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Direito de Ação na Teoria Geral do Processo

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Matéria: Teoria Geral do Processo. 
CONCEITO;
Ação é o direito subjetivo público de fazer com o Estado faça sua a sua prestação jurisdicional na conclusão de uma ambição de direito material. O direito de ação é atributo do direito material, é uma forma de reação a um delito, que pode acontecer com direitos, ele é independente do direito material que foi violado. 
É uma ação que tem natureza constitucional, prevista na Constituição Federal, no art 5º, XXXV. A lei diz que não vai excluir apreciação do Poder Judiciário, lesão ou lesão de ameaças a um direito que foi lesado, ou seja, sempre que for necessário ele pode ser invocado. Ele pode ser considerado uma ação declaratória, quando apenas declara a existência de uma relação jurídica e também, pode ser uma ação declaratória negativa, que é quando a inexistência é declarada. É sempre processual, pois é através de um processo que ele se manifesta, também é um direito abstrato e procura um provimento judicial aceitável ou não. 
Surge quando nasce uma lide, que tem direito à tutela jurisdicional do estado, pois exerce o monopólio da jurisdição. O Estado, então, o direito de intervir na lida, quando provocado.
O exercício da ação está totalmente condicionado a existência de três exigências que são
1. Legitimidade
2. Interesse
3. Possibilidade jurídica do pedido. 
Teorias sobre o direito de ação;
Teoria Concretista.
Essa é uma teoria que foi apresentada por Adolf Wach que, publicou um ensaio destinado ao estudo do direito de ação. Adolf Wach, que era um adepto das ideias de Bernad Windscheid, entendeu que a autonomia do direito material e do direito de ação, decorre diretamente daquele. 
Wach destinou os seus estudos as elaborações da teoria da pretensão à tutela jurídica, defendia então, que a pretensão se voltava contra o Estado, que poderia conceder e também contra a parte contrária que detinha o ônus de suportar tal ação. A partir de tal afirmação, foi percebendo duas realidades: a de direito privado e a processual. 
Portanto, a teoria concretista defendia que o direito de ação só existe se o material também existir.
Teoria Civilista
Essa é uma teoria que nos dias de hoje está um pouco ultrapassada e foi superada, na metade do XIX, teve um enorme destaque entre os estudiosos e doutrinadores da época. O direito material era facilmente confundido com o processual, não tinha como diferenciar esses dois conceitos, ou seja, não tinha nenhum tipo de autonomia entre essas ciências. Essa é uma vertente, a ação era considera como uma forma de chegar no direito material, que quando violado se manifestava.
Teoria Eclética. 
Essa é uma teoria criada em 1949, pelo jurista italiano Enrico Tullio Liebman. Vale ressaltar que leva esse nome por conta da busca de Liebman em conciliar os ideais abstratos com os do concretismo. O direito de ação, direito subjetivo o qual se constrói os processos do poder de agir em juízo, pois o poder abstrato é assegurado a todos. 
Essa é uma concepção eclética do criador da corrente, o direito de ação consiste no direito ao julgamento de mérito da causa, julgamento este que fica condicionado ao preenchimento de determinadas condições, que a luz da relação jurídica dica deduzida em juízo. 
Algo que a diferencia, é que ação seria uma questão relacionada a um dos elementos da ação. As condições da ação não seriam as questões admissibilidade, relacionada apenas as questões que desrespeito a ação. 
Teoria da asserção.
Essa é uma teoria que engloba o exame das condições da ação, isso precisa ser feito com auxilio e base, no que a parte autora alega em sua petição inicial. Desta forma, a autentificarão é feito logo no primeiro momento, com base em afirmações iniciais, não existe motivo de anunciar sobre produção de provas, caso aconteça o mérito já está sendo analisado. 
O Brasil é adepto a teoria eclética, mas existem alguns pontos que são abordados, no momento de sua análise e a possibilidade de produção de provas, ao longo do tempo passaram a ser reanalisados, desencadeando na teoria da asserção. 
Teoria Abstrata. 
Está teoria foi desenvolvida Heinrich Degenkolb e por Alexander Plósz, dois juristas que elaboraram uma nova teoria, devido a insuficiência das que das teorias que tinha o cunho concretista. Foi pela falta de explicações e direcionamentos, para criticas dirigidas as teorias concretas, que foram perdendo o espaço dentro da doutrina processual.
Em tese, duas importantes indagações, as quais a teoria concretista não conseguiu explicar. A primeira, foi a teoria que não consegue explicar o fundamento que a atividade do estado juiz, provoca. Isso questionava diante da insurgência, o que teria havido durante todo o deslinde do processo. E a segunda, que também não tinha explicações, da parte da teoria concretista, falava sobre sentenças declaratórias negativas, mesmo se o magistrado julgasse procedente o pedido de um autor, não usar o direito material, seria o demandante, levando em consideração a declaração no sentindo de afirmar a inexistência da relação jurídica. 
Sendo assim passou a ser defender que o direito de ação deveria ser deveria ser resultado do direito material, depender de uma sentença que fosse agradável para estar presente. 
Condições da ação no código de processo civil;
O Código de Processo Civil Brasileiro de 1973 tratava das condições da ação, basicamente, em duas oportunidades. A primeira no art. 3º, em que se fazia menção somente à legitimidade e ao interesse como requisitos para propor ou contestar a ação; e a segunda no art. 267, VI, em que se previa a extinção do processo sem resolução do mérito quando não estivessem presentes as condições da ação, incluindo nesse inciso a possibilidade jurídica do pedido.
 
