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O Princípio da Boa-Fé nas Relações Contratuais

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O PRINCÍPIO DA BOA-FÉ NAS RELAÇÕES CONTRATUAIS 
 
 
 
 
 
THE PRINCIPLE OF GOOD FAITH IN CONTRACTUAL RELATIONS 
 
 
 
 
João Paulo Vicente Silva Vieira1 
Thiago Martins Moreira2 
Pedro Morello Brendollan3 
 
 
 
Resumo: O presente trabalho científico procura analisar princípio da boa-fé na sua forma 
objetiva e subjetiva, decorrendo a respeito de sua evolução histórica, bem como analisar a sua 
influência nas relações contratuais, seguindo a sua forma regulamentada no Código Civil (art. 
422), explicando o seu conceito, adentrando nas suas diferentes formas e responsabilidades no 
Direito Contratual. 
 
Palavras-Chave: Boa-fé subjetiva; Boa-fé objetiva, Relaçoes Contratuais, Código de Civil. 
 
Abstract: The present scientific work seeks to analyze the principle of good faith in its objective 
and subjective form, taking into account its historical evolution, as well as analyzing its 
influence on contractual relations, following its form regulated in the Civil Code (art. 422), 
explaining its concept, entering into its different forms and responsibilities in Contract Law. 
 
Keywords: Subjective good faith; Objective good faith, Contractual Relationships, Civil Code. 
 
1 Bachalerando do Curso de Direito da Faculdade Unicerrado – joãopaulovicentesvieira@gmail.com 
 
2 Bachalerando do Curso de Direito da Faculade Unicerrado – thiago2008br@hotmail.com 
 
3 Professor Orientador do Curso de Direito da Faculdade Unicerrado - pedrormgb@gmail.com 
 
mailto:joãopaulovicentesvieira@gmail.com
mailto:thiago2008br@hotmail.com
mailto:pedrormgb@gmail.com
2 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
 
 
A boa – fé é um princípio perceptível desde os primórdios da humanidade, onde é 
possível contemplar que conforme a evolução humana, a sociedade se formou através de 
regras e conceitos que possibilitam uma convivência saudável entre todos os indivíduos, 
como por exemplo, viver honestamente, não lesar a ninguém e dar a cada um o que lhe é seu, 
que são conceitos fundamentais presentes em todas esferas sociais e representativos da 
própria boa – fé, seja na esfera política, econômica e principalmente no Direito. ( RAFAEL, 
2018 ) 
O princípio da boa – fé sempre esteve implícito na maioria das relações jurídicas, e 
ao decorrer dos anos, através de inovações no âmbito jurídico brasileiro, se tornou um assunto 
de grande relevância para a ciência das relações contratuais. O Código Civil de 1916 adotava 
apenas de forma limitada o princípio da boa – fé subjetiva, que nas relações contratuais pode 
ser conceituada como a ignorância ou desconhecimento de um vício negocial em um relação 
jurídica. (MARTINEZ, 2013) 
 
Com o passar dos anos houve uma larga expansão econômica no Brasil, que 
consequentemente alavancou uma crescente ampliação nas relações contratuais, resultando 
na inclusão do aspecto objetivo da boa – fé no ordenamento jurídico bem como nas relações 
contratuais, e foi mediante ao Código Civil de 2002, que foi apresentada esta importante 
inovação para o Direito Contratual. (SANCHES, 2015) 
 
Se caracteriza por boa -fé subjetiva a situação em que um terceiro adquire algo 
através de qualquer relação contratual sem saber dos vícios que a inquina. Já a boa-fé objetiva 
se encontra expressa atualmente no Artigo 422 do Código Civil, que menciona que “os 
contratantes são obrigados guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, 
os princípios da probidade e boa-fé”, sendo assim uma exigência de uma conduta legal por 
parte dos contratantes em uma relação contratual. (GAGLIANO, 2010) 
 
O princípio da boa-fé vem sendo materializado na jurisprudência e na doutrina brasileira 
como não mais um princípio meramente norteador. Devida a sua extrema importância, a boa-
fé pode ser conceituada como um princípio que deve estar obrigatoriamente presente em todas 
3 
 
as relações jurídicas e sociais, princípio este que se relaciona com a própria conduta social de 
cada indivíduo, onde devido a sua relevância faz se necessário cada vez mais o estudo do 
presente tema, devendo ser o mesmo apresentado de forma clara e efetiva, visto que se trata de 
um Princípio fundamental para as obrigações contratuais bem como para todas as esferas do 
Direito. inverter 
 
O princípio da boa-fé contratual é um assunto de grande discussão doutrinaria no âmbito 
jurídico brasileiro, pois se trata de um princípio fundamental para as relações contratuais e 
negócios jurídicos, portanto, surge a presente problemática deste projeto de pesquisa; O que é o 
princípio da boa-fé subjetiva e objetiva no Direito Civil? Quais fases contratuais devem estar 
presentes o Princípio da Boa-fé contratual? Como é feita aplicação deste princípio nas relações 
contratuais? Questões essas que serão sanadas ao decorrer do presente estudo. 
 
