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Sujeitos do Processo- Litisconsórcio- Intervenção de Terceiros

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Prof. Leandro Leão
Instagram/Twitter: @leandrocleao
Facebook fan page: www.facebook.com/leandrocleao
Temas: 
-Sujeitos do processo (capacidade processual);
-Litisconsórcio;
-Intervenção de Terceiros
http://www.facebook.com/leandrocleao
INTRODUÇÃO
O processo pode ser considerado uma espécie de caminho que deve ser
percorrido pelas partes e pelo juiz para que, ao final, se chegue ao fim
almejado, que é a prestação jurisdicional (Marcus Vinicius Rios Gonçalves).
ANTES DE 
EXAMINAR O 
MÉRITO, O JUIZ 
DEVE VERIFICAR
Se o caminho para chegar a essa resposta de foi 
percorrido preenchendo os requisitos indispensáveis 
(pressupostos processuais)
Autor tem ou não tem direito a uma resposta de mérito 
(condições da ação: Legitimidade e Interesse (17)
Dar uma resposta àquilo que foi pedido.
SUJEITOS DO PROCESSO
(art. 70 A 81 CPC)
A instauração e regular desenvolvimento do processo depende do
preenchimento de alguns requisitos, conhecidos como
PROSSUPOSTOS PROCESSUAIS.
Pressupostos 
processuais:
EXISTÊNCIA
VALIDADE
PRESSUPOSTOS 
PROCESSUAIS DE 
EXISTÊNCIA
Existência de jurisdição
Existência de demanda
Capacidade 
postulatória
Citação
PRESSUPOSTOS 
PROCESSUAIS DE 
VALIDADE
Petição inicial apta
Competência e 
imparcialidade
Capacidade de ser 
parte (“personalidade 
processual” – Araken)
Capacidade Processual
Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus 
direitos tem capacidade para estar em juízo .
Possuem aqueles que detém a capacidade de fato
Aqueles que não sejam absolutamente nem relativamente 
incapaz (art. 3º e 4º CC).
Absolutamente: menores de 
16 anos
Relativamente: maiores de 16, menores de 18, 
os ébrios habituais e os viciados em tóxicos; aqueles 
que, por causa transitória ou permanente, não 
puderem exprimir sua vontade e os pródigos .
CAPACIDADE PROCESSUAL
Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, 
por tutor ou por curador, na forma da lei.
Caso o incapaz não tenha quem o represente ou assista (ou se 
os interesses do pai, curador ou tutor forem colidentes com o do 
incapaz), o juiz deverá nomear um curador especial (at. 72, I
CPC). 
A ausência de pressuposto de validade implica a 
extinção do processo (existente) sem resolução de 
mérito, nos termos do art. 485, IV. CPC
Verificada a ausência de pressuposto de validade, sempre será preciso apurar a 
possibilidade de correção do vício (Princípio da primazia da decisão de mérito –
art. 4º) → Sanado o vício: processo seguirá normalmente em direção ao 
provimento de mérito. Caso não será extinto sem resolução de mérito.
Algumas novidades sobre capacidade processual
A) NOMEAÇÃO DE CURADOR ESPECIAL PARA RÉU REVEL PRESO.
Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao:
(...)
II – réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, 
enquanto não for constituído advogado 
Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos
termos da lei.
LEI COMPLEMENTAR 80/94:
Art. 4º São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre outras:
(...)
VI - atuar como Curador Especial, nos casos previstos em lei;
B) SOCIEDADE E ASSOCIAÇÕES IRREGULARES 
Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:
VIII – a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem 
ou, não havendo essa designação, por seus diretores; 
§ 2º A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a 
irregularidade de sua constituição quando demandada. 
C) CAPACIDADE PROCESSUAL DAS PESSOAS CASADAS
Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse 
sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta 
de bens.
Art. 73. 
§ 1º Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação:
I – que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de 
separação absoluta de bens;
II – resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por 
eles;
III – fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família;
IV – que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus 
sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges.
§ 2º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é 
indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado.
Obs.: A falta do consentimento do cônjuge gera a incapacidade processual, faltando um 
dos pressupostos de validade do processo. O processo será nulo!! 
§ 3º Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos 
autos.
ATENÇÃO PROBLEMÁTICAS PRÁTICAS
A) Como a parte contrária ficará sabendo da existência de união estável da outra?
B) Como saber que no dia da propositura de determinada ação a parte vivia em união 
estável?
C) Problema mais GRAVE: havendo arrematação de um bem levado a hasta pública e o 
companheiro alega ser nula por falta de intimação. Como e quando deve se dar a 
“comprovação nos autos” da união estável? 
D) Será que não pode o sujeito aparecer nos autos com um documento com data 
retroativa?
E) Como resolver essa questão na prática?
Premissas a 
serem 
levadas em 
consideração
Princípio da 
boa-fé
Princípio da 
Cooperação
Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem 
cooperar entre si para que se obtenha, em 
tempo razoável, decisão de mérito justa e 
efetiva.
Art. 5o Aquele que de qualquer forma 
participa do processo deve comportar-se de 
acordo com a boa-fé.
QUESTIONAMENTO:
Como interpretar: 
“comprovada nos autos” ?
• A união estável pode ser comprovada de diversos modos, e não 
apenas por um contrato escrito.
• Interpretação deve levar em consideração o Provimento 37/2014 do 
CNPJ que dispõe sobre o registro de união estável por Oficial de 
Registro Civil das Pessoas Naturais:
Comprovação por documento 
averbado no registro civil, pois essa 
alteração vale para terceiros.
