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Eletrocardiograma - guia de bolso para aprendizagem em habilidades clínicas

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_____________________________________________________________________________ 
 
Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 
 
 
 
 
 
ELETROCARDIOGRAMA – GUIA DE BOLSO PARA 
APRENDIZAGEM EM HABILIDADES CLÍNICAS 
 
 
 
 
PAULO FERNANDO PIMENTA DE SOUZA 
ELTON CARDOSO PINHEIRO 
JAMILLE ISABELLE SANTOS SEMBER 
JEANNE SEABRA NEGRÃO LIMA DA SILVA 
JULIANA JOYCE CHAVES DE LIMA 
LORENA BATISTA DE LEMOS GHAMMACHI 
 
 
 
 
 
 
 
 
1ª Edição 
Belém – Pará 
2020 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
Eletrocardiograma – Guia de bolso para aprendizagem em habilidades clínicas 
 
 
 
Paulo Fernando Pimenta de Souza 
 
 
 
 
 
Editoração Eletrônica por Rafael de Azevedo Silva 
 
 
 
 
 
Ficha Catalográfica 
 
Todos os direitos estão autorais e estão reservados e protegidos pela lei nº 9610 de 19 de 
fevereiro de 1998. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação 
 
 
Paulo Fernando Pimenta de Souza 
 
Eletrocardiograma – Guia de bolso para aprendizagem em habilidades 
clínicas / Paulo Fernando Pimenta de Souza – Belém, 2020 
 
ISBN: 978-65-00-01712-0 
 
1.Manual; 2. Médicos; 3. Cardiologia; 4. Eletrocardiograma 
 
 
 
_____________________________________________________________________________ 
 
Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REPRODUÇÃO PROIBIDA 
 
Nenhuma parte desta obra, ou sua totalidade poderá ser reproduzida sem a 
permissão por escrito dos autores, quer por meio de fotocópias, fotografias, 
“scanner”, meios mecânicos e/ou eletrônicos ou quaisquer outros meios de 
reprodução ou gravação. Os infratores estarão sujeitos a punição pela lei 
5.988, de dezembro de 1973, artigos 122-130 e pela lei do Direito Autoral, 
no 9.610/98. 
 
Direitos de cópias / Copyright 2019© por / by / Paulo Fernando Pimenta de 
Souza / 
Belém, Pará, Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________ 
 
Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
CRÉDITOS 
AUTOR - ORGANIZADOR 
 
 
Paulo Fernando Pimenta de Souza: Médico 
pela Universidade Federal do Pará (UFPA), 
Residência em Cardiologia Clínica pela 
Associação do Sanatório Sírio Hospital do 
Coração, HCOR, Mestre em Doenças 
Tropicais pela Universidade Federal do Pará 
(UFPA), Doutorando em Ciências Biológicas 
pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e 
Docente de Medicina do Centro Universitário 
Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
AUTOR - COLABORADOR 
 
 
Elton Cardoso Pinheiro: Acadêmico do 12º período do 
curso de Medicina pelo Centro Universitário Metropolitano 
da Amazônia (UNIFAMAZ), Belém-Pará, Fundador do 
Projeto de Extensão Interação e Integralidade no Cuidado 
em Saúde. 
 
 
 
 
 
 
Jamille Isabelle Santos Sember: Acadêmica do 12º 
período do curso de Medicina pelo Centro Universitário 
Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ), Belém-Pará, 
Ex-Diretora de Estágio e Extensão da Liga Acadêmica de 
Gastroenterologia do Pará (LIGASTRO), Estagiou em 
Gastropediatria da Liga Acadêmica Paraense de Pediatria 
Clínica e Cirúrgica (LAPPECC), Estagiou na Linha de 
Microcirurgia e foi monitora do Laboratório de Cirurgia 
Experimental da Universidade do Estado do Pará (UEPA), 
Ex-Monitora de Habilidades Clínicas pelo Centro 
Universitário Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ), 
Ex-Monitora de Habilidades Cirúrgicas pelo Centro 
Universitário Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ), 
Estagiou em Clínica Médica na Fundação Santa Casa de 
Misericórdia do Pará (FSCMP), Estagiária do Centro de 
Perícias Científicas Renato Chaves, Belém-PA, Membro 
do Projeto de Extensão Manual de Gastroenterologia do 
UNIFAMAZ (UNIFAMAZ). 
 
 
 
Jeanne Seabra Negrão Lima da Silva: Acadêmica do 12º 
período do curso de Medicina pelo Centro Universitário 
Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ), Belém-Pará, 
Ex-Ligante da Liga Acadêmica de Transplante de Órgãos 
do Pará (LATOP), Estagiou na Divisão de Nefrologia do 
Hospital Ophir Loyola (HOL), Estagiou no setor de 
Divisão de Transplante de Fígado e Órgãos do Aparelho 
Digestivo da Faculdade de Medicina da Universidade de 
São Paulo (USP – São Paulo-SP), Fundadora do Projeto de 
Extensão Interação e Integralidade no Cuidado em Saúde 
(UNIFAMAZ) e Membro do Projeto de Extensão Rios da 
Minha Aldeia (UNIFAMAZ). 
 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 
 
 
 
 
 
Juliana Joyce Chaves de Lima: Acadêmica do 12º 
semestre do curso de Medicina no Centro Universitário 
Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ), Belém - Pará; 
Ex-Diretora de Estágio e Extensão da Liga Acadêmica de 
Gastroenterologia do Pará - LIGASTRO; Ex-Sócia e 
Fundadora da Rede Paraense de Parasitologia; Ex-Membro 
da Liga Acadêmica Paraense de Saúde da Mulher - 
LAPASM; Estagiou em Ginecologia e Obstetrícia no 
Centro Social Santo Agostinho e em Ginecologia e 
Obstetrícia no Hospital Venerável Ordem Terceira de São 
Francisco (HOT); Estagiou em Clínica Médica em 
Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA). 
 