O objetivo do presente estudo consiste em apresentar e discorrer de forma ampla e de 
facil entendimento o princípio da boa – fé contratual presente em nosso ordenamento jurídico, 
tratando a respeito de suas formas objetiva e subjetiva, demosntrando a sua previsão legal em 
nosso ordenamento jurídico, discorrendo a respeito da responsabilidade civil e da boa-fé nas 
fases de contratual, e por fim, ao longo do estudo demonstrar como é feita a aplicação da boa 
– fé nas relações contratuais. 
 
O procedimento metodológico deste artigo pode ser classificado quanto a sua natureza 
como uma pesquisa básica, quanto a forma da abordagem de problemas seria uma pesquisa 
qualitativa e quanto aos objetivos se classifica como pesquisa descritiva, e, por fim, o 
procedimento técnico optado é a pesquisa bibliográfica, visando apontar qual é a melhor 
solução para o problema levantado. 
 
 
2 - PRINCÍPIOS CONTRATUAIS 
 
 
Na atualidade, pode-se afirmar que os princípios são extremamentes importantes na 
atual legislação brasileira. Alguns doutrinadores, afirmam que o Código Civil de 2002 é um 
Código de Princípios, devido a presença dos mesmos serem tao abundantes em nossa legislação. 
4 
 
A Cíência do Direito, ao passar dos anos, vem evoluindo e apresentando princípios que hoje 
são consagrados em nossa legislação e doutrina, princípios estes que regem uma relação 
contratual, bem como a propria elaboração de um contrato. 
 
Nesse sentido, Flávio Tartucce (2017, p.406) diz que: 
Os princípios são regramentos básicos aplicáveis a um determinado instituto jurídico, 
no caso em questão, aos contratos. Os princípios são abstraídos das normas, dos 
costumes, da doutrina, da jurisprudência e de aspectos políticos, econômicos e sociais. 
Os princípios podem estar expressos na norma, mas não necessariamente. 
 
Pode se entender, que os princípios são normas gerais e nortedoras da matéria do 
Direito Contratual, e conforme diz Fabio Ulhoa (2012, p.63), “ são expressas em dispositivos 
de direito positivo, as quais ajudam a nortear os juízes na apreciação de demandas que versam 
sobre a existência, validade e cumprimento de contratos”. 
 
Complementa Paulo Nader ( 2016, p.55) a respeito dos princípios que: 
Ao condicionar a liberdade individual ou coletiva, o Direito visa a proporcionar as 
condições básicas da liberdade de todos. Tal pensamento, transposto para o plano das 
Obrigações, leva à criação dos diversos princípios que norteiam a liberdade na 
celebração dos contratos, garantindo a autonomia da vontade e ao mesmo tempo 
estabelecendo alguns limites. 
 
Destacam-se entre os principios normativos dos contratos, o princípio da autonomia 
privada, o princípio da força obrigatória dos contratos ( pacta sunt servanda ), princípio da 
função social dos contratos e o princípio da boa-fé objetiva, sendo este ultímo o objeto do 
presente estudo. 
 
2-1– Principio da Autonomia da Vontade e Autonomia Privada 
 
 
Conseguimos perceber que no mundo contratual existe uma ampla liberdade para a 
formalização dos pactos contratuais e ajustes dos mesmos entre as partes contratantes, visto que 
odireito à contratação está incluso na prórpia compreensão da pessoa humana, é um direito que 
exige personalidade e decorre do princípio da liberdade. 
 
A autonomia da vontade, diz respeito a liberdade e o domínio da vontade dos 
5 
 
contratatantes, no qual esta liberdade de pode se dividir entre dois diferentes aspectos. Para 
Venosa ( 2017, p.28 ), se divide entre o “prisma da liberdade propriamente dita de contratar ou 
não, estabelecendo-se o conteúdo do contrato, ou pelo prisma da escolha da modalidade do 
contrato”. 
 
Esta liberdade contratual permite que as partes sirvam-se de modelos contratuais 
presentes em nosso ordenamento jurídico, ou montem uma modalidade de contrato que atende 
as suas necessidades. 
 
Para Rizzardo ( 2015, p.59) que “ a autonomia da vontade está ligada a liberdade de 
contratar, que se submete, no entanto a limites, não podendo ofernder outros princípios ligados 
a função social do contrato”. 
 