 A legitimidade para a causa, é a possibilidade de ir a juízo reivindicar um direito próprio ou alheio, este quando expressamente autorizado por lei. Pois o art. 6º do CPC diz que “ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei”. 
     Há interesse de agir, quando se interpõe uma ação buscando um resultado útil, não havendo essa pretensão o direito rejeita a ação declarando improcedente, pois o autor estaria movimentando a máquina judiciária indevidamente. É preciso que em cada caso concreto, a prestação jurisdicional seja necessária e adequada. O interesse de agir surge da necessidade de se obter aquilo que é pretendido através do Estado, justamente porque de outra forma não conseguiria satisfazer a sua pretensão. O juiz ao receber uma causa verifica se estão presentes as condições exigidas, pois caso contrário ele não poderá apreciar o mérito da questão.
A possibilidade jurídica do pedido, consiste na verificação se o pedido do autor está regularizado em nossa legislação, se o que ele pede é algo que existe na ordem jurídica previsto como possível. Na falta de um dos requisitos acima citados, o juiz declara a carência da ação, sem, contudo, decidir sobre o mérito da causa. E sendo esta decretada, o autor suportará às custas do processo e honorários de advogado fixados pelo juiz.
No entanto, o Código de Processo Civil de 2015 decidiu extinguir o que se entendia por condições da ação, sem que se abolissem seus três elementos.   O novo Código, partindo da premissa de que o magistrado se restringe a dois juízos, o de admissibilidade e o de mérito, deu nova classificação para tais elementos, considerando-os, ora como pressupostos processuais, ora como questão afeta ao mérito.
Primeiramente, convém analisar o art. 17 do CPC 2015: “Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade”. A primeira mudança do novo Código de Ritos refere-se à correção feita ao Código de 1973, quando se optou por substituir os termos “propor” e “contestar” por “postular”. Note-se, que a legitimidade e o interesse de agir, assim como corretamente disposto no Código atual, devem estar presentes também em relação a terceiros e não somente na petição inicial ou na contestação apresentadas.
Por tanto, é importante observar que a legitimidade ad causam e o interessede agir começaram a integrar a categoria dos pressupostos processuais, a serem verificados em juízo de admissibilidade realizado pelo magistrado.
Dessa forma, ao se analisar a petição inicial, caso estejam ausentes os elementos, haverá nítida causa de indeferimento da exordial. É o que se depreende do artigo 330 do Código de Processo Civil de 2015.
No entanto, se a verificação da ausência de um desses pressupostos ocorrer após a fase postulatória, haverá resolução sem análise do mérito, segundo consta do art. 485 do Código de Processo Civil de 2015.
Quem move um processo contra outra pessoa física, empresa e afim, pode, em algum momento, não querer mais prosseguir com a causa. A desistência da ação no novo CPC está prevista e pode ser requerida. Contudo, há casos em que o Juiz precisa consultar o réu sobre o encerramento do processo. Como parte do autor a decisão de não continuar com a ação, essa medida caracteriza-se como sendo unilateral. No entanto, é preciso dar ciência sobre a desistência ao Judiciário. Isso se faz requerendo a homologação da desistência.
O prazo para este ato é, no máximo, até o réu apresentar a sua contestação. Até esse momento, não há necessidade de contar com o seu consentimento. No documento que apresenta o pedido do autor para desistir do processo, também não é preciso haver fundamentação. Ela é dispensada até mesmo se o réu não consentir com a desistência. Entretanto, isso se aplica aos casos individuais.
Por outro lado, caso o réu apresente a contestação, para que o autor possa desistir do processo, terá de obter a concordância da outra parte. Na falta de um consenso, não há como o Juiz homologar e extinguir a ação sem a resolução do mérito.
Então, em uma ação popular e ação civil pública, por exemplo, é preciso que a desistência contenha uma fundamentação. Afinal, em processos como esses, há o interesse público. Por isso, nem sempre o motivo apresentado é aceito. Logo, o processo continua, porém, o autor é sucedido por quem detenha legitimação para ser a parte autora. É possível entender melhor essas questões a partir da análise da desistência da ação no novo CPC.
Elementos da ação
Os elementos da ação podem ser tanto subjetivos quanto objetivos, eles ficam encarregados cada ação. Esses elementos além de ficarem responsáveis por cada ação, também tem como finalidade, evitar as decisões contraditórias que tenham a mesma lide. Existe 3 partes para os elementos de uma ação:
Partes: Autor e réu, são as partes de um processo. Eles participam da relação jurídica que é triangular, onde as partes entregam ao juiz suas peças processuais, para que ele, então, tome uma decisões, que vem da sentença. As partes, em cada processo, podem ser somente um sujeito, ou podem ser vários sujeitos. Quando há mais de um sujeito ocorre o litisconsórcio, ou seja, pluralidade de partes.
Causa de pedir: é construída dos fatores que deram a origem a lide, que tem os fundamentos jurídicos que mostram a violação do direito
A causa de pedir é constituída dos fatos que deram origem a lide, junto aos fundamentos jurídicos que demonstram a violação do direito, justificando a pretensão do autor perante o juiz. A teoria as substanciação divide a causa de pedir em duas, são elas:
Causa de pedir remota ou fática, será a descrição do fato que deu origem a lide. Causa de pedir próxima ou jurídica, É o próprio direito. Após a descrição fática é feita a aplicação do direito, a retirada da norma do abstrato para o concreto, substanciando o pedido do autor.
Pedido: tem como principal fator a pretensão do ator, isso é levado ao juiz e esse presta então, uma tutela jurisdicional sobre a pretensão do autor. O pedido é dividido em: pedido imediato e mediato. 
Desistência da ação
A desistência da ação ocorre quando requisita a desistência de sua demanda antes que o réu apresente sua contestação, se o réu já tiver apresentado sua contestação, neste caso, o mesmo deve ser notificado que o autor optou pela desistência da demanda e precisa concordar com o mesmo.

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