Dá sentido ao texto sem 
comprometer a segurança 
jurídica e garantir direitos de 
terceiros. 
Dica para os credores: faça uma 
pesquisa de bens em nome do devedor nos 
Cartórios de Registro Civil e Pessoas Naturais 
antes de levar um bem a hasta pública 
Dica para os devedores: indique na primeira 
oportunidade que tiverem a existência de união 
estável, caso contrário poderá ser tarde.
• Art. 75 § 1º Quando o inventariante for dativo, os sucessores do 
falecido serão intimados no processo no qual o espólio seja parte.
D) CAPACIDADE PROCESSUAL DO ESPÓLIO quando se tratar de inventariante dativo. 
Serve apenas para comunicar. Se o inventariante é dativo, 
dará ciência aos herdeiros para que possam acompanhar. 
Evita-se discussão da capacidade processual do espólio 
quando for dativo o inventariante. 
E) IRREGULARIDADES NA CAPACIDADE PROCESSUAL OU DE 
REPRESENTAÇÃO DA PARTE
Caso o processo esteja na instância 
originária, e a providência caiba ao: 
Caso o processo esteja perante tribunal 
de 2º grau ou superior, caso a 
providência caiba ao:
→ Autor: processo será extinto;
→ Réu: será considerado revel;
→ Terceiro: será considerado revel ou 
excluído do processo, dependendo do 
polo em que se encontrar. 
→ Recorrente: o relator não conhecerá 
do recurso;
→ Recorrido: o relator determinará o 
desentranhamento das contrarrazões 
Cuidado: Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação 
da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja 
sanado o vício. Sendo descumprida a determinação (76):
Súmula 115 STJ: NA INSTÂNCIA ESPECIAL É INEXISTENTE RECURSO 
INTERPOSTO POR ADVOGADO SEM PROCURAÇÃO NOS AUTOS.
DEVERES DAS PARTES E PROCURADORES
Arts. 77 e 78 CPC
É princípio do processo civil que as partes e seus procuradores atuem em juízo ou fora 
dele com observância da máxima da boa-fé e lealdade processual.
ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA 
JUSTIÇA
Incisos IV e VI, art. 80 CPC
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
Violou?
Aquele que deixa de cumprir com exatidão as decisões 
jurisdicionais, além de prejudicar a parte contrária,desrespeita o Estado- Juiz. O credor é o Estado.
Prejudica a parte 
contrária. Ela é a 
própria credor.
Multa de até 20%
Multa de até 1% a 
10%
QUESTIONAMENTO:
Existe a necessidade de 
comprovação de prejuízo para 
que haja condenação ao 
pagamento de indenização por 
litigância de má-fé?
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO 
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. INDENIZAÇÃO. ART. 
18, CAPUT, E § 2.º, DO CPC/1973. COMPROVAÇÃO DO PREJUÍZO. 
DESNECESSIDADE. REEXAME DE CONTEÚDO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA N. 7/STJ. 
DECISÃO MANTIDA.
1-“É desnecessária a comprovação do prejuízo para que haja condenação ao 
pagamento da indenização prevista no artigo 18, caput e § 2º, do Código de Processo 
Civil, decorrente da litigância de má-fé” (EREsp 1.133.262/ES, Rel. Ministro LUIS FELIPE 
SALOMÃO, CORTE ESPECIAL, julgado em 03/06/2015, DJe 04/08/2015).
(...)
Agravo regimental a que se nega provimento.
(AgRg nos EDcl no AREsp 72.076/RS, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA 
TURMA, julgado em 01/06/2017, DJe 06/06/2017)
LITISCONSÓRCIO
(art. 113 a 118 CPC)
1) CONCEITO
Litisconsórcio é a pluralidade de autores, réus ou ambos, dentro do
mesmo processo.
Motivos para formar 
litisconsórcio: 
Economia Processual
Harmonia dos julgados
2) FORMAÇÃO (113 CPC)
Pode-se formar o litisconsórcio por três diferentes razões (tendo-se, 
aí, as chamadas três figuradas do litisconsórcio):
Comunhão de direitos ou 
obrigações
Conexão de causas
Afinidade de questões por um ponto 
em comum de fato ou de direito
O 
LITISCONSÓRCIO 
PODERÁ SER 
FORMADO EM 
QUALQUER 
PROCESSO OU 
PROCEDIMENTO
3) CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao polo
Ativo
Passivo
Misto
Quanto ao momento 
de formação
Inicial
Ulterior
Quanto à sentença
Simples
Unitário
Quanto à 
obrigatoriedade
Facultativo
Necessário
→ LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO: CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela 
natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação 
de todos que devam ser litisconsortes. 
Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz 
tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes 
O que significa a expressão “pela natureza jurídica 
controvertida”?
O litisconsórcio é necessário por força de lei ou quando for unitário.
→ Sempre será passivo (Araken e Fredie Didier. Nelson Nery não concorda). Mas pela 
redação do p.único do 115, não restam mais dúvidas)
→ LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO: CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
Art. 115 Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz 
determinará ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, 
dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo.
A) A ação pode ser proposta, porque não existe litisconsórcio 
necessário no polo ativo, tendo em vista que ninguém pode ser 
compelido a demandar e, por outro lado, ninguém pode impedir 
o outro de demandar, nos termos do inciso XXXV, art. 5º da CF);
Polêmica
B) A ação não pode ser proposta, porque o art. 115 do CPC/15 exige a participação de todos os 
litisconsortes; 
C) A ação pode ser proposta, desde que o litisconsorte requeira a citação do outro para ingressar 
no polo ativo;
D) A ação pode ser proposta, desde que o litisconsorte requeira a intimação do outro para 
ingressar no polo ativo.