E complementa Flávio Tartuce ( 2017, p.408) que: 
Dessa dupla liberdade da pessoa, sujeito contratual, é que decorre a autonomia 
privada, que constitui a liberdade que a pessoa tem para regular os próprios interesses. 
De qualquer forma, que fique claro que essa autonomia não é absoluta, encontrando 
limitações em normas de ordem pública e nos princípios sociais. 
 
Contudo, a autonomia privada é o principio contratual que permite que os sujeitos 
contratuais possam dispor de seus próprios interesses conforme acordos realizados pelos 
mesmos. Porém, nao é um principio ilimitado, devendo estar sempre respeitanto a ordem 
pública, a moralidade, a proteção da vontade livre e consciente das partes e dos contratantes 
débeis. Fabio Ulhoa Coelho ( 2012, p.57). 
 
 
2-2 – Princípio da Força Obrigatória do Contrato (pacta sunt servanda) 
 
 
“Pacta sunt servanda” se trata do princípio que dita a força obrigatória dos contratos, 
vulgarmente conhecido como, o contrato faz lei entre as partes, ou seja, os contratos são feitos 
para serem cumpridos. 
 
Segundo ORLANDO GOMES, “ o princípio da força obrigatória consubstancia-se na 
regra de que o contrato é lei entre as partes. Celebrado que seja, com a observância de todos os 
6 
 
pressupostos e requisitos necessários à sua validade, deve ser executado pelas partes como se 
as cláusulas fossem preceitos legais imperativos”. ( Apud Pablo Stolze 2017, p.97) 
 
Complementa Venosa (2017, p.29) que “não tivesse o contrato força obrigatória estaria 
estabelecido o caos. Ainda que se busque o interesse social, tal não deve contrariar tanto quanto 
possível a vontade contratual, a intenção das partes”. 
 
É atraves desse princípio, que se busca a garantir a segurança na celebração de um 
negocio juridico entre as partes, em vitrude de que as partes contratates estão obrigadas a 
cumprir o que foi acordado no contrato elaborado, com a condição de que o mesmo esteja de 
acordo com a lei, a moral e os bons costumes. 
 
Portanto, o principio da força obrigatória atualmente é amplamente relativizado, não 
sendo aplicado conforme anteriormente, existem outros princípios mais benéficos e aplicaveis 
atualmentes nas relaçoes contratuais, por exemplo o da boa-fé contratual. 
 Nesse sentido Flávio Tartuce ( 2017 p.415) argumenta: 
O princípio da força obrigatória ou da obrigatoriedade das convenções continua 
previsto em nosso ordenamento jurídico, mas não mais como regra geral, como antes 
era concebido. A força obrigatória constitui exceção à regra geral da socialidade, 
secundária à função social do contrato, princípio que impera dentro da nova realidade 
do direito privado contemporâneo. Certo é, portanto, que o princípio da força 
obrigatória não tem mais encontrado a predominância e a prevalência que exercia no 
passado. O princípio em questão está, portanto, mitigado ou relativizado, sobretudo 
pelos princípios sociais da função social do contrato e da boafé objetiva. 
 
E complementa Pablo Stolze (2017, p.99) que “ o pacta sunt servanda ganhou um 
matriz mais discreto, temperado por mecanismos jurídicos de regulação do equilíbrio 
contratual”. 
 
2-3 – Princípio da Função Social do Contrato 
 
O Princípio da função social do contrato, é um dos princípios mais relevantes no 
Direito contratual, pois através dele, os contratos geram efeitos que alcançam além das partes 
contratantes. Como foi visto anteriormente, o principio da função social do contrato, relativiza 
7 
 
outros princípios contratuais, como por exemplo, o princípio da obrigatoriedade do contrato 
“pacta sunt servanda”, e o da autonomia da vontade, entre outros. 
 
Nesse sentido Tartuce (2017 p.411) diz que “a palavra função social deve ser 
visualizada com o sentido de finalidade coletiva, sendo efeito do princípio em questão a 
mitigação ou relativização da força obrigatória das convenções (pacta sunt servanda).” 
 De acordo com Paulo Nader ( 2016, p. 56): 
A função social do contrato exige que os acordos de vontade guardem sintonia com 
os interesses da sociedade, impedindo o abuso de direito. A validade dos contratos 
não requer apenas o cumprimento dos requisitos constantes no art. 104, da Lei Civil. 
Além do atendimento a estes requisitos gerais é indispensável a observância dos 
princípios desocialidade, que se afinam com os valores de justiça e de progresso da 
sociedade. 
 
