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Monografia-Psicopedagogia

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44
FATECE
FACULDADE DE TECNOLOGIA CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO
NATÁLIA DONIZETE NESPOLI
Título
(Negrito, centralizado, 12)
PIRASSUNUNGA
2013
(centralizado, 12, espaçamento simples, sem negrito)
IMPORTÂNCIA DOS ESTIMULOS PATERNOS E INCLUSÃO SOCIAL DAS CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN 
Pirassununga
2010
FABIANA MASTEGHIN DE BRITO
IMPORTÂNCIA DOS ESTIMULOS PATERNOS E INCLUSÃO SOCIAL DAS CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN 
Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do Título de Pós Graduação em Especialização em Psicopedagogia da Faculdade Anhanguera Educacional – campus de Pirassununga.
Orientador: FORMDROPDOWN 
 Renata Tereza da Silva Ferreira
pirassununga
2010
FABIANA MASTEGHIN DE BRITO
IMPORTÂNCIA DOS ESTIMULOS PATERNOS E INCLUSÃO SOCIAL DAS CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN 
Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do Título de Pós Graduação em PSICOPEDAGOGIA da Faculdade Anhanguera Educacional – campus de Pirassununga.
Pirassununga, 20 de setembro de 2010
BANCA EXAMINADORA
_______________________________
 FORMDROPDOWN 
 Renata Tereza da Silva Ferreira
UNIFIAN - Pirassununga
Pirassununga 
2010
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem Ele, nada seria possível e não estaríamos aqui reunidos, desfrutando, juntos, destes momentos que nos são tão importantes.
Ao meu Pai: Antonio Donizete de Britto, verdadeiramente o maior mestre que tive.
À minha Mãe: Elisabeth Masteghin de Britto, que sempre acreditou em mim e manteve a fé.
A minha irmã Priscila Masteghin de Britto ,que compartilhou comigo os momentos de tristezas e também de alegrias, nesta etapa, em que, com a graça de Deus, está sendo vencida.
AGRADECIMENTO
À Anhanguera Educacional onde encontrei um ambiente acolhedor e com ótima infra-estrutura. 
Aos Professores, especialmente a Renata Ferreira, minha orientadora, e a todos que participaram desta estrada comigo.
Aos colegas de classe, especialmente a minha amiga Patricia, com quem convivi com muita alegria. 
Abraços Fabiana Masteghin de Britto
“Nada é por acaso…Acredite em seus sonhos e nos seus potenciais….Na vida tudo se supera”.
RESUMO
A Síndrome de Down é o objeto desse estudo científico, uma vez que os estudos sobre a Inclusão Social, com crianças portadoras de deficiência tem sido tema de estudos e pesquisas crescentes em nossa sociedade. Mesmo assim, atualmente muitas pessoas não sabem informações precisas sobre a síndrome de Down, tão pouco sobre os direitos que as crianças portadoras de deficiências possuem. A busca por informações pode ser o primeiro passo para que pais e professores realizem um trabalho efetivo de Inclusão Social. Ao longo do tempo os estudos sobre a síndrome provaram que apesar das dificuldades, as crianças com Síndrome de Down são capazes de estarem inseridas na sociedade, assim como, qualquer criança. Além do mais, a Constituição Federal assegura os direitos de igualdade a todos os portadores de deficiência. Com base na pesquisa bibliográfica à artigos, revistas e livros, este trabalho científico visa fazer uma análise sobre a importância dos estímulos paternos e a importância da inserção da criança com síndrome de Down na escola. Cabe aos pais serem os primeiros a aceitarem as crianças com deficiências, apresentando-os para a sociedade, e os professores vão acolher essas crianças contribuindo para o seu convívio em sala de aula. Essa experiência de inclusão traz benefícios a todos os envolvidos que acreditam e lutam pela inclusão de forma saudável. 
Palavras Chaves: Síndrome de Down, Inclusão Social, Aceitação familiar e Educacional.
SUMÁRIO
 INTRODUÇÃO...............................................................................................
 08
1 - DESCOBERTAS CIENTÍFICAS AO LONGO DA HISTÓRIA..................
...11
2- ASPECTOS IMPORTANTES SOBRE A SÍNDROME DE DOWN......
.......15
3 - ESTÍMULOS PATERNOS, UMA CHAVE PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN.........................
.................................21
3.1- A grande importância dos estímulos............
...................................23
4- ESCOLA , UM FATOR INDISPENSÁVEL NA VIDA DE UMA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN........................................................
.........................29
4.1- Educação Inclusiva ......................................................................
.29
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................
........................................39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................
.................................42
1 INTRODUÇÃO
Atualmente o preconceito tem sido uma das maiores barreiras para a inclusão social de pessoas portadoras de síndrome de Down. No entanto, cada vez mais, a sociedade está se conscientizando da importância de se valorizar as diferenças humanas e de como é fundamental oferecer a oportunidade para essas pessoas viverem na comunidade.
Atualmente, mesmo com o grande número de informações disponíveis, ainda existem dificuldades por parte dos pais, professores, familiares e comunidade na aceitação da inclusão dessas crianças. 
Através de observações feitas no decorrer da experiência como educadora foi possível perceber que muitas pessoas o estão dispostas a aprender sobre a síndrome de Down, assim como em se tratando de literatura são poucos os escritores que abordam esse assunto de maneira profunda. 
Neste trabalho, o estudo de pesquisa é conduzido através da pesquisa teórica, analisando referências bibliográficas, entre as quais, dando ênfase aos estudos de PUESCHEL (2007), artigos da revista Escola, e pesquisas a sites entre outros artigos encontrados no decorrer do desenvolvimento do trabalho. O trabalho científico procurará ao máximo utilizar-se de fontes primárias e secundárias para a realização da pesquisa. 
No decorrer da pesquisa bibliográfica estima-se argumentar os principais pontos do trabalho de Pueschel (2007) que merece destaque em sua literatura, destinada principalmente para orientar os pais e todos os envolvidos com um indivíduo com síndrome de Down. Tal escritora merece destaque por sua décima segunda edição da publicação de “Síndrome de Down”, atualizada no ano de 2007, que já foi utilizado como fonte de pesquisa em diversos artigos científicos, e na prática para os pais e envolvidos, desde sua primeira edição em 1978. 
Um dos principais problemas para muitas pessoas é a falta de informações sobre a síndrome de Down. Ao entender mais sobre a síndrome o que se pretende é reforçar a importância do papel dos pais e educadores no desenvolvimento de uma criança com síndrome de Down. 
Antes de analisar quais formas de incentivo podem ser utilizadas por pais e educadores para o desenvolvimento da criança com síndrome de Down, é necessário conhecer mais sobre os dados históricos, assim como, sua definição e causas médicas. Dessa forma, primeiramente faremos uma retrospectiva sobre os conceitos da síndrome de Down ao longo da história.
Depois de conhecer mais sobre a síndrome a pesquisa irá se centrar no papel dos pais e da escola na vida das crianças com síndrome de Down, onde fica evidente sua importância em diversos aspectos do desenvolvimento dessas crianças.
Muitas crianças portadoras da síndrome de Down, devido à falta de conhecimento das instituições que lhes assistem, como sua família ou escola, por exemplo, ainda vivem isoladas da sociedade e do ambiente escolar, o que lhes permitiria ter um desenvolvimento mais saudável.
O preconceito e o medo são muito grandes, e com isso, muitas crianças vivem isoladas em casa ou em instituições onde as privam de viverem em sociedade. 
É importante lembrar que a criança com Síndrome de Down é ser humano com todos os aspectos positivos e todas as fraquezas inerentes a humanidade e, sem dúvida, é possível construir um futuro melhor para as crianças com Síndrome de Down.
O que se espera neste trabalho científico é pesquisar possibilidades para que pais, familiares e educadores, contribuam para um desenvolvimento integralde uma criança com síndrome de Down. 
Os estudos voltam-se também para a analise do quanto é importante o papel da família e da sociedade no desenvolvimento integral de um portador de síndrome de Down.
