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PSICOPEDAGOGIA MONOGRAFIA

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ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL – ESAB
CURSO LATU SENSU PSICOPEDAGOGIA CLINICO - INSTITUCIONAL
JULIANA CECCONELO RAMOS
O DIAGNÓSTICO
Algumas considerações
VILA VELHA - ES
2010
JULIANA CECCONELO RAMOS
O DIAGNÓSTICO
Algumas considerações
O presente trabalho tem como finalidade a discussão do Diagnóstico na psicopedagogia como parte importante e fundamental para o trabalho psicopedagógico, portanto, a importância de saber como fazer tal processo.
Monografia apresentada a ESAB Escola Superior Aberta do Brasil, sob a Orientação da Profª BEATRIZ CHRISTO GOBBI.
VILA VELHA - ES
2010
JULIANA CECCONELO RAMOS
O DIAGNÓSTICO
Algumas considerações
	Aprovada em ____de______de 2010
	
	
	
	
	
	
	
	
VILA VELHA - ES
2010
RESUMO
O estudo que segue tem por objetivo principal esclarecer alguns pontos sobre a importância do diagnóstico na psicopedagogia.
Através de um breve passeio dentro do assunto tento esclarecer alguns pontos e elucidar brevemente algumas questões inerentes ao assunto.
Não tive por pretensão esgotar, e nem mesmo, explorar todo o assunto, por se tratar de um assunto extenso e complexo. Tenho como intenção despertar o olhar critico e a curiosidade desses profissionais que através de sua intervenção junto á criança pode transformar o fracasso em sucesso de um ser humano em desenvolvimento.
SUMÁRIO
	INTRODUÇÃO................................................................................................
	06
	CAPÍTULO 1
1.1 PSICOPEDAGOGO.................................................................................
	
08
	1.2 O TRABALHO DO PSICOPEDAGOGO..................................................
	08
	CAPÍTULO 2
2.1 O QUE É PSICOPEDAGOGIA.................................................................
	
10
	CAPÍTULO 3
3.1 ONDE E COMO ATUA O PSICOPEDAGOGO........................................
	
12
	CAPÍTULO 4
4.1 APRENDIZAGEM.....................................................................................
4.2 O QUE É DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM PARA A PSICOPEDAGOGIA....................................................................................... 
4.3 COMO DETECTAR AS PRINCIPAIS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM?...........................................................................................
	
14
15
17
	CAPÍTULO 5
5.1DIAGNOSTICO ..........................................................................................
5.2 FALANDO SOBRE ENTREVISTA, ANAMNESE E INVESTIGAÇÃO.......
5.3 DEVOLUTIVA DO DIAGNÓSTICO............................................................
	
25
29
33
	CAPÍTULO 6
6.1 JEAN PIAGET E A CLASSIFICAÇÃO DAS FASES DO DESENVOLVIMENTO......................................................................................
6.2 QUAIS SÃO AS FASES DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL PARA JEAN PIAGET..................................................................................................
	
35
37
	CAPÍTULO 7
7.1 QUAL É O PROBLEMA? TESTES E PROVAS PARA DETECTAR O PROBLEMA DE APRENDIZAGEM..................................................................
	
41
	CONCLUSÃO...................................................................................................
	46
	BIBLIOGRAFIA..................................................................................................
	49
INTRODUÇÃO
Palavras-chave: psicopedagogo, dificuldade de aprendizagem, testes psicopedagogicos.
PROBLEMA DE PESQUISA
Diagnostico: quais ferramentas utilizar para avaliar o déficit no processo de aprendizagem
JUSTIFICATIVA
Meu interesse pelo assunto deve-se ao fato de eu trabalhar com crianças de diferentes faixas etárias e perceber que independente da série escolar a dificuldade na aprendizagem é algo que vem se tornando corriqueiro.
Refletindo sobre o tema analisei que é de fundamental importância que o psicopedagogo consiga identificar de maneira eficaz onde se encontra o problema de aprendizagem, podendo intervir de maneira eficaz. Sendo essa minha crença, trago nesse trabalho alguns dos recursos que o psicopedagogo pode utilizar em sua atuação para que consiga identificar o problema de aprendizagem e assim conseguir planejar a sua intervenção.
Sendo o tema para mim de grande relevância para a área educacional, e também atual devido a situação escolar vivenciada em nosso cotidiano, é que tenho certeza que esse trabalho pode vir a ajudar muitos professores a entender melhor o seu papel na educação da criança com problema de aprendizagem e qual a melhor maneira de ensinar essa criança de forma eficiente.
Esse material também vem a reforçar a importância da atuação psicopedagogica no direcionamento da aprendizagem da criança com dificuldades em aprender.
OBJETIVO GERAL E ESPECÍFICO
Apresentar algumas das ferramentas que o psicopedagogo dispõe para identificar onde encontra-se a dificuldade de aprendizagem para a partir daí poder intervir. Além de trazer algumas da dificuldade de aprendizagem que são encontradas mais frequentemente.
DELIMITAÇÃO DO TRABALHO
Meu objetivo é explanar de maneira breve quais são algumas da dificuldades de aprendizagem mais comuns e quais ferramentas que o psicopedagogo dispõe para poder identificar essas dificuldades e planejar a sua intervenção.
METODOLOGIA
A pesquisa será exploratória tendo como material a ser investigado livros, revistas e artigos científicos pesquisados na internet a respeito do tema.
CAPITULO 1
– PSICOPEDAGOGO
Rubinstein (1996) relata que o trabalho do psicopedagogo surgiu a partir da necessidade de melhor se compreender o processo de aprendizagem da criança e através de conhecimento possibilitar novas estratégias para que a prendizagem possa acontecer sem maiores transtornos.
A mesma autora salienta ainda que o papel do psicopedagogo nesse processo é de desenvolver técnicas que torne a aquisição de novos conhecimentos uma ação prazerosa para essa criança que possui a dificuldade, tendo sempre o discernimento de que muitas vezes precisará recorrer a outros profissionais pra poder “tratar” essa criança.
1.2 – TRABALHO PSICOPEDAGOGICO
Para Porto (2005) uma atenção especial vem sendo dada atualmente as questões educacionais, sobretudo as questões referentes ao ensino e ao processo de aprendizagem.
Porto (2005) observa ainda que as dificuldades antes ignoradas, hoje fazem parte das pautas de reuniões escolares onde o corpo pedagógico tenta melhorar a sua atuação através de novas tecnologias, metodologias e teorias visando facilitar o processo de aprendizagem.
Porém nem sempre esses recursos dispostos aos professores são o suficiente para que consigam êxito em seu objetivo que é ensinar todos os alunos para que possam adquirir o conhecimento básico necessário, sendo assim faz-se necessário que o professor tenha um olhar atento e individualizado para cada um dos seus alunos para que consiga identificar a dificuldade de cada um e quando essas dificuldade transpassa os limites da sala de aula e precisa da atuação de um profissional que consiga trabalhar essa dificuldade de maneira mais individualizada.
Antes de qualquer elucidação quanto ao trabalho psicopedagógico, que tem por objetivo melhorar a relação da criança com seu esquema de aprendizagem, precisamos conhecer a história dessa ciência para então tentar compreender como esse profissional surgiu e a que veio.
CAPITULO 2
2.1- O QUE É PSICOPEDAGOGIA
Em seus estudos sobre a históriada Psicopedagogia Martins (Martins apud Bossa 200) revela que os textos sobre a historia do psicopedagogo traz relatos de que a psicopedagogia teria surgido na França no inicio do século XIX e que a principio teria tido contribuições da medicina, psicologia e psicanálise que ajudaria na época o psicopedagogo na sua atuação com a criança que apresentava lentidão ou dificuldade para aprender.
Hoje a psicopedagogia atua não apenas no campo da saúde como também na área da educação, pois em ambos campos a questão da dificuldade de aprendizagem se faz presente, sendo assim é uma ciência interdisciplinar podendo atender em clinicas e escolas, além de outros campos novos que vem surgindo.
O psicopedagogo em sua atuação ocupa-se do processo de aprendizagem humana com o objetivo de facilitar esse processo em todas as áreas como a cognitiva, afetiva e social. Sua preocupação e ocupação é com o ser humano em seu processo de aprendizagem e tem como objetivo evitar o fracasso dessa criança, adolescente ou adulto e facilitar aprendizagem utilizando os recursos próprios ou de outras áreas para que esse individuo obtenha sucesso em seu processo de aquisição de conhecimento na sua aprendizagem.
Para alcançar o êxito em seu objetivo em seu objetivo, que é o sucesso no processo de aprendizagem, o psicopedagogo atua de maneira interdiciplinarmente recebendo influencia de diversas áreas do conhecimento como psicologia, pedagogia, medicina, fonoaudiólogia entre outras que contribuem para diagnostico dos transtornos da criança. Assim elucida-se as características desse transtorno e através dessa elucidação o psicopedagogo poderá intervir para a superação das dificuldades que esse transtorno causa na aprendizagem da criança. Essa intervenção ocorrerá através de ferramentas e recursos que influenciaram na aprendizagem dessa criança.
O psicopedagogo terá que estabelecer um vinculo positivo com o aprendiz para consiga resgatar ou despertar no aprendiz o prazer em aprender, para tanto o trabalho terapêutico centrado na aprendizagem desse aprendiz deverá abranger não apenas ele próprio em sua individualidade mas também todo o seu meio e as relações em que ele esteja envolvido.
