecer aos alunos oportunidades para:
 9 Fazerem atividades de movimento. 
 9 Construírem modelos.
 9 Seguirem instruções para fazer alguma coisa.
É importante que o professor compreenda os diferentes estilos de aprendizagem existentes na 
sua sala de aula e que seus alunos possuem estilos preponderantes ou preferidos para aprender 
os conteúdos ministrados nas diferentes temáticas, mas que, também, pode existir alunos que 
aprendam a partir da mistura desses estilos VAC. Ciente disto, o professor deverá diversificar os 
métodos e as estratégias de ensino mais eficazes em relação às necessidades dos estudantes 
para que, de fato, a aprendizagem aconteça na vida dos seus alunos.
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5.3. Diferentes tipos de inteligência
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-
sistema-nervoso/imagens/sistema-nervoso-27.jpg
Diferentes pessoas, diferentes tipos de inteligência. Esse também é um aspecto a ser levado em 
conta quando se fala em processos de ensino-aprendizagem.
Assim como nosso cérebro tem áreas específicas para cada função, nossa inteligência se 
desenvolve mais amplamente para um ou outro tipo de atividade, embora se saiba, hoje, que 
algumas funções podem ser transferidas para áreas diversas das originais (é o que acontece, por 
exemplo, em decorrência de danos causados por doenças ou lesões acidentais etc.). Conforme 
visto na ilustração acima, observa-se a localização das áreas/funções em um cérebro sadio e que 
não sofreu qualquer dano.
O que são aptidões associadas a cada hemisfério cerebral?
Estudos demonstram que, de maneira geral, as pessoas utilizam os hemisférios cerebrais para 
funções destacadas:
• Hemisfério esquerdo: objetividade, lógica, raciocínio, memória, análise.
 
• Hemisfério direito: sensibilidade, intuição, criatividade, imaginação.
Todavia, sabe-se que em torno de 1% da população, independentemente da cultura, origem ou 
etnia, tem o funcionamento cerebral invertido, desenvolvendo as atividades acima mencionadas 
nos hemisférios contrários.
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Também não se pode esquecer que essas funções representam a predominância do funcionamento 
cerebral, mas nosso cérebro é capaz de transferir funções entre as áreas, no caso de danos, 
doenças ou traumas, como vimos anteriormente.
Assim, como o funcionamento cerebral tem funções específicas, temos diferentes formas de 
inteligências. Essa classificação não representa valor em si, o que quer dizer que diferentes 
inteligências não têm mais valor que outras, mas que há predominância de uma ou outra. Dessa 
forma, é interessante considerá-las nos processos de construção do conhecimento, buscando 
desenvolver as várias inteligências em cada pessoa, mas, ao mesmo tempo, utilizando técnicas 
e ferramentas mais apropriadas para a aprendizagem por indivíduos com um ou outro tipo de 
inteligência mais desenvolvido.
O estudo sobre os diversos tipos de inteligência promove um importante fator de reflexão, no 
sentido de que diferentes inteligências provocam a consequente necessidade de diferentes 
formas para construção do conhecimento.
5.4. Diferentes motivos paraaprender
Considerando-se todas essas diferenças apresentadas, torna-se 
evidente que os mais variados motivos podem mobilizar as pessoas 
para que elas aprendam.
A motivação, entendida como um processo psicológico, é 
proporcionada por meio de componentes afetivos e emocionais, 
os quais geram diversos tipos de motivação no que concerne a um 
determinado assunto.
A motivação consiste em determinadas ações que levam as pessoas a alcançar seus objetivos.
O que é motivação?
Do latim moveres, mover.
Alguns autores conceituam a motivação como um processo de ação em que o sujeito envida 
esforços para conseguir ou fazer algo. Bateman e Snell (1998) consideram que a motivação se 
refere às forças que dirigem e sustentam os esforços das pessoas em determinada direção.
Para Motta (1995, p. 89), "motivação é a energia oriunda do conjunto de aspirações, desejos, 
valores, desafios e sensibilidades individuais, manifestas através de objetivos e tarefas específicas".
Assim, o estudo da motivação compreende essencialmente o estudo da direção e da persistência 
da ação. Entretanto, outra ideia sobre a motivação é aquela que a relaciona com a conduta em 
termos dos objetivos por ela perseguidos.
Nesse sentido, Schein (1962, p. 132) afirma que:
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Para os seres humanos adultos, o motivador fundamental é a necessidade de manter e desenvolver 
o autoconceito e a autoestima. Fazemos coisas que são coerentes com o modo como nos vemos; 
evitamos coisas que não se coadunam com o modo como nos vemos; procuramos nos sentir 
bem com nós mesmos e evitar situações que fazem com que nos sintamos mal com nós mesmos.
Podemos inferir que um dos aspectos essenciais para estimular a motivação é compreender que 
ela é individual. Dizemos que motivação é intrínseca.
O que isso quer dizer?