Ainda que se admita como razoável a tese de que o litisconsorte pode promover a 
ação, desde que requeira a citação ou intimação do outro litisconsorte, pergunta-se:
Pode o 
litisconsorte 
(citado ou 
intimado) 
ingressar no 
polo ativo?
Pode o 
litisconsorte 
(citado ou 
intimado) 
ingressar no 
polo passivo?
Pode o 
litisconsorte 
(citado ou 
intimado) não 
ingressar no 
processo?
Pode o 
litisconsorte 
(citado ou 
intimado) 
ingressar no 
processo 
apenas para 
negar a 
condição de 
litisconsorte?
Enunciado 118 FPPC: “O litisconsorte unitário ativo, uma 
vez convocado, pode optar por ingressar no processo na 
condição de litiscontorte do autor ou de assistente do réu”.
→ LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO: CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
→ Proferida a sentença de mérito (e transitada em julgada) em processo que
faltou algum litisconsorte necessário:
Será nula Será ineficaz
se a decisão deveria ser igual a todos se poderia ser diferente para cada um 
Unitário Simples
→ LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO: CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
NECESSÁRIO-UNITÁRIO NECESSÁRIO-SIMPLES
CASO UM LITISCONSORTE NÃO FOR 
CITADO, A SENTENÇA NÃO VALERÁ PARA 
NINGUÉM, É NULA!
CASO UM LITISCONSORTE NÃO FOR 
CITADO, A SENTENÇA VALE PARA AQUELE 
QUE FOI CITADO E INEFICAZ PARA O QUE 
NÃO FOI
Nem sempre a falta de citação gera nulidade da 
sentença!! 
Lembre-se: a sentença só é nula se proferida contra o sujeito, se for a favor, 
não terá problema!!
Conclusão
QUESTIONAMENTO:
Em obrigação com responsabilidade 
solidária há formação de litisconsorte 
passivo necessário?
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONTRATO ADMINISTRATIVO. OBRIGAÇÃO 
SOLIDÁRIA. LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO. PRECEDENTES. CHAMAMENTO AO 
PROCESSO DE APENAS UM DOS DEVEDORES. POSSIBILIDADE. ARTIGOS 72 E 79 DO 
CPC/73 NÃO PREQUESTIONADOS. 
1. Os autos são oriundo de ação de cobrança, cumulada com ressarcimento e 
declaratória de direitos, ajuizada pela Itaipu Binacional em desfavor de algumas 
empresas contratadas para a implantação de unidades geradoras de energia elétrica
na Usina Hidrelétrica de Itaipu (em regime de empreitada integral e solidariedade 
entre os contratados). A insurgência é contra acórdão que reconheceu a necessidade 
de formação de litisconsórcio passivo necessário entre todas as empresas contratadas 
(no que se refere à pretensão de cunho declaratório), bem como deferiu o 
chamamento ao processo de apenas uma delas (quanto à pretensão de ressarcimento 
pela substituição do óleo isolante). 
2. A jurisprudência desta Corte possui entendimento de que não há litisconsórcio
necessário nos casos de responsabilidade solidária, sendo facultado ao credor optar 
pelo ajuizamento da ação contra um, alguns ou todos os responsáveis. Precedentes: 
AgRg no REsp 1.164.933/RJ, Rel. Min. Regina Helena Costa, Primeira Turma, DJe
09/12/2015; EDcl no AgRg no AREsp 604.505/RJ, Rel. Min. Luiz Felipe Salomão, Quarta 
Turma, DJe 27/05/2015; AgRg no AREsp 566.921/RS, Rel. Min. Humberto Martins, 
Segunda Turma, DJe 17/11/2014; REsp 1.119.969/RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, 
Quarta Turma, DJe 15/10/2013; REsp 1.358.112/SC, Rel. Min. Humberto Martins, 
Segunda Turma, DJe 28/06/2013. O fato da pretensão ser declaratória não afasta a 
entendimento supra, mormente no caso dos autos em que a ação visa declarar 
modificações contratuais já executadas, não se vislumbrando, portanto, prejuízo para 
as empresas que não integraram a lide. 
3. Quanto a alegação de impossibilidade de chamamento ao processo apenas da 
empresa Siemens, a insurgência não merece ser acolhida, na medida em que não é
preciso que o réu demandado chame ao processo todos os demais devedores, além de 
que as teses defendida pelo recorrente (de descumprimento dos artigos 72 e 79 e da 
existência de cláusula de arbitragem) não foram apreciadas pelo acórdão recorrido. 
Incidência da Súmula 211/STJ. 
4. Recurso conhecido em parte e, nesta extensão, parcial provimento, para afastar a 
formação de litisconsórcio passivo necessário. 
(REsp n. 1.625.833 – PR, 1ª T. STJ, j. 06.08.19, Rel. Min. Benedito Gonçalves)
QUESTIONAMENTO:
Há formação de litisconsorte passivo 
necessário quando envolve dano 
ambiental?
PROCESSUAL CIVIL E AMBIENTAL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DANO AMBIENTAL. RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA. LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO. RESTABELECIMENTO DA
DECISÃO DO 1o GRAU DE JURISDIÇÃO. AGRAVO CONHECIDO PARA DAR
PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL.
(AREsp n. 1.053.656 – RJ, 1ª T. STJ, j. 19.08.19, Rel. Min. Benedito
Gonçalves)
Quando o juiz verificar que em um mesmo processo,o número excessivo de 
pessoas acarretará em prejuízo para a defesa ou a rápida solução do litígio, pode, 
de ofício ou a requerimento, limitar o número de litisconsorte.