A psicopedagogia foca o seu diagnostico do processo de aprendizagem do individuo e respeita sempre a individualidade das capacidades e a realidade desse individuo, indo além das evidencias que as vezes foram observadas pela família e escola.
Em resumo o psicopegagogo tem como objeto de estudo o processo de aprendizagem e as dificuldades que esse processo pode encontrar durante o seu desenvolvimento. O estudo de como acontece esse processo tem caráter preventivo e terapêutico onde o psicopedagogo irá detectar as possíveis causas dos problemas de aprendizagem através de provas e testes psicopedagogicos como as Provas Operatórias, Testes projetivos, entre outros, além da Entrevista Objetiva Centrada na Aprendizagem e da Anamnese.
Essa área do conhecimento integra saúde/educação/sociedade, onde o profissional precisa analisar os sintomas apresentados pelo individuo considerando o seu físico, emocional, cultural e social, além de suas relações familiares, escolares e sociais. Sua incumbência é transformar o processo de aprendizagem através de sua mediação.
CAPITULO 3
3.1 – ONDE E COMO ATUA O PSICOPEDAGOGO.
O psicopedagogo pode atuar em diversas áreas como em escolas, instituições, clinica e empresa, como esclarece Garcia (2010) definindo a forma de atuação do psicopedagogo em cada ambiente.
Na escola muitas vezes ele atuará como o Orientador Pedagógico ou Coordenador pedagógico ou ainda como Professor. A sua função será de detectar e analisar quais são os fatores que favorecem, interferem ou até mesmo prejudicam uma boa aprendizagem. Será a partir dessa análise que ele poderá propor e auxiliar o desenvolvimento de projetos favoráveis as mudanças para o êxito na aprendizagem.
Ele poderá propor não apenas a compra de materiais didáticos como tabém de jogos lúdicos e pedagógicos além de rever a disposição física dos espaços utilizado pelos alunos, tudo focando a melhora do desenvolvimento intelectual, social e emocional do estudante.
No caso das instituições o psicopedagogo vai até a escola para identificar quais dos seus alunos apresentam algum tipo de dificuldade em sala de aula. Essa identificação poderá ser feita aluno por aluno analisando se o desenvolvimento que o aluno apresenta é compatível para acompanhar o projeto pedagógico proposto pela escola para o desenvolvimento da aprendizagem proposto para a etapa que a criança se encontra.
A aprendizagem deve ser analisada por esse profissional como sendo a aprendizagem uma ação onde um individuo ou um grupo irá incorporar informações e experiências que irão modificar alguns aspectos da personalidade do individuo na dinâmica do grupo, essa modificação irá influenciar na maneira como o individuo atua e encara realidade onde esta inserido.
Já na área da saúde o psicopedagogo irá atuar nas clinicas onde terá um consultório para que possa analisar e fazer o diagnóstico do problema desse individuo, podendo a partir daí orientar e atender o individuo tratando a partir de sua investigação o que identificou como sendo o problema no processo de aprendizagem do mesmo. Todo o processo utilizado para a identificação do problema de aprendizagem é utilizado para esclarecer aos responsáveis e ao próprio individuo quais são os obstáculos que estão interferindo para que uma aprendizagem eficaz. O psicopedagogo irá criar novos caminhos junto com o individuo que facilitarão o desenvolvimento de atitudes e de processos de aprendizagem mais adequados e específicos para cada individuo dentro de suas limitações e individualidade para aprender.
A função do psicopedagogo na clinica é realizar o diagnostico psicopedagógico enfatizando as possibilidades e pertubações da aprendizagem, esclarecendo e orientando quem o consulta além de orientar os responsáveis, no caso do paciente ser uma criança, e professores quanto ao diagnostico e os recursos que deverão ser utilizados para que esse individuo aprenda. Também pode fazer a orientação vocacional para todos os níveis educativos.
Na empresa sua atuação esta voltada ao objetivo de auxiliar o grupo a superar as dificuldades de relacionamento, ele deve ajudar na superação da fragmentação dos setores com o intuito de trabalhar de maneira integrada. Suas intervenções devem ser direcionadas a observação do grupo, seu funcionamento, sua movimentação, maneira que reagem as sua frustações e erros.
O psicopedagogo deve estar em todo lugar onde haja relações sociais, ou seja, aprendizagem.
O trabalho do psicopedagogo consiste em entender os processo de aprendizagem no aspecto cognitivo, emocional, corporal e social. Sua ação deve acontecer no processo tanto normal de aprendizagem como no processo que apresenta problemas, além de dever intervir no planejamento das instituições e no trabalho de reeducação.
CAPITULO 4
4.1 APRENDIZAGEM
Antes de qualquer enfoque sobre o diagnostico do problema de aprendizagem precisamos entender o que é a aprendizagem para o psicopedagogo.
Pain (2010) vê a aprendizagem como um processo pelo qual o ser humano passa para adquirir novos conhecimentos, desenvolvendo competências e mudar alguns de seus comportamentos. 
Para alguns estudiosos a aprendizagem é um processo que provoca transformações qualitativas na mente de quem aprende. Essa alteração acontece através de mudanças de conduta da criança. As informações podem ser adquiridas através do ensino formal ou da simples aquisição de hábitos. A aprendizagem como ação é característica da psique humana, pois apenas o ser humano possui intenção consciente para aprender estando sempre em processo de mudanças e procurando informações para novas aprendizagens aperfeiçoando as que já possui até conseguir êxito e perfeição no que procura aprender.
A aprendizagem tem como característica motivadora amudança de comportamento de maneira mais ou menos sistemática e que pode ser inculcada através da experiência e observação. O ser humano já nasce disposto a aprender precisando apenas de estímulos externos e internos para aprender.
Há aprendizagens que são consideradas natas do ser humano como é o caso de andar e falar. A maior parte das aprendizagens acontece no meio em que a criança convive e vai influenciar a mudança de conduta além de haver, também, pré disposição genética para determinados tipos de aprendizagens acontecer de maneira espontânea.
Mais do que simplesmente entender o que é aprendizagem, precisamos entender o processo de aprendizagem sobre a visão psicopedagogica.
Para a psicopedagogia é necessário que se entenda que a criança tem uma forma particular de aproximar-se do objeto de conhecimento e aprender, construindo um saber que lhe é particular. Essa aprendizagem vem desde de o nascimento da criança.
A partir do momento que passamos a conhecer e compreender como se dá o processo de aprendizagem na criança é que estaremos prontos para preparar todo aparato pedagógico que satisfaça as necessidades especificas da criança que precisa aprender. As necessidades particulares de aprendizagem dessa criança é que norteará o trabalho psicopedagogico, indicando ao psicopedagogo quais ferramentas ele terá que usar para suprir tais necessidades para que o processo de aprendizagem aconteça, sem esquecer-se da principal ferramenta que são os recursos que a própria criança dispõem.
4.2 O QUE É DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM PARA A PSICOPEDAGOGIA?
 
O problema de aprendizagem não pode ser limitado a uma dificuldade ligada apenas ao aluno, pois o processo de aprender não esta ligado simplesmente ao aluno, ele esta ligado a todo o meio e estrutura onde ele esta acontecendo e sendo influenciado. Essa colocação justifica-se pelo fato da aprendizagem não ser um processo que acontece de maneira individual não dependendo assim apenas do esforço daquele que aprende, mas, também e talvez principalmente em alguns casos, de todo um processo que é coletivo.
Fernandes (2001) refere-se em sua obra sobre a importância da família no processo de aprendizagem da criança, colocando os pais como os primeiros professores que determinaram algumas modalidades de aprendizagem de seus filhos.
Fernandes (2001, p. 97) refere-se a família do paciente-problema de aprendizagem da seguinte maneira:
Não encontramos um tipo de família que corresponda ao paciente-problema de aprendizagem. Os aspectos diferenciais da família que provê um terreno fértil para a formação de um sintoma na aprendizagem, relaciona-se com o tipo de circulação do conhecimento e especialmente com o acionar do segredo.
Afinal quando nos dispomos a aprender algo iremos aprender com aquele em que confiamos o direito de nos ensinar algo que não conhecemos. A relação professor X aluno é de extrema confiança, já que o aluno confia plenamente que o professor lhe revelará algo que o aluno não teria acesso se não fosse através dele. 
Assim torna-se necessário que se compreenda algumas das possíveis causas para o não aprender.
A complexidade desta questão expõem que não é tarefa fácil para o educador conhecer as diversas “pluricausalidades” que podem levar a criança a não aprender.É comum constatar que as escolas muitas vezes rotulam e condenam esse grupo de alunos que não aprendem a repetência, além de criarem rótulos de incapazes por não atingirem a meta que lhes foram estipulada.
Em seu artigo Silva (SILVA apud WEISS, 2006 ) refere-se a teoria de Weiss dizendo que para esse autor a prática psicopedagogica deve considerar o sujeito como um ser global composto pelo aspectos orgânicos, cognitivo, afetivo, social e pedagógico. Silva resume da seguinte maneira cada um desses aspectos:
O aspecto orgânico diz respeito à construção biológica do sujeito, portanto, a dificuldade de aprender de causa orgânica estaria relacionada ao corpo. O aspecto cognitivo está relacionado ao funcionamento das estruturas cognitivas. Nesse caso, o problema de aprendizagem residiria nas estruturas do pensamento do sujeito. Por exemplo, uma criança estar no estágio pré-operatório e as atividades escolares exigirem que ela esteja no estágio operatório-concreto. O aspecto afetivo diz respeito à afetividade do sujeito e de sua relação com o aprender, com o desejo de aprender, pois o indivíduo pode não conseguir estabelecer um vínculo positivo com a aprendizagem. O aspecto social refere-se à relação do sujeito com a família, com a sociedade, seu contexto social e cultural. E, portanto, um aluno pode não aprender porque apresenta privação cultural em relação ao contexto escolar. Por último, o aspecto pedagógico, que está relacionado à forma como a escola organiza o seu trabalho, ou seja, o método, a avaliação, os conteúdos, a forma de ministrar a aula, entre outros. Para a autora a aprendizagem é a constante interação do sujeito com o meio. Podemos dizer também que é constante interação de todos os aspectos apresentados. Em contrapartida, a dificuldade de aprendizagem é o não-funcionamento ou o funcionamento insatisfatório de um dos aspectos apresentados, ou ainda, de uma relação inadequada entre eles.