Lorena Batista de Lemos Ghammachi: Acadêmica do 
12º período do curso de Medicina pelo Centro 
Universitário Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ), 
Belém-Pará, Ex-Ligante da Liga Acadêmica de 
Transplante de Órgãos do Pará (LATOP), Estagiou na 
Divisão de Nefrologia do Hospital Ophir Loyola (HOL), 
Estagiou em cirurgia do aparelho digestivo e em 
transplante de fígado, pâncreas e rim no grupo Hepato do 
Hospital Bandeirantes (São Paulo – SP), Estagiou no setor 
de Divisão de Transplante de Fígado e Órgãos do Aparelho 
Digestivo da Faculdade de Medicina da Universidade de 
São Paulo (USP – São Paulo-SP), Fundadora do Projeto de 
Extensão Interação e Integralidade no Cuidado em Saúde 
(UNIFAMAZ). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
PREFÁCIO 
Este manual de Eletrocardiograma para Docentes e Discentes é uma iniciativa 
louvável de alguns alunos do curso de Medicina da UNIFAMAZ, sob a coordenação do 
Professor Paulo Pimenta, e tem por objetivo facilitar a interpretação pelos alunos da 
área de saúde, professores e colegas generalistas. 
Está muito bem elaborado, claro e de fácil leitura, mostrando os pontos 
principais da eletrocardiografia. 
Foi dividido em três capítulos. O primeiro dá noções básicas; o segundo aborda 
o eletrocardiograma como atividade prática; e o terceiro discorre sobre as principais 
alterações eletrocardiográficas. 
Este método com mais de cem anos de existência, continua sendo de grande 
importância e muitas vezes não valorizado pela falta de conhecimento. 
Com este manual, teremos um companheiroconstante para condutas em todos os 
momentos, desde a realização até a interpretação do eletrocardiograma. 
 
Maria Elizabeth Navegantes Caetano Costa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Médica pela Universidade do Estado do Pará 
(UEPA), Cardiologista pelo Hospital São 
Joaquim da Real Benemérita Sociedade 
Portuguesa da Beneficente, Mestre em 
Medicina pela Escola Paulista de Medicina 
(EPM), docente do curso de Medicina do 
Centro Universitário Metropolitano da 
Amazônia (UNIFAMAZ) 
 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
INTRODUÇÃO 
 
O eletrocardiograma é um método complementar de diagnóstico das funções da 
atividade elétrica do coração que fornece grandes informações como: doenças 
isquêmicas, aumentos de câmaras e distúrbios de ritmo cardíaco sendo largamente 
utilizado nos serviços de urgência e emergência. 
Percebe-se que apesar de ser utilizado há mais de 100 anos, existem ainda 
grande resistência e dificuldade de aprendizado por parte de alunos e professores ou 
médicos generalistas. 
Este trabalho, portanto, tem como finalidade realizar uma abordagem 
contextualizada para alunos e professores de Habilidades Clínicas do Curso de 
Medicina da UNIFAMAZ, que desejam utilizá-lo como guia de ensino-aprendizagem, 
durante todo o curso de graduação. 
Considero também que esta simples iniciativa, compilada de experts de alguns 
autores, deverá ser um marco inicial para dar continuidade e aprofundamento do método 
no decorrer do curso, promovendo novos contatos do exame durante a formação 
médica, além da possibilidade da confecção de futuros livros por parte da equipe de 
docentes que trabalham neste módulo. 
Este trabalho está divido em três capítulos: Capítulo 1: Noções básicas teóricas; 
Capítulo 2: Atividade prática; Capítulo 3: Principais alterações eletrocardiográficas e 
também acompanha traçados eletrocardiográficos para ilustrar e facilitar o aprendizado. 
 
 
Paulo Fernando Pimenta de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
AGRADECIMENTOS 
 
À Deus que nos deu o dom da vida para que pudéssemos nesta profissão ajudar e 
acolher o próximo através da sua sabedoria. 
À nossa família e amigos que sempre estiveram presentes e que nos apoiaram em 
momentos bons e difíceis. 
Ao professor Paulo Pimenta que esteve presente conosco desde o início do Curso de 
Medicina nos ensinando com sua bondade, paciência, conhecimento e que gentilmente nos 
permitiu auxiliá-lo na confecção deste manual. 
Aos técnicos Marilzo e Fábio que possibilitam o desenvolvimento das aulas teóricas e 
práticas através do apoio logístico em nosso ambulatório de habilidades clínicas. 
 