4) LITISCONSÓRCIO MULTITUDINÁRIO (113 CPC)
Só para Litisconsórcio facultativo.
Interrompe o prazo para resposta
Agravo de instrumento somente da decisão 
que rejeita o pedido de desmembramento 
(1.015, VIII CPC)
5) POSIÇÃO DOS LITISCONSORTES NO PROCESSO
Regime do litisconsórcio simples (comum) Regime do litisconsórcio unitário (especial)
Os atos praticados por um litisconsorte ou por 
alguns deles não produzem efeitos quanto aos 
demais litisconsortes. Assim, os atos praticados 
só beneficiam ou prejudicam quem os praticou. 
(“Os litisconsortes são considerados, em suas 
relações com a parte adversa, como litigantes 
distintos...”) 
Os atos benéficos praticados por um 
litisconsorte ou por alguns deles produzem 
efeitos quanto aos demais litisconsortes, mas 
ao atos maléficos praticados por um não 
produzem efeitos, nem mesmo para que os 
praticou. Isso ocorre pois a decisão de mérito 
deverá ser igual para todos os litisconsortes. 
(“... exceto no litisconsórcio unitário, caso em 
que os atos e as omissões de um não 
prejudicarão os outros, mas os poderão 
beneficiar”). 
Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, 
como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as 
omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.
-Confissão;
-Reconhecimento jurídico do pedido.
Atos de 
prejuízos
- Revelia (art. 345, I): não haverá os efeitos da revelia caso 
um litisconsorte passivo contestar e a defesa for comum. 
- Recurso: (art. 1.005): sendo matéria comum, aproveita 
Atos de 
ajuda
→Litisconsortes COM PROCURADORES DE ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA DISTINTOS e sendo o 
processo físico, terão prazo em dobro para todas as manifestações no processo. (art. 229 CPC)
QUESÕES PRÁTICAS RELEVANTES
Cessa a contagem do 
prazo em dobro
Havendo 2 réus, é apresentada defesa por 1
Somente um litisconsorte foi sucumbente (S. 641 STF
→ Distribuição proporcional do ônus da sucumbência entre os litisconsortes (87)
→ Direito à gratuidade da justiça é pessoal, não se estendendo a litisconsorte ou 
sucessor do beneficiário (99 §6º)
QUESÕES PRÁTICAS RELEVANTES
→ Desinteresse na realização de Audiência de Conciliação e mediação deve ser 
manifestado por todos os litisconsortes (§6º 334)
→ Termo inicial para apresentação de contestação será do respectivo pedido de 
cancelamento da Audiência de Conciliação ou Mediação (§1º 335)
→ Prorrogação de 10min dos debates orais devem ser divididos igualmente entre 
os litisconsortes (§1º 364)
→ Previsão do cabimento de agravo de instrumento contra decisão que 
determinar exclusão de litisconsorte (1.015, VII)
→ Possibilidade do réu propor reconvenção em litisconsórcio com um terceiro, 
contra o autor. (§6º 343)
→ Desistência de recurso não depende de anuência de litisconsorte. (998)
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
(art. 119 a 138 CPC)
1) CONCEITO
Figura processual que possibilita a terceiro participar do processo.
→ Pode ocorrer de duas formas:
Formas
Voluntária/Espontânea
Provocada
2) MODALIDADES
CPC/73
ASSISTÊNCIA
OPOSIÇÃO
NOMEAÇÃO À AUTORIA
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
CHAMAMENTO AO PROCESSO
Procedimento Especial
(Arts. 682 a 686)
NOVO CPC
Incidente de Desconsideração da PJ
Amicus Curiae
VOLUNTÁRIA:
PROVOCADA:
E ainda pode o juiz de ofício
SUBSTITUIÇÃO DO INSTITUTO DA NOMEAÇÃO À AUTORIA
→ INCIDENTE DE SUBSTITUIÇÃO DO RÉU
Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo 
prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial 
para substituição do réu. 
→ CORRESPONDENTE À NOMEAÇÃO À AUTORIA
Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação 
jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas 
processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. 
§ 1º O autor, ao aceitar a indicação, procederá, no prazo de 15 (quinze) dias, à alteração da 
petição inicial para a substituição do réu, observando-se, ainda, o parágrafo único do art. 338. 
Honorários advocatícios devidos ao réu.
§ 2º No prazo de 15 (quinze) dias, o autor pode optar por alterar a petição inicial para incluir, 
como litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu. Autor pode pedir para ampliar o polo 
passivo, não só para alterar. Autor pode trocar ou ampliar.
→ É a intervenção que tem por objetivo responsabilizar o sócio pelas dívidas da 
sociedade ou a sociedade pelas dívidas do sócio.