O princípio da função social do contrato prega que os contratos não devem se limitar 
apenas aos interesses das partes, mas também devem ser benéficos a toda coletividade ou 
sociedade, visto que estão em constante, e são afetadas de forma indireta pelas relações 
contratuais. 
 A respeito da função social do contrato Pablo Stolze (2017, p.110) diz que: 
 
A função social do contrato é, antes de tudo, um princípio jurídico de conteúdo 
indeterminado, que se compreende na medida em que lhe reconhecemos o precípuo 
efeito de impor limites à liberdade de contratar, em prol do bem comum. 
[...] 
E essa socialização traduz, em nosso sentir, um importante marco na história do 
Direito, uma vez que, com ela, abandonaríamos de vez o modelo clássico-
individualista típico do século XIX. 
 
 
O princípio da função social do contrato, está positivado no artigo 421 do Código Civil 
de 2002, no qual dispõe que “A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da 
função social do contrato”. 
 
Desta forma, é possivel a aplicação do princípio da função social do contrato, para 
anular ou revisar determinada clásula contratual, que seja prejudicial a coletividade ou 
sociedade, mesmo que o contrato possua validade e eficácia entre as partes, o interessa da 
sociedade deverá ser respeitado e agir em conjunto com o interesse das partes contratantes. 
 Complementa Fabio Ulhoa ( 2002, p.89) que: 
 
8 
 
A cláusula geral da função social é uma expansão da relatividade, com vistas a impedir 
que possam ser afetados negativamente pelo contrato quaisquer interesses públicos, 
coletivos ou difusos acerca dos quais não possam dispor os contratantes. 
[...] 
A função social referida na lei é uma limitação da liberdade de contratar, no sentido 
da invalidade dos contratos que não a cumprem. Tanto assim que considera o Código, 
numa regra de caráter transitório, que o contrato semfunção social é nulo por 
contrariar norma de ordempública (art. 2.035, parágrafo único). 
 
É importante salientar, que o princípio da função social do contrato deverá ser aplicado 
em consoante com o princípio da boa-fé, pois desta forma ambos atingem uma ampla eficácia 
em uma relação contratual. 
A respeito desta eficácia Flávio Tarcuce (2017, p. 415) cita que: 
 
Mais recentemente, o dispositivo foi, de forma precisa, mencionado em julgado da 
lavra do Ministro João Otávio de Noronha, na mesma Corte Superior. Conforme o 
julgador, “consoante se extrai do art. 2.035 do CC, a intangibilidade do contrato 
compreende integralmente os planos de sua existência e validade, mas, apenasparcialmente, o plano de sua eficácia, podendo sua força obrigatória vir a ser mitigada. 
E essa mitigação terá lugar quando a obrigação assumida, diante das circunstâncias 
postas, mostrarse inaceitável do ponto de vista da razoabilidade e da equidade, 
comprometendo a função social do contrato e a boafé objetiva, valores expressamente 
tutelados pela lei civil e pela própria CF” (STJ, REsp 1.286.209/SP, Rel. Min. João 
Otávio de Noronha, j. 08.03.2016, DJe 14.03.2016). 
 
 
Sendo assim, é possivel notar que a função social do contrato, age como um limitador 
da liberdade contratual, restringindo tudo aquilo que prejudica a sociedade, no qual a 
inobservancia deste princípio tem por consequencia a nulidade do negocio jurício e a 
responsabilidade dos contratens pela indenização dos prejuizos provocados. Fabio Ulhoa 
(2002, p.92). 
 
3 - DO PRINCIPIO DA BOA - FÉ 
 
 3-1 – A Boa-fé no Direito Brasileiro e suas Funções 
 
 
O princípio da boa-fé surgiu foi primeiramente expresso no âmbito jurídico brasileiro 
através do Código Comercial de 1850, em seu artigo 131, que diz “A inteligência simples e 
adequada que for mais conforme a boa fé e ao verdadeiro espírito e natureza do contrato deverá 
sempre prevalecer à rigorosa e restrita significação das palavras”. 
9 
 
 
Pouco tempo depois a boa-fé reapareceu em nosso ordenamento jurídico, o Código 
Civil de 1916 trouxe sua previsão em seu artigo 102, restringindo apenas ao âmbito subjetivo, 
no qual ficava restrita a matéria de direito de família e em questões possessórias. 
 
Foi com a Constituição da República Federativa de 1988, que houve uma drástica 
evolução em todo ordenamento jurídico brasileiro, desta forma ocorreu o início da 
constitucionalização do Direito Civil. Porém, anteriormente ao Código Civil de 2002, a boa-fé 
apareceu em nossa legislação através do Código de Defesa do Consumidor em 1990, no qual 
baseava-se nas diretrizes constituicionais, e foi expressa de forma notoria em seus Art.4, III e 
no Artigo.51 IV, onde buscam proteger a parte vulnerável nas relações de consumo, bem como 
nas relações contratuais. 
 