Os objetivos se completam na pesquisa bibliográfica em busca de informações sobre a síndrome de Down, observando o panorama histórico, suas causas, as características físicas e algumas questões médicas. 
Depois de ampliar os conhecimentos sobre a síndrome de Down a meta do trabalho acadêmico irá atentar ao olhar direcionado à família, ou seja, como ela interpreta a questão de ter como parente, um portador de síndrome de Down, assim como, analisar informações importantes de como criar um filho com síndrome e conhecer quais são os serviços de apoio que encontramos em nosso país.
Ao aprimorar a visão sobre os aspectos de como a família reage com o fato de ter uma criança com síndrome de Down, a pesquisa deste trabalho irá atentar-se aos aspectos sociais vigentes na comunidade em relação ao tema.
Através dos fatos ocorridos no cotidiano, percebemos que muitas pessoas não estão preparadas para interpretarem de forma realista assuntos relacionados com a síndrome de Down, porém, muitas vezes as pessoas se limitam no nível de informação, sendo esse um dos motivos pela visão errônea sobre os indivíduos com síndrome de Down.
Atualmente muito se fala sobre inclusão social, porém, na prática o quadro se reverte e muitas pessoas ainda não têm consciência de como o papel da família e de toda a sociedade pode desempenhar uma função de grande importância para o desenvolvimento integral das crianças com síndrome de Down. 
1 DESCOBERTAS CIENTÍFICAS AO LONGO DA HISTÓRIA
Antes de estudar os aspectos familiares e sociais sobre a síndrome de Down, é importante atentar que a síndrome de Down tem sido estudada já há alguns séculos. Os conceitos no decorrer do tempo foram tornando-se mais precisos e a evolução da ciência permitiu que as novas descobertas abrissem novos caminhos para as conclusões sobre a síndrome de Down. 
Segundo Pueschel (2007) muitas doenças genéticas, inclusive a síndrome de Down, podem ter sido ocorridas em milênios anteriores. Nos relatos de estudiosos o registro mais antigo da síndrome de Down data do século VII, com modificações estruturais encontradas no crânio semelhantes das crianças com síndrome de Down atualmente.
Para Canning (2007) muitas pessoas acreditavam que a síndrome de Down já teria sido representada por muitos artistas no passado que através de suas obras representavam pessoas com traços característicos de crianças que hoje em dia possuem a síndrome de Down. 
Apesar de alguns estudiosos terem argumentos sobre o indício de síndrome de Down em séculos anteriores, ainda existem controvérsias sobre essa questão. Pueschel (2007) abordou algumas hipóteses, como a do estudioso Hans Zellweger que supõem que alguns pintores retrataram as feições de crianças com síndrome de Down em diversas pinturas, tais como: A virgem e a criança de Andrea Mantegna, artista do século XV; Lady Cockburn e Seus Filhos de Sir Joshua Reynolds, século XVI.
Comparar as feições de quadros antigos como cita alguns estudiosos, pode ser considerado uma hipótese abstrata, superficial sem um argumento preciso, uma vez que uma obra de arte pode demonstrar diversos aspectos, como o subjetivo, artísticos e abstratos, porém é interessante saber a dimensão dos estudos dos cientistas a respeito da síndrome de Down ( CANNING, 2007). 
Mesmo com os argumentos citados não existem registros de documentos sobre pessoas com síndrome de Down antes do século XIX. Pueschel (2007), ainda registra que antes deste século existiam poucas pessoas interessadas no estudo de criança com problema genético e deficiência mental, e naquela época as doenças de infecção e a desnutrição eram predominantes, assim como, a metade das mães não vivia mais que 35 anos de idade, e muitas crianças nascidas com síndrome de Down morriam na primeira infância.
 “A primeira descrição de uma criança que supõe ter síndrome de Down foi fornecida por Jean Esquirol em 1938” PUESCHEL, (2007,p.48). Mais tarde, em 1846, Edouard Seguin descreveu um paciente com características semelhantes da síndrome de Down. Em 1886, Duncan registrou uma criança que também possuía características físicas da síndrome de Down. Naquele mesmo ano um dos pesquisadores que mais destacou-se foi John Langdon Down, que publicou um trabalho relatando as principais características da criança com síndrome de Down, que até hoje leva o seu nome. “O cabelo não é preto como é um verdadeiro mongol, mas é de cor castanha, liso e escasso. O rosto é achatado e largo. Os olhos posicionados em língua obliqua. O nariz é pequeno. Estas crianças têm um poder considerável para a imitação” (PUESCHEL, 2007, p.48)
 É importante entender que mongol é uma raça de pessoas que possuem características distintas como cita a seguir:
Segundo os dados encontrados no site (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ra%C3%A7a_amarela) o tipo amarelo ou mongolóide possui como características comuns à pigmentação da pele "amarelada", ou seja, com mais pigmento "castanho"/avermelhado que os brancos, cabeça mais larga e menos comprida, pescoço curto, membros menores, maior tendência a obesidade, cérebro maior, baixa estatura em comparação com outros povos, pômulos mais salientes, com cabelo negro e liso (nos indivíduos saudáveis), e geralmente com uma prega típica na pálpebra superior que esconde as raízes dos cílios...
É possível notar características físicas distintas à raça mongol, porém atualmente esse termo é usado de forma pejorativa, e foi banido do meio científico.
Segundo Montoan (2008) as conclusões feitas por Down merecem créditos, pois foi o primeiro cientista a diferenciar uma criança com síndrome de Down das com deficiência mental, sendo assim, o principal mérito de Down foi no reconhecimento das características físicas e sua descrição da condição como entidade distinta e separada. 
 Devido ao grande avanço que Down deu nos estudos da síndrome de Down, foi possível que muitos outros cientistas evoluíssem em suas análises. Apesar de que as conclusões de Down deixavam muitos aspectos importantes que mais tarde vieram a ser descobertos. 
Segundo Pueschel (2007) muitos cientistas foram influenciados pelos estudos da evolução das espécies de Charles Darwin. Em conformidade com a teoria da evolução de Darwin, Down acreditava que a condição que agora chamamos de síndrome de Down era um retorno a um tipo racial mais primitivo.
O pesquisador ao reconhecer nas crianças uma aparência oriental, designou-as como “idiotia mongolóide”. Porém, hoje sabemos que tais implicações raciais são incorretas e os termos mongol, mongolóide e mongolismo devem ser evitadas por conotações étnicas negativas.
Os relatos dos cientistas continuaram em 1876, quando J. Frase e A Mitchell relatando pacientes portadores de síndrome com a aparência de pescoço curto, nascidos de mães em idade avançada descrevendo os pacientes nessa condição de “Idiotas Kalmuck”. Estes cientistas foram os primeiros a fornecerem dados científicos da síndrome de Down numa reunião em Edimburgo, em 1875, quando Mitchell apresentou observações de 62 pessoas com síndrome de Down.
Os estudos da síndrome continuaram em 1877, com novas abordagens, aparentemente, tais abordagens suscitavam o olhar preconceituoso sobre seus portadores (CANNING, 2007).
 Segundo Pueschel (2007), em 1877, Willian Ireland adicionou pacientes com síndrome de Down como um tipo especial no seu livro Idiocy and Imbecility. G.E. Shuttleworth citou, em 1886, que tais crianças eram “inacabadas” e que “sua aparência peculiar, na verdade, era a de uma idade fetal”. No final do século XIX, cientistas notaram a maior frequência de doença cardíaca congênita em pessoas com síndrome de Down. Em 1896, Smith descreveu a mão da pessoa com síndrome de Down, notando a curva para dentro no dedo mínino. Pode se perceber que diversos estudiosos tentaram encontrar um conceito para a síndrome, assim como,suas características e causas. 
 Imagine atualmente pensar que os portadores de síndrome de Down como pessoas inacabadas. Para Pueschel (2007) tal conceito não pode ser considerado, em nossa sociedade. Com o passar dos anos, muitas pesquisas foram descobrindo aspectos importantes sobre a síndrome de Down. A evolução de técnicas, e as descobertas importantes até então realizadas, possibilitaram a Lejeune, há mais de 30 anos, concluir que crianças portadoras de síndrome de Down tem um cromossomo 21 extra.