 
Elton Cardoso Pinheiro 
Jamille Isabelle Santos Sember 
Jeanne Seabra Negrão Lima da Silva 
Juliana Joyce Chaves de Lima 
Lorena Batista de Lemos Ghammachi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1. Ondas, intervalos e segmentos no traçado de ECG .................................................... 17 
Figura 2. Traçado de ECG básico e normal ............................................................................... 20 
Figura 3. Posição dos eletrodos precordiais ............................................................................... 21 
Figura 4. Posição dos eletrodos dos membros ............................................................................ 22 
Figura 5. Papel quadriculado do ECG ....................................................................................... 23 
Figura 6. Ondas da atividade elétrica ........................................................................................ 23 
Figura 7. Etapas de colocação dos eletrodos .............................................................................. 26 
Figura 8. Ritmo cardíaco regular ............................................................................................... 27 
Figura 9. Ritmo cardíaco irregular ............................................................................................ 28 
Figura 10. Espaço PR ................................................................................................................. 28 
Figura 11. Espaço QRS .............................................................................................................. 28 
Figura 12. Segmento ST ............................................................................................................. 29 
Figura 13. Traçado normal com morfologia de ondas T, segmento ST e complextos QRS ...... 29 
Figura 14. Contagem da frequência cardíaca ............................................................................ 30 
Figura 15. Bloqueio de ramo esquerdo ...................................................................................... 32 
Figura 16. Bloqueio de ramo direito .......................................................................................... 33 
Figura 17. Bloqueio atrioventricular de 1º grau ........................................................................ 33 
Figura 18. Bloqueio atrioventricular de 2º Grau Mobtz I ......................................................... 34 
Figura 19. Bloqueio atrioventricular de 2º Grau 2:1 ................................................................. 35 
Figura 20. Bloqueio atrioventricular total ................................................................................. 35 
Figura 21. Extrassístole atrial .................................................................................................... 36 
Figura 22. Extrassístole ventricular ........................................................................................... 36 
Figura 23. Ritmo juncional......................................................................................................... 37 
Figura 24. Taquicardia sinusal ................................................................................................... 37 
Figura 25. Flutter atrial.............................................................................................................. 38 
Figura 26. Fibrilação atrial ........................................................................................................ 38 
Figura 27. Taquicardia supraventricular .................................................................................. 39 
Figura 28. Taquicardia ventricular monomórfica ..................................................................... 39 
Figura 29. Bradicardia sinusal ................................................................................................... 40 
Figura 30. Parada sinusal ........................................................................................................... 40 
Figura 31. Isquemia miocárdica em D1, AVL, V4, V5 e V6 ...................................................... 41 
Figura 32. Isquemia miocárdica ................................................................................................. 41 
Figura 33. Lesão miocárdica (Supradesnivelamento de ST) ..................................................... 41 
Figura 34. Lesão miocárdica com supradesnivelamento de ST em V1, V2, V3 e V4 ................ 42 
Figura 35. Lesão miocárdica (Infradesnivelamento de ST) ....................................................... 42 
Figura 36. Lesão miocárdica com infradesnivelamento de ST em V3, V4, V5 e V6 .................. 42 
Figura 37. Onda Q Patológica ....................................................................................................43 
Figura 38. Onda Q patológica em D2, D3, AVF e V6 ................................................................ 43 
 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
Sumário 
CAPÍTULO 1: 
O ELETROCARDIOGRAMA NORMAL: NOÇÕES BÁSICAS ............................................. 15 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 16 
OBJETIVOS ................................................................................................................................ 16 
INDICAÇÕES ............................................................................................................................. 16 
CONTRAINDICAÇÕES .............................................................................................................. 16 
MÉTODO .................................................................................................................................... 16 
COMPLICAÇÕES ....................................................................................................................... 17 
LIMITAÇÕES ............................................................................................................................. 17 
EVENTOS DO ECG .................................................................................................................... 17 
ELETROFISIOLOGIA: A Atividade elétrica do coração .............................................................. 19 
O TRAÇADO BÁSICO DO ECG................................................................................................. 20 
AS DERIVAÇÕES DO ECG........................................................................................................ 21 
O PAPEL DE ECG ...................................................................................................................... 22 
INTERPRETAÇÃO DO ELETROCARDIOGRAMA BÁSICO .................................................... 23 
 
CAPÍTULO 2: 
ATIVIDADE PRÁTICA ............................................................................................................ 25 
ETAPAS DA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO ................................................................. 26 
ANÁLISE DO RESULTADO E INTERPRETAÇÃO ................................................................... 26 
ANÁLISE DO RITMO CARDÍACO ............................................................................................ 27 
ANÁLISE DO ESPAÇO PR ......................................................................................................... 27 
ANÁLISE DE QRS ...................................................................................................................... 28 
ANÁLISE DO SEGMENTO ST............................................................................................... ......... 28 
ANÁLISE DAS ONDAS T............................................................................................... ................ 29 
ANÁLISE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA.....................................................................................30 
 
CAPÍTULO 3: 
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS.................................................. 31 
BLOQUEIOS............................................................................................... ..................................... 32 
TAQUIARRITMIAS...........................................................................................................................35 
BRADIARRITMIAS .................................................................................................................... 39 
DOENÇA ISQUÊMICA DO MIOCÁRDIO ................................................................................. 40 
 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 44 
 
 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
CAPÍTULO 1 
 
 
 
 
 
