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1 UNICID UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO ESCATOLOGIAS TRADICIONAIS: JUDÁICA E CRISTÃ Uma análise comparativa THIAGO NASCIMENTO DE OLIVEIRA São Paulo 2018 2 THIAGO NASCIMENTO DE OLIVEIRA ESCATOLOGIAS TRADICIONAIS: JUDÁICA E CRISTÃ Uma análise comparativa Pré projeto de trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Teologia da Universidade Cidade de São Paulo, como requisito parcial para avaliação na disciplina: Trabalho de conclusão de curso I. Orientador: Ademir Junior São Paulo 2018 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................... 4 REVISÃO DA LITERATURA ........................ Erro! Indicador não definido. JUSTIFICATIVA............................................. Erro! Indicador não definido. OBJETIVOS ................................................... Erro! Indicador não definido. REFERENCIAL TEÓRICO ............................ Erro! Indicador não definido. CRONOGRAMA ............................................ Erro! Indicador não definido. REFERÊNCIAS.............................................. Erro! Indicador não definido. 4 INTRODUÇÃO Este projeto foi iniciado com o intuito de esclarecer como as duas maiores religiões monoteístas do mundo compreendem e lidam com a vida pós morte. Haveria para os judeus ortodoxos assim como para os cristãos uma concepção de céu e vida eterna? Estas e outras perguntas vieram de chofre de encontro ao tema desta pesquisa e é justamente este o ponto central do projeto que aqui agora está posto. Não se pode deixar de esclarecer que algumas questões práticas como por exemplo a limitação linguística, assim como a falta de referências de pesquisa em língua vernácula poderão tornar um tanto quanto superficial e por vezes embaraçosa a uma primeira leitura a compreensão dos argumentos e do texto aqui apresentado, diante de tais dificuldades este trabalho contará sobre tudo com o apoio principal do texto bíblico que será lido de forma anacrônica, ou seja, extrapolando a simples leitura imediata e desconectada dos aspectos históricos, sociais e por vezes políticos das escrituras, sabendo que esta é a base central das duas experiências religiosas. REVISÃO DA LITERATURA Na busca por autores que pudessem corroborar com o tema pesquisado, foi constatado já de início uma dificuldade com relação a questão de apresentação textual no livro bíblico1, pois justamente uma das primeiras citações da vida após a morte, está emaranhada em meio a uma disputa política, trata-se do livro de 2 Macabeus 7 versículo 9. “Chegado já ao último alento, disse: ‘Tu, celerado, nos tira desta vida presente. Mas o Rei do mundo nos fará ressuscitar para uma vida eterna, a nós que morremos por suas leis.’” Mesmo sendo de grande relevância e imbuída de valores extremamente helenísticos, o livro de Macabeus é tido para a comunidade judaica como um apócrifo2. 1 Será utilizada como matriz textual A bíblia de Jerusalém, conforme consta nas referências bibliográficas. 2 Diz-se de ou obra religiosa destituída de autoridade canônica. 5 “Quanto a história verdadeira, mas normal, fora desprovida de um interesse que não era nitidamente local, tanto a história inventada e excepcional se tronou a base para a fundação de uma nação (Israel) e de uma religião (o judaísmo) que haveriam de influenciar todo o decurso da história seguinte em escala mundial.” (LIVERANI - 2008) Em outras palavras, o que pode-se depreender é que devido a revolta engendrada pelos Macabeus que se caracterizavam com um grupo político que posteriormente assumiu também o controle religioso do antigo Israel, já de início este livro não poderia expressar a ortodoxia das práticas judaicas. Estima-se que este livro date do período pós-exílio, pois conforme citado apresenta ideias fortemente helenísticas em seu enredo. Constata-se a complexidade desta pesquisa, já na busca por definir quais poderiam ser os textos e como poderíamos entender a sua “tessitura” no contexto histórico, como bem esclarece Liverani ao se referir a história do antigo Israel: “Quanto a história verdadeira...” A pesquisa deverá então assumir também um aspecto histórico, que possa nos fazer entender como uma realidade pode ser transformada em um signo religioso que será rigorosamente lido e cumprido, tendo em vista não apenas esta vida, mas também talvez a futura. Para os israelitas a vida após a morte não assume uma mesma escatologia como para os cristão, mas este será o nosso objeto de estudos e pesquisa, em um segundo momento faremos a leitura já cristianizada da escatologia, buscando através de elementos helenísticos a tentativa de reler as práticas judaicas. JUSTIFICATIVA Tendo em vista a emergência dos elementos apresentados acima e de que será oferecido pelo próprio curso uma unidade dedicada ao estudo da escatologia, percebe-se desde já a relevância do tema escolhido, assim como a espinhosa tarefa de procurar compreender os elementos religiosos que serão pesquisados e oportunamente sistematizados para a compreensão da vida pós-morte e como talvez esta assuma como diria Marx em A ética protestante e o "espírito" do capitalismo: 6 “uma verdadeira luta”, só que ao invés de classes, essa luta será a da compreensão de um mesmo tema sob perspectivas totalmente diferentes. OBJETIVOS Através desta pesquisa busca-se o aprofundamento do entendimento da escatologia e de como esta pode ser entendida de formas totalmente díspares, mesmo com uma mesma matriz religiosa fundante ela pode ser lida de formas totalmente diferentes. REFERENCIAL TEÓRICO Conforme já descrito, escolhemos autores que buscam extrapolar a leitura tradicional bíblica, prezando por fontes que sejam realmente significativas, tais como a arqueologia em Mario Liverani. O contexto político e social do texto bíblico como em Echegary. A historicidade bíblica em Pierre Gibert e por fim o que se desenha através do que vemos superficialmente como dito em Myer. Não pode-se deixar de lembra de Gottwald e Martin Gilbert, porém destes dois um aproxima-se muito mais de uma leitura sociológica: Gottwald, e o outro constrói uma perspectiva histórica de leitura política: Gilbert. CRONOGRAMA Durante o mês de setembro. 7 REFERÊNCIAS Bíblia de Jerusalém, Nova Edição Revista e Ampliada, Ed. de 2002, 3ª Impressão (2004), Ed. Paulus, São Paulo, 716 páginas. ECHEGARY, J. González et ali (2000). A Bíblia e seu contexto. 22 ed. São Paulo: Edições Ave Maria. 1133 páginas. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da língua portuguesa. 5. ed. Curitiba: Positivo, 2010. 2222 páginas. LIVERANI, Mario. Para Além da Bíblia: História antiga de Israel. Tradução de Orlando Soares Moreira. São Paulo: Paulus: Loyola, 2008, 537 páginas. GILBERT, Pierre. A bíblia na origem da história. Tradução de M. Cecília de M. Duprat. São Paulo: Paulinas, 1986, 390 páginas. PEARLMAN, Myer (2006). Através da Bíblia. Livro por Livro 23 ed. São Paulo: Editora Vida. 439 páginas.
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