São vários os autores e as diferentes visões sobre o que é e como se dá o problema de aprendizagem.
A visão psicopedagogica entende que a dificuldade de aprendizagem engloba os processos de desenvolvimento e os caminhos da aprendizagem percebendo o aluno de maneira interdisciplinar, buscando apoio e orientação em varias áreas do conhecimento e analisando o processo de aprendizagem no contexto não apenas escolar mas também afetivo, cognitivo e biológico.
O psicopedagogo traz consigo uma nova visão sobre os problemas de aprendizagem, esclarecendo que esse não é um problema exclusivo do aluno, da família ou da escola, mas sim uma questão complexa e que precisa ser investigada e compreendida para auxiliar o aluno a ter êxito em seu processo de aprendizagem e a partir dessa investigação encontrar maneiras para intervir e provocar o processo de aprendizagem satisfatório para a criança, a família e a escola.
O problema de aprendizagem é uma questão real e que precisa de uma atenção especial para que não sejam excluídos da escola crianças que são capazes e aprender se lhe forem apresentados alguns recursos especiais que lhes possibilitem o acesso ao conhecimento.
4.3 COMO DETECTAR AS PRINCIPAIS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM?.
A criança que apresenta dificuldade de aprendizagem tem algumas de sua habilidades como a de falar, escutar, ler, escrever, soletrar, pensar, recortar, organizar informações ou aprender de maneira geral ou especifica comprometida em alguma dessas áreas. Essas dificuldades muitas vezes não poderam ser sanadas por serem de origem orgânica portanto detectar a causa da origem da dificuldade apresentada pelo aluno é fundamental para que o processo de aprendizagem ocorra de maneira eficiente e sem causar maiores transtornos.
Porto (2005) define a dificuldade de aprendizagem como sendo um comportamento divergente que pode levar o aluno ao fracasso e que na maioria dos casos causa angustia não apenas para a criança que não aprende mas também para o professor que não consegue fazer com que essa criança consiga aprender. A autora ressalta que entender o que se passa no processo educativo é fundamental para que se compreenda o motivo que pode estar causando essas dificuldades que podem acarretar o fracasso escolar e o que é ainda pior esse fracasso pode estender-se para além dos muros escolares tornando-se muitas vezes “fracassos de vida”, Porto (2005, p.53), lembra:
Importante e desafiante é repensar as práticas educativas, envolvendo não só o aluno, mas professores, coordenadores, diretores e todos que fazem parte do processo, um recorte para uma intervenção psicopedagogica. Portanto, na atuação do professor existe uma fragilidade em relação ao aluno que não se sustenta pela psicologianem pela pedagogia, principalmente nos dias atuais. Basta lembrarmos nossas experiências e como elas se processam.
Atualmente é necessário que se veja o aluno como sendo um ser envolvido em relações cotidianas diversas. Vários trabalhos mostram questões relativas ao fracasso escolar e esse fracasso se reflete em inúmeras repetências que acarretam em evasão escolar dessa criança que por se considerar incapaz de ter êxito na escola desiste dela. O que mais chama a atenção para esses trabalhos é que o foco do fracasso refere-se apenas ao aluno e não na má formação do professor, que não conseguiu ensinar esse aluno dentro de sua individualidade.
Não coloco em hipótese alguma que não existam reais dificuldades, muitas detectáveis, o que pretendo é esclarecer que, como mostrarei, há muitas patologias orgânicas ou emocionais que acarretam esse fracasso mais há alunos considerados sendo incapazes que não são portadores de nenhuma necessidade educacional especial que justifique a sua não aprendizagem.
Isso pode se um reflexo quanto ao esvaziamento do papel do professor no processo de aprendizagem do aluno, além do preconceito presentes no dia-a-dia das escolas que banalizam a concepção de que a ausência de uma aprendizagem eficaz diz respeito a circunstancias econômicas, familiares e emocionais vivenciadas pelo aluno, e ainda temos que contar com a questão do cotidiano escolar patologizado que desloca o eixo da discussão do político-pedagógico para as soluções médicas, psíquicas ou fonoaudiologica, soluções essas quase sempre inacessíveis a educação (PORTO apud COLLARES e MOYSES 2006).
Resume Parga (2001, p.163) o papel do professor como sendo:
Resumindo, a relação professor-aluno se constitui numa possibilidade para que a criança se recoloque e, a partir do outro, ressignifique a sua posição e dificuldades. Nesse sentido, o professor deve preocupar-se com o desenvolvimento integral da criança, propiciando a aproximação escola-família, vinculando sempre o aluno ao prazer de aprender, permitindo, assim, um mecanismo de identificação desta com o processo de aprendizagem. No entanto é preciso que cada professor reveja o seu próprio gozo ao aprender.
O que se percebe hoje é que os profissionais da educação tem um conceito muito vago a respeito do que realmente é e significa uma criança com dificuldade de aprendizagem, a sua concepção é muitas vezes apoiadas em fundamentos não cientifico.
Essa falta de interesse e conhecimento para descobrir o real motivo e causa dessa dificuldade de aprendizagem demonstrada pelo aluno tem feito com que esse aluno vagueie entre as classes de educação especial e educação regular, tentando encaixar-se em alguma delas para que consiga aprender dentro de suas limitações, o problema é que nesse vaguear o aluno se vê perdido e desmotivado, pois percebe que seu lugar não é na educação especial e que na educação regular também não estão conseguindo solucionar o seu problema, acaba desistindo da educação formal, pois se aquele que para ele representa um “mestre”, detentor de conhecimento, não consegue solucionar seu problema acaba esse aluno acreditando que seu problema não tem solução dentro da educação, concluindo ser melhor “abandonar o barco”.
Porto (2005, p.56) refere-se a essa questão:
As crianças e jovens com dificuldades de aprendizagem, para serem identificadas como tal, deveriam implicar a observância de uma gama de atributos e características cognitivas e comportamentais que deveriam constituir uma “taxonomia educacional”, e consubstanciar com propriedade de uma definição teórica estável.
O termo dificuldade de aprendizagem tem sido usada para designar um fenômeno extremamente complexo onde essa dificuldade é na verdade uma desordem na maneira de adquirir e utilizar a aquisição do que se necessita, essa desordem pode ser de ordem auditiva, da leitura, fala, escrita ou raciocínio matemático. Essas desordens são de constituição orgânica fazendo com que acarrete uma desordem no conceito, critério, teoria, modelo e hipótese.
Assim sendo, diante de tanta complexidade quanto a sua definição, origem e principalmente na suspeita e percepção de haver ou não um problema real de aprendizagem é necessário que se conheça as características de algumas das principais dificuldades de aprendizagem para assim conseguir ao menos embasar a suspeita em características, que observadas pelo professor e família, podem vir a confirmar, o diagnostico de uma patologia real e não apenas preconceituosa.
Assim como exposto e considerando de fundamental importância e relevância que o professor conheça as características de algumas das patologias mais comumente encontradas e apresentadas pelos alunos em sala de aula é que baseada em no site psicopedagogia on line é que apresentarei alguma das características de algumas patologias ou condições orgânicas que a criança pode apresentar em sala de aula, são elas:
Dislexias: A incapacidade de aprender a ler de um individuo que possui a capacidade intelectual necessária. Vários são os termos dados a este transtorno como: dislexia especifica, dislexia de evolução, e no passado “cegueira verbal congênita”.
Segundo L. Bender (Teoria do atraso da maturação cerebral. “Retardo de maturação”, explica Bender, “significa lenta diferenciação em relação a um padrão estabelecido, sem que se especifique ser o déficit local, especifico ou fixo. Não implica em limitação obrigatória quanto ao potencial; na verdade, com freqüência sobrevêm acelerando a maturação.” A dislexia representaria um tipo especial de imaturidade cerebral na qual se atrasaria a função de reconhecimento visual e auditivo dos símbolos verbais.
Dislalia : Transtorno funcional primário que corresponde ao atraso, á linguagem do “bebê”.
Atenção: É um evento oculto que não pode ser controlado diretamente. Dessa maneira, é muito parecido com o processo oculto de aprendizagem, que também não apresenta referência direta e só pode ser mensurado pela observação das alterações no desempenho, é devida á atenção imperfeita, a aprendizagem imperfeita ou ambas. A atenção na aprendizagem refere-se a seleção de estímulos dentre os vários utilizados no processo de aprendizagem, a fim de ele associar a resposta adequada. A criança precisa dispoor da atenção seletiva para discenir dentre tantos estímulos aquele que a leva a uma resposta apropriada. A atenção deve estar centrada no conteúdo propriamente, não na forma de recursos utilizados na aprendizagem do mesmo. Ao escutar a explicação oral, além de preocupar-se com a compreensão da mesma, há uma percepção do tom de voz, sotaque, etc; que também fazem parte do estimulo. Caso a atenção não esteja centrada, (atenção seletiva); ela se desviará, não vingando o essencial.