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
2 teorias
MAIOR: autonomia patrimonial é desconsiderada quando caracterizada 
a fraude ou a confusão patrimonial (CC: art. 50)
MENOR: a simples inexistência de ativos é suficiente (CDC: art. 28, §
5º)
“A criação teórica da pessoa jurídica foi avança que permitiu o desenvolvimento da 
atividade econômica, ensejando a limitação dos riscos do empreendedor ao patrimônio 
destacado para tal fim. Abusos no uso da personalidade jurídica justificaram, em lenta 
evolução jurisprudencial, posteriormente incorporada ao direito positivo brasileiro, a 
tipificação de hipóteses em que se autoriza o levantamento do véu da personalidade 
jurídica para atingir o patrimônio de sócios que dela dolosamente se prevaleceram para 
finalidades ilícitas. Tratando-se de regra de exceção, de restrição ao princípio da 
autonomia patrimonial da pessoa jurídica, a interpretação que melhor se coaduna com o 
art. 50 do CC/2002 é a que relega sua aplicação a casos extremos, em que a pessoa 
jurídica tenha sido instrumento para fins fraudulentos, configurando mediante o desvio 
da finalidade institucional ou a confusão patrimonial. O encerramento das atividades ou 
dissolução, ainda que irregulares, da sociedade não são causas, por si só, para 
desconsideração da personalidade jurídica, nos termos do Código Civil”. (STJ, EResp
1.306.553/SC, rel. Min. Maria Isabel Gallotti, 2ª Seção, j. 10.12.2014) 
2 modalidades
Inicial: requerida na petição inicial (pedido cumulado). 
Dispensa-se a instauração do incidente (§2º, 134)
Incidental: requerida a qualquer tempo no processo de 
conhecimento e execução, inclusive em fase recursal (relator 
decide)
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
PETIÇÃO 
(parte ou
MP)
Manifestação
Sócios ou
empresa
Decisão
do 
Juiz
Citação sócios ou
sociedade (manif
em 15 dias) –
suspensão
processo principal
PROBLEMÁTICA: 
Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de 
bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente.
Agravo de 
Instrumento
(1.015, IV)
A melhor interpretação para o art. 137 é que a ineficácia retroaja a data 
do requerimento. Caso contrário, o credor ficará em uma situação de 
fragilidade...
PROCEDIMENTO:
QUESTIONAMENTO:
É admitido o incidente de 
desconsideração da 
personalidade jurídica nos 
Juizados Especiais?
Art. 10, Lei 9.099/95. Não se admitirá, no processo, 
qualquer forma de intervenção de terceiro nem de 
assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio.
Art. 1.062 CPC. O incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica aplica-se ao processo de 
competência dos juizados especiais. 
E agora?
QUESTIONAMENTO:
Imaginem que em um processo não se encontram 
bens da PJ para serem penhorados, e constata-se a 
dissolução irregular da sociedade. Pergunta-se: com 
base nesses elementos, será possível o pleito de 
desconsideração da PJ? 
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
INSTAURAÇÃO DE INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA.
AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DOS PRESSUPOSTOS LEGAIS ESPECÍFICOS. 
INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 134, § 4º, DO CPC/2015. FUNDAMENTO SUFICIENTE PARA 
MANTER O ACÓRDÃO RECORRIDO. APLICAÇÃO DASÚMULA N° 283/STF. 
DESCONSIDERAÇÃODA PERSONALIDADE JURÍDICA. REQUISITOS AUSENTES. 
DISSOLUÇÃO IRREGULAR E AUSÊNCIA DE BENS PENHORÁVEIS. INSUFICIÊNCIA. 
ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONFORMIDADE COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. 
ADEQUAÇÃO DA DECISÃO RECORRIDA. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.
(AgInt nos EDcl no AREsp 1432029 / SP, Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, T3 -
TERCEIRA TURMA, k. 09/12/2019, DJe 13/12/2019)
QUESTIONAMENTO:
É cabível honorários advocatícios no 
incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica?
AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. VERBA 
HONORÁRIA. DESCABIMENTO. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. Conforme 
entendimento da Corte Especial do STJ, em razão da ausência de previsão 
normativa, não é cabível a condenação em honorários advocatícios em 
incidente processual, ressalvados os casos excepcionais. Precedentes.
2. Agravo interno a que se nega provimento.
(AgInt no REsp 1834210 / SP, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, T4 - QUARTA TURMA, 
j. 12.11.2019, DJe 06/12/2019)
QUESTIONAMENTO:
Existe a necessidade de instauração de 
incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica em execução fiscal?
REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL. SUCESSÃO DE EMPRESAS. GRUPO 
ECONÔMICO DE FATO. CONFUSÃO PATRIMONIAL. INSTAURAÇÃO DE INCIDENTE DE 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. DESNECESSIDADE. VIOLAÇÃO DO 
ART. 1.022, DO CPC/2015. INEXISTÊNCIA.
I - Impõe-se o afastamento de alegada violação do art. 1.022 do CPC/2015, quando 
a questão apontada como omitida pelo recorrente foi examinada no acórdão 
recorrido, caracterizando o intuito revisional dos embargos de declaração.
II - Na origem, foi interposto agravo de instrumento contra decisão, em via de execução 
fiscal, em que foram reconhecidos fortes indícios de formação de grupo econômico, 
constituído por pessoas físicas e jurídicas, e sucessão tributária ocorrida em relação 
ao Jornal do Brasil S.A. e demais empresas do "Grupo JB", determinando, assim, o 
redirecionamento do feito executivo.
III - Verificada, com base no conteúdo probatório dos autos, a existência de grupo 
econômico de fato com confusão patrimonial, apresenta-se inviável o reexame de 
tais elementos no âmbito do recurso especial, atraindo o óbice da Súmula n. 7/STJ.
IV - A previsão constante no art. 134, caput, do CPC/2015, sobre o cabimento do 
incidente de desconsideração da personalidade jurídica, na execução fundada em 
título executivo extrajudicial, não implica a ocorrência do incidente na execução 
fiscal regida pela Lei n.6.830/1980, verificando-se verdadeira incompatibilidade 
entre o regime geral do Código de Processo Civil e a Lei de Execuções que, 
diversamente da lei geral, não comporta a apresentação de defesa sem prévia garantia 
do juízo, nem a automática suspensão do processo, conforme a previsão do art. 
