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Teorias e Práticas da Psicopedagogia Institucional - TPPI APOSTILA

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Núcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Gildenor Silva Fonseca
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atua-
ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! .
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professor: Silvia Cristina da Silva
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
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A Psicopedagogia é a disciplina que aplica o conhecimento psi-
cológico e pedagógico à educação, ou seja, é uma ciência aplicada na 
qual se fundem a Psicologia e a Pedagogia, cujo campo de aplicação é a 
educação, para o qual fornece métodos, técnicas e procedimentos para 
alcançar um processo de ensino-aprendizagem adaptado às necessidades 
do aluno, procurando prevenir e corrigir dificuldades que surgem no indiví-
duo durante o processo de aprendizagem. Cabe ressaltar que a principal 
função da Psicopedagogia no campo da educação escolar é o estudo, a 
prevenção e a correção das dificuldades que um educador pode ter no pro-
cesso de aprendizagem. Em termos gerais, a função da Psicopedagogia 
é o estudo do problema atual enfrentado por uma pessoa, detectando e 
definindo seus potenciais cognitivos, afetivos e sociais para um desenvolvi-
mento melhor e mais saudável nas atividades que realizam.
Psicopedagogia. Institucional. Práticas Escolar.
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 CAPÍTULO 01
APLICABILIDADE DA PSICOPEDAGOGIA À ESCOLA
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
12Sobre a Psicopedagogia e os Psicopedagogos __________________
Recapitulando _________________________________________________ 38
 CAPÍTULO 02
A APRENDIZAGEM E A APLICAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA 
INSTITUCIONAL
Modelos Psicopedagógicos de Aprendizagem __________________
Recapitulando _________________________________________________
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 CAPÍTULO 03
INDISCIPLINA NA ESCOLA À LUZ DA PSICOPEDAGOGIA
Conceitos e Aplicações sobre a Indisciplina _____________________
Teorias Psicológicas ____________________________________________
Recapitulando _________________________________________________
Considerações Finais ___________________________________________
Fechando a Unidade ___________________________________________
Referências ____________________________________________________
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A pedagogia contemporânea concebe o homem como uma 
energia ativa e criativa. É possível ver a educação como um processo 
vivo que permite ao homem reagir adequadamente às mais diversas cir-
cunstâncias. Essas reações são congênitas ou adquiridas. Um dos pro-
blemas da educação é organizar essa crescente variedade de reações, 
cujo propósito é contribuir para a realização de atitudes cada vez mais 
eficazes em um mundo que é capaz de melhorias incessantes.
Como resultado da pesquisa sobre a pedagogia psicogenética, 
uma série de pesquisas sobre a consideração psicológica do evento 
educacional estabeleceu-se em trabalhos com os nomes de psicologia 
educacional, psicologia educacional etc.
No entanto, a palavra psicopedagogia nascida alguns anos 
mais tarde, adquiriu a sua conotatividade cerca de trinta anos atrás, es-
pecialmente em autores de língua francesa e, em seguida, em italiano. 
Em 1935, é claramente definida pelo famoso ensaio de R. Buyse sobre 
a pedagogia experimental, que a designa como o estudo do aluno em 
suas diversas capacidades e possibilidades, que é frequentemente usa-
do por R. Zazzo e H. Wallon, do qual se traduz a concepção operacional 
da psicologia.
Em seu primeiro uso, a palavra “psicopedagogia” parece, por-
tanto, indicar um setor da psicologia aplicada; mas quando, em 1957, 
definida como “um ensino de base científica em psicologia infantil”. A 
diferença não dependenem de uma mudança de perspectiva decidida 
e segura, nem de uma orientação diversificada dos temas escolhidos. 
Em geral, a palavra “psicopedagogia” encontra sua fortuna na 
França e na Itália; e corresponde à expressão alemã PädagogischePsy-
chologie e à psicologia educacional inglesa. Alguns preferem a deno-
minação “psicologia pedagógica” ou “psicologia da educação” à mais 
utilizada “psicopedagogia”.
Foi a partir da década de 1980, quando o campo da Psicolo-
gia Educacional, é o quadro teórico do construtivismo, que a aplicação 
da psicologia cognitiva aparece para a educação. Nesta perspectiva, 
memória, esquecimento, transferência, estratégias, dificuldades e de-
terminantes da aprendizagem (inteligência, motivação, personalidade, 
criatividade, necessidades especiais), interação educacional, disciplina 
e controle na sala de aula, avaliação, leitura, fracasso escolar, resolu-
ção de problemas etc., constituem hoje os temas da Psicopedagogia.
Em resumo, a psicopedagogia é desenvolvida no âmbito de 
sistemas sociais dedicados à educação em todos os seus diferentes 
níveis e modalidades; tanto nos sistemas formais como nos informais 
e, ao longo do ciclo de vida da pessoa, ela serve principalmente ao 
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processo de ensino-aprendizagem de forma independente, do seu pes-
soal, grupo, social, saúde etc., estudando no sentido mais amplo de 
treinamento e desenvolvimento pessoal e coletivo deste processo, seus 
métodos, técnicas, resultados, alterações, possíveis melhorias etc.
Logo, o trabalho profissional do psicopedagogo atualmente 
apresenta grandes desafios, especialmente ao abordar o processo de 
aprendizagem no setor da educação formal, como o papel do professor 
puramente expositivo torna-se algo tolo em uma época em que o aluno 
acessa informações com apenas um clique no teclado.
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SOBRE A PSICOPEDAGOGIA E OS PSICOPEDAGOGOS
A psicopedagogia pode ser caracterizada como uma disciplina 
social e humana com limites difusos sobre “a fronteira entre as ciências 
sociais e humanas mostrado, mas inexistente, pelo menos não claro “. 
Ela construiu seu objeto de estudo em um processo constante de diá-
logo com a realidade social histórica e humana e com outros campos 
disciplinares que contribuem para a compreensão do sujeito em uma 
situação de aprendizagem. 
A psicopedagogia lida com as características da aprendizagem 
humana: como aprender, como a aprendizagem varia, como e por que 
há alterações na aprendizagem, como promover processos de aprendi-
zagem. Qual é a relação entre aprender e saber? Quais são os disposi-
tivos básicos para aprender? Questiona-se também sobre os fatores e 
condições que facilitam ou dificultam a aprendizagem do assunto: quais 
APLICABILIDADE DA
PSICOPEDAGOGIA À ESCOLA
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são as diferentes dificuldades que podem surgir e dificultar as possibi-
lidades de aprendizagem do assunto? Etc. A psicopedagogia tenta res-
ponder a essas perguntas cobrindo o problema educacional, tornando 
conhecidas as demandas e os obstáculos humanos.
O núcleo integrador de todo o desempenho psicopedagógico 
deve ser o desempenho de ações para capacitar e otimizar a aprendi-
zagem das pessoas. De uma posição que engloba questões éticas, as 
ações do psicólogo educacional devem permitir e capacitar o sujeito a 
construir sua autonomia moral e intelectual. 
Nós aderimos a um conceito disciplinar pelo qual entendemos 
que a intervenção psicopedagógica é sempre uma intervenção clínica, 
no sentido de uma metodologia, uma posição, uma estratégia de abor-
dar seu objeto cuja característica é ser “particularizante” dando impor-
tância ao original. Há convergência de fatores envolvidos e um modo 
de intervenção profissional que inclui o psicopedagogo como um parti-
cipante comprometido, qualquer que seja o campo de trabalho (escri-
tório, escola etc.), reconhecendo os fenômenos da transferência e da 
implicação. 
A psicopedagogia, para dar conta de seu objeto (o assunto em 
situações de aprendizagem normal ou patológica) requer uma teoria 
“psicológica” evidenciando a relação e / ou articulação dos níveis inte-
lectuais físicos e/ou orgânicos envolvidos no processo de aprendizagem 
ao mesmo tempo que a situação intersubjetiva (contexto sociocultural) 
necessária para que isso ocorra. Embora a psicopedagogia seja uma 
disciplina com uma história curta, a questão sobre sua existência é uma 
constante que ainda permanece em seu campo. 
É discutido que a psicopedagogia é sobre aprendizagem, e 
aprendizagem envolve perguntar e pensar, aprender abrindo um espa-
ço e perguntando, além de articular três instâncias: ignorância, conhe-
cimento e desejo de saber. A solução não é para cancelar a questão, 
porque o problema não está em questão, mas a quem a pergunta é diri-
gida e o que é formulado. Há várias formas de posicionar antes de uma 
pergunta, pois o que pensamos e acreditamos precisa ser apropriado. 