Apraxias: Incapacidade de executar movimentos apropriados a um determinado fim, conquanto não haja paralisias.
Disfasias/Audiomudez: Transtornos raros da evolução da linguagem. Trata-se de crianças que apresentam um transtorno da integração da linguagem sem insuficiência sensorial ou fonatória; que podem, embora com dificuldade, comunicar-se verbalmente e cujo nível mental é considerado normal.
Ecolalia: Repetição da fala do interlocutor.
Disortografia: Escrita com os erros de que tratamos, pode ser o primeiro ou único achado de exame em caso de dislexia leve não detectado desde o inicio, podendo ter havido, mas já desaparecido, as dificuldades à leitura. Boa parte dos disléxicos melhora razoavelmente nesta matéria, enquanto ainda cometem muitos erros à escrita. Os disléxicos podem fazer toda a sua escrita em espelho, o que é, entretanto, raro. Quanto aos erros de omissão, o mais freqüente é suprimirem-se letras mudas ou vogais – BNDT ( por BENEDITO), por exemplo. É comum a tendência à união de duas ou mais palavras em uma só. Mas também se pode verificar a divisão de uma das palavraspalavra, que o disléxico escreve em duas partes. Quanto a pontuação, pode haver a dificuldade na colocação de vírgulas.
Afasia: É a perdaparcial ou total da capacidade de linguagem, de causas neurológicas central decorrente de AVC (Acidente Vascular Cerebral), lesões cerebrais na área da fala e linguagem. Conforme a extensão e localização da lesão o paciente pode apresentar um ou mais sintomas: 
Perda total ou parcial da articulação das palavras;
Perda total ou parcial da fluência verbal, dificuldade de expressar-se verbalmente, nomear objetos, repetir palavras, contar, nomear por exemplo os dias da semana, meses do ano, ou ainda perda da noção gramatical;
Perda total ou parcial da habilidade de interpretação, não reconhece o significado das palavras, ler, escrever;
Perda total ou parcial da capacidade de organização de gestos para comunicar o que quer. 
“Adquirida” da criança é considerada como algo excepcional. Ressalta uma expressão verbal com transtornos articulares freqüentes, uma compreensão oral raramente perturbada, uma alexia freqüente acompanhando-se de transtornos da escrita. Afasias pós-traumáticas ou tumorais das quais poderíamos obter certas características: redução da expressão verbal oral mas sobretudo escrita, freqüência muito maior dos transtornos da realização da linguagem, em menos grau, da compreensão da linguagem, evolução um tanto favorável quando a lesão não é evolutiva. Segundo Ketchum, afasia congênita, geralmente se relaciona com lesão cerebral evidente.
Disfasia: Transtorno da linguagem – afasia congênita. Cujos transtornos se referem a recepção e análise no material auditivo, verbal e dificuldade com o discurso (perturbação na comunicação verbal) Gagueira.
Memória: A memória pode ser definida como a capacidade do individuo de gravar as experiências e acontecimentos ao longo da vida. Pode ser dividida em:
Tipos de material: verbal ou não verbal
Modalidade de Experiência Sensorial: Visual, Auditiva, Táctil e Gustativa
Memória de Curto Termo: aspecto de memória que envolve lembrança imediata
Memória de Longo Termo: para informações apresentadas pelo menos á trinta minutos.
Memória Remota: para informações que ocorrem a mais de 24 horas.
Os transtornos de memória tem sido mais frequentemente relatados como déficit de habilidade associadas com algum tipo de disfunção cerebral, problemas de memória é também frequentemente foco de intervenções de tratamento, e podem ser classificados como: Retrograda (dificuldade de memória para informação codificada antes da lesão) e Anterógrada (dificuldade de memória para informações subseqüentes à lesão). No tratamento das disfunções da memória é importante identificar a fonte da dificuldade, se possível, bem como a natureza e parâmetros da disfunção. Entendendo-se o mecanismo da dificuldade pode-se conduzir o desenvolvimento das intervenções apropriadas. Dentro da abordagem psicológicas, Dejours analisa o tema a partir da distinção de três tipos de memória:
Psiquica: ligadas a mecanismos de esquecimento;
Cognitiva: eferente ao estocar e evocar informações;
Memória de “Saber Fazer”: ligada aos programas genéticos que necessitam de encontros específicos com o ambiente, denominada Memória POTENCIAL ou LATENTE.
A intervenção psicopedagógica em indivíduos que tem problema de retenção vem no sentido de auxiliar para que este faça um maior número de relações entre o objeto de estudo (o que quer ou precisa aprender) e suas estruturas mentais.
Hiperativiade: A imagem composta da primeira infância e da meninice da criança hiperativa é de crianças que tem dificuldade de alimentar-se, de dormir, estão muitas vezes em mau estado de saúde e não aprendem a falar ou só falam adequadamente após os três anos de idade ou mais. Transtornos emocionais, Deficiência mental, Desenvolvimento psicomotor e Sexualidade.
Atraso de linguagem: Considera-se atraso de linguagem crianças que:
Até 1 ano e ½ não falam palavras isoladas. A parit de 2 anos não formam frases.
Causas possíveis: Quanto aos pais ou aqueles que cuidam da criança não esperam que a mesma exprima a sua vontade, antecipam-se fazendo aquilo que a criança quer fazendo com que a criança não sinta necessidade de falar. Quando não há estímulos adequados . Quando o meio sócio-afetivo-cultural não é adequado. Quando há atraso psicomotor Quando há perda auditiva parcial ou total. Quando há problema neurológico.
Tratamento: Fonoaudiológico. Será identificado o nível da linguagem, as causas do atraso, orientação da participação familiar.
Porto (2005) ainda cita em seu livro características de alguns transtornos que facilmente são detectáveis em sala de aula, como os transtornos que descrevo a seguir:
Disgrafia: a criança apresenta dificuldade para exprimir suas idéias, tem o traçado das letras irregular e distribui mal as palavras pelo papel, na cópia de testos é perfeita mas se precisar transcrever um ditado terá dificuldade em organizar esse texto na folha. (PORTO, 2005)
Discalculia: como o termo sugere é a dificuldade em matemática, apesar do aluno conhecer as quatro operações matemáticas não consegue aplica-las em problemas acadêmicos nem na vida cotidiana. (PORTO, 2005)
Síndrome do déficit de atenção em hiperativos: Os estímulos que a criança recebe são filtrados e tomados pela consciência, porém uma formação imatura deixa esse estimulo passar impedindo que se estruture um foco de atenção. O professor deve ficar alerta com a falta de atenção ou de concentração do aluno. Os sinais de hiperatividade, impulsividade ou desatenção devem estar presentes na conduta da criança antes dela completar sete anos, sendo que essas três características devem ser observadas em dois ambiente que a criança freqüenta (escola e na casa). (PORTO, 2005)
Distúrbio da fala: Guagueira, esse distúrbio afeta o aprendizado principalmente na questão da leitura, os sintomas podem desaparecer por volta dos quatro anos. Apesar de não se ter certeza quanto a sua origem sugere-se que pode ser de origem neurológica ou fisiológica. Não se tem certeza quanto a herança genética sendo a transmissão muitas vezes ocorrida pela ansiedade do pais, ou acriança ser submetida a grandes pressões. (PORTO, 2005)
Distúrbios emocionais: desde a infância a angustia e a depressão podem manifestar-se na criança, a insegurança que mais perturba a criança pode ser causada pela família ou pela escola. No caso familiar pode ser a presença de pais muito severos, ansiosos e exigentes que pode acarretar que a criança tenha pavor da figura do professor, fobia da escola ou insegurança quanto a sua capacidade em aprender. Na escola o ambiente pode ser muito disciplinado com uitas ordens e regras que chegam de maneira distorcida para a criança tornando esse ambiente um lugar de influência negativa para a criança. (PORTO, 2005)
CAPITULO 5
5.1 DIAGNÓSTICO
Quando falamos em diagnostico em psicopedagogia estamos especificando porque irá ser tratado aspectos específicos e relacionados a dificuldade de aprendizagem.
Rubinstein (1996, p.127) quando fala dessa “especificidade” como ela mesma define esse tipo de diagnostico ela diz que “especificidade” é:
{...} é a indicação de que a psicopedagogia atualmente consegue desenhar um contorno, uma fronteira que é o produto da construção de sua identidade, podendo-se, portanto, pensar na especificidade do diagnóstico psicopedagógico.
E ainda continua esclarecendo que ...
A psicopedagogia tem por objetivo compreender, estudar e pesquisar a aprendizagem nos aspectos relacionados com o desenvolvimento e ou problema de aprendizagem. A aprendizagem é entendida aqui como decorrente de uma construção, de um processo, o qual implica em questionamentos, hipóteses, reformulações, enfim, implica um dinamismo. A psicopedagogia tem como meta compreender a complexidade dos múltiplos fatores envolvidos neste processo.
A psicopedagogia surgiu da necessidade de um profissional que pudesse diagnosticar e tratar as dificuldades de aprendizagem proporcionando ao aprendiz a oportunidade de voltar a aprender normalmente.O conceito de diagnostico foi formulado a partir do dialogo de diversas áreas profissionais que também tinham como preocupação em sua atuação o processo de aprendizagem. Esse encontro também proporcionou entender a aprendizagem observando o processo pelo qual ela se dava e quais seriam os fatores que interfere nesse processo.