O ELETROCARDIOGRAMA: 
NOÇÕES BÁSICAS TEÓRICAS 
 
 
Paulo Fernando Pimenta de Souza 
Elton Cardoso Pinheiro 
Jamille Isabelle Santos Sember 
Jeanne Seabra Negrão Lima da Silva 
Juliana Joyce Chaves de Lima 
Lorena Batista de Lemos Ghammachi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https://www.famaz.edu.br/novoportal/&psig=AOvVaw01PCLCgZkpcNPZxLD5N3Og&ust=1587059521377000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCICw3sv_6ugCFQAAAAAdAAAAABAD
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https://www.famaz.edu.br/novoportal/&psig=AOvVaw01PCLCgZkpcNPZxLD5N3Og&ust=1587059521377000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCICw3sv_6ugCFQAAAAAdAAAAABAD
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
O ELETROCARDIOGRAMA NORMAL: NOÇÕES BÁSICAS 
 
INTRODUÇÃO 
O Eletrocardiograma (ECG) é o registro gráfico da atividade elétrica do coração, 
realizado em aparelho chamado eletrocardiógrafo. Podemos dizer que nosso coração é 
movido à eletricidade, então este exame detecta a sua atividade elétrica. 
Cada batimento, cada contração, cada movimento das válvulas são comandados por 
pequenos impulsos elétricos gerados no próprio coração. 
Com o ECG identificamos os padrões normais de geração e transmissão dos 
impulsos elétricos. 
 
OBJETIVOS 
 Analisar o ritmo cardíaco; 
 Avaliar a integridade da condução do estímulo através do sistema de condução 
do coração. 
 Detectar eventuais sobrecargas das cavidades cardíacas e zonas 
correspondentes à ausência de atividade elétrica. 
 
INDICAÇÕES 
São bastante amplas. Hoje o ECG é parte integrante de uma consulta cardiológica, 
especialmente na primeira consulta. 
 
CONTRAINDICAÇÕES 
Praticamente não existem, a não ser que, em especial situação clínica, não se 
consiga colocar os eletrodos para o registro ou se o indivíduo não for capaz de 
permanecer em repouso para sua execução. 
 
MÉTODO 
Inicialmente explicar ao paciente cada etapa do processo. 
O ambiente da sala deve estar com temperatura agradável (nem muito quente nem 
muito frio). 
O paciente deve estar descansado há pelo menos 10 minutos, sem ter fumado tabaco 
há pelo menos 40 minutos e estar calmo. Deve ser investigado quanto ao uso de 
remédios que esteja usando, ou que costume usar esporadicamente. 
16 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
Estando o paciente deitado, relaxado, realiza-se a limpeza da pele - nos punhos e 
tornozelos direitos e esquerdos e em seis pontos do tórax - com gaze embebida em 
álcool. Em seguida é colocado gel condutor, para evitar interferências durante o exame, 
como explicado a seguir: 
a- Em decúbito dorsal, determinar a posição das derivações precordiais (V1 a V6); 
em seguida é colocado o gel de condução nos locais pré-determinados, como sendo a 
zona precordial; às vezes é necessário uma tricotomia em parte do precórdio. 
b- Palmas das mãos viradas para cima, determinar as derivações dos membros (D1, 
D2, D3, AVR, AVL e AVF); 
c- Conectar os eletrodos ao electrocardiografo 
d- O eletrocardiógrafo capta os sinais elétricos do coração registrando-os em papel 
quadriculado.COMPLICAÇÕES 
Excepcionalmente poderão ocorrer reações alérgicas leves nos locais de abrasão da 
pele devido ao preparo ou a ação do álcool e ou gel condutor, em pessoas susceptíveis. 
 
LIMITAÇÕES 
O eletrocardiograma poderá resultar normal em pessoas com reconhecida doença 
cardíaca. A valorização do laudo só pode ser feita à luz do contexto do quadro clínico 
do paciente. 
 
EVENTOS DO ECG 
Figura 1: Ondas, intervalos e segmentos no traçado de ECG. 
17 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
Onda P 
Corresponde à despolarização atrial, sendo a sua primeira componente relativa ao 
atrio direiro e a segunda relativa ao atrio esqueredo. A sobreposição das suas 
componentes gera a morfologia tipicamente arredondada. 
Tamanho normal: Altura: 2,5 mm, comprimento: 3,0 mm, sendo avaliada em DII. 
A Sobrecarga atrial causa um aumento na altura e/ou duração da Onda P. 
 
Complexo QRS 
Corresponde a despolarização ventricular. É maior que a onda P pois a massa 
muscular dos ventrículos é maior que a dos átrios, os sinais gerados pela despolarização 
ventricular são mais fortes do que os sinais gerados pela repolarização atrial. 
Anormalidades no sistema de condução geram complexos QRS alargados. 
 
Onda T 
Corresponde a repolarização ventricular. Normalmente é perpendicular e 
arredondada e a sua inversão pode indicar processo isquêmico. 
 
Onda U 
A onda U, nem sempre registrada no ECG, corresponde a repolarização dos 
Músculos Papilares. 
 
Onda T atrial 
A onda T atrial, geralmente não aparece no ECG, pois é "camuflada" pela 
Repolarização Ventricular. Ela corresponde a Repolarização Atrial, e quando aparece 
possui polaridade inversa a onda T - Repolarização Ventricular. 
 