E foi através do Código Civil de 2002, em seus Artigos 113, 187 e 422, que a surge 
boafé-objetiva, bem como três funções importantes do princípio, função interpretativa, 
integrativa e consoladora. 
 
3-1.1 Função Interpretativa 
 
A primeira função do princípio da boa-fé objetiva, está prevista no artigo 113 do 
Código Cívil de 2002, que assim dispôe: “Os negócios jurídicos devem ser interpretados 
conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração”. 
 
 Neste dipositivo, a boa-fé é consagrada como meio auxiliador do aplicador direito 
para a interpretação dos negócios, da maneira mais favorável a quem esteja de boa-fé, 
devendo o julgador ser guiado pela boa-fé das partes ao proferir sua decisão. Flávio Tartuce 
(2017, p.417). 
 
 A respeito da Função Interpretativa da boa-fé Pablo Stolze (2017, p.135) diz que: 
 
O aplicador do direito tem, na boa-fé objetiva, um referencial herme nêutico dos mais 
seguros, para que possa extrair da norma, objeto de sua investigação, o sentido 
moralmente mais recomendável e socialmente mais útil. 
 
Guarda, pois, essa função, íntima conexão com a diretriz consagrada na regra de ouro 
10 
 
do art. 5.º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, segundo a qual o juiz, ao 
aplicar a lei, deve atender aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. 
Pablo Stolze (2017, p.135) 
 
 3-1.2 Função de Controle 
 
 A segunda função está prevista no art.187 do Código Cívil, que diz o seguinte: 
“Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente 
os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.” 
 
 Conforme Flávio Tartuce 2017, p.418) “ uma vez que aquele que contratia a boa-fé 
objetiva comete abuso de direito”. Portanto, todo direito é delimitado pela boa-fé, fora ou 
contra a boa-fé nao exsite nenhum direito subjetivo. 
 
 A respeito de sua função de controle Arnaldo Rizzardo, (2015, p.73) diz que: 
 
Na sua função de controle, limita o exercício dos direitos subjetivos, estabelecendo 
para o credor, ao exercer o seu direito, o dever de ater-se aos limites, traçados pela 
boa-fé, sob pena de uma atuação antijurídica, consoante previsto no art. 187 do Código 
Civil brasileiro de 2002. Evitase assim, o abuso de direito em todas as fases da relação 
jurídica obrigacional, orientando a sua exigibilidade (pretensão) ou o seu exercício 
coativo (ação)”.57 
 
 
Vale salientar, que este aritgo também é fonte de deveres de conduta á relação 
contratual. 
 
3-1.3 Função de Integração 
 
Por fim, o artigo 422 do Código Cívil de 2002, traz a função de integrativa da boa-fé 
objetiva, no qual esta expresso o seguinte: “Os contratantes são obrigados a guardar, assim 
na conclusão do contrato, como em sua execução,os princípios de probidade e boa-fé”. 
 A respeito da Função de Integração da boa-fé objetiva, diz Arnaldo Rizzardo ( 2015, 
p. 73): 
A função integrativa da boa-fé, tendo por fonte o art. 422 do Código Civil brasileiro, 
permite a identificação concreta, em face das peculiaridades próprias de cada relação 
11 
 
obrigacional, de novos deveres, além daquelas que nascem diretamente da vontade 
das partes. Ao lado dos deveres primários da prestação, surgem os deveres secundários 
ou acidentais da prestação e, até mesmo, deveres laterais ou acessórios de conduta. 
 
Em razão da cláusula geral da boa-fé objetiva, os contratantes devem-se tanto nas 
negociações como na execução do contrato, mutúo respeito quanto aos direitos da outra parte. 
Fabio Ulhoa ( 2012, p.86) 
 
Esta função integrativa, também diz respeito a aplicação da boa fé nas fases 
contratuais. É possivel notar que o legistador falhou, ao prever que a boa-fé somente seria 
observável na conclusão e durante a execução do contrato, pois, conforme entendimento 
doutrinario e jurisprudencial, deverá esse princípio, incidir em todas fases contratuais. 
 
Esse entendimento é respaldado majoritariamente na doutrina brasileira, de acordo 
com o Enunciado n.170 do Conselho de Justiça Federal, aprovado na III Jornada de Direito 
Cívil, “ a boa-fé objetiva deve ser observada pelas partes na fase de negociações preliminares 
e após a execução do contrato, quanto tal exigência decorrer da natureza do contrato”. 
Também está previsto também na Jornada STJ 25, que “o art 422 do Código Civil não 
inviabiliza a aplicação, pelo julgador, do princípio da boa -fé nas fases pré e pós contratual.” 
(STJ, 2002, p.5). 
 