Rubinstein(1996) diz que o diagnostico psicopedagogico é um processo de investigação onde o psicopedagogo é o detetive em busca de pistas, procurando solucionar todas as pistas para descartar as que são falsas e manter o seu objetivo de investigação investigando todo o processo de aprendizagem considerando a totalidade dos fatores que estão envolvidos em tal processo para a partir dessa investigação entender a constituição da dificuldade de aprendizagem.
Essa investigação ao mesmo tempo que amplia limita o diagnostico. A ampliação é para se compreender todos aspectos envolvidos porque apenas identificar a patologia, a didática e a pedagogia não é o bastante para se entender o que acontece com a criança, precisando muitas vezes os psicopedagogos do auxilio de outros profissionais para completar o seu diagnostico.
Um bom diagnostico é fundamental para que se aconteça uma intervenção eficiente. O próprio diagnostico é uma intervenção porque o terapeuta deixa de ser mero expectador para interagir. Essa interação muitas vezes amplia-se além do paciente estendendo-se para a família e a escola.
Rubinstein (1996, p.129) entende diagnostico interventivo da seguinte maneira ...
Ao caracterizar o diagnostico como interventivo, entendo que poderão ocorrer mudanças durante o processo diagnostico. Sendo o processo diagnostico interventivo, mudanças deverão ocorrer desde a forma como o aprendiz lida com o conhecimento, até como os pais podem compreender as dificuldades de aprendizagem de seu filho.
Algumas crianças antes do diagnostico só viam seu próprio fracasso; a partir do diagnostico, se este for interventivo, isto é, se durante o diagnostico a criança puder aprender, poderá sentir o gosto da competência. Alguns pais antes do diagnostico desconheciam ou não tomavam conhecimento dos aspectos positivos de seus filhos. A escola a partir do diagnostico também terá maiores recursos para entender como o aluno aprende.
O diagnostico fará com que se construa um conhecimento e compreensão a respeito do processo de aprendizagem. O que trará maior certeza quanto aos objetivos a serem alcançados durante o tratamento.
Outro aspecto referente ao diagnostico interventivo é que através dele o psicopedagogo deverá esclarecer a respeito das dificuldades especificas do seu cliente relacionando o especifico com o geral do processo de aprendizagem, Rubinstein (1996) relata que na grande maioria das vezes os pais das crianças e as vezes a escola estão bastante voltados para a recuperação imediata de alguns aspectos. Nesses casos Rubinstein (1996, p. 130), diz que:
Quero também ressaltar que o diagnostico psicopedagógico também não deve se restringir ao período anterior ao tratamento. A continuidade na avaliação deve manifestar-se por meio da continua avaliação da intervenção propriamente dita. O psicopedagogo deve estar avaliando continuamente seu trabalho pelos resultados e também por suas inquietações, verificando se ao longo do trabalho as hipóteses iniciais se mantêm, se alteram ou se descartam.
A operacionalização do caráter continuo do diagnostico deve ocorrer pela inclusão de supervisão clinica no trabalho psicopedagogico. No inicio da carreira profissional do psicopedagogo a supervisão é imprescindível , e, ao longo da formação e da aquisição de experiência, esta mesma supervisão não perderá a sua importância.
Para que o diagnostico aconteça o psicopedagogo deverá ter um modelo teórico que o respalde quanto a sua concepção de aprendizagem, tal teoria será a sua base da sua postura interventiva após o diagnostico.
Rubinstein (1996) apóia-se em Sara Pain, pois a autora diz que mesmo havendo vários conceitos sobre a aprendizagem o que todos acreditam basicamente seria de que a aprendizagem é uma construção do aprendiz e a interação entendida como sendo a participação de um mediador humano que se colocaria entre o aprendiz e o conhecimento a ser-lhe apresentado. A aprendizagem seria caracterizada (RUBINSTEIN apud PAIN, 1996) como um processo onde ocorre a transmissão de conhecimento feita por um intermediário. O aprendiz deve construir seu conhecimento através de seu próprio esforço.
A dificuldade de aprendizagem deve ser investigada tanto na estrutura do aprendiz, detectando qual seria a estrutura fragilizada que justifique tal dificuldade, como também se amparando nas questões ambientais que poderiam estar promovendo ou dificultando o processo de aprendizagem.
É fundamental que se considere diferentes fatores quanto a origem das dificuldades de aprendizagem pois além do mediador pode ser responsável há situações em que o aprendiz por sua própria característica não consegue beneficiar-se da situação mediadora.
Assim sendo o psicopedagogo investigador começa sua investigação tentando responder algumas perguntas como: quando, como e porque o aprendiz adquiriu essa dificuldade no processo de aprendizagem.
Ainda citando Pain, (RUBINSTEIN APUD PAIN 1996) diz que a autora investiga patologias da aprendizagem partindo dos diferentes fatores que determinam aprender ou não, considerando que o problema do aprendiz também poderá ser um sintoma sendo múltiplos os fatores que deterninam o não aprender.
Outra questão que os autores da teoria psicopedagogica também concordam é que são vários os fatores que influenciariam as questões da aprendizagem por isso a importância de ser feito um bom diagnostico levantando hipóteses, verificando o potencial de aprendizagem e mobilizando o aprendiz e seu entorno na construção de outro olhar sobre o não aprender.
Para fazer o diagnostico o psicopedagogo dispõem de alguns instrumentos que permitirá que ele avalie e responda algumas questões que ele levantou para poder responder e assim abordar qual o problema que individuo tem que o esta impedindo de aprender de maneira eficiente.
Sampaio (2009) refere-se ao diagnostico como sendo um grande quebra cabeças que conforme as peças se encaixam os sintomas vão se mostrando assim como as sua origens. As peças desse quebra cabeça são oferecidas pela família, escola e sujeito, porém, quem montará esse quebra cabeça é o psicopedagogo que precisará para obter êxito considerar todos os aspectos objetivos e subjetivos que deverá ser observado no âmbito cognitivo, familiar, pedagógico e social.
Sampaio (2009, p. 18) diz que:
O diagnostico possui uma grande relevância tanto quanto o tratamento. Ele mexe de tal forma com o paciente e sua família que, por muitas vezes, chegam a acreditar que o sujeito teve uma melhora ou tornou-se agitado no decorrer do trabalho diagnostico. É de fundamental importância realizar o diagnostico com muito cuidado, observando o comportamento e as mudanças que poderão surgir.
 O diagnostico poderá seguir diversas linha teóricas como já dito por Rubinstein (1996), por exemplo a da Epistemologia Convergente de Jorge Visca. O psicopedagogo conta com provas e testes como as prova operatórias, portifolios entre outros que o auxiliaram a avaliar a coordenação motora, lateralidade e esquema corporal, entre outros, cada qual com a sua pecualidade para ser empregado conforme a necessidade de avaliação.
Os instrumentos que necessariamente toda linha se utilizará será a entrevista com a família da criança ou adolescente, contato com a escola, as vezes com outros profissionais que já atendem esse individuo e após todo esse processo avaliativo o psicopedagogo fará a devolução do diagnostico para a família e para o individuo.
5.2 FALANDO SOBRE ENTREVISTA, ANAMNESE E INVESTIGAÇÃO
a) Entrevista
Na entrevista com a família Sampaio (2009) sugere que se identifique o motivo da consulta, pois alguns fatores serão relevantespara que se entenda o porque do individuo não aprender. Esse contato com a família poderá acontecer em dois momentos, sendo o primeiro para saber o motivo da consulta e o segundo para se fazer a anamnese.
Quando for analisar o motivo da consulta Sampaio (2009) sugere que se analise o motivo da consulta, o psicopedagogo deve limitar-se apenas a ouvir promovendo ou estimulando a fala espontânea dos pais, observando sempre o que os pais apresentam como sintoma que pode acarretar a não aprendizagem, o que o não aprender significa para a família do individuo, o que os responsáveis esperam da atuação psicopedagogica e a relação dos pais entre si e com o filho. Nessa oportunidade Sampaio (2009, p. 23) sugere que:
{...} O objetivo dessa entrevista é cxolher os dados pessoais e ouvir a queixa que eles trazem sobre o problema que a criança vem apresentando, bem como fazer o enquadramento sobre horários, quantidade de sessões, freqüência, honorários. Seguindo a linha Epistemologia Convergente, colhemos apenas os dados ahistóricos, ou seja, o que esta acontecendo neste momento sem entrar no histórico da criança, já que isto só será feito ao final do diagnostico, em uma sessão de anamnese
Essa postura é diferente da proposta por Weiss (SAMPAIO apud WEISS, 1994) onde a autora sugere que após a entrevista com a família se faça a anamnese. porém, independente da organização das consultas ou da linha teórica escolhida é de fundamental importância que o profissional confie e acredite plenamente na linha que escolheu para apoiar-se no atendimento psicopedagógico.
Rubinstein (1996, p.136) também fala da importância da entrevista com o sujeito, referindo-se:
Da mesma forma como foi a entrevista com os pais, procura-se, quando possível, escutar o motivo da consulta, por parte da própria criança. É necessário alertá-la sobre quais serão os objetivos dos encontros.