A aprendizagem do sujeito que articula o sujeito desejante com 
o sujeito conhecedor, torna-se um corpo, em um organismo individual 
e instituidor do corpo em um sistema instituído de organismo social. A 
aprendizagem de um indivíduo é feita de acordo com o organismo, o 
corpo, a inteligência e o desejo em relação a outro indivíduo, isto é, só 
é possível dentro de um relacionamento vinculado. A função que cum-
pre o processo de aprendizagem é possibilitar a adaptação criativa do 
indivíduo, sua humanização, com o desenvolvimento simultâneo como 
sujeito subjetivo,epistêmico e social.
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A psicopedagogia diferencia um objeto real como um indiví-
duo que vive humano em um determinado contexto sócio-histórico, que 
sendo muito complexo e integrado demanda múltiplos olhares do objeto 
construído, onde o assunto aprendiente se dá a partir de um acordo mú-
tuo, aborda-o escutando, observando, captando suas representações, 
suas percepções, suas falas, seus sentimentos sobre o que está acon-
tecendo com ele, sobre suas práticas e, a partir dessa prática continua 
a intervenção de acordo com as atribuições profissionais. 
O objeto do estudo psicopedagógico, sujeito da aprendiza-
gem, leva-nos a uma realidade complexa que exige uma abordagem de 
modelo estrutural, dinâmico e sistêmica e a necessidade de interpelar 
outros campos disciplinares (incluindo a psicanálise estande, a epis-
temologia genética, a psicologia social, a neurologia, a psiquiatria, a 
linguística, a aantropologia e a sociologia), que permitem ao psicólogo 
educacional compreender a realidade de seu objeto, reconhecendo que 
ele nunca será capaz de compreendê-lo em sua totalidade. 
Desenvolvimentos teóricos e psicopedagógicos passaram a 
incluir o aprendiz como sujeito de conhecimento, sujeito de desejo e su-
jeito social, onde este assunto está submetido a aspectos inconscientes 
que apontam para outro assunto, que tem um vínculo amoroso e outro 
assunto cultural sem o qual você não pode desenvolver as suas es-
truturas corporais, orgânicas, psicológicas e cognitivas e afetivas para 
permitir a sua humanização. 
O psicólogo educacional, para investigar o assunto, chamado 
de aprendente fala a partir de sua própria história como um sujeito da 
aprendizagem, sua personalidade está envolvida em suas práticas, re-
sultando em um processo no qual pesquisador e sujeito-objeto influen-
ciam um ao outro. Este, o psicólogoeducacional exige, do ponto de 
vista ético, ter certas precauções. 
A aprendizagem é um processo múltiplo que inclui vários fe-
nômenos, pois coloca o sujeito em contato com a realidade interna e 
externa que observa, analisa, relaciona, internaliza, representa e con-
ceitua a partir de sua ação e reflete sobre ela. Entendemos que o as-
sunto se tornará tal como aprendente efetores (diz respeito à aprendi-
zagem) porque o processo de aprendizagem é uma “apropriação” que 
não só permite a apreensão da realidade, mas também a construção de 
autoidentidade individual do aluno. 
O ser humano está imerso em um processo contínuo de apren-
dizagem, o que lhe permite construir e incorporar conhecimento. Isso 
supõe a transmissão, aquela que nos remete ao “outro”; um “outro” ao 
qual o sujeito percebe ter um conhecimento válido e significativo para 
ele. O tema da aprendizagem envolve a pessoa como um todo, em 
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sua realidade biopsicossocial e espiritual. A partir dessa realidade, a 
aprendizagem é construída em um referencial que considera os aspec-
tos subjetivos, cognitivos, sociais e orgânicos em um relacionamento 
dinâmico. 
A aprendizagem envolve a dinâmica de um sistema de estrutu-
ras inconscientes. A concepção sustentada faz com que seja necessário 
desmistificar a aprendizagem como um processo que só passa pelo es-
tágio da educação sistemática ou, que só tem a ver com a recepção do 
conhecimento acabado e construído por outros, que determina a posse 
do conhecimento. 
O produto de enriquecimento da transformação pelo aprendi-
zado não só possibilita o crescimento, desenvolvimento e transcendên-
cia da pessoa através da transmissão-incorporação do cultural, mas 
também da cultura que é nutrida a partir da recriação pelo sujeito. 
Nesse sentido, sustentamos que, ao nos referirmos ao apren-
diz, também nos referimos ao sujeito da cultura. A partir da prática da 
psicologia, é promovido, através da aprendizagem e sem negar os de-
terminantes socioculturais do autor, o desenvolvimento pessoal de pen-
samento e ação para permitir adaptações criativas. Por isso, tem sido 
de fundamental importância, considerando o método clínico de aborda-
gem do tema, a ética da psicanálise traduzida em uma ética psicopeda-
gógica leva a reconhecer a singularidade de cada sujeito. 
Reconhecer cada sujeito em sua diferença e respeitar o seu 
lugar como sendo de língua e cultura (desmascaramento) de ilusões da 
função de perfeição e saber que a aprendizagem não pode ser engano-
sa e prejudicial.
Entendemos que o assunto se tornará tão massivo, porque o 
processo de aprendizagem é uma “apropriação” que não só permite a 
apreensão da realidade, mas também a construção de autoidentidade 
individual do aluno. 
Por outro lado, a capacidade de diálogo com outros profissio-
nais protege a criança de exposições indesejadas. Dai, a psicopedago-
gia mostra traços de desafio pós-moderno o cientificismo positivista que 
o rigor. 
Segundo Bossa (2007), apresentamos abaixo algumas das ca-
racterísticas atribuídas a ciência moderna: 
■ Descrever uma diversidade fragmentada, com infinitas práti-
cas téoricas. 
■ Estudar a gênese e as mudanças, as evoluções e as crises. 
■ Considerar o produto das teorias registradas no mundo e 
explorá-las. 
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Figura 1 – Traços da psicopedagogia
Fonte: Elaborado pela autora (2019)
■ Considerar a ciência como parte integrante da cultura em 
que se desenvolve. 
■ Perguntas de estudo rejeitadas pela ciência clássica. O co-
nhecimento psicopedagógico é integrado e enriquecido com outras dis-
ciplinas: psicologia, pedagogia, medicina, sociologia, antropologia, ética 
e economia. E reconhece a intervenção do cultural e do histórico em 
seu campo de trabalho, revendo e desconstruindo os tópicos que se 
cruzam nos chamados “problemas de aprendizagem” sistemáticos e 
não sistemáticos, implícitos e explícitos. 
Entre as várias disciplinas que contribuem para a psicopedago-
gia, encontramos, de acordo com Bossa (2007):
 
 
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Tabela 1 – Disciplinas que contribuem para a psicopedagogia institucional
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Fonte: Bossa, 2007.
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O psicólogo educacional é o profissional universitário que lida 
com o ser humano em uma situação de aprendizagem, no campo da 
educação e da saúde mental, a fim de otimizar suas possibilidades de 
aprendizagem. O ensino de graduação promove a formação de profis-
sionais para orientar e ajudar o sujeito no processo de aprender com as 
estratégias de intervenção para garantir a propriedade do objeto de co-
nhecimento, possibilitando a abertura de espaços para a simbolização 
e promoção da saúde em aprender (entendida como um processo que 
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permite a socialização, a objetivação e a subjetivação simultaneamen-
te), isto é, permitir o desenvolvimento de pessoas capazes de pensar e 
agir de forma autônoma e responsável. 
Espera-se que o psicólogo seja competente para realizar as 
suas atribuições profissionais e identificado por sua sensibilidade e 
compromisso com a sociedade da qual ele faz parte, escutando e dando 
respostas às reivindicações que fazem da sua intervenção específica. 
Espera-se que o perfil profissional se caracterize por ter: 
■ Axiologia focada em valores espirituais e humanos. 
Figura 2 – Aprendizagem
Fonte: Elaborado pela autora (2019)
■ Conduta ético-profissional perante o paciente. 
■ Disposição para se comprometer com a sociedade em que 
vive. 
■ Capacidade de autonomia nas decisões. 
■ Pesquisa constante de independência de critérios para au-
toaperfeiçoamento. 
■ Capacidade de responder à frustração. 
■ Nível adequado de autoavaliação da atitude criativa. 
Em relação ao desenvolvimento da identidade profissional do 
psicólogo educacional, expressa-se que toda profissão supõe um pro-
cesso de aprendizagem e desenvolvimento que implique ou abranja 
todas as etapas da vida. Treinar profissionalmente é um desafio que 
envolve história pessoal ou pelo menos até que se decida “fazer” ou 
“estar fazendo” de certa maneira no mundo. 
Nesse sentido, é que se defende que a formação acadêmica 
do psicólogo educacional é um momento importante, como tempo inter-
no e externo a se formar em relação aos outros; No entanto, é possível 
reformular o passado junto com o significado do presente, enquanto 
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nossa própria história, especialmente a nossa história como um apren-
diz no assunto, e também enquanto projetando-nos para um futuro onde 
deve haver aos psicopedagogos relação pessoal cultural-histórico-so-
cial e experiências de intervenção. (CÔRTES, 2009).