Que a motivação nasce no interior de cada um. Os motivos que nos movem à ação (motiva+ação) 
são individuais e só cada pessoa pode motivar a si mesma.
6. Considerações sobre motivação na aprendizagem
O fator principal da aprendizagem é a motivação! O querer aprender tem que ser um desejo 
de cada pessoa inserida no processo de aprendizagem. De acordo com os atuais estudos da 
Neurociência, em uma abordagem centrada na educação, a motivação é uma emoção interna de 
cada pessoa, sendo, portanto, um processo biológico que se expressa de maneira involuntária e 
incontrolável.
Por isto, conhecer a influência da motivação na questão da aprendizagem é de suma importância 
para os profissionais da área educacional. Compreender os motivos que movem ou não o ato de 
aprender é fator determinante na oferta da educação, principalmente, para o planejamento dos 
métodos e estratégias de ensino.
Campos (1978) entende que o professor deve estudar a questão da motivação humana e o que 
ela representa no processo cognitivo do aluno. Para o autor, em uma sociedade democrática, e 
aqui incluímos, a sociedade do conhecimento, em pleno século XXI, os conteúdos e os métodos 
educacionais devem respeitar os motivos individuais e o meio em que vive o aluno, ou seja, o 
seu contexto de vida. 
A velocidade das inovações tecnológicas e a sua influência no mundo do saber têm exigido, cada 
vez mais, grandes esforços dos profissionais da área de educação, em uma reflexão sobre novas 
alternativas em termos de ações pedagógicas que contribuam para o êxito do aluno no processo 
de aprendizagem.
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refletindo 
Hoje, na educação, percebe-se que não se pode oferecer um único espaço, 
um único roteiro de estudo ou uma didática que privilegie poucos ou nenhum 
aluno, pois isso provocaria um esmagamento do processo de construção do 
saber. A riqueza está em valorizar o potencial de cada um e buscar, em uma 
metodologia apropriada, contribuir para uma aprendizagem significativa, 
construída na interação e na participação ativa do aluno. O professor passa 
a ter o papel de orientador das atividades exercidas pelos alunos, torna-
se o mediador entre os motivos individuais e os verdadeiros alvos a serem 
alcançados na ação educativa.
Cabe destacar que a relação aluno-motivação-professor-conteúdo-aprendizagem necessita de 
"estratégia de motivação" para possibilitar uma mediação possível e de sucesso na formação e 
no desenvolvimento do aluno. Portanto, compreender o fazer pedagógico fundado na motivação 
do aluno é reconhecer que é possível trabalhar levando-se em conta as características individuais 
de cada um e do seu universo de atuação social.
Na educação profissional, essas, também, são as razões que confirmam a necessidade de 
investir em ações que busquem identificar no público-alvo suas características, necessidades e 
expectativas, como subsídios para um planejamento pedagógico que contemple métodos capazes 
de conquistar e efetivar o aluno como parte ativa do processo de formação e do desenvolvimento 
de competências profissionais.
Cabe ao educador identificar meios para potencializar, em cada um, o alcance da melhor 
expressão de suas competências.
"A compreensão e o uso adequado das técnicas motivadoras resultarão em interesse, 
concentração da atenção, atividade produtiva e eficiente de uma classe" (CAMPOS, 2010, p.38).
Assim, em qualquer processo de ensino-aprendizagem, os envolvidos na sua preparação e 
condução necessitam dar atenção especial ao planejamento da ação educativa, selecionando 
adequadamente métodos, estratégias e recursos instrucionais que atendam às mais variadas 
necessidades motivacionais dos alunos, jovens e adultos, conforme será estudado no Módulo 4 
deste curso.
7. Encerramento
Encerramento do Módulo 2
Você conheceu, neste módulo, um pouco mais sobre os conceitos da Pedagogia, da Andragogia 
e da Heutagogia, focados em uma educação motivadora, inovadora e criativa. Conheceu as 
habilidades necessárias ao instrutor que trabalha com a educação de adultos. Analisamos as 
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diferentes formas de abordagens educacionais nos processos de aprendizagem e tratamos da 
importância da motivação na aprendizagem.
Agora, reflita:
"A educação é do tamanho da vida! Não há começo. Não há fim. Só há travessia. E, se quisermos 
descobrir a verdade da educação, ela terá de ser descoberta no meio da travessia." (RODRIGUES, 
2002, p. 56)
A ideia desta citação é refletir sobre as diversas formas de aprendizagem que nos deparamos nos 
momentos de troca de ensino.
- Como os seus avós aprenderam? Como seus pais aprenderam? Como você aprendeu na sua vida 
acadêmica? Como os jovens de hoje aprendem? Para você, quais são as melhores maneiras de 
se aprender? No seu caso, em especial, como ocorre a aprendizagem? Como ocorre a motivação 
para aprender?
Não deixe de fazer o questionário avaliativo do Módulo 2. Ele ajudará a fixar o conteúdo estudado, 
além de ser importante para a composição final de sua nota.

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