134, § 3º, do CPC/2015. Na execução fiscal "a aplicação do CPC é subsidiária, ou seja, 
fica reservada para as situações em que as referidas leis são silentes e no que com elas 
compatível" (REsp n. 1.431.155/PB, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda 
Turma, Dje 2/6/2014). 
V - Evidenciadas as situações previstas nos arts. 124 e 133, do CTN, não se apresenta 
impositiva a instauração do incidente de desconsideração da personalidade 
jurídica, podendo o julgador determinar diretamente o redirecionamento da 
execução fiscal para responsabilizar a sociedade na sucessão empresarial. Seria
contraditório afastar a instauração do incidente para atingir os sócios-administradores 
(art. 135, III, do CTN), mas exigi-la para mirar pessoas jurídicas que constituem 
grupos econômicos para blindar o patrimônio em comum, sendo que nas duas 
hipóteses há responsabilidade por atuação irregular, em descumprimento das 
obrigações tributárias, não havendo que se falar em desconsideração da 
personalidade jurídica, mas sim de imputação de responsabilidade tributária pessoal 
e direta pelo ilícito.
Precedente: REsp n. 1.786.311/PR, Rel. Ministro Francisco Falcão, DJe 14/5/2019.
VI - Agravo conhecido para conhecer parcialmente do recurso especial e, nessa parte, 
negar provimento.
(AREsp 1455240 / RJ, Ministro FRANCISCO FALCÃO, T2 - SEGUNDA TURMA, j. 
15/08/2019, DJe 23/08/2019).
AMICUS CURIAE
O amicus curiae é um terceiro que funciona como um auxiliar do juízo, 
manifestando-se como porta-voz de interesses institucionais, para que nas causas 
de maior relevância, impacto ou repercussão social, em razão da relevância da 
matéria, o poder Judiciário tenha melhores condições de decidir.
A participação do amicus curiae consistirá basicamente em emitir uma 
manifestação, opinar sobre a matéria que é objeto do processo em que ele 
foi admitido. A manifestação não é, propriamente, no sentido de que o 
juízo acolha ou desacolha. Ele opinará sobre a questão jurídica, suas 
repercussões e sua relação com o interesse institucional do qual ele é 
portador. 
→ Pode ser pessoa natural, jurídica, órgão despersonalizado;
→ Será concedido o prazo de 15 dias para manifestação. O Julgador quem define os 
poderes do Amicus Curiae, salvo em 2 situações:
opor embargos de declaração direito de recorrer em julgamento de 
incidente de demandas repetitivas 
(IRDR)
-A participação do amicus curiae não altera a competência. 
Segundo STJ já decidiu (REsp 677.585/RS, 1ª Turma, Min. Luiz Fux, 
06.12.2005): o “amicus curiae” opina em favor de uma das partes, o que o 
trona um singular assistente, porque de seu parecer exsurge o êxito de 
uma das partes”. 
QUESTIONAMENTO:
O “amicus curiae” para se manifestar 
precisa estar representada por um 
advogado? 
Se for sustentar oralmente, recorrer, uma manifestação por escrito, 
não precisa.
Qual sentido de trazer um “amicus curie” ao processo, ele ter que 
contratar um advogado para manifestar, se as partes e/ou o juiz 
querem a manifestação dele?
Outras formas de intervenção de “amicus curiae” no direito brasileiro:
-art. 31 da Lei 6.385/1976 (participação da Comissão de Valores Mobiliários – CVM);
- art. 118 da Lei 12.529/2011 (participação do Conselho administrativo de Defesa 
Econômica – CADE)
- art. 7º, §2º, Lei 9.868/1999 admite: “manifestação de outros órgãos ou entidades” na 
ação direta de inconstitucionalidade (conforme também o art. 950, §3º CPC);
- art. 15, §7º, Lei 10.259/2001 permite a manifestação de eventuais interessados, no 
julgamento do pedido de uniformização de jurisprudência nos Juizados Especiais 
Federais.
- CPC: i) art. 1.035, §4º - análise da repercussão geral para recurso 
extraordinário; 
ii) art. 1.038, I – julgamento de recursos repetitivos; art. 938 incidente de 
resolução de demandas repetitivas.
→ Haverá assistência sempre que o terceiro tenha interesse jurídico em que uma das 
partes vença a demanda. É ajudar/auxiliar alguém.
ASSISTÊNCIA
Há interesse jurídico do terceiro quando a relação jurídica da qual seja titular possa 
ser reflexamente atingida pela sentença que vier a ser proferida entre assistido e parte 
contrária
Não há necessidade de que o terceiro tenha, efetivamente, relação jurídica com o 
assistido, ainda que isto ocorra na maioria dos casos.
O interesse meramente econômico ou moral não enseja a assistência, se não vier 
qualificado como interesse também jurídico. 
Exemplos de interesse jurídico: 
-sublocatário em ação de despejo ou 
renovatória de locação comercial;
- agente político ou servidor público, 
em ação de indenização proposta 
conta a administração pública por 
dano causado por ele; 
- adquirente de imóvel, em ação de 
interdição ajuizada contra o vendedor, 
na qual se alega a incapacidade já 
existia à época da alienação; 
- do falido nas ações que a massa 
falida for parte.
Exemplos de interesse não jurídico: 
- do credor em ação condenatória 
promovida por terceiro contra devedor; 
- do jurista, em ação onde se discuta 
tese que quer ver preponderar;- de entidade religiosa ou filosófica 
para ver triunfar princípio moral ou 
ético que defende .