A partir dessa concepção, acredita-se que nunca se é um psi-
cólogo educacional, mas que “se torna”. Delinear os psicopedagogos é 
uma tarefa que fazemos todos os dias, cada um de nós que escolhemosacompanhar o aluno individual, para criar espaços e tempos lógicos que 
incentivem o pensamento, aprendendo junto com os outros, para dar 
respostas pessoais para o que acontece no dia a dia no desenvolvimen-
to pessoal de identidade profissional, onde este ocorre ao longo da vida 
e é articulado, entre outros, em três realidades que são simultaneamen-
te limites e possibilidades: 
1 - psicologia educacional como disciplina – instituindo práticas 
socialmente sustentadas e controladas através da teoria normativa e 
colegial. 
2 - quadros – os determinantes sócio-históricos da evolução da 
disciplina e as demandas às quais procura dar respostas.
3 - para a impressão de que a singularidade de cada institui-
ção de ensino, com seus próprios ideais e características premiem seus 
graduados. 
Diante da pergunta: o que significa a formação acadêmica do 
psicólogo educacional? A primeira idéia é que trata-se de um período 
importante nas vicissitudes do delineamento de psicopedagogos, à me-
dida que recupera seu passado e projeta-se no futuro.
Uma segunda idéia surge se à questão anterior associamos 
outra que pode ser expressa da seguinte maneira, sobre o que é a for-
mação acadêmica? Tentando uma resposta breve, dizemos que trata-
-se da aquisição de conhecimentos conceituais, procedimentais e atitu-
dinais, explícitos ou não, em uma proposta curricular. Notamos que se a 
formação acadêmica é legítima e prioriza a aquisição de conhecimentos 
teóricos e técnicos, dando um papel secundário à atitude não há pos-
sibilidades de adquirir habilidades que permitam que o graduado tome 
uma posição contra a psicopedagoagia caracterizada como aprendente 
no assunto. 
Não é o conhecimento, nem sempre explícito no desenvolvi-
mento curricular, adquirido na reunião de alunos com professores em 
que seus psicopedagogos na sala de aula o entendem como um espaço 
de confiança, onde o professor “segura” e oferece “andaimes”, com as 
suas intervenções para o aluno que pode realizar a construção do seu 
espaço de aprendizagem, subjetivo-objetivo, construído entre as pes-
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soas que ensinam e aprendem que cada aluno e cada professor possi-
bilita o encontro, o diálogo e a reflexão no aqui e agora na sala de aula e 
que engloba a história passada e permite a criação de projetos futuros.
Na formação profissional, distinguir, por um lado, a disciplina 
teórica que procura sistematicamente o pensamento a partir de conceitos 
construídos em teorias, impõe que cada profissional tem um treinamen-
to de dever ético conhecer e, por outro lado, a prática psicopedagógica 
que exige o encontro de pessoas e, portanto, não pode ser entendida 
como a simples aplicação de teorias, uma vez que trabalhamos sempre 
com seres humanos (individuais e singulares). Nas intervenções psi-
copedagógicas somos guiados não apenas pelos parâmetros teóricos, 
mas essencialmente pelos parâmetros que a mesma pessoa indica, 
pois é ela quem nos guia.
A disciplina demarca um campo de conhecimento sistematiza-
do que possui lógica própria e possibilita seu aprendizado. A proposta 
curricular é transdisciplinar, pois o estudo do ser humano em situação 
de aprendizagem não é uma questão de adicionar parcialidades, uma 
vez que a realidade da aprendizagem do homem transcende o orgâni-
co, o psicológico, o sociológico ou o pedagógico. 
Em outras palavras, o sujeito em situação de aprendizagem 
refere-se a um objeto complexo que exige um modo de pensar que res-
peite essa complexidade, ou seja, que busque o conhecimento da inter-
dependência das diferentes dimensões que a constituem e reconheça 
essa realidade. É relacional buscar conhecimento do diverso e único. 
Os conteúdos projetados a partir de diferentes eixos ou dimen-
sões fornecem diferentes contribuições para este eixo como a integri-
dade anatômica do organismo na infraestrutura neurofisiológica que 
permite aprendizagem de esquemas de conservação e de coordenação 
que o envolve. 
Figura 3 – Proposta curricular
Fonte: Elaborado pela autora (2019)
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O eixo psicológico refere-se, entre outras contribuições, àque-
las fornecidas por diferentes Escolas Psicológicas ao conhecimento do 
normal e do patológico, do ponto de vista genético-estrutural. O eixo so-
ciológico, como disciplina que estuda os fenômenos sociais produzidos 
pelas práticas dos sujeitos dentro de um contexto histórico-cultural, nos 
fornecerá ferramentas para pensar sobre o impacto dessas práticas nas 
possibilidades da aprendizagem situada. 
O eixo pedagógico fornece a abordagem do fato pedagógico, 
os métodos e técnicas e procedimentos de aprendizagem, tanto em re-
lação ao aprendizado do sujeito normal quanto ao que sofre alterações. 
O eixo ético-filosófico em que ocorre a ação do psicólogo educacional 
só pode ser desenvolvida em um quadro axiológico. A preparação par-
cial de psicopedagogo reflete as formações unilaterais: 
■ o psicopedagogo trabalhando como um mestre diferencial. 
■ o psicopedagogo que não conhece todo o escopo de tarefas 
preventivas nas quais sua inserção é valiosa. 
■ o psicopedagogo que carece de preparação psicológica e 
clínica para lidar com a pesquisa sobre problemas de aprendizagem. 
■ o psicólogo educacional que não possui preparo pedagógico 
e didático. Os estudos acadêmicos são apenas um primeiro momento 
no trabalho psicopedagógico. Além disso, é preciso procurar por cursos 
de pós-graduação, trabalho interdisciplinar e em equipes, e também se-
rão necessárias orientações de profissionais com maior experiência.
É a comunidade de psicopedagogos que desenvolve uma 
imagem do que é a psicopedagogia, permitindo representações cole-
tivas dela e definindo sua própria identidade ocupacional, que nunca é 
monolítica ou absoluta. 
Côrtes (2009) afirma que é necessária a contribuição intencio-
nal institucionalizada tanto pelas faculdades de Psicologia e pelas asso-
ciações de ex-alunos, ajudando a relacionar futuros materiais psicope-
dagogos com as práticas profissionais e fortalecer a escolha da carreira. 
A educação do psicólogo educacional terá como objetivo: 
■ Que ele saiba que está incluído, comprometido no campo de 
suas investigações e que, quando operando, produz um certo impacto. 
■ Que ele seja capaz de decifrar e reconhecer as estruturas e 
processos que atuam na aprendizagem, na sua promoção e nas suas 
alterações. 
■ Que ele aprenda a ser incluído instrumental e operacional-
mente, isto é, intencionalmente, em seu campo de ação. 
■ Que ele aprenda a manter sempre disponível, na tarefa, uma 
atitude de pesquisa para perceber os fenômenos, para poder ir além deles.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Serrana - SP Pro-
va: Psicopedagogo
A Psicopedagogia trata das questões relacionadas à aprendizagem 
humana, e um dos principais espaços de atuação do psicopedago-
go é o escolar. Nesse espaço, compete a esse profissional:
A) estabelecer metas de sucesso/aprovação para os alunos.
B) assistir às aulas para apontar os erros que os professores cometem.
C) exigir que os professores sigam a um determinado modelo de plano 
de ensino.
D) ensinar os docentes a elaborarem diagnósticos de transtornos de 
aprendizagem, como no caso do TDAH.
E) assessorar os professores na análise do progresso dos estudantes 
relativamente aos processos de aprendizagem.
QUESTÃO 2
Ano: 2010 Banca: ADVISE Órgão: SESC-SE Prova: Psicopedagogo
Marque V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmativas abaixo sobre a 
área de atuação do psicopedagogo:
( ) A psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas 
dificuldades.
( ) A psicopedagogiatem um caráter preventivo e terapêutico.
( ) O psicopedagogo tanto pode atuar dentro da escola como tam-
bém com a família e com a comunidade.
( ) A área de trabalho do psicopedagogo é a de diagnosticar as 
causas dos problemas de aprendizagem do aluno, porém, não po-
derá intervir a não ser que um psicólogo autorize tratamento.
A ordem correta dos itens é:
A) V V F F.
B) V F V F.
C) F V F V.
D) V V V F.
E) F F F V.
QUESTÃO 3
Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: EMSERH Prova: Psicopedagogo
O trabalho do psicopedagogo institucional deve contemplar a ins-
tituição escolar como um todo. Assinale a alternativa que NÃO cor-
responde ao que Bossa (1999) salienta como aspectos do papel do 
psicopedagogo:
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A) auxiliar o professor e demais profissionais nas questões pedagógicas 
e psicopedagógicas.
B) orientar os pais.
