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QUESTIONÁRIO DE TEORIA GERAL DO PROCESSO I

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Brenda Amengol 
1 
 
QUESTIONÁRIO DE TEORIA GERAL DO PROCESSO I 
Questão 1: Explique o que é processo. 
Pode ser definido como procedimento, realizado em contraditório, animado pela relação 
jurídica processual. Mas apenas isso não basta, pois ainda não há um conceito definitivo 
de processo em toda a doutrina. 
Teorias: 
1-Processo como contrato: Criada e sustentada por Pothier (1800), é definido como um 
contrato realizado entre os litigantes que se firmava somente “com o comparecimento 
espontâneo das partes em juízo para a solução do conflito. ” –Instrumento de aceitação, 
pelas partes, da atuação do juiz. OBS: tem relação com a ideia de contrato social ! 
2-Processo como quase contrato: Savigny 1850, percebe que não havia obrigação das 
partes de aceitação do processo, mas não consegue desenvolver uma nova base para o 
processo, sendo então uma teoria incompleta. 
3-Processo como relação jurídica: Bulow (1868), teoria predominante até a atualidade! 
Difere inicialmente Relação jurídica de Direito Material (dá origem a relação 
processual, quanto ao objeto, pressupostos e sujeito); da Relação jurídica processual é 
a relação que surge após ser demandada em juízo! Exemplo: 
“no processo, o autor pleiteia o pagamento de uma quantia que lhe é devida; antes de 
peticionar em juízo, já existia entre este mesmo autor e o mesmo réu um vínculo, ou seja 
uma relação jurídica de direito material, fundada num contrato, no qual o autor figura 
como credor e o réu como devedor; somente depois de vencido o prazo, e não paga a 
dívida, é que o titular do direito de crédito veio a juízo reclamar o inadimplemento do 
contrato, iniciando-se a relação jurídica processual, que só se completou com o 
chamamento do réu a juízo através da citação” 
4-Processo como espécie de procedimento realizado em contraditório: Fazzalari 
(1978), o processo não pode ser compreendido se não houver o contraditório, que só 
ocorre quando as partes em litígio possuem simétrica paridade, ou seja, mesmo 
espaço-temporal no processo. 
 
Questão 2: Explique o que é ação. 
DIREITO A JURISDIÇÃO-Mediante o exercício da ação provoca-se a jurisdição que 
por sua vez, se exerce através de um complexo de atos denominado Processo, ou seja, 
Brenda Amengol 
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serve como meio de provocação da atuação estatal, pois este é inerte e só age após ser 
provocado. 
 
Questão 3: Explique o que é jurisdição. 
Primitivamente a resolução de conflitos se dava através da autotutela, ou seja, as partes 
da lide resolviam o conflito de interesses com a força física, prevalecendo o interesse do 
mais forte em detrimento do mais fraco. A jurisdição estabeleceu-se com a substituição 
dos titulares da lide pela atuação do Estado (pega a responsabilidade para si) para, 
imparcialmente, buscar a sua pacificação com justiça. A jurisdição se compõe nos 
conflitos de interesses qualificados por uma pretensão resistida e pelo conflito de 
interesses (lide ou litígio). 
 
Questão 4: Explique a arbitragem. 
Arbitragem é uma técnica alternativa de solução de conflitos que envolve direitos 
patrimoniais disponíveis (direitos que as partes podem abrir mão), as partes definem que 
uma pessoa ou uma entidade privada irá solucionar a controvérsia apresentada pelas 
partes, sem a participação do Poder Judiciário. A lide é resolvida com título executivo 
judicial- FORÇA DE SENTENÇA ESTATAL! 
Vantagens: Sigilosa, econômica, célere (rápida), especialidade (árbitros são especialistas 
em tais áreas). 
 
Questão 5: Explique o princípio da primazia da decisão de mérito, bem como coisa 
julgada (formal e material). 
A primazia da decisão de mérito é expressa no CPC em diversos artigos versando sobre 
a lide nos limites do pedido, ou seja, é quando o juiz julga o pedido. Para julgar tal pedido 
é necessário que todos os requisitos para julgamento estejam presentes, para que aconteça 
a coisa julgada material que é quando estão presentes todos os requisitos para que ocorra 
o julgamento com mérito; caso contrário ocorrerá a coisa julgada formal onde por falta 
de requisitos a sentença não julga o mérito. 
 