Para Pueschel (2007) durante as últimas décadas, muito se aprendeu sobre as anormalidades cromossômicas, afecções genéticas, desordens bioquímicas e vários problemas médicos relacionados à síndrome de Down. Embora muitos dos mistérios envolvendo a síndrome de Down tenham sido desvendados ainda existem muitas perguntas sem respostas que exigirão pesquisas futuras para nos oferecer melhor compreensão desta desordem. 
Para Canning (2007) atualmente é possível saber que muitas descobertas foram feitas no decorrer dos séculos a respeito da síndrome de Down. É importante entender que a síndrome de Down não é uma doença, e tão pouco é contagiosa, e as pessoas com síndrome de Down possuem habilidades específicas e devem ser tratadas como as outras crianças, com atenção, carinho, amor, entre outros fatores. Daí, a grande importância do papel da família e da sociedade para o melhor desenvolvimento possível da criança.
2 ASPECTOS IMPORTANTES SOBRE A SÍNDROME DE DOWN
Muitas perguntas são frequentes aos pais de crianças com síndrome de Down. Muitas dúvidas podem surgir no primeiro contato com uma criança com síndrome de Down. Assim também, os cientistas buscaram durante muito tempo buscar respostas para entender e tais dúvidas.
“Foram oferecidas tanto observações astutas quanto concepções enganosas” (PUESCHEL, 2007, p.53). Muitas foram as teorias apresentadas por diversos cientistas. Conforme foi estudado no capítulo um deste trabalho científico, foi possível entender que, só quando a ciência conseguiu evoluir os seus procedimentos, foi que algumas teorias a respeito de uma falha nos cromossomos podem ser comprovadas, em 1959, depois de três anos passados da identificação do número de cromossomos que uma célula humana normal possui.
Com o avanço da tecnologia quando os novos métodos laboratoriais foram sendo acessíveis em 1956, permitindo aos cientistas a visualização e o estudo dos cromossomos, descobriu-se que ao invés dos 48 cromossomos previamente presumidos, havia 46 cromossomos em cada célula humana normal (CANNING, 2007). 
Como descrito anteriormente, Lejeune foi o cientista que descobriu que a criança com síndrome de Down tinha um pequeno cromossomo extra que se localiza no par 21 e altera o desenvolvimento regular do corpo e do cérebro da criança. 
Pueschel (2007) relata que há normalmente 46 cromossomos em cada célula, usualmente estão dispostos em pares, conforme seu tamanho. São 22 pares de cromossomos regulares (autossomos) e dois cromossomos do sexo, que são o XX na fêmea e XY no macho, somando ao todo 46 cromossomo na célula normal. No entanto, se uma célula germinativa, óvulo ou esperma, tiver um cromossomo adicional (24 cromossomos), e a outra célula germinativa tiver 23 cromossomos, isso levará uma nova célula contendo 47 cromossomos. E se o cromossomo extra for o cromossomo 21, o individuo, se não ocorrer um aborto natural, nascerá com síndrome de Down. A célula começa a dividir-se formando cópias dela mesma, e, assim sendo, todas as células da criança conterão 47 cromossomos, indicando trissomia 21.
Para Pueschel (2007) a causa de tal acontecimento não tem um motivo único, dizer por exemplo, que a culpa é da mãe é um grande erro, pois a falha da célula pode ocorrer em diversos lugares.
Segundo Pueschel (2007) a causa de tal acontecimento não é culpa da mãe. Uma das hipóteses afirma que a divisão falha das células pode ocorrer em um dos três lugares: no espermatozóide, no óvulo, ou durante a primeira divisão da célula após a fertilização. 
Porém, as estimativas apontam que de 20% a 30% dos casos, o cromossomo extra 21 resultou da divisão celular falha no espermatozóide e que em 70% a 80% dos casos o cromossomo extra vem da mãe. 
 
O avanço da ciência possibilitou saber mais sobre essa anomalia nos cromossomos, que ocorre em 1,3 de cada 1000 nascimentos.
Os motivos das células do embrião ter um erro em seu desenvolvimento normal ainda são desconhecidos. Esse erro gera a formação de 47 cromossomos, no lugar dos 46, que seria o normal (PUESCHEL, 2007). 
Canning (2007) relata em seus estudos três tipos de síndrome de Down. A mais comum é a Trissomia do 21 Simples, resultado de uma anomalia na divisão celular durante o desenvolvimento do óvulo ou esperma, durante a fertilização. Cerca de 95% dos portadores de síndrome de Down têm Trissomia do 21 Simples. Cerca de 4% têm Translocação, caso em que o cromossomo 21 extra se rompeu e aderiu a outro cromossomo. A Translocação pode ser sinal de hereditariedade. Em muitos casos outros membros da família devem ser analisados geneticamente para saber a probabilidade de ter outros bebês com síndrome de Down. Cerca de 1% tem Mosaico, ou seja, só algumas células do corpo têm Trissomia e não todas.
Segundo Canning (2007) a diferenciação dos tipos de síndrome de Down, prova que no decorrer dos anos foi possível aderir grandes avanços sobre o conceito da síndrome de Down, uma vez que, os cientistas evoluíram através dos estudos, o que possibilitou também a quebra de preconceitos cuja a ciência trouxe respostas não antes encontradas. 
Ao ter o primeiro contato com uma criança com síndrome de Down, é possível fazer um julgamento sem conhecimentos a respeito de suas dificuldades e características físicas. Para tanto, dá-se a importância de conhecer mais sobre os problemas de saúde que as crianças com síndrome de Down possam ter, a fim de, saber conduzir o trabalho de desenvolvimento da criança da melhor forma possível ( CANNING, 2007).
Segundo Pueschel (2007) a aparência física de todo ser humano é formada principalmente pelos genes, da mesma forma a criança com síndrome de Down possue as características relacionadas com os genes que possue. 
Sendo assim, uma criança com síndrome irá possuir as características genéticas herdadas dos pais como: cor de olhos, cabelos, pele, estrutura corporal. Porém, em virtude do material genético do cromossomo 21 extra, essas crianças também irão possuir características corporais diferentes das do seu irmão, que lhe conferirá ter a síndrome de Down. Isso ocorre porque uma criança com síndrome de Down possue um cromossomo 21 extra em todas as células do corpo, de forma geral, todas as crianças com síndrome de Down irão apresentar características semelhantes causada por essa anomalia. Por isso que as crianças com síndrome de Down se assemelham entre si (PUESCHEL, 2007).
Um dado importante abordado por Pueschel (2007) é que nem todas as características são semelhantes entre as crianças com o cromossomo extra. Pode citar como exemplo o fato de que 40% das crianças com síndrome de Down têm defeitos cardíacos congênitos enquanto que 60% não os têm, esse fato ainda é inexplicável pela ciência.
Segundo Montoan (2008) pode se observar que as características físicas das crianças com síndrome de Down são importantes para os médicos fazerem as análises, porém, é importante lembrar que crianças com síndrome de Down possuem mais semelhanças do que diferenças das outras crianças sem síndrome de Down.
Comparada com as outras crianças, a cabeça é um pouco menor, sendo que a parte superior é levemente achatada na maioria das crianças, dando assim uma aparência arredondada na cabeça. As moleiras são muitas vezes maiores e demoram mais para fecharem. No caso de algumas crianças podem ocorrer falhas nos cabelos e raramente ocorrer de cair todo o cabelo ( MONTOAN, 2008).
Segundo Montoan (2008) rosto de uma criança com síndrome de Down possue traços achatados, devido principalmente aos ossos faciais pouco desenvolvidose ao nariz pequeno, e geralmente o osso nasal é afundado, e na maioria das vezes as passagens nasais são estreitas.