De acordo com Flávio Tartucce (2017) a respeito dos entendimentos acima, os 
enunciados apesar de semelhantes, são divergentes em seus conteudos, pois o enunciado n.25 
se dirige ao juiz, enquanto ao n.170 dirige -se às partes do negócio jurídico. 
 
E complementa Pablo Stolze ( 2017, p.144) que: 
 
Deverá esse princípio – que veio delineado no Código como cláusula geral – incidir 
mesmo antes e após a execução do contrato, isto é, nas fases pré e pós contratual. 
Mesmo na fase das tratativas preliminares, das primeiras negociações, da redação da 
minuta – a denominada fase de puntuação – a boa-fé deve-se fazer sentir. A quebra, 
portanto, dos deveres éticos de proteção poderá culminar, mesmo antes da celebração 
da avença, na responsabilidade civil do infrator. 
 
Desta forma, a boa-fé objetiva deve estar presente em todas as fases contratuais, tanto 
na fase preliminar e na fase pós - contratual, cujo o descumprimento do princípio da boa-fé 
gera acarreta a responsabilidade civil pré contratual e pós contratual. (Maria Helena Diniz, 
2017). 
12 
 
3.2 – O PRINCÍPIO DA BOA – FÉ E A PROBIDADE 
 
 
Maria Helena Diniz (2017), explora o princípio da boa-fé e o apresenta como um 
princípio fundamental do direito contratual, pois com análise nos arts 113, 187 e 422 doCC, 
ela fundamenta que o determinado princípio está ligado não somente a interpretação ou 
elaboração do contrato, mas também ao próprio interesse social de segurança nas relações 
contratuais, bem como ao princípio da probidade, visto que a partes sempre deverão agir com 
lealdade, honestidade, honra e proceder sempre com boa – fé, não sendo permitido a omissão 
de fatos e cláusulas contratuais que prejudicam qualquer uma das partes, onde sempre dever 
prevalecer o respeito e confiança entre as partes, não traindo a confiança depositada. 
 
De acordo com Maria Helena Diniz (2017, p.53): 
 
 
Da boa-fé (CC, arts. 113, 187 e 422), intimamente ligado não só à interpretação do 
contrato, mas também ao interesse social de segurança das relações jurídicas, uma vez 
que as partes deverão agir com lealdade, honestidade, honradez, probidade 
(integridade de carácter), denodo e confiança recíprocas, isto é, proceder com boa-fé, 
esclarecendo os fatos e o conteúdo das cláusulas, procurando o equilíbrio nas 
prestações, respeitando o outro contratante, não traindo a confiança depositada, 
procurando cooperar, eviando o enriquecimento indevido, nas divulgando infomações 
sigilosa, etc. 
 
Portanto a boa-fé contratual é uma norma que requer o comportamento honesto e leal 
dos contratantes, sendo conflitante com condutas abusivas de todos tipos, tendo por escopo 
gerar na relação obrigacional a confiança necessária e o equilíbrio das prestações e da 
distribuição dos riscos e encargos, ante a proibição do enriquecimento sem causa, tratando -se, 
desse modo, da boa -fé objetiva. Maria Helena Diniz (2017 p.53) 
 
Para Arnaldo Rizzardo (2017, p.31) a boa-fé e a probidade são princípios básicos que 
orientam a composição de um contrato, onde a segurança das relações jurídicas depende 
majoritariamente , da probidade e da boa-fé, ou seja da lealdade, da confiança e outras questões 
primordiais para a segurança de uma relação contratual. 
 
A probidade para Arnaldo Rizzardo (2017, p.31) envolve a justiça, o equilíbrio, a 
comutatividade das prestações, enquanto a boa-fé exige a transparência e clareza das cláusulas. 
 
A respeito da boa-fé e probidade Arnaldo Rizzardo (2017) complementa que: 
13 
 
 
São estes dois princípios básicos que orientam a formação do contrato. As partes são 
obrigadas a dirigir a manifestação da vontade dentro dos interesses que as levaram a 
se aproximarem, de forma clara e autentica, sem o uso de subterfúgios ou intenções 
outros que as não expressas no instrumento formalizado. 
 
E complementa que a “a segurança das relações jurídicas depende, em grande parte, 
da probidade e da boa-fé, isto é, da lealdade, da confiança recíproca, da justiça, da 
equivalência das prestações e contraprestações, da coerência e clarividência dos direitos e 
deveres”. Arnaldo Rizzardo (2017, p.31). 
 
 
3.3 – Boa-fé Objetiva 
 
 
O princípio da boa – fé é um assunto bastante consolidado na doutrina brasileira, onde 
é possível notar que vários doutrinadores adotam um posicionamento similar e concreto, no 
qual a boa-fé e a probidade são princípios essenciais para a segurança de uma relação contratual. 
O Código Civil de 2002 implementou no seu texto legal o artigo 422, que trata especificamente 
a respeito da boa-fé, onde diz o seguinte “Os contratantes são obrigados a guardar, assim na 
conclusão, como em execução, os princípios de probidade e boa-fé”. 
 