Intervalo PR 
É o intervalo entre o início da onda P e início do complexo QRS. É um indicativo da 
velocidade de condução entre os átrios e os ventrículos e corresponde ao tempo de 
condução do impulso elétrico desde o nódo atrio-ventricular até aos ventrículos. 
O espaço é uma linha isoelétrica entre a onda P e o complexo QRS é provocado pelo 
retardo do impulso elétrico no tecido fibroso que está localizado entre átrios e 
ventrículos, a passagem por esse tecido impede que o impulso seja captado 
devidamente, pois o tecido fibroso não é um bom condutor de eletricidade (Figura 1). 
18 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
ELETROFISIOLOGIA: A Atividade elétrica do coração 
 
O estímulo elétrico nasce no próprio coração, em uma região chamada de nodo 
sinusal (ou nó sinusal), localizado no ápice no átrio direito. O nodo sinusal produz 
continuamente e de modo regular, impulsos elétricos que se propagam por todo o 
coração, induzindo a contração dos músculos cardíacos. Portanto, um coração em ritmo 
sinusal é aquele em que os estímulos elétricos estão sendo normalmente gerados pelo 
nodo sinusal e ao se distribuírem por todo o músculo cardíaco induzem a entrada de 
íons de cálcio nas células do coração, um processo chamado de despolarização elétrica. 
A despolarização estimula a contração do músculo. Após a contração, grandes 
quantidades dos íons potássio saem das células, num processo chamado de 
repolarização, que prepara as células musculares para nova despolarização. Enquanto 
não houver repolarização, a célula muscular não consegue se contrair novamente, por 
mais que receba estímulos elétricos. 
Ocorre despolarização primeiro do átrio direito e depois o átrio esquerdo. Após 
passar pelos dois átrios, o impulso elétrico chega ao nodo atrioventricular, na divisão 
entre os átrios e o ventrículo. Neste momento, o impulso sofre um pequeno retardo, que 
serve para que os átrios se contraiam antes dos ventrículos. No nodo atrioventricular, 
após alguns milissegundos de espera, o impulso elétrico é transmitido para os dois 
ventrículos, fazendo com que suas células se despolarizem, causando a contração 
cárdica e o bombeamento do sangue pelo coração. O impulso elétrico demora 0,19 
segundo para percorrer todo o coração. 
 
19 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
O TRAÇADO BÁSICO DO ECG 
 
Figura 2: Traçado de ECG básico e normal. 
 
O traçado do eletrocardiograma é composto basicamente por 5 elementos: onda P, 
intervalo PR, complexo QRS, segmento ST e onda T. 
 A onda P é o traçado que corresponde à despolarização dos átrios (contração dos 
átrios). 
 O intervalo PR é o tempo entre o início da despolarização dos átrios e dos 
ventrículos. 
 O complexo QRS é a despolarização dos ventrículos (contração dos ventrículos). 
 O segmento ST é o tempo entre o fim da despolarização e o início da 
repolarização dos ventrículos. 
 A onda T é a repolarização dos ventrículos, que passam a ficar aptos para nova 
contração. 
 Cada batimento cardíaco é composto por uma onda P, um complexo QRS e uma 
onda T. 
 
Obs.1: A repolarização dos átrios ocorre ao mesmo tempo da despolarização dos 
ventrículos, por isso, ela não aparece no ECG, ficando encoberta pelo complexo QRS. 
20 
http://4.bp.blogspot.com/-zLcWda3E4Uo/UACrCa4UAXI/AAAAAAAAZkg/LQJ6hPzDu5o/s1600/ECG2.jpg
http://4.bp.blogspot.com/-zLcWda3E4Uo/UACrCa4UAXI/AAAAAAAAZkg/LQJ6hPzDu5o/s1600/ECG2.jpg
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
Obs.2: O complexo QRS pode ter várias aparências, dependendo da derivação em 
que ele é visualizado. 
 
AS DERIVAÇÕES DO ECG 
Todo esse percurso do impulso elétrico é captado e interpretado pelo 
eletrocardiograma através de traçados. As várias posições dos eletrodos são usadas para 
captar diferentes ângulos do coração, como se fossem várias câmeras voltadas para cada 
uma das partes do órgão. 
O ECG habitual possui 12 derivações, que são como 12 ângulos diferentes que 
acompanham simultaneamente a propagação da atividade elétrica. Estas 12 derivações 
cobrem boa parte do tecido cardíaco. São chamadas de: 
 Derivações precordiais: V1, V2, V3, V4, V5 e V6 (Figura 3) 
 Derivações dos membros: D1, D2, D3, aVR, aVL, aVF (Figura 4) 
 
 
Figura 3: Posição dos eletrodos precordiais. 
21 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 
Figura 4: Posição dos eletrodos dos membros. 
 
O PAPEL DE ECG 
Papel quadriculado, dividido em quadrados pequenos de 1 mm 
1 quadradinho = 0,04 segundos. 
Cada grupo de 5 quadradinhos compreendem um quadrado maior, delimitado por 
uma linha mais grossa. 
1 quadrado maior = 0,20 segundos 
 
22 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 
Figura 5: Papel quadriculado de ECG. 
 
 
Figura 6: Ondas da atividade elétrica. 
 
INTERPRETAÇÃO DO ELETROCARDIOGRAMA BÁSICO 
 
Frequência cardíaca: 50 a 100 bpm. 
 
Ritmo: 
a- Normal: sinusal - Onda P presente, precedendo o QRS, positiva em D1 e D2, e 
negativa em AVR, indicando ritmo sinusal; costuma ter 0,12 segundos de duração. 
b- Regular ou irregular - De acordo com os intervalos R-R. 
 