Os olhos são, geralmente, normais, quanto ao seu formato, porém as pálpebras são estreitas e levemente oblíquas, a dobra de pele pode ser observada em muitos casos. A íris possue muitas vezes pequenas marcas brancas.As orelhas são pequenas e em muitos casos a borda superior da orelha é dobrada, os canais dos ouvidos são estreitos. 
Montoan (2008) descreve a boca da criança com síndrome de Down sendo pequena e a língua pode projetar um pouco, e na medida em que a criança com síndrome de Down fica mais velha a língua pode ficar com estrias, e no inverno os lábios tornam-se rachados. O céu da boca é mais estreito do que de uma criança normal, o que pode atrasar o desenvolvimento dos dentes. As mandíbulas são pequenas, o que leva muitas vezes ao apinhamento dos dentes permanentes, logo as cáries são observadas em menor frequência do que em crianças normais.
A aparência do pescoço da criança com síndrome de Down é considerada larga e grossa. Em alguns casos o tórax, apresenta aparência estranha, sendo que a criança pode apresentar um osso peitoral afundado ou o osso peitoral pode estar projetado para frente (MONTOAN, 2008).
Os pulmões das crianças com síndrome de Down no geral são normais, somente em alguns casos algumas crianças possuem pulmões subdesenvolvidos. O abdome da maioria das crianças também não demonstra anomalias. Os órgãos internos, como o fígado, o baço e os rins, são, no geral, normais ( MONTOAN, 2008).
Segundo Bonato (2008) os órgãos genitais em ambos os sexos, na maioria das vezes não são afetados. Em alguns casos podem ser pequenos. Em outros casos os testículos não se encontram no saco escrotal nos primeiros anos de vida, mas podem estar na região da virilha ou dentro do abdome.
As extremidades geralmente têm o formato normal, pés e mãos tendem a ser pequenos e grossos e o quinto dedo é levemente curvado para dentro, em cerca de 50% das crianças com síndrome de Down é observada uma única dobra na palma da mão. As impressões digitais também se diferenciam das crianças normais (BONATO, 2008).
Segundo Pueschel (2007) os dedos dos pés das crianças com síndrome de Down são geralmente curtos. Na maioria das crianças, há um espaço grande entre o dedão e o segundo dedo do pé, como uma dobra entre eles na sola do pé. A maioria das crianças com síndrome de Down tem o pé chato devido à frouxidão dos tendões, em alguns casos é aconselhado o uso de bota corretiva, pelos ortopedistas. As crianças com síndrome de Down possuem a musculatura mais frágil, mas conforme vão ficando mais velhas sua musculatura melhora consideravelmente.
A pele na maioria das vezes é clara é podem apresentar manchas brancas na primeira infância; nas estações frias a pele fica mais ressecada do que em outras crianças, assim como, podem ocorrer rachaduras. Nas crianças mais velhas e nos adultos com síndrome de Down a pele pode ser mais áspera (PUESCHEL, 2007).
Segundo Pueschel (2007) é importante lembrar que nem todas as características descritas são encontradas em todas as crianças com síndrome de Down na mesma intensidade. Em algumas crianças algumas características são mais atenuadas do que em outras.
Os fatores físicos não interferem no desenvolvimento e na saúde da criança, como exemplo, a curva do dedo mínimo não limita a função da mão, nem a posição oblíqua das pálpebras diminui a visão das crianças, já os defeitos cardíacos congênitos severos ou bloqueios dos intestinos, são sérios e requerem pronta atenção médica (PUESCHEL, 2007). 
Segundo Montoan (2008) é importante identificar as características das crianças com síndrome de Down, não para enfatizar seus defeitos e sim compreender que tais diferenças não devem interferir em sua vida comum todas pessoas, que antes de qualquer coisa como uma criança normal, elas precisam de carinho e amor. 
Muitas vezes a falta de informação pode fazer com que muitos criem uma imagem errônea das crianças com síndrome de Down. E como mencionado anteriormente, podemos compreender que as diferenças físicas não as impedem de terem uma vida social e comunitária (BOANTO, 2008). 
É possível concluir que as diferenças que distinguem uma criança normal, de uma criança com síndrome de Down, não são fatores, que as tornam impossibilitadas de se desenvolverem como qualquer criança.
Segundo Pueschel (2007), muitos indivíduos com síndrome de Down em séculos anteriores não recebiam o atendimento adequado, felizmente ocorreram grandes progressos nas últimas décadas nos serviços tanto de saúde quanto ao fornecimento de educação para pessoas com síndrome de Down.
Muitas pessoas com síndrome de Down se diferem muito com relação à presença e grau de seus problemas médicos (Pueschel, 2007). Porém, diante dessa realidade as crianças que tiverem um bom acompanhamento médico, poderão ter uma boa saúde geral. 
3. ESTÍMULOS PATERNOS, UMA CHAVE PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN.
Toda criança precisa de carinho, amor e atenção. No decorrer da criação, os pais vão criando vínculos de relacionamentos com as crianças, conhecendo cada vez mais um ao outro. Porém, ao chegar no lar uma criança com síndrome de Down, em um primeiro momento pode ser motivo de insegurança na vida dos pais.
É possível perceber que há anos os cientistas têm tentando encontrar respostas às diversas questões relacionadas com a síndrome de Down, e que nem sempre é possível entender tudo. 
Daí também a facilidade que as pessoas têm em buscar as informações, tais como: livros, internet, folhetos, vídeos, etc. Mesmo diante de todas as informações disponíveis muitos pais ainda desconhecem o quanto pode contribuir para um bom desempenho de seu filho com síndrome de Down ( MONTOAN, 2008).
Pode não ser tarefa fácil, uma vez que as crianças com síndrome de Down apresentam variedades em seu comportamento, não tendo um padrão único para todas as crianças. “Além disto, o desenvolvimento mental e as habilidades intelectuais dessas crianças abrangem uma larga extensão entre o retardo mental severo e a inteligência próxima ao normal. Inclusive, o comportamento e a disposição emocional.” (Pueschel, 2007,p.106)
Segundo Bonato (2008) ainda cabe aos pais, a tarefa primordial, que é proporcionar estímulos sem ter medo de apresentar seu filho à comunidade, uma vez que, a maioria das crianças com síndrome de Down apresentam comportamentos normais.
Segundo o site < www.entreamigos.com.br > os dois primeiros anos de vida da criança, ocorrem as conquistas motoras ou de linguagem mais marcantes: o sentar, o engatinhar, o andar, os primeiros dentes, as primeiras palavras. A expectativa criada em torno destes acontecimentos gera certa ansiedade nos pais, é a fase em que os avós, os parentes e amigos começam a fazer perguntas e comparar o desenvolvimento da criança com síndrome de Down com outras crianças. É importante que os profissionais possam esclarecer e tranquilizar a família no sentido de respeitar o ritmo de desenvolvimento individual. Crianças com Síndrome de Down podem andar, falar e realizar inúmeras atividades, bastando que tenham chances para isto.
Pueschal (2007) faz uma abordagem muito interessante em seus estudos que nos possibilita entender qual a importância da informação, para esquecermos a imagem negativa que antigamente a sociedade tinha a respeito das crianças com síndrome de Down. “Assim, o retrato estereotipado da pessoa com síndrome de Down como alguém severamente deficiente mental e fisicamente não atraente não é uma descrição verdadeira da criança com síndrome de Down tal como a conhecemos”. (CANNING, PUESCHEL, 2007, p.106).
Conviver com uma criança com síndrome de Down, pode ser uma experiência construtiva, alguns fatores são de grande importância tais como: Intervenção precoce, o enriquecimento do ambiente, a educação apropriada, a integração na família e aceitação na sociedade e a orientação às famílias. Esses meios são de grande importância para melhorar a qualidadede vida das crianças com síndrome de Down.
“Os primeiros anos de vida de uma criança constituem um período crítico em seu desenvolvimento cognitivo, e o papel que a família desempenha nesse período é de fundamental importância”. (VOIVODIC, STORES, 2002,P.30)
Segundo Voivodic e Stores (2002) é muito importante o papel das instituições de saúde para orientar as famílias de forma adequada, uma vez que uma grande parcela da sociedade desconhece as informações a respeito da síndrome de Down. Assim também, aos educadores, é de grande importância conhecer sobre a síndrome de Down, já que os contatos entre educador e pais são de grande constância.