No mesmo tocante, Flávio Tartucce (2017, p.417 ) conceitua a boa-fé objetiva como 
“exigência de conduta leal dos contratantes, está relacionada com os deveres anexos ou 
laterais de conduta, que são ínsitos a qualquer negócio jurídico, não havendo sequer a 
necessidade de previsão no instrumento negocial”. 
 
Estes deveres anexos ou laterais são aqueles exigidos por meio leal as partes de uma 
relação jurídica, como por exemplo, o dever de respeito, dever de informar a outra parte sobre 
o conteúdo do contrato, de agir conforme a confiança depositada, o dever de lealdade e 
probidade e bem como o dever de honestidade, entre outros, onde a quebra de qualquer um 
desses deveres anexos gera a violação positiva do contrato, o que acarreta na responsabilidade 
civil objetiva daquele que desrespeita a boa-fé objetiva. 
 
A respeito da responsabilidade civil objetiva inerente a boa-fé, diz Flavio Tartucce 
(2017, p.417) que: 
14 
 
 
Repise-se, conforme o Capítulo 3 desta obra, que, a quebra desses deveres anexos gera 
a violação positiva do contrato, com responsabilização civil objetiva daquele que 
desrespeita a boafé objetiva (Enunciado n. 24 do CJF/STJ). Essa responsabilização 
independentemente de culpa está amparada igualmente pelo teor do Enunciado n. 363 
do CJF/STJ, da IV Jornada, segundo o qual: “Os princípios da probidade e da 
confiança são de ordem pública, estando a parte lesada somente obrigada a demonstrar 
a existência da violação”. O grande mérito do último enunciado, de autoria do 
Professor Wanderlei de Paula Barreto, é a previsão de que a boa-fé objetiva é preceito 
de ordem pública. 
 
 
Maria Helena Diniz (2017, p. 53) complementa que “se um dos contratantes não vier 
a cumprir seu dever, estará ofendendo a boa-fé objetiva, caracterizando o inadimplemento do 
ato negocial, independentemente de culpa. 
 
A boa-fé objetiva como dita anteriormente pode ser conceituada como sendo 
exigência de conduta leal dos contratantes, é uma regra de agir, através de deveres de conduta 
que são inerentes a qualquer relação contratual e está expressa no artigo 422 do Código Civil, 
que como citado anteriormente, diz o seguinte: “Os contratantes são obrigados a guardar, 
assim na conclusão, como em execução, os princípios de probidade e boa-fé”, sendo portanto 
uma cláusula obrigatória para as relações contratuais. 
 
A respeito da boa-fé subjetiva e objetiva Silvio de Salvo Venosa (2017, p. 30), diz o 
seguinte: 
 
Como o dispositivo do art. 422 se reporta ao que se denomina boa-fé objetiva, é 
importante que se distinga da boa-fé subjetiva. Na boa-fé subjetiva, o manifestante de 
vontade crê que sua conduta é correta, tendo em vista o grau de conhecimento que 
possui de um negócio. Para ele há um estado de consciência ou aspecto psicológico 
que deve ser considerado. A boa-fé objetiva, por outro lado, tem compreensão diversa. 
O intérprete parte de um padrão de conduta comum, do homem médio, naquele caso 
concreto, levando em consideração os aspectos sociais envolvidos. Desse modo, a 
boa-fé objetiva se traduz de forma mais perceptível como uma regra de conduta, um 
dever de agir de acordo com determinados padrões sociais estabelecidos e 
reconhecidos. 
 
Portanto, a boa-fé objetiva é um instituto que está previsto atualmente no art 422 do 
Código Civil, e se aplica a todos contratantes, onde o desrespeito deste princípio tem por 
consequência a responsabilização objetiva, independentemente de culpa do feito. 
 
 
15 
 
3.4 – Boa-fé Subjetiva 
 
 
O princípio da boa-fé pode se dividir na forma objetiva e subjetiva, onde ambas 
possuem características diversas. A boa-fé subjetiva sempre esteve presente no âmbito 
jurídico brasileiro, pois já vigorava mesmo no Código Civil de 1916. 
 
O princípio da boa-fé subjetiva pode ser conceituado como a incompreensão de um 
vício em uma relação contratual por falta de conhecimento, ou seja, a boa-fé subjetiva se 
caracteriza pela seriedade das intenções pelo contratante, um exemplo é uma situação em 
que o contratante realiza um negócio jurídico confiando que o mesmo está isento de vícios, 
estando então respaldado pela boa-fé subjetiva. 
 