{...}pretende-se no diagnostico observar não somente as dificuldades, mas o potencial de aprendizagem. Considero útil usar o conceito vigotskiano de “Conhecimento Real” (CR) e de “Zona de Desenvolvimento Potencial”(ZDP). Observaremos as mudanças que poderão ocorrer com base na intervenção do terapeuta, de uma relação que envolva EAM (Experiência de Aprendizagem Mediada).
b) Anamnese
Na anamnese o psicopedagogo irá buscar informações que serão úteis para compreender o problema da aprendizagem, a particularidade da anamnese psicopedagógica reside no fato de que aqui pesquisa-se a aprendizagem desde as aprendizagens informais e precoces como o controle dos esfíncteres, quando alimentou-se sozinho até aprendizagens formais e acadêmicas.
Sampaio (2009, p. 143) define a anamnese como sendo:
É uma entrevista realizada com os pais ou os responsáveis do entrevistado e tem como objetivo resgatar a história de vida do sujeito e colher dados importantes que possam esclarecer fatos observados durante o diagnostico, bem como saber que oportunidades este sujeito vivenciou como estímulo a novas aprendizagens.
A anamnese é parte fundamental para que o quebra cabeça do diagnostico, pois será ela que trará informações do passado e presente do sujeito junto a fatos relevantes do seu meio.É importante que se observe as espectativas da família em relação a esse individuo desde a sua concepção, gravidez, pré-natal. Depois como se deu o desenvolvimento de sua independência para poder avaliar a postura familiar diante ao desenvolvimento cognitivo do individuo.
A anamnese permite que observemos o desenvolvimento geral da criança, analisando se a mãe ou responsável permitiu que a criança se desenvolve-se no seu ritmo e som autonomia, além das doenças, possíveis internações, atendimentos fonoaudiologicos, psicológicos ou neurológicos.
Outro aspecto importante a se observar segundo Simões (2009) é quando a criança começou a freqüentar a escola, sua adaptação, rejeição caso tenha havido, o motivo da escolha da escola, a adaptação as novas situações, resumindo todos os aspectos relativos as questões da aprendizagem e da conduta e postura da criança frente as diversidades da vida.
O psicopedagogo deve intervir caso os pais pulem ou esqueçam de informações relevantes para a anamnese.
Sampaio (2009) lembra que outro recurso que o psicopedagogo dispõe é a entrevista com a própria criança para saber se ela tem consciência do porque esta ali. É importante que a criança saiba por qual motivo esta ali e quais são os objetivos dos encontros. 
A autora diz que os instrumentos da avaliação devem ser escolhidos pelo psicopedagogo investigador e desconsidera uma padronização de recursos para o diagnostico, sugere que os próprios recursos que o psicopedagogo tem com a sua experiência, e que quanto maior o número de recursos que tem para se apoiar para fazer a leitura dos problemas de aprendizagem e suas causas, mais fácil fica o diagnostico eficiente.
c) Insvestigação
Mesmo opondo-se a padronização Rubinstein (1996) recomenda que para a observação de aspectos cognitivos, motores e pedagógicos é útil usar recursos como: desenho, escrita livre e dirigida, leitura, diagnostico operatório, jogo simbólico, jogo de regra e observação do material escolar.
O psicopedagogo deve investigar as possibilidades e os recursos do aprendiz, quais são as melhores condições para a criança aprender e quais são sua possíveis limitações para que essa aprendizagem tenha êxito.
Outra sugestão de Rubinstein (1996) é que seja feito contato com a escola da criança quando necessário, não sendo uma prática para todos os atendimentos, devendo sempre o caso ser avaliado dentro de suas particularidades.
A mesma regra se aplica a consulta de outros profissionais, devendo os mesmos só serem procurados quando realmente se fizer necessário e a patologia suspeita realmente tiver fundamentação.
Essa colocação de Rubinstein(1996) também é uma preocupação de Simões (2009) não apenas pelo fato de se patologizar os problemas pedagógicos mas também como cita Sampaio (2009, p.159) a esse respeito e alerta para o fato de que:
“Muitas vezes, faz-se necessário o encaminhamento para mais de um profissional. E isto complica quando a família pertence a um baixo nível socioeconômico. É importante que, no momento da devolução, o psicopedagogo tenha algumas indicações de instituições particulares e públicas que ofereçam serviços gratuitos ou com diferentes formas de pagamento. Isto evita que o problema levantado no diagnostico não fique sem uma posterior solução.”
A flexibilidade deve ser outra característica do psicopedagogo que deve ter em mente que o diagnostico não é algo imutável, muitas vezes durante o atendimento de tratamento surgem informações que podem contribuir para aperfeiçoar o diagnostico e melhorar a eficácia da intervenção.
Ao final de todo esse processo de anamnese, entrevista e investigação o psicopedagogo deve dar a devolutiva aos interessados ou responsáveis quanto ao processo e desenvolvimento da intervenção.
5.3 DEVOLUTIVA DO DIAGNÓSTICO
Sampaio (2009) diz que o momento da devolução gera muita ansiedade entre os envolvidos no processo de diagnostico e para tanto exige-se do psicopedagogo uma posição bastante segura quanto ao que esta falando.
Essa mesma devolução também deve ser feita para a criança usando-se uma linguagem que lhe seja compreensível e que não afete a sua auto estima devendo a mesma entender que ela tem essa limitação mas que com recursos ela pode aprender da mesma maneira que outras crianças.
Quando há o diagnóstico de algum distúrbio é necessário que se explique aos pais sobre o problema e tratamento, esclarecendo que o diagnostico é multidiciplinar e que envolve especialidades como psicólogos, neurologistas e psiquiatras.
Se o que acontece com a criança é uma defasagem cognitiva o psicopedagogo deverá explicar aos pais ou responsáveis quais são as fases de desenvolvimento cognitivo da criança e em qual nível a criança se encontrar em relação a sua idade cronológica, indicandoum acompanhamento psicopedagógico e mostrando como será esse tratamento ou intervenção.
Sampaio (2009, p.158) relata que muitos pais após a devolutiva demonstram resistência em aceitar o diagnostico:
Muitos pais, após a devolução podem não compreender bem o problema por não quererem aceita, criando uma resistência. É preciso explicar aos pais a importância de tomar consciência sobre o diagnostico e de como podem ajudar. Em muitos casos, percebemos uma demora no avanço do tratamento da criança em virtude desta resistência dos pais em não aceitar o diagnostico e, pior ainda, quando não se abrem com o psicopedagogo sobre os seus sentimentos de frustração e de não saberem lidar com a situação.
Devido a responsabilidade em se fazer o diagnostico para depois apresenta-lo a família seria conveniente quando o psicopedagogo estiver inseguro quanto ao que diagnosticou discutir o caso com outro psicopedagogo ou outros profissionais, ou até mesmo com seu supervisor.
A devolução deve ser feita de maneira organizada, por tanto o psicopedagogo pode fazer um roteiro para que os pais sintam segurança quanto a devolutiva que estão recebendo e compreenda o que esta sendo dito.
Quando a devolutiva também for feita para a criança é necessário que se ressalte os aspectos positivos e faça-a sentir-se valorizada, pois uma devolutiva mal direcionada pode prejudicar ainda mais a auto estima dessa criança que muitas vezes já chega ao atendimento estigmatizada. Essa criança deve ser estimulada a acredita que ela é capaz de mudar essa situação.
Parga (2001, p.162) orienta que:
Com vistas a desenvolver ações que propiciem a superação dos problemas de aprendizagem, o educador deve contribuir para que a criança integre o seu passado, vivenciando o presente e projetando o futuro, elaborando seus lutos e a partir da recordação, recordare, isto é, recoloca-los no coração, ressignificando as perdas. De outro lado, o educador deve ajudar a família a desmistificar o problema de seus filhos, reintegrando a imagem que tem deles. É portanto de primordial importância reforçar os aspectos positivos que a criança possui, não centralizando na problemática, mas, ao contrário, apontando seus recursos disponíveis, caracterizando de forma clara uma aliança com as futuras possibilidades. O educador deve, pois, ser uma testemunha da possibilidade do conhecimento.
CAPITULO 06
6.1 – JEAN PIAGET E A CLASSIFICAÇÃO DAS FASES DE DESENVOLVIMENTO
Jean Piaget nasceu em 1896 e faleceu em 1980 tendo sido um renomado psicólogo e filósofo, seu trabalho sobre a inteligência infantil foi pioneiro na época. Passou grande parte de sua carreira interagindo com as crianças para que através de suas observações conseguisse estudar o processo de raciocínio usado pelos pequenos. Seus estudo são usados até hoje para profissionais da área da saúde e educação conseguirem identificar se a idade cronológica esta de acordo com a idade cognitiva da criança.
Foi em 1919 quando mudou-se para França que Piaget ao ser convidado por Alfred Binet para trabalhar em seu laboratório que começou a observar que as crianças da mesma faixa etária cometiam erros semelhantes e concluiu que o pensamento lógico se estruturaria de maneira gradual. Começou assim a estudar e pesquisar sobre a mente humana e o desenvolvimento das habilidades cognitivas.
Em 1921 Piaget volta a Suíça e dá inicio ao trabalho que será o maior de sua vida: a observação de crianças brincando onde ele registra meticulosamente as palavras, ações e processos de raciocínio dessas crianças. Essas observações também serão feitas quando após casar-se nasce seus filhos aos quais Piaget também observa.
Piaget mostra em seu trabalho que se observarmos a maneira que o conhecimento se desenvolve nas crianças entenderemos a maneira que se processa o conhecimento humano. 