Em um artigo baseado nas "Informações sobre a Síndrome de Down, destinadas aos profissionais de Unidades de Saúde", do Ministério da Saúde. É possível perceber que não cabe apenas à família buscar soluções para um bom desenvolvimento de uma criança com síndrome de Down, pois esta, muitas vezes, necessita de apoio para lidar com a situação. 
Segundo Montoan (2008) o estimulo é muito importante para o desenvolvimento da criança desde o seu nascimento, a família dever ser orientada de como a criança deve ser cuidada.Quanto mais informações os pais tiverem mais eles poderão auxiliar o desenvolvimento da criança com síndrome de Down. 
Portanto, é possível concluir que um conjunto que envolva o trabalho de profissionais capacitados e a busca de ajuda por parte dos pais, e aceitação da de toda a família e da sociedade podem ser de grande importância para o bom desenvolvimento de uma criança com síndrome de Down.
3.1 A grande importância dos estímulos.
Toda criança precisa de estímulo para realizar determinadas tarefas no decorrer de sua formação. O apoio dos paisé de grande importância, com a atenção para as diversas realizações das crianças.
Uma criança “normal” responde de forma natural aos primeiros estímulos de sua vida, desde um simples sorriso, um olhar, um gesto. Porém, nem sempre isso acontece com uma criança com síndrome de Down, o que pode gerar em primeiro momento certa insegurança nos pais, por não conseguirem muitas vezes estabelecerem um código de comunicação ( MONTOAN, 2008). 
Segundo fontes do site <www.entramigos.com.br> os pais de uma criança com Síndrome de Down podem encontrar maior dificuldade em responder positivamente ao seu filho, tanto por uma instabilidade emocional como por não compreender que o ritmo de desenvolvimento da criança não corresponderá, na maioria das vezes, às expectativas iniciais. 
Nos estudos de Pueschel (2007) conclui-se que os pais podem encontrar maiores dificuldades para responder os estímulos de forma espontânea e semelhante, uma vez que, precisam compreender os processos mais lentos da criança nas suas várias respostas motoras e sociais. 
Os pais podem também ter dificuldades quanto à aceitação da criança com síndrome de Down. Para Chacon (1995) uma deficiência, seja qual for, é uma condição indesejável e não há razões para se crer no contrário. Quando nos deparamos com um problema desse tipo, o drama será maior não tanto pela deficiência, mas pela atitude da sociedade para com ela.
As crianças com síndrome de Down como citado anteriormente, têm uma musculatura mais frágil, e até na hora da amamentação, sua habilidade de sugar o leite será afetada. Sendo assim, uma criança com fraqueza muscular tem que evoluir com maior precisão do que o ritmo de uma criança “normal”.”Além disso, os estímulos sensoriais, como a voz, o toque e a cor têm que ser mais intensos para ter o impacto apropriado no bebê com síndrome de Down”. (PUESCHAL, 2007, p.115). 
É importante atentar que o excesso de estímulos também pode ser prejudicial, para tanto é importante utilizar de estímulos apropriados sob a orientação de um profissional. 
“Em anos recentes, psicólogos e educadores têm concordado, no geral, que o que forma o desenvolvimento físico e mental da criança pequena é a qualidade mais do que a soma total da estimulação” (ZAUSMER, 2007, p.117). É possível assim compreender a grande necessidade de se ter um acompanhamento técnico de qualidade, o que possibilitará aos pais informações que serão úteis ao desenvolvimento da criança. 
Segundo Zausmer (2007) uma criança com síndrome de Down apresenta dificuldades quanto à realização de algumas tarefas tais como: chutar, sacudir-se e rolar. Contudo, os pais devem ajudar seus filhos na realização destas tarefas, sugerindo também atividades agradáveis para evitar o constrangimento das crianças que muitas vezes reagem com choro e restrição à alimentação. Quanto mais atividades prazerosas as crianças com síndrome de Down realizarem melhor será seu empenho, podendo desenvolver melhor as atividades motoras mais complexas no futuro. 
Segundo o artigo do site < www. entreamigos.com.br>, com base no documento “Informações sobre a Síndrome de Down, destinados a profissionais da unidade de saúde” do Ministério da Saúde, podemos distinguir as principais estimulações que os profissionais da saúde, pais e pessoas próximos a uma criança com síndrome de Down podem contribuir.
 Segundo Pueschel (2007) há algum tempo, pensava-se que um bebê tinha capacidade muito limitada de enxergar nos primeiros meses, as pesquisas provaram porém que essa visão é incorreta, sabe-se que um bebê está apto para ver bem desde o nascimento, por isso a importância de se oferecer experiências visuais aos bebês significativas. “Por exemplo a mamadeira pode ser mostrada à criança de várias direções antes de ser introduzida na sua boca. Da mesma forma, pode-se encorajar a criança a explorar o chocalho visualmente”(ZAUSMER, 2007, p.123)
A autora cita também a importância de utilizar objetos coloridos em cima do berço, tais como: móbiles feitos em casa, colheres coloridas, pregadores de roupas coloridos, até mesmo retalhos de tecidos espalhados.
Como pode-se entender coisas simples, uma vez sendo bem utilizadas podem ser de grande utilidade para estimular a visão da criança, cabe aos pais também, ter o entusiasmo e criatividade, para trabalhar a estimulação visual da criança com síndrome de Down.
Com base na estimulação visual Zausmer (2007) cita também que sempre que possível, a criança deve ser exposta ao ambiente de natureza, mostrando a elas, as folhas, as flores, diferenciando assim as cores de maneira prazerosa.
“Um programa de estimulação visual deste tipo fornece algumas habilidades básicas de olhar, focalizar e explorar, seguir um objeto em uma trajetória visual mais abrangente e diferenciar entre vários objetos”. (ZAUSMER, 2007, p.124). Tais habilidades iniciais irão preparar a criança para quando ela pegar realmente com intenção de segurar.
 Zausmer (2007) cita que na estimulação auditiva os bebês emitem sons para se comunicarem tais como: risadas, sorrisos, grunhidos, grito, choro entre outros. Em todo momento os bebês oferecem respostas aos estímulos a eles oferecidos. Quando ouvem uma voz amiga, ou ríspida sempre haverá uma diferença na reação da criança.
Uma criança com síndrome de Down, pode apresentar a comunicação auditiva em menor frequência com menor variedades de expressão. Os timbres das vozes são menos agudos e menos graves. Por isso, é importante oferecer uma maior quantidade de estímulos auditivos para enriquecer o desenvolvimento da criança.
Segundo Zausmer (2007) a voz humana é o estímulo que mais chama a atenção da criança, e quando os sons provocam emoção e prazer, com certeza o bebê irá chutar as pernas, mexer os braços, agitar o corpo todo, contudo, se o estímulo for relaxante e tranquilizante é possível observar movimentos mais calmos de membros, a criança sorri e aumenta a focalização.
Alguns aspectos são de grande importância na estimulação sonora segundo Zausmer (2007), entre eles pode-se citar: alteração da voz entre cochichos, assopros e assovios; produzir movimentos faciais expressivos; sorrir muito e diversas formas; produzir sons em ritmos variados; cantar com modulações de voz diferentes. 
É muito importante observar como a criança está reagindo aos estímulos,sendo que se a resposta for positiva e houver a participação da criança, o estímulo deve ser repetido, e quando a criança produzir algum som os pais devem procurar emita-los, para manter a comunicação (ZAUSMER, 2007).
O mais importante em um programa de estimulação é observar se os resultados estão sendo positivos, assim como, lembrar que mesmo as mudanças ocorrendo em ritmo lento é sinal de desenvolvimento.