C) preparar as adaptações curriculares.
D) colaborar com a direção para que haja um bom entrosamento entre 
todos os integrantes da instituição.
E) ajudar o aluno que esteja sofrendo, qualquer que seja a causa.
QUESTÃO 4
Ano: 2010 Banca: BIO-RIO Órgão: Prefeitura de Barra Mansa - RJ 
Prova: Psicopedagogo - 1
A proposta da Psicopedagogia, numa ação preventiva, é adotar 
uma postura crítica frente ao fracasso escolar, numa concepção 
mais totalizante, visando a propor novas alternativas de ação vol-
tadas para a melhoria da prática pedagógica nas escolas. O aten-
dimento psicopedagógico pode, em determinados casos, recorrer 
a propostas corporais, artísticas etc., sempre comprometido com 
o trabalho escolar. Assinale a alternativa que NÃO corresponde à 
atividade do Psicopedagogo:
A) Orientação de estudos.
B) Apropriação dos conteúdos escolares.
C) Desenvolvimento do raciocínio.
D) Modelagem cognitivo-comportamental.
E) Atendimento de crianças com necessidades educacionais especiais.
QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Sertãozinho - SP 
Prova: Psicopedagogo
Compete ao Psicopedagogo assessorar e orientar os envolvidos 
no projeto político-pedagógico em intervenções corretivas para 
promoção de mudanças estruturais que promovam o desenvolvi-
mento e a aprendizagem considerando a diversidade. Tendo em 
vista como foco o trabalho profilático, o psicopedagogo deve:
A) utilizar testes como referência para identificar dificuldades.
B) promover ações que considerem a diversidade.
C) considerar os conteúdos acadêmicos como referência fundamental.
D) considerar a defasagem escolar dos alunos, independentemente do 
projeto político-pedagógico.
E) ser o único responsável pela aplicação das ações corretivas.
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QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
A psicopedagogia é desenvolvida no âmbito de sistemas sociais dedi-
cados à educação em todos os seus diferentes níveis e modalidades; 
tanto nos sistemas formais como nos informais e, ao longo do ciclo de 
vida da pessoa, serve principalmente ao processo de ensino-aprendiza-
gem de forma independente, do seu pessoal, grupo, social, saúde etc., 
estudando no sentido mais amplo de treinamento e desenvolvimento 
pessoal e coletivo deste processo, seus métodos, técnicas, resultados, 
alterações, possíveis melhorias etc. Nesse sentido, descreva a impor-
tância do psicopedagogo no sistema escolar.
TREINO INÉDITO
Sobre a definição da função do psicopedagogo no âmbito da educação 
infantil, assinale a alternativa correta:
A) O Psicopedagogo é o profissional indicado para assessorar e escla-
recer a escola a respeito de diversos aspectos do processo de ensino-
-aprendizagem.
B) O Psicopedagogo é o profissional indicado para assessorar e escla-
recer a escola a respeito de diversos aspectos do processo de ensino 
sobre economia.
C) O Psicopedagogo é o profissional indicado para assessorar e escla-
recer a escola a respeito de diversos aspectos do processo de ensino 
sobre política.
D) O Psicopedagogo é o profissional indicado para assessorar e escla-
recer a escola a respeito de diversos aspectos do processo de ensino 
sobre direitos.
E) NDA.
NA MÍDIA
Escolas municipais de SP terão psicopedagogo para prevenir 
bullying
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, sancionou uma lei que vai 
implementar a figura do psicopedagogo nas escolas da rede munici-
pal. Esta assistência psicopedagógica terá como objetivo diagnosticar, 
intervir e prevenir problemas de aprendizagem tendo como enfoque 
o aluno, a pré-escola e a escola, e também atuar como mediador de 
conflitos para procurar evitar ações de bullying. A lei, de autoria do 
vereador Antônio Goulart (PSD), foi publicada na edição desta quinta-
-feira (25) no “Diário Oficial da Cidade de São Paulo.”
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Fonte: G1
Data: 2013
Leia na íntegra em: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2013/04/lei-
-institui-funcao-do-psicopedagogo-nas-escolas-da-rede-muncipal-de-
-sp.html
NA PRÁTICA
PSICOPEDAGOGO: QUAL O GRAU DE FORMAÇÃO É 
NECESSÁRIO PARA ATUAR NA ÁREA?
A psicopedagogia é um segmento direcionado ao estudo do indivíduo, 
buscando decifrar o que acontece com ele durante o processo de 
construção do conhecimento. O papel do psicopedagogo é avaliar e 
perceber os motivos que estão dificultando o aprendizado do aluno, 
intervindo de maneira preventiva e proporcionando a eles meios para 
que exponham suas potencialidades, a favor do desenvolvimento do 
raciocínio.
Diante destas caraterísticas é impossível não relacionar a profissão à 
pedagogia e à psicologia. Esse senso comum acontece justamente pela 
multidisciplinaridade da área, mas, muito além dessa relação, a profis-
são contempla outras questões de ambos os campos.
Nesse viés, o ofício de psicopedagogo passou a ser regulamentado e 
hoje, para seguir a carreira, basta apostar em uma graduação.
Fonte: Mayanna Marques 
Data: 2018
Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/cursos-e-faculda-
des/pedagogia/noticias/psicopedagogo-qual-o-grau-de-formacao-e-ne-
cessario-para-atuar-na-area
PARA SABER MAIS
Filme sobre o assunto: Montanha dos gorilas
Peça de teatro: O galo e a raposa
Acesse os links: https://youtu.be/dxXpUoOEN90/
https://youtu.be/FyLp2Nrbk44
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MODELOS PSICOPEDAGÓGICOS DE APRENDIZAGEM
A psicologia educacional como ciência baseia seu objeto de 
estudo na análise de problemas concretos do processo de ensino-
-aprendizagem, o que permite uma intervenção eficiente nos elementos 
do processo ensino-aprendizagem, a saber: a instituição de ensino, os 
professores, os discentes e os conteúdos, bem como os processos edu-
cativos formais e informais.
Neste capítulo vamos destacar a importância de conhecer e 
aplicar técnicas da psicopegogia ensinando modelos que lhes permi-
tam desenvolver seu ensino centrado na aprendizagem. Esses modelos 
refletem uma psicologia construtiva, na qual um paradigma cognitivo, 
sócio-cultural e construtivista é identificado da psicologia educacional.
Nesta perspectiva, vale a pena mencionar que algumas pro-
postas psicoeducacionais são mostradas como ferramentas fundamen-
tais para o professor fazer um ensino inovador, que promove ambientes 
A APRENDIZAGEM E A APLICAÇÃO
DA PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL
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de aprendizagem diversificada de ensino, que envolve inovação do pro-
cesso de ensino na qual se incluem agentes de educação: professores, 
estudantes,estratégias de ensino e conteúdos para garantir a eficácia 
dos processos de formação dos futuros profissionais. Isso permitirá de-
senvolver novas conceituações em torno do ensino, da aprendizagem e 
da relação com o conhecimento em sala de aula.
Esses elementos são concretizados nas estratégias de forma-
ção de professores que envolvem os processos de design, desenvolvi-
mento e institucionalização das mudanças educacionais. Essas mudan-
ças são entendidas como um processo, no qual propostas pedagógicas 
inovadoras devem ser decodificadas, interpretadas, avaliadas e redefi-
nidas pelos professores. 
Essas estratégias de inovação reconhecem o papel ativo dos 
professores nos processos de mudança, uma vez que se espera que 
eles integrem o conhecimento especializado de sua profissão, o desen-
volvimento de habilidades e atitudes no trabalho diário com os alunos, 
conseguindo assim o desenvolvimento das competências de ensino.
Sob a abordagem anterior, em seguida, uma série de mode-
los educacionais indica que sua principal característica é ser focada 
na aprendizagem dos alunos e tem a base teórica de paradigmas da 
psicologia educacional: a cognitiva, o construtivismo e o paradigma do 
aprendizado sociocultural integrado a propostas didáticas que permitem 
ao estudante gerenciar sua própria aprendizagem.
Nessa mesma perspectiva, busca-se promover o desenvolvi-
mento do potencial dos alunos para aprender de forma mais eficaz, pois, 
esses modelos de ensino permitem ao professor ter um papel estratégi-
co para prover certos mecanismos de ajuda pedagógica que potencia-
lizam o desenvolvimento de habilidades cognitivas em estudantes. Na 
universidade houve experiências em algumas instituições do trabalho 
acadêmico de professores que, nesse processo de ressignificação de 
seu trabalho, incorporaram essas metodologias, por isso optamos por 
descrever as características gerais dos seguintes modelos de ensino.
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Aprendizagem baseada em problemas
Figura 4 - O ciclo de aprendizagem na Aprendizagem Baseada em Problemas.
Fonte: Lopes, 2017.