Questão 6: Explique em que consiste a necessidade de observância de ordem 
cronológica de julgamento prevista no artigo 12 do CPC. 
A necessidade de observância da ordem cronológica de julgamentos, consiste em 
concretizar o princípio da duração razoável do processo, pois ele impõe ao juiz que 
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observe a ordem cronológica de conclusão de processo, quando for proferir uma decisão 
final, ou seja, disciplina o tempo da decisão. O nome é autoexplicativo deve-se levar em 
consideração a ordem cronológica de julgamento, ou seja, “O processo que primeiro fica 
concluso é o que primeiro será julgado” 
Houve uma alteração em tal artigo a partir da redação dada pela lei nº 13.256, de 2016 
que colocou no texto legal a palavra “preferencialmente”, fazendo com que tal princípio 
perdesse boa parte de sua efetividade pois agora fica a crivo do magistrado. 
 
Questão 7: Explique as características da jurisdição. 
As características da jurisdição são: 
-Lide- Caracterizada pelo conflito de interesses qualificado pela pretensão resistida. 
-Inércia- O estado-juiz é inerte, ou seja, só age via provocação, que se dá pela ação. 
-Definitividade- Somente a atividade jurisdicional é apta a gerar provimento imutável no 
tempo, ou seja, coisa julgada Material (quando se julga o mérito). 
 
Questão 8: Explique os seguintes princípios relacionados a jurisdição: investidura e 
aderência ao território. 
Investidura- A jurisdição só pode ser exercida por Magistrado regularmente investido no 
cargo, que em geral se dá mediante concurso público. 
Aderência ao Território- Diz respeito as comarcas, que são circunstancias territoriais as 
quais o magistrado detém poderes (limites territoriais). 
 
Questão 9: Explique os seguintes princípios relacionados a jurisdição: 
indelegabilidade e juízo natural. 
Indelegabilidade- O magistrado não pode delegar a função jurisdicional. Ela não pode ser 
transferida para quem não é magistrado. 
Juízo Natural- Todos tem direito a um juízo naturalmente competente para o 
processamento e julgamento de sua demanda. Existe um órgão para cada demanda. 
 
Questão 10: Explique os seguintes princípios relacionados a jurisdição: 
inevitabilidade inércia. 
Inevitabilidade: A jurisdição é inevitável, ou seja, não depende de previa autorização das 
partes. Ex: ninguém se torna réu porque quis, é algo a ele imposto! 
Brenda Amengol 
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Inércia: O estado juiz é inerte, ou seja, só age via provocação (se da via ação). Uma vez 
provocado os próximos atos darão continuidade automaticamente independentemente de 
aceitação das partes. 
 
Questão 11: Explique os seguintes princípios relacionados a jurisdição: duplo grau 
de jurisdição e publicidade. 
Duplo grau de Jurisdição: garante a todos os cidadãos jurisdicionados a reanálise de seu 
processo, administrativo ou judicial, geralmente por uma instância superior, ou seja, é o 
direito de recorrer de alguma jurisdição para um órgão superior. 
Publicidade: ele exerce, basicamente, duas funções: a primeira visa dar conhecimento do 
ato administrativo ao público em geral, sendo a publicidade necessária para que o ato 
administrativo seja oponível às partes e a terceiros; a segunda, como meio de 
transparência da Administração Pública, de modo a permitir o controle social dos atos 
administrativos. Ou seja, se o ato é feito por instrumento público, este deve ser público! 
Verifica-se, portanto, que a Constituição impõe o dever ao administrador público de dar 
a publicidade aos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos público, 
contudo, tal publicidade deverá ter caráter unicamente educativo, informativo ou de 
orientação social. 
 
Questão 12: Explique o princípio da boa-fé processual. 
Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se com aboa-fé. É uma norma de conduta! Exige condutas leais, verdadeiras, sempre tendo como 
intenção a preservação do devido processo legal e também leva em conta o princípio da 
cooperação. 
 