Pablo Stolze Gagliano (2010), define a boa – fé subjetiva como “ uma situação 
psicilógia, um estado de ânimo ou de espírito do agente que realiza determinado ato ou 
vivencia data situação, sem ter ciencia do vício que a inquina”. 
 
A respeito da boa-fé subjetiva Silvio de Salvo Venosa (2017, p.30), complementa 
que a boa é distinguivelda boa-fé objetiva, pois na sua forma subjetiva, o manifestante de 
vontade ele crê que sua conduta é correta, de acordo com seu conhecimento a respeito de 
um negócio jurídico, onde para ele existe um estado de conciencia ou aspecto psícologico 
que deve ser considerado. 
 
A boa-fé subjetiva se caracteriza pela seriedade das intenções, diferente da de 
caráter objetivo, que indenpende do plano da consciencia. Paulo Nader ( 2016, p.60). 
 
Desta forma, a boa-fé subjetiva, se trata do desconhecimento de um vício em uma 
relação contratual, no qual o magistrado, analisará o comportamento do contratante, se o 
mesmo conduziu o negócio jurídico de forma consciente ou inconsciente em relação ao 
vício. 
 
 
 
16 
 
4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 O princípio da boa-fé sempre esteve presente de forma ampla na sociedade e no 
Direito Contratual, mesmo que antes não houvesse menção expressa ao mesmo, sempre foi 
inerente a pessoa humana, até mesmo nas relações contratuais. 
 
 Foi após a Constituição Federal de 1988, que a boa-fé adentrou de forma expressa em 
nosso ordenamento jurídico, e com a sua devida formalização no Código Civil de 2002 se 
tornou um dos pilares para o Direito Contratual, sendo de extrema importância para a confecção 
de qualquer contrato ou negócio jurídico. 
 
 Conclui-se então, que o princípio da boa-fé é o pilar de segurança para toda relação 
contratual, pois tanto sua forma objetiva quanto subjetiva sempre estará presente na elaboração 
de qualquer negócio jurídico, onde as partes sempre deverão agir em respeito a boa-fé e os 
demais princípios que dela se derivam. O princípio da boa-fé estará sempre presente no Direito 
Contratual, acompanhando sua evolução e proporcionando segurança para as relações 
contratuais. 
 
17 
 
5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
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– Rio de Janeiro: Forense, 2015. 
 
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– Rio de Janeiro: Forense, 2017. 
 
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contrato na jurisprudencia atual do TJ/SP e do STJ. 9 de dezembro de 2015. 
Disponível em: 
https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI230978,51045O+principio+da+boafe+o
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• Coelho, Fábio Ulhoa Curso de direito civil, 3 : contratos / Fábio Ulhoa Coelho. — 
5. ed. — São Paulo 
• Tartuce, Flávio. Manual de direito civil: volume único / Flávio Tartuce. 7. ed. rev., 
atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. 
 
• Linhares Martino Martins, Jéssica. A boa – fé objetiva e as responsabilidades 
civis pré e pos contratuais. 01 de outubro de 2016 .Disponível em: 
<https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-civil/a-boa-fe-objetiva-e-as-
responsabilidades- civis-pre-e-pos-contratuais/>. Acesso em: 10 de Maio de 
2020. 
 
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relações contratuais. 06 de outubro de 2007. Disponível em: < 
https://www.conjur.com.br/2007-out-
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2020. 
 
• Diniz, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro, volume 3: teoria das 
obrigações contratuaise extracontratuais / Maria Helena Diniz. – 33. Ed. rev. e 
atual. – São Paulo: Saraiva, 2017. 
• Nader, Paulo Curso de direito civil, v. 3: Contratos / Paulo Nader. – 8. ed. rev., 
atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2016. 
 
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18 
 
vol 4. 9º Edição. São Paulo . Editora Saraiva, 2010 
 
• BRASIL, Rafael. Princípio da boa-fé: a importância na relação pré-contratual. 
25 de junho de 2018. Disponível em: <https://blog.sajadv.com.br/principio-da-boa-
fe/>. Acesso em: 14 de Fevereiro de 2020 
 
• Venosa, Sílvio de Salvo. Direito civil: contratos / Sílvio de Salvo Venosa. – 17. ed. 
– São Paulo: Atlas, 2017. (Coleção Direito Civil; 3) 
 
• MARTINEZ, Vinicius. Deveres laterais decorrentes da boa-fé objetiva / Vinícius 
Martinez. Fundação Educacional do Município de Assis – Fema - Assis, 2013. Págs. 
51. Disponível em: 
< https://cepein.femanet.com.br/BDigital/arqTccs/0911300958.pdf>. Acesso em: 17 
de Abril de 2020. 
 
 
https://blog.sajadv.com.br/principio-da-boa-fe/
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