Esta metodologia responde às demandas que os estudantes 
têm atualmente para se preparar para entrar em um ambiente de tra-
balho flexível que lhes permita redefinir o que eles têm que fazer, rea-
prender e em saber como fazer novas tarefas. Os problemas que esses 
futuros profissionais terão que enfrentar atravessam as fronteiras disci-
plinares e exigem abordagens e habilidades inovadoras para resolver 
problemas complexos. 
Este método de ensino é caracterizado pelo desenho de um 
problema pelo professor, para desenvolver certas competências nos 
alunos. Da mesma forma, considera-se um método de aprendizagem 
baseado no princípio da utilização de problemas como ponto de partida 
para a aquisição e integração de novos conhecimentos.
Outra característica é que o aprendizado é centrado no aluno, 
promovendo nele significativa capacidade de desenvolver uma série de 
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habilidades e competências indispensáveis no ambiente profissional 
atual. Uma parte importante dessa metodologia é a orientação do pro-
fessor e tutor, pela qual os alunos devem assumir a responsabilidade 
pela sua própria aprendizagem, identificando o que eles precisam saber 
para ter uma melhor compreensão e tratamento do problema que eles 
estão trabalhando, e determinar onde obter as informações necessárias 
(livros, revistas, professores, internet etc.). 
Os professores se tornam consultores estudantis e, desse 
modo, cada aluno pode personalizar seu aprendizado, concentrando-
-se em áreas de conhecimento ou compreensão limitada e perseguindo 
suas áreas de interesse.
No momento em que os alunos confrontam o problema e iden-
tificam os tópicos de aprendizagem, a abordagem para o estudo pode 
ser em grupo ou individual, e eles reanalisam o problema com base em 
seu conhecimento. Isso permite que eles trabalhem de forma colabora-
tiva desde a abordagem original do problema até sua solução, comparti-
lhem seus conhecimentos, habilidades, atitudes e valores na resolução.
A nova informação é adquirida através da aprendizagem auto-
dirigida, como corolário a todas as características descritas acima, na 
perspectiva de currículo centrado no aluno e no professor como facili-
tador da aprendizagem, espera-se que os alunos aprendam a partir do 
conhecimento do mundo real e do acúmulo de experiência em virtude 
de seu próprio estudo e pesquisa. Durante esse aprendizado autodiri-
gido, os alunos trabalham juntos, discutem, comparam e revisam o que 
aprenderam.
Outro princípio cognitivo que fornece essa modalidade é que 
a aprendizagem é mais rápida quando os alunos têm modalidades de 
autorregulação da aprendizagem, isto é, para a metacognição. Isso é 
percebido como um elemento essencial da aprendizagem especializa-
da, pois estabelece metas, seleciona estratégias e avalia realizações. 
As habilidades metacognitivas envolvem a capacidade de monitorar o 
próprio comportamento de aprendizagem, o que implica estar ciente de 
como os problemas são analisados e se os resultados obtidos fazem 
sentido. Um aprendiz perito constantemente julga a dificuldade dos pro-
blemas e avalia seu progresso em resolvê-los.
O trabalho colaborativo é uma modalidade que é integrada a 
esta metodologia, através do trabalho em pequenos grupos, a exposi-
ção do aprendiz a pontos de vista alternativos é um grande desafio para 
começar a compreensão. Ao trabalhar em grupos, os alunos expõem 
seus métodos de resolução de problemas e seus conhecimentos de 
conceitos, expressam suas ideias e compartilham responsabilidades no 
tratamento de situações problemáticas. Por estar em contato com dife-
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rentes pontos de vista sobre um problema, os alunos se sentem enco-
rajados a fazer novas perguntas.
Figura 5 – Postura dos alunos
Fonte: Elaborado pela autora (2019)
De todo o exposto, considera-se que a ABP (Problem Based 
Learning), está resumida nos seguintes pontos:
- Causa conflitos cognitivos em estudantes;
- Promove o trabalho em equipe;
- Atitude positiva em relação à aprendizagem;
- Autonomia do aluno;
- Desenvolve as habilidades para aprender;
- Metodologia destinada a resolver problemas;
- Fortalece o trabalho colaborativo;
- A aprendizagem é contextualizada;
- Facilita a compreensão de novos conhecimentos, o que é es-
sencial para alcançar uma aprendizagem significativa;
- Promove a disposição afetiva e motivação dos alunos.
Para concluir, nesta metodologia o professor deve ensinar os 
alunos a aprender, pois com o desenho de problemas e na busca de 
soluções promove o desenvolvimento de conhecimentos e estratégias 
cognitivas que fomentam a autoaprendizagem.
Aprendizagem orientada para projetos
Nessa metodologia, os alunos se comprometem a realizar um 
projeto de trabalho em um tempo específico que contemple situações 
reais, que envolvam em um processo de pesquisa, promovam soluções 
criativas e inovadoras e façam uso de novas tecnologias.
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Os alunos são responsáveis pela própria aprendizagem, pois 
enfrentam situações que os levam a confrontar, compreender e aplicar 
os conhecimentos adquiridos em sala de aula para propor projetos com-
plexos, aplicados à vida real do trabalho, fazendo uso de suas habilida-
des, desenvolvendo habilidades cognitivas para um trabalho produtivo e 
aumentando as habilidades de aprendizagem autônoma e profissionais. 
Essa estratégia envolve estudantes em projetos complexos do 
mundo real e enfocaos conceitos e princípios de uma ou mais disci-
plinas para resolver problemas ou outras tarefas significativas. A apre-
sentação dos projetos implica que os alunos compreendam, sintetizem 
e apliquem os resultados. Esses produtos evidenciam o aprendizado 
adquirido na realização de seu projeto. 
Algumas características do Project Oriented Learning, seu 
acrônimo AOP, são:
- Está centrado no aluno;
- Os alunos devem entender a tarefa a ser executada, o que se 
espera deles em cada uma das áreas (conteúdos, habilidades computa-
cionais e habilidades), bem como a importância do projeto;
- Os alunos devem conhecer as características precisas dos 
produtos a serem elaborados;
- O AOP parte de uma abordagem baseada em um problema 
real e que envolve diferentes áreas;
- Suporta conteúdo acadêmico e apresenta propósitos autên-
ticos;
- Oferece oportunidades para os alunos realizarem pesquisas 
que lhes permitam aprender novos conceitos, aplicar informações e re-
presentar seus conhecimentos de diferentes maneiras;
- Tem objetivos educacionais explícitos;
- É baseado no construtivismo (teoria da aprendizagem social);
- Promove a colaboração e a aprendizagem cooperativa;
- O professor age como um facilitador;
- Requer que os alunos se comprometam e desenvolvam um 
produto;
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Figura 6 – AOP
Fonte: Elaborado pela autora (2019)
- A avaliação é um componente importante do AOP.
Para definir um projeto é necessário levar em conta:
- Relacionar o conteúdo do projeto a um tópico de outro as-
sunto. Os projetos são uma boa oportunidade para criar colaborações 
interdisciplinares;
- Estruturar projetos para que os alunos construam novos co-
nhecimentos. Além do fato de que os projetos podem ser projetados 
para que os alunos apliquem o que já sabem, o método do projeto pode 
ser uma forma de os alunos aprenderem coisas novas. A maioria dos 
produtos exigirá que os alunos usem o conhecimento prévio e adicio-
nem novos conhecimentos e habilidades;
- Permitir que os alunos projetem algumas partes do projeto. 
Inclua atividades projetadas para os alunos planejarem uma estratégia, 
a fim de alcançar os objetivos específicos do projeto. Essas estratégias 
podem ser debatidas e criticadas construtivamente pelo restante da tur-
ma ou dentro do mesmo grupo de projetos;
- Incorporar habilidades da comunidade no projeto. Há muitas 
maneiras de os alunos contribuírem com suas comunidades enquanto 
aprendem sobre tópicos acadêmicos tradicionais.
Um dos passos mais importantes para a preparação de proje-
tos é o planejamento de um projeto, definindo as metas ou objetivos que 
os alunos devem alcançar, bem como o aprendizado que os psicopeda-
gogos querem que eles façam. Os objetivos serão muito numerosos se 
corresponderem a um projeto semestral, e muito específicos se cobri-
rem um único tópico ou unidade. Os alunos através do AOP conseguem 
desenvolver as seguintes capacidades:
- Eles aumentam seus conhecimentos e habilidades no conteú-
do curricular (interdisciplinar);
- Eles aperfeiçoam suas habilidades de pesquisa;
- Eles melhoram suas habilidades cognitivas;
- Participam de projetos para aprender a assumir responsabili-
dades individuais e coletivas;
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- Eles aprendem a usar tecnologia;
- Realizam autoavaliação e coavaliação pelos pares. Eles 
aprendem a valorizar seu trabalho e o dos outros de maneira objetiva;
- Eles desenvolvem um portifólio (conjunto de trabalhos desen-
volvidos ao longo do projeto);
- Aprendem a se comprometer com um projeto.