A teoria de Piaget foi formulada defendendo a tese de que o conhecimento humano evolui progressivamente por meio de estruturas de raciocínio que serão substituídas uma pelas outras através de estádios, defendendo que a lógica do pensamento infantil é completamente diferente da lógica do raciocínio do adulto. Identificando em seu trabalho quatro estágios do desenvolvimento humano: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal. (SAMPAIO, 2004)
Essas etapas foram a base para a formulação das Provas Operatórias que irão auxiliar o psicopedagogo a conhecer o funcionamento e os desenvolvimentos das funções lógicas do sujeito. Sampaio (2009) diz que a aplicação dessas provas permitirá que se investigue qual é o nível cognitivo em que a criança se encontra e se este esta de acordo com a sua idade cronológica ou se esta em defasagem qual é a etapa que se encontra o desenvolvimento cognitivo.
Sampaio (2009, p.41) salienta que:
Uma criança com dificuldade de aprendizagem poderá ter uma idade cognitiva diferente de sua idade cronológica. Esta criança encontra-se com uma defasagem cognitiva e que pode ser a causa de sua dificuldades de aprendizagem,pois será difícil para a criança entender um conteúdo que esta acima de sua capacidade cognitiva.
Ao aplicar as provas operatórias deve-se repetir a mesma prova várias vezes durante a mesma sessão, por exemplo, se é a conservação que será testada deve-se fazer os testes que detectam essa capacidade na criança várias vezes para que não se tenha dúvida quanto ao resultado apresentado pela criança. Os resultados devem ser anotados minuciosamente.
Outra questão que deve-se observar antes de aplicar as provas operatórias é o estado emocional da criança, como relatado por Sampaio (2009, p. 43)
Para crianças com pais separados, a prova de dicotomia poderá ser uma prova difícil de ser realizada, se ela não estiver lidando bem com a situação, porque envolve o processo de separar e, depois, colocar junto, separar novamente e tentar juntar de novo os semelhantes e, depois, separar mais uma vez para tentar novamente colocar junto os semelhantes.
Nesse caso a recomendação é que se tente fazer a prova operatória em outro momento, quando a questão já estiver mais bem elaborada pela criança.
As provas operatórias foram elaboradas por Jean Piaget, seu objetivo era que através destas provas pudesse-se diagnosticar os problemas no desenvolvimento cognitivo infantil, para que se entenda os testes é necessário que se conheça a teoria de Piaget para entender os períodos que ele classificou as crianças depois de muito as observar e perceber que em determinadas fases as crinaças apresentam características iguais em determinados assunto.
O teórico ficou famoso por sua pesquisas sobre a inteligência infantil, tendo passado grande parte de sua carreira interagindo com os pequenos e estudando o raciocínio deles.
6.2 QUAIS SÃO AS FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL PARA JEAN PIAGET
Para Piaget o desenvolvimento cognitivo da criança aconteceria através de estádios onde em cada uma dessas fases da vida da criança ela seria capaz de realizar determinadas tarefas.
Os estádios são:
Sensório motor (0 -18/24 meses): Esse estádio é baseado na experiência imediata, a interação com o meio é a única forma que a criança tem para na ausência de linguagem poder expressar-se. Apenas quando adquirir a linguagem para classificar experiências e recordar acontecimentos e idéias é que a experiência imediata não será mais tão salientar. A busca visual incessante é uma característica fundamental para o desenvolvimento da fase sensório-motora e imprescindível para o desenvolvimento mental, será essa busca visual que ajudará a criança a começar a estruturar seu intelecto para compreenderem mais tarde que quando um objeto sai da sua vista ele continua a existir apenas a criança não consegue enxerga-lo. A ausência dessa experiência visual durante a aprendizagem na fase sensório-motora impedirá o desenvolvimento de algumas estruturas mentais importantes para o estádio seguinte. Aqui “nada substitui a experiência que a criança tem” (SAMPAIO,2009).Pré-operatório ( 2 – 7 anos): Período também conhecido como o do pensamento intuitivo. A criança começa a usar a sua inteligência e o seu pensamento, o pensamento é organizado pela assimilação, acomodação e adaptação. Consegue representar as suas vivências e e sua realidade através de :
Jogos simbólico, são os mais importantes dentro desse período de desenvolvimento, nesses jogos predominam a assimilação, a principio a criança fala sozinha tentando organizar o seu pensamento que se estruturara melhor apenas quando adquirir linguagem. Será através do jogo que a criança terá a oportunidade de liberar a s suas angustias, podendo através de suas ações a terapeuta perceber sua relação com a família. Desenho, até os dois anos a criança apenas faz riscos sem significado, aos três ela já faz círculos além de riscos, já atribui nome ao que desenha e ao chegar aos quatro anos começa a perceber que pode se expressar através de seu desenho. Nessa fase o desenho é criativo e diversificado podendo a criança projetar no desenho a sua realidade. Linguagem, a criança é egocêntrica tendo sua linguagem voltada para ela.
Cunha (1988, p.83) define esse periodo da seguinte forma:
Neste periodo a criança desenvolve o pensamento, e o planejamento mental ocorre antes de sua ação. A função representativa reveste-se de grande importância. Um objeto representa o outro, e com isso a imaginação da criança a imaginação da criança sofre um grande impulso (Por exemplo: uma simples caixa de sapato pode ora se tornar um carro, ora um potente cavalo que viu na televisão)Inicia-se e atinge o pleno desenvolvimento o chamado jogo simbolico ou faz-de-conta. Neste tipo de atividade a criança dá significados pessoais a objetos e a brincadeiras que realiza. Observa o que acontece a sua volta, em sua casa, na rua, e reproduz posteriormente em suas brincadeiras o que viu, apresentando, inclusive, sentimentos e emoções frente ao fato (Por exemplo: a criança brinca com a boneca, vestindo-a, dando-lhe de comer ou até dando-lhe umas palmadinhas). É interessante observar como ela brinca, pois suas emoções, sentimentos e compreensão da realidade são expressos neste momento. Na brincadeira do faz-de-conta a criança modifica a realidade em função dos seus desejos, pode trazer a tona experiências do passado e explorar o que imagina que vai acontecer depois.
A autora também relata que há um grande desenvolvimento da fala, as palavras começam a se organizar em frases e a linguagemn junto a ação, possibilitando a criança expressar suas idéias e emoções.
Operações concretas (7 á 12 anos): Será nesse estádio que segundo Piaget o pensamento irá se reorganizar, vendo o mundo com mais realismo, deixando de confundir real com imaginário. Passa a realizar operações por si só, porém, tudo ainda baseado no concreto.
Mesmo já conseguindo efetuar operações mentais a realidade ainda é fundamentalpara organizar todo o seu pensamento. A dificulkdade em distinguir o real do imaginário desaparece por completo. Começas a interiorizar algumas regras sociais e morais, e cumpri-as no sentindo de proteger-se. Começa a valorizar o grupo dando valor as amizades, companherismo e partilha, surge nos grupos a figura do lider que será a cabeça das ações e comportamento de todo o grupo.
Ao longo de seu desenvolvimento dentro dessa fase aprende a colocar o seu ponto de vista. Seu pensamento cada vez mais vai sendo aperfeiçoado devido a evolução da linguagem.
Operações formais: (11/12 anos á 15/16): O pensamento da criança muda de maneira que percebe-se claramente que ela saiu do estádio das operações concretas para o das operações formais. Começa a ter raciocinio abstratos sem precisar ter contato com a realidade para poder pensar. Começa a desenvolver a sua propria personalidade, passando a ter dúvidas sobre o que é certo e o que é errado. Coloca os seus interesses e os defende com base em seus valores e crenças.
Foi a partir das caracteristicas apresentadas e formuladas por Jean Piaget que as Provas operatórias começaram a serem usadas para avaliar o período de desenvolvimento cognitivo da criança e se o mesmo é compatível com a sua idade cronologica.
Muitos psicopedagogos apoiam-se nas provas operatorias para avaliarem se a criança conserva, não conserva ou se é intermediario, no processo de desenvolvimento cognitivo caracteristico de sua idade. Porém há outras maneiras de se fazer essa classificação, mas que não serão expostas nesse trabalho.
Sampaio (2009, p.43) apresenta as provas operatorias da seguinte maneira:
“Provas de conservação de:
- pequenos conjuntos discretos de elementos
- superficie
- liquido
- materias
- peso
- volume
- comprimento
Prova de classificação:
- mudança de critério
- quantificação da inclusão de classe
- inserção de classe
Prova de seriação:
- seriação de palito
Prova de espaço
- espaço unidimencional
- espaço bidimensional
- espaço tridimencional
Prova de pensamento formal
- combinação de fichas
- permutação de fichas
- predição”
Sampaio (2009) esclarece que a prova operatoria será organizada de acordo com a idade da criança e das reclamações apresentadas pelos responsáveis. Essas provas precisam ser bem selecionadas e organizadas porqaue irão determinar a idade cognitiva da criança a qual o psicopedagogo itrá utilizar para desenvolver o seu trabalho.
CAPITULO 7
7.1 QUAL É O PROBLEMA?
	TESTES E PROVAS PARA DETECTAR O PROBLEMA DE APRENDIZAGEM.
Após ter identificado onde esta e qual é o problema de aprendizagem da criança o psicopedagogo dispõem de algumas ferramentas, as quais se utilizam para poder diagnosticar sintomas, necessidades habilidades e competências da criança. Será através de um diagnostico bem feito que o psicopedagogo conseguirá definir estratégias adequadas para um trabalho de intervenção eficiente.