→ Esclarecimentos quanto as modalidades de assistência:
TÍTULO III
DA INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
CAPÍTULO I
DA ASSISTÊNCIA
Seção I
Disposições Comuns
Seção II
Da Assistência Simples
Seção III
Da Assistência Litisconsorcial
-Simples petição a qualquer tempo o assistente ingressa com o pedido;
-Receberá o processo no estado que se encontrar;
-Juiz concede prazo de 15 dia para as partes manifestarem e havendo
impugnação, decidirá em incidente sem suspensão do processo principal.
(contra essa decisão cabe agravo de instrumento 1015, IX NCPC).
PROCEDIMENTO:
MODALIDADES
SIMPLES
LITISCONSORCIAL
-O terceiro juridicamente interessado não será atingido diretamente pela coisa julgada, 
mas será atingido reflexamente, sendo interesse seu auxiliar uma das partes (relação 
de prejudicialidade com uma das partes). 
ASSISTÊNCIA SIMPLES
“Não se exige que o terceiro possua uma efetiva relação jurídica com o assistido, sendo 
suficiente a possibilidade de que alguns direitos seus sejam atingidos pela decisão judicial a ser 
proferida no curso do processo em que a assistência é pleiteada”. (STJ, RESp 1.128.789/RJ, 3ª T., 
j. 02.02.2010, rel. Min. Nancy Andrighi)
ATENÇÃO: i) Sendo o réu revel ou omisso, o assistente será considerado seu substituto 
processual (caso de legitimidade extraordinária). (parágrafo único, art. 121)
ii) Assistência simples não obsta que o assistido perpetue negócio jurídico processual (122)
ii) O assistente simples não poderá, em processo futuro, rediscutir a justiça da decisão (ou seja, 
os fundamentos de fato e de direito) da sentença proferida entre assistido e parte contrária. 
Exceção: má gestão processual: pelo estado que recebeu o processo foi impedido de produzir 
provas; desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou 
culpa, não se valeu. (123)
- O terceiro será diretamente atingido pela coisa julgada. A relação jurídica discutida 
em juízo ele faz parte. o terceiro é titular da própria relação jurídica substancial 
deduzida no processo. É o caso, por exemplo, do substituído processual. 
ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL
ATENÇÃO: Assistência litisconsorcial e litisconsórcio unitário
O litisconsórcio unitário é, em regra, necessário, podendo, no entanto, 
excepcionalmente, haver litisconsórcio unitário e facultativo. Aquele que poderia ter 
figurado desde o início no processo em litisconsórcio unitário e facultativo poderá 
ingressar no mesmo posteriormente, através da assistência litisconsorcial. Nesse caso, 
embora formado ulteriormente, haverá litisconsórcio unitário. Admitida a assistência 
litisconsorcial, o assistente passa a ser considerado parte.
→ Exemplo art. 1.314 CC: permite que um dos condôminos defenda a posse do 
condomínio, a formação com todos os condôminos é facultativa, porém a decisão é 
única para todos.
→ Permite que a parte exerça o direito de regresso contra o terceiro, nos próprios 
autos da ação principal.
Tem por objetivo trazer ao processo o garantidor de uma relação jurídica 
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
“O instituto da denunciação da lide é modalidade de intervenção forçada, 
vinculada à ideia de garantia de negócio translatício de domínio e existência de 
direito regressivo. A parte que enceta a denunciação da lide, o denunciante, ou 
tem direito que deve ser garantido pelo denunciante transmitente, ou é titular de 
eventual ação regressiva em face do terceiro, porque demanda em virtude de 
ato deste”. (STJ, REsp 613.190/SP, 1ª T., rel. Min. Luiz Fux)
- Finalidade → economia processual.
Obs.: Há na denunciação da lide demanda: 
DENUNCIANTE x DENUNCIADO. 
Não se admite, portanto, denunciação da lide ex officio. (Defendido 
por Nelson Nery Jr. e Rosa Maria de Andrade Nery).
- Autor pode denunciar na petição inicial→ Denunciado citado e 
assumirá o posto de litisconsorte ativo
- Réu no prazo de sua defesa→ Denunciado citado e assumirá o posto 
de litisconsorte passivo.
- Há a ampliação do objeto do processo: juiz decidirá pretensão: Autor 
x Réu / Denunciante x Denunciado.
PROCEDIMENTO:
O denunciado atua, no processo, de modo eculiar: frente ao 
adversário do denunciante, figurará como litisconsorte deste. Assim, o 
denunciado que aceita a denunciação e contesta o pedido transforma-
se em litisconsorte passivo. 
Incide, a regra da contagem do prazo em dobro para litisconsortes 
passivos (denunciante e denunciado) representados por procuradores 
diferentes.
(STJ, AgRg no RESp 1.167.272/BA, 3ª T., j. 18.11.2010, rel. Min. Sidnei
Beneti)
Tendo em vista, no entanto, que o desfecho da denunciação depende 
do resultado do julgamento do pedido veiculado entre as partes 
originárias, o denunciado fará as vezes de assistente do denunciante, 
com intuito de ver este se sagrando vencedor na demanda, é o 
denunciado, além disso, réu em relação ao denunciante.
“Com a denunciação da lide inaugura-se uma nova relação processual, 
em que o réu do processo originário passa a figurar como autor da lide 
secundária, estabelecida em face do terceiro denunciado, com quem 
mantém vínculo jurídico, no intuito de que este responda em regresso, 
na hipótese de sucumbência do denunciante (STJ, RESp 900.762/MG, 
3ª T., j. 12.02.2008, rel. Min. Sidnei Beneti).