Para tanto, o que se entende é que os pais de forma simples, podem contribuir muito para o desenvolvimento das crianças, ao invés de ficarem, parados, acreditando que seu filho com síndrome de Down será impossibilitado de ter um desenvolvimento integral, como toda criança com síndrome de Down precisa de estímulos propícios, porém, de forma mais atenciosa e precisa.
Segundo Zausmer (2007) existem diversas atividades que os pais podem realizar para estimular as crianças em seus movimentos, vale lembrar que a presença de um profissional, ou a busca por informações precisas são de grande importância na vida dos pais e das crianças. 
As atividades podem ser direcionadas aos movimentos da cabeça, aos movimentos do corpo, ao sentar, ao arrastar, engatinhar, ajoelhar, ficar em pé, a marcha, ao correr, pular e subir. Todas devem ser feitas de forma gradativa, respeitando os limites das crianças, para isso é preciso disposição, carinho e atenção dos pais (ZAUSMER, 2007).
Segundo Zausmer (2007) crianças pequenas com síndrome de Down necessitam de estímulo, encorajamento, orientação e mediação extras para se envolverem em atividades básicas de manipulação. Precisam ser auxiliadas a explorar os objetos manualmente bem como visualmente e aplicar tais experiências o aprendizado cognitivo. 
Segundo Pueschel (2007) é importante atentar para as diversas atividades que as crianças realizam entre elas, é possível exemplificar, o seu manuseio com os objetos e instrumentos diversos, que devem ser acompanhados, de forma a limitar e a estimular a criança, por exemplo, ao pegar e/ou soltar um objeto.
As atividades de brincar podem ser de grande importância, o fisioterapeuta, o terapeuta ocupacional ou especialista em desenvolvimento infantil pode contribuir muito com o desenvolvimento das crianças com síndrome de Down.
 Para Zausmer (2007) o desempenho global da criança é influenciado por diversos aspectos do brincar da criança. O interesse, a destreza, a força muscular, o tempo de atenção e a experiência são alguns entre muitos fatores que podem resultar no sucesso ou no fracasso do evento.É importante estar atento aos movimentos da criança, para analisar sempre como está se desenvolvendo e como está recebendo os estímulos. 
Quando recebido o apoio necessário, a criança com atraso no desenvolvimento, pode tornar-se cada vez mais interessada em tarefas mais desafiadoras, desde que estas mostrem às crianças os benefícios, e as façam sentir prazer ao realizá-las (ZAUSMER, 2007).
O empenho e o carinho representam o primeiro passo para a inclusão de uma pessoa com necessidades especiais. Sem o apoio doméstico não há auto-estima, e sem auto-estima os obstáculos podem ser maiores. O envolvimento da família é de grande importância, uma vez que são as pessoas que estão mais próximas da criança com necessidades especiais, .
4 ESCOLA , UM FATOR INDISPENSÁVEL DE INCLUSÃO SOCIAL NA VIDA DE UMA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN.
A experiência escolar é de grande importância na vida de crianças com síndrome de Down. Assim como qualquer criança, a legislação dá o direito de todos estarem na escola. Porém, o que percebemos que nem sempre essa realidade está presente em nossa sociedade, seja por falta de informação ou por falta de apoio e estímulos e até mesmo por falta de consciência de toda a sociedade.
Segundo Cavalcante (2004) a sociedade brasileira ainda é imatura com relação a temas de inclusão social, sendo assim, a falta de informação e o preconceito são os principais motivos, muitas vezes, para que os deficientes se sintam excluídos e por serem tratados como incapazes. Os pais, por sua vez, infantilizam ou superprotegem os filhos, e os professores sentem-se inseguros com medo de fracassar ao tentar integrar um portador de síndrome de Down na sociedade.
Para Voivodic (2002) a sociedade tem dificuldade para conviver com as diferenças, isolando na maioria das vezes a pessoa com deficiência, pois cada um de nós carrega idéias preconcebidas em relação às pessoas com deficiência, o que influenciará nas atitudes e na interação com elas. 
Para Cavalcante (2004) um dos principais fatores que contribuem para o desenvolvimento de crianças deficientes é o não olhar com pena, lembrando sempre de casos de pessoas que apesar de deficientes não deixaram de ser bem sucedidas como exemplos: Beethoven, que compôs músicas extraordinárias mesmo quando estava surdo. O físico britânico Stephen Hawking, um dos mais brilhantes do mundo, usa um conversor de fala para se comunicar e apenas um dedo para escrever livros e registrar fórmulas. A cegueira também não impediu o sucesso dos músicos Steve Wonder e Ray Charles de alcançarem sucesso. Mostrar aos portadores de deficiências situações como estas os incentivam a alcançar suas metas, pois estes artistas se sentiram valorizados e não excluídos, superando suas dificuldades e alcançando sucesso profissional e pessoal. É importante lembrar que esses artistas, estudiosos, que se destacaram mesmo tendo deficiência, tiveram pessoas no decorrer de suas vidas, que os apoiaram e acreditaram que seriam capazes. 
Em seu artigo Cavalcante (2004) relata que ao trabalhar com portadores de deficiências, por terem uma baixa auto-estima, a identidade é duplamente importante, sendo o papel da escola é ensinar a praticar respeito perante as diferenças, fazendo com que os alunos entendam as limitações e competências de cada um. 
No cotidiano é comum encontrar professores que aceitam o fato de alunos demonstrarem preconceito relacionado com as crianças portadores de alguma deficiência, por isso é importante que os educadores tenham consciência da importância de se educar as crianças para a inclusão de forma sadia. 
Segundo Montoan (2008) a inclusão desde a pré-escola até séries posteriores é de grande importância na vida das crianças com síndrome de Down, sendo assim, não pode dizer que a partir de um determinado estágio ou idade é que a criança com síndrome de Down deverá iniciar-se na escola, deverá esta acompanhar o percurso comum a todas as crianças. 
Os pais sempre buscam o melhor para seus filhos, contudo, cada criança possui qualidades distintas, sendo assim, atender as necessidades de uma criança com síndrome de Down, pode ser uma tarefa um pouco mais complexa o que faz da escola um ambiente favorável para auxiliar os pais nesta função, assim também o apoio da comunidade completa a interação (MONTOAN, 2008). 
Segundo Canning (2007) antes de preparar uma criança para a escola é preciso que os pais aprendam a controlar a sua ansiedade, que poderá ser transmitida facilmente aos filhos. “A exposição pública é a melhor forma de introduzir a criança com síndrome de Down à comunidade” (CANNING, 2007, p.168) 
 
Cabe aos pais a determinação de introduzirem seu filho com síndrome de Down na sociedade, de forma a mostrar para as pessoas que se trata de uma criança com os mesmos direitos e deveres das outras.
Para Cavalcante (2004), subscrevendo a educadora Teresa Eglér Mantoan, “na escola inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida dificilmente ensina: respeitar as diferenças. Esse é o primeiro passo para construir uma sociedade mais justa” (CAVALCANTE, 2004, p.24).
Uma sociedade mais justa e que dê oportunidade para todos começa na escola. Segundo Mantoan (2002), inclusão é a capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós.
As crianças com síndrome de Down podem aprender muitas coisas nas idades entre 03 a 05 anos, e sua inserção na creche e pré é de grande estimulo para as realizações de suas aptidões.Para Canning (2007) a atividade de aprender a brincar é uma das mais valiosas habilidades que a criança pode adquirir na pré-escola. O brincar torna-se assim um condutor natural do crescimento e da aprendizagem. São colocados limites para seu comportamento e as crianças devem aprender a colaborar. Essas habilidades contribuem para a formação de comportamentos positivos e ajudam na implementação de objetivos escolares e paternos.
Atualmente estão disponíveis mais informações a respeito dos direitos das crianças com síndrome de Down. E o campo para inserção na sociedade está muito mais amplo do que um tempo atrás. Atualmente no Brasil o maior problema relacionado com a inclusão é o fato de que muitas escolas não cumprem com a lei, retrata Cavalcante (2004) subscrevendo Mantoan. A nossa Constituição garante desde 1988 o acesso de todos ao Ensino Fundamental, sendo que alunos com necessidades especiais devem receber atendimento especializado, preferencialmente na escola que não substitui ensino regular.