Questão 13: Explique as principais teorias acerca da ação. 
Teoria Imanentista ou Civilista- SAVIGNY-1840- A ação seria o próprio direito 
material violado em estado de reação". Tal teoria, portanto, pressupõe que o direito 
material e o direito de ação são a mesma coisa, em outras palavras, o direito de ação 
seria imanente (inerente) ao direito material, como resposta à sua violação. Não se 
percebia a diferença do direito de ação e o direito material. 
Direito subjetivo e autônomo –WINDSCHEID E MUTHER-1856-Quando surge a 
essência processual, o processo deixa de ser mera sequência de atos e passa a ter 
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autonomia. Direito subjetivo = O autor tem liberdade para avaliar se vai ou não demandar 
quando e como ele quiser. 
Teoria Concreta-WACH E CHIOVENDA-1865 - para essa corrente, embora o direito 
material seja agora desvinculado do direito de ação, aquele é pressuposto para esse. 
Assim, a ação seria o direito à sentença favorável, isto é, o direito público voltado contra 
o Estado, de obter uma proteção pública para o direito subjetivo material. Ação é direito 
público e sempre vai contra o Estado. AÇÃO SÓ EXISTIRÁ SE A SENTENÇA FOR 
DE ACORDO COM O PEDIDO. 
Teoria Abstrata-DEGEN KOLE PLOSZ-1877- Expõe que ação também é direito 
abstrato, ou seja, existe independentemente do resultado. O início desta se dá a partir 
da petição inicial, ou seja, direito de ação é abstrato porque mesmo que uma causa seja 
negada ouve a ação quando o judiciário diz que tal causa é improcedente. Pode-se ter 
como exemplo a pessoa que ajuíza uma ação contra a sogra porque esta cozinha mal. 
Teoria Eclética-LIEBMAN- 1930- Ação para Liebman envolve o direito a uma sentença 
de mérito (ideia de economia processual). A ação constitui apenas direito ao julgamento 
do mérito, por conseguinte atinge sua completude com uma sentença tanto favorável 
como desfavorável. Com efeito, o que realmente importa para a configuração da ação é a 
presença de suas condições, que a princípio foram apresentadas por Liebman como 
legitimação para agir, interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido, que 
posteriormente foram reduzidas por ele apenas à legitimidade para agir e ao interesse. 
 
Questão 14: Explique o significado do princípio da cooperação. 
O processo deixa de ser um conjunto de despachos e decisões, e passa a ser uma grande 
atividade cooperativa, na qual cada agente tem sua função e seus interesses próprios, mas 
ambos caminham com o mesmo foco, almejando um justo e efetivo desfecho para a 
causa. O Princípio da Cooperação tem seu alicerce no devido processo legal. Todos os 
sujeitos do processo (não só o juiz e as partes, mas também os auxiliares da justiça, todos 
que estão de alguma forma ligados ao caso) devem cooperar entre si para que se obtenha 
em tempo razoável decisão de mérito justa e efetiva. 
 
Questão 15: Explique o que é legitimidade das partes. 
É a titularidade ativa e passiva da ação. “É a pertinência subjetiva da ação.” Para que o 
provimento de mérito seja alcançado é necessário não só indicar as partes, mas também 
que os sujeitos sejam, partes legítimas, entende Arruda Alvim que “estará legitimado o 
Brenda Amengol 
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autor quando for o possível titular do direito pretendido, ao passo que a legitimidade do 
réu decorre do fato de ser ele a pessoa indicada, em sendo procedente a ação, a suportar 
os efeitos oriundos da sentença. É a pertinência subjetiva da lide. A ação deve ser proposta 
por quem se afirma no direito de em face de quem se afirma haver direito. 
 
Questão 16: Explique o que é interesse processual. 
É quando a parte tem necessidade de ir a juízo para alcançar a tutela pretendida e, ainda, 
quando essa tutela jurisdicional pode trazer-lhe alguma utilidade do ponto de vista prático. 
Verifica-se o interesse processual quando o direito tiver sido ameaçado ou efetivamente 
violado. 
NECESSIDADE + ADEQUAÇÃO- Não há interesse apenas de utilidade, mas 
especificamente na necessidade do processo como remédio apta a aplicação do direito 
objetivo no caso concreto. 
 
Questão 17: Explique os elementos de identificação de uma ação. 
-Partes As partes de um processo é autor e réu. São eles que participam na relação jurídica 
processual. A relação processual é triangular. Nessa relação as partes levam ao juiz as 
petições e esse toma as decisões. As partes, em cada processo, podem ser somente um 
sujeito, ou podem ser vários. Quando é mais de um ocorre o litisconsórcio, ou seja, 
pluralidade de partes; 
-Causa de pedir A causa de pedir é constituída dos fatos que deram origem a lide, 
juntamente com os fundamentos jurídicos que demostram a violação do direito, 
justificando a pretensão do autor perante o juiz, em outras palavras é o motivo do pedido; 
-Pedido O pedido é o objeto da ação, consiste na pretensão do autor, que é levada ao 
Estado-Juiz e esse presta uma tutela jurisdicional sobre essa pretensão.

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