Intervalo PR: Duração entre 0,12 e 0,20 segundos. 
 
Complexo QRS: Duração entre 0,06 e 0,10 segundos. Se maior equivale a bloqueio 
de ramo. 
 
23 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
Segmento ST: Nivelado com a linha de base 
 
Ondas T: Geralmente positivas na maioriadas derivações, e são sempre negativas 
em AVR, e pode ser negativa em V1,V2 e D3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
CAPÍTULO 2 
 
 
 
 
ELETROCARDIOGRAMA 
ATIVIDADE PRÁTICA 
 
 
Paulo Fernando Pimenta de Souza 
Elton Cardoso Pinheiro 
Jamille Isabelle Santos Sember 
Jeanne Seabra Negrão Lima da Silva 
Juliana Joyce Chaves de Lima 
Lorena Batista de Lemos Ghammachi 
 
 
 
 
 
 
 
25 
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https://www.famaz.edu.br/novoportal/&psig=AOvVaw01PCLCgZkpcNPZxLD5N3Og&ust=1587059521377000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCICw3sv_6ugCFQAAAAAdAAAAABAD
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https://www.famaz.edu.br/novoportal/&psig=AOvVaw01PCLCgZkpcNPZxLD5N3Og&ust=1587059521377000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCICw3sv_6ugCFQAAAAAdAAAAABAD
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 
ATIVIDADE PRÁTICA 
 
ETAPAS DA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO 
a- Conectar o cabo dos eletrodos no aparelho; 
b- Conectar o cabo do aparelho em uma corrente elétrica; 
c- O paciente deve ficar deitado e relaxado; 
d- Limpar a pele nos pontos de colocação dos eletrodos com gaze e álcool, 
previamente. 
e- Aplicar uma fina camada de gel condutor na pele do paciente, nos locais de 
colocação dos eletrodos, para um bom contato e facilitar a captação elétrica; 
f- Colocar os eletrodos nos membros conforme as especificações das derivações; 
g- Colocar os eletrodos na região precordial conforme as especificações das 
derivações; 
h- Efetuar o registro com 12 derivações; 
i- Identificar o traçado: calibração, nome, data, hora do registro, sexo, idade, 
condição clínica e medicação em uso. 
 
Figura 7: Etapas de colocação dos eletrodos. 
 
ANÁLISE DO RESULTADO E INTERPRETAÇÃO 
 
Critérios de ECG normal 
 Onda P positiva em D1 e D2, negativa em aVR e precedendo cada QRS 
26 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 Intervalo PR entre 120 e 200ms 
 QRS: duração < 120 ms; eixo entre -30º e + 90º (positivo em D1 D2 e aVF) 
 Segmento ST sem desnível em relação a linha de base 
 Onda da T assimétrica com polaridade similar ao QRS 
 
Morfologias do QRS: O normal é de 0,12 a 0,20 segundos (de 3 a 5 quadradinhos) 
Onda Q primeira onda negativa. 
Onda R primeira onda positiva. 
Onda S: onda negativa que sucede onda R. 
Onda R’: segunda onda positiva. 
Onda S’: onda negativa que sucede onda R’. 
 
O que analisar? 
1- Análise do ritmo cardíaco 
2- Análise do espaço PR 
3- Morfologia do QRS 
4- Análise do ST normal 
5- Análise da onda T 
6- Cálculo da frequência cardíaca 
 
ANÁLISE DO RITMO CARDÍACO 
Sinusal: ondas P positivas, precedendo o QRS, em D1 D2 e aVF. 
Verificar regularidade: Analisar se intervalo entre as ondas R são regular ou 
irregular. 
 
Figura 8: Ritmo cardíaco regular. 
27 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 
Figura 9: Ritmo cardíaco irregular. 
 
ANÁLISE DO ESPAÇO PR 
Espaço compreendido desde o início da onda P até o início do QRS: o normal é de 
0,12 a 0,20 segundos. (3 a 5 quadradinhos) 
 
Figura 10: Espaço PR. 
 
ANÁLISE DO ESPAÇO QRS 
O normal é de 0,12 a 0,20 segundos. 
 
Figura 11: Espaço QRS. 
28 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
ANÁLISE DO SEGMENTO ST 
É nivelado com a linha de base, porém é considerado normal um desnivelamento de 
até 1 mm nas derivações periféricas ou até 2 mm nas derivações precordiais. 
 
Figura 12: Segmento ST. 
 
ANÁLISE DAS ONDAS T 
Geralmente positivas em todas as derivações. Negativas em AVR, podendo ser 
negativa em V1,V2 e D3. 
 
Figura 13: Traçado normal com morfologia de ondas T, segmento ST e complexos 
QRS. 
29 
http://4.bp.blogspot.com/-zLcWda3E4Uo/UACrCa4UAXI/AAAAAAAAZkg/LQJ6hPzDu5o/s1600/ECG2.jpg
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
ANÁLISE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA 
a- Dividir 1.500 pelo número de mm entre os picos de dois R. Normal é de 50 a 
100 bpm, ou 
b- Regra dos 300: 300 – 150 – 100 – 75 – 60 – 50 – 40 – 30 – 20 bpm. 
 