Porém, apenas testes e provas não são suficientes para esse diagnostico, que deverá contar com a entrevista com os pais, professores (quando for necessário), além de investigar o meio que a criança vive, observando sua estrutura familiar, sua aptidões, características e capacidades além das acadêmicas, podem ser um recurso fundamental para a conclusão de um diagnostico e intervenção eficiente.
Várias são as ferramentas sendo algumas próprias da psicopedagogia outras emprestadas de outras áreas como fonoaudiologia, psicologia, lingüística entre outras áreas do saber.
Será apresentado a seguir alguns desses recursos, esclarecendo desde já que são apenas alguns que aqui serão apresentados e que nem sempre serão utilizados pelo psicopegagogo, dependendo a sua utilização da linha que o psicopedagogo se apoia para a investigação.
a) ITPA
Descrito no site psicopedagogia on lline ele é apresentado da seguinte maneira:
“O teste Illionois de Habilidades Psicolingüísticas foi adaptado a realidade brasileira.
É um teste de aplicação individual, para diagnostico, prevenção e intervenção das dificuldades vinculadas aos processos de comunicação, base da aprendizagem global e especifica.”
b) LPAD Learning Potencial Assessment Device
No site psicopedagogia on line consta que esse método foi desenvolvido pelo professor Reuven Feuerstein junto a sua equipe.
Esse instrumento pode definir-se como uma avaliação dinâmica do potencial de aprendizagem e tem como base a teoria de Modificabilidade Estrutural Cognitiva. 
Essa teoria esta fundamentada no fato de que acredita ser a educação é um processo que precisa de intervenção e que o meio em que a criança esta inserida é que diferenciará seu estado emocional e a seu intelectual, sendo assim defende que a intervenção deve ser eficiente para que se alcance resultados satisfatórios.
c) Teste do desenho
Ainda no site psicopedagogia on line encontra-se a informação sobre o teste do desenho, a técnica desse teste é uma técnica projetiva gráfica que foi muito difundida na Argentina.
A técnica consiste em observare avaliar o desenho feito pela criança, onde estaria retratado por meio do desenho o pensamento da criança.
A criança deve falar sobre o desenho explicando-o e nomeando seus personagens.
d) Lateralidade
O teste de lateralidade também é descrito no site psicopedagogia on line como sendo muito importante para identificar o problema de aprendizagem como quando há dislexia, pois estudos tem mostrado que normalmente os dislexos apresentam dificuldade na sua lateralidade tendo dificuldade em diferenciar a posição das letras como p e q e b e d, na leitura da direita para a esquerda e também em escrever números pois inverte o número 3 com a letra E e confundi o número 6 com o 9.
e) Esquema Corporal
No desenho a criança mostra se tem consciência de seu corpo, esse teste pode explicar problemas de coordenação e equilíbrio que afetam diretamente a escrita. Assim como informa o site psicopedagoia on line.
f) Prova Operatória
Sampaio (2009, p. 41) esclarece:
Por meio da aplicação das provas operatórias, teremos condições de conhecer o funcionamento e o desenvolvimento das funções lógicas do sujeito. Sua aplicação no permite investigar o nível cognitivo em que a criança se encontra em relação à sua idade cronológica, ou seja, um obstáculo epistêmico
As provas operatórias podem ser utilizadas para identificar idade cognitiva da criança o que é de grande importância para o tratamento, pois, se a idade cognitiva não for compatível com a cronológica a dificuldade de aprendizagem surgirá porque essa criança ainda não dispõem de subsídios cognitivos para acompanhar o desenvolvimento daquele conteúdo.
É necessário que o psicopedagogo esteja bem seguro para aplicar esse tipo de teste porque perguntas mal formulada pode induzir a criança a uma resposta errada, além de que apenas um erro em uma das questões não estabelece que ela tenha algum déficit nessa área.
g) Técnica projetiva
Investiga o vinculo da criança com a escola, a família e consigo mesma, pois, através dessa técnica é possível reconhecer três níveis do seu grau de consciência dos diferentes aspectos que formam o vinculo de aprendizagem.
Sampaio (2009, p. 99) apresenta as técnicas projetivas:
De acordo com Visca, as técnicas projetivas tem como objetivo investigar os vínculos que o sujeito pode estabelecer em três grandes domínios: o escolar, o familiar e consigo mesmo, pelos quais é possível reconhecer três níveis em relação ao grau de consciência dos distintos aspectos que constituem o vinculo de aprendizagem.
A autora sugere que os desenhos sejam analisados dentro de um contexto geral e não de maneira isolada.
Ainda orienta que durante a aplicação dessa técnica sugira-se a criança que ela escreva algo sobre o desenho, caso já esteja alfabetizada, sendo essa ação também uma oportunidade de se observar a escrita sem que se tenha que submeter a criança a provas pedagógicas para avalia-la pois já terá apresentado na escrita descritiva do desenho algumas das suas dificuldades de maneira espontânea, Sampaio (2009, p.103) reforça que:
Se acriança não quiser escrever nada, não devemos forçá-la pois estas provas envolvem uma situação muito ligada ao emocional, e algumas crianças podem se recusar para não entrar em conflito. Se assim ocorrer, pedimos-lhe apenas para falar sobre o desenho e fazemos as perguntas sugeridas{...} Podemos solicitar sua escrita em outra oportunidade de maneira informal.
Os desenhos deve devem ter título, onde podemos observar o vinculo com a aprendizagem e se o titulo tem relação com o desenho e a sua criatividade, outra questão importante é o relato (expressão oral) que nos dará pistas de negações , coerência do relato com o que desenhou ou se propôs a desenhar.
h) Caixa de Trabalho
Sampaio (2010) apresenta em seu site psicopedagogia Brasil informações sobre a caixa de trabalho como sendo um recurso muito importante para o diagnóstico psicopedagógico e que foi idealizada por Jorge Visca com o intuito de analisar as dificuldades de aprendizagem da criança, sua inspiração surgiu da caixa individual utilizada pelos analistas psicanalistas.
A caixa deve ter brinquedos e materiais escolhidos que representem o mundo interno da criança e suas fantasias em relação ao mundo.
Cada criança deve ter a sua própria caixa de trabalho porque lá deve ter objetos e materiais que são significativos para aquele sujeito que a usa e que poderão ajudar apenas ele, por isso a necessidade da individualidade quanto aos materiais da caixa.
Os materiais que irão compor a caixa serão definidos quando o psicopedagogo já tiver identificado e planejado em que situação deve intervir.
Esses recursos de avaliação apresentados são apenas alguns dos recursos que o psicopedagogo dispõe para conseguir elaborar o diagnostico e intervir no problema de aprendizagem.
Além desses recursos o psicopedagogo poderá através de sua experiência ter seu próprio recurso para diagnosticar.
Alguns psicopedagogos como Jorge Visca tem seu próprio esquema para fazer o diagnostico, seu esquema tem como característica a aplicação da anamnese no final do diagnostico e não a principio como costuma-se fazer.
Assim também temos Weiss e Fernandes que também assim como Visca, relatam sua experiências e sua maneira de atuar como auxilio para que o psicopedagogo iniciante possa basear-se para trabalhar.
CONCLUSÃO
A psicopedagogia formou-se a partir dos saberes, principalmente, da psicologia e da pedagogia, a intenção dessa nova ciência era a de preencher uma lacuna que existia entre a pedagogia e a psicologia onde em alguns assuntos não eram sanados nem em uma nem em outra ciência. Assim para preencher essa lacuna surgi a psicopedagogia, com o intuito de estudar o processo de aprendizagem humana e focando o seu principal objeto de estudo na criança e seu processo de construção de conhecimento.
Assim como no processo de aprendizagem há um caminho a ser trilhado para que a aquisição de novos conhecimentos seja concluída, quando esse processo esta deficitário também se torna necessário que se descubra qual a parte do processo esta ineficiente. Será nessa lacuna que o psicopedagogo terá que trilhar e detectar onde se encontra o problema e o que deverá fazer parta que esse caminho seja percorrido com eficiência.
O psicopedagogo direcionará o processo de aprendizagem dessa criança de maneira que a faça conseguir utilizar os recursos que possui para que consiga tralhar um novo caminho e consiga, enfim, alcançar o seu objetivo que é a aquisição de novos conhecimentos de maneira eficiente.
Para identificar onde esta ocorrendo o problema de aprendizagem nessa criança o psicopedagogo poderá recorrer a diversas ferramentas, além de poder consultar a opinião de diferentes profissionais que estão envolvidos com essa criança. Feldmann (2006) conclui:
Portanto, a psicopedagogia, pode fazer um trabalho entre muitos profissionais, visando a descoberta e o desenvolvimento das capacidades da criança, bem como pode contribuir para que os alunos sejam capazes de olhar esse mundo em que vivem, de saber interpreta-lo e de nele ter condições de intervir com segurança e competência. Assim, o psicopedagogo não só contribuirá com o desenvolvimento da criança, como também contribuirá com a evolução de um mundo que melhore as condições de vida da maioria da humanidade.
Quando a criança consegue identificar ou perceber suas limitações ela passa a compreender como se dá o seu processo de aprendizagem, o que antes era a sua dificuldade agora passa a auxiliá-la no processo de aprendizagem, pois, ela sabe que para aprender ela tem que percorrer um caminho que lhe é peculiar, porém que lhe possibilitará chegar aonde seus colegas chegam.
Se a aprendizagem é uma construção do conhecimento e todo ser humano é capaz de aprender, porém cada um dentro de sua individualidade e com suas particularidades, o que é necessário que se estabeleça é que algumas crianças precisam

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