→ Só cabe em processo de conhecimento.
→ É facultativa (Art. 125, §1º)
→Deixa claro que a denunciação da lide não é obrigatória, não perde 
o direito de regresso, é uma opção da parte e não uma imposição. 
Direito pode ser cobrado autonomamente.
→ denunciação da lide sucessiva: somente admite 1 denunciação da 
lide sucessiva, ou seja, o processo só pode ter no máximo 2 
denunciações da lide. 
→ juiz poderá julgar simultaneamente a questão principal e o direito 
de regresso.
“A sentença, no processo em que ocorre a denunciação, dispõe sobre a relação jurídica 
entre a parte e o denunciante, e entre este e o denunciado. E, como já dito, essa 
sentença será formalmente una e materialmente dupla. Assim, p. Ex., a pessoa jurídica 
demandada por um ato lesivo praticado pelo seu preposto, responde perante o 
suposto lesado, mas pode denunciar a lide o seu empregado, para ver, na mesma 
sentença em que for condenada, o seu regresso garantido”. (STJ, RESp 613.190/SP, 1ª 
T., , rel. Min. Luiz Fux).
O resultado da denunciação da lide dependerá do desfecho do julgamento do pedido 
vinculado entre as partes originárias: caso este seja julgada improcedente, ficará 
prejudicada a denunciação; procedente, poderá (ou não), ser julgada procedente a 
denunciação, com o reconhecimento da responsabilidade do denunciado em favor do 
denunciante, e também, conforme o caso, em favor do autor da ação principal, nos 
termos do parágrafo único do art. 128 CPC.
Garantia decorrente do risco de 
evicção
Garantia decorrente de contrato ou 
previsão legal
CABIMENTO (125)
a) Fundada em direito de regresso se inexistente previsão 
legal ou contratual de responsabilidade do denunciado em 
favor do denunciante (STJ, REsp 967.644/MA, 4ª T., j. 
15.04.08, rel. Min. João Otávio de Noronha);
b) Denunciante objetiva eximir-se da responsabilidade 
pelo evento danoso, atribuindo-o com exclusividade a 
terceiro. (STJ, REsp 1.141.006-SP, 4ª T., j. 06.10.2009, rel. 
Min. Luis Felipe Salomão)
c) Vedada denunciação da lide no CDC pelo 
responsabilidade de comerciante por fato do produto ou 
acidente de consumo (art. 88 CDC e STJ, REsp
1.165.279/SP, 3ª T., j. 22.05.2012, rel. Min. Paulo de Tarso 
Sanseverino).
Não cabe:
→É a possibilidade de o réu trazer ao processo o coobrigado em determinada 
relação jurídica.
→Será feita na própria contestação e os coobrigados serão considerados 
litisconsortes passivos.
CHAMAMENTO AO PROCESSO
FIADOR
CABIMENTO:
DEVEDOR DEVEDOR
FIADOR
DEVEDOR
“dispõe sobre a intervenção da União nas causas em que figurarem, como autores ou 
réus, entes da administração indireta.”
INTERVENÇÃO ANÔMOLA DA FAZENDA PÚBLICA – LEI 9.469/97
Art. 5º A Uniãopoderá intervir nas causas em que figurarem, como autoras ou rés, 
autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas 
federais.
Parágrafo único. As pessoas jurídicas de direito público poderão, nas causas cuja decisão 
possa ter reflexos, ainda que indiretos, de natureza econômica, intervir, 
independentemente da demonstração de interesse jurídico, para esclarecer questões de 
fato e de direito, podendo juntar documentos e memoriais reputados úteis ao exame da 
matéria e, se for o caso, recorrer, hipótese em que, para fins de deslocamento de 
competência, serão consideradas partes.
Obs.: SÚMULA 150 STJ Compete à Justiça Federal decidir sobre a existência de 
interesse jurídico que justifique a presença, no processo, da União, suas autarquias ou 
empresas públicas.
“A jurisprudência do STJ consigna que o mero interesse econômico da União - fundado 
no art. 5º, parágrafo único, da Lei n. 9.469/97 - não é suficiente para atrair a incidência 
do art. 109, I, da Constituição Federal. Há que ser demonstrado o evidente interesse
jurídico. Precedentes: REsp 1.306.828/PI, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda 
Turma, DJe 13.10.2014; EDcl no AgRg no CC 89.783/RS, Rel. Min. Mauro Campbell 
Marques, Primeira Seção, DJe 18.6.2010; AgRg no REsp 1.045.692/DF, Rel. Min. Marco 
Buzzi, Quarta Turma, julgado em 21.6.2012, DJe 29.6.2012.”
- Manifestando a União interesse em intervir na lide que se processa perante a justiça 
estadual, os autos deverão ser remetidos ao juízo federal, para que lá seja decidida a 
possibilidade de intervenção. 
- Nesse caso, decidindo o juízo federal pela impossibilidade da intervenção, os autos 
retornarão ao juízo estadual, que não poderá reexaminar a decisão da justiça federal 
(Súmula 254 do STJ).
- A intervenção anômala da União não tem o condão de deslocar automaticamente a 
competência para a Justiça Federal. Isso porque, segundo entendimento do STJ, o 
deslocamento somente deverá ocorrer caso seja demonstrado o legítimo interesse 
jurídico na demanda.
- Embora refira a regra apenas à UNIÃO, tem-se entendido que a mesma aplica-se 
também às pessoas jurídicas de direito público estadual (STJ, AgRg na Pet 4.861/AL, rel. 
Min. Luiz Fux, 1ª T., j. 13.02.2007).
PROCEDIMENTO:

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