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DISCIPLINA:
	PROCESSO CIVIL
	AVLIAÇÃO REFERENTE:
	A1 FORMCHECKBOX 
	A2 FORMCHECKBOX 
	A3 FORMCHECKBOX 
	PROFESSOR:
	
	MATRÍCULA: 
	
	Nº NA ATA:
	
	DATA:
	
	 NOME DO ALUNO:
	
1ª questão (valor 2,0 pontos): A partir do fragmento de texto acima faça uma análise da função do processo e seus reflexos no comportamento social. Ainda a partir do artigo 8ª do CPC qual das teorias sobre a natureza jurídica do processo foi adotada pelo nosso CPC.
R: Não há como negar que o desenvolvimento da sociedade propicia muitos benefícios e agrega uma série de elementos positivos ao cenário mundial gerando uma multiplicidade das relações sociais que com todo este avanço causou interferência direta nas relações entre as pessoas, entre as empresas e entre os grupos de pessoas. Com o avançar dos tempos, aumentam as pretensões do ser humano e, por conseguinte, as respectivas satisfações da vida tornam-se cada vez mais conflituosas, mais difíceis de serem resolvidas sem a intervenção forçada do Estado. Surgindo assim o processualista que intervém nesta nova etapa científica, buscar, de fato, as alternativas que viabilizem a efetiva pacificação dos conflitos sociais Nesta medida, é corrente na doutrina que o processo é muito mais do que um mero instrumento técnico, é, em verdade, um instrumento de justiça. Assim, ao lado da função de solução de conflitos haveria a de implementação de decisões políticas voltadas para a implementação de comportamentos sociais.
 No Brasil, a teoria adotada é a teoria eclética, elaborada por Liebman, possuindo a figura das condições da ação como seu diferencial. Independe do direito material, mas há condições a serem observadas, só sendo garantido o direito de ações se as condições se fizerem presentes. Para essa teoria, ação "é o direito a um pronunciamento estatal que solucione o litígio, fazendo desaparecer a incerteza ou a insegurança gerada pelo conflito de interesses, pouco importando qual seja a solução a ser dada pelo juiz".
2ª questão (valor 2,0 pontos): No texto acima são apresentadas a função que os intervenientes podem assumir quando compõem o polo processo. Faça uma correlação com as posições mencionadas no texto e as respectivas intervenções de terceiro. E apresentem a relação que a intervenção de terceiros tem com o artigo 506 do CPC?
R: A intervenção de terceiros no processo ocorre quando alguém dele participa sem ser parte da causa, com o fim de auxiliar ou excluir os litigantes, para defender algum direito ou interesse próprio que possa ser prejudicado pela sentença. O CPC/2015 prevê cinco modalidades de intervenção de terceiros: assistência, denunciação da lide, chamamento ao processo, incidente de desconsideração da personalidade jurídica e amicus curiae.
 A intervenção de terceiros pode ser espontânea ou provocada. A intervenção provocada se materializa através de um requerimento formulado por uma das partes e pode dar azo à seguintes figuras: a nomeação à autoria; a denunciação da lide; o chamamento ao processo. As intervenções voluntárias ou espontâneas decorrem de ato de vontade do interveniente, são os casos da assistência e o amicus curiae, e as intervenções forçadas ou provocadas são a denunciação da lide, o chamamento ao processo e a intervenção dos sócios ou da pessoa jurídica decorrente da desconsideração de personalidade jurídica ou desconsideração inversa, que também é possível pelo novo codex. 
 A verdade que a intervenção de terceiro é excepcional posto que em geral não se admita que terceiro intervenha no processo, uma vez que a sentença normalmente só opera seus efeitos entre as partes, não atingindo a terceiros, vide o art. 506 do CPC/2015.
3ª questão (valor 2,0 pontos): Então a partir do entendimento do texto acima responda:
3.1- As Condições da ação no CPC/73 eram três, mas no atual CPC 2015 são apenas duas. Qual foi retirada?
R: O novo Código de Processo Civil adotou o posicionamento atualizado de Liebman e eliminou a possibilidade jurídica do pedido do rol de condições da ação, como se pode analisar nos dispositivos seguintes:
Art. 16. Para propor a ação é necessário ter legitimidade e interesse.
Art. 467. O juiz proferirá sentença sem resolução do mérito quando:
I- indeferir a petição inicial;
VI- o juiz verificar ausência de legitimidade ou interesse processual
315. A petição inicial será indeferida quando:
II- a parte for manifestamente ilegítima
III- o autor carecer de interesse processual
Qual a fundamentação para esta determinação? (0,5)
R: Segundo Fredie, a principal objeção a essa categoria tinha fundo lógico: se apenas há dois tipos de juízo que podem ser feitos pelo órgão jurisdicional (juízo de admissibilidade e juízo de mérito), só há duas espécies de questão que o mesmo órgão jurisdicional pode examinar. Não há sentido lógico na criação de uma terceira espécie de questão: ou a questão é de mérito ou é de admissibilidade.