Segundo Canning (2007) Com a lei federal PL 94-142, obrigando a educação de todas as crianças portadoras de deficiências e as novas orientações fornecidas pela PL 99-457, as Emendas do Ato de Educação do Portador de Deficiência de 1986, os pais de hoje têm um número muito maior de opções educacionais para seus filhos com síndrome de Down do que estavam disponíveis há 20 anos.
Para Mantoan (2002) educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção: estudantes com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Milhares de crianças ainda vivem escondidas em casa ou isoladas em instituições especializadas, situação que priva as crianças com ou sem deficiência de conviver com a diversidade, isso ocorre pela falta de informação dos pais, professores e da sociedade em geral.
A inclusão possibilita aos que são descriminados pela deficiência, por direito, a ocuparem o seu espaço na sociedade. Caso contrário essas pessoas vão ser sempre dependentes e terão uma vida de cidadão pela metade.
Para que a criança alcance bons desempenho nas idades pré-escolares é importante também a dedicação da professora, que tenha um interesse sincero na criança especial, compaixão de forma saudável e uma compreensão geral sólida sobre o desenvolvimento infantil. O papel do professor é ser regente da classe, e não especialista da deficiência, para tanto a escola deverá contar com uma equipe especializada para o desenvolvimento integral das crianças com deficiência.
Segundo Canning (2007), independente da escola que os pais escolham para o seu filho com síndrome de Down é importante que haja interação frequente entre profissionais da escola e pais. Os pais têm um papel de fundamental importância, assim como, os professores bem preparados saberão lidar com as diferenças dos alunos, reforçarão os comportamentos desejáveis, os pais por sua vez podem dar continuidade a esse trabalho em casa.
Todas as crianças inclusive as com síndrome de Down devem ter a oportunidade de progredir o seu potencial ao máximo. 
Para algumas crianças com síndrome de Down o início da escola (jardim de infância) abre um mundo totalmente novo. Para outros que já frequentaram a pré-escola, a adaptação não é marcante ( PUESCHEL, 2007,p.177). 
Resume Mantoan (2002) que em uma escola inclusiva é necessário ter um bom projeto pedagógico, bem estruturado, que reflita os pontos de dificuldades e toda a interação dos professores, pais, todos funcionários e pessoas envolvidas na educação de uma criança com síndrome de Down.
As crianças que em idades anteriores a idade escolar, tiveram uma boa estimulação e um bom desenvolvimento, quando chegarem na idade escolar, vão conseguir obter resultados de forma mais tranquila e adaptável. Ao encorajar a criança com síndrome de Down para a independência, para a liberdade representará um preparo para estar longe de casa para a escola. “Os alunos precisam de liberdade para aprender do seu modo, de acordo com as suas condições. E isso vale para os estudantes com deficiência ou não.” (CAVALCANTE, 2005, p.25)
Pueschel (2007) afirma que se cada vez mais, foi-lhe permitido fazer as coisas do dia-a-dia por si, como vestir-se, ir ao banheiro ou alimentar-se na hora das refeições, as rotinas como comer no refeitório e cuidar de suas próprias necessidades na escola não representarão um problema maior.
Daí a importância dos estímulos que os pais proporcionam aos filhos desde seu nascimento, a importância do apoio da família é confirmado a cada dia na vida de uma criança com síndrome de Down.
A escola não vai apenas ensinar as crianças matérias didáticas, mas sim também prepará-los para a vida. Cada criança tem seu potencial, sendo assim, todos os seus potenciais devem ser explorados, avaliados e depois desafiados.
Estímulos simples como um sorriso, um gesto de aprovação podem ser suficientes para que a criança obtenha um desempenho melhor na realização de suas tarefas. Contudo, percebe-se que atualmente as escolas nem sempre estão preparadas para a inclusão.
Segundo Cavalcante (2004) especialistas em inclusão afirmam que a escola, organizada como está, produz a exclusão. Os conteúdos curriculares são tantos que tornam os alunos, professores e pais reféns de um programa que pouco abre espaço para o talento das crianças. 
 É possível perceber a importância da interação entre pais e professores. O grande ganho, para todos, é viver a experiência da diferença, ou seja, quem se dedica de coração aberto ao desenvolvimento e interação de uma criança com síndrome de Down, acaba aprendendo muitas coisas importantes, sendo assim, a escola é indispensável na vida dessas crianças, que são protegidas por lei, cabendo a toda a sociedade a contribuição em temas relacionados com a inclusão social. 
O respeito às diferenças não se limita apenas no campo da consciência, mas principalmente na questão de valorizar os progressos dos alunos, lembrando que cada um possue uma habilidade especial e um sorriso único. 
4.1 Educação Inclusiva 
Segundo Frade (2007), é de grande importância um sistema educacional inclusivo. O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), prevê ações de formação de professores e implantação de salas e recursos para garantia do acesso desses alunos às etapas, níveis e modalidades de ensino.
Os dados do Censo escolar mostram o aumento de matrículas de crianças especiais em 2000 de 145.141, para 308.805 em 2006, tais dados comprovam uma maior conscientização da sociedade com relação a esse assunto.
 Ao primeiro momento o conceito de escola Inclusiva, pode parecer ser fácil de interpretar, porém a prática em nosso país, em muitas cidades ainda tem um longo caminho para ser alcançado. Por educação inclusiva se entende o processo de inclusão dos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino em todos os seus graus < www.educarsol.com.br.>.
 
Os projetos com relação a Inclusão Social devem ter segundo a política do MEC citado em <http://www.educarsol.com.br/index2.php?opt=oqeducacao> características que valorizem e promovam o crescimento das crianças portadoras de necessidades especiais. Um direcionamento para a Comunidade - Na escola inclusiva o processo educativo é entendido como um processo social, onde todas as crianças portadoras de necessidades especiais e de distúrbios de aprendizagem têm o direito à escolarização o mais próximo possível do normal. 
 
Nesse sentido o principal objetivo a ser alcançado é a integração da criança portadora de deficiência na comunidade. Sendo esse conceito de grande importância para a vida da criança na sociedade. 
Quando uma escola torna-se inclusiva ela pode ser considerada como vanguarda com relação às outras no processo educacional, importante interar todas as crianças em diversos níveis do ensino. 
Segundo Cavalcante (2004) com relação às escolas inclusivas cria-se entre os alunos uma expectativacom os envolvidos e o objetivo deve ser fazer com que todas as crianças atinjam o máximo de seus potenciais.
Para que os projetos de Inclusão social na escola possam se desenvolver é importante a colaboração de todos os funcionários, professores, voluntários, entre outros que estejam envolvidos no ambiente escolar. Mudam-se assim os papéis tradicionais dos professores e da equipe técnica da escola, fazendo com que os professores fiquem mais próximos dos alunos, na capacitação das suas maiores dificuldades. A parceria com os pais torna-se assim de grande importância em todo o processo de Escola Inclusiva, sendo estes parceiros essenciais ( Cavalcante (2004).
Os ambientes educacionais têm que ser flexíveis, na realização do processo de ensino-aprendizagem do aluno. É necessário manter um diálogo constante entre professores, equipe técnica e alunos, para através disso coletar informações importantes para analisar dados para elaborar estratégias de cunho importante para a tomada de decisões. 
Os métodos de avaliação deverão ser mudados para atender os requisitos das crianças com necessidades especiais e o acesso deve ser facilitado.
Contudo, todo trabalho dever ser contínuo e aprofundado para que a ação possa ser concreta, uma vez que, alguns resultados virão , o que necessitará de um planejamento bem estruturado. Para que os projetos possam ser realizados é necessário que o Ministério da Educação ofereça uma estrutura que assegure que a equipe técnica tenha condições adequadas de trabalho para desenvolver o projeto sempre de forma inovadora 
É importante lembrar que o conceito de inclusão não é levar as crianças às classes comuns sem o acompanhamento do professor especializado, e nem ignorar as necessidades específicas da criança, fazendo-as seguirem um processo único de desenvolvimento, para todas as idades ao mesmo tempo sem um suporte técnico. Caso isso ocorra, o processo poderá ser danoso para o desenvolvimento da criança. 