Outro elemento no desenvolvimento de projetos é a definição 
dos produtos, que são construções, apresentações e exposições feitas 
durante o projeto. Quanto a este ponto, é importante levar em conside-
ração o seguinte:
- Os alunos devem entender, sintetizar e aplicar os critérios 
estabelecidos para a preparação e entrega do produto. Bons produtos 
obrigam os alunos a demonstrar em profundidade que entenderam os 
conceitos e princípios centrais do assunto e / ou da disciplina.
- Os resultados do projeto devem exemplificar situações reais. 
Isso pode ser alcançado escolhendo atividades que reflitam as situa-
ções reais relacionadas ao projeto.
- Os produtos devem ser relevantes e interessantes para os 
alunos.
Em resumo, esta metodologia permite que, quando o aluno 
deve aprender algo, tenha clareza sobre os propósitos perseguidos, 
bem como sobre as atividades intelectuais e recursos mais adequados 
para o desenvolvimento do projeto.
Aprendizagem por meio de casos
Esse método permite que os alunos desenvolvam habilidades 
em um contexto real, que envolve situações profissionais reais que pro-
movem o trabalho em equipe, o desenvolvimento de habilidades e atitu-
des no local de trabalho.
 A principal característica é a análise completa de um fato, 
problema ou evento real com o objetivo de gerar hipóteses, soluções 
alternativas e conhecer os diferentes procedimentos para enfrentar uma 
situação.
Um caso representa situações complexas da vida real levan-
tadas de forma narrativa, baseadas em dados que se revelam essen-
ciais para o processo de análise. Eles constituem uma boa oportunida-
de para os alunos colocarem em prática habilidades que também são 
necessárias na vida real, por exemplo: observação, escuta, diagnóstico, 
tomada de decisão e participação em processos de grupo orientados 
para a colaboração.
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A abordagem de um caso é sempre uma oportunidade de 
aprendizado significativa e transcendente na medida em que aqueles 
que participam de sua análise conseguem se envolver e se engajar na 
discussão do caso e no processo grupal de reflexão. Sob essa moda-
lidade, os alunos conseguem desenvolver habilidades como a análise, 
síntese e avaliação das informações. Ela também permite o desenvol-
vimento de pensamento crítico, do trabalho em equipe e de tomada de 
decisões, bem como outras atitudes e valores como inovação e criati-
vidade.
Esta estratégia pedagógica consiste em fornecer uma série de 
casos que representam situações problemáticas da vida real, para que 
os alunos os enfrentem através de análise e estudo, na medida em que 
se preparam para a busca de soluções, é assim que eles treinam os alu-
nos no desenvolvimento de soluções válidas para possíveis problemas 
complexos que podem surgir na realidade futura, e ao mesmo tempo os 
capacita a pensar e contrastar suas conclusões com as conclusões dos 
outros, a aceitá-las e expressar suas próprias sugestões, bem como a 
aprender a trabalhar de forma colaborativa e tomar decisões em equipe.
Dentro da abordagem dos casos, três modelos são classifica-
dos, segundo Ferreira (2008):
- Modelo focado na análise de casos (casos que foram estu-
dados e resolvidos por equipes de especialistas). Esse modelo busca 
conhecer e compreender os processos diagnósticos e de intervenção 
realizados, bem como os recursos utilizados, as técnicas utilizadas e 
os resultados obtidos pelos programas de intervenção propostos. Por 
meio desse modelo, pretende-se, basicamente, que os alunos e / ou 
profissionais em formação conheçam, analisem e valorizem os proces-
sos de intervenção elaborados por especialistas na resolução de casos 
concretos. Além disso, soluções alternativas tomadas na situação em 
estudo podem ser estudadas.
- O modelo visa ensinar a aplicar os princípios legais estabe-
lecidos e normas para casos particulares, de modo que os alunos os 
exercem na seleção e aplicação dos princípios apropriados para cada 
situação. Ele também procura desenvolver um pensamento dedutivo, 
através da atenção preferencial à norma, às referências objetivas e pre-
tende-seque a resposta correta à situação seja encontrada. Este é o 
modelo desenvolvido preferencialmente no campo do direito.
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Figura 7 – Modelos
Fonte: Elaborado pela autora (2019)
- O modelo que busca a formação na resolução de situações 
que, requerendo a consideração de um arcabouço teórico e a aplicação 
de suas prescrições práticas à resolução de certos problemas, exigem 
que a singularidade e a complexidade de contextos específicos sejam 
abordadas, também destaca o respeito pela subjetividade pessoal e a 
necessidade de abordar as interações que ocorrem no cenário que está 
sendo estudado. Consequentemente, nas situações apresentadas (di-
nâmicas, sujeitas a mudanças) a “resposta correta” não é dada, pois 
elas exigem que o professor esteja aberto a diversas soluções.
Figura 8 – Modelo de Aprendizagem por Estudo de Caso
Fonte: Freitas e Campos, 2018.
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Os casos que são apresentados aos alunos podem ser foca-
dos na simulação, nas descrições da prática, na geração de propostas 
para a tomada de decisão, na análise crítica da tomada de decisão e na 
resolução de problemas. Para concluir, afirma-se que este método de 
trabalho docente em sala de aula permite estabelecer uma orientação 
pedagógica centrada na aprendizagem, em que os alunos conseguem 
desenvolver habilidades cognitivas, competências colaborativas de tra-
balho, liderança e criatividade, qualidades indispensáveis do profissio-
nal do século 21.
Aprendizagem colaborativa
É uma abordagem educacional que promove a interação entre 
os alunos e a organização na sala de aula, na qual os alunos são res-
ponsáveis por seu aprendizado e pelo de seus colegas em uma estraté-
gia de corresponsabilidade para atingir as metas e incentivos do grupo.
Essa metodologia de ensino permite e estimula o desenvolvi-
mento de uma interdependência positiva entre os alunos, ou seja, de 
uma consciência de que só é possível atingir objetivos individuais de 
aprendizagem se os outros colegas de turma atingem os deles. Neste 
sentido, ajuda e apoio mútuo são fornecidos no cumprimento de tarefas 
e trabalho, enquanto compartilham suas habilidades interpessoais, tais 
como confiança mútua, comunicação, assertividade, resolução de pro-
blemas e integração como uma equipe de trabalho compartilhado. Tudo 
isso permitirá aos alunos uma preparação para enfrentar os desafios 
trabalhistas atuais que envolvem a integração de grupos de trabalho.
O mais importante na formação de grupos de trabalho colabo-
rativo é monitorar a interdependência positiva, a responsabilidade indi-
vidual, a interação promotora, o uso apropriado de habilidades sociais 
e, mais importante, o processo de formação de um grupo de trabalho, 
o que implica a construção de uma identidade de grupo baseada em 
objetivos e tarefas claramente definidos.
A base pedagógica desta modalidade de ensino é a aprendiza-
gem cooperativa, o estabelecimento de papéis de cada um dos partici-
pantes no processo de integração do grupo, a capacidade dos alunos 
de se comunicarem com seus pares, para esclarecer, questionar, con-
trastar, fazer julgamentos. Em suma, compartilhar valores e interagir 
e, assim, conseguir integrar ou construir processos de aprendizagem 
significativos.
No processo de construção da identidade das pessoas, um 
importante processo psicológico é a socialização, que é baseada na 
aprendizagem contínua em interação com os outros, sendo este ele-
mento também considerado imprescindível em um dos 4 pilares da 
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educação: “Aprender a conviver” (Delors, 1996); isto é, o processo de 
formação das pessoas é adquirido no cotidiano dos processos de inte-
ração social.
Com base nessas premissas, um dos grandes desafios da for-
mação das pessoas no processo de ensino-aprendizagem será refletido 
quando os professores não se preocuparem porque o aluno aprende, 
mas porque “os alunos ou o grupo aprendem juntos”.
Pode-se dizer que a aprendizagem colaborativa ou cooperativa 
é o uso instrucional de pequenos grupos, de tal forma que os alunos tra-
balham juntos para maximizar sua própria aprendizagem e a dos outros. 
Os alunos trabalham colaborando. Este tipo de trabalho não se opõe ao 
trabalho individual, uma vez que pode ser observado como uma estra-
tégia complementar de aprendizagem que fortalece o desenvolvimento 
geral do aluno.
Os métodos de aprendizagem colaborativa compartilham a 
ideia de que os alunos trabalham juntos para aprender e são responsá-
veis pelo aprendizado de seus colegas, bem como pelos seus. Tudo isso 
traz uma renovação dos papéis associados aos professores e alunos, 
objeto deste trabalho. Essa renovação também afeta os desenvolvedo-
res de programas educacionais. As ferramentas colaborativas devem 
enfatizar aspectos como raciocínio e autoaprendizagem e aprendizado 
em grupo.