3.2 – Como podemos, em relação ao processo civil conceituar as condições da ação? (0,5)
R: Legitimidade ad causam nada mais é a pertinência subjetiva da ação, ou seja, qualidade expressa em lei que autoriza o sujeito (autor) a invocar a tutela jurisdicional. Nessa lógica, será réu aquele contra qual o autor pretender algo. Para a compreensão do interesse de agir (artigo 3° CPC/73), devemos cingir o conceito em três acepções: 
· Necessidade: traduz-se na ideia de que somente o processo é o meio hábil à obtenção do bem da vida almejado pela parte;
· Utilidade: significa que o processo deve propiciar, ao menos em tese, algum proveito ao demandante;
· Adequação: por ele, entende-se que a parte deve escolher a via processual adequada aos fins que almeja
3.3 – Então, além das condições da ação existem os elementos da ação. Como podemos determinar os elementos subjetivos e os elementos objetivos da ação com todas as suas peculiaridades? (1,0)
R: São elementos identificadores da ação: as partes, o pedido e a causa de pedir. A expressão utilizada deixa claro, desde logo, que há elementos da ação que não as identificam, como o “interesse de agir”. Com base nos elementos da ação se determinam: os casos de cumulação de ações, os fatos que podem ou não ser conhecidos em uma ação, sem que ela perca a sua identidade, transformando-se em outra. Eles serão responsáveis para a individualização de cada ação. Esses elementos têm como finalidade, além da individualização da ação, evitar decisões contraditórias sobre a mesma lide.
 As partes de um processo é autor e réu. São eles que participam na relação jurídica processual. A relação processual é triangular. Nessa relação as partes levam ao juiz as petições e esse toma as decisões. As partes, em cada processo, podem ser somente um sujeito, ou podem ser vários. Quando é mais de um ocorre o litisconsórcio, ou seja, pluralidade de partes. A causa de pedir é constituída dos fatos que deram origem a lide, juntamente com os fundamentos jurídicos que demostram a violação do direito, justificando a pretensão do autor perante o juiz, sendo é aplicado a Teoria da Substanciação, que divide a causa de pedir em duas, que são: a Causa de Pedir Remota ou Fática que será a descrição do fato que deu origem a lide e a Causa de Pedir Próxima ou Jurídica que é o próprio direito. Após a descrição fática e feita aplicação do direito, a retirada da norma do abstrato para o concreto, substanciando o pedido do autor. O pedido é o objeto da ação, consiste na pretensão do autor, que é levada ao Estado-Juiz e esse presta uma tutela jurisdicional sobre essa pretensão. É divido em dois: Pedido Imediato que é o desejo do autor de ter uma tutela jurisdicional. Pretensão dirigida para o próprio Estado-Juiz, retirando-o da inércia e forçando uma providência jurisdicional e o Pedido Mediato que é o objeto da ação propriamente dito, o desejo do autor contra o réu, o desejo de submissão do réu a pretensão jurídico levada ao judiciário, ou seja, o desejo sobre o bem jurídico pretendido.
4ª questão (valor 1,0 pontos): Apresente sua percepção e crítica acerca do texto acima,principalmente no que se refere a função exclusiva do estado e as novas formas para resolução das demandas jurídicas.
R: A jurisdição é função exclusiva do Estado que por meio de provocação (concebida pela Ação) conforme já verificado, faz com que todo o sistema atue e o Direito produza resultados. Não é possível se falar em Direito de Ação sem se considerar Direitos Fundamentais, Em nosso ordenamento jurídico a necessidade de proteção a esta classe de Direitos mais do que importantes é vital. E mesmo sabedores desta necessidade, nossos legisladores em uma necessidade quase que incontrolável, insistem em não agir da forma que o deveriam, protegendo o que é considerado básico para que uma sociedade possa se desenvolver de maneira menos injusta. Considerando os três pilares da relação processual jurídica, torna-se possível verificar que o Estado constitucional possui o dever de resguardar direitos fundamentais da sociedade como um todo, seja através de suas normas, seja através da jurisdição.
Não é segredo que a padronização das grandes relações jurídicas, a difusão da informação e a democratização do acesso à justiça redundaram numa avalanche de litígios de massa. Nessa circunstância, resolução de demandas repetitivas deve ser pensado como uma opção célere inserida na competência do Tribunal e capaz de levar à sociedade isonomia de tratamento e segurança jurídica através de um instituto visando somente essa parte jurídica.

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