Figura 14: Contagem da frequência cardíaca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
CAPÍTULO 3 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES 
ELETROCARDIOGRÁFICAS 
 
 
Paulo Fernando Pimenta de Souza 
Elton Cardoso Pinheiro 
Jamille Isabelle Santos Sember 
Jeanne Seabra Negrão Lima da Silva 
Juliana Joyce Chaves de Lima 
Lorena Batista de Lemos Ghammachi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https://www.famaz.edu.br/novoportal/&psig=AOvVaw01PCLCgZkpcNPZxLD5N3Og&ust=1587059521377000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCICw3sv_6ugCFQAAAAAdAAAAABAD
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https://www.famaz.edu.br/novoportal/&psig=AOvVaw01PCLCgZkpcNPZxLD5N3Og&ust=1587059521377000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCICw3sv_6ugCFQAAAAAdAAAAABAD
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
BLOQUEIOS 
 
Bloqueio de ramo esquerdo (BRE) 
Critérios 
 Alargamento do QRS > 120ms; 
 Padrão onda R pura e alargada em V6 (e outras derivações esquerdas: DI, aVL e 
V5); 
 Padrão QS ou RS alargados em V1 (e V2); 
 Alterações secundárias da repolarização (ST-T opostos ao QRS); 
 Infra de ST com t negativa assimétrica (V5, V6, DI e aVL); 
 Supra de ST com onda t positiva e assimétrica (V1, V2); 
 
Figura 15: Bloqueio de ramo esquerdo. 
 
Bloqueio de ramo direito (BRD) 
Critérios 
 Alargamento do QRS > 120ms; 
 Padrão rsR’ em V1 com R’ espessada; 
 Onda S alargada (geralmente >40ms) em V6 (também em V5, DI e aVL); 
 Alterações secundárias da repolarização (ST-T opostos ao QRS); 
 Infra de ST com t negativa assimétrica (V1 e V2); 
 Supra de ST com onda t positiva e assimétrica (V5, V6, DI e aVL); 
32 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 
Figura 16: Bloqueio de ramo direito. 
 
Bloqueio Atrioventricular de 1º Grau 
Critérios: 
 Intervalo PR > 200 ms (5 “quadradinhos”) 
 Toda onda P é seguida por um complexo QRS 
Mecanismo de “bloqueio” 
Não há um bloqueio propriamente dito, mas sim um alentecimento da condução AV, 
devido ao efeito vagal, à isquemia do nódulo AV, à degeneração fibrotica do nódulo ou 
a alguns fármacos (betabloqueadores, verapamil, digital e amiodarona). 
 
Figura 17: Bloqueio atrioventricular de 1º Grau. 
 
 
33 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
Bloqueio Atrioventricular de 2º Grau MOBTZ I 
Critérios: 
 Bloqueio eventual de uma onda P isolada (não há 2 ondas P bloqueadas em 
sequência) 
 Aumentoprogressivo do intervalo PR até o bloqueio da onda P (Fenômeno de 
Wenckebach) 
 Encurtamento progressivo do intervalo RR antes da onde P bloqueada 
 QRS geralmente estreito (bloqueio supra-hissiano) 
 
Figura 18: Bloqueio atrioventricular de 2º Grau Mobtz I. 
 
Bloqueio Atrioventricular de 2º Grau MOBTZ II 
Critérios: 
 Bloqueio eventual de uma onda P isolada (não há 2 ondas P bloqueadas em 
sequência) 
 Intervalo PR mantem-se constante antes do bloqueio (SEM fenômeno de 
Wenckebach) 
 Os intervalos RR que precedem o bloqueio são constantes, de modo que o RR do 
bloqueio costuma ser o dobro dos anteriores 
 QRS geralmente alargado (bloqueio supra-hissiano) 
 
Bloqueio Atrioventricular de 2º Grau 2:1 
Critérios: 
34 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 Bloqueio AV intermitente com 2 ondas P para 1 QRS (portanto, não há como 
fazer a distinção entre MOBTZ I e MOBTZ II) 
 
Figura 19: Bloqueio Atrioventricular de 2º Grau 2:1. 
 
Bloqueio Atrioventricular Total 
Critérios: 
 Dissociação AV (entre P e RQS): onda P em várias posições em relação ao QRS 
 Frequência atrial > Frequência ventricular (Intervalos R-R são regulares e 
maiores que os intervalos P-P) 
 Complexos QRS proveniente do ritmo de escape 
 
Figura 20: Bloqueio Atrioventricular Total. 
 
TAQUIARRITMIAS 
 
Extrassístole atrial 
Critérios 
35 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 Onda p precoce e de morfologia diferente da p sinusal; 
 QRS estreito e semelhante ao QRS basal (exceto se houver condução aberrante); 
 Intervalo PR da extrassístole geralmente é maior que intervalo PR sinusal; 
 
Figura 21: Extrassístole atrial. 
 
Extrassístole ventricular 
Critérios 
 QRS que se inscreve precocemente, de morfologia alargada e aberrante 
(diferente do QRS basal) e sem onda P extrassistólica; 
 
 
Figura 22: Extrassístole ventricular. 
 
Ritmo juncional 
Critérios 
 Frequência cardíaca entre 40 a 60 bpm; 
 Ausência de onda P; 
 QRS normal; 
 RR com distância regular; 
36 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 
Figura 23: Ritmo juncional. 
 