O papel que os estudantes assumem neste processo de apren-
dizagem em grupo são:
- Responsabilidade pela aprendizagem: os alunos se encarre-
gam de sua própria aprendizagem e são autorregulados. Eles definem 
objetivos de aprendizagem e problemas que são significativos para eles, 
entendem que atividades específicas se relacionam com seus objetivos 
e usam padrões de excelência para avaliar o quão bem eles alcançaram 
esses objetivos.
- Motivação pela aprendizagem: os estudantes comprometidos 
encontram prazer e entusiasmo na aprendizagem. Eles têm uma paixão 
para resolver problemas e entender idéias e conceitos. Para esses alu-
nos, o aprendizado é intrinsecamente motivador.
- Colaboração: os alunos entendem que a aprendizagem é so-
cial. Eles estão “abertos” para ouvir as idéias dos outros, para articulá-
-las efetivamente, ter empatia pelos outros e ter uma mente aberta para 
se reconciliar com idéias contraditórias ou opostas. Eles têm a capaci-
dade de identificar os pontos fortes dos outros.
- Estratégia: os alunos desenvolvem e refinam continuamente 
o aprendizado e as estratégias para resolver problemas. Essa capaci-
dade de aprender a aprender (metacognição) inclui a construção de mo-
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delos mentais efetivos de conhecimento e recursos, mesmo quando os 
modelos podem ser baseados em informações complexas e mutáveis. 
Esses tipos de alunos são capazes de aplicar e transformar o conhe-
cimento para resolver problemas criativamente e são capazes de fazer 
conexões em diferentes níveis.
O papel do professor nesta metodologia de ensino, em primei-
ro lugar, é “convidar” os alunos a definir os objetivos específicos dentro 
do assunto a ser ensinado, oferecendo opções para atividades e tarefas 
que atraem a atenção dos alunos, incentivando os alunos a avaliar o 
que aprenderam. Assim, os professores incentivam os alunos a usar 
seus próprios conhecimentos, garantindo que eles compartilhem seus 
conhecimentos e estratégias de aprendizado, tratando os outros com 
grande respeito e focando em altos níveis de compreensão. Eles aju-
dam os alunos a ouvir opiniões diversas, a apoiar qualquer crítica de um 
assunto com evidências, a se engajar em pensamento crítico e criativo 
e a participar de diálogos abertos e significativos.
Finalmente, afirma-se que a esta luz, qualquer inovação pe-
dagógica do professor envolve o desenvolvimento de trabalho em 
equipe ou colaborativo, permitindo o desenvolvimento de habilidades 
cognitivas, habilidades sociais e habilidades de comunicação, aspectos 
básicos para o desenvolvimento profissional no contexto atual.
Aprendizagem Contextual
É um método de ensino que consistena aprendizagem dos 
alunos no contexto das experiências de vida. Trata-se de aprender fa-
zendo, partilhar e interagir com os seus pares, e com a aplicação do 
conhecimento em novas situações. São apresentadas cinco estratégias 
de aprendizagem contextual:
- Relação: consiste em aprender no contexto de experiências 
de vida ou conhecimento preexistente, quando o professor utiliza a es-
tratégia de conectar um novo conceito com algo que é conhecido ou 
familiar aos alunos. Neste sentido, quando o professor relaciona uma 
experiência conhecida com a definição de uma razão, os alunos podem 
ver imediatamente a relevância do seu conhecimento prévio.
- Experimentação: consiste em aprender no contexto de ex-
ploração, descoberta e invenção. Concretamente, é aprender fazendo. 
Também é chamado de aprendizado através da experiência. Os exem-
plos mais frequentes a serem desenvolvidos em sala de aula são o uso 
de atividades manipuladoras, atividades de resolução de problemas ou 
atividades de laboratório.
- Aplicação: consiste em conceitos de aprendizagem no con-
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texto da sua implementação, isto é, quando os professores motivam os 
alunos através da concepção de tarefas desafiadoras a necessidade de 
aprender conceitos na atribuição de tarefas realistas e relevantes, em 
que lhes são colocadas situações de vida cotidiana que demonstram 
a utilidade dos conceitos acadêmicos em uma das áreas da vida da 
pessoa.
- Cooperação: consiste em aprender através da organização 
de pequenos grupos que permite aos alunos desenvolver sua capa-
cidade de compartilhar e interagir sob a abordagem de aprendizagem 
colaborativa ou cooperativa, mencionada anteriormente.
- Transferência: consiste em aprender no contexto da aplica-
ção do conhecimento para empregá-lo em novos contextos ou em no-
vas situações, bem como na facilidade de poder explicá-lo a seus pares 
ou a outras pessoas.
Essas estratégias de ensino contextual baseiam-se na crença 
de que os alunos aprendem melhor quando adquirem conhecimento 
por meio da exploração e do aprendizado ativo. Essas estratégias fa-
zem uso de atividades práticas ou manuais, incentivando os alunos a 
pensar e explicar seu raciocínio em vez de memorizar e recitar informa-
ções, e ajudar os alunos a ver conexões entre tópicos e conceitos em 
vez de apresentá-los isoladamente (construtivismo de Piaget, Vigostky 
e Dewey).
Em conclusão, reafirmar o conceito de aprendizagem contex-
tual é reconhecer que o aprendizado é um processo complexo e multifa-
cetado, que a aprendizagem ocorre somente quando o aluno processa 
a nova informação e conhecimento de tal forma que dá sentido aos 
seus referenciais e entende-se que ocorre em estreita relação com a 
experiência real. Assim, ele baseia-se em motivar os alunos a relacionar 
conhecimento com utilidade e aplicação na vida cotidiana.
Logo, afirma-se que cada um desses modelos pedagógicos re-
visados acima tem uma sólida base conceitual no construtivismo e nas 
abordagens metodológicas, técnicas, assim como em recursos interes-
santes para o ensino superior que são novas formas de desenvolvimen-
to de propostas curriculares flexíveis, pois permitem a aquisição de um 
conjunto de estratégias cognitivas e metacognitivas que favorecem o 
potencial desenvolvimento da aprendizagem do aluno.
Além disso, os novos papéis do professor, as novas formas de 
avaliação, bem como as novas tecnologias e ambientes de aprendiza-
gem são enfatizados. Especificamente sobre o professor, destaca-se na 
profissão um sentido humanista profundo reconhecido como facilitador 
no comprometido com uma melhor compreensão dos seus alunos e as 
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bases conceituais da aprendizagem e do desenvolvimento de projetos 
de inovação.
INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
PBL: um Novo modelo de Aprendizagem - FGV/EESP
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yHmdKTDoSX0
Central de Cases ESPM: o uso de casos para ensino no processo 
de aprendizagem
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3N1S1BeoSiA
Vídeo 5 EDUCADORES - Aprendizagem Cooperativa
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=hjMSgpR-DfE
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: SEDUC-CE Prova: Professor Ple-
no I - Física
Infelizmente, a didática usual da resolução de problemas sofre de 
sérias insuficiências. Particularmente na área de ensino da física, 
objeto das considerações deste trabalho, o que se verifica é que 
o professor, ao exemplificar a resolução de problemas, promove 
uma resolução linear, explicando a situação em questão “como 
algo cuja solução se conhece e que não gera dúvidas nem exige 
tentativas”. Ou seja, ele trata os problemas como ilustrativos, como 
exercícios de aplicação da teoria, e não como verdadeiros proble-
mas, que é o que eles representam para o aluno. O entendimento 
desses problemas-exemplo ou problemas-tipo pelo estudante, que 
supostamente exigem o respaldo do conhecimento teórico do as-
sunto estudado, é visto pelo professor como condição suficiente 
para que o aluno se lance à resolução dos problemas que lhe são 
propostos.
L.O.Q. Peduzzi. Sobre a resolução de problemas no ensino da fí-
sica. In: Caderno Catarinense de Ensino de Física, n.º 14, 1997, p. 
229-53.
Tendo como base o texto acima e os vários aspectos a ele relacio-
nados, assinale a opção correta:
A) A resolução de problemas-exemplo é suficiente para que o aluno 
resolva problemas que lhe são propostos.
B) O problema-tipo é aquele em que o aluno aplica a teoria aprendida e 
não gera dúvida e nem exige tentativas.
C) A didática usual de resolução de problemas é suficiente para gerar 
conhecimento no ensino de Física.
D) A resolução de problemas e a resolução de exercícios de aplicação 
são atividades equivalentes.
E) O exercício de aplicação é condição suficiente para que o aluno se 
lance à resolução de problemas que lhe são propostos.