Segundo o site < www.educarsol.com.br> O processo de inclusão se refere a um processo educacional que visa entender ao máximo a capacidade da criança portadora de deficiência na escola e na classe regular. Envolve fornecer o suporte de serviços da área de Educação Especial através dos seus profissionais. A inclusão é um processo constante que precisa ser continuamente revisto.
Como estudado, a ação de Inclusão Social, não poder ser realizada a curto prazo, é necessária uma ação continua, com suporte e muita determinação por parte dos professores e todos os envolvidos no ambiente escolar. 
Diante das dificuldades que podem ocorrer para que a inclusão social ocorra de fato, é necessário que os professores, disponham de força e determinação.
Como exemplo disso pode citar otrabalho da professora Elisa Theodoro Benfica de 28 que há 10 anos trabalha na área de educação. Ela desenvolveu um projeto com turmas de crianças de quatro a cinco anos de idade na escola Ethos, com o objetivo de integrar seus alunos com crianças portadoras de síndrome de Down entre outras necessidades especiais.
A iniciativa da professora Eliza, mostra o quanto a busca por informações é importante e que não é preciso esperar para dar o primeiro passo. Os resultados desse projeto foram positivos e os alunos depois de um tempo conseguiram se interagir de forma positiva e exemplar. 
Atualmente, a Inclusão Social pode ser considerada como algo revolucionário, uma atitude impar destinada aos professores e todos envolvidos no processo de educação. As crianças ao irem para escola, não estão apenas à procura de aprender conteúdos didáticos, estão também à procura de serem aceitas e amadas, em um espaço democrático onde partilham experiência com o diferente, independente de como é fisicamente.
Contudo, para o professor receber pela primeira vez uma criança com necessidades especiais pode gerar certa insegurança, fato que é considerado normal. Pois é uma grande responsabilidade que o educador enfrentará pela frente, causando assim angústia, pois como afirma muitos psicólogos “nós não fomos criados para as diferenças”, para que o trabalho do professor seja eficaz a psicóloga Adriana Marcondez Machado ( CAVALCANTE, 2006, p. 42) cita:
· Dividir as dúvidas com professores e colegas.
· Não reduzir o aluno à deficiência, apesar de ter características peculiares, ele tem histórias e hábitos como toda criança tem.
· Manter um diálogo constante com os demais especialistas envolvidos com a criança.
· Trabalhar a diversidade, envolvendo sempre todos os alunos em sala.
· Estimular o comportamento solidário entre os alunos. 
A Constituição Brasileira de 1988 garante o acesso ao ensino médio à todas as crianças e adolescentes sem exceção. Sendo assim, a criança e adolescentes com necessidades especiais deve receber atendimento especializado complementar, preferencialmente dentro da escola. “A Inclusão ganhou reforço com a Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional, de 1996, e com a convenção da Guatemala, de 2001.”(CAVALCANTE, 2005, p.42). Esta última proíbe qualquer tipo de diferenciação, exclusão ou restrição baseada na deficiência das pessoas, ou seja, mantê-la fora do ensino regular é considerado exclusão e crime.
Atualmente a Inclusão Social é compreendida como a modalidade de ensino que tem como objetivo quebrar as barreiras que impendem as crianças de exercerem a sua cidadania, e o atendimento especializado é apenas um complemento e não um substituto. 
 Mesmo com os grandes avanços e atuação firme do MEC no sentido de promover a educação inclusiva, ainda o Brasil está longe de chegar efetivamente a uma escola de qualidade para todos.
Contudo, cabe a cada pessoa contribuir com seu papel de cidadão para que a inclusão possa se concretizar, uma vez que, é possível ter muitas informações verdadeiras a respeito desse tema, sendo assim, aceitar o próximo diante de suas diferenças e dificuldades é algo que prova a evolução da espécie humana, todas as pessoas possuem suas falhas e não aceitar uma criança com síndrome é renegar a nossa própria espécie. 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através dos estudos realizados na pesquisa científica deste trabalho foi possível compreender que a síndrome de Down há algum tempo vem sendo estudada, o que possibilitou grandes descobertas ao longo dos anos.
A visão preconceituosa sobre o assunto se dissipou, uma vez que, as pesquisas comprovaram e diferenciaram a síndrome de Down de outras doenças mentais, dando a ela aspectos importantes, facilitando o convívio das pessoas com síndrome de Down na sociedade.
As pesquisas dos médicos possibilitaram a identificação da anomalia no cromossomo 21, possuindo uma falha genética, fornecendo ao indivíduo um cromossomo extra, gerando assim a síndrome.
 Mesmo com toda a evolução dos estudos é difícil identificar qual o organismo é gerador de tal síndrome, entre a mãe e o pai. Apenas sabe-se que existem 3 principais tipos de síndrome de Down, e seu nível pode variar de criança à criança, o que traz a cada uma características distintas , contudo o acompanhamento médico é de grande importância. 
As crianças com síndrome de Down podem desenvolver diversos tipos de problemas de saúde, portanto, tais problemas uma vez identificados e acompanhados por profissionais, podem ser amenizados. Para que isso ocorra a intervenção médica é fundamental, assim como, a busca por informações e desempenho dos pais em acompanhar o tratamento do filho.
Porém, os estímulos paternos são de grande importância para o desenvolvimento da criança com síndrome de Down, pois os pais são os que estão mais próximos das crianças, e são os primeiros a terem que aceitar a criança, a fim de, apresentá-las na sociedade de forma positiva e motivadora. Algumas práticas simples de estímulos podem fazer uma grande diferença na vida das crianças, uma vez que, toda e qualquer criança, necessita de estímulos na medida certa. O papel importante que os pais assumem deve receber a ajuda de profissionais especializados entre eles: médicos, psicólogos, terapeutas, educadores. Sendoque, todo o trabalho em conjunto acarretará em maiores benefícios na vida da criança.
Um dos passos mais importantes na vida das crianças com síndrome de Down, é a sua inclusão na escola. Uma vez definido por lei, para que aconteça a Inclusão Social, é importante a aceitação de todos os envolvidos nesse processo: professores, funcionários e colegas da escola. 
O Brasil precisa evoluir na prática da inclusão, porém o papel dos professores em direcionar o trabalho em sala com base na inclusão é de grande importância, sem desprezar também a importância de condições favoráveis nas escolas, entre elas as infra-estruturas e formação específica ao trabalho pedagógico dos educadores, é preciso ter condições e disposição para que o trabalho possa ser colocado em prática.
É possível fazer uma conexão entre o papel da família e da escola, o que se conclui que um é continuação do outro, e precisam estar interagidos a todo momento, a partir disso é possível contribuir para que as crianças com síndrome de Down possam ter uma vida social digna com todos os direitos e deveres de qualquer cidadão. A Inclusão Social é prova de um avanço da raça humana, porém, mesmo que não em um ritmo acelerado, ela prova o desenvolvimento intelectual das pessoas ao aceitarem o diferente como forma de aprendizagem, uma vez que todas as pessoas possuem diferenças marcantes.
Através desse trabalho foi possível ampliar o conhecimento sobre a síndrome antes de prestar julgamentos errôneos a respeito da síndrome de Down. O amor é alimento importante na educação de qualquer criança. O ser humano ao se deparar com o novo, pode ter dúvidas e inseguranças, mas ao aprofundar melhor nos estudos sobre o papel dos pais e escola, foi possível entender que é possível contribuir com essas crianças, que elas assim como as outras precisam de carinho e atenção e não de sentimento de pena. Elas são produtivas, não devem ser tratadas como vegetais. 
Sendo assim, os pais, professores e toda a sociedade é capaz de contribuir para o desenvolvimento integral e parcial da crianças com síndrome de Down, um trabalho em conjunto com profissionais da área possibilitará resultados importantes para as pessoas com síndrome de Down,
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