Taquicardia sinusal 
Critérios 
 FC >100 bpm (geralmente, não ultrapassa 180bpm); 
 Onda p positiva em DI e DII, precedendo cada QRS; 
 QRS estreito (exceto se bloqueio de ramo associado); 
 
Figura 24: Taquicardia Sinusal. 
 
Flutter atrial 
Critérios 
 Frequência atrial (onda f – dente de serra) em torno de 300bpm (entre 250 a 350 
bpm); 
 Ausência de uma linha isoelétrica entre as ondas f; 
 Frequência cardíaca, em geral, de 150bpm (condução AV é quase sempre 2:1); 
 QRS estreito (exceto se bloqueio de ramo associado); 
37 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 
Figura 25: Flutter Atrial. 
 
Fibrilação Atrial 
Critérios 
 Ausência de onda p (atividade elétrica atrial ambulatória discreta, ausente ou 
grosseira – onda f); 
 FC em geral entre 90 e 170bpm; 
 Intervalos RR irregulares; 
 QRS estreito (exceto se bloqueio de ramo associado); 
 
Figura 26: Fibrilação Atrial. 
 
Taquicardia Supraventricular 
Critérios 
 Frequência cardíaca entre 120-220 bpm 
38 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 Sem onda P precedendo QRS ou, em 30% dos casos, onda P’ (retrógada) no 
final do QRS. 
 Intervalos RR regulares. QRS estreito. 
 Início e término súbitos. 
 
Figura 27: Taquicardia supraventricular. 
 
Taquicardia Ventricular Monomórfica 
Critérios 
 Taquicardia regular com complexos QRS alargados (≥120ms) e uniformes 
(mesma morfologia); 
 Frequência cardíaca > 100 bpm; 
 
Fígura 28: Taquicardia Ventricular Monomórfica. 
 
BRADIARRITMIAS 
 
Bradicardia sinusal 
Critérios 
 Ritmo bradicárdico (FC < 50 bpm); 
39 
 
 
_____________________________________________________________________________ 
 
Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 Onda p sinusal – positiva em DI e DII e precedendo cada QRS; 
 
Figura 29: Bradicardia Sinusal. 
 
Pausa sinusal ou Parada Sinusal 
Critérios 
 Ritmo sinusal com linha isoelétrica transitória de duração variável; 
 Duração do período isoelétrico não deve ser múltiplo do intervalo P-P basal 
(configuraria um bloqueio sinoatrial do 2ºgrau tipo II); 
 
Figura 30: Parada Sinusal. 
 
DOENÇA ISQUÊMICA DO MIOCÁRDIO 
 
1. Isquemia miocárdica: 
Critérios: 
 Ondas T negativas, simétricas e apiculadas 
40 
 
 
_____________________________________________________________________________ 
 
Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 
Figura 31: Isquemia miocárdica em D1, AVL, V4, V5 e V6. 
 
 
Figura 32: Isquemia miocárdica. 
 
2. Lesão Miocárdica (Injúria): 
Critérios: 
 Segmento ST tem desnivelamento normal até 1mm nas derivações periféricas ou 
até 2 mm em derivações precordiais. Acima desses valores significa lesão (injúria) 
miocárdica. 
 
Figura 33: Lesão miocárdica (Supradesnivelamento de ST). 
41 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 
Figura 34: Lesão miocárdica com supradesnivelamento de ST em V1, V2,V3 e V4. 
 
 
Figura 35: Lesão miocárdica (Infradesnivelamento de ST). 
 
 
Figura 36: Lesão miocárdica com infradesnivelamento de ST em V3, V4, V5 e V6. 
 
3. Necrose miocárdica: 
Critérios: 
42 
 
 
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Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
 Aparecimento de ondas Q patológicas representando a morte do miocárdio com 
perda da função contrátil. 
 Onda Q patológica: Duração ≥ 0,04 segundos e/ou ultrapassa 30% da onda R da 
mesma derivação. 
 
Figura 37: Onda Q patológica. 
 
 
Figura 38: Onda Q patológica em D2, D3, AVF e V6. 
 
 
 
 
 
43 
 
 
_____________________________________________________________________________ 
 
Eletrocardiograma – Guia de Bolso para Aprendizagem em Habilidades Clínicas 
REFERÊNCIAS 
 
BRITO S, DAIBES T. Manual de eletrocardiograma. 2ª. ed. Belém: Marques Editora, 2013 
 
DUBIN D, LINDNER U. Interpretação fácil do ECG. 6ª. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1999. 
 
GOLDWASSER GP. Eletrocardiograma orientado para o clínico. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 
2009. 
 
SHEA MJ. Eletrocardiografia. Manual MSD Versão para Profissionais de Saúde. [Internet]. 
Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doenças-
cardiovasculares/exames-e-procedimentos-cardiovasculares/eletrocardiografia 
 
SOUZA BF, et al. Manual de propedêutica médica. 3ª. ed. v.1: Belém: Cejup,1995 
 
UCHIDA AH, NETO AM, NASCIMENTO VMV. Eletrocardiograma simples: guia de bolso. 
1ª. ed. São Paulo: Manole, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doenças-cardiovasculares/exames-e-procedimentos-cardiovasculares/eletrocardiografia
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doenças-cardiovasculares/exames-e-procedimentos-cardiovasculares/eletrocardiografia

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