QUESTÃO 2
Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: SERPRO Prova: Desenho Instru-
cional
O curso de prevenção ao uso de drogas, para profissionais de 
postos de saúde e para aqueles profissionais que lidam com po-
pulações em risco, ofertado na modalidade presencial e por meio 
de atividades em grupo, tem por objetivo descrever aos partici-
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pantes as principais características e os aspectos relacionados à 
prevenção ao uso de drogas, instruindo-os a identificar indícios e 
agir preventivamente. Estruturado em cinco módulos, com carga 
horária prevista de quarenta horas, o curso começa com a apre-
sentação do histórico do uso de substâncias psicoativas, dos con-
ceitos relacionados ao uso de drogas, entre outros aspectos. São 
apresentados situações e exemplos de contextos e condições que 
levam ao uso indevido das substâncias descritas e conceituadas. 
Os participantes analisam casos e discutem as possibilidades de 
prevenção, identificam quais ações poderão ser realizadas e sele-
cionam as possíveis soluções de prevenção para cada situação.
A partir do texto acima, que apresenta o resumo de uma proposta 
de curso, julgue os itens subsequentes com base nas teorias de 
desenho instrucional.
O curso descrito oferece aprendizagem de aplicação de habilida-
des específicas com foco em um problema específico, com con-
trole da aprendizagem pelo aprendiz e situação de aprendizagem 
coletiva.
A) Certo
B) Errado
QUESTÃO 3
Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: SEE-AL Prova: Professor - Edu-
cação Física
Com relação ao processo de ensino-aprendizagem e aos funda-
mentos didático-pedagógicos da educaçãofísica, julgue o item 
que se segue:
Situações de resolução de problemas promovem aprendizagem 
quando, além de mobilizarem os conhecimentos prévios dos es-
tudantes, apresentam desafios direcionados à satisfação e à efi-
ciência.
A) Certo
B) Errado
QUESTÃO 4
Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: SEDUC-AM Prova: Pedagogo
Relacione os tipos de aprendizagem às respectivas características:
1. Aprendizagem de discriminações múltiplas.
2. Aprendizagem de conceitos.
3. Aprendizagem de problemas.
( ) O indivíduo aprende a dar n diferentes respostas identificadoras 
em relação a diferentes estímulos semelhantes.
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( ) O indivíduo responde a estímulos em termos de propriedades 
abstratas, tais como forma, cor e número.
( ) O indivíduo combina dois ou mais princípios anteriormente ad-
quiridos de maneira a formar uma nova capacidade.
Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.
A) 1 – 2 – 3
B) 3 – 2 – 1
C) 3 – 1 – 2
D) 2 – 1 – 3
E) 2 – 3 – 1
QUESTÃO 5
Ano: 2015 Banca: FUNIVERSA Órgão: UEG Prova: Analista de Ges-
tão Administrativa - Pedagogia
As situações de aprendizagem propostas em um contexto de en-
frentamento dos problemas demandam o desenvolvimento de de-
terminadas competências. A competência é requerida para enfren-
tar os desafios e problemas da vida, da convivência em sociedade 
e do trabalho. A respeito desse tema, assinale a alternativa correta:
A) A formação de competências dá-se na vivência de situação real, por 
isso não se deve utilizar, nos processos de aprendizagem, situações de 
simulação ou práticas supervisionadas.
B) Na perspectiva da formação de competências, os docentes são au-
toritários e dominam as situações de aprendizagem, os fundamentos e 
os conhecimentos necessários para o desenvolvimento das atividades.
C) As tradicionais salas de aula são espaços flexíveis, vivos e estimu-
lantes de atividades formadoras de competências.
D) A realidade externa, seus espaços e suas organizações não devem 
ser utilizados como laboratórios ou ambientes de aprendizagem para 
formação de competências.
E) As situações de aprendizagem devem ser organizadas de forma que 
os desafios e problemas da convivência social surjam, no ambiente de 
aprendizagem, de forma muito semelhante àquela com que aparecem 
na vida.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
A aprendizagem envolve a dinâmica de um sistema de estruturas in-
conscientes. A concepção sustentada faz com que seja necessário des-
mistificar a aprendizagem como um processo que só passa pelo está-
gio da educação sistemática ou, que só tem a ver com a recepção do 
conhecimento acabado e construído por outros, que como tal teriam a 
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posse do conhecimento. O produto de enriquecimento da transforma-
ção pelo aprendizado não só possibilita o crescimento, desenvolvimen-
to e transcendência da pessoa através da transmissão-incorporação 
do cultural, mas também, a cultura é nutrida a partir da recriação pelo 
sujeito. (BOSSA, 2007). Nesse sentido, explique qual o fundamento da 
psicopedagogia.
TREINO INÉDITO
Assunto: psicopedagogia
Sobre o âmbito de atuação da psicopedagogia, assinale a alternativa 
correta:
A) A psicopedagogia atua no inter-relacionamento dos funcionários.
B) A psicopedagogia atua no inter-relacionamento dos familiares.
C) A psicopedagogia atua no inter-relacionamento das crianças.
D) A psicopedagogia atua no inter-relacionamento dos empresários.
E) NDA.
NA MÍDIA
SISTEMAS DE ENSINO PODERÃO IMPLANTAR ATENDIMENTO 
PSICOPEDAGÓGICO NAS ESCOLAS
O Projeto de Lei 282/19 altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
(LDB, 9.394/96) para determinar que caberá a cada sistema de ensino 
(municipal, estadual e federal) implementar o atendimento psicopeda-
gógico nas escolas. A proposta tramita na Câmara dos Deputados.
Disponível: https://www.camara.leg.br/noticias/552529-sistemas-de-en-
sino-poderao-implantar-atendimento-psicopedagogico-nas-escolas/
NA PRÁTICA
A IMPORTÂNCIA DA PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL
Geralmente, quando se fala em dificuldade, nem sempre esta palavra 
está relacionada com distúrbio, mas da dificuldade no sentido de que 
até qual ponto é da criança, da metodologia ou do ambiente sociocultu-
ral, onde a mesma está inserida. Então o profissional formado em Psi-
copedagogia vai ajudar na resolução da dificuldade. O leque de opções 
quanto à área de atuação varia: pode ser exclusivo da escola, atuando 
com os professores, verificando a metodologia usada em um sentido de 
colaboração. Uma vez que se apresente uma dificuldade, cabe a esse 
profissional orientar o professor como trabalhar com a criança a fim de 
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contribuir no processo de melhora. Existem também os psicopedagogos 
do hospital, esse profissional é requisitado quando a criança pelo fato 
de não poder sair do hospital solicita receber atendimento nesse am-
biente. Além dessas duas classes citadas, o psicopedagogo pode traba-
lhar na área empresarial contribuindo para a resolução de problemas no 
tocante ao trabalho em grupo e de convívio. Portanto, este artigo busca 
levantar pontos importantes sobre o psicopedagogo e a sua atuação no 
campo escolar.
Fonte: Jamisson da Silva Angelo
Disponível em; https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-
-importancia-psicopedagogia-institucional.htm
PARA SABER MAIS
Filme sobre o assunto: O clube do imperador 
Peça de teatro: Pais e mestres
Acesse os links: https://youtu.be/YPCMnUr2RVE
https://youtu.be/b3-S2fH59Io
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CONCEITOS E APLICAÇÕES SOBRE A INDISCIPLINA
O estudo da autorregulação e disciplina escolar contribui para 
o desenvolvimento acadêmico. Há também uma melhora nas relações 
interpessoais e na família, o que favorece a comunicação, o trabalho em 
equipe, a resolução de problemas e a adaptação. 
Foi realizada uma investigação descritiva e explicativa, pela 
qual são obtidas conclusões sobre as consequências produzidas pelo 
manejo inadequado da autorregulação e seu envolvimento direto na 
indisciplina escolar. A indisciplina gerada causa problemas no processo 
de ensino-aprendizagem, a partir de uma abordagem global da organi-
zação e de sua dinâmica, reverberando na socialização, na aplicação 
de valores e na inteligência emocional. Consequentemente, pode-se 
deduzir que, quando as atividades que favorecem a criatividade e a 
imaginação são insuficientes, o pensamento crítico é diminuído, o que é 
um fator atenuante na autorregulação. 
INDISCIPLINA NA ESCOLA
À LUZ DA PSICOPEDAGOGIA
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A autorregulação, por não ser fortalecida, limita o desenvol-
vimento do pensamento, das emoções, do autocontrole, da autodisci-
plina e do impacto no desempenho escolar inadequado. Para Miranda 
(2010), a autorregulação é uma parte importante do desenvolvimento 
social do ser humano. Por isso, é estimulada desde os primeiros perío-
dos de crescimento, facilitando a reflexão e a compreensão. 
A autorregulação direciona o comportamento através de moti-
vações que fomentam as relações sociais, as mesmas que contribuem 
para o desenvolvimento da personalidade. A autorregulação das emo-
ções conduz à disciplina que contribui para a atenção, o pensamento e 
a memória, e integra os conhecimentos adquiridos com novos conhe